Essa pagina depende do javascript para abrir, favor habilitar o javascript do seu browser! Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > Livros falados do IBC agora são distribuídos pela internet
Início do conteúdo da página
Notícias

Livros falados do IBC agora são distribuídos pela internet

Avaliação do Usuário: 5 / 5

Estrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativaEstrela ativa
 

A adesão à plataforma Google for Education permitiu que a Coordenação do Livro Falado ampliasse consideravelmente a distribuição de novas obras, gastando menos e — o que é melhor — mantendo a reconhecida qualidade das gravações realizadas pelo IBC.

  • Publicado: Quinta, 13 de Mai de 2021, 14h58
  • Última atualização em Quarta, 09 de Junho de 2021, 14h04
imagem dividida em duas partes: à esquerda, um drive de cd de um laptop aberto com um disco dentro; à direita, sobre fundo azul escuro, uma ilustração de quatro arquivos de áudio de internet rosa.  No canto superior esquerdo, em letras brancas, sobre a imagem do computador com o drive aberto, lê-se: "Já era ótimo", no canto inferior direito, também em letras brancas, o complemento da frase? "... e agora, mais rápido".
O compartilhamento dos arquivos de áudio via Google Drive eliminou o trabalho de logística que limitava a capacidade de atendimento às instituições.

A simples mudança no sistema de e-mail  mudou consideravelmente as condições de trabalho dos servidores do Instituto Benjamin Constant e, consequentemente, o atendimento direto e indireto ao público beneficiário dos serviços da Instituição. Mas, em poucos setores o novo e-mail institucional teve um impacto tão grande como na Divisão de Desenvolvimento e Produção de Material Especializado - DPME, mais exatamente na Coordenação do Livro falado.  E a razão é simples: 

Captura de Tela 2021 05 13 as 154421“Antes tínhamos uma limitação física na distribuição dos livros falados, eram apenas 60 títulos pois as cópias eram feitas manualmente em CDs. Agora, a distribuição será digital por meio do compartilhamento de uma pasta contendo odo o acervo já gravado, que está hoje em 364 títulos.  E isso só foi possível devido ao novo e-mail do IBC, que permite o compartilhamento via drive. Ou seja, o que iremos fazer é um grande sonho a ser realizado: as pessoas com deficiência visual poderão ter acesso a todo o acervo já gravado pela Coordenação do Livro Falado!”, explica entusiasmado o professor Aires da Conceição Silva, responsável pela DPME.

Segundo Aires, outra razão pela qual se tornou urgente a mudança do modo de distribuição das obras é o fato de os computadores mais novos nem virem mais de fábrica com o drive de CD disponível.  “É importante ressaltar, no entanto, que o formato de gravação e edição, muito elogiado pelo público-alvo, não foi alterado”, complementou.

 
Captura de Tela 2021 05 13 as 153231

Atualmente, a equipe que produz os livros falados é composta por dois servidores — a pedagoga Grasielle Lopes Menezes da Fonseca e o técnico Cláudio Roberto Vilardo — e uma funcionária terceirizada, a radialista Lúcia Filippo da Silva Rêgo Braga. Além de dona da voz e da leitura perfeitas, tão elogiadas pelos leitores dos livros gravados do Instituto, Lúcia edita a maior parte dos livros que grava. Grasielle é a coordenadora do setor, cuidando mais da edição e revisão dos áudios gravados, enquanto Claudio recebe e responde os pedidos, alimenta o banco de dados do setor e, sempre que possível, colabora na revisão das gravações originais.  Com a mudança para a distribuição eletrônica dos arquivos de áudio, ele agora não precisará gastar a maior parte do seu tempo copiando, etiquetando, rotulando e expedindo os cds, o que lhe permitirá se dedicar mais às edições e revisões do material juntamente com a colega, agilizando e permitindo o aumento de títulos do acervo de livros gravados.

Não se pode falar sobre os livros falados do IBC sem citar o trabalho dos voluntários que há décadas emprestam seu talento e tempo para levar as palavras dos grandes escritores para os leitores cegos, como a ledora Luciana Machado, locutora de rádio (foto ao lado). E aquiCaptura de Tela 2021 05 13 as 161156 cabe diferenciar os conceitos de ledor e leitor, duas coisas absolutamente diferentes. O ledor é a pessoa que lê o livro em voz alta (gravando ou não), com a preocupação de ser fiel à intenção do escritor, respeitando a pontuação, sem usar recursos artificiais de interpretação, como modificar a voz para interpretar um personagem como se faz nas dublagens. Ou seja: o ledor é o instrumento de acesso do leitor que acessa uma obra pelo sentido da audição, seja ele cego ou não — um trabalho de inestimável importância que, graças à generosidade dos voluntários, vem contribuindo para a riqueza do acervo de livros falados do IBC.

Em condições normais, a média anual de gravações com os voluntários gira em torno de 25 a 30 novos títulos de livros.  O trabalho é mensurado em número de páginas gravadas, editadas e revisadas.  De modo que, em 2019 por exemplo, foram produzidas pela DPME 5.800 páginas dos mais diferentes títulos que depois foram transformados em cópias. 

“Apesar da pandemia, o trabalho de gravação não foi interrompido, pois Lúcia tem um estúdio com bom isolamento em sua casa, o que permitiu que as gravações e edições continuassem com qualidade. Hoje, ela já voltou a gravar e editar nos estúdios do setor.  Mesmo assim, com a paralisação da gravação feitas pelos voluntários, obviamente tivemos uma redução considerável no número de páginas gravadas”, explicou Aires.

Quem pode pedir os livros falados do IBC

Os pedidos de Livros Falados não podem ser feitos por pessoas físicas, mas sim por instituições de ensino da rede pública, bibliotecas públicas e instituições sem fins lucrativos que atendam pessoas com deficiência visual.  A ideia é de que, quando uma instituição fizer este pedido, que ela tenha um computador disponível para a pessoa com deficiência visual poder escutar o livro falado, como se estivesse lendo o livro em uma biblioteca, por exemplo.

O serviço prestado pelo IBC está respaldado no art. 46, inciso I, alínea “d” da Lei nº 9610/98, que trata das questões relativas aos direitos autorais, segundo o qual “Não constitui ofensa aos direitos autorais a reprodução de obras literárias, artísticas ou científicas para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o Sistema Braille ou outro suporte para esses destinatários”.  Por isso os arquivos não podem ser disponibilizados livre e diretamente aos leitores, uma vez que seria impossível impedir que eles fossem compartilhados em massa, desobedecendo assim o dispositivo legal.  

WhatsApp Image 2021 05 12 at 120718 3Os livros falados sempre foram e continuarão a ser disponibilizados na Biblioteca Louis Braille. No entanto, o formato ainda será decidido com o setor quando o IBC voltar totalmente ao atendimento presencial, mas segundo Aires, nada impede que ambos os formatos — em CD e digital — possam conviver enquanto o Instituto dispuser de mídia CD, até que a migração total ao formato digital seja viável para a biblioteca.                            

(acima, acervo de livros falados em cd da DPME) 

registrado em:
Fim do conteúdo da página