Edição 12 - Julho de 1999
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ARTIGOS:
Saúde ocular de alunos de escolas públicas: uma experiência localizada em bairros da zona sul do município do Rio de Janeiro
Autores: Rogério Neurauter; Marcelo Martins Ferreira Jr.; Luiz Carlos de Almeida Botelho; Cláudia Macieira; Therezinha Espírito Santo e Heloísa Pires.
Resumo: Os autores realizaram uma avaliação de problemas oculares visando prevenção de perdas visuais em dez escolas municipais (CA e 1a série do 1º grau) dos bairros de Copacabana e Urca no Rio de Janeiro. Voluntários treinados e médicos avaliaram 1.144 escolares, em primeira instância, quanto a visão (acuidade visual) e ao exame ocular externo; e, em segunda instância, aqueles que apresentavam anormalidade, 172 (15,03%), com exames de refração (verificação do grau), pesquisa de binocularidade e fundoscopia (fundo do olho). Foram fornecidos 57 óculos aos que necessitavam (4,98%) e 32 casos de patologia (doença) foram agendados para tratamento (2,79%).
Adolescer: a vivência de portadores de deficiência visual
Autores: Patrícia Lopes Salzedas; Maria Alves de Toledo Bruns
Resumo: A adolescência caracteriza-se por transformações corporais e psicológicas, além de compromissos pessoais e ocupacionais, sexuais e ideológicos assumidos para com a sociedade. O objetivo do presente estudo foi compreender como é estar na adolescência para portadores de deficiência visual. Entrevistaram-se 7 adolescentes portadores de deficiência visual, com idade entre 13 e 21 anos, dos quais cinco são do sexo feminino e dois do sexo masculino, de uma escola pública do interior paulista. Para a análise dos depoimentos utilizou-se a metodologia qualitativa fenomenológica. A compreensão dos discursos baseou-se na relação dialógica descrita por Martin Buber, que aponta duas possibilidades do ser humano revelar-se no mundo: a relação EU-TU (encontro genuíno com o outro, baseado na reciprocidade) e o relacionamento EU-ISSO (contato superficial). Pelos resultados obtidos nesta pesquisa, verificou-se uma pobreza qualitativa relativa às experiências vividas e compartilhadas com o outro, e uma maneira de relacionamento predominante pautada na categoria EU-ISSO. Constatou-se, igualmente, uma vivência permeada por preconceitos e tabus, em que o diálogo entre pais e filhos, em especial sobre a sexualidade, é escasso, revelando o fato dos pais não reconhecerem a sexualidade dos filhos deficientes. A escola aparece desempenhando um papel fundamental na integração social destes jovens e como mediadora das relações entre o portador de deficiência e sua família. Conclui-se que a escola poderia, portanto, possibilitar a conquista de um lugar produtivo para estes jovens na sociedade, e promover a mobilização das pessoas para que possam "ver" o portador de deficiência visual sem reduzi-lo à cegueira, ou seja, viabilizando uma relação com o ser total, a qual se define no EU-TU.
Unitermos: adolescência; deficiência visual; sexualidade; contexto escolar; fenomenologia.
A Pessoa Deficiente Visual: revelações sobre a atividade motora
Autores: José Júlio Gavião de Almeida; Eline T. R. Porto
Resumo: O objetivo do estudo é revelar se as atividades físicas desenvolvidas por um grupo de deficientes visuais, nas dependências da FEF/UNICAMP, influenciam as suas vidas como um todo. Optamos pela análise de conteúdo de Bardin (1977), que nos permite encontrar nas manifestações verbais de cada sujeito uma atitude que muitas vezes é inconsciente. Utilizamos a técnica de entrevistas individuais gravadas, transcritas na íntegra e posteriormente analisadas. O universo pesquisado foi de 7 adultos portadores de deficiência visual. Destacamos algumas reflexões e idéias expressas pelos entrevistados, como por exemplo: 1) relaciona a atividade motora à saúde; 2) é forma de integração com pessoas não-deficientes; 3) melhora algumas habilidades motoras básicas; 4) contribui para auto-estima e realização pessoal, entre outras. Diante disso, é claro para nós que a atividade motora (e em especial o esporte) contribui significativamente para a vida desses indivíduos, sob diversos aspectos que envolvem o ser humano no seu dia-a-dia.
RELATO:
Condições de trabalho para pessoas com dupla deficência: visual e intelectual
por Liesbeth Schrijnemakers
PERFIL:
Louis Braille: o criador do sistema Braille
Adaptação de Ana Paula Pimentel
INFORME:
Posse da Comissão Brasileira do Braille
5º Jornada de Informática na Educação
Máquina Perkins no Brasil
PALAVRA FINAL:
A medida para o próximo milênio
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