Edição 35 - Dezembro de 2006
CAPA: Arte sobre foto de Claudio Vilardo - Autor: Claudio Vilardo
SEÇÕES:
PERFIL: Renato Monard da Gama Malcher - Adversidade e Vitória de um Homem Honrado
ARTIGOS:
De Lá Pra Cá... Daqui Pra Lá... Tanto Faz... - As Operações Matemáticas nas Velhas Tábuas de Contar
Autor: Cleonice Terezinha Fernandes
Resumo: O presente artigo trata de um breve passeio pelos mais importantes feitos históricos que levaram a humanidade à construção do notável sistema de numeração valor posicional base dez - princípio dos contadores mecânicos do tipo ábaco ou soroban, utilizados como aparelho de cálculo para os deficientes visuais no Brasil e em boa parte do mundo. Baseado nos pressupostos teóricos da Educação Matemática o texto tenta mostrar que qualquer iniciante na arte do cálculo matemático, seja deficiente visual ou não, deveria começar pelos aparatos semi-simbólicos, que é o caso dos contadores, pelo grau de dificuldade existente para quaisquer pessoas, quando se inicia o ensino a partir dos algoritmos modernos com símbolos escritos. A idéia é propor o "soroban para todos", seja o modelo japonês ou o modelo ocidental (ábaco). Também tem o intuito de demonstrar a pertinência da controvérsia existente entre os usuários do soroban: os adeptos dos cálculos da ordem menor para a maior e aqueles adeptos da ordem maior para a menor, aqui chamados, respectivamente, de "algoristas" e "abacistas". O texto mostra que, a exemplo da opção por este ou aquele método de alfabetização, também a metodologia para o uso e ensino do soroban é uma questão de escolha pessoal. Como tal, diferentes metodologias comportam em si mesmas vantagens e desvantagens, que procura evidenciar. É um convite a um amadurecimento teórico dos profissionais afins dentro da sua opção metodológica. Um apelo a deixarmos de lado a nossa "vista de um único ponto" a respeito desta questão.
Palavras-chave: educação matemática; algoritmos das operações fundamentais; contagem em diferentes bases; contadores mecânicos- ábacos e sorobans; práticas inclusivas;
Autor: Luciene Maria da Silva
Resumo: Este estudo, resultado de pesquisa de doutorado, buscou compreender como se estabelecem as interações dos alunos com deficiência visual na escola. Trata-se de uma investigação empírica que descreve e analisa a experiência de escolarização desses alunos numa escola pública da rede estadual de ensino em Salvador (BA). Pretende-se entender como se manifesta o estranhamento que causa uma diferença, no caso a deficiência visual, buscando esclarecer sobre seu reforço pela educação escolar. Para isso, discute-se acerca do debate sobre as diferenças na sociedade contemporânea, que dá fundamento à proposta inclusivista e ao significado da deficiência como um atributo individual, que se torna uma diferença não aceitável no âmbito das relações sociais.
Biblioteca Louis Braille: Os Olhos para Aquele Que Não Vê
Autores: Ana Fátima Berquó Carneiro Ferreira, Maria Isabel da Silva Oliveira e Mariane Costa Pinto
Resumo: O Instituto Benjamin Constant, centro de referência nacional na área da deficiência visual, possui em sua sede a Biblioteca Louis Braille, foco deste trabalho; uma biblioteca voltada para o usuário deficiente da visão, a qual, além dos produtos normalmente utilizados em bibliotecas, conta com materiais e serviços específicos, visando à eficácia no atendimento e à conseqüente satisfação deste usuário. A Divisão à qual a Biblioteca pertence promove passeios, visitas a eventos culturais no Rio de Janeiro, planeja festividades do calendário cívico oficial e outras atividades socioculturais. Desta forma, acredita contribuir na transformação do deficiente visual de receptor de informação em produtor de conhecimento.
Palavras-chave: Instituto Benjamin Constant; Biblioteca Louis Braille; Educação especial; Deficiente visual; Inclusão; Biblioteca - Serviços.
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