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álbum de figurinhas para cegos

Professor do IBC cria álbum de figurinhas da Copa do Mundo acessível a deficientes visuais

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Esta é a primeira publicação do gênero no Brasil.

  • Publicado: Quinta, 12 de Julho de 2018, 10h23
  • Última atualização em Quinta, 12 de Julho de 2018, 12h24
imagem sem descrição.

 

A ideia foi do professor de matemática, Luigi Amorim, durante uma das aulas para a turma do 4º ano.  "Eu estava falando sobre as características do retângulo e ensinando como se calcular o perímetro desta figura geométrica, quando o aluno Juan Jardim disse que sabia fazer retângulos usando a máquina Perkins (máquina datilográfica usada pelas pessoas cegas para escreverem utilizando o código braille).  Na hora eu ouvi o que ele disse, mas a aula já estava terminando e os alunos deixaram a sala.  Foi quando a mediadora Andreia me disse que ele fazia os retângulos em pontos para colar, dentro deles, as figurinhas dos jogadores da Seleção Brasileira de Futebol.  Ora, eu mesmo tinha acabado de completar o álbum com meu filho e aquilo me deixou mexido.  De forma que eu saí da escola aquele dia já com a ideia de produzir, o mais rapidamente possível, um álbum acessível às crianças cegas", contou o professor.

Luigi digitou então todos os dados do álbum em braille, fez os retângulos conforme a dica do aluno, adicionou as legendas e levou para a Divisão de Imprensa Braille (DIB), que imediatamente apoiou a ideia do professor e providenciou a impressão e encardenação de 90 álbuns, distribuídos  a todos os alunos, professores e revisores cegos do Instituto. 

O sucesso foi tão grande que a DIB resolveu disponibilizar a publicação às instituições que atendem, gratuitamente, pessoas com deficiência visual.  As solicitações devem ser feitas  pelo e-mail dib@ibc.gov.br.

 

O engajamento na causa da inclusão

O professor Luigi ingressou no IBC há pouco mais de um ano, mas já exercia o magistério há 16 anos em escolas não especializadas.  Assim que entrou em exercício, mergulhou no universo da educação para pessoas com deficiência visual, fazendo os cursos oferecidos pela antiga Divisão de Capacitação e Recursos Humanos (DCRH), anteriormente ligada ao Departamento Técnico-Científico, onde foi lotado com a função de adapatador de livro didático, além de atuar como professor em sala de aula.  Atualmente, a DCRH passou a se chamar Divisão de Extensão e Aperfeiçoamento, ligada ao novo Departamento de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (DPPE).   

"Criar possibilidades é o que aprendi aqui no Instituto. Quando, através de uma ação, a possibilidade se concretiza, somos recompensados com o sorriso dos alunos. Meu sentimento é de muita alegria pois sei que não será apenas um álbum colecionável mas, também, um instrumento que promoverá aprendizagem e transformação", concluiu o professor, que pretende levar a ideia às editoras de álbuns de figurinha brasileiras.

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