Mutirão reduz em 60% a fila de espera por cirurgia de catarata no IBC
O balanço da ação foi divulgado hoje (28) pela Direção-Geral do Instituto que considerou o resultado positivo, apesar dos problemas que impediram o cumprimento da meta inicial de 420 cirurgias.
As razões que obrigaram o Instituto a reduzir a meta para 222 cirurgias foram o atraso do repasse dos recursos necessários à compra de insumos pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e os problemas técnicos em uma das três salas do centro cirúrgico que inviabilizaram o atendimento aos pacientes.
Ao todo foram realizadas 207 cirurgias. As 15 que deixaram de ser feitas tiveram como causas: a falta de seis pacientes por causa das fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro na quinta-feira (22) e nove cancelamentos por razões médicas no momento da cirurgia, como nível de pressão alterada e avaliação do risco cirúrgico pelo anestesista.
Para a diretora do Departamento de Estudos e Pesquisas Médicas e de Reabilitação (DMR), Rosane de Menezes Pereira, que coordenou o mutirão, a ação foi extremamente positiva. "Estou muito feliz com o trabalho que realizamos, pois conseguimos devolver a visão a 207 pessoas que estavam esperando há mais de um ano pela cirurgia. Temos confiança de que conseguiremos, com a reestruturação do nosso Programa de Residência Médica, voltar a realizar nossas cirurgias no ritmo adequado, acabando com essa espera tão grande", disse a diretora.
Segundo Rosane, a reestruturação do Programa de Residência depende somente agora da contratação dos profissionais através do convênio a ser assinado pela Ebserh, Instituto Benjamin Constant e pelo Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Na lista de pessoal que virá reforçar a equipe do IBC estão: 10 médicos, 5 enfermeiros, 8 técnicos de enfermagem, 2 farmacêuticos, 2 técnicos em farmácia, 3 administradores e 1 técnico em informática.
De acordo com o diretor-geral do IBC, João Ricardo de Melo Figueiredo, a previsão é de que o convênio seja assinado na primeira semana de abril. "A Ebserh ficou responsável pela elaboração da minuta do convênio, que já foi aprovada pelo departamento jurídico da Ebserh e está na chefia de gabinete da presidência da Empresa esperando apenas ser ratificada e assinada pelas três instituições", informou João Ricardo.
O diretor também considerou positivo o resultado do mutirão e ressaltou a união do IBC e do Hospital Gaffré e Guinle para impedir que os problemas de última hora impedissem a realização das cirurgias. "Agradeço o empenho do Hospital, na pessoa do seu superintendente, Dr. Fernando Ferry, e também à equipe médica e a todos os servidores do Instituto que se empenhou ao máximo para que conseguíssemos atender ao maior número de pessoas possível. Mas é bom que fique claro que mutirão é uma ação pontual. O que vai resolver os problemas de atendimento médico do Institut é a reestruturação do seu Programa de Residência Médica que, tudo indica, será efetivada em breve, concluiu o diretor.
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