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Mesa-redonda do IBC levanta preocupação com unificação curricular

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O debate interno realizado na última quarta-feira (24) reuniu 60 professores e foi elaborado e coordenado por professores do Departamento de Educação (DED).

  • Publicado: Domingo, 28 de Mai de 2017, 12h27
  • Última atualização em Quinta, 29 de Junho de 2017, 12h07

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Este foi o quarto encontro promovido pelo Ciclo de Debates em Educação e teve o objetivo de promover a reflexão sobre reformas educacionais, currículo e base comum. As palestrantes convidadas foram as professoras Warley da Costa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Maria Luíza Süssekind Veríssimo Cinelli, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) - ambas doutoras em Educação.  A mesa-redonda foi mediada pelo professor do IBC, Arlindo Fernando Paiva de Carvalho Junior, mestre em Ciências da Atividade Física.  

Os diálogos mostraram a importância que deve ser atribuída à história contida em cada sujeito e a da instituição na construção dos pressupostos teóricos curriculares.

Na sua palestra, a professora Warley da Costa disse que o currículo é uma arena política. “Nessa arena, as relações de poder não são nem podem se basear apenas em imposições de cima para baixo. Se a discussão não for horizontalizada, o professor pode rasgar o diploma e ir para a casa”, explicou.

Já a professora Maria Luiza Cinelli criticou o aspecto excessivamente pragmático da nova proposta curricular, dizendo que  ela é "inspirada no mundo dos negócios".  Ela  se posicionou contrária também às avaliações extrernas.  "Ao controlar o  que o professor ensina e o que o aluno aprende, vulnerabiliza-se o trabalho do professor, que fica em situação de descrédito perante a sociedade, ele mesmo e os colegas", argumentou.

Questionada sobre a falta de liberdade das escolas para elaborarem os seus currículos, Süssekind explicou que ao abandonar a ideia de diretriz e passar para a de base, estando a primeira casada desde o início com uma política de avaliação externa, de formação de professores e de material didático, não está-se falando de currículo pobre (mínimo) ou rico, mas de currículo único.  "Para que ensinar o que não cairá no exame que determinará o orçamento da escola, o futuro dos alunos e a remuneração dos professores?", indagou.

Segundo Wagner Dias Santos, um dos três professores que coordenam os encontros, esta edição foi a de maior público e participação. O coordenador Leonardo de Carvalho Augusto informou que o próximo debate será em junho, provavelmente dia 21, mas os interessados podem participar desde já enviando sugestão de temas para o e-mail debatesibc@gmail.com. O coordenador Flavio Antônio de Souza França completa a equipe responsável pelo evento.

 

 

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