Curso de Transcrição Braille contempla todas as regiões do Brasil
Representantes de GO, MA, PA, RJ e SC buscam conhecimentos para aperfeiçoarem suas práticas.
O curso que começou dia 15 e termina hoje (26) abordou os processos de produção de textos em braille e a aplicação das normas técnicas para a transcrição de textos e do código matemático. Foi ensinado ainda os principais recursos do software Braille Fácil e a instalação e configuração de impressoras braille. A duração da capacitação é de 80 horas.
O professor Thiago Ribeiro Duarte ministrou o curso para 13 pessoas que vieram de todas as regiões do Brasil. Os Estados presentes foram Goiás (1), Maranhão (1), Pará (5), Rio de Janeiro (5) e Santa Catarina (1). A grande abrangência da ação também ocorreu no Estado sede do IBC, com a participação de representantes de Angra dos Reis, Arraial do Cabo, Barra Mansa, São Gonçalo e São João de Meriti.
A atuação indireta do IBC junto aos deficientes visuais nos Estados pode ser entendida nas falas dos cursistas: a professora da Prefeitura de Angra dos Reis (RJ), Juliana Andréia da Silva Pimentel, informou que no município são atendidos 100 alunos com deficiência visual, sendo 60 em escola especializada e outros 40 na rede regular.
A professora Angela Regina Ueker, de Chapecó (SC), disse que 38 municípios são assessorados pelo Núcleo de Apoio Pedagógico e Produção Braille (NAPPB), o que beneficia mais de 60 alunos com deficiência visual.
Já a Tatiana Nazaré de Carvalho, especialista em educação especial em Belém (PA), disse que 107 alunos com deficiência visual estão matriculados nas unidades da Universidade Federal do Pará (UFPA) e são assistidos pela Coordenadoria de Acessibilidade que produz o material em braille. Na escola de aplicação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), segundo Mayk da Silva Machado, de São Luís (MA), cinco alunos são deficientes visuais.
Explicando o grande número de alunos com deficiência visual na UFPA, o professor Aluísio Nogueira dos Passos disse que "em 2003 foi realizado um projeto na Unidade de Referência José Alvares de Azevedo, onde os alunos deficientes visuais do ensino médio passaram a ter um atendimento especializado em cada disciplina". A professora Tatiana falou que a Lei de Cotas também foi fundamental.
Uma curiosidade é a participação de Ana Paula do Nascimento Alves Oliveira, mãe de aluno do 4º ano da escola do IBC, que decidiu fazer o curso para ajudar seu filho nos estudos.
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