Roda de Samba Pedagógica canta repertórios e composições de sambistas negras
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As letras das músicas foram previamente trabalhadas em sala de aula e o evento da última sexta-feira (31) foi a culminância destas atividades escolares.
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Além de levar muita batucada e cantoria à Praça dos Ledores, que fica dentro dos domínios do IBC, em frente à Biblioteca Louis Braille, a atividade promoveu o diálogo entre os alunos, pesquisadores de samba, docentes do instituto e músicos profissionais. O tema das conversas desta Roda, a terceira do projeto coordenado pela professora Mariana dos Reis, foi "mulheres negras no samba".
O grupo de convidados que enriqueceu os debates com seus saberes e aguçou a curiosidade e a musicalidade do público com as histórias das intérpretes, a contextualizações das letras e as vozes e sons, contou com o professor Leonardo de Carvalho (IBC), os pesquisadores Mauro Sérgio Farias e Marina Laiun (UERJ) e os músicos Nina Rosa (cantora, compositora e instrutora de percussão) e Thiago Kobe (baterista e percussionista).
O caminho didático para estudar e cantar algumas das importantes mulheres do samba carioca começou com Tia Ciata, uma negra baiana que promovia rodas de samba em sua casa e protegia os marginalizados sambistas, até chegar nas famosas cantoras Clementina de Jesus, Ivone Lara, Leci Brandão, Marina Iris e a presente ao evento Nina Rosa.
Foram conhecidas pelos alunos as composições: Sorriso Negro, Marinheiro Só, Zé do Caroço e Pra Matar Preconceito. "Conforme as letras das músicas abordamos a história e identidade da cultura negra, as lideranças políticas, a comunicação comunitária, a condição da mulher negra na sociedade e o racismo estrutural", explicou Mariana dos Reis.
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