¨ I Sumário Editorial ::::::::::::::: 1 Brincadeira ::::::::::::: 4 Dom Pedro II e o telefone ::::::::::::::: 10 Berço da palavra :::::::: 13 Contra o racismo :::::::: 16 Pensamentos ::::::::::::: 20 No Mundo das Artes Carlos Drummond de Andrade ::::::::::::::: 21 Maravilhas do Mundo A história de Conservatória ::::::::: 26 Direitos de Todos :::::: 43 Nossa Casa ::::::::::::: 52 Vida e Saúde ::::::::::: 56
Culinária ::::::::::::::: 66
Humor ::::::::::::::::::: 70
Espaço do Leitor ::::::: 73
va a imagem de cada letra ao córtex visual do indivíduo cego, facilitando-lhe o aprendizado e a fixação da grafia de uma
palavra e, por consequência, do sistema ortográfico de qualquer língua. No entanto, o alto custo das transcrições e a falta de espaço
físico não nos permitem ter em casa sequer um bom dicionário em Braille.
Ressalte-se, a partir daqui, a utilidade dos dispositivos adaptados em computadores e celulares, os quais, além de possibilitarem a
comunicação escrita entre pessoas cegas e videntes, garantindo a privacidade de ambos, também podem armazenar em suas memórias, sem que
requeiram espaço físico adicional, milhares de livros e/ou músicas, que podem ser ouvidos em qualquer lugar.
Vocabulário
Uma vez, parecia ter encontrado um inocente.
-- Eu sei de tudo.
-- Tudo o quê?
-- Você sabe.
-- Não sei. O que é que você sabe?
-- Não se faça de inocente.
-- Mas eu realmente não sei.
-- Vem com essa.
-- Você não sabe de nada.
-- Ah, quer dizer que existe alguma coisa para saber, mas eu é que não sei o que é?
-- Não existe nada.
-- Olha que eu vou espalhar...
-- Pode espalhar que é mentira.
-- Como é que você sabe o que eu vou espalhar?
-- Qualquer coisa que você espalhar será mentira.
-- Está bem. Vou espalhar.
Mas dali a pouco veio um telefonema.
-- Escute. Estive pensando melhor. Não espalha nada so-
bre aquilo.
-- Aquilo o quê?
-- Você sabe.
Passou a ser temido e respeitado. Volta e meia alguém se aproximava dele e sussurrava:
-- Você contou para alguém?
-- Ainda não.
-- Puxa. Obrigado.
Com o tempo, ganhou uma reputação. Era de confiança. Um dia, foi procurado por um amigo com uma oferta de emprego. O salário era
enorme.
-- Por que eu? -- quis saber.
-- A posição é de muita responsabilidade -- disse o amigo -- recomendei você.
-- Por quê?
-- Pela sua discrição.
Subiu na vida. Dele se dizia que sabia tudo sobre todos
mas nunca abria a boca para falar de ninguém.
Além de bem-informado, um *gentleman*. Até que recebeu um telefonema. Uma voz misteriosa que disse:
-- Sei de tudo.
-- Co-como?
-- Sei de tudo.
-- Tudo o quê?
-- Você sabe.
Resolveu desaparecer. Mudou-se de cidade. Os amigos estranharam o seu desaparecimento repentino. Investigaram. O que ele estaria
tramando? Finalmente foi descoberto numa praia remota. Os vizinhos contam que uma noite vieram muitos carros e cercaram a casa.
Várias pessoas entraram na casa. Ouviram-se gritos. Os vizinhos contam que a voz que mais se ouvia era a dele, gritando:
-- Era brincadeira! Era brincadeira!
Foi descoberto de manhã, assassinado. O crime nunca foi desvendado. Mas as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
Sabia demais.
Dom Pedro II e o telefone
Quando o imperador salvou a
carreira de Graham Bell
É quase folclórica a história de como nosso bonachão imperador se aproximou do estande de Alexander Graham Bell, testou um aparelho e
exclamou: "Meu Deus, isto fala!". Foi uma imensa mão para o inventor. Era a Exibição Internacional Centenária, na Filadélfia, em 1876,
e o telefone estava concorrendo, entre outras invenções, com a lâmpada elétrica, um telégrafo musical, a máquina de escrever e o
*ketchup Heinz*.
Ninguém tinha ouvido falar de Bell, e seu estande acumulava poeira. Dom Pedro o cumprimentou efusivamente, em bom inglês. Dias antes,
eles se haviam encontrado na universidade de Boston. O brasileiro teve a honra de ligar o motor a vapor, que provia a exposição de
eletricidade, o que tirou Bell da sombra.
Com a amizade, menos de um ano depois o Brasil se tornaria o segundo país do mundo a ter telefone, o primeiro ligando a residência
imperial às dos ministros de Estado. O elegante aparelho do imperador, cuja réplica está no museu das telecomunicações do Rio de
Janeiro, não era o único. Em 1878, não havia telefonista ainda, muito menos disco. As linhas eram instaladas de ponto a ponto, e um
aparelho se comunicava apenas e diretamente com o outro. O imperador tinha um aparelho para cada ministro. O telefone tinha uma grande
bateria para as ligações, mas não havia energia suficiente para a campainha -- daí a manivela conectada a um magneto, que
acionava o sino do outro lado. Esse aparelho primitivo já era uma grande evolução, comparado ao que Dom Pedro vira nos Estados Unidos.
Os primeiros telefones comerciais, que não chegaram ao Brasil, eram uma caixa que servia tanto de fone quanto de microfone. O
usuário gritava numa abertura e, depois, punha o ouvido nela, para ouvir a resposta. Também não tinha campainha -- o grito era o "toque
de chamada".
A central telefônica e as telefonistas chegariam em 1879, permitindo falar com mais de um aparelho. A ideia de passar o emprego às
mulheres também havia surgido nos primeiros meses da telefonia -- telegrafistas homens, como experiência, foram contratados primeiro.
Mas, como estavam acostumados a só se comunicar por escrito, eram demasiado
informais, usavam linguajar impróprio e faziam piadinhas.
Conturbado: adj. Movimentado, agitado.
Facção: s. f. Grupo de indivíduos partidários de uma mesma causa em oposição à de outros grupos.
"Quanto mais suor derramado em treinamento, menos sangue será derramado em batalha." Dale Carnegie (1888-1955)
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
No Mundo das Artes
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 1902. Após estudos em sua terra natal e Belo Horizonte, foi interno no
Colégio Anchieta, em Nova Friburgo, em 1918. No ano seguinte, foi expulso devido a um incidente com o professor de português. Em
Itabira, apesar de formado em farmácia, vivia das aulas de português e geografia. Tornou-se funcionário público em 1929, e, em 1934, o
cargo que iria ocupar no Ministério da Educação obrigou-o a transferir-se para o Rio de Janeiro. Em 1945, foi coeditor do jornal
comunista *Tribuna Popular*, a convite de Luís Carlos Prestes. A partir da década de 50, dedicou-se apenas à literatura, escrevendo
novos livros de poesias e contos. Além de intensificar a produção de crônicas, fez também traduções. Carlos Drummond morreu no Rio de
Janeiro em 1987.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a
enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito,
vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma
mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao
anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei
entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Fonte: ~,http:ÿÿwww.~
jornaldepoesia.jor.brÿ~
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Vocabulário
Serafins: s. m. pl. Para os cristãos, anjos da mais alta hierarquia.
Taciturnos: adj. Tristes.
A Incapacidade de Ser
Verdadeiro
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois Dragões da Independência (**) cuspindo fogo e
lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de
buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar
futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas
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seja ouvido a quilômetros de distância.
Com o fim da ferrovia, Conservatória ficou isolada dos grandes centros. O acesso precário, por Barra do Piraí, Santa Isabel, Valença
ou São José do Turvo, era de 30 quilômetros por estradas de terra, muitas vezes interditadas na época das chuvas. Nem mesmo essas
dificuldades, no entanto, afastaram os amantes das serestas e da cidade, que permaneceram fiéis à tradição, frequentando e divulgando o
lugar.
Nos anos 80, teve início a pavimentação do trecho ligando Barra do Piraí à Ipiabas, facilitando o trajeto até a cidade. Em 1998,
finalmente, foi inaugurada a pavimentação por asfalto do trecho de 15 km entre Ipiabas e Conservatória, reforçando o desenvolvimento
turístico da cidade e abrindo novas perspectivas econômicas para a região.
Além das atividades econômicas ligadas à pecuária e ao turismo, Conservatória é conhecida, sobretudo, por suas manifestações musicais
e de artesanato, produzidas por seus moradores. Mas o que melhor caracteriza Conservatória, nesse aspecto, talvez seja a transfiguração
de comerciantes, fazendeiros, peões, colonos em cantadores e violeiros, que se juntam em festa seresteira com os de outras localidades,
tornando a pequena Conservatória palco importante de expressão musical.
Conservatória e a serenata
A história conta que, no período de 1860 a 1880, com o desenvolvimento de Conservatória, devido às grandes lavouras de café e ao
escoamento das produções de Minas Gerais, a influência da Corte trouxe para a vila alguns professores de música, principalmente de
piano e violino, instrumentos que a alta sociedade desfrutava àquela época. Os artistas da Corte vinham periodicamente a Conservatória
fazer saraus, quando alegravam as famílias dos nobres que habitavam aquelas paragens. Esses artistas, em noites enluaradas,
reuniam-se nos bancos da Praça da Matriz, ao lado do poste de luz e do chafariz, fazendo uma verdadeira serenata aos fazendeiros,
barões e suas famílias, e o povo se postava à distância assistindo e aplaudindo.
De 1880 a 1890, havia os tropeiros, que traziam as cargas de café de Minas Gerais e cantavam suas modinhas acompanhados de violas e
violões. Segundo o saudoso Paulo Tapajós -- grande compositor, cantor e seresteiro -- os membros da alta sociedade criaram a Moda, um
misto de música clássica, do fado português e da música crioula. Assim, o povo de classe mais pobre criou a Modinha, que ficou sendo a
música do povão, tornando-se estilo da música brasileira.
No período de 1890 a 1900, a música popular brasileira era cantada e divulgada em todo o país, havendo algumas, até mesmo de autores
desconhecidos, que se tornaram de domínio público, como é o caso de “Casinha Pequenina”, destaque nas serenatas de Conservatória.
De 1900 a 1910 -- início do novo século --, começaram as primeiras serenatas de rua em Conservatória, principalmente em frente ao
Casarão, que pertenceu ao rico proprietário João Ribeiro de Carvalho e atualmente foi cedido para a instalação da Casa de Cultura.
De 1910 a 1920, os seresteiros foram aparecendo, e as serenatas repercutiam entre o povo conservatoriense. As serenatas se
incorporaram aos costumes do lugar. Novos seresteiros desfilavam pelas ruas até alta madrugada cantando canções sentimentais em frente
às janelas das casas coloniais, em homenagem às pessoas queridas ou namoradas.
De 1920 a 1930, a serenata se tornou popular. Já havia os seresteiros tradicionais: Cândido Barra, Florêncio, José Miguel (Indiça) e
outros. Naquela época houve um fato pitoresco que ficou na história das serenatas de Conservatória. O fazendeiro Antônio Castelo Branco
colocou um piano num pequeno caminhão e fez serenata para senhorita Lindóca, em frente a sua casa, na rua Direita, atual Luiz de
Almeida Pinto. Esta serenata, ao som do piano, acordou toda a rua e foi comentada por muito tempo.
Em 1938 aconteceu a chegada de dois jovens estudantes do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, José Borges de Freitas Netto e
Joubert
Cortines de Freitas, que começaram a frequentar Conservatória em suas férias. Chegaram de calças curtas, cheios de ilusões e energia.
Começaram a viver e sentir tudo que aqui existia e, sem planejar coisa alguma, conseguiram, de maneira espontânea e simples, eternizar
as canções cantadas nas serenatas e cultivar o amor. Hoje Conservatória é o que é graças a eles e aos seresteiros que compreendem e
levam para as ruas esse amor que não tem limites.
É uma constante a harmonia e o lirismo que acontecem nas vielas sonoras de Conservatória.
Na década de 70 surgiu o projeto das plaquinhas de metal colocadas nas esquinas, das quais constavam, além do nome da música, o do
compositor. O intuito era imortalizá-lo. Era o início do projeto "Em cada Esquina uma Canção" (frase criada para sentir a opinião da
população local com relação às plaquinhas), idealizado pelos irmãos Freitas. Os moradores se interessaram e quiseram uma plaquinha com
o nome de sua música preferida fixada em suas residências. E cada vez mais, num crescente constante, Conservatória passou a respirar
música, amor e poesia, tornando-se a "Vila das Ruas Sonoras", e o projeto inicial
tornou-se "Em toda Casa uma Canção".
O substancial número de turistas todos os finais de semana provocou modificações na serenata, que evoluiu do canto à janela da amada,
no silêncio da madrugada, até a emocionante confraternização musical que acontece atualmente, pelas ruas do centro urbano, nas noites
de sextas e sábados e, mais recentemente, nas manhãs de domingo.
Fiéis à tradição, os "cantadores" e "violeiros" apresentam-se sem qualquer ajuda de equipamento eletrônico, contando exclusivamente
com a participação dos visitantes, para acompanhar na cantoria, ou para fazer silêncio, de forma que todos possam ouvir. Ao visitar
Conservatória, descobre-se a diferença entre seresta e serenata: a primeira refere-se ao canto em ambiente fechado; a segunda, ao canto
sob o sereno, à luz das estrelas e do luar. É a serenata que diferencia Conservatória de qualquer outro lugar do país. No entanto,
divulgações equivocadas referem-se a Conservatória como "Cidade das Serestas" quando o mais correto seria "Cidade das Serestas e
Serenatas", ou simplesmente "Capital da Serenata", no dizer do jornalista Gianni Carta, em publicação na Inglaterra.
Direitos de Todos
Testamento
P: O que é o testamento?
R: O testamento é uma declaração unilateral, que representa a manifestação de última vontade do testador, através do qual este
estabelecerá o destino dos bens do seu patrimônio, designará seus herdeiros testamentários e legatários, sem necessidade de
mencionar aqueles que, por previsão da lei, já são herdeiros necessários (ascendentes, descendentes e cônjuge), com efeitos produzidos
após o seu falecimento.
P: O testamento pode ser utilizado para disposições não patrimoniais?
R: Sim. É possível fazer através de testamento o reconhecimento de um filho, a instituição de uma fundação, o reconhecimento da
existência de uma união estável, a emancipação de um filho com 16 anos, etc.
P: Quais são os tipos de testamento?
R: O Código Civil Brasileiro apresenta três tipos de testamentos ordinários, que são:
Testamento Público: Aquele escrito por Tabelião de Notas em seu livro, na presença do testador, de acordo com as declarações feitas
por este, de viva voz e na língua nacional, perante duas testemunhas, as quais não podem ser parentes do testador nem do beneficiário.
Esta é a forma mais segura de testamento, porque, além de ficar arquivado no livro do tabelião, tam-
bém passa a constar do Ofício de Registro de Distribuição local. O testador fica completamente protegido e tem segurança de que a sua
vontade
será realmente cumprida após a sua morte.
Testamento Particular: Elaborado pelo próprio testador ou por terceiros a seu pedido, sem a intervenção do Tabelião, sendo necessário
que seja lido e assinado na presença de três testemunhas para a sua validade. A grande desvantagem é sua fragilidade, uma vez que pode
conter irregularidades que o tornem nulo, ser extraviado ou destruído ou sequer ser mencionado no inventário, não gerando os efeitos
pretendidos pelo testador.
Testamento Cerrado: Documento também escrito pelo testador, ou por alguém a seu rogo, e só tem eficácia após o auto de aprovação
lavrado pelo tabelião, na presença de duas testemunhas. O tabelião não tem acesso ao conteúdo, tam-
pouco arquiva cópia do testamento,
apenas lavra o auto
de aprovação, lacra e costura o instrumento. Este testamento apresenta o inconveniente de ser reputado inválido
se apresentado em juízo com o lacre rompido, além de poder ser extraviado ou desaparecer pela ação dolosa de algum herdeiro, pois não
fica arquivado nos livros do tabelião, mesmo constando do Ofício de Registro de Distribuição local o procedimento de abertura, de
registro e de cumprimento do testamento cerrado (vide art. 1.125 do Código de Processo Civil).
P: O que é preciso para se fazer um testamento?
R: A parte interessada deverá comparecer ao Cartório e preencher o formulário no qual constam as informações necessárias à elaboração
do Testamento. Após o preenchimento e a entrega deste, o solicitante marca o agendamento, com o funcionário do Cartório, para a
leitura do Testamento. No dia e hora marcados, deverá a parte interessada comparecer ao Cartório, com duas testemunhas, que não sejam
parentes do testador ou dos beneficiários do Testamento (vide art. 228, inciso IV, e arts. 1.801 e 1.802 do Código Civil), todos
munidos de suas identidades e de seus CPF~s originais, bem como das informações completas dos herdeiros e dos bens dos quais pretende
dispor para que, enfim, seja o Testamento lido e assinado na presença do Tabelião (art. 1.864 do Código Civil).
P: Quem pode fazer um testamento?
R: Qualquer pessoa, maior de 16 anos, que esteja em plena capacidade e em condições de expressar a sua vontade, pode fazer um
testamento público.
P: O testamento pode ser modificado ou revogado?
R: Sim. O testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado ou simplesmente revogado, a qualquer tempo e quantas vezes forem
necessárias. Somente a cláusula de reconhecimento de filho em testamento é irrevogável.
P: Uma pessoa pode, em testamento, deixar todos os seus bens para outra pessoa?
R: Sim, desde que o testador não tenha herdeiros necessários, ou seja, descenden-
tes (filhos, netos, bisnetos...), ascendentes (pai e mãe) e cônjuge. Caso os tenha, o testador somente poderá dispor de metade dos
seus bens.
P: O testador pode estipular quais os bens que seus herdeiros irão receber?
R: Sim, desde que nenhum herdeiro receba menos do que
tem direito por força da sucessão legítima.
P: De acordo com o Código Civil de 2002, a pessoa que é casada pelo regime de separação de bens (separação obrigatória e com pacto
antenupcial) é considerada herdeira necessária?
R: Independentemente do regime de bens, o cônjuge, nos termos do art. 1.845, do Código Civil de 2002, passou à condição de herdeiro
necessário. O regime de bens somente terá relevância quando se tratar de sucessão onde haja concorrência de descendente com o cônjuge.
P: É necessária a comprovação da propriedade dos bens imóveis que serão objeto do Testamento?
R: Não. O Testamento é realizado com base na simples declaração do testador. A comprovação somente será obrigatória, quando já
falecido o testador, no seu respectivo inventário.
P: O inventário dos bens do falecido que deixou testamento pode ser feito pela via extrajudicial?
R: Não. Se existir testamento, o inventário será necessariamente judicial.
Legatário: s. m. Aquele a quem, embora não sendo herdeiro legal, o testador haja deixado algum bem (legado).
Pacto antenupcial: Contrato celebrado entre os noivos sobre a divisão futura de seus bens, válido apenas se registrado em cartório,
com escritura pública, desde que o casamento se realize.
Patrimônio: s. m. Conjunto dos bens de uma família.
Reputado: adj. Considerado; julgado.
Revogado: adj. Tornado sem efeito.
Rogo: s. m. Pedido.
Tabelião: s. m. Escrivão público que reconhece assinaturas, autentica documentos, faz escrituras, etc.
Testador: s. m. Aquele que faz um testamento; testante.
mão estiver com algum corte ou machucado.
õo Para retirar a gordura das panelas -- Espalhe um pouco de sal na panela de ferro e deixe descansar por alguns minutos. Depois, é
só usar um papel toalha para retirar o excesso e prosseguir com a lavagem normalmente.
õo Para limpar manchas de vinho -- Retire o máximo de líquido possível do tecido onde o vinho foi derramado. Aplique o sal na mancha
e espere cerca de 15 minutos. O sal ganhará uma cor rosa, porque absorveu a bebida. Termine de limpar o local com uma solução de
vinagre e água, com a mesma medida para os dois.
õo Para espantar formigas -- É só espalhar um pouco de sal em alguns cantos da casa para evitar a visita indese-
jada das formigas. Use em janelas e armários por exemplo.
õo Para a limpeza -- Renove o brilho de peças feitas de materiais como bronze, prata, cobre e estanho, fazen-
do uma mistura, em partes
iguais, de sal, farinha de trigo e vinagre. Aplique na peça e espere alguns minutos. Logo após, remova a mistura usando uma escova
macia e depois use um pano seco para finalizar.
õo Para lavar roupas -- Peças coloridas e pretas acabam desbotando após muitas lavagens. Acabe com isso misturando uma colher de sopa
de sal para cada 10 li-
tros de água na hora de lavar esse tipo de roupa.
õo Odor ruim -- Para acabar com este problema em potinhos ou garrafas de plástico e térmicas, coloque uma co-
lher de sal dentro do recipiente e aguarde alguns minutos. Em seguida lave o item normalmente com água e sabão. Na limpeza da
geladeira, misture uma colher de sopa de sal e uma de bicarbonato de sódio com um litro de água. Essa solução ajudará a retirar o odor
forte.
õo Para acabar com manchas -- Retire as manchas de copo na madeira misturando duas medidas de óleo de cozinha para uma de sal. Crie
uma pasta com esses ingredientes e aplique no local em que a mancha foi criada. Em seguida, limpe o móvel com um pano bem seco. Já para
eliminar aquelas de mofo em tecidos, faça uma mistura com partes iguais de sal e suco de limão. Aplique essa pasta sobre o mofo e deixe
o
tecido secar ao sol. Depois é só lavar a peça normalmente.
Fonte: Adaptação do *Jornal Extra*, de 16 de fevereiro de 2016.
Comer sem pressa, sentado, aproveitando o momento, faz uma grande diferença para o organismo. Apesar de ser difícil fazer uma pausa
na correria do dia a dia, se você se permitir ao menos uma hora de sossego no almoço, isso já faz maravilhas para desestressar e
recarregar as energias. Sem contar que, quando se come sem pressa, é possível saborear e aproveitar melhor os alimentos. E não é só:
comer lentamente também pode ajudar até mesmo a emagrecer.
Em todo o processo da alimentação, a mastigação tem um papel crucial. "A digestão se inicia na boca, onde os alimentos são misturados
a enzimas presentes na saliva. A mastigação, a sensação do sabor dos alimentos, tem papel na saciedade e participa da regulação do
apetite, porque existem conexões neurais entre os receptores de sabor presentes na língua e no tubo digestivo e as regiões que regulam
o equilíbrio energético (calórico) no cérebro", explica Márcio Mancini, chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).
Pressa e estresse
Se muitas vezes nem prestamos atenção no que estamos engolindo, quanto mais em como degustar os alimentos. A mastigação torna-se
automática, acelerada, sem que se percebam os sabores e as texturas dos alimentos e se aproveitem todos os seus benefícios. Para
promover uma absorção de nu-
trientes de forma satisfatória, é preciso auxiliar o tubo digestivo a produzir mais enzimas e movimentos
intensos. Isso se faz com mastigação adequada e longa, sem contar que a pressa contribui para o estresse como um todo.
"Comer apressadamente favorece a má digestão, o empachamento gástrico (barriga estufada) e, principalmente, aumenta o estresse do
organismo -- ou seja, é um tipo de agressão física e psicossocial ao organismo humano", afirma Durval Ribas Filho, médico, presidente
da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
A mastigação correta beneficia o tônus muscular da boca e da língua e a saúde dos dentes, evitando alterações nas arcadas dentárias.
"Já a inadequada pode levar a uma série de problemas no aparelho digestivo, como gastrites, dispepsias, úlceras, duodenites e doenças
de refluxo, isso porque, quando engolimos pedaços grandes e mal mastigados de comida, o estômago tem que fazer um maior esforço para
triturá-los e digeri-los”, alerta Ribas Filho.
Mastigando para emagrecer
Mastigar adequadamente é também um grande aliado para a perda de peso. Um dos principais motivos é: quando se come lentamente,
come-se menos.
A explicação para isso é que mastigar várias vezes e em ritmo lento contribui para saciar o organismo com ingestão de uma quantidade
menor de comida.
A mastigação lenta proporciona uma comunicação efetiva entre estômago e cérebro, fazendo com que haja maior liberação de hormônios de
saciedade e aumentando a percepção de quando se está realmente satisfeito. Com isso, há uma menor ingestão de alimentos
durante a refeição e, consequentemente, o controle do peso.
"Quanto mais tempo (...) o alimento ficar na cavidade oral é melhor, porque a movimentação dos músculos envolvidos no processo de
mastigação é o início da sinalização aos núcleos hipotalâmicos para a saciedade", explica Ribas Filho.
"O nosso organismo leva cerca de 15 a 20 minutos para avisar ao cérebro que está saciado", aponta Bruna Chagas Petrungaro,
nutricionista do Centro Estético Naka. Ao comer muito rápido, mastigando pouco e engolindo o alimento mal triturado, o ponto de
saciedade se dará de modo errado. O estômago fica dilatado e com sobrecarga de comida, além do fato de que a quantidade de calorias
consumidas se torna muito maior do que a necessária. Uma boa dica é iniciar-se a refeição com um prato de salada e mastigar lentamente
as verduras e legumes, dando tempo para que a mensagem de saciedade chegue ao cérebro e reduza a chance de repetir o prato quente",
afirma a nutricionista.
Quantidade {" qualidade
A recomendação dos especialistas é que cada porção de alimento seja mastigada de 30 a 50 vezes, dependendo de sua consistência. "No
caso de alimentos muito sólidos, principalmente carnes bovinas, o ideal é mastigar pelo menos 30 vezes antes de engolir", diz
Petrungaro.
Além da quantidade de dentadas, o modo como se mastiga também contribui para uma melhor digestão e para aplacar ou fomentar o
apetite. Segundo a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, o padrão ideal de mastigação é usar os dois lados da boca, de forma
simultânea ou alternada, com movimentos verticais e de rotação da mandíbula.
Para quem tem dificuldade de comer devagar, uma boa dica é colocar o garfo e a faca no prato. Essa atitude simples obriga a que se
faça uma pausa entre cada bocado mastigado e engolido, desacelerando o ritmo da mastigação. Também ajuda bastante escolher um local
tranquilo e não fazer ou-
tras atividades durante a refeição (como assistir à televisão, usar o celular ou acessar a internet). Quando se
presta atenção ao que se está comendo, é possível saborear melhor os alimentos, comer mais devagar e aproveitar o momento, tornando-o,
além de mais saudável, mais prazeroso.
Sólidos e líquidos
Para facilitar a digestão, o excesso de líquidos, durante as refeições antes e depois delas, é contraindicado, porque se encher de
bebidas nestas horas acaba diluindo o suco gástrico, dificultando a digestão. Além disso, beber "ajuda a comida a descer", o que inibe
o tão precioso ritual da mastigação. O ideal é que, durante a refeição, assim como 20 minutos antes e 40 minutos depois, não seja
ingerido mais do que meio copo de líquido para não atrapalhar o processo.
"Além de atrapalhar a digestão, o excesso de bebida no almoço ou jantar pode aumentar o volume do estômago, fazendo com que a pessoa
consuma uma
maior quantidade de alimentos", explica Petrungaro.
-- Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe!!
-- Não me venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava aqui dormindo, você veio e me beijou. E agora vai querer que eu ande por aí
como uma gata borralheira?! Não, não, não! E outra vez não! E mais uma vez não!
Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido até lá e tê-la beijado. Então teve uma ideia: Esperou a princesa ficar
distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, bem forte! A princesa caiu imediatamente em sono profundo, e dizem que até hoje está
lá, adormecida. Parece que a notícia se espalhou, e os príncipes passam correndo pela frente do caste-
lo onde ela dorme, assobiando e olhando para o outro lado.
Fonte:
~,http:ÿÿjoselitopedagogo.~
blogspot.com.brÿ2012ÿ05ÿ~
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Espaço do Leitor
Leitor amigo, este espaço é exclusivamente seu. Participe enviando suas criações (crônicas, pequenos contos, poesias, cantigas,
curiosidades de sua região e dicas de temas a serem abordados pela sua revista).
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Fim da Obra