Edição 43 - Agosto de 2009
CAPA:Aula prática do curso de produção de materiais didáticos do Instituto Benjamin Constant. Foto: Leonardo Raja Gabaglia
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ARTIGOS:
Inclusão do Aluno com Baixa Visão na Rede Regular de Ensino: a que Custo?
Autores: Regina Célia Gouvêa Lázaro e Helenice Maia
Resumo: Este artigo discute questões atuais relacionadas à política nacional de inclusão escolar no sistema regular de ensino, especialmente a dos alunos com baixa visão, e à formação docente. Toma como ponto de partida a Lei de Diretrizes e Bases nº 4024, de 1961, na qual, pela primeira vez, a Educação Especial é tratada legalmente e a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394, de 1996, que instituiu a modalidade Educação Especial oferecida preferencialmente na rede regular de ensino e reconheceu o direito à diferença, ao pluralismo e à tolerância. Em sequência, focaliza diferentes queixas de professores com relação às dificuldades que enfrentam em sua prática pedagógica cotidiana e que interferem no processo ensino-aprendizagem.Enfatiza-se a necessidade de formação continuada para professores que atuam com alunos com baixa visão, uma vez que estes, muitas vezes, são considerados incapazes, sendo-lhes negada a oportunidade de se desenvolverem como cidadãos.
Palavras-chave: Política Nacional de Educação Inclusiva - Deficiente visual - Formação docente
Mapas Táteis Padronizados e Acessíveis na Web
Autor: Ruth Emilia Nogueira
Resumo: Os mapas e gráficos táteis tanto podem funcionar como recursos educativos ao serem utilizados para ampliar a capacidade intelectual de pessoas cegas ou com baixa visão, ou como facilitadores para a orientação/mobilidade em edifícios públicos de grande circulação, como terminais rodoviários, metroviários, aeroviários e também em centros urbanos. Por causa de sua importância como meio de informação espacial, é essencial que esses mapas sejam acessíveis aos deficientes visuais e que transmitam informações que possam ser lidas por eles. Nesse artigo são feitas algumas considerações sobre a produção de mapas táteis, incluindo sua produção no Brasil, mais especificamente no Laboratório de Cartografia Tátil[1] e Escolar da Universidade Federal de Santa Catarina. São mostrados alguns resultados da padronização desses mapas disponibilizados na Web, decorrentes de um projeto de pesquisa[2] e extensão desenvolvido nesse laboratório.
Palavras-chave: Cartografia tátil. Deficientes visuais. Padronização de mapas táteis.
[1] A Cartografia Tátil é um ramo específico da Cartografia que se ocupa da confecção de mapas e outros produtos cartográficos que possam ser lidos por pessoas cegas ou com baixa visão.
[2] Agradecimentos à FINEP e ao CNPq, pelo financiamento do projeto "Mapas Táteis como instrumento de inclusão social de deficientes visuais".
Atendimento de Terapia Ocupacional em Serviço de Visão Subnormal: Caracterização dos Usuários
Autores: Maria Inês Rubo de Souza Nobre, Rita de Cássia Ieto Montilha, Mirela de Oliveira Figueiredo, Débora Porto Maciel e Keila M. Monteiro de Carvalho
Resumo: Objetivos: Caracterizar a clientela atendida pelo terapeuta ocupacional no serviço de visão subnormal infantil do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Métodos: Estudo retrospectivo descritivo de 60 prontuários de crianças, com idade de 0 a 4 anos, atendidas no período de 2003 a 2007 verificou-se dados referentes ao diagnóstico, múltipla deficiência, idade da criança no 1º atendimento no Serviço de Visão Subnormal Infantil (SVSNI), quem percebeu o problema e procedência. Resultados: Em relação ao diagnóstico, 38,3% apresentaram coriorretinite macular, sendo 65% dos casos com doenças associadas. A mãe identificou o problema em 31% dos casos. No primeiro atendimento 53% das crianças tinham até um ano de idade. Conclusão: A coriorretinite macular teve a maior incidência, tendo as mães importante papel na identificação do problema. A maioria das crianças tinha até um ano de idade no primeiro atendimento.
Palavras-chave: deficiência visual - baixa visão - criança - estimulação visual
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