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Exposição resgata as memórias afetivas dos alunos da Reabilitação

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A mostra está em cartaz no Espaço Cultural do IBC.

  • Publicado: Quinta, 21 de Setembro de 2017, 17h36
  • Última atualização em Segunda, 07 de Outubro de 2019, 16h24
Descrição da foto: criança posando para foto com o rosto encaixado em um painel de feltro colorido com a imagem de um vendedor de fruta de chapéu, sentado numa canoa, segurando um abacaxi, frutas, um papagaio.   Ao fundo, preso à parede, uma ilustração do quadro O Vendedor de Frutas, de Tarsila do Amaral, com os mesmos elementos do painel.
O painel inspirado no quadro O Vendedor de Frutas, de Tarsila do Amaral, faz sucesso entre a garotada, que faz questão de posar para foto.

 

 

                 "Lembro também do passeio a Petrópolis, em 1957, num trem maria-fumaça movido a carvão, e das fagulhas de lenha entrando pela janela e eu tentando pegá-las."

(fragmento de Sheila Mourão)

"Foi quando um silêncio total aconteceu e ela percebeu a cortina se mover e um vulto se aproximar da sua cama.  Mesmo assim, ele cresceu uma criança como as outras, que gostava de brincar de soltar pipa e jogar futebol."

(fragmento de Carlos Alberto)

"Era uma senhora muito boa e prestativa.  Lavava uma roupa que brilhava de alva que ficava."

(fragmento de Cátia Maria)

 

Foi assim, vasculhando os baús da memória, que os alunos das oficinas de artes da Reabilitação moldaram na argila, pintaram e colaram no papel, imagens do tempo em que ainda enxergavam.  Às lembranças de cada um,  somou-se a inspiração em grandes mestres das artes plásticas.  O resultado foi a produção de pipas, casinhas, moringas, peneiras, barcos, peixes e uma infinidade de peças de cerâmica, além de quadros retratando pedaços de um cotidiano distante. As obras compõem a exposição Memórias, Afetos e Imaginários, promovida pela Divisão de Reabilitação, Preparação para o Trabalho e Encaminhamento Profissional (DRT) e coordenada pelas professoras Luciana Bernardinello, Glauce Gabry e Camila Mascarenhas.

A mostra faz parte do Projeto Memórias Afetivas, desenvolvido ao longo deste ano letivo.  A proposta do projeto foi promover um diálogo entre as memórias multiculturais dos educandos e educadores, envolvendo as áreas de artes visuais, música, expressão corporal, informática educativa e literatura. 

São cerca de 80 trabalhos expostos - todos eles releituras de obras de Tarsila do Amaral, Volpi e Portinari, artistas que têm como temática elementos lúdicos. Os trabalhos são legendados em braille mas, mesmo assim,  os visitantes com deficiência visual têm apoio de servidores para apreciar as obras. 

A exposição faz parte das atividades comemorativas dos 163 anos de fundação do Instituto Benjamin Constant e termina nesta sexta-feira (22). Confira aqui a galeria de fotos.

 

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