Revista Brasileira para Cegos Ano LXXIII, n.o 539, outubro/dezembro de 2015 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Informação e Cultura Editada na Divisão de Pesquisa, Documentação e Informação Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-240 Tel.: (55) (21) 3478-4458 E-mail: ~,rbc@ibc.gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.~ gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial Ana Paula Pacheco da Silva Daniele de Souza Pereira João Batista Alvarenga Leonardo Raja Gabaglia Raquel Chagas de Araújo Regina Célia Caropreso Revisão Karine Vieira Pereira Paulo Felicíssimo Ferreira Colaboração Jade da Silva Larissa Lima Barcellos Maria Luzia do Livramento Marlene Maria da Cunha Sabrine Tonasso Assis Transcrição conforme as Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braille, MEC/SEESP, 2006.

¨ I Distribuição gratuita consoante a Portaria Ministerial n.o 504, 17 de Setembro de 1949. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ ?itemid=381~,

¨ III Sumário Editorial :::::::::::::: 1 As 8 verdades inconvenientes sobre a Amazônia ::::::::::::: 3 Os 156 anos de Carrington ::::::::::: 13 Papo de pescador? :::::: 21 Como encontrar a sua intuição :::::::::::::: 35 Pensamentos :::::::::::: 39 No Mundo das Artes George Savalla Gomes: o palhaço Carequinha ::::::::::: 41 Maravilhas do Mundo Ilha do Marajó :::::::: 47 Direitos de Todos ::::: 53 Acessibilidade e Inclusão ::::::::::::: 65 Nossa Casa :::::::::::: 69 Vida e Saúde :::::::::: 72 Culinária :::::::::::::: 80 Humor :::::::::::::::::: 86 Espaço do Leitor :::::: 91 Vocabulário :::::::::::: 92 Editorial Chegamos ao final de 2015, ano muito difícil para todos os setores de nosso país, e, infelizmente, o da produção de *RBC* e *Pontinhos* não logrou ser exceção. Assim, embora contrariando nosso planejamento, segundo o qual a edição Braille de cada revista deve preceder sua publicação na internet, não conseguimos imprimi-las nas datas previstas, o que nos levou à inversão deste processo. Sabemos que uma edição digitalizada só alcança um número restrito de leitores; foi esta, porém, a melhor maneira encontrada para contornar tal situação neste período. Aproveitamos, ainda, para desculpar-nos pelos atrasos, algo que nos entristece profundamente, porquanto estamos cientes da importância de *RBC* e *Pontinhos*, e asseguramos que as versões em relevo não deixarão de existir, pois sua distribuição é nosso principal objetivo, e o trabalho continua com renovadas esperanças para 2016. Endereço do site para baixar as revistas: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ ?itemid=381~, Revisado por Paulo Felicíssimo Ferreira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

As 8 verdades inconvenientes sobre a Amazônia O que é preciso saber para escapar dos mitos e pensar de forma realista no desenvolvimento sustentável para a região 1- A Amazônia não é o pulmão do mundo -- Árvores fazem fotossíntese, consumindo gás carbônico e liberando oxigênio -- o gás que respiramos para viver. A floresta exuberante da Amazônia nos faz pensar, então, que está ali uma grande fonte de ar limpo. Só que as árvores respiram e consomem quase tanto oxigênio quanto produzem. A maior parte do ar que entra em nossos pulmões vem, na verdade, das algas marinhas, que fazem processos químicos para reverter gás carbônico em oxigênio. Por isso, os oceanos são um dos primeiros ecossistemas afetados pelas mudanças climáticas. Muito gás carbônico no ar altera a capacidade de absorção das algas e torna os oceanos mais ácidos. Isso afeta a biodiversidade marinha. Como desmatar árvores da Amazônia aumenta a concentração de C{o; na atmosfera, afeta também a qualidade dos mares. Tudo está conectado. 2- Venda da madeira não é a principal causa do desmatamento -- Derrubar árvores preciosas para vender sua madeira é uma das etapas do sistema de desmatamento da Amazônia, mas o que acontece em seguida é pior: a floresta é queimada e vira carvão. Isso libera grandes quantidades de gás carbônico na atmosfera e destrói de tal forma a floresta, que ela não consegue se recuperar naturalmente. Se um madeireiro entrar na floresta e retirar tudo que tiver valor comercial, ainda restará uma boa cobertura florestal ali, capaz de se regenerar com o tempo. O problema da busca pela madeira é estar associada às pastagens. Para abrir novas frentes de ocupação para o gado, o desmatador retira da floresta as árvores com maior apelo comercial, como jatobás e mogno. Depois, queima o terreno que sobrou, vende o carvão e planta capim para o gado comer. E a pecuária sim é a maior vilã do desmatamento atualmente, porque impulsiona novas ocupações. É responsável por 59% dos desmates. 3- A Amazônia não é do Brasil -- Brasileiros gostam muito de bradar “a Amazônia é nossa” e esquecem que dividimos o bioma com outros 8 países vizinhos: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Um alinhamento sobre as políticas de preservação e cuidados com a floresta é importante. O que acontece nos outros países afeta o Brasil. Como boa parte dos rios amazônicos nasce na Bolívia e no Peru, a construção de hidrelétricas nesses países pode afetar o curso dos rios aqui. O aumento do desmatamento na Colômbia reduz o ciclo de chuvas e também pode nos afetar. Da mesma forma, podemos aprender com nossos vizinhos. O Peru incentiva o ecoturismo em áreas protegidas, por exemplo. As terras com aptidão florestal são geridas pelo serviço florestal e podem ser cedidas para empresas ou cooperativas que queiram promover o ecoturismo. 4- O desmatamento não está caindo -- Desde o pico de derrubadas da Amazônia em 2004, quando 27 mil quilômetros quadrados foram devastados, o governo brasileiro se esforça para contê-las. Isso funcionou bem por muitos anos com base na estratégia chamada de comando e controle: monitorar o desmatamento por satélite, fiscalizar a derrubada de árvores e punir os responsáveis. Dez anos mais tarde, o desmatamento tinha caído para 5 mil quilômetros quadrados. Governantes gostam de se gabar desses números. Só que esse ritmo de queda perdeu a força. Os últimos dados mostram que o desmatamento voltou a crescer -- e muito. Entre agosto de 2014 e julho de 2015, as derrubadas foram 68% maiores que no período anterior. É o maior desmatamento verificado pelo sistema do Inpe, o Deter, nos últimos seis anos. Entre as causas apontadas estão: a alta do dólar que impulsiona o desmatamento porque supervaloriza a soja e o gado, a baixa eficácia do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em impedir derrubadas ilegais e o fato de que as unidades de conservação, que na teoria seriam áreas com controle de preservação, estão repletas de focos de exploração ilegal da madeira. 5- A Amazônia não é nosso ecossistema mais ameaçado -- Enquanto holofotes destacam crimes ambientais na Amazônia, há muita devastação acontecendo no bioma vizinho sem que haja tanto alarde. Entre 2011 e 2012, o desmatamento do Cerrado chegou a superar o da Amazônia e as taxas não param de crescer. O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, se espalha por oito estados e desempenha um papel crucial para os recursos hídricos. É nele que nascem vários rios importantes para o país e onde está a maior parte da agricultura nacional. Apesar disso, está desprotegido. Há poucas unidades de conservação e a legislação é muito mais permissiva do que na Amazônia, permitindo muito mais desmatamentos mesmo dentro da legalidade. 6- A Amazônia não é só floresta -- Quando falamos “Amazônia”, muitas vezes estamos nos referindo à região denominada Amazônia Legal, e não apenas à região em que está o bioma Amazônia. A Amazônia Legal é uma demarcação administrativa (e não baseada em conceitos ambientais) que abrange nove estados brasileiros com alguma parcela do bioma. O mapeamento foi feito nos anos 1950, para orientar subsídios ao desenvolvimento da região norte. Por uma questão geográfica, inclui-se nessa área 38% do que é bioma Cerrado e está sob leis específicas. Propriedades com vegetação de Cerrado dentro da Amazônia Legal podem desmatar até 65% de suas terras. As que estão fora podem desmatar 80%. 7- A reforma agrária na Amazônia destrói e não resolve a pobreza -- Uma parte das terras da Amazônia foi destinada à reforma agrária e recebeu brasileiros com a esperança de ali melhorar de vida e sair da pobreza. A esperança foi em vão. Os assentamentos foram organizados sem preocupação ambiental e as famílias foram enviadas para a floresta sem orientação de como produzir e se sustentar por ali. Muitos assentamentos não têm escolas, estradas e postos de saúde. As famílias vivem abandonadas na mata e não recebem crédito do governo para investir no plantio. Não é uma regra, mas a opção para muitos é o desmatamento. Eles vendem as árvores que valem dinheiro e depois o carvão, fruto da queima da floresta. Sem árvores e sem solo bom, esses colonos continuam na pobreza. Só quem ganha dinheiro é o madeireiro e o carvoeiro. Muitos colonos acabam recorrendo à ajuda do governo, como o Bolsa Família, ao invés de desenvolver sistemas de produção que aproveitem os recursos da floresta. 8- Não é preciso desmatar para desenvolver -- A ideia de que levar desenvolvimento para uma região significa acabar com a natureza e instalar em seu lugar uma cidade é ultrapassada. A região amazônica é rica em recursos florestais e biodiversidade que podem render ganhos econômicos aliados à preservação ambiental, ou ainda, ser um bom local para exploração do turismo ecológico. A vocação da Amazônia é justamente oferecer esses bens que não estão nas cidades. Já existem experiências que comprovam isso, como a produção de açaí, de essências e até o reflorestamento. As plantações de árvores em áreas desmatadas criam uma alternativa para produzir madeira e carvão e reduzem a pressão sobre a floresta nativa. Os verdadeiros povos da floresta vivem em países ricos e desenvolvidos. Convivem razoavelmente bem com seus recursos naturais. Aprenderam

há tempos a valorizar suas florestas. Fonte: ~,http:ÿÿepoca.globo.~ comÿcolunas-e-blogsÿblog-~ do-planetaÿamazoniaÿ~ noticiaÿ2015ÿ09ÿ8-~ verdades-inconvenientes-~ sobre-amazonia.html~, Revisado por Karine Vieira Pereira :::::::::::::::::::::::: Os 156 anos de Carrington No dia primeiro de setembro de 1859, o jovem astrônomo inglês Richard Carrington observava o Sol com toda a segurança que isso exige. Ele projetava sua imagem em uma tela e, por sobre ela, desenhava as manchas cuidadosamente. Naquela manhã, ele registrava um enorme grupo de manchas, quando grânulos de um brilho branco ofuscante surgiram se intensificando rapidamente, moldando-se na forma de dois feijões. Ciente de que estava diante de algo sem precedentes e tomado de surpresa, Carrington correu para chamar alguém que testemunhasse o fenômeno com ele. Voltando ao seu telescópio em menos de um minuto, ele ficou pasmo com o que viu: os dois feijões tinham encolhido ao tamanho de dois meros pontos até que simplesmente desapareceram. Passaram apenas 5 minutos desde que notara o flash sobre sua tela. Ao entardecer do dia seguinte, os céus de todo o planeta queimavam em auroras vermelhas, verdes e púrpuras, que tão brilhantes permitiam que jornais pudessem ser lidos como se fosse dia! Auroras eram avistadas vívidas em lugares tão improváveis como Cuba, Bahamas, Jamaica, El Salvador e Havaí. Existem relatos de avistamento de auroras até mesmo nas Guianas, em plena floresta amazônica! Pelo mundo afora os sistemas telegráficos estavam fora de controle, transmitindo sinais erráticos e sem sentido. Operadores tomavam choque, faíscas pulavam dos aparelhos provocando pequenos incêndios. Mesmo quando desligados de suas baterias, as correntes elétricas induzidas pelas auroras nos fios dos telégrafos ainda permitiam que eles funcionassem normalmente! Mas o que Carrington viu? Ele testemunhou um evento conhecido como explosão solar magnética. Hoje sabemos que esse tipo de explosão ocorre frequentemente, especialmente durante o período de máximo solar, quando o Sol está no pico de atividade magnética, coisa que acontece periodicamente a cada 11 anos. A maioria desses eventos pode ser reconhecida através da atividade ionosférica, que altera a propagação das ondas de rádio, perturba o sinal de GPS e da TV via satélite, mas também através dos raios-X liberados nas explosões que são detectados do espaço. A violência da explosão de 1859 liberou uma nuvem de 20 bilhões de toneladas composta por partículas carregadas e conhecida como ejeção de massa coronal (CME). Ela se chocou diretamente com a Terra no dia 2 de setembro, provocando todos os efeitos relatados acima nos poucos equipamentos elétricos da época. Os estragos só não foram maiores justamente porque as aplicações da eletricidade ainda engatinhavam. Desde então, nossa sociedade está mais e mais dependente deste tipo de energia. Hoje em dia é difícil passar um dia sequer sem usar algum tipo de equipamento de acionamento elétrico. O tamanho do estrago causado na Terra depende da intensidade da explosão, claro, mas também de quanto da CME nos atinge. As explosões ficam mais frequentes nos períodos de máxima atividade solar, que acabamos de sair há poucos anos, mas observatórios pelo mundo todo ficam de olho sempre. Uma explosão solar intensa, uma CME batendo em cheio, é estrago certo. Em agosto de 1972 uma explosão enorme silenciou as comunicações no estado do Iliniois, EUA. Em março de 1989 o estrago foi muito maior. Uma explosão enorme também provocou tempestades geomagnéticas que torraram uma usina hidrelétrica no Canadá, detonando também o sistema de distribuição de energia de Québec; transformadores derreteram em Nova Jersey. Em dezembro de 2005, outra explosão solar perturbou os sistemas de navegação de GPS durante 10 minutos. Nesse período, aeronaves, navios e plataformas de petróleo ficaram perigosamente desorientados. Quanto mais sofisticados os sistemas eletrônicos ficam, mais sensíveis eles estão a esse tipo de evento. Quanto mais dependentes de sistemas eletrônicos ficamos, maiores serão os estragos em casos de eventos violentos. Um outro evento de Carrignton poderia acontecer? Sim, as probabilidades são baixas, mas pode sim. De fato, isso aconteceu, em 23 de julho de 2012. Em termos de energia, a explosão de 2012 foi tão intensa quanto a de 1859, o que nos salvou de voltarmos à metade do século XIX foi que a CME não nos atingiu. Não houve estragos, mas ela passou assustadoramente perto. Dois anos depois, em 2014, pesquisadores da NASA estimaram os prejuízos em até 20 trilhões de dólares, que seriam causados se a CME tivesse nos atingido. Os satélites de comunicação teriam pifado, as estações de energia, sobretudo aquelas em altas latitudes, poderiam ficar irremediavelmente danificadas, GPS, celulares, cabos interoceânicos seriam apenas peças de decoração. É bem provável que se essa tragédia eletrônica tivesse acontecido em 2012, ainda estaríamos tentando nos reerguer e poderia nem haver internet para ler um blog. As chances de outro evento Carrington acontecer novamente, com a CME nos pegando em cheio, são estimadas em 12% nos próximos 10 anos. Apesar dessas previsões não serem tão sólidas quanto a previsão do tempo no jornal, que já são aquela coisa, 12% é um número preocupante. Essa estatística pode não ser confiável, mas para mim indica que ela não é zero e que um plano de contingência deveria ser pensado para evitar que o planeta volte aos anos 1800 por muito tempo. Cássio Barbosa, doutor e pós-doutor em astronomia Fonte: ~,http:ÿÿg1.globo.~ comÿciencia-e-saudeÿblogÿ~ observatorioÿ1.html~, Revisado por Karine Vieira Pereira ::::::::::::::::::::::::

Papo de pescador? Alguns mitos sobre animais têm raízes, mas outros são pura invenção. Veja os mais famosos e suas origens Ao longo da história da humanidade, muitas vezes algumas situações enfrentadas pelos povos acabavam resultando em lendas que foram se propagando por meio da cultura através de gerações. Muitas envolvem animais que faziam parte do convívio -- e até da imaginação! -- da população, aterrorizando a todos por descrever diferentes “monstros” com instintos assassinos. Fato é que maior parte delas é fruto da imaginação ou da interpretação dada às informações que se apresentavam. Algumas dessas lendas acabavam provocando impactos no equilíbrio ecológico, afetando diretamente os animais que as protagonizavam. Assim, como muitas informações errôneas ainda são frequentemente replicadas, é fundamental que se compreendam os motivos e o contexto onde as lendas e crendices envolvendo os animais surgiram, para que assim seja possível desmistificá-las para um convívio mais harmonioso entre o homem e a natureza. Serpentes e dragões Durante muito tempo, as serpentes marinhas gigantes foram o terror dos oceanos, apavorando marinheiros que os cruzavam à procura de terras desconhecidas e de preciosidades. No Oriente, o que mais apavorava as aldeias era a crença em enormes dragões alados que viviam nas cavernas e caçavam pessoas, cuspindo fogo e destruindo os vilarejos. Quase sempre as lendas e mitos têm um fundo de verdade. No caso dos dragões, acredita-se que pessoas criaram as imagens a partir de fósseis de grandes dinossauros que elas encontravam nos ricos sítios paleontológicos, principalmente da China e da Sibéria. Um animal que muitas vezes paga com a vida a fama injusta de assassino é a cobra, mais precisamente as grandes sucuris, cada vez mais raras na Floresta Amazônica. A lenda da cobra grande que engole pessoas inteiras não passa de imaginação. Claro que uma sucuri, que também é conhecida como anaconda em muitos países, é capaz de engolir uma capivara inteira, um veado e até mesmo um jacaré. Afinal, são animais carnívoros e, como não possuem garras, precisam se enrolar na presa para poder abatê-la por asfixia, o que é chamado tecnicamente de constrição. Diferentemente do que muitas pessoas acreditam, as sucuris não quebram todos os ossos de suas vítimas. Se fizessem isso, o animal abatido poderia expor muitas pontas de ossos, o que seria fatal para a serpente. Outro mito é acreditar que as grandes cobras conseguem engolir um boi. Sabe-se comprovadamente que, dependendo do tamanho da sucuri, um bezerro grande pode ser capturado e engolido. As lendas, porém, descrevem bois adultos que as cobras engolem e cujos chifres deixam de fora da boca esperando que apodreçam e caiam! Isso não acontece. São informações com um fundo de verdade, mas muito extrapoladas. Nunca foi comprovado que uma serpente tenha efetivamente engolido uma pessoa adulta, isso não signifique que não seja possível matar um ser humano. As sucuris possuem músculos fantásticos, extremamente fortes e, se uma cobra com pelo menos 3 metros de comprimento se enrolar em uma pessoa, as coisas podem ficar complicadas. Na maioria das vezes os acidentes acontecem quando alguém incomoda o animal. Em geral, esses bichos fogem da presença humana. Outra lenda curiosa envolvendo as serpentes é comum no interior: acredita-se que quando uma mulher que está no período de amamentação diminui a produção de leite é porque alguma cobra da redondeza está mamando em seu peito à noite, sem que a mãe perceba. Para que a criança não chore nesse momento, a cobra coloca a ponta de sua cauda na boca do bebê e, quando por ventura alguém mata uma cobra próxima a essa casa e observa um líquido branco nas entranhas da serpente, logo diz que é o leite que ela estava roubando. O misterioso líquido nada mais é que o ácido úrico presente nas fezes do bicho. Não podemos esquecer que cobra não é mamífero nem possui língua apropriada para mamar. Além disso, não existe criança no mundo que chuparia o rabo de uma cobra como se fosse uma chupeta. Quanta imaginação! Boto-cor-de-rosa No Brasil, principalmente na Amazônia, muitas pessoas acreditam que nas noites de lua cheia o boto-cor-de-rosa se transforma em um jovem muito bonito e sedutor que visita aldeias ribeirinhas à procura de mulheres. Elas seriam facilmente conquistadas e engravidadas pelo “falso homem”, que na manhã seguinte se transformaria em boto novamente e desapareceria nas águas dos rios. O problema é que algumas crendices trazem consequências para os animais envolvidos. No caso dos botos, por exemplo, muitos já foram mortos por maridos enfurecidos. Corujas e sapos A associação de um animal com alguma lenda ou com significados para aqueles que o têm por perto depende muito da região. As corujas, por exemplo, eram mortas e pregadas nas portas das casas na Europa antiga com o intuito de espantar os demônios. Na Grécia, por outro lado, eram tidas como seres sábios e observadores. No Brasil, muita gente vincula as corujas à morte -- existem lendas descrevendo que, quando uma coruja pousa no telhado de uma casa, isso significa que algum de seus moradores vai falecer nos próximos dias. Na prática, as corujas deveriam ser vistas como sinais de proteção, já que são animais caçadores que se alimentam principalmente de ratos, diminuindo possíveis pragas. O mesmo acontece com os sapos, que ainda são relacionados à bruxaria, mas, na verdade, são ótimos caçadores de insetos, combatendo naturalmente as pragas nas plantações. O mais complicado em tudo isso é que lendas permanecem enraizadas na mente das pessoas por muitas gerações e mudá-las leva muito tempo. Alguns exemplos vêm desde o início da fase da inquisição na Europa. Animais como gatos pretos eram relacionados às bruxas e até hoje são mortos e maltratados em muitas cidades pelo mundo. E as lendas e mitos envolvendo os animais se propagam por todos os lados, não apenas em comunidades com menos acesso à informação. Lobos Muitas vezes informações errôneas são passadas às nossas crianças e vão sendo reproduzidas sem que nos atentemos a isso. Contos infantis como *Chapeuzinho Vermelho*, *Os Três Porquinhos* e *Pedro e o Lobo*, entre outros, sempre apresentam um lobo malvado e faminto que ameaça os personagens e, no final, tem que ser morto por algum herói. Esses contos foram criados principalmente na Europa, e a intenção era que os lobos fossem realmente caçados e mortos, já que muitas vezes atacavam os rebanhos das ovelhas e de bois dos fazendeiros. Vale lembrar, porém, que os lobos nunca foram intrusos e assassinos. Eles são caçadores e tiveram seus territórios invadidos em muitas regiões do mundo por fazendas -- afinal, já estavam lá antes de qualquer um. Por isso acabam se aproveitando dessa convivência forçada com o ser humano, já que caçar uma ovelha lenta em fazendas é muito mais fácil do que capturar um cervo ágil e esperto em ambientes selvagens. Felizmente, hoje muitos parques e reservas foram criados em vários países para proteção da espécie. Esperamos que não seja tarde demais para os lobos. Vampiros e lobisomens Um dos maiores “vilões” na disseminação de informações equivocadas sobre animais é o cinema. Centenas de filmes já foram feitos com animais aterrorizantes, como cães assassinos, coelhos, abelhas, vermes, tubarões, etc. Entre os mais famosos estão os relacionados aos vampiros e lobisomens. As lendas com um morto-vivo que se alimentava de sangue começaram com um fato verídico: a história do Conde Vlad Basarab, nascido em 1431, na Valáquia, também conhecida como Transilvânia, onde hoje fica a Romênia. Ele ficou conhecido pelas batalhas travadas contra o Império Otomano e, principalmente, pelo sadismo contra os inimigos, já que promovia torturas e mortes por empalamento nos homens capturados. Seu nome romeno era Draculea, que significa dragão. Por esse motivo ele também era conhecido como Drácula. Nessa época não se conheciam as espécies de morcegos vampiros. Aliás, das 1,1 mil espécies de morcegos que existem em todo o mundo, somente três são “vampiras”, ou seja, hematófagas -- alimentam-se de sangue. Essas espécies são encontradas apenas na América do Sul. Anos depois, o escritor irlandês Bram Stoker escreveu um romance gótico *Drácula*, lançado em maio de 1897. Após vários anos pesquisando o folclore europeu e a mitologia, Stoker baseou-se nas histórias de Vlad Basarab e no já conhecido comportamento dos morcegos vampiros. Na época, o livro recebeu muitas críticas. Porém, com o passar do tempo, ele foi adaptado para o teatro e, posteriormente, para o cinema, onde se tornou um fenômeno mundial. O primeiro filme a basear-se no livro foi *Nosferatu*, em 1922. Depois do sucesso, diversos filmes lançados sobre Drácula invadiram os cinemas de todo o mundo. No ano de 1922, o renomado diretor Francis Ford Copolla apresentou filme mais fiel ao livro original de Stoker. As lendas sobre os lobisomens também nasceram na Europa antiga. Um dos motivos está relacionado ao vírus da raiva, que afeta alguns lobos. Por vezes eles atacavam pessoas, infectando-as. Elas então apresentavam os sintomas de agressividade, salivação, acessos de fúria, alucinações, delírio e fobia à luminosidade e, por fim chegavam à morte. Não é difícil entender como se originou essa lenda. Atualmente, os vampiros e lobisomens estão em alta com filmes e séries que apresentam jovens em histórias de ação e romantismo.

Tubarão Outro filme famoso é *Tubarão*, dirigido pelo diretor Steven Spielberg em 1975. Fez enorme sucesso e até hoje sua música principal é facilmente reconhecida, inclusive por pessoas que nem mesmo tinham nascido na época. Vale ressaltar, porém, que centenas de tubarões foram mortos à época, principalmente no litoral dos Estados Unidos -- com uma certa colaboração do filme, as pessoas passaram a vê-los como assassinos dos mares. Fonte: Revista *Carta Fundamental* -- n.o 52 -- outubro de 2013. Revisado por Karine Vieira Pereira :::::::::::::::::::::::: Como encontrar sua intuição Diferencie pensamentos de intuição e tenha real poder pessoal Falar em intuição é fácil, difícil é saber distingui-la de um mero pensamento. Teoricamente, todos os seres humanos são intuitivos, pois a intuição é nossa própria voz que chega direto à nossa mente e coração, sem influências e más interpretações. Ela não tem, na verdade, nada de místico. Ela é real e faz parte de nossas vidas desde sempre. O que acontece é que vivemos numa sociedade na qual o silêncio é pouco aproveitado e valorizado. Se estamos sozinhos, nos fazemos companhia criando um diálogo sem fim dentro da mente, como se fôssemos pessoas tagarelas, pulando de um assunto a outro, sem muita conexão, apenas para preencher o vazio. Conexão consigo mesmo Quando estamos com alguém, pensamos ser estranho ficarmos em silêncio, pois a sociedade impõe "fazermos sala", darmos atenção, etc. Então, o que realmente preenche nossas vidas são uma série de pensamentos artificiais de coisas que precisamos fazer, de situações que já se foram, de preocupações, ansiedades, justificativas internas e um monte também de besteiras com as quais não precisaríamos perder nosso tempo. Mesmo assim, de vez em quando somos brindados com um momento de grande lucidez e calma, no qual temos certeza do que precisamos fazer. Quando isso se dá, sabemos que estamos experimentando intuição. Porém, como se pensa que é algo do qual não temos controle, acreditamos que é um momento especial que somente poucas pessoas podem vivenciar e continuamos presos em nossas rotinas de dúvidas. Por isso, aqui vão algumas dicas de como acessar a intuição todos os dias, melhorando sua qualidade de vida: õo Cultive o silêncio, mesmo quando estiver sozinho. Você não precisa pensar o tempo todo para ser eficiente; õo Pensar é diferente de ter pensamentos. Isso significa que é melhor ter qualidade do que quantidade. Se você já decidiu algo, ficar pensando e repensando se é mesmo o que devia ter feito, só irá deixá-lo mais inseguro e desgastado; õo Foque mais no presente. Lembrar-se do passado e projetar o futuro também gasta energia e tempo precioso. Além disso, lhe impedem de prestar atenção ao que realmente é importante no seu dia a dia; õo Todos os dias reserve um momento para entrar em conexão consigo mesmo. Tente perceber o que realmente está sentindo e quais são os pensamentos mais frequentes. Pode ser que você esteja se enganando ou não se permitindo realizar algo e, isso só é possível de perceber quando nos aquietamos; õo Não duvide de si mesmo. Se você sentir que deve fazer algo, faça. Não se ridicularize ou se deixe vencer pelo raciocínio. Muitas vezes, a intuição nos leva por caminhos improváveis que são exatamente aquilo que

precisamos para sermos felizes. Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ personare.com.brÿcomo-~ encontrar-sua-intuicao-~ m690~, Revisado por Karine Vieira Pereira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Pensamentos “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” Charles Chaplin (1889-1977) “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.” Clarice Lispector (1920-1977) “Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.” William Shakespeare (1564-1616) “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra.” Bob Marley (1945-1981) “Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor.” William Shakespeare (1564-1616) “É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.” William Shakespeare (1564-1616) “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.” Oscar Wilde (1854-1900) “A vida é um eco. Se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está emitindo.” Autor desconhecido “Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade.” Georges Bernanos (1888-1948) “A maior força é saber olhar para as próprias fraquezas, e não para as dos outros.” Autor desconhecido Revisado por Karine Vieira Pereira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo No Mundo das Artes George Savalla Gomes: o palhaço Carequinha Quando pensamos em circo no Brasil, fica impossível não lembrar da figura encantadora e engraçada do palhaço Carequinha, ídolo durante décadas da criançada obediente. Carequinha nasceu George Savalla Gomes, no dia 18 de julho de 1915, na cidade de Rio Bonito, no estado do Rio de Janeiro. Este fluminense, filho dos trapezistas Elisa Savalla e Lázaro Gomes, teve a sina de nascer no circo, berço da história de vida daquele que chegou a ser considerado o melhor palhaço do mundo. Reza a lenda, contada por ele mesmo nas entrevistas ao longo de sua carreira, que sua mãe sentiu as contrações do parto enquanto caminhava no arame, em pleno picadeiro. Levada às pressas para as barracas que serviam de camarim, Elisa deu à luz o filho nos bastidores do Circo Peruano, pertencente a José Rosa Savalla, avô materno de George que, com 2 anos, perdeu o pai e foi criado pelo padrasto Ozório Portilho que o encaminhou para a profissão de palhaço. A origem circense acompanhou três gerações da família, sendo até mesmo o encontro com a futura esposa, Eufídia Gomes, por causa da passagem do circo pela cidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais. O encontro, namoro e casamento se deram em apenas 15 dias e perdurou até a morte do palhaço. Com a esposa teve 4 filhos, nenhum atualmente no mundo do circo. Quando George tinha 5 anos, Portilho colocou uma careca postiça em sua pequena cabeça e disse: “Você será o palhaço Carequinha”. Este foi o ponto de partida de um dos maiores mitos mundiais das artes circenses. Com sua maneira peculiar de fazer rir, Carequinha aos poucos foi conquistando o coração das pessoas com bordões já imortalizados como: “Hoje tem marmelada? Tem, sim senhor! E o palhaço, o que é? É ladrão de mulher!”. Criou o tradicional “Tá certo ou não tá, garotada?”, que era respondido sempre com um empolgante “Táááááá!”, em uníssono. Aliás, as crianças caíram definitivamente nas graças de Carequinha quando ele se tornou o primeiro palhaço a ter um programa -- *O Circo Bombril*, que ficou no ar de 1951 a 1964, na extinta TV Tupi no Rio de Janeiro -- junto com os parceiros Fred, Zumbi, Meio-Quilo e outros. Carequinha inovou o conceito do palhaço no circo mundial. Tratado anteriormente como bobo, ingênuo e imaturo, o palhaço, na sua interpretação, ganhou novos ares: “Fiz uma nova escola. Antes de mim, o palhaço levava farinha na cara, era o bobo, só apanhava. Eu fiz o palhaço-herói, modifiquei o estilo. A intenção era fazer do palhaço um ídolo, e não um mártir”, declarou. Em 1964 recebeu na Itália a medalha de ouro de Palhaço Moderno do Mundo. Devido ao seu sucesso, Carequinha ficou famoso entre os presidentes brasileiros e tornou-se amigo de Juscelino Kubitschek. Na década de 80, apresentou *O Circo Alegre*, na TV Manchete, programa que antecedeu *O Clube da Criança*, de Xuxa Meneghel. Em 2001 atuou na *Escolinha do Professor Raimundo*, da Rede Globo. Gravou 27 LPs, participou de cinco filmes. Foi um lutador na área circense, sempre citando em suas entrevistas a necessidade da ajuda do Governo para a preservação do circo no Brasil. Primeiro palhaço da televisão brasileira, George Savalla Gomes, o Carequinha, continuou em plena atividade até o seu falecimento, aos 90 anos, no dia 5 de abril de 2006, no município de São Gonçalo (RJ), em decorrência de problemas cardíacos. Ao conceder uma entrevista ao jornal *O Estado de S. Paulo*, em 2001, Carequinha declarou: “O palhaço típico, aquele que nasce com o dom, morre comigo”. Fontes com alterações: ~,http:ÿÿwww.funarte.gov.~ brÿcircoÿgeorge-savalla-~ gomes-o-palhaco-~ carequinhaÿ~, ~,http:ÿÿwww.terra.com.br~ ÿistoegenteÿ60ÿtestemunha~, Revisado por Karine Vieira Pereira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Maravilhas do Mundo Ilha do Marajó A ilha do Marajó é uma ilha brasileira do estado do Pará, localizada a oeste da foz do rio Amazonas, no arquipélago do Marajó e a leste da Baía do Guajará. Fica a três horas de barco de Belém. Com 16 municípios, numa área de aproximadamente 40.100 km², é a maior ilha do Brasil e também a maior ilha fluviomarítima do mundo. Nesta ilha, há apenas uma estrada asfaltada, todas as ruas são largas e de terra batida, mas que foi concebida e planejada com ruas numeradas. Sendo assim, você vai para o lugar tal, que fica na Quarta Rua com a Travessa 12. Não tem nem como se perder de tão bem traçado. Além de só ter casas, a maioria modesta, de um só andar, em Marajó quase não há automóveis. O que se vê são bicicletas e motocicletas de baixa potência. Bastante comum é a carroça puxada a búfalo, animal que se adaptou ao meio ambiente e às condições climáticas que, é bom ressaltar, acarretam mudanças drásticas na topografia da região. Após algumas horas na ilha, o visitante percebe a enorme quantidade de búfalos que existe por toda a parte, principalmente pelas estradas fora das cidades. Marajó possui, simplesmente, o maior rebanho do animal no Brasil, com cerca de 700 mil cabeças, cerca de três vezes a população dos 16 municípios. Nos meses de verão -- quando o calor é bastante intenso -- dificilmente você verá búfalos fora d'água ao meio-dia. O animal se converteu num recurso econômico para grande parte dos habitantes locais, pois transporta lixo, mercadorias, pessoas, bens de consumo e virou atração turística. Sem falar que a búfala produz o leite para a confecção do queijo, que lembra o feta grego, na textura e no paladar. Extremamente hospitaleiros e amáveis, os habitantes se orgulham de suas origens que remontam a civilizações pré-colombianas. O artesanato, as comidas e a cultura refletem um pouco o costume do peão local, que habita as grandes fazendas da região. Comidas como o Frito do Vaqueiro e o Filé à Marajoara levam a carne de búfalo, que tem menos colesterol do que a bovina. O artesanato de couro também é bastante forte na região. Na ilha, distante 70 quilômetros do município de Soure, fica Cachoeira do Arari. A importância do local está na preservação do passado da ilha: aí está o Museu Histórico do Marajó, que possui peças arqueológicas encontradas pelo padre italiano Giovanni Gallo, criador da instituição. É ali também que está a maioria dos tejos (aterros superficiais feitos pelos marajoaras em terrenos alagadiços para habitação ou cemitério). Apesar disso, o município tem uma estrutura simples de hotéis, o que dificulta sua imersão no circuito turístico local. Soure é a cidade mais movimentada da ilha, e é onde a maioria dos turistas chegam. Há sempre muitas festividades e eventos ao longo do ano, como rodeios de búfalo e rodas de carimbó, a dança típica paraense. Mas, nada mais importante do que o do Círio de Nazaré, que prossegue sua peregrinação desde Belém, e entre outubro e novembro, mobiliza toda a população da Ilha de Marajó, que, a exemplo do continente, venera a imagem da Santa. Difícil não se deixar contagiar com a exuberância da natureza e o ritmo do dia a dia marajoense. Qualquer atividade dos ilhéus começa cedo, como o Mercado Municipal, que abre em torno das 4 horas para receber as mercadorias. Ele se divide entre o armazém de carne e o da peixaria, com uma bancada de fazer inveja! Para poções e remédios, do lado de fora do Mercado Municipal, há várias bancas que vendem essências, frascos e medicamentos a base de ervas da Amazônia. Também não faltam vendedores de frutas como o oportuno vendedor de abacaxi que descasca na hora a fruta mais suculenta que você já provou. A programação turística segue algo bem padronizado, alguns de praxe: o búfalo em primeiro lugar, tanto no cardápio, porque a carne é macia feito manteiga (e com muito menos colesterol do que a carne bovina), e no manejo, literalmente, pois consiste em fazer passeios. Montado numa sela e segurando numa rédea improvisada, o visitante percorre um trajeto determinado, sempre acompanhado de guias e peões. Se falhar a coragem, pode montar na charrete que o búfalo puxa. Passeios a pé e de canoa por igarapés também são oferecidos em diversas fazendas particulares que se dispuseram a atender os turistas. Além disso, caminhadas beirando praias de rio fazem parte dos pacotes. Por conta própria, muita gente decide perambular pela cidade, chegando até a praça principal, para visitar artesões e observar o movimento no cais do porto. Apesar de estar a 3 horas de distância de Belém, a Ilha de Marajó não é um destino de acesso fácil. Mas a maratona vale a pena! Fontes: ~,http:ÿÿoglobo.globo.comÿ~ estiloÿboa-viagemÿos-~ encantos-da-ilha-de-marajo-~ no-para-onde-tempo-nao-tem-~ pressa-13942226~, ~,http:ÿÿviagem.uol.com.brÿ~ guiaÿbrasilÿilha-de-marajo~, Revisado por Karine Vieira Pereira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Direitos de Todos O que é assédio moral? São atos cruéis e desumanos que caracterizam uma atitude violenta e sem ética nas relações de trabalho, praticada por um ou mais chefes contra seus subordinados. Trata-se da exposição de trabalhadoras e trabalhadores a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes durante o exercício de sua função. É o que chamamos de violência moral. Esses atos visam humilhar, desqualificar e desestabilizar emocionalmente a relação da vítima com a organização e o ambiente de trabalho, o que põe em risco a saúde, a própria vida da vítima e seu emprego. A violência moral ocasiona desordens emocionais, atinge a dignidade e identidade da pessoa humana, altera valores, causa danos psíquicos (mentais), interfere negativamente na saúde, na qualidade de vida e pode até levar à morte.

Como acontece A vítima escolhida é isolada do grupo, sem explicações. Passa a ser hostilizada, ridicularizada e desacreditada no seu local de trabalho. É comum os colegas romperem os laços afetivos com a vítima e reproduzirem as ações e os atos do(a) agressor(a) no ambiente de trabalho. O medo do desemprego, e a vergonha de virem a ser humilhados, associados ao estímulo constante da concorrência profissional, os tornam coniventes com a conduta do assediador. Violência moral contra a mulher Geralmente, o ambiente de trabalho é o mais perverso para as mulheres, pois, além do controle e da fiscalização cerrada, são discriminadas. Essa prática é mais frequente com as afrodescendentes. Muitas vezes o assédio moral diferido contra elas é precedido de uma negativa ao assédio sexual. Em alguns casos, os constrangimentos começam na procura do emprego, a partir da apresentação estética. Posteriormente, ações como: õo Ameaça, insulto, isolamento; õo Restrição ao uso sanitário; õo Restrições com grávidas, mulheres com filhos e casadas; õo São as primeiras a serem demitidas; õo Os cursos de aperfeiçoamento são preferencialmente para os homens; õo Revista vexatória, e outras atitudes que caracterizam assédio moral.

Violência moral contra o homem e orientação sexual O homem não está livre do assédio, particularmente se for homoafetivo ou possuir algum tipo de limitação física ou de saúde. No que se refere à orientação sexual, não há instrumentos oficiais para esse tipo de verificação. E, aqui, o entrave é também cultural e está ligado ao que significa ser homem na sociedade brasileira. Em uma sociedade machista, os preconceitos com relação à orientação sexual são ainda mais graves. Violência moral contra doentes e acidentados(as) õo Ter outra pessoa na função, quando retorna ao serviço;

õo Ser colocado em local sem função alguma; õo Não fornecer ou retirar instrumentos de trabalho; õo Estimular a discriminação entre os sadios e os adoecidos; õo Dificultar a entrega de documentos necessários à concretização da perícia médica pelo INSS; õo Demitir após o transcurso da estabilidade legal. Objetivo do(a) agressor(a) õo Desestabilizar emocional e profissionalmente; õo Livrar-se da vítima: forçá-lo(a) a pedir demissão ou demiti-lo(a), em geral, por insubordinação.

Estratégia do(a) agressor(a) õo Escolher a vítima e o(a) isolar do grupo; õo Impedir que a vítima se expresse e não explicar o porquê; õo Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em seu local de trabalho; õo Culpar/responsabilizar publicamente, levando os comentários sobre a incapacidade da vítima, muitas vezes, até o espaço familiar; õo Destruir emocionalmente a vítima por meio da vigilância acentuada e constante; õo Impor à equipe sua autoridade para aumentar a produtividade.

Como identificar o assediador É no cotidiano do ambiente de trabalho que o assédio moral ganha corpo. Alguns comportamentos típicos do(a) agressor(a) fornecem a senha para o processo de assédio moral nas empresas. O assédio moral é uma relação triangular entre quem assedia, a vítima e os demais colegas de trabalho. Após a confirmação de que está sendo vítima de assédio moral, não se intimide, nem seja cúmplice. Denuncie! Confira alguns exemplos: õo Ameaçar constantemente, amedrontando quanto à perda do emprego; õo Subir na mesa e chamar a todos de incompetentes; õo Repetir a mesma ordem para realizar tarefas simples, centenas de vezes, até de-

sestabilizar emocionalmente o(a) subordinado(a); õo Sobrecarregar de tarefas ou impedir a continuidade do trabalho, negando informações; õo Desmoralizar publicamente; õo Rir, a distância e em pequeno grupo, direcionando os risos ao trabalhador; õo Querer saber o que se está conversando; õo Ignorar a presença do(a) trabalhador(a); õo Desviar da função ou retirar material necessário à execução da tarefa, impedindo sua execução; õo Troca de turno de trabalho sem prévio aviso; õo Mandar executar tarefas acima ou abaixo do conhecimento do trabalhador; õo Dispensar o trabalhador por telefone, telegrama ou correio eletrônico, estando ele em gozo de férias; õo Espalhar entre os(as) colegas que o(a) trabalhador(a) está com problemas nervosos; õo Sugerir que o trabalhador peça demissão devido a problemas de saúde; õo Divulgar boatos sobre a moral do trabalhador. O que a vítima deve fazer õo Resistir. Anotar, com detalhes, todas as humilhações sofridas: dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do(a) agressor(a), colegas que testemunharam os fatos, conteúdo da conversa e o que mais achar necessário; õo Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que sofrem humilhações do(a) agressor(a);

õo Evitar conversa, sem testemunhas, com o(a) agressor(a); õo Procurar seu sindicato e relatar o acontecido; õo Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas. Instituições e órgãos que devem ser procurados: õo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); õo Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego; õo Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher; õo Conselhos Estaduais dos Direitos da Mulher; õo Comissão de Direitos Humanos; õo Conselho Regional de Medicina; õo Ministério Público; õo Justiça do Trabalho.

Alô trabalho Para acesso a informações sobre produtos e serviços do MTE, está disponível a Central de Atendimento Alô Trabalho, pelo número 158. A ligação é gratuita de telefone fixo. Ligando de telefone móvel, a chamada será cobrada do usuário. Fonte com alterações: ~,http:ÿÿacesso.mte.gov.brÿ~ dataÿfilesÿ8A7C812D3~ C{b{9D387013C{f{e571~ F747A6EÿCARTILHA~ ASSEDIO{{moral{e~ {{sexual%20web.pdf~, Revisado por Karine Vieira Pereira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Acessibilidade e Inclusão ONCB divulga nota sobre máquinas de cartões *touchscreen* Brasília, 22 de setembro de 2015 -- A Organização Nacional De Cegos do Brasil (ONCB), instituição não governamental e sem fins lucrativos, que representa de forma direta 72 organizações constituídas legalmente de e para cegos, atuante em âmbito nacional e internacional, repudia a falta de acessibilidade nas máquinas de cartões de crédito e débito. Nos últimos meses, a organização tem recebido constantes e inúmeras reclamações, advindas de todo país, de que as máquinas de cartão de crédito e débito com tela *touch* têm dificultado ou impedido que pessoas cegas ou com baixa visão paguem suas compras com liberdade, autonomia, segurança e dignidade. Os tradicionais modelos de máquinas para pagamentos por meio de cartões de crédito e débito que contavam com sinalização tátil em alto-relevo no número 5 e nas principais teclas, rapidamente vêm sendo substituídas por máquinas de cartão com telas *touch*. A “Moderninha” do PagSeguro, da *Cielo* e *Payleven* são algumas delas. Ocorre que por possuírem um *design* falho e restritivo, essas máquinas privam as pessoas com deficiência visual da utilização do tato, sujeitando-as a grandes constrangimentos no ato da transação financeira, como tentar digitar várias vezes a senha até bloquear o uso, ter de passar a senha de seus cartões para que algum conhecido a digite ou mais grave, se estiver desacompanhada, ter de informar a senha para uma pessoa estranha digitá-la. A ONCB entende que ao não contemplar requisitos de usabilidade e de acesso à informação em seus equipamentos de utilização de cartões de crédito/débito, as empresas violam inúmeros direitos basilares, como os constantes no bojo da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, tratado de direitos humanos internalizado em nosso ordenamento jurídico com status de emenda constitucional (Decreto n.o 6.949/ /2009), dentre outros dispositivos legais de primeira prole. Longe de tolher qualquer avanço tecnológico, é imperioso que esses dispositivos e seus sistemas abarquem conceitos de acessibilidade e de desenho universal, de modo a permitir sua utilização, de maneira que em nenhuma hipótese a inovação represente prejuízo ou exclusão. Em face do exposto, a ONCB informa que tem adotado medidas em diversas esferas como Ministério Público Federal, ABNT e outros. Tais iniciativas visam dar ciência, sensibilizar, buscar soluções e de fazer valer as normas constitucionais e legais, instituidoras de um sistema normativo de direitos e garantias em favor das pessoas com deficiência. Fonte: ~,http:ÿÿwww.oncb.org.brÿ~ nodeÿ103~, Revisado por Karine Vieira Pereira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Nossa Casa Como limpar e conservar as cortinas Persianas e tecidos exigem cuidados diferentes para sua manutenção. É possível lavar alguns tipos em casa. As cortinas de diferentes tipos exigem cuidados diferentes para terem vida útil maior. Coordenadora de Design da Unidade Teresópolis do SENAC-RJ, Roseli Mello explica que as cortinas e as persianas com boa manutenção duram, em média, de cinco a dez anos: -- Dependendo do cuidado e do local da instalação, pois fatores como sol, poeira e maresia prejudicam a durabilidade. A especialista lembra que, como os trilhos atuais são de plástico e não exigem manutenção, a limpeza das cortinas não necessariamente precisará ser feita em lavanderia. Água e sabão neutro devem ser usados na lavagem de tecidos como algodão e voil. -- Para limpar as persianas de alumínio, basta um espanador, uma vassourinha de pó ou um pano úmido -- explica. Para quem tem alergia à poeira, Roseli recomenda o uso de persianas de madeira, mais fácil de limpar. Já a designer de interiores Isabel Pinheiro lembra a praticidade das cortinas rolo (que são suspensas no trilho num rolinho): -- O material é parecido com um plástico e pode ser limpo com um pano úmido. Dicas para lavar na máquina 1- Confira as recomendações de lavagem e secagem na etiqueta da cortina.

2- Remova todos os acessórios. 3- Para evitar o risco de rasgar, coloque a peça dentro de um saco protetor de roupas. Se não tiver um, use uma fronha de travesseiro e prenda com um nó na ponta. 4- Caso a cortina seja muito grande para o saco ou a fronha, acomode a peça dentro da máquina de forma bem distribuída. 5- Não sobrecarregue a máquina. Se a lavadora for pequena e a peça muito volumosa, faça a lavagem por partes, se possível. Outra opção é procurar uma lavanderia especializada. 6- Para proteger a peça, selecione um ciclo de lavagem suave e escolha um bom detergente para roupas. 7- Em algumas máquinas de lavar, existe um programa especial indicado para lavagem de cortinas. 8- Seque à sombra na mesma posição em que a cortina é pendurada. Fonte: Seção *Bela Casa*, *Jornal Extra* -- 12 de setembro de 2015. Revisado por Karine Vieira Pereira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vida e Saúde Temperos Açafrão -- Fonte de minerais como cobre, potássio, cálcio, manganês, ferro, selênio, zinco e magnésio, e rico em vitaminas como a vitamina A, vitamina C, e vitaminas do complexo B (ácido fólico, riboflavina, niacina), que são essenciais para a saúde. O safranal, um óleo encontrado no açafrão, tem propriedades antioxidantes, e anticancerígenas. Estudos científicos demonstram que este óleo também é eficiente no combate de convulsões e no tratamento da depressão. Alecrim -- Rico em minerais como o potássio, cálcio, ferro, cobre, manganês e magnésio, o alecrim também é fonte de vitaminas antioxidantes como a vitamina A e a vitamina C. Óleos encontrados no alecrim, como o cineol, canfeno, borneol, e alfa-pineno, são compostos conhecidos por terem propriedades anti-inflamatórias, antialérgicas, antifúngicas e antissépticas. Quando usado externamente, o óleo de alecrim ajuda a aliviar as dores causadas pelo reumatismo. Se aplicado em couro cabeludo, o óleo de alecrim ajuda a eliminar as caspas, auxilia no crescimento do cabelo, e ajuda a prevenir calvície prematura. O chá de alecrim é um ótimo remédio para a dor de cabeça, problemas dos nervos, constipação e depressão. Recentemente, a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, em conjunto com o Instituto Butantã, descobriu que os extratos do alecrim diminuem a replicação viral, e ajudam a combater o vírus da gripe. Cebolinha -- A cebolinha é um dos vegetais mais ricos em vitamina A, e excelente fonte de vitamina C, K e vitaminas do complexo B. Minerais encontrados na cebolinha incluem o cobre, ferro, manganês, zinco e cálcio. Como a cebola e o alho, a cebolinha também contém componentes que formam a alicina. Estudos científicos descobriram que a alicina combate as bactérias, as viroses e os fungos. Além disso, a alicina ajuda a reduzir a produção de colesterol, e bloqueia a coagulação das plaquetas do sangue, além de diminuir a rigidez dos vasos sanguíneos. Em conjunto, esses benefícios levam à redução da pressão sanguínea, diminuindo assim o risco de desenvolver doença arterial coronariana (DAC), doença vascular periférica (DVP) e acidente vascular cerebral (AVC). Cominho -- O cominho contém numerosos componentes fito-químicos que apresentam propriedades antioxidantes e antiflatulentas. Ele também contém óleos essenciais que ajudam a aumentar a mobilidade do sistema gastrointestinal, bem como a melhorar a digestão, aumentando a secreção de enzimas gastrointestinais. Suas sementes também são usadas em medicamentos tradicionais para tratar o resfriado. Esse tempero também é uma excelente fonte de minerais como ferro, cobre, cálcio, potássio, manganês, selênio, zinco e magnésio. Ele também contém boa quantidade de vitaminas do complexo B, e outras vitaminas antioxidantes como a vitamina A, C e vitamina E. Hortelã -- Uma excelente fonte de minerais como potássio, cálcio, ferro, manganês e magnésio, a hortelã também é rica em vitamina A, complexo B, vitamina C, vitamina E e vitamina K. O óleo mentol, encontrado na hortelã, em propriedades que agem contra irritações, e é usado como um anestésico local e analgésico. Estas propriedades fazem da hortelã uma planta eficiente para aliviar câimbras, cólicas menstruais e no tratamento da "Síndrome do intestino irritável". Louro -- Fonte de minerais como o cobre, potássio, cálcio, manganês, ferro, selênio, zinco e magnésio, o louro também é rico em vitaminas do complexo B, que auxiliam na síntese de enzimas, normalizam o sistema nervoso e regulam o metabolismo do corpo. Além disso, o louro tem componentes que agem como estimulantes do apetite e diuréticos. O chá do louro é usado para aliviar as dores do estômago, a flatulência e a cólica menstrual. Componentes dos óleos encontrados no louro também são usados no tratamento de artrite, dores nos músculos, bronquite e para aliviar os sintomas da gripe. Orégano -- Fonte de minerais como o potássio, cálcio, manganês, ferro, e magnésio, o orégano contém diversos óleos essenciais para a saúde como o carvacrol, timol, limoneno, pineno, ocimeno e cariofileno. Extratos do orégano têm propriedades antissépticas, antiespasmódicas, expectorantes, estimulantes, tônicas, e aumentam a secreção da bile e das glândulas sudoríparas. O chá do orégano é um tratamento popular contra os resfriados, gripe, febre baixa, indigestão estomacal, e cólicas menstruais. As propriedades estimulantes e tônicas encontradas no orégano fazem dele um tratamento efetivo contra a disfunção erétil. Salsa -- Uma das ervas mais ricas em vitamina K, a salsa também contém diversas vitaminas antioxidantes, incluindo a vitamina A, vitamina C e vitamina E. Minerais encontrados na salsa incluem o potássio, cálcio, manganês, ferro e magnésio. O óleo eugenol, presente na salsa, é usado como um anestésico local e agente antisséptico para doenças dos dentes e gengivas. Estudos científicos também determinaram que o eugenol ajuda a reduzir os níveis de açúcar no sangue dos diabéticos. O Centro de Ciências e Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriu que algumas substâncias encontradas na salsa impedem a formação de coágulos que podem entupir os vasos sanguíneos e causar derrames (AVC). A salsa também é um diurético que aju-

da na expulsão das pedras dos rins. Fonte: MOREIRA, Douglas; LOPES, Heber. *Saúde Total -- Guia Prático de Prevenção e Tratamentos Naturais*. 3ª ed. Brasília: Editora Viver Saudável, 2013. p. 434- -436. Revisado por Karine Vieira Pereira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Culinária Rabanada de forno Para quem adora rabanada, mas tem que manter a dieta sem muita gordura, esta rabanada de forno é uma ótima opção. Sem nenhuma fritura e com muito sabor! Ingredientes: 5 unidades de pães francês amanhecidos; 2 copos de leite; 1 copo de açúcar; 2 ovos; 1 colher de chá de essência de baunilha. Modo de preparo: Unte uma fôrma redonda de 25 cm de diâmetro com margarina. Corte os pães em rodelas e arrume na fôrma, forrando o fundo. No liquidificador, bata o leite, os ovos, o açúcar e a essência. Coloque essa mistura em cima dos pães, apertando bem com o auxílio de uma colher, até que estejam bem molhados. Faça uma mistura de açúcar, cravo e canela e salpique por cima. Leve ao forno até assar. Sugestão: Sirva esta rabanada de forno gelada. Fonte: ~,http:ÿÿwww.cybercook.com.~ brÿrabanada-de-forno-r-7-~ 13269.html~,

Salada de manga com camarões Ingredientes: 1 repolho pequeno; 500 g de camarão cinza limpos; 2 pimentões vermelhos médios; 1 xícara de chá de salsinha; 3 mangas sem casca; 1 colher de sopa de suco de limão; 1 colher de sopa de molho de pimenta vermelha; #a,d de colher de sopa de sal; 400 g de iogurte grego. Modo de preparo: Tempere os camarões e cozinhe rapidamente, até que fiquem opacos. Corte finamente o repolho, corte os camarões ao meio e corte as mangas em tiras. Combine os vegetais, a manga e os camarões. Adicione iogurte, sal, molho de pimenta, salsinha e suco de limão.

Misture bem e deixe na geladeira até a hora de servir. Fonte: ~,http:ÿÿwww.cybercook.com.~ brÿreceita-de-salada-de-~ manga-com-camaroes-r-1-~ 11411.html~, Tender com laranja Ingredientes: 1 tender bolinha fatiado; meio litro de vinho branco; 3 laranjas; 2 colheres de sopa de mel; 1 tablete de caldo de legumes. Modo de preparo: Faça um caldo com todos os ingredientes, batendo-os no liquidificador. Arrume as fatias de tender numa travessa refratária, acrescente o caldo e cubra com filme-plástico. Leve ao micro-ondas por 10 minutos na potência média e mais 3 minutos na potência alta. O que sobrar pode ser guardado na geladeira e ser consumido em lanches frios. Sugestão: Se for festa, pode-se enfeitar as fatias em uma travessa com frutas variadas naturais ou em calda. Fonte: ~,http:ÿÿwww.cybercook.com.~ brÿreceita-de-tender-com-~ laranja-r-3-1644.html~, Escondidinho de Carne Seca Ingredientes: 1 kg de mandioca cozida; 1 lata de creme de leite com o soro; 2 colheres de margarina; meio quilo de carne seca dessalgada e cozida; 1 cebola média picadinha; 4 dentes de alho esmagados; 2 tomates sem casca picados; sal e pimenta a gosto. Modo de preparo da massa: Esprema a mandioca ainda quente e leve em uma panela com a margarina e sal. Depois que estiverem bem misturados, acrescente o creme de leite e reserve. Modo de preparo do recheio: Refogue a cebola e o alho em um pouco de azeite, acrescente a carne seca desfiada e deixe fritar um pouco, acrescente os tomates só pra dar uma murchada. Acerte o sal se achar necessário. Em um refratário untado com azeite, coloque uma camada do purê de mandioca, a carne seca e termine com o restante do purê. Polvilhe com queijo

parmesão ralado e leve ao forno para gratinar. Fonte: ~,http:ÿÿwww.tudogostoso.com.~ brÿreceitaÿ20768-~ escondidinho-de-carne-seca.~ html~, Revisado por Karine Vieira Pereira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Humor Joãozinho conversava com seu amigo Juquinha: -- Você não sabe o que eu descobri! -- disse Juquinha empolgado -- Todos os adultos têm um segredo, e nós podemos nos aproveitar disso. -- Como assim? -- perguntou Joãozinho. -- Cara, é só a gente chegar pra algum adulto e dizer: "Eu sei de toda a verdade." -- Pronto! Eles dão dinheiro pra gente, doces,... qualquer coisa! Joãozinho ficou muito empolgado com a ideia e foi para casa. Encontrando a mãe, colocou o plano em prática: -- Mãe, eu sei de toda a verdade! A mãe ficou atordoada, deu cinco reais ao garoto e disse: -- Pelo amor de Deus, não diga nada pro seu pai! Joãozinho não via a hora de o pai chegar do trabalho. Quando ele apareceu na porta, Joãozinho já foi dizendo: -- Pai, eu sei de toda a verdade! -- Tome aqui dez reais, filho, mas não conte nada pra sua mãe, tá? Radiante com a possibilidade de ficar rico com essa tática, Joãozinho foi pra rua fazer fortuna... A primeira pessoa que ele viu foi o carteiro e foi logo dizendo: -- Eu sei de toda a verdade! O carteiro deixou a bolsa cheia de cartas cair no chão, ajoelhou-se e disse: -- Então, dê um abraço aqui, filhão! Um homem pega o telefone e liga desesperado: -- Socorro! Minha sogra quer se suicidar... se atirar da janela! O homem do outro lado diz: -- Tá, mas o senhor errou o número... aqui é da carpintaria! -- Eu sei! É que a janela não quer abrir, pô! A portuguesinha de 10 anos vai pescar com o pai no lago e volta com o rosto todo inchado. A mãe, assustada, pergunta: -- Filha, o que houve? -- Foi um marimbondo, mamãe... -- Ele te picou? -- Não deu tempo, papai matou ele com o remo. *Air bag* Um casal viaja de carro na rodovia dos Bandeirantes a 100 km/h. A esposa diz ao marido: -- Querido, estamos casados há 15 anos, mas quero o divórcio. O marido nada lhe diz e aumenta a velocidade para 120 km/h. A esposa continua: -- Não me peça para mudar de ideia. Tenho um caso com seu melhor amigo, que é muito melhor de cama que você. O esposo, calado, aumenta a velocidade para 130 km/h. Ela continua: -- Quero a casa. O marido aumenta a velocidade para 140 km/h. A mulher insiste: -- Exijo ficar com as crianças. O esposo aumenta a velocidade para 150 km/h. Aí a mulher completa: -- Quero o carro, a conta corrente e todos os cartões de crédito. O marido, calado, aumenta a velocidade para 160 km/h. A chatonilda, então, pergunta-lhe: -- Tem alguma coisa que vai querer? Ele responde-lhe: -- Não, já tenho tudo. -- O que você tem? -- pergunta-lhe a mulher. O esposo responde-lhe, alguns segundos antes de bater na mureta:

-- Tenho o *air bag*! Você não o tem! Quá-quá-quá...! Revisado por Karine Vieira Pereira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Espaço do Leitor Leitor amigo, este espaço é exclusivamente seu. Participe enviando suas criações (crônicas, pequenos contos, poesias, cantigas, curiosidades de sua região e dicas de temas a serem abordados pela sua revista). õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vocabulário -- A Abarcar: v. Conter, abranger. *Air bag*: Dispositivo de segurança complementar ao cinto de segurança. Alados: adj. Dotados de asas, que voam. Antiespasmódicas: adj. Que combatem espasmos. Antiflatulentas: adj. Que combatem flatulência (acúmulo de gases no estômago e no intestino). Antioxidantes: adj. Substâncias que combatem o envelhecimento precoce e ajudam a prevenir doenças. Antissépticas: adj. Que evitam ou reduzem o risco de infecção por ação de bactérias ou germes. Atividade ionosférica: Atividade que acontece na camada da atmosfera terrestre que contém cargas elétricas (íons e elétrons) e que se encontra entre aproximadamente 60 km e 1000 km de altitude. É por causa da ionosfera que os sinais de rádio podem ser propagados de uma localidade a outra na superfície do planeta. Auroras: Fenômeno óptico composto de um brilho observado nos céus noturnos nas regiões polares, em decorrência do impacto de partículas de vento solar com a alta atmosfera da Terra, canalizadas pelo campo magnético terrestre. -- B Basilares: adj. Fundamentais. Biodiversidade: s. f. Conjunto de todas as espécies de seres vivos existentes em determinada região ou época. Bioma: s. f. Grande comunidade de plantas e animais que estão adaptados a uma certa região com clima, relevo e outras condições ambientais determinadas. Bojo: s. m. Âmago, cerne, a parte principal de. Bradar: v. Divulgar, espalhar, proclamar. -- C Conivente: adj. Que não procura prevenir ou evitar que alguém cometa uma infração ou um crime; que demonstra ou age com cumplicidade. -- D *Design*: s. m. Desenho de um produto ou projeto gráfico. Desmistificar: v. Mostrar que um determinado mito ou lenda não existe. Diferido: adj. feito de forma prolongada. Dispositivos legais de primeira prole: Dispositivos legais fundamentais. -- E Ejeção de massa coronal (EMC): São grandes erupções de gás ionizado a alta temperatura, provenientes da coroa solar. O gás expelido constitui parte do vento solar e, quando atinge o campo magnético terrestre, pode causar tempestades geomagnéticas, prejudicando os meios de comunicações e estações elétricas. Em uníssono: Som reproduzido ao mesmo tempo por várias pessoas. Empalamento: s. m. Método de tortura e execução que consistia na inserção de uma estaca pelo ânus, vagina, ou umbigo até a morte do torturado. A vítima, atravessada pela estaca, era deixada para morrer sentindo dores terríveis, agravadas pela sensação de sede.

Entrave: s. m. Obstáculo, empecilho. Extrapoladas: adj. Que ultrapassam os limites. -- F Feta grego: O queijo feta é um produto grego tradicional que se faz misturando leite de cabra e de ovelha. -- G Gótico: adj. Gênero de ficção predominante entre os séculos XVIII e XIX, de caráter misterioso e sobrenatural. Grânulos: s. m. Partículas apenas visíveis em microscópio óptico. -- I Igarapés: s. m. Pequenos rios, estreitos e navegáveis, que nascem na mata e deságuam num rio maior.

Imperioso: adj. Que deve ser feito imediatamente, urgente. Inconvenientes: adj. Inesperadas. Insubordinação: s. f. Desobediência. -- P Plano de contingência: Documento em que estão definidas as responsabilidades estabelecidas em uma organização, para atender a uma emergência. Também contêm informações detalhadas sobre as características da área ou sistemas envolvidos. -- R Replicar: v. Repetir, reproduzir, multiplicar. Restritivo: adj. Que é capaz de limitar, restringir.

-- S Sadismo: s. m. Satisfação, prazer com a dor alheia. Status: s. m. Importância. Subsídios: s. m. Auxílios, benefícios. -- T Topografia: s. f. Configuração do relevo de um terreno com a posição de seus acidentes naturais ou artificiais. Tolher: v. Atrapalhar, inibir, impedir. Transcurso: s. m. Espaço de tempo. -- V Verídico: adj. Verdadeiro, autêntico. Vexatórias: adj. Que causam vexame, constrangimento. Voil: É um tecido produzido com fios altamente torcidos e com baixa densidade, re-

sultando numa aparência fluida, leve e transparente. Revisado por Karine Vieira Pereira õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra Transcrição: Fernanda Hélen Souza de Figueiredo Revisão Braille: João Batista Alvarenga e Chyene C. Alvarenga