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Divisão de Ensino (DEN)

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Publicado: Quinta, 14 de Julho de 2016, 15h09 | Última atualização em Quarta, 11 de Novembro de 2020, 17h24 | Acessos: 808

Supervisiona o planejamento da Educação Infantil e Ensino Fundamental, partes integrantes da Educação Básica. São 274 alunos, sendo 91 deles matriculados em regime de internato. Seu quadro docente é formado por profissionais deficientes visuais – cegos e de baixa visão – e videntes.

 

Coordenações de Segmentos

Estimulação Precoce

 

Atende a crianças cegas e de baixa visão de zero a quatro anos de idade, a fim de minorar os déficits instalados ou prevenir os que poderão vir a se instalar. Uma equipe interdisciplinar, constituída por professores especializados, psicólogos e oftalmologistas, planeja os programas individuais de atendimento as crianças e SUS familiares. Tais programas, fundamentados em atitudes psicomotoras e de educação visual, perpassam as áreas da cognição, da linguagem e da competência social e se sistematizam nos variados ambientes socioculturais da criança. Valendo-se de vivências socioculturais, as atividades têm como propósito levar as crianças a interagir consigo mesmas, com o outro e com o mundo, possibilitando-lhes melhoria no seu processo evolutivo.

 

Educação Infantil – Pré Escola

 

Proporciona à criança cega e de baixa visão um espaço educacional privilegiado para o seu desenvolvimento.

O planejamento pedagógico se apóia em vivências concretas que possibilitam não só a formação de conceitos nas várias áreas do conhecimento humano, como também a organização e o cumprimento das regras sociais, o enfrentamento das limitações sensoriais e a construção positiva de sua auto-estima. Como o objetivo desse segmento escolar é o de ampliar o universo infantil através de atividades próprias a essa faixa etária, a ação pedagógica aciona o correr, o pular, o brincar, o explorar objetos, espaços, texturas, aromas e paladares, como elementos inerentes às atividades do pré-escolar. Todo o contexto pedagógico volta-se para o enriquecimento e/ou o resgate de possíveis defasagens dos repertórios comportamental, intelectual e socioafetivo desse alunado.

As disciplinas  Atividades Diárias para uma Vida Independente (ADVI) e a Orientação e Mobilidade (OM),  integrantes dos programas educacionais do aluno deficiente visual, têm como propósito garantir-lhe uma independência básica na rotina do seu cotidiano, o mais cedo possível.

Assim, gradativa e prazerosamente, a criança deficiente visual inicia seu processo de escolarização, integrando, com maior adequação, as experiências psicomotoras, sensoriais, cognitivas e socioafetivas.

 

 

 

Ensino Fundamental – Alfabetização à 8 série

Classe de Alfabetização

 

O trabalho pedagógico desse segmento escolar é direcionado para crianças de 7 a 14 anos de idade. As turmas são organizadas segundo a condição visual e o nível de desenvolvimento do anulo, mas é a condição visual que determina a orientação metodológica para o processo de alfabetização que se realiza através do Sistema Braille ou do Sistema Comum de Tipo Ampliado.

É nessa fase escolar que a criança cega tem acesso sistemático aos seus instrumentos de escrita no sistema Braille – reglete/punção, máquina de datilografia e folhas de papel de gramatura 120 ou superior. Já a criança de baixa visão ensaia as principais letras utilizando caderno com pautas distanciadas, lápis com grafite preto escuro (lápis 6B), cores contrastantes, luminosidade específica e recursos ópticos prescritos pelo médico especialista em baixa visão de acordo com a patologia e a acuidade visual do educando.

O processo de alfabetização se desenvolve apoiado em vivências reais, mediante o manuseio de elementos concretos e recursos didático-pedagógicos especializados para que a formação dos conceitos ocorra com fidedignidade. Todos os elementos utilizados como recurso didático levam em consideração a condição visual do educando e os seus canais perceptivos.

A Brinquedoteca Professora Luzia Villela Pedras é um espaço lúdico-pedagógico no qual alunos de 7 a 14 anos vivenciam a oportunidade do pleno desenvolvimento. Sua coordenação é composta por professores e refreadores que planejam, organizam e acompanham atividades nas áreas psicomotoras, cognitiva, cultural e socioafetiva.

 

1 a 8 série

 

Acompanhando o currículo da rede regular de ensino e desenvolvimento os m,esmos conteúdos programáticos determinados pelas Leis Educacionais para o Ensino Fundamental, os alunos do Instituto Benjamin Constant seguem a dinâmica comum do processo educacional, cumprindo as normas de ensino seriado e participando das festas nacionais, de visitas culturais e recreativas. A vivência de experiências concretas e o manuseio dos materiais didáticos especializados permanecem como a grande chave para o processo ensino-aprendizagem dos educandos com deficiência visual. Esse contexto de aprendizagem requer a sistematização do uso de livros didáticos e paradidáticos adaptados ao Sistema Braille, recursos ópticos e não-ópticos, bem como o Closed Circuito of Television (CCTV).

Na medida em que o aluno avança em sua escolarização, intensificam-se as atividades nas áreas da Orientação e Mobilidade, Atividades da Vida Diária e da Educação Visual, a fim de que possa ele desembaraçar-se das situações sociais com desenvoltura e segurança.

Os avanços tecnológicos vêm abrindo novas possibilidades de participação social e educacional dos indivíduos com deficiência visual. Vale, portanto, destacar a área da informática e os esforços institucionais para aliar uma boa formação acadêmica aos conhecimentos necessários para a utilização dos computadores, ferramentas indispensáveis na competitividade do mundo contemporâneo. Assim, desde 1994, cursos de informática no Instituto Benjamin Constant, posteriormente desenvolvidos em seus Laboratórios de Informática, vêm capacitando alunos e professores a operarem computadores com o auxílio de programas sintetizadores de voz ou de ampliação de tela. O sistema Operacional DOSVOX – desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – e o leitor de telas VIRTUAL VISION, Da Micropower – permitem que as pessoas cegas, utilizem programas e utilitários específicos, bem como o acesso a ferramentas normalmente usadas pelos videntes. São exemplos dessas ferramentas os editores de texto Word, programas de navegação pela Web, programas de correio eletrônico.

Todo esse instrumental vem servindo ao processo ensino-aprendizagem doas alunos do Instituto Benjamin Constant, tornando-o, sem dúvida, mais dinâmico e diversificado. No âmbito dessas frentes de ações pedagógicas cabe ressaltar duas áreas que, embora componham, como outras, a grade curricular do Ensino Fundamental, vêm fazendo história no processo educacional do nosso alunado Educação Física e Educação Musical.

 

Educação Física

 

Atende a todos os alunos e reabilitandos matriculados no Instituto Benjamin Constant, desde a Educação Infantil. Enfatiza o conhecimento e o domínio corporal e se destaca como prática importante para o desenvolvimento geral da criança deficiente visual. Atividades lúdicas e esportivas, adaptadas às condições visuais dos alunos, aumentam o potencial de experimentação corporal e de aquisição de conceitos básicos, reforçam a confiança, a iniciativa e a auto-estima, além de atuarem como elemento facilitador de um desenvolvimento motor adequado e propiciador de situações de interação social.

Acompanhando o crescente interesse mundial pelo esporte, foi criada, por volta do ano de 2000, uma equipe desportiva reunindo alunos e ex-alunos, professores especializados e voluntários. O sucesso do empreendimento é o resultado em competições de âmbito nacional e internacional: medalhas de ouro, prata e bronze vêm laureando atletas cegos e de baixa visão nas modalidades de atletismo, natação, futebol de salão, judô e goalball.

Duas piscinas aquecidas, quadra poliesportiva, área de luta para o judô, aparelhagem de musculação, salão de ginástica e de goalball, sala de dança, sala de recreação, pista de atletismo e campo de futebol compõem o complexo esportivo onde atletas – cegos e de baixa visão – se preparam para as competições nacionais e internacionais e superam seus limites.

 

Educação Musical

 

Inserida a partir da Educação Infantil como um componente lúdico no programa educacional das crianças e jovens deficientes visuais. No decorrer do processo de escolarização, a música vai se incorporando como elemento formativo e, como tal, propicia situações de aprendizagem que ampliam o diálogo do aluno com os elementos da linguagem musical e, conseqüentemente, com os da educação artística.  A Educação Musical também se apresenta como espaço para sondagem de aptidões e assume características de ensino profissionalizante por investir na iniciação musical, teclado, instrumentos de corda e instrumentos de sopro. Longe do estereótipo de que a pessoa cega tem o dom natural para a música, o Ensino Musical do Instituto Benjamin Constant vem abrindo portas para a profissionalização do deficiente visual na sociedade. Muitos de seus alunos fazem os ex-alunos que se tronaram músicos profissionais de grande notabilidade.

 

Programa Educacional Alternativo (PREA)

 

Atende a alunos com deficiência visual associada à deficiência mental vele, ou a um atraso generalizado no desenvolvimento. A metodologia utilizada, o Modelo Ecológico Funcional, é uma proposta circular adaptada e apoiada no conhecimento do educando, do seu meio e das relações recíprocas entre os mesmos. O modelo é dinâmico e prevê adaptações constantes no planejamento educacional de cada aluno.

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