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IBC abre inscrições para primeiros cursos técnicos de nível médio

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A partir de agora, o Instituto passa a oferecer educação especializada para pessoas com deficiência visual da pré-escola à Educação Profissional de nível médio.

  • Publicado: Terça, 05 de Fevereiro de 2019, 04h24
  • Última atualização em Quinta, 07 de Fevereiro de 2019, 08h23
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Os editais que regem o processo seletivo para alunos foram publicados hoje (4) pelo Departamento de Educação do Instituto (DED), mesmo dia de início do período de inscrição, que vai até o próximo dia 12.

Serão oferecidos cinco cursos — dois integrados ao ensino médio, um integrado à Educação de Jovens e Adultos de nível médio e dois nas modalidades concomitante (para alunos que estejam cursando o ensino médio) e subsequente (para aqueles que já concluíram o ensino médio).  Os cursos são os seguintes (clique neles para acessar os respectivos editais):

Todos os cursos são voltados exclusivamente para pessoaas cegas e com baixa visão.  Os interessados devem fazer suas inscrições pessoalmente, no Departamento de Educação (DED), das 8 h às 12h e das 13h30 às 16h30.  Não haverá atendimento aos sábados e domingos. 

Para mais informações sobre os editais, inclusive possíveis retificações, os candidatos devem consultar periodicamente a página do processo seletivo neste site.

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Tradição que se renova

A nova diretora do DED, Claudia Lucia Lessa Paschoal fala dos novos cursos e explica os critérios de escolha de cada um deles

Professora Claudia Paschoal

Da nomeação para assumir a recém-criada Coordenação de Educação Profissional do IBC até a instalação dos novos cursos profissionalizantes de nível médio foram seis meses de muito trabalho. Mas, de acordo com a professora Claudia Paschoal, presidente da comissão de implantação dos cursos lançados hoje, valeu mais do que à pena o esforço de todos os  que se dedicaram à tarefa de dar conteúdo e forma a um dos sonhos mais acalentados pela comunidade do Instituto:  oferecer qualificação profissional técnica às pessoas com deficiência visual. A partir de março, a história da Instituição ganha um capítulo a mais. 

 

1 – Por que a Comissão de Implantação da Educação Profissional escolheu esses cursos como os primeiros de nível médio a serem ofertados pelo IBC?

R – Nossa principal preocupação foi oferecer cursos profissionais em áreas interessantes para as pessoas com deficiência visual e dentro da expertise e da tradição do Instituto.  Vejam o caso do Curso Técnico em Instrumento Musical: ora, educação musical sempre fez parte do currículo do IBC desde os seus primórdios.  Aqui os alunos têm aula de música desde a educação infantil.  Não é à toa que ao longo de sua história, o Instituto formou e tem formado excelentes músicos.  A mesma coisa acontece com o curso de Artesanato, um dos mais procurados pelos alunos da Reabilitação .  O trabalho realizado na nossa oficina de cerâmica, por exemplo, já foi tema de inúmeras pesquisas acadêmicas na área da educação de cegos publicadas.  Ou seja, é outra área em que o Instituto desenvolve um trabalho diferenciado e que tem feito a diferença na vida de nossos alunos. 


2- E o novo curso de massoterapia? Ele será igual ao que era oferecido em parceria com o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ)?

R – Não.  Apesar do sucesso do curso que oferecemos até o ano passado, este que passamos a oferecer teve a grade curricular ampliada e reformulada. Ele passou de uma duração de dois para três anos, o que significa uma formação mais completa.  O curso tem também uma particularidade que os demais não possuem: permite uma qualificação intermediária.  Completo, tem uma carga horária de 1.880 horas, a serem cumpridas em três anos.  No entanto, incluímos a possibilidade de certificação intermediária em Massagem na Cadeira, com carga horária máxima de 560 horas, e em Shiatsuterapia, com carga horária de 900 horas.  Com isso, atendemos a um público que já tem formação em massoterapia e deseja ampliar suas habilidades na área em cursos mais curtos.  Quem fizer o curso completo sai com diploma de Técnico em Massoterapia; quem optar pelas capacitações intermediárias, recebe um certificado correspondente. . 


3 - O IBC também inovou ao oferecer o Curso Técnico de Revisor de Textos no Sistema Braille.  Qual a importância dessa iniciativa?

– Este curso é importante por duas razões principais: primeiramente, porque está diretamente ligado à identidade institucional do IBC.  Afinal, somos um centro de referência no ensino e pesquisa na área da deficiência visual que produz e revisa material em braille há 164 anos; a outra razão é a demanda crescente por este profissional na nossa sociedade.  A Lei da Inclusão tem obrigado não só as instituições públicas como também as empresas e os governos de uma forma geral a se adequarem para permitir o acesso às informações escritas também aos cegos.  A gente já vê isso em cardápios de restaurantes, placas, avisos e em vários outros locais e situações. A tendência é que essa prática se amplie cada vez mais.  Sem falar na necessidade de termos mais livros transcritos em braille para as escolas públicas e privadas também.  E se o nosso curso for bem avaliado pelo MEC — e se Deus quiser ele será — teremos aberto a possiblidade de outras instituições de ensino passarem a oferecê-lo também, ajudando a disseminação do braille para além das escolas especializadas.

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