Romance “Gabriela, cravo e canela” é tema de encontro literário promovido ontem (25) pela DAL
Ao completar 60 anos de sua publicação, a obra de Jorge Amado inaugurou as atividades do “Quarta com ...”, projeto da Divisão de Atividades Culturais e de Lazer (DAL), que busca dar visibilidade aos escritores brasileiros e suas obras carregadas de questões sociais.
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É o caso do livro apresentado pelo bibliotecário e mentor dos encontros, Jasper Teodoro da Silva Ferreira, que ao expor o drama de Gabriela, uma mulata nordestina errante, e Nacib, um imigrante árabe, que se encontram na provinciana Ilhéus (BA) dos anos de 1920, destaca o preconceito, do autoritarismo, da violência contra a mulher, da desigualdade social, dentre outras mazelas sociais ainda atuais.
O cheiro do cravo e da canela, a voz da Gal Costa interpretando a “Modinha para Gabriela” e o samba-enredo da Estácio de Sá de 1969 - “Gabriela Cravo e Canela”- enriqueceram a experiência dos presentes ao evento, que aconteceu na "Praça dos Ledores",em frente à Biblioteca Louis Braille, aberta para todos.
Veio do aluno do 6º ano do ensino fundamental, Guilherme Almeida, a maior demostração de objetivo alcançado, ao perguntar se a biblioteca tinha o livro disponível para empréstimo e emendou: “gostaria que em outra oportunidade falássemos sobre o romance A Moreninha (de Joaquim Manuel de Macedo, 1844)”.
Próximo encontro
A intenção da DAL é realizar as atividades do projeto sempre nas últimas quartas-feiras dos meses. Entretanto, em função do recesso escolar e dos jogos da Copa do Mundo de futebol, a programação de junho e julho ainda está em análise.
A data de 23/5 está confirmada, assim como o livro que será trabalhado: o romance “Clara dos Anjos” (1923), de Lima Barreto. A ideia do organizador é unir o drama, que envolve o preconceito racial, e os 130 anos da abolição da escravatura no Brasil, que se completa em maio (Lei Áurea, de 13/5/1888). <<< ATENÇÃO TRANSFERIDO PARA O DIA 6/6 >>>
Na sequência, faltando agendar, já está definida a obra “Macunaíma” (1928), de Mário de Andrade.
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