Diretor da TV Globo explica aos alunos do IBC como usar recurso da audiodescrição da tv digital
Durante a visita dos executivos da emissora, o IBC recebeu a doação de 15 kits de conversão de sinal feita pela empresa Seja Digital.
O movimento na casa 3 do atendimento em Atividades da Vida Diária (AVD) foi maior do que o costume ontem (28), pela manhã. Cerca de 15 alunos da Reabilitação e do Curso Técnico em Massoterapia foram convidados a assistir à palestra do Diretor de Projetos Especiais da TV Globo, André Dias, e do especialista em estratégia regulatório da emissora, Luiz Fausto de Souza Brito, sobre uma inovação que beneficia especificamente o telespectador brasileiro com deficiência visual que já possui uma tv com sinal digital: o serviço de audiodescrição do conteúdo televisivo.
A visita ao IBC faz parte da campanha nacional que a TV Globo vem fazendo para preparar o maior número de pessoas possível para o fim da transmissão do sinal analógico de tv, marcado, no estado do Rio de Janeiro, para o próximo dia 25 de outubro. A equipe está percorrendo diversos bairros da capital e de outros municípios não só para comunicar o fim do desligamento como também para falar sobre os benefícios de som, imagens e outros recursos do sinal digital.
Muitos dos alunos presentes à explicação disseram já possuir tv digital, mas nem todos sabiam como acessar o serviço de audiodescrição, indicado por um sinal sonoro antes do programa começar. "O problema é que muitos cegos acabam não se beneficiando dessa inovação por desconhecerem o significado desse sinal", argumentou o professor Víctor Alberto da Silva Marques, consultor e membro da Coordenação de Audiodescrição do Instituto, que sugeriu aos palestrantes que o sinal seja precedido de uma informação em áudio avisando que o programa que está para começar conta com o serviço.
Além do professor, os alunos também deram sugestões para tornar a audiodescrição mais clara para o cego. Para a reabilitanda Marlene Gonçalves da Silva, apreciadora das novelas da emissora, é necessário um pouco mais de informação sobre quem está agindo ou sofrendo a ação para que a cena seja compreendida corretamente por quem não enxerga. "Não adianta dizer simplesmente que alguém chora. É preciso que se diga o nome da personagem, senão acaba nos confundindo e atrapalhando a compreensão da história", reclamou a aluna.
Para os executivos da TV Globo, o encontro com os alunos do IBC foi também um momento de aprendizado. "O nosso objetivo é melhorarmos cada vez mais o serviço da audiodescrição, inclusive estendendo-o a outros programas da emissora", disse André Dias.
Tanto a palestra como a entrega dos kits e a instalação de um deles na casa 3 foram registrados pela equipe de reportagem do RJTV 1ª Edição. A matéria, da repórter Larissa Schimidt pode ser vista no link < https://globoplay.globo.com/v/6180235/ >.
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