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Seminário Escola sem Barreiras reúne especialistas do IBC e do INES para capacitar professores

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A abertura do evento foi ontem (27) à noite, no Campus Monte Castelo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), em São Luís.

  • Publicado: Terça, 28 de Agosto de 2018, 11h18
  • Última atualização em Terça, 28 de Agosto de 2018, 11h26
Descrição da foto: no palco, uma mulher fala ao microfone para a plateia.
A primeira palestra foi da professora do IBC, Márcia Noronha, sobre a surdocegueira.

 

Cerca de 500 professores do Maranhão e de outros estados do Brasil vão passar os próximos três dias se aprofundando nas teorias e práticas em educação de pessoas surdas e/ou cegas - conteúdos que a cada dia vêm se mostrando fundamentais nas escolas públicas e particulares de todo o País devido ao aumento da população de alunos com limitações auditivas e visuais severas na rede regular de ensino.

O Instituto Benjamin Constant, instituição parceira na realização do seminário, enviou as professoras Maria da Glória Almeida, Márcia Noronha, Regina Kátia Cerqueira, Patrícia Rosa e Bianca Della Libera. Além de darem palestras sobre as várias modalidades de acessibilidade necessárias para a inclusão efetiva dos estudantes com deficiência visual nas atividades escolares, as professoras vão ministrar as seguintes oficinas, respectivamente: Surdocegueira, Sistema Braille e Literatura, Orientação e Mobilidade, Recursos Didáticos e Informática.

Os profissionais do  Instituto Nacional de Educação de Surdos, também vão dar palestras sobre acessibilidade escolar - só que  voltadas à deficiência auditiva - e ministrar oficinas sobre o assunto, como:  Educação Bilíngue (Prof.ª Regina Campelo); Libras como L1 e L2 (prof. Paulo André Bulhões); O Surdo com Outros Comprometimentos (prof. Luciano Furtado); A Atuação dos Tradutores de Libras nos Espaços Públicos (Ramon Linhares, tradutor e intérprete de Libras) e Língua Portuguesa como L2 para Surdos (prof.ª Verônica Rodrigues).

A pró-reitora de Ensino do IFMA, Ximena Maia da Silva, representou o reitor do Instituto, Roberto Brandão, no evento. Ela fez questão de homenagear o idealizador e organizador do evento, o professor João Batista Botelho, chefe do Departamento de Direitos Humanos e Inclusão Social do IFMA.

“O nosso instituto vem se esforçando para garantir a maior acessibilidade possível aos alunos com deficiência e sabemos que há muito a avançar ainda nesse sentido. Mas temos o maior orgulho de termos na estrutura da Pró-Reitoria de Ensino um departamento dedicado a esta questão chefiado por uma pessoa com o grau de comprometimento com a causa como o professor Botelho”, disse a professora.

O diretor-geral do INES, Marcelo Cavalcanti, falou sobre a importância de ampliar o acesso da população surda ao correto entendimento do que acontece no seu entorno, no País e no mundo. “É preciso que cada vez mais essas pessoas tenham como apreender a realidade da forma mais objetiva possível, sem os filtros das pessoas que o circurdam. Só assim ele vai poder formar conceitos próprios sobre os fatos passados e presentes, compreendendo o contexto das imagens que eles apenas veem sem entender”, ressaltou Cavalcanti.

Para o diretor-geral do IBC, João Ricardo Melo Figueiredo, este seminário é histórico.   “Apesar da proximidade que nós temos do INES, nós nunca havíamos nos reunido para oferecer uma capacitação conjunta e isso é da maior importância.  É preciso que todos nos unamos para avançarmos na inclusão das pessoas com deficiência visual e auditiva do momento em que elas entram na escola, até a saída.  Não basta recebermos estes alunos.  Precisamos ensiná-las de fato e, para isso, é preciso um grande esforço de capacitação de toda a comunidade escolar.  E esta é uma das missões do Benjamin Constant e do INES",  disse João, enfatizando o ponto de intercessão na atuação dos dois institutos e que, por si só, justificaria a realização de futuros eventos similares: o atendimento à pessoa surdocega.

Foi exatamente o tema da surdocegueira que abriu as palestras do seminário.   A professora Márcia Noronha, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisa do IBC, fez uma explanação geral sobre os desafios que envolvem o processo de abrir um canal de comunicação que permita o surdocego interagir com o outro e expandir o mundo dessa pessoa que, sem uma ajuda especializada, é limitado apenas pelo que pode ser alcançado com as mãos.

O Seminário Escola sem Barreiras vai até a quinta-feira que vem (30) e a partir dele será produzido um audiolivro com todas as palestras do evento. A obra será produzida pelo IFMA e será disponibilizada no próprio site do Instituto, assim como nos sites do IBC e do INES.

 

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