Edição 53 - Dezembro de 2012
CAPA: João Batista Alvarenga operando notebook com o programa tocador MEC Daisy, desenvolvido pela UFRJ para a reprodução de livros digitais acessíveis. — Foto: Jefferson Gomes de Moura
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ARTIGOS:
Inserção de disciplinas de braille na grade curricular do Ensino Fundamental da educação básica
Autores: Alessandra Rodrigues de Resende e João Batista Moura de Resende Filho
Resumo: Este trabalho tem como objetivo avaliar a possibilidade da inserção do braille como disciplina na matriz curricular do Ensino Fundamental I (EF-I) da educação básica, permitindo a difusão e a popularização do braille a todas as crianças (com ou sem deficiência), tendo como referência os resultados alcançados nas turmas do EF-I do Colégio Primeiros Passos, situado no município de João Pessoa. Para tanto, utilizou-se, inicialmente, a análise documental da legislação nacional e internacional sobre a educação inclusiva, que apresenta uma nova proposta para a educação, fornecendo o respaldo legal para a proposta da respectiva inserção. Para avaliar a aplicabilidade desta, utilizou-se uma abordagem qualitativa, na qual a avaliação seria construída a partir da análise de um projeto-piloto que foi desenvolvido nas turmas do EF-I do Colégio Primeiros Passos, onde o braille foi inserido como disciplina não curricular. Os resultados obtidos com a turma-piloto indicam: grande interesse por parte dos alunos na aprendizagem do braille; aceitação por parte dos pais e/ou responsáveis; aprendizagem divertida e significativa; entre outros. A partir da análise desses resultados, pode-se inferir que a proposta de inserção do braille na matriz curricular do EF-I é viável e contribui para a efetivação dos princípios da educação inclusiva.
Palavras-chave: Braille. Educação inclusiva. Ensino Fundamental I.
Material digital acessível para deficientes visuais: ampliando o acesso à informação
Autores: Marina Dal Ponte, Tamara Salvatori e Andréa Poletto Sonza
Resumo: Este artigo traz uma proposta de material acessível com ênfase na descrição de imagens. Com base na experiência adquirida durante a confecção de livros didáticos para o formato MecDaisy (Digital Accessible Information System), é apresentada uma metodologia para descrição de imagens. Para compor esse cenário, serão abordados, além da referida proposta de metodologia, a legislação que assegura os direitos da pessoa com deficiência, a importância da acessibilidade na informação para esse perfil de usuário: pessoas cegas e com baixa visão, o acesso à informação e o próprio MecDaisy.
Palavras-chave: Material acessível. Deficiência visual. Descrição de imagens.
Autores: Alessandra Nery Obelar da Silva e Gionara Tauchen
Resumo: O trabalho tem por finalidade analisar e discutir as políticas públicas de educação inclusiva para a educação superior e a inclusão de alunos com deficiência visual nesse nível de ensino. O estudo foi realizado por meio de abordagem exploratório-descritiva, com a realização de entrevista com duas alunas com deficiência visual que estão realizando curso superior. Por meio do estudo, foi possível concluir que a instituição investigada está receptiva ao ingresso de alunos com deficiência e faz com que as alunas com deficiência visual se sintam pertencentes a ela. Contudo, apesar do respaldo das políticas públicas e dos projetos e programas institucionais para que a inclusão aconteça, é necessária a profissionalização dos docentes no sentido de fomentar a formação permanente.
Palavras-chave: Educação superior. Inclusão. Deficiência visual. Pertencimento.
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