Educando para a Vida
Maria da Glória de Souza Almeida
“Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso. Eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade.” (Paulo Freire)
Ao buscarmos a raiz da palavra educar, encontramos o sentido de conduzir. Não devemos entender conduzir como uma atitude autoritária, mas como uma forma de encaminhar, apontar trilhas a serem cumpridas para que o homem possa alcançar sua ascensão, não apenas intelectual, mas social e verdadeiramente humana.
Desde 1854, o Instituto Benjamin Constant segue o preceito que emana das palavras do grande educador Paulo Freire. Educar é fazer crescer, é buscar a justiça que se espelha no volume de oportunidades que se oferece ao indivíduo, não importa quais sejam as condições que o afetem.
O intelecto, a cultura e a arte sempre estiveram no bojo das metas e iniciativas de uma Instituição que, desde seus primeiros passos, estabeleceu o propósito de cumprir seu destino de formar cidadãos produtivos, que não se enclausurassem na própria deficiência.
Educar é projetar para o futuro e o futuro é múltiplo como o próprio homem. O Instituto Benjamin Constant, a partir do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, tratou a deficiência visual como uma privação ou déficit, jamais como impedimento absoluto.
Educar é fomentar o intelecto, contudo, é também oferecer a independência, a autonomia em diferentes áreas e níveis. Assim, nos 162 anos de sua existência, educamos para a vida, entendendo que a diversidade do público-alvo atendido por este Instituto exige que pensemos crítica e amorosamente em cada criança, em cada jovem, em cada adulto que aqui vem buscar seu crescimento como um indivíduo pleno.
A educação é um direito, nunca dádiva ou concessão.
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