A peça "O Assassinato do Souza" encerra temporada 2018 com estreia de ator de rua no palco
Hoje (7) o Teatro Benjamin Constant foi palco do espetáculo do grupo "Corpo Tátil", que trouxe a novidade de um ator vidente no elenco.
Formado por alunos e ex-alunos do IBC, o grupo dirigido pela professora Marlíria Cunha faz a desconstrução para o público do estereótipo da pessoa com deficiência visual sem expressividade e autonomia, ao mesmo tempo que a diversão ocupa o ambiente e a autoestima movimenta os atores.
A peça teatral
Bailando entre o suspense e a comédia na busca de quem matou o Souza, um simples senhor que fica rico ao ganhar na loteria e é assassinado em sua casa, a montagem da professora Marlíria convida a plateia a acompanhar o interrogatório dos suspeitos e encontrar o criminoso. Os depoimentos, fornecidos em sequência e com todos os atores no palco, são transformados em esquetes com as versões dos interrogados.
Antes da cena reveladora da autoria do crime, o público aponta o seu palpite e os acertadores ganharam brinde ao final da peça. Fizeram parte do elenco: Ana Beatriz Rangel, como Soraia (viúva); Vanessa Rodrigues, como Ana Maria (empregada doméstica); Sara Santos, como Rita (enteada da viúva) e Matilde (prima de Ana Maria); Karen Cristina, como Fagundes (escrivão) e Max Delys, como Delegado e Souza (vítima).
A inclusão e a estreia de Max
A novidade da última apresentação do ano foi o ator Max Delys, que não é deficiente visual e, excepcionalmente, completou o elenco. Oriundo do teatro de rua, Max fez sua primeira peça em palco hoje.
Feliz por participar e aprender muito com a “experiência de se moldar para interagir com os colegas cegos, foi um excelente desafio que recomendo para qualquer ator”, assim definiu Max a sua presença, antes de explicar que fez além dos ensaios com o grupo um minicurso de inclusão, como preparação para a peça.
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