Evento marca encerramento das aulas do primeiro curso de aperfeiçoamento do IBC
A solenidade de conclusão do curso “A surdocegueira congênita e suas consequências no desenvolvimento e na comunicação” aconteceu no Auditório Maestro Gurgulino, nesta sexta-feira (6).
Ao longo dos seis meses de aulas, que aconteciam nas sextas-feiras, as 18 alunas puderam compreender as especificidades e desafios no atendimento e inclusão de pessoas com surdocegueira congênita. O curso foi ministrado pela Márcia Noronha de Mello, que é professora e pesquisadora na área de Surdocegueira e atual Coordenadora de Cursos de Aperfeiçoamento, e também contou com a colaboração de, pelo menos, 10 profissionais do IBC.
A professora Márcia contou que quando as inscrições começaram, a procura foi muito boa. Professoras e profissionais que atuam na educação de diferentes municípios do Rio de Janeiro e de outros estados se dedicaram bastante para realizar o curso. “O grande desafio foi trazer conteúdos teóricos, como não temos muita bibliografia em português tivemos que fazer adaptações e traduções com vocabulário e abordagens diferentes na área”, afirmou a professora. Mas a participação e experiência da turma contribuíram significativamente, “em alguns momentos brincávamos que não eram aulas e sim fóruns, pois havia muita troca de conhecimentos”, concluiu.
Para o encerramento do curso, houve uma pequena solenidade e a mesa de honra contou com a presença do diretor-geral do IBC, João Ricardo Melo Figueiredo; da diretora do Departamento de Pós-Graduação e Pesquisa (DPPE), Elise de Melo Borba Ferreira; da supervisora do DPPE, Jeane Gameiro Miragaya; e da chefe da Divisão de Extensão e Aperfeiçoamento (DEA), Sabrina Monteiro Pereira Quintanilha.
Em sua fala, João Ricardo parabenizou a turma e afirmou que “é nosso papel acompanhar o desenvolvimento da educação e o crescimento das ações voltadas a inclusão da pessoa com deficiência, pois só vamos conseguir incluir de verdade quando tivermos uma sociedade com conhecimento capacitado para atuar de fato com estas pessoas”.
Para Elise Borba, o curso vai além de uma capacitação, sendo também um estreitamento de laços das profissionais com o Instituto e finalizou convidando as alunas a “se motivarem na pesquisa, se dedicarem aos estudos e a produzir artigos, pois toda vez que vocês crescem, a instituição cresce também".
Estiveram presentes também o supervisor de Pesquisa e Publicações, Luiz Paulo Braga; a coordenadora de Educação à Distância, Bianca Della Líbera da Silva; a coordenadora do recém-criado Núcleo de Atendimento Educacional do Programa de Atendimento à Pessoa com Surdocegueira (NUEPS), Flávia Mara Teixeira Miranda; e o bibliotecário que atua na Biblioteca Especializada do IBC, Edilmar Alcântara, que proferiu algumas palavras sobre os laços criados com a turma e parabenizou a todas pela conclusão do curso.
A aluna Elaine da Silva da Silva fez uma homenagem em texto para a turma, que teve como característica marcante a resiliência. Alunas que vieram de longe, que tiveram imprevistos e alguns obstáculos ao longo do caminho, mas que não desistiram. A mensagem final foi: “que trajetória linda nós traçamos, queridas resilientes, é necessário resistir para chegarmos até o fim”, concluiu Elaine.
Um exemplo muito citado durante toda a solenidade foi o da professora substituta da Universidade Federal do Espírito Santo, Edinea Câmara, que saía de Vitória (ES) para o Rio de Janeiro toda quinta-feira para assistir as aulas do curso no dia seguinte, no IBC. A professora contou que já está sendo convidada a dar palestra sobre a surdocegueira nas escolas do seu estado e afirmou que vai “levar esse estudo a outras instâncias do ensino, pensando em propostas de conscientização e de efetivas ações pedagógicas”.
Às alunas, a mesa de honra entregou um certificado simbólico, uma lembrança institucional e uma moeda em homenagem aos 165 anos do IBC, que acontece no próximo dia 17.
A homenagem final foi à professora Márcia Noronha por toda a dedicação, empenho e amizade com a turma.
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