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Judocas do IBC buscam a classificação para a Paralimpíada de Tóquio

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Wilians Araújo e Karla Cardoso viajaram hoje para São Paulo, onde ficarão concentrados com a seleção brasileira até o dia 19, quando viajarão para o Granprix do Azerbaijão.

  • Publicado: Segunda, 10 de Mai de 2021, 21h22
  • Última atualização em Quarta, 09 de Junho de 2021, 13h58
Descrição: sobre fundo verde-bandeira, ao lado direito, tem-se um painel quadrado com três fotos.  Em cima, o diretor do IBC, João Ricardo Figueiredo, conversa com o professor Fábio Brandolim, o fisioterapeuta Daniel Brandão (ambos de pé), os atletas Wilians Araújo e Karla Cardoso, sentados no sofá ao lado do técnico Antônio Luís.
Os atletas e integrantes da equipe técnica foram presenteados com a medalha dos 160 anos do IBC.

Do leste para o oeste europeu. Depois de participarem da competição na ex-república soviética, Wilians e Karla seguem para o Granprix da Inglaterra — última e importantíssima competição para eles se classificarem para os Jogos (atualmente, Wilians ocupa o 8º lugar no ranking mundial, categoria mais de 100 kg; já Karla, é a 12ª atleta do judô feminino do mundo na categoria menos 52 kg). 

Tranquilos e confiantes, eles foram recebidos, na sexta-feira passada (7) pelo diretor-geral do Instituto, que fez questão de se despedir deles pessoalmente e desejar sucesso nas classificatórias. Com eles estavam o técnico Antonio Luís de Souza Júnior, o fisioterapeuta Daniel Brandão e o coordenador do Programa de Esporte de Alto Rendimento (PEAR), prof. Fábio Brandolim. Para a equipe técnica, as possibilidades de ambos conseguirem os pontos que faltam para carimbarem o passaporte para o Japão são grandes, mas certeza mesmo só no final de junho, quando será divulgada a lista dos atletas classificados para os Jogos.

O professor João Ricardo Melo Figueiredo falou do orgulho do IBC em tê-los como representantes mundo afora e do importante papel que eles, como atletas de excelência, têm para as pessoas cegas e com baixa visão.

“As conquistas de vocês servem de exemplo para nossos alunos e também para as famílias deles, muitas vezes enlutadas pela perda visual de um filho. Cada pódio em que vocês sobem contribui para reforçar que a perda da visão não é o fim da vida, mas sim um obstáculo como muitos outros que existem e que pode ser superado para a conquista de uma vida digna”, disse o diretor-geral. 

Wilians devolveu o agradecimento dizendo da importância que o IBC teve e tem na vida dele. “Além da educação que recebi, o judô foi fundamental para a minha vida. Devo a ele tudo o que tenho hoje“, disse o atleta, lembrando também o apoio que recebeu do Instituto para conseguir recuperar-se das duas cirurgias às quais se submeteu para tratar do rompimento dos ligamentos nos dois joelhos. 

Karla também agradeceu o apoio que sempre recebeu do IBC, onde treina desde 2012. “Eu não estudei aqui, mas sinto que esta é a minha casa”, disse a atleta com baixa visão, uma das duas primeiras a subir no pódio do judô olímpico, na Paralimpíada da Grécia, em 2004.

João Ricardo agradeceu também os três profissionais presentes pela importância do trabalho deles na promoção da inclusão social e do desenvolvimento físico e mental das crianças e jovens com deficiência visual. Ele fez um elogio especial ao professor Antonio Luís, que ao longo dos 13 anos de trabalho voluntário no IBC vem ajudando a mudar vidas por meio do esporte.

Emocionado, o professor Antonio disse que o trabalho que realiza no IBC está entre as coisas que ele mais gosta de fazer. “Não é só pela minha evolução como profissional e como pessoa que ele me proporciona, mas pelos resultados que temos obtido. Quando cheguei aqui contávamos com quatro, cinco alunos na escolinha; no ano passado, fechamos com 25 alunos, empolgados com o esporte”, contou.

Semana agitada

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Wilians e Karla não foram homenageados apenas pela Direção-Geral do IBC; no dia anterior, eles foram os convidados especiais do almoço oferecido pelo Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx) , que funciona no Forte São João (foto acima).

Os quatro são participantes do Projeto João do Pulo (PJP), criado em 2015 como uma vertente do Projeto Forças no Esporte, que tinha como objetivo promover a reintegração social dos militares que adquiriam deficiências em consequências de acidentes ou enfermidades. Hoje o PJP atende mais de 40 mil crianças e jovens com as mais diferentes deficiências em todo o território nacional.

Os paratletas foram recebidos pelo chefe do Centro, o general de brigado Ernesto Lima Gil, e pelo responsável pelo Projeto João do Pulo naquela instalação, coronel José Augusto Glycério de Castro. 

Em meio a treinamentos e compromissos oficiais, Antônio, Daniel, Wilians e Karla encontraram ainda tempo para compartilhar suas experiências no paradesporto com os alunos do Curso de Instrutor de Educação Física da Escola de Educação Física do Exército, a convite da professora Míriam Mainenti. Eles deram, em conjunto, a palestra “Prática de judô para pessoas com deficiência visual’, um pouco antes do encontro com o diretor-geral do IBC. 

No momento em que esta matéria está sendo escrita, Wilians e Kátia já estão instalados nas suas acomodações do Centro de Treinamento Paralímpico, concentrados juntos com outros atletas da seleção brasileira, preparando-se para, novamente, superar desafios e conquistar mais uma medalha para o Brasil.

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