Projeto 7 – Linha 2
Geotecnologias como subsídio a prática de ensino de geografia para alunos com deficiência visual
Descrição do projeto
A proposta de integrar a ciência espacial na educação geográfica vai ao encontro dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Ensino Fundamental para todas as disciplinas do conhecimento quando é enfatizado que o aluno deve ser capaz de utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. Nesse âmbito, as práticas pedagógicas no ensino precisam trabalhar com as tecnologias que permeiam o cotidiano dos alunos aproximando o aluno de seu espaço de estudo, a partir de representações e imagens do presente com informações atualizadas, até mesmo em tempo real, e com possibilidades de comparação com o passado. Há ainda meios para se inferir sobre o futuro de determinados recortes espaciais, permitindo aos alunos identificar, relacionar e compreender a inter-relação entre fenômenos naturais e socioeconômicos que ocorrem na superfície terrestre, desde a escala local até a global.
Dessa forma, acredita-se que cada vez mais, o processo de ensino-aprendizagem na sociedade da informação exige do professor não apenas conhecimentos referentes aos seus conteúdos disciplinares, mas também habilidades para criar e manusear metodologias adequadas e criativas, utilizando a tecnologia disponível como aliada das práticas pedagógicas. Através da elaboração e desenvolvimento de novas tecnologias, os portadores de deficiência visual necessitam que estudos sejam feitos para a melhoria das suas condições de vida, e consequentemente de sua sociabilidade. Por isso, esta pesquisa busca um aperfeiçoamento do ensino para esta parcela de indivíduos com o estudo de técnicas e métodos de ensino que visem atender a este grupo. Assim, esta pesquisa objetiva, principalmente, propor procedimentos metodológicos de prática de ensino em geotecnologias no âmbito da educação especial como subsídios ao professor para alunos do ensino fundamental e médio que apresentam deficiência visual.
No Brasil, atualmente, apesar de ainda existirem escolas que se destinam exclusivamente a receberem alunos com algum tipo de deficiência, essa função passou agora a ser uma obrigação também das escolas regulares do governo, tanto municipais quanto estaduais. Desse modo, tem se tornado mais frequente a entrada de alunos com algum tipo de deficiência em escolas públicas, que anteriormente só recebiam alunos sem nenhum tipo de deficiência. Com isso, se torna necessário a preparação não só da escola para o recebimento desses alunos, mas principalmente, a preparação dos professores das redes pública e privadas de ensino, que terão o contato direto com esses alunos, com a função de ensiná-los as diversas disciplinas. Assim, a deficiência visual acarreta implicações na construção do conhecimento, sendo necessário que se utilize o potencial visual útil e os sentidos remanescentes de cada aluno, para que ocorram, realmente, os aprendizados. Por isso, a utilização das geotecnologias se apresenta como recurso tecnológico que viabiliza o entendimento da linguagem cartográfica, atuando como facilitadora do ensino e aprendizado, principalmente dos alunos com restrição visual. As geotecnologias podem e devem ser utilizadas em atividades educativas, como ferramentas didáticas adaptadas pelo professor de acordo com seus objetivos e seu domínio do conteúdo, podendo tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas, além de, ao mesmo tempo, contribuir para formação mais abrangente dos alunos.
Por fim, quando se trata do ensino de pessoas com deficiência visual, buscou-se por alternativas com o intuito de mostrar às pessoas interessadas, principalmente aos professores, que é possível promover uma educação mais democrática, sendo necessários para isso recursos simples e atuais, como a utilização das geotecnologias e, dependendo somente da capacidade e criatividade dos interessados. Dessa forma, pode-se afirmar que a partir da potencialidade das geotecnologias, tais procedimentos podem cada vez mais ser utilizados pelos professores com a perspectiva de se vislumbrar melhor dinamicidade e praticidade no processo ensino-aprendizagem.
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