Rogério Vieira
Rogério Vieira nasceu em São Francisco do Sul (SC) no dia 3 de julho de 1903, filho de Alfredo Vieira e de Hermínia Veiga Vieira. Advogado formado pela Faculdade de Direito de Florianópolis, servidor público e político, foi prefeito da sua cidade natal e de Florianópolis; deputado estadual constituinte pelo Partido Liberal Catarinense (1931–1934). Com a ditadura do Estado Novo e o fechamento das assembleias legislativas de todo o País, ficou sem mandato, voltando a atuar como servidor público. Foi secretário de Viação e Obras Públicas e de Agricultura de Santa Catarina, durante o governo do interventor federal Nereu Ramos.
Cinco anos depois, com o fim do período do Estado Novo e a volta do País à normalidade democrática, concorreu para deputado federal por Santa Catarina pelo Partido Social Democrático (PSD). Eleito para a suplência, acabou assumindo o mandato logo no início dos trabalhos constituintes por causa da desistência de Nereu Ramos de assumir o mandato para o qual também havia sido eleito, preferindo continuar com o seu mandato de senador.
Promulgada a nova Constituição, em 1946, Rogério terminou seu mandato. Conseguindo apenas outra suplência na eleição seguinte, acabou deixando a Câmara Federal ao final do seu mandato, em janeiro de 1951. Em 24 de agosto de 1954, com o suicídio do presidente Getúlio Vargas, o então diretor-geral do IBC, Henrique Fraenkel Bevilácqua foi exonerado e ele, Rogério, designado a substituí-lo.
A menos de um mês da grande festa do centenário do Instituto Benjamin Constant, o novo diretor-geral uniu-se à comissão organizadora dos festejos organizou e fez cumprir, com rigor, uma intensa programação à altura da data tão emblemática para a Instituição. A programação no começou às 8 horas da manhã do dia 10 de setembro com uma romaria ao túmulo de Benjamin Constant, no Cemitério São João Batista, e terminou no dia 30 de setembro com a Sessão Solene de Encerramento, com distribuição de prêmios, da medalha comemorativa ao centenário e do discurso do diretor-geral. Todos os eventos foram transmitidos pela rádio emissora do IBC, sendo que a sessão solene contou também com a transmissão pela Rádio MEC.
Depois da bem-sucedida experiência de integração de estudantes cegos em turmas de videntes no ensino secundário, realizada cinco anos antes, em 1955, o IBC promove uma nova experiência de integração de outros três estudantes, desta vez, no curso primário, sob a supervisão do professor José Espínola Veiga. O estabelecimento escolhido foi a Escola Municipal Minas Gerais, localizadas na calçada em frente ao Benjamin Constant, na Avenida Pasteur. O processo contou com a participação de uma professora vidente especialmente destacada para esse fim. Em janeiro de 1956 Rogério Vieira foi exonerado a pedido do IBC.
Faleceu em Florianópolis no dia 3 de setembro de 1978.
Referências:
Site da Câmara dos Deputados. Disponível em < https://www.camara.leg.br/deputados/4908/biografia >. Acesso em 9/9/2020.
Centro de Pesquisas e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas. Disponível em < http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/vieira-rogerio >. Acesso em 9/9/2020.
GUERREIRO, Patrícia (Coord). Instituto Benjamin Constant: 150 anos. Rio de Janeiro: Fundação Cultural Monitor Mercantil, 2007.
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