Revista Brasileira para Cegos Ano LXXII, n.o 535, Outubro/Dezembro de 2014 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Informação e Cultura Editada na Divisão de Pesquisa, Documentação e Informação Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-240 Tel.: (55) (21) 3478-4458 E-mail: ~,rbc@ibc.gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.~ gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito

¨ I Diretora-Geral do IBC Maria Odete Santos Duarte Comissão Editorial Ana Paula Pacheco da Silva Daniele de Souza Pereira João Batista Alvarenga Leonardo Raja Gabaglia Revisão Victor Luiz da Silveira Colaboração Eduarda Bayma Milfont Marlene Maria da Cunha Transcrição conforme as Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braille, MEC/SEESP, 2006.

Distribuição gratuita consoante a Portaria Ministerial n.o 504, 17 de Setembro de 1949. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ ?itemid=381~,

¨ III Sumário Editorial :::::::::::::: 1 Das vantagens de ser bobo :::::::::::::::::: 3 As abelhas estão desaparecendo. E isso é preocupante ::::::::: 8 História das Copas :::: 19 Pensamentos :::::::::::: 54 No Mundo das Artes João Ubaldo Ribeiro :::::::::::::: 55 Rubem Alves ::::::::::: 58 Ariano Suassuna ::::::: 61 Centenário de Lupicínio Rodrigues :::::::::::: 67 Maravilhas do Mundo Arquipélago dos Abrolhos ::::::::::::: 70 Memória Antonio dos Santos: Mãos à Obra pelo IBC ::::::::::::::::: 80 Direito de Todos :::::: 86 Acessibilidade e Inclusão ::::::::::::: 102 Nossa Casa :::::::::::: 105 Vida e Saúde :::::::::: 106 Culinária :::::::::::::: 116 Espaço do Leitor :::::: 121 Vocabulário :::::::::::: 122 Editorial Vem chegando 2015 e com ele novos objetivos para *RBC* e *Pontinhos*. Os economistas preveem um ano difícil; prosseguiremos trabalhando firmes, otimizando recursos para manter o que alcançamos até aqui. Nossa equipe está se reformulando. Alguns saem para se dedicar a outras tarefas; a eles o nosso mais sincero agradecimento pelas contribuições dadas. Outros chegam; a estes damos boas vindas, e mãos à obra! Continuaremos oferecendo um Braille de qualidade, seja na impressão, como também na distribuição dele pela página, para uma fácil e rápida localização de títulos, subtítulos, parágrafos ou itens. Um bom conteúdo logicamente faz parte de nossas preocupações. Buscamos assuntos atuais, textos com linguagem simples e objetiva para que vocês leitores tenham prazer de ler. Temos a felicidade de comunicar que no número 351 da Pontinhos, o atual, estamos estreando a coluna “Leio, Logo Escrevo”. Ela inicialmente será composta de textos dos alunos do Instituto Benjamin Constant, por ser uma parceria entre o Departamento de Educação e a Coordenação destas revistas, com o objetivo de incentivar a leitura da garotada. Porém, vocês leitores também poderão nos enviar seus textos via e-mail, em Braille ou no sistema convencional, como já foi divulgado anteriormente. Os textos serão selecionados e poderão ser publicados no “Espaço do Leitor”. Encaminharemos à nova Direção-Geral, recém-eleita, a necessidade de as revistas circularem em menor período de tempo. Este é um anseio não somente de vocês leitores, mas também nosso. Aproveitamos para desejar um 2015 muito feliz. Esperamos que os desejos se transformem, pela ação, em sonhos concretizados e que consigamos desenvolver a sabedoria que existe guardada dentro de cada um de nós. Boa leitura! A Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Das vantagens de ser bobo O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando." Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia. O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas. O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes o bobo é um Dostoiévski. Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era a de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar e, portanto, estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu. Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a frase célebre: "Até tu, Brutus?" Bobo não reclama. Em compensação, como exclama! Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz. O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás, não se importam que saibam que eles sabem. Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita o ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas! Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo. (Do livro "A descoberta do mundo", de Clarice Lispector -- Editora Rocco LTDA., 1999) õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

As abelhas estão desaparecendo. E isso é preocupante Nos últimos anos, a quantidade de abelhas tem diminuído no mundo. Pragas e uso de pesticidas estão entre as principais causas desse fenômeno, que já afeta o Brasil Dois terços dos alimentos que nós ingerimos são cultivados com a ajuda das abelhas. Na busca de pólen, sua refeição, esses insetos polinizam plantações de frutas, legumes e grãos. Em tempos em que a escassez mundial de comida é pauta das autoridades no assunto -- como a recomendação da ONU para consumir mais insetos -- a perspectiva de ficar sem a ajuda desses seres no abastecimento alimentar seria alarmante. E é o que está acontecendo. Em 2006, apicultores nos Estados Unidos começaram a notar que suas colônias de abelhas estavam desaparecendo. Cientistas investigaram e comprovaram o fenômeno, que foi batizado de *colony collapse disorder* (síndrome do colapso da colônia, CCD). Sete anos depois, o sumiço continua: no inverno de 2012 para 2013, dado mais recente, 31% das abelhas americanas deixaram de existir. O fenômeno se repetiu na Europa, onde, segundo um levantamento do *Coloss*, rede de cientistas de mais de 60 países que estuda o sumiço das abelhas, algumas regiões perderam até 53% de suas colônias nos últimos anos. Japão, China e o Brasil também reportaram problemas -- apicultores de Santa Catarina relataram que um terço das 300.000 abelhas do estado bateu asas em 2012. A escassez de polinizadores já afeta alguns cultivos. Em 2013, a queda na produção elevou o preço das amêndoas nos Estados Unidos em 43% em relação ao ano anterior, segundo informações do jornal *The Telegraph*. Pelo mesmo motivo, o quilo da oleaginosa na Espanha, outro produtor, chegou a quase 8 euros -- o mais alto desde 2005. Na França, as vítimas foram as cerejas, que passaram a ser cultivadas na Austrália, menos afetada pela falta de abelhas. No Brasil, segundo especialistas, a redução de insetos afetou a plantação de maçãs, embora as perdas não tenham sido quantificadas. "Se o problema continuar, o modelo atual de fazendas vai se tornar insustentável. O custo de produção vai subir para o produtor e para o consumidor final, de modo que diversos fazendeiros podem acabar deixando a atividade", afirma o físico brasileiro Paulo de Souza, estudioso do tema na Organização Nacional de Pesquisa Científica e Industrial da Austrália. Pesticidas -- A causa do sumiço é um mistério que intriga os pesquisadores, a começar pelo fato de os corpos dos insetos não serem encontrados nas colmeias ou arredores. Os animais desaparecem sem deixar rastros, e os especialistas acreditam que o motivo seja uma espécie de curto-circuito no sistema de localização das abelhas, fazendo com que elas se percam. A diversidade de espécies e as peculiaridades de cada país dificultam a investigação sobre o extermínio. Dentre os principais motivos apontados está o uso de pesticidas, especialmente os neonicotinoides, uma das classes mais utilizadas por agricultores. "Os neonicotinoides têm uma segurança grande com relação aos mamíferos, principalmente o homem, por isso são bastante utilizados. O problema é que eles afetam não apenas os insetos que são considerados pragas, mas os polinizadores também", explica Aroni Sattler, professor de agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, cujo trabalho envolve ajudar apicultores a descobrir a causa da perda de suas abelhas. As suspeitas levaram a União Europeia a banir os neonicotinoides por um período de dois anos, iniciado em julho de 2013, apesar dos protestos de produtores agrícolas e das multinacionais químicas e agroalimentícias. Nesse intervalo, será avaliado o impacto da proibição na agricultura e nas abelhas, para se decidir se a regra será mantida por mais tempo. "A medida é radical, mas necessária", diz Paulo de Souza. "Foi uma medida de precaução, mesmo critério adotado na criação do Protocolo de Kyoto.” Souza lidera uma pesquisa responsável por instalar sensores em 5.000 abelhas para monitorar sua localização em tempo real e estudar as causas do extermínio. "As pesquisas nos mostram os fatores [que causam as mortes de abelhas] com alguma segurança, mas não sabemos ainda qual é o peso de cada um deles, nem como eles se combinam", diz. Pragas -- Além dos pesticidas, vírus, fungos, bactérias e outros parasitas são apontados como vilões. O principal é o ácaro *Varroa destructor*, que se agarra às abelhas, suga sua hemolinfa (o “sangue” dos insetos) e pode transmitir vírus aos animais. Outras causas -- A monocultura e o manejo inadequado das colmeias por parte dos criadores também atrapalham os insetos. Uma área de plantação extensa com apenas um tipo de planta, como a soja ou o girassol, faz com que as abelhas colocadas para trabalhar naquela região se alimentem de um tipo de pólen exclusivamente. A restrição causa má-nutrição, uma vez que o pólen de cada planta possui uma composição diferente de proteína. "A abelha evoluiu com as plantas que se reproduzem por meio de flores, uma dependendo da outra, enquanto a monocultura é mais recente", explica Sattler. Em busca de aumentar a produtividade, algumas práticas de manejo das colmeias estressam os animais, o que pode reduzir seu tempo de vida. De acordo com Paulo de Souza, criadores colocam uma espécie de "tapete grudento" na entrada da colmeia, que retém todo o pólen que a abelha recolheu durante seu voo, obrigando-a a sair novamente em busca de alimento. Além disso, suspeita-se que a poluição do ar e até mesmo sinais de torres de celular poderiam influenciar o sistema de orientação desses insetos. Essas teorias ainda não foram comprovadas. Enquanto o sumiço das abelhas não é desvendado, a ciência falha em encontrar formas de substituí-las. A solução mais próxima é colocar o próprio homem para fazer o trabalho. "Em regiões da China onde a população de abelhas foi reduzida drasticamente, fazendeiros de maçã precisam de empregados para fazer a polinização manual", afirma Rodolfo Jaffe, pós-doutorando do laboratório de abelhas da USP. A tarefa é realizada com auxílio de envelopes de pólen e um tipo de vareta com a qual os trabalhadores tocam as flores. Mas o processo é mais demorado e caro do que o das abelhas e menos eficiente. Problema nacional -- No Brasil, apicultores de diversos estados têm relatado perdas substanciais -- e muitas vezes inexplicáveis -- em suas colmeias. Além de Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul estão entre os afetados. "Por enquanto, parece que temos casos mais isolados e em menor escala do que nos Estados Unidos e na Europa", afirma David De Jong, professor de genética da USP de Ribeirão Preto. Americano, ele veio para o Brasil na década de 1980 para estudar o ácaro *Varroa* -- recém-descoberto na época. Uma das razões é que as abelhas daqui são diferentes das mais comuns da Europa e dos Estados Unidos. A espécie brasileira é chamada de africanizada, porque sofreu cruzamento, há mais de cinco décadas. O resultado são insetos mais resistentes a doenças e capazes de se reproduzir mais rapidamente -- com desvantagem de serem mais agressivos. "A abelha africanizada se adapta muito bem ao ambiente, exceto o frio excessivo. Por essa razão, ela não é utilizada na Europa", explica Aroni Sattler. Para Lionel Gonçalves, professor aposentado da USP de Ribeirão Preto, o Brasil sofre com um uso indiscriminado de agrotóxicos, e não tem uma legislação de restrição efetiva. Lionel é um dos idealizadores do projeto *Bee or not to be* (abelhas ou não ser, em tradução livre, fazendo um trocadilho com a frase de Shakespeare), uma campanha de proteção das abelhas, lançada em 2013. O objetivo é alertar a população e buscar apoio para proteção dos insetos no Brasil e no mundo. A campanha recolheu assinaturas para uma petição, sendo entregue ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Meio Ambiente em novembro de 2014, exigindo ações efetivas no combate ao CCD. Algumas medidas simples trariam grandes benefícios. "Os produtores poderiam aplicar os pesticidas na temporada certa, não durante as floradas, e com cuidado, apenas sobre o cultivo. Usá-los no fim do dia, quando as abelhas já estão em casa, também reduziria os danos", diz Sattler. Fonte: SANTOS, Juliana. As abelhas estão desaparecendo. E isso é preocupante. ~,veja.abril.com.br÷~ noticia÷ciencia÷as-abelhas-~ estao-desaparecendo-e-por-~ que-devemos-nos-preocupar~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo História das Copas 1986 -- Maradona comanda a Argentina A Copa do Mundo de 1986 foi responsável por alçar mais um jogador ao Olimpo do futebol. Até aquele ano, o argentino Diego Armando Maradona era apenas um excelente meia, habilidoso como raros, mas com histórico de indisciplina e polêmicas. Depois daquele mês de junho no México, no entanto, Dieguito virou um mito. Para todos, um gênio com a perna esquerda; para muitos, comparável até mesmo a Pelé; para os argentinos, um semideus. Como a Colômbia desistiu de organizar o Mundial, por problemas financeiros, coube ao México a honra de ser o primeiro país a receber uma Copa do Mundo da FIFA pela segunda vez. Um terremoto em setembro de 1985 quase pôs tudo a perder, mas a tragédia fez o povo mexicano se unir e aproveitar a Copa para celebrar a reconstrução do país. A Copa do Mundo de 1986 teve um novo formato, com o fim da segunda fase de grupos dando lugar a uma série de jogos eliminatórios, que começavam nas oitavas de final. Assim, os quatro melhores terceiros colocados de cada grupo também seguiram em frente. A Argentina não era a principal favorita. A França, por exemplo, tinha Michel Platini já consagrado mundialmente. A Inglaterra contava com seu melhor time em muito tempo, incluindo Gary Lineker, que, com seis gols marcados, tornou-se o artilheiro da Copa. Traumatizado pela derrota em 1982, o Brasil ainda tinha Zico, Sócrates, Júnior e Falcão, o mesmo técnico Telê Santana, e uma vontade de corrigir uma injustiça histórica. A Itália era a campeã do mundo e a Alemanha Ocidental, treinada por Beckenbauer, tinha Lothar Matthaus como um sucessor para o lendário líbero. Ainda houve espaço para sensações como a Dinamarca de Michael Laudrup. Os nórdicos venceram três partidas na primeira fase, encantaram com seu futebol ofensivo, golearam o bicampeão Uruguai por 6 a 1 e acabaram chamados de “Dinamáquina”. Um belo cartão de visitas para a seleção que, ao lado de Canadá e Iraque, estreava em Copas. A União Soviética, a Espanha de Emilio Butragueño e a Bélgica também mostraram muita força, mas acabaram ficando pelo caminho, assim como o surpreendente Marrocos, que foi o primeiro país africano a superar a primeira fase do Mundial ao vencer o seu grupo graças a uma vitória de 3 a 1 sobre Portugal. Os marroquinos, no entanto, acabaram eliminados em seguida pela Alemanha Ocidental. Mas ninguém foi páreo para o camisa dez argentino. Maradona marcou cinco gols, criou a jogada de outros cinco dos 14 convertidos pela Argentina, fez aquele que é considerado o mais bonito da história das Copas e ainda protagonizou o lance irregular mais famoso de todos os tempos. Na primeira fase, os argentinos somaram duas vitórias, sobre Bulgária e Coreia do Sul, e um empate diante da Itália; nas oitavas de final, 1 a 0 sobre o rival e vizinho Uruguai. O brilho de Maradona se intensificou nas quartas de final. O adversário era a Inglaterra. Seria a primeira vez que os dois países se enfrentariam desde a Guerra das Malvinas. Os argentinos abriram o placar com uma trapaça de Dieguito. Ele deu um toque de mão na bola para encobrir o goleiro Peter Shilton. O árbitro validou o gol, e, depois, Maradona batizaria o lance como “A mão de Deus”. Mas o segundo gol do camisa 10 no jogo contra os ingleses seria ainda mais antológico. Maradona recebeu a bola em seu campo de defesa, de costas para o ataque. Com um giro, deixou para trás o primeiro marcador e partiu em um arranque memorável, driblando cinco jogadores ingleses, inclusive o próprio Shilton, antes de empurrar para as redes. Lineker ainda conseguiu diminuir, mas os argentinos avançaram para a semifinal e o jornal francês *L'Équipe* saiu-se com aquela que, talvez, seja a melhor definição do eterno ídolo: "Metade anjo, metade demônio". Maradona fez mais dois gols memoráveis na vitória da Argentina sobre a Bélgica nas semifinais, calando o goleiro Jean-Marie Pfaff, que o havia menosprezado antes do jogo. Na final, também estavam os alemães, que, assim como em 1982, eliminaram a França de Michel Platini nas semifinais. Na decisão, o técnico alemão Franz Beckenbauer colocou Lothar Matthaus para marcar Maradona de perto. Quem abriu o marcador foi o zagueiro argentino José Luis Brown, que jogou boa parte da partida com a mão machucada. Jorge Valdano aumentou a vantagem. Os alemães, no entanto, mostraram, mais uma vez, sua incrível capacidade de reação, e empataram com gols de Karl-Heinz Rummenigge e Rudi Voller. Mas nem mesmo Matthaus conseguiu segurar Maradona. Aos 38 minutos do segundo tempo, Dieguito fez um lançamento primoroso para Jorge Burruchaga marcar o terceiro da Argentina e garantir o bicampeonato mundial.

Brasil: problemas do começo ao fim Depois de encantar o planeta em 1982, mas sair frustrado da Copa na Espanha, o Brasil tinha esperança de uma volta por cima, já que ainda contava com craques como Zico e Sócrates. Mas foram muitos os problemas acumulados durante a preparação. O técnico Telê Santana, que assumiu o time pouco antes da Copa, no lugar de Evaristo de Macedo, cortou o atacante Renato Gaúcho e viu o lateral-esquerdo Leandro desistir do Mundial em solidariedade ao amigo. Machucado, Zico teve de se esforçar muito no tratamento para ter mínimas condições de entrar em campo. Para piorar, Falcão também lutava contra uma lesão. O resultado de tudo isso foram vitórias magras sobre a Espanha e a Argélia na primeira fase. No terceiro jogo, contra a Irlanda do Norte, Telê escalou o lateral Josimar no lugar do contundido Édson. O Brasil cresceu e fez 3 a 0, com um gol de Josimar e dois de Careca. Nas oitavas de final, a Polônia não ofereceu dificuldades. Josimar marcou novamente, assim como Careca, e a seleção brasileira aplicou um sonoro 4 a 0. Mas a alegria durou pouco. Nas quartas de final, o adversário era a França, campeã europeia e que contava com Michel Platini. Mesmo assim, o Brasil saiu na frente com Careca. O próprio Platini empatou ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, Zico teve a bola do jogo nos pés. O meia do Flamengo preparou-se para cobrar um pênalti sofrido por Branco, mas bateu mal e viu o goleiro francês Joel Bats defender. A partida foi para a prorrogação, mas continuou empatada. E veio a decisão nos pênaltis. Dessa vez, Zico converteu. Sócrates e Júlio César, no entanto, perderam suas cobranças e viram a talentosa geração dos anos 80 se despedir melancolicamente. 1990 -- Poucos gols, muita emoção Quando a Copa do Mundo voltou a ser disputada na Itália, em 1990, 56 anos depois do primeiro título da Azzurra, muitas mudanças haviam ocorrido no país e também no mundo. Se, em 1934, ganhar o título sob os olhos do ditador Benito Mussolini era praticamente uma questão de vida ou morte, na 14ª edição do torneio os italianos entraram como favoritos, organizaram a competição em 12 sedes, reformaram dez estádios, construíram duas arenas gigantescas em Turim e Bari e se prepararam, com a força da eufórica torcida, para se tornarem os primeiros tetracampeões da história. Mas a missão se revelaria complicada. Todas as seleções que já haviam sido campeãs mundiais até então se classificaram para o torneio: Brasil, Uruguai, Argentina, Alemanha Ocidental e Inglaterra, além da própria Itália. O Uruguai era apenas uma sombra da Celeste Olímpica. Sobre o Brasil pairava a dúvida: como o time de Sebastião Lazaroni iria reagir em sua primeira Copa do Mundo sem a brilhante geração de Zico, Falcão e Sócrates? A Argentina contava com o gênio Maradona; a Inglaterra tinha não apenas Gary Lineker, artilheiro em 1986, mas também o endiabrado Paul Gascoigne; e a Alemanha vinha com Franz Beckenbauer como técnico e Lothar Matthaus, Jürgen Klinsmann e Andreas Brehme como destaques. Mesmo com tantas atrações, a Copa de 1990 teve a menor média de gols da história: apenas 2,21 por partida. O torneio acabou consagrando um estilo de jogo mais sisudo, de muita marcação e pouca ousadia. O time que mais destoou dessa regra foi uma surpresa: Camarões. Liderados pelo carismático Roger Milla, os contagiantes camaroneses começaram a fazer história com uma vitória sobre a Argentina, logo na estreia, por 1 a 0. Depois, venceram a Romênia, se classificaram em primeiro do grupo e ainda bateram a Colômbia nas oitavas de final. Primeira seleção da África a chegar às quartas de final, Camarões só deu adeus ao sonho diante da Inglaterra, na prorrogação. Os ingleses chegaram pela primeira vez à semifinal desde 1966 e, depois disso, nunca mais conseguiram ir tão longe. Mas em 1990, as chances de garantir o sonhado bicampeonato eram reais. O bom time britânico contava com jogadores como Gary Lineker, David Platt, Ian Wright e o veterano goleiro Peter Shilton, além, claro, de Paul Gascoigne. Polêmico e irascível, o atacante se transformou no ícone da decepção inglesa. Na semifinal contra a Alemanha, Gascoigne tomou um cartão amarelo que, automaticamente, deixava-o fora da final, se a Inglaterra avançasse. Ciente disso, Paul começou a chorar copiosamente em campo. Uma das imagens mais marcantes do torneio foi a do atacante Lineker avisando ao banco inglês que o companheiro estava visivelmente abalado. Coincidência ou não, o time inglês acabou eliminado nos pênaltis. Na outra semifinal, mais emoção. A Itália, dona da casa, enfrentaria a Argentina justamente em Nápoles, terra que idolatrava Diego Maradona. Dieguito havia levado o time do Napoli a patamares nunca sonhados por sua fanática torcida. Sempre controverso, o camisa 10 convocou os napolitanos a torcerem pela Argentina, alegando que o Sul da Itália era historicamente desprezado pelo Norte. O apelo de Maradona chegou a dividir os italianos, que viram os argentinos vencerem nos pênaltis e se garantirem na final. A grande decisão, em Roma, colocou frente a frente os mesmos times que, quatro anos antes, haviam disputado o troféu. O vencedor se igualaria ao Brasil e à Itália, com três conquistas mundiais. A Argentina apostava em Maradona, que, praticamente sozinho, havia garantido o bi em 1986. Mas a Alemanha queria vingança. E ela veio dos pés de Andreas Brehme. De pênalti, ele marcou o único gol do jogo. O capitão Lothar Matthaus ergueu a taça e entrou para a história como o líder e principal pensador daquele time. De quebra, Franz Beckenbauer se igualou a Zagallo como únicos homens a conquistar a Copa do Mundo como jogador e também como técnico. Era Dunga Campeão da Copa América em 1989, o Brasil tinha bons jogadores em seu elenco -- para citar apenas alguns: Romário, Bebeto, Careca, Renato Gaúcho, Mozer, Aldair, Ricardo Gomes, Mauro Galvão e Taffarel. Mesmo assim, o time do técnico Sebastião Lazaroni não inspirava confiança na torcida. O treinador optou pelo esquema tático 3-5-2 e, pela primeira vez na história, a Seleção Brasileira jogava de maneira tão defensiva. O resultado foi um futebol apático. O Brasil suou para se classificar na primeira fase. Embora tenha conseguido três vitórias, foram todas no sufoco: 2 a 1 na Suécia, 1 a 0 na Costa Rica e 1 a 0 na Escócia. Nas oitavas de final, houve o confronto com a Argentina, que tinha dado vexame na etapa de grupos, perdendo inclusive para Camarões, mas que contava com Maradona. E foi justamente dos pés do camisa 10 argentino que surgiu a jogada fatal. O Brasil dominou a partida e criou chances de gol. Porém, quando faltavam 10 minutos para o fim do tempo regulamentar, Maradona arrancou com a bola, passou pelos marcadores brasileiros e achou Claudio Caniggia livre na esquerda. Cara a cara com Taffarel, o atacante não desperdiçou. O Brasil ainda tentou empatar na base do desespero, mas a derrota precoce marcou não apenas a pior campanha da Seleção desde 1966, mas toda uma geração. Aqueles dias de futebol atípico, focado na marcação, ficariam conhecidos como “Era Dunga”, em referência ao aguerrido volante gaúcho, que, mais tarde, teria sua redenção.

1994 -- A redenção de Dunga e ascensão de Romário Terra do basquete, do *beisebol* e do futebol jogado com as mãos, os Estados Unidos se renderam ao *soccer*, como eles chamam o esporte mais popular do planeta, para receber a 15ª edição da Copa do Mundo da FIFA. As dúvidas sobre o envolvimento da população logo se dissiparam: o Mundial de 1994 teve o maior público da história do evento, 3.587.538 espectadores, e foi marcado por outros números igualmente impressionantes, incluindo o tetracampeonato do Brasil. Os americanos viram de perto nada menos que 141 gols, melhor marca desde 1982. Durante as eliminatórias, 147 seleções disputaram 24 vagas. Além disso, o camaronês Roger Milla tratou de deixar outro recorde para a posteridade: ele se tornou o atleta mais velho a marcar um gol em Copas do Mundo. Milla tinha 42 anos, um mês e oito dias quando anotou o gol de honra de Camarões na derrota por 6 a 1 para a Rússia. O mesmo jogo também estabeleceu outro marco em Mundiais: o russo Oleg Salenko fez incríveis cinco gols em uma só partida. A Copa de 1994 também ficou marcada na lembrança dos torcedores por causa de dois episódios. O primeiro foi o *doping* do argentino Diego Maradona. Ele foi flagrado no exame antidoping, que detectou efedrina, droga usada para emagrecer e também um poderoso estimulante. Chamado às pressas para a repescagem das eliminatórias, contra a Austrália, Maradona conseguiu entrar em forma rapidamente, perdendo 13 quilos. Na Copa do Mundo, marcou um gol contra a Grécia e depois liderou os argentinos na virada sobre a Nigéria. Mas, com o *doping*, foi eliminado do torneio, mesmo jurando inocência. E a Argentina deu adeus ao perder para a excelente Romênia de Gheorghe Hagi. O segundo episódio que ficou atrelado negativamente ao Mundial foi a morte do zagueiro colombiano Andrés Escobar. O jogador fez um gol contra no jogo diante dos Estados Unidos, ainda na primeira fase da Copa de 1994. A infelicidade resultou na derrota dos colombianos, por 2 a 1, e na eliminação precoce da seleção sul-americana. Depois de voltar para casa, Escobar foi assassinado em frente a uma discoteca na cidade de Medellín. Embora nunca tenha sido completamente esclarecido, o crime teria sido encomendado por apostadores colombianos que perderam muito dinheiro com o resultado do jogo. Zebras em campo Antes mesmo de a bola rolar nos campos dos Estados Unidos, algumas tradicionais seleções do futebol mundial já estavam fora da festa. Campeã da Eurocopa de 1992, a Dinamarca sequer passou das eliminatórias, assim como a Inglaterra e a França. Na fase de grupos do Mundial, mais zebras. A Colômbia, que contava com aquela que é considerada a melhor geração de jogadores da história do país sul-americano -- Higuita, Valderrama, Aristizabal, Rincon e Asprilla, por exemplo --, foi eliminada logo na primeira fase, com derrotas para Romênia e Estados Unidos. A Arábia Saudita, por sua vez, conseguiu a proeza de se classificar para a segunda fase da competição. Depois de vencer o Marrocos, por 2 a 1, os árabes conseguiram um triunfo histórico sobre a Bélgica. O atacante Saeed Owairan virou herói depois de sair driblando vários jogadores e marcar um dos gols mais bonitos das Copas. O sonho árabe só acabou nas oitavas de final, com uma derrota por 3 a 1 para a Suécia. Pela primeira vez, a vitória valia três pontos. A Itália passou sufoco para conseguir se classificar. Logo na estreia, derrota por 1 a 0 para a Irlanda. Depois, uma vitória magra sobre a Noruega e um empate diante do México. A vaga só veio porque os italianos foram um dos quatro melhores terceiros colocados. Mas a Azzurra tinha Roberto Baggio. E foi ele o salvador da pátria nas oitavas de final, diante da Nigéria. Ele fez dois gols, um deles na prorrogação. Nas quartas de final, contra a Espanha, mais um gol do meia. A Itália teve pela frente a Bulgária na semifinal. Os búlgaros tinham Hristo Stoichkov. No auge da carreira, ele se tornou artilheiro da Copa de 1994, ao lado do russo Salenko, com seis gols. Um deles foi justamente contra a Itália. Mas Roberto Baggio marcou mais dois gols e levou os italianos para a final. Rumo ao tetra O Brasil chegou aos EUA sob desconfiança. A classificação durante as eliminatórias veio no sufoco. O técnico Carlos Alberto Parreira foi obrigado a se render ao apelo popular e convocar Romário para o último jogo das eliminatórias, contra o Uruguai. Resultado: 2 a 0 com *show* do Baixinho. Depois ele provaria, definitivamente, que o povo estava certo. O time montado por Parreira era considerado defensivo e muito cerebral. Jogadores como Mauro Silva e Mazinho foram muito criticados, sem falar em Dunga. O volante era lembrado como o grande ícone do fracasso brasileiro na Copa de 1990, que ficou conhecido como a “Era Dunga”. Mas ele voltou em 1994. Na primeira fase, o Brasil não teve muita dificuldade, apesar de o até então capitão Raí (considerado o craque do time) ter mostrado tão pouco futebol que acabou no banco de reservas. A braçadeira passou para Dunga. Nas oitavas de final, um confronto com os donos da casa. O favoritismo era brasileiro, mas o jogo foi duríssimo e a classificação só veio a 20 minutos do fim do jogo, com um gol de Bebeto. Nas quartas de final, a partida mais emocionante. Os brasileiros tiveram de enfrentar a Holanda de Bergkamp, Rijkaard e Overmars. No começo do segundo tempo, a Seleção abriu 2 a 0, com direito à famosa comemoração de Bebeto, que fingiu embalar um bebê em homenagem ao nascimento de seu filho. Mas os holandeses, com Dennis Bergkamp e Aron Winter, buscaram o empate. Foi então que o lateral Branco, também muito criticado, cavou uma falta na intermediária, pegou a bola e se preparou para a cobrança. Com o chutaço, a bola fez uma curva inimaginável, quase raspou as costas de Romário e ainda bateu no pé da trave antes de morrer nas redes: 3 a 2. Na semifinal, mais sufoco, dessa vez contra a Suécia. O placar permaneceu inalterado até os 35 minutos do segundo tempo. Quando a prorrogação parecia inevitável, Romário apareceu por trás dos grandalhões suecos para arrematar de cabeça. O gol colocou a Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo 24 anos depois do tricampeonato de 1970. E o adversário seria justamente a Itália, vice em 1970. De um lado, Romário de Souza Faria. Do outro, Roberto Baggio. Os brasileiros ainda estavam engasgados com os italianos por causa da “Tragédia do Sarriá”, em 1982. Os italianos, por sua vez, também buscavam o tetra e não esqueciam que a última final entre os dois países havia terminado em goleada tupiniquim. O jogo, muito estudado de ambos os lados, teve poucas chances de gol. E o 0 a 0 perdurou até o fim da prorrogação. Pela primeira vez na história, o título mundial seria decidido nas cobranças de pênaltis. A cobrança de Romário bateu na trave e entrou. O que ninguém esperava aconteceu quando Roberto Baggio se preparou para bater. Justamente o responsável por levar uma pouco brilhante Azzurra até a final, ele se tornou o vilão dos italianos ao mandar a bola para o espaço na cobrança que definiu o campeão. O Brasil voltava a reinar, se tornava o primeiro tetracampeão e via Dunga alcançar sua redenção ao levantar a taça. Mas a Copa era mesmo do baixinho Romário.

1998 -- França no topo, sob a batuta de Zidane A Copa do Mundo de 1998, na França, abriu mais oportunidades para o sonho de várias nações de disputar um Mundial. Em vez de 24 participantes, o torneio foi organizado com 32 equipes. Por isso, África do Sul, Japão e Jamaica conseguiram se classificar pela primeira vez na história. O regulamento dividiu os participantes em oito grupos, com quatro times em cada. Os dois melhores de cada chave passariam para as oitavas de final. O torneio também teve um momento histórico. Irã e Estados Unidos, que desde 1979 eram ferrenhos inimigos políticos, caíram no mesmo grupo. Nenhuma das seleções conseguiu se classificar para a segunda fase do torneio, mas os iranianos comemoram muito a vitória sobre os Estados Unidos. Americanos e iranianos deram exemplo de esportividade: posaram para fotos abraçados e trocaram gentilezas. No fim, o placar apontou 2 a 1 para o Irã. Mesmo com as mudanças, as zebras continuaram a aparecer. A Espanha, por exemplo, despediu-se de forma precoce depois de perder da Nigéria e empatar com o Paraguai. Mas foi a Croácia de Davor Suker que se tornou a maior surpresa da Copa. Separados da Iugoslávia, pela primeira vez os croatas jogavam como nação independente. E a seleção comandada pelo técnico Miroslav Blazevic mostrou muita força. Na primeira fase, vitórias sobre Jamaica e Japão, que garantiram o segundo lugar do grupo, atrás apenas da Argentina. Nas oitavas de final, os croatas despacharam a Romênia, com vitória por 1 a 0, gol de Suker. Mas foi nas quartas de final que a Croácia conseguiu o resultado mais impressionante. Diante da tricampeã Alemanha, os croatas não se intimidaram e venceram por incontestáveis 3 a 0. Na semifinal, no entanto, os croatas tiveram que encarar a anfitriã França. Suker ainda conseguiu abrir o placar, marcando seu sexto gol na competição e garantindo a artilharia, mas o francês Lilian Thuram escolheu justamente aquela partida para desencantar. Ele nunca havia marcado com a camisa da seleção francesa. E, logo na semifinal, fez dois de uma vez, para decretar a vitória dos franceses. Depois de verem a geração de Michel Platini ser eliminada duas vezes nas semifinais, os franceses viam a própria seleção com alguma desconfiança. Zinedine Zidane, que antes do Mundial chegou a dizer “eu vou ganhar essa Copa”, teve atuações apagadas até a final e chegou a pôr em risco a classificação na primeira fase ao pisar em um adversário, ser expulso e pegar dois jogos de suspensão. Mesmo assim, os franceses venceram os três primeiros jogos e avançaram em primeiro lugar do grupo. Nas oitavas de final, no entanto, o sufoco foi grande. Sem Zidane, a França teve de suar muito para superar a retranca do Paraguai, que contava com o polêmico goleiro Jose Chilavert e o excepcional zagueiro Carlos Gamarra. O gol da vitória só veio na prorrogação, graças ao zagueiro Laurent Blanc. Zidane voltou nas quartas de final, diante da Itália, e ajudou a França a vencer nos pênaltis. A semifinal, contra a Croácia, também foi emocionante: Thuram precisou marcar seus dois primeiros gols com a camisa da seleção francesa para que o time vencesse e avançasse à final. Contra o Brasil, campeão em 1994, Zidane finalmente mostrou seu futebol exuberante. Já no primeiro tempo, o camisa 10 marcou dois gols e abriu 2 a 0 no placar. Perdidos em campo, os brasileiros não tiveram forças para reagir e coube a Emmanuel Petit a tarefa de fechar o placar, antes do apito do árbitro marroquino Said Belqola, o primeiro africano a comandar uma decisão de Copa do Mundo da FIFA. A França era campeã pela primeira vez na história e a festa tomou conta de todo o país, com destaque para os cerca de um milhão de torcedores que lotaram a avenida Champs Élysées. Onde está Ronaldo? Como campeão da Copa de 1994, o Brasil nem precisou disputar as eliminatórias para o Mundial da França. A preparação teve de ser feita por meio de amistosos. Mesmo assim, a confiança era alta, já que a Seleção contava com Ronaldo, eleito pela FIFA nos dois anos anteriores o melhor jogador de futebol do mundo. Os problemas, no entanto, começaram antes mesmo da Copa. Romário, ídolo na campanha do tetra, foi cortado por contusão pelo técnico Zagallo pouco antes do Mundial. Na época, o Baixinho jurou que a lesão era leve, mas a comissão técnica mostrou-se irredutível. O atacante nunca se conformou. Sem Romário, o Brasil contava com Ronaldo, Bebeto e Rivaldo. Mas, na primeira fase, o melhor jogador do apático time foi o volante César Sampaio. Nas duas primeiras partidas, vitórias sobre Marrocos e Escócia. A derrota para a Noruega, no entanto, expôs os problemas do time, embora não tenha comprometido a vaga na segunda fase. Uma goleada fácil sobre o Chile nas oitavas de final voltou a animar a torcida. Nas quartas de final, Rivaldo brilhou e marcou dois gols na vitória por 3 a 2 sobre a Dinamarca. Na semifinal, diante da Holanda, a glória coube ao goleiro Taffarel. O jogo terminou empatado e a decisão foi para os pênaltis. O camisa 1, então, consagrou-se ao defender duas cobranças e colocar o Brasil em mais uma final. A decisão, no entanto, foi um verdadeiro balde de água fria para os torcedores brasileiros, que viram um time apático ser totalmente dominado pela França e perder por 3 a 0. Um episódio ocorrido antes do jogo e até hoje não esclarecido totalmente entraria de vez para as lendas das Copas do Mundo. O atacante Ronaldo sofreu uma convulsão horas antes da partida decisiva. A entrada de Edmundo no time titular chegou a ser anunciada pouco antes do jogo. Depois de ser avaliado por médicos, Ronaldo foi liberado para jogar e entrou em campo. Os companheiros do atacante, preocupados com a saúde do craque, teriam jogado sem foco. E o próprio Ronaldo mos-

trou-se irreconhecível em campo. Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ copa2014'gov.brÿpt-brÿ~ torcedorÿhistoria-das-~ copas~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Pensamentos “Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” Paulo Freire (1921-1997) “Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.” Platão (428-348 a.C) “Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes." Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) “A vontade de se preparar tem que ser maior do que a vontade de vencer. Vencer será consequência da boa preparação." Bernardinho (1959) “É preciso ser um realista para descobrir a realidade. É preciso ser um romântico para criá-la." Fernando Pessoa (1888-1935) õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo No Mundo das Artes João Ubaldo Ribeiro O escritor, acadêmico e jornalista João Ubaldo Ribeiro morreu aos 73 anos no dia 18/07/2014 João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro nasceu em 23 de janeiro de 1941, na Ilha de Itaparica, Bahia. Cresceu em Sergipe, onde o pai atuava como professor e político, e voltou a morar em Itaparica, por sete anos. Antes passou por outras cidades como Lisboa, Rio de Janeiro e Salvador. No início dos anos 1990, mudou-se para Berlim, na Alemanha, na volta fixou residência na capital carioca. Formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia, Ubaldo nunca exerceu a profissão. Atuou como professor, jornalista, editor e foi colunista de diversos jornais no Brasil e no exterior, como Alemanha, Inglaterra e Portugal. Lançou seu primeiro livro, *Setembro Não Tem Sentido*, em 1968. O segundo veio em 1971, o clássico *Sargento Getúlio*, considerado um marco do romance moderno brasileiro, que trata do universo nordestino, em especial dos sergipanos. Em seguida, lançou *Vila Real* (1979) e *Viva o Povo Brasileiro* (1984). O escritor era o 7º ocupante da cadeira número 34 da ABL. Ele foi eleito em 7 de outubro de 1993. Entre suas obras mais famosas está também *A Casa dos Budas Ditosos* (1999), que se tornou um sucesso no teatro em formato de monólogo com a atriz Fernanda Torres, na pele de uma senhora de 68 anos que narra, sem pudores, suas peripécias sexuais. O último romance de Ubaldo foi *O Albatroz Azul*, lançado pela editora Nova Fronteira em 2009. Ubaldo venceu em 2008 o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa. O escritor também já havia recebido dois prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1972 e 1984, respectivamente, de o Melhor Autor e Melhor Romance, por *Sargento Getúlio* e *Viva o Povo Brasileiro*. Fora do Brasil, foi laureado na Alemanha e na Suíça. Seus livros foram traduzidos em doze línguas, como o inglês, espanhol, finlandês, francês, hebraico e italiano. Fonte: ~,http:ÿÿveja.abril.~ com.brÿnoticiaÿ~ entretenimentoÿjoao-ubaldo~, :::::::::::::::::::::::: Rubem Alves Professor e teólogo, Rubem Alves tinha 80 anos e lançou mais de 120 livros, a maioria sobre religião e educação O escritor Rubem Alves morreu em 19 de julho de 2014, aos 80 anos. Além de escritor, Alves era educador, teólogo, psicanalista e professor. Lançou mais de 120 livros, a maioria sobre religião e educação, além de uma série de obras infantis. Nascido em 15 de setembro de 1933 em Boa Esperança, no sul de Minas Gerais, Alves estudou Teologia no Seminário Presbiteriano do Sul. Tornou-se pastor de uma comunidade presbiteriana no interior de Minas, mas afastou-se no fim da década de 1960, dedicando-se à carreira acadêmica. De 1969 a 1974, foi professor da Faculdade de Filosofia de Rio Claro, no interior paulista. Em seguida, ingressou no Instituto de Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde permaneceu até a aposentadoria, nos anos 1990. Recebeu o título de professor emérito da Unicamp e também o de cidadão honorário de Campinas, onde vivia. Na cidade, criou o Instituto Rubem Alves, associação sem fins econômicos voltada a programas educacionais. Alves também estudou Psicanálise, concluindo a graduação na década de 1980 e mantendo sua própria clínica até 2004. Na literatura, tinha entre seus autores favoritos Friedrich Nietzsche, T. S. Eliot, Guimarães Rosa, José Saramago, Fernando Pessoa, Adélia Prado e Manoel de Barros. Entre seus livros mais famosos estão "Protestantismo e Repressão", "Filhos do Amanhã" e "Da Esperança". Suas obras foram publicadas em idiomas como inglês, francês, italiano, espanhol, alemão e romeno. Em texto publicado em seu *site*, ele escreveu: "Já tive medo de morrer. Não tenho mais. Tenho tristeza. A vida é muito boa. Mas a morte é minha companheira. Sempre conversamos e aprendo com ela. Quem não se torna sábio ouvindo o que a morte tem a dizer está condenado a ser tolo a vida inteira." Fonte: ~,http:ÿÿ~ ultimosegundo.ig.com.~ brÿculturaÿlivrosÿ#bjad-~ 07-19ÿmorre-o-escritor-~ rubem-alves.html~, :::::::::::::::::::::::: Ariano Suassuna O escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, que morreu no dia 23/07/2014, em Recife, aos 87 anos, deixou um dos maiores legados da literatura brasileira. Ocupante da Cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em agosto de 1989, Suassuna foi um dos principais nomes da literatura brasileira do século XX. Nascido em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, em 16 de junho de 1927, era filho do político João Suassuna, que ocupou o governo da Paraíba e foi assassinado no Rio de Janeiro, em 1930. A família passou a viver em Taperoá, onde Suassuna começou a estudar e viu a primeira peça de mamulengos (fantoches típicos do nordeste brasileiro), que depois teria influência em sua produção teatral. Em 1942 o autor se mudou para Recife e aos 16 anos começou a escrever poesias. Aos 20 publicou a primeira peça, "Uma Mulher Vestida de Sol". Em 1950 formou-se advogado, profissão à qual se dedicou durante anos sem abandonar a literatura. Na faculdade conheceu o escritor Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1955 publicou "Auto da Compadecida", sua obra mais famosa, que em 2000 seria adaptada para uma minissérie e um filme de sucesso, estrelados por Matheus Nachtergaele e Selton Mello. Com projeção nacional, deixou a advocacia e viu suas peças serem montadas em outros Estados. Em 1959, de novo com Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste. Na década de 1970, lançou o Movimento Armorial, com o objetivo de criar arte erudita a partir de elementos da cultura popular, como literatura de cordel e música de viola. Seu livro "O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta", de 1971, é baseado nesses preceitos. Exerceu, entre outros cargos públicos, o de secretário de Cultura de Pernambuco durante o terceiro governo de Miguel Arraes (1995-1998). Atualmente, era assessor do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Em 2012, foi escolhido pelo Senado como "candidato oficial" do Brasil ao prêmio Nobel de Literatura -- que, depois, ficou para o chinês Mo Yan. Suassuna teve obras traduzidas para o inglês, francês, espanhol, alemão, italiano, holandês e polonês. Mas não para o sueco, língua dos eleitores do Nobel. Fã de futebol, o autor era torcedor fanático do Sport Club do Recife.

Veja as principais obras de Ariano Suassuna: 1947 -- Uma Mulher Vestida de Sol. 1949 -- Os Homens de Barro. 1950 -- Auto de João da Cruz. 1952 -- O Arco Desolado. 1953 -- O Castigo da Soberba. 1954 -- O Rico Avarento. 1955 -- Auto da Compadecida. 1957 -- O Casamento Suspeitoso. 1957 -- O Santo e a Porca. 1958 -- O homem da Vaca e o Poder da Fortuna. 1959 -- A Pena e a Lei. 1960 -- Farsa da Boa Preguiça. 1962 -- A Caseira e a Catarina. 1971 -- O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta. 1976 -- História d'O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao sol da Onça Caetana. 1980 -- Sonetos com Mote Alheio. 1985 -- Sonetos de Albano Cervonegro. 1987 -- As Conchambranças de Quaderna. Fontes: ~,http:ÿÿultimosegundo.~ ig.com.brÿculturaÿ~ livrosÿ2014-07-~ 23ÿmorre-o-escritor-~ ariano-suassuna-autor-de-~ auto-da-compadecida.html~, ~,www1.folha.uol.com.brÿ~ ilustradaÿ2014ÿ07ÿ~ 1489487-veja-as-~ principais-obras-de-ariano-~ suassuna.shtml~, :::::::::::::::::::::::: Centenário de Lupicínio Rodrigues Em 19 de setembro de 2014, o cantor e compositor Lupicínio Rodrigues celebraria cem anos de seu nascimento. Conhecido como o criador da música de dor de cotovelo e dono de sucessos como “Felicidade”, “Se Acaso Você Chegasse”, “Nervos de Aço”, “Volta”, “Esses Moços” e “Vingança”, ele ganhou homenagem com o lançamento da coletânea “Lupicínio Rodrigues -- 100 Anos” e com festas em sua cidade natal, Porto Alegre. A pesquisadora Maysa Chebabi reuniu canções do compositor na voz de Caetano Veloso, Elis Regina (1945-1982) e Maria Bethânia, entre outros 17 artistas. “Não fiquei preocupada com o volume. O acervo da gravadora concentra um grande time de intérpretes de Lupicínio, e selecionei as que achava imperdíveis", avalia Maysa. Além do novo álbum, a prefeitura de Porto Alegre decretou o Ano Cultural de Lupi, com diversas atrações que lembram sua música e suas histórias. “Ele ajudou a colocar o Rio Grande do Sul no mapa da música brasileira. Até então, gaúcho só era lembrado por músicas da região", conta Marcelo Campos, autor do livro “Almanaque do Lupi”, lançado em 16 de setembro de 2014. Direto ao ponto Os versos criados por Lupicínio Rodrigues falam sobre a dor de amor, na maioria das vezes, sentidas por ele mesmo. É o que afirma o escritor Mário Goulart, no livro “Lupicínio Rodrigues” (1984). A obra mostra a sua mistura da vida de casado com a boemia. Para Marcelo Campos, o principal fator de seu sucesso foi o jeito popular de falar sobre sentimentos. “Ele tinha a sensibilidade de ir direto ao ponto", diz. A cantora Elza Soares, que recentemente fez uma série de *shows* dedicados ao repertório de Lupicínio Rodrigues, é uma das vozes selecionadas na coletânea. “Lupicínio teve coragem de dizer que amava, que sofria. Ele escrevia sem preconceito em dizer que amar dói. Ele faz parte da história, a nova geração precisa conhecê-lo", diz Elza. Lupi também cantava, mas acabou sendo mais reconhecido pelas vozes de outros intérpretes. “Já disseram que ninguém cantava as músicas do Lupi como ele mesmo, de um jeito sussurrado, parecido com o que a bossa nova fez depois", diz Mário Goulart. O auge do sucesso do músico aconteceu entre os anos 1930 e 1940. “Nessa época, eram valorizados cantores de voz empostada", diz o autor Marcelo Campos. Fonte: ~,http:ÿÿwww.opovo.~ com.brÿappÿopovoÿvidaearteÿ~ 2014ÿ09ÿ16ÿnoticias~ jornalvidaearte,3315252ÿ~ coletanea-marca-centenario-~ de-lupicinio-rodrigues.~ shtml~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Maravilhas do Mundo Arquipélago dos Abrolhos Localizado no município de Caravelas, Sul da Bahia, o Arquipélago dos Abrolhos, começou a se formar entre 42 e 52 milhões de anos, quando erupções vulcânicas submarinas derramaram lava no fundo dos mares. Sobre esta base rochosa desenvolveram-se corais, algas calcárias e outros organismos que hoje formam o arquipélago. O fundo é formado por areia de origem biológica, com pedaços de conchas, corais etc. Há 16 mil anos, durante o auge da última grande era glacial, o nível do mar se encontrava 130 metros abaixo do atual. Acredita-se que parte da plataforma de Abrolhos tenha permanecido submersa durante este período, o que permitiu a sobrevivência dos corais. A região seria, assim, um dos "reservatórios" de corais do mundo, de onde teriam se irradiado para outros locais, quando as águas subiram novamente. Chapeirões Os recifes de coral estão entre os mais ricos ecossistemas existentes no mundo. A região dos Abrolhos possui a principal formação de corais do Atlântico Sul e entre suas principais atrações estão os chapeirões. São colunas de coral de até 20 metros de altura que se erguem abruptamente do fundo e se abrem em arcos perto da superfície, podendo chegar a 50 metros de diâmetro, como imensos cogumelos submarinos. As águas, sempre mornas e de coloração azul-turquesa, escondem estes verdadeiros condomínios, onde habita uma infinidade de seres marinhos. A principal espécie formadora dos chapeirões é o coral-cérebro, que só ocorre na Bahia. Mas, além desta, outras 15 espécies de corais formadores de recifes ocorrem nos Abrolhos. Nos recifes mais próximos da costa, os chapeirões ficam tão perto uns dos outros que acabam unindo-se, formando verdadeiras plataformas. Ecos do passado No século XVI, quando um navegador se aproximava de um pequeno arquipélago na costa sul da Bahia, recebia o aviso: "abra os olhos". Os inúmeros corais existentes na região dificultavam a navegação e eram responsáveis por frequentes acidentes e naufrágios. A advertência acabou batizando o arquipélago de Abrolhos, que se tornou o primeiro Parque Nacional Marinho da América do Sul. Das cinco ilhas que formam o arquipélago: Siriba, Redonda, Guarita, Sueste e Santa Bárbara, somente esta última fica fora do Parque e pertence à Marinha do Brasil. Devido aos vários acidentes, em 1861 foi instalado um farol na Ilha de Santa Bárbara, cuja estrutura é de ferro inglês, e as lentes e maquinário, franceses. Até algumas décadas atrás, o farol ainda funcionava movido a querosene. Hoje, sua iluminação é elétrica e tem um alcance de 32 milhas náuticas. Com sua instalação, os marinheiros ficaram mais aliviados, mas seus problemas não acabaram. Apesar de estar localizado fora das rotas de navegação, alguns cargueiros deixaram suas marcas no arquipélago. Um deles foi o Rosalina, que naufragou em 1939 no Parcel dos Abrolhos, levando a pique sua carga de cimento e cerveja escandinava. Hoje em dia, o navio é habitado por uma infinidade de seres marinhos e visitado constantemente por mergulhadores. Além do arquipélago, o Parque inclui dois grandes blocos de recifes de corais: o Parcel dos Abrolhos e o Recife das Timbebas. Este último foi incluído na área protegida pelo Ibama, por ser um dos bancos de recifes mais ricos da região. Sua diversidade, aliás, é o seu maior atrativo. O naturalista inglês Charles Darwin, em 1832, durante sua viagem "em busca da origem das espécies", passou por Abrolhos e ficou intrigado com o que viu: pela sua descrição, devem ter sido ctenóforos, parentes das águas-vivas, boiando, aos montes, nas águas quentes da região. Ambiente insular Ilhas são ecossistemas terrestres isolados do continente e cercados de água por todos os lados. Este fato as torna especiais, justamente devido ao seu isolamento: a biodiversidade varia conforme a área, a idade, a distância entre o continente e/ou ilhas vizinhas e a diversidade de hábitat da própria ilha e da fonte colonizadora (continente e/ou ilhas vizinhas). Cada ilha possui uma comunidade própria e única, adaptada e eficiente em seu ambiente, que está sujeita à competição, e à consequente extinção, toda vez que se quebra o isolamento que a protege. Assim, são ambientes propícios à especiação (aparecimento de novas espécies) e contam com grau acentuado de endemismos (espécies que só ocorrem naquele local). Em geral, os grupos de animais terrestres mais comuns em ilhas são os insetos, crustáceos, aranhas, aves e répteis. Praticamente não há mamíferos terrestres e anfíbios em ilhas oceânicas. Apesar de Abrolhos ser formado por ilhas costeiras localizadas sobre a plataforma continental, estas se comportam como ilhas oceânicas, pela distância em que estão da costa. Bichos e plantas A vegetação das ilhas restringe-se a umas poucas espécies de plantas baixas, na maioria gramíneas e ciperáceas. Existem também alguns coqueiros plantados. O solo pouco profundo e ausência de água doce são dois fatores limitantes para a ocorrência de vegetação de maior porte. A fauna terrestre também não é abundante, mas lagartos vivem muito bem por aqui. Juntamente com os primeiros cargueiros que aportaram no arquipélago, vieram os ratos e as aranhas-caranguejeiras, que acabaram se adaptando ao local. O arquipélago abriga ainda grande variedade de aves marinhas atraídas pela farta alimentação. O piloto (ou atobá) é a ave mais abundante e faz seus ninhos sobre o solo. Outras espécies são Benedito, o atobá-marrom, a elegante grazina com sua cauda comprida, a fragata e o trinta-réis-das-rocas. A tartaruga-cabeçuda procura suas praias para desovar. Debaixo da água, a vegetação é rica. As algas marinhas crescem sobre o fundo de areia, compondo, juntamente com as gorgôneas, o que se pode chamar de “pradarias submarinas”. Algas calcárias formam grande parte dos recifes em franja ao redor da Ilha de Santa Bárbara. As formações coralinas hospedam inúmeras espécies: peixes pequenos, grandes, listrados, achatados e coloridos. Barracudas, sargo-de-beiço, peixe-frade, guarajuba, pescada-gaiva, bicudas, peixe-papagaio, peixe-cirurgião, peixe-anjo, peixe-borboleta, cioba ou vermelho, moreia, baiacu-espinho, xaréus, jaguricá, balemas, piragicas, cereletis, cocorocas, cavalo-marinho e ricos bancos de camarões formam o vasto ecossistema marinho. Dos sargentinhos aos badejos-quadrados, dos cardumes de agulhinhas aos budiões-azuis, das estrelas às lulas, das esponjas aos caranguejos, a fauna marinha encanta os visitantes

pela diversidade de formas e cores. Fontes: ~,http:ÿÿwww.abrolhos.~ netÿabrolhosÿmergulho.htm~, ~,http:ÿÿbahia.com.brÿ~ cidadesÿabrolhos-~ caravelasÿ?submit=ir~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Memória Antonio dos Santos: Mãos à Obra pelo IBC Antonio dos Santos, nascido em 1925, brasileiro com cidadania portuguesa, pedagogo e professor, católico praticante, trabalhou durante 49 anos no Instituto Benjamin Constant (IBC). Neste período atuou como docente e como chefe da Seção de Disciplina e Assistência ao Educando, da Seção de Cursos, da Seção de Educação e Ensino, da Divisão Pedagógica e foi Diretor-Geral em três ocasiões, sendo a mais longa do final de 1972 a meados de 1977. As ações de Antonio no trabalho sempre evidenciaram sua preocupação de estar em sintonia com o que ocorria ao redor, às vezes até assumindo uma postura inovadora. Foi o que aconteceu quando, segundo comentava, mesmo sob muitas críticas, em 1960, integrou alunos de ambos os sexos nas turmas do então Curso Primário do IBC, o que só ocorria nas turmas do antigo Curso Ginasial. Outro exemplo foi quando em 1963, colaborou na criação do Setor de Orientação Educacional (SOE) do Instituto, pois percebeu a importância da existência deste serviço, do qual nenhuma escola, nos dias atuais, pode prescindir. A determinação em avançar estava clara também no planejamento e construção da piscina do IBC em 1973, que com características inglesas foi inaugurada conjuntamente por atletas mirins de clubes do Rio de Janeiro e pelos alunos da escola. No ano seguinte, a Instituição passou por uma restauração física em todo o prédio, destacando-se as instalações dos elevadores e das luzes fluorescentes, as quais facilitaram a vida escolar dos alunos de baixa visão. Antonio dos Santos vislumbrou o potencial da Informática para a vida dos alunos do IBC. Em 1974, formou uma turma e enviou-a para a cidade de São Paulo para fazer um curso de Informática. Dois anos depois já realizava o mesmo treinamento no IBC. Sua criatividade e espírito empreendedor estão visíveis até em casos curiosos de sua passagem pelo IBC. Em 13 de setembro de 1990, um aluno de 10 anos subiu no pilar onde fica o busto de Louis Braille e o derrubou. A peça modelada na França ficou totalmente destruída. Entristecido com o fato, mas movido por forte intuição, mesmo não possuindo conhecimentos de restauração, utilizou gesso, verniz e tinta preta, e com as próprias mãos, reconstruiu a obra. No dia 23 de outubro de 1990, o busto estava de volta ao local de exibição, para a satisfação de todos os frequentadores do Instituto. O professor mantinha em sua casa um vasto acervo sobre a história do IBC, resultado de anos de pesquisa, material que guardava com muito carinho. Esse seu interesse fez crescer a admiração que nutriam por ele colegas e ex-alunos que também amavam o Instituto. Diante da discussão popular sobre a inclusão dos alunos especiais à escola regular, Antonio deixava bem claro que não era uma boa opção. Ele pensava que os alunos com necessidades educacionais especiais precisavam de acompanhamento especializado e defendia a ideia de integrá-los apenas em algumas situações. Por sua competência, dedicação e conquistas em prol do Instituto Benjamin Constant, apresentamos com orgulho o perfil de Antonio dos Santos. Escrito por Daniela Valente Gonçalves e Leonardo Raja Gabaglia Fonte: *Revista Benjamin Constant* -- edição n.o 26 -- dezembro 2003. Nota da Comissão Editorial Em 1964, Antonio dos Santos foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Professores Cegos e Amblíopes, na qual sempre permaneceu colaborando. Já com a saúde abalada, o nosso homenageado faleceu em 3 de junho de 2014. Sua dedicação e amor ao Instituto, o bom trato para com os alunos, colegas e demais funcionários fizeram parte de sua vida cotidiana. Com isso, influenciou a muitos como se encaminharem na vida, e a outros mais diretamente, preocupando-se em prepará-los, buscando sua qualificação para o mercado de trabalho. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Direitos de Todos Aposentadoria Especial ao segurado com deficiência: saiba quem pode requerer O cidadão precisa ter contribuído para a Previdência Social por pelo menos 180 meses, ter deficiência há pelo menos dois anos e estar trabalhando para requerer o benefício. Os segurados da Previdência Social com deficiência física, intelectual ou sensorial têm condições diferenciadas para a concessão de aposentadoria por idade e por tempo de contribuição. Para a aposentadoria por idade, a pessoa deve ter no mínimo 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher. Além disso, deve ser segurado do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), comprovar 180 meses de contribuição para a Previdência Social na condição de pessoa com deficiência. Na aposentadoria por tempo de contribuição, a pessoa também deve ser segurada do RGPS, comprovar no mínimo 180 meses de contribuição para a Previdência Social. Esse benefício é destinado aos segurados com deficiência há, pelo menos, dois anos e leva em conta o grau de deficiência do segurado. O segurado com deficiência grave poderá requerer aposentadoria com 25 anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher. No caso de segurado com deficiência moderada, o requerimento do benefício ocorre aos 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher. E, para o segurado com deficiência leve, é possível solicitar a aposentadoria aos 33 anos de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher. Avaliação -- A avaliação do grau de deficiência será realizada pela perícia do INSS, composta pela perícia médica previdenciária e pela assistência social. Ambos irão avaliar os fatores limitadores da capacidade laboral da pessoa, levando em consideração o meio social em que ela está inserida e não somente a deficiência em si, remetendo à Classificação Internacional de Funcionalidades (CIF) e não à Classificação Internacional de Doenças (CID). Atendimento -- Para requerer o benefício, o segurado deve agendar o atendimento para a aposentadoria especial à pessoa com deficiência, por meio do número 135, ou pelo *site* da Previdência Social. Na data do atendimento, o segurado será atendido pelo servidor que irá avaliar se há as contribuições mínimas e os demais critérios administrativos. Após o atendimento administrativo, será marcada a perícia médica e posteriormente a assistente social. Para esclarecer sobre quem tem direito ao benefício, como serão realizadas as avaliações social e médica do INSS e como fazer o requerimento, preparamos um conjunto de perguntas e respostas. 1- O que a pessoa precisa ter para pedir a aposentadoria à pessoa com deficiência? Ela deve ser avaliada pelo INSS para fins da comprovação da deficiência e do grau. Na aposentadoria por idade, os critérios para ter direito ao benefício são: -- Ser segurado do Regime Geral da Previdência Social-RGPS;

-- Ter deficiência na data do agendamento/requerimento, a partir de 04 de dezembro de 2013; -- Ter idade mínima de 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher; -- Comprovar carência de 180 meses de contribuição; -- Comprovar 15 anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência. O segurado especial não terá redução da idade em cinco anos, pois já se aposenta aos 55 anos de idade, se mulher, e 60 anos de idade, se homem. Na aposentadoria por tempo de contribuição, os critérios para ter o direito ao benefício são: -- Ser segurado do Regime Geral da Previdência Social-RGPS;

-- Ter deficiência há pelo menos dois anos na data do pedido de agendamento; -- Comprovar carência mínima de 180 meses de contribuição; -- Comprovar o tempo mínimo de contribuição, conforme o grau de deficiência, de: õo Deficiência leve: 33 anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher; õo Deficiência moderada: 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher; õo Deficiência grave: 25 anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave. Os demais períodos de tempo de contribuição, como não deficiente, se houver, serão convertidos proporcionalmente. O segurado especial tem direito à aposentadoria por tempo de contribuição, desde que contribua facultativamente. 2- Quais são as etapas para aposentadoria? São quatro etapas: Primeira etapa -- O segurado faz o agendamento do atendimento pela Central 135 ou no *site* da Previdência Social (~,www.previdencia.gov.br~,); Segunda etapa -- O segurado é atendido pelo servidor na Agência da Previdência Social para verificação da documentação e procedimentos administrativos; Terceira etapa -- O segurado é avaliado pela perícia médica, que vai considerar os aspectos funcionais físicos da deficiência e a interação com as atividades que o segurado desempenha; Quarta etapa -- O segurado passa pela avaliação social, que vai considerar as atividades desempenhadas pela pessoa no ambiente do trabalho, casa e social. A avaliação do perito médico e do assistente social certificará a existência, ou não, da deficiência e o grau (leve, moderada ou grave). 3- Quais são os canais de atendimento para a solicitação da aposentadoria? O segurado deve agendar o atendimento na Central telefônica da Previdência Social, no número 135, ou no Portal da Previdência Social, no endereço ~,www.previdencia.gov.br~, e comparecer na data e hora marcados na Agência da Previdência Social escolhida. Na Central 135, as ligações são gratuitas de telefones fixos e o segurado pode ligar de segunda a sábado, das 7:00 h às 22:00 h, horário de Brasília. No *site* da Previdência Social, basta acessar o *link* “Agendamento de Atendimento” e seguir as informações. 4- Como é classificada a deficiência? Para classificar a deficiência do segurado com grau leve, moderado ou grave, será realizada a avaliação pericial médica e social, a qual esclarece que o fator limitador é o meio em que a pessoa está inserida e não a deficiência em si, remetendo à Classificação Internacional de Funcionalidades (CIF). O segurado será avaliado pela perícia médica, que vai considerar os aspectos funcionais físicos da deficiência, como os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo e as atividades que o segurado desempenha. Já na avaliação social, serão consideradas as atividades desempenhadas pela pessoa no ambiente do trabalho, casa e social. Ambas as avaliações, médica e social, irão considerar a limitação do desempenho de atividades e a restrição de participação do indivíduo no seu dia a dia. Por exemplo, um trabalhador cadeirante que tem carro adaptado e não precisa de transporte para chegar ao trabalho pode ter a gradação de deficiência considerada moderada, enquanto um trabalhador também cadeirante com necessidade de se locomover para o trabalho por meio de transporte público pode ter a gradação de deficiência considerada grave. 5- Como será avaliado o grau da deficiência? Para avaliar o grau de deficiência, o Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social-INSS, com participação das entidades de pessoas com deficiência, adequaram um instrumento para ser aplicado nas avaliações da deficiência dos segurados. Esse instrumento, em forma de questionário, levará em consideração o tipo de deficiência e como ela se aplica nas funcionalidades do trabalho desenvolvido pela pessoa, considerando também o aspecto social e pessoal. 6- Como será realizada a comprovação das barreiras externas (fatores ambientais, sociais)? A avaliação das barreiras externas será feita pelo perito médico e pelo assistente social do INSS, por meio de entrevista com o segurado e, se for necessário, com as pessoas que convivem com ele. Se ainda restarem dúvidas, poderão ser realizadas visitas ao local de trabalho e/ou residência do avaliado, bem como a solicitação de informações médicas e sociais (laudos médicos, exames, atestados, laudos do Centro de Referência de Assistência Social-CRAS, entre outros). 7- Qual a diferença de doença e funcionalidade? A doença é um estado patológico do organismo. Ocorre quando há alteração de uma estrutura ou função do corpo. Ela nem sempre leva à incapacidade. Por exemplo, uma pessoa que tem diabetes precisa de tratamento, mas isso pode não torná-la incapaz para determinado tipo de trabalho. Já a funcionalidade pode ser compreendida como a relação entre as estruturas e funções do corpo com as barreiras ambientais que poderão levar à restrição de participação da pessoa na sociedade. Ou seja, como a deficiência faz com que o segurado interaja no trabalho, em casa, na sociedade. 8- Pessoas com doenças ocupacionais se enquadram como deficientes? Por exemplo, casos como perda de função de um braço, ou de uma mão. O que a perícia médica e social leva em consideração são as atividades e as barreiras que interferem no dia a dia e os fatores funcionais, ou seja, o contexto de vida e trabalho. Não basta a patologia ou a perda de função, a análise é particular, de caso a caso, levando-se em consideração a funcionalidade. 9- Deste grupo, quantas estão aptas a se aposentar? A concessão da aposentadoria por idade e da aposentadoria por contribuição para a pessoa com deficiência é inédita. Por isso não sabemos a quantidade de pessoas que podem ter esse direito reconhecido. 10- Com a entrada em vigor da Lei, o sistema do INSS está apto a receber as demandas? Cabe ressaltar que o direito do segurado, caso seja concedido o benefício, passa a contar a partir do dia em que ele efetivamente agendou o atendimento. Por necessidade de adequação dos sistemas e das agendas dos serviços já prestados pelo INSS, o atendimento foi iniciado em 03 de fevereiro de 2014. Mas o agendamento começou a ser feito no dia em que a Lei entrou em vigor, após a publicação do decreto, em 04 de dezembro de 2013. 11- Entre a data do agendamento do atendimento e a data da conclusão do processo pelo INSS, o segurado precisará continuar trabalhando? O direito do segurado, se efetivamente preencher os requisitos da Lei, conta a partir do dia em que ele agendou o atendimento. Assim, o pagamento também retroagirá a essa data. A decisão de continuar trabalhando, após o agendamento, cabe exclusivamente ao segurado, tendo em vista que o INSS, não terá meios de confirmar se os requisitos estarão preenchidos, antes do atendimento, onde será realizada a análise administrativados documentos e as avaliações médico-pericial e social. 12- Se o segurado continuar trabalhando terá que pagar o Imposto de Renda? Os segurados terão que recolher normalmente, de acordo com a legislação tributária em vigor. 13- Qual a vantagem para os trabalhadores com deficiência com a nova Lei? As pessoas com deficiência terão a redução da idade de cinco anos, no caso da aposentadoria por idade. Já na aposentadoria por tempo de contribuição, a vantagem é a redução do tempo de contribuição em dois anos, seis anos ou 10 anos, conforme o grau de deficiência. 14- As pessoas já aposentadas antes de a Lei Complementar 142/2013 entrar em vigor podem pedir a revisão do seu benefício? A Lei Complementar 142/2013 só se aplica aos benefícios requeridos e com direito a partir do dia 04 de dezembro de 2013. Benefícios com datas anteriores à vigência da Lei Complementar 142/2013 não se enquadram nesse direito e nem têm direito à revisão. Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ previdencia.gov.brÿ~ noticiasÿaposentadoria-~ especial-ao-segurado-com-~ deficiencia-saiba-quem-~ pode-requererÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Acessibilidade e Inclusão Morcegos em Ação -- voando no Brasil Percorrendo o interior cearense, eu, Anja Pfaffenzeller, alemã, cega, percebi a necessidade de “sacudir da rede” aqueles cegos ainda ali considerados doentinhos pelos familiares. Alguns deles já estavam frequentando a escola, mas carregados pelo braço da mãe e entregues na mão da professora. Juntamente com alguns educadores formamos uma rede itinerante. Foram quase dois anos de mochila nas costas batendo na porta de cada um e o estimulando para o aprendizado. Foi com muita dificuldade que conseguimos fundar a Associação Morcegos em Ação com a participação de voluntários com e sem deficiência visual. Em fevereiro de 2014, a prefeitura de Sobral emprestou uma sala para atividades regulares. Muitas pessoas ficaram para trás por preconceito, medo ou por dificuldades de transporte. Atualmente são atendidos no contraturno 15 alunos de 3 a 36 anos em cooperação com uma professora contratada pela prefeitura de Sobral. Já identificamos mais de 90 pessoas com deficiência visual de todas as idades em 18 municípios. Estamos desenvolvendo um trabalho de mobilização e socialização, promovendo encontros e atividades de lazer, apesar das dificuldades encontradas por causa do preconceito e da superproteção familiar. Em Ubajara, na Serra da Ibiapaba, a Escola Preparatória já está sendo construída. Crianças identificadas nos vários municípios aprenderão lá métodos como o Braille e a informática, além de desenvolverem autoconfiança e independência nas atividades do dia a dia. Estamos sempre em busca de recursos humanos, financeiros e materiais adaptados para o avanço do projeto. Ficamos felizes de poder abrir a Escola Preparatória em 2015. Por Anja Pfaffenzeller õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Nossa Casa Desinfetando a esponja de lavar louças Após lavar as louças, a esponja pode se tornar um foco de bactérias. Após usá-la, lave bem e coloque-a ainda úmida no micro-ondas em cima de um prato refratário por um minuto na potência alta. Além de esterilizar o micro-ondas, ainda elimina o cheiro da esponja. Mau cheiro na geladeira Para acabar com aquele cheiro desagradável na geladeira, primeiro faça uma boa limpeza descartando aqueles alimentos que já estão passados; em seguida, coloque numa vasilha pequena um pouco de bicarbonato de sódio e deixe esse recipiente lá no fundo da geladeira, trocando a cada 30 dias. Outra dica também é o pó de café, dá o mesmo resultado. Fonte: ~,http:ÿÿwww2.~ tupi.amÿshowdohelenorotay~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vida e Saúde Diabete, o açúcar não deve baixar demais... A hipoglicemia leve e crônica também ameaça o diabético de forma silenciosa. Descubra por que os médicos estão de olho nela e como contorná-la Quem convive com a “doença do sangue doce” já está cansado de saber que a glicose não pode subir além da conta -- isto é, ultrapassar os 99 miligramas por decilitro (mg/dl) de sangue. Mas surge um novo ponto de atenção para essa turma, fruto da própria evolução no tratamento do distúrbio. A ciência está percebendo que a hipoglicemia branda e constante -- muitas vezes, um efeito colateral dos remédios e de desajustes no estilo de vida -- também sabota o organismo. Se por um lado o açúcar não pode decolar, por outro não deve ficar abaixo dos 70 mg/dl. “Em certas ocasiões, a hipoglicemia é imperceptível, mas capaz de trazer sérios danos à saúde”, afirma o endocrinologista Luiz Antônio Granja, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A questão é que mesmo quadros leves geram repercussões severas. Em um estudo do Hospital Geral de Veteranos de Taipei, em Taiwan, o acompanhamento de 77 mil diabéticos por uma década revelou que a alta frequência desses episódios mantém relação com maiores índices de hipertensão, AVC e câncer. O uso de alguns fármacos para controlar o diabete é uma das explicações para o problema. O chabu aconteceria sobretudo quando se tem de recorrer à reposição de insulina ou à classe das sulfonilureias, que estimulam o pâncreas a liberar o hormônio. “As sulfonilureias são amplamente prescritas no Brasil porque estão disponíveis no Sistema Único de Saúde”, comenta o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto. Apesar de barata, é a droga que mais acarreta hipoglicemia. Na contramão, a tradicional metformina e medicamentos modernos como os agonistas de GLP-1 e os inibidores do SGLT2 praticamente não provocam a reação. Por essas e outras, paciente e médico precisam ficar de olho nas altas e baixas do açúcar para verificar se é o caso de trocar a medicação. Mas não vale jogar a culpa só nos remédios ou na insulina. A falta de disciplina com alimentação também é responsável pela chateação. Antecipar ou postergar refeições deixa o corpo em descompasso com a necessidade de glicose. “O diabético precisa ter horários mais rígidos para comer”, frisa o endocrinologista Mário Saad, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Raciocínio parecido se aplica à prática de atividades físicas intensas ou fora da rotina. “Além de elevar o gasto energético, o exercício atrasa a percepção da hipoglicemia”, diz o endocrinologista Freddy Eliaschewitz, diretor do Centro de Pesquisas Clínicas, em São Paulo. É que a endorfina, substância do bem-estar secretada durante o suadouro, atenua a sensação de carência de açúcar. Estabelecer na agenda horário para tudo -- fazer esporte, comer e tomar remédio -- é a regra para prevenir a queda exagerada da glicose. Quando a nossa principal fonte de energia passa a despencar, o corpo sabiamente aciona alguns mecanismos de reparo. “Uma das primeiras coisas a acontecer é a secreção de adrenalina, numa tentativa de aumentar a produção interna da glicose”, ensina Couri. Esse hormônio, por sua vez, provoca tremores, suor excessivo, taquicardia e fome, justamente os sintomas típicos da hipoglicemia. As quedas constantes do açúcar afetam diretamente veias e artérias. “Aos poucos, esse fenômeno lesa o endotélio, a camada interna dos vasos sanguíneos, incitando o entupimento deles”, conta Granja. Ao mesmo tempo, a adrenalina obriga o coração a trabalhar acelerado. “E esse estímulo favorece quadros de arritmia”, alerta o endocrinologista João Eduardo Salles, vice-presidente do Departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Se o indivíduo sofreu alguma pane cardiovascular anterior, como um infarto ou um derrame, o risco de outro evento então dispara. O repeteco das hipoglicemias faz com que a resposta adrenergética, nome dado à liberação de adrenalina, fique cada vez mais tênue, resultando, assim, em menos sintomas e na dificuldade de notar que a cota de açúcar circulante está aquém do desejado. “Os prejuízos passam despercebidos, já que a reação não é tão intensa quanto antes”, observa Saad. Estima-se que a metade dos episódios aconteça sem que o diabético se dê conta. Em paralelo a esse silêncio, outros órgãos acabam afetados. No cérebro, a carestia de glicose compromete tomadas de decisão. “O raciocínio lento dificulta a resolução de questões mais complexas do dia a dia”, acusa Eliaschewitz. Já hipoglicemias graves, quando a glicose cai para 40 mg/dl, não costumam passar batidas. Pelo contrário, ocasionam desmaios e convulsões. Com

menos de 30 mg/dl, o indivíduo pode até entrar em coma. Doçura na dose certa Os quadros de hipoglicemia assintomática, é bom que se diga, ocorrem principalmente em pessoas mais velhas. “Eles também se manifestam por meio de alterações de comportamento, quando o sujeito fica quieto ou agitado sem razão aparente”, ressalta o clínico geral Augusto Pimazoni Netto, da Sociedade Brasileira de Diabetes. O problema ainda costuma atingir diabéticos do tipo 2 com anos de diagnóstico e pessoas com o tipo 1, dependentes da reposição de insulina. Caso o indivíduo perceba que o açúcar começou a minguar, a primeira ação a ser tomada é picar o dedo e dosar a glicemia. Se confirmada a baixa, recomenda-se ingerir fontes imediatas de glicose, como suco de laranja e balas de goma. “Também dá para diluir duas colheres de sopa de açúcar num copo d'água e beber”, sugere Salles. Evite chocolate: cheio de gordura, ele atrasa o aproveitamento ligeiro da substância. Outro conselho é sempre ter por perto sachês adocicados (como um melzinho) para ocasiões de emergência. Mas não é preciso esperar sintomas para aferir a glicose. “O glicosímetro deve ser usado de quatro a seis vezes por dia a fim de evitar surpresas”, indica Pimazoni Netto. E estreitar o diálogo com o médico, não custa frisar, é fundamental. Pequenos ajustes no tratamento e na rotina fazem as taxas de açúcar permanecerem na medida. Nem de mais, nem de menos. Gangorra glicêmica Da escassez ao excesso, confira os limites na variação das taxas de açúcar: Inferior a 70 mg/dl -- hipoglicemia Entre 70 e 99 mg/dl -- normal De 100 a 125 mg/dl -- pré-diabete 126 mg/dl ou mais -- diabete Como fugir da hipoglicemia Alimentação -- Seja regrado com a hora de comer e de tomar comprimidos ou insulina para driblar as enrascadas da escassez da glicose. Exercício físico -- Capriche no lanche antes da malhação. O ideal é consumir um pouco de carboidrato a mais para não passar aperto. Remédios e insulina -- Drogas antigas causam mais encrencas que as atuais. Discuta com o seu médico o custo/benefício de cada opção terapêutica. Fonte: BIERNATH, André. Diabete, o açúcar não deve baixar demais. *Revista Saúde*, São Paulo, SP, n.o 377, p. 50-53, maio 2014. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Culinária Camarão light com abacaxi e manjericão Ingredientes: 1 kg de camarão cru, limpo e de tamanho médio a grande; 1 abacaxi meio maduro; 1 xícara de folhas de manjericão frescas; 5 dentes de alho; 2 colheres de sopa de azeite; 1 cebola média picada; 1 lata de extrato de tomate; 1 lata de creme de leite *light*; 6 pimentas de cheiro. Modo de preparo: Lave bem o abacaxi e corte em cubos de tamanho médio. Não jogue fora as cascas, pois servirão para o pré-cozimento do camarão. Coloque uma panela de água pra ferver com as cascas do abacaxi. Os camarões após o pré-cozimento devem ser apenas escorridos; portanto, não os lave. Quando alcançar a fervura, coloque os camarões, sal a gosto e os deixe cozinhar por no máximo 10 minutos; enquanto eles cozinham, vá preparando o molho. Em outra panela, coloque o azeite pra esquentar, acrescente a cebola picada, o alho, a pimenta de cheiro picada e as folhas de manjericão. Deixe os temperos fritarem por uns 5 minutos, vá acrescentando os cubos de abacaxi ao redor da panela, deixando-os fritar por 10 minutos, e despeje os camarões escorridos, o extrato de tomate, o creme de leite *light* e sal a seu gosto. Deixe por mais 15 minutos. Sirva com arroz branco. Rendimento de 5 porções. Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ tudogostoso.com.brÿreceitaÿ~ 17572-camarao-light-com-~ abacaxi-e-majericao.html~, Pavê *diet* Ingredientes: 1 pacote de pudim *Royal Diet* sabor baunilha; 3 xícaras de chá de leite desnatado; 2 colheres de sopa de suco de limão; 2 maçãs cortadas em cubo sem casca; 12 biscoitos *Cream Crackers*. Modo de preparo: Dissolva o pudim no leite e leve ao fogo brando até cozinhar, adicione o suco de limão e misture. Depois, cozinhe a maçã com pouca água, reserve um pouco e misture o restante no pudim. Coloque uma camada de biscoitos no fundo de uma fôrma retangular pequena e espalhe a metade do pudim. Faça outra camada de biscoitos, cubra com o pudim e espalhe o restante da maçã sobre o pudim. Leve à geladeira e sirva gelado. Rendimento de 10 porções. Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ tudogostoso.com.brÿ~ receitaÿ3650-pave-diet.~ html~, *Mousse* de maracujá com cobertura de chocolate Ingredientes para o *mousse* de maracujá: 2 latas de leite condensado; 2 latas de creme de leite sem soro; a mesma medida de suco concentrado de maracujá. Ingredientes para a cobertura: 1 barra de 200 g de chocolate ao leite; 1 caixinha de creme de leite (200 g). Modo de preparo: Bata todos os ingredientes do *mousse* no liquidificador por 5 minutos, coloque em uma tigela e leve à geladeira. Derreta o chocolate em banho-maria, desligue o fogo e misture o creme de leite. Após o chocolate esfriar, cubra o *mousse* e leve à geladeira novamente. Sirva gelado. Fonte: ~,http:ÿÿwww.tudogostoso.com.brÿreceitaÿ27274-mousse-de-maracuja-com-cobertura-de-chocolate.html~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Espaço do Leitor Correspondência Meu nome é Paulo Henrique Medina Dias, tenho 38 anos e sou deficiente visual parcial. Atuo como massoterapeuta e DJ. Para quem tiver interesse em meu trabalho de DJ, seguem abaixo meus contatos: DJ PHD GOSPEL Telefone: (11) 5662-3195 Telefone comercial: (11) 3908-2878 Celular: (11) 95919-4788 E-mail: ~,phm.dias@yahoo.~ com.br~, Facebook: ~,phm.dias@~ yahoo.com.br~, (PAULO DJ-PHD GOSPEL) Web radio: ~,www.~ djphdgospel.net~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vocabulário Agonista: É conceituado como uma substância que estimula um receptor a exercer sua função. Aguerrido: adj. valente, destemido. Alçar: v. Fig. Engrandecer. Pôr (algo ou alguém) em destaque ou posição superior, ou alcançar destaque, elevar-se. Anfitriã: s. f. Dona da casa em relação aos convidados. Antológico: adj. Memorável, notável. Apático: adj. Indiferente. Arritmia: s. f. Card. Anormalidade no ritmo dos batimentos cardíacos. Arte Erudita: Aquela que cria obras de valores universais, que é fruto do trabalho de grandes artistas que possuem conhecimentos técnicos e formais apurados.

Assintomática: adj. Que não apresenta sintomas. Atípico: adj. Que não se enquadra no que é típico, característico, normal ou esperado. Carestia: s. f. Fig. escassez, carência, falta. Celeste Olímpica: Expressão atribuída à seleção de futebol do Uruguai devido à conquista de duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris em 1924 e nos Jogos Olímpicos de Amsterdã em 1928. Chabu: s. m. Bras. Pop. Erro, falha, problema. Chagall: Pintor e ceramista russo-francês do início do século XX. Ciperáceas: s. f. pl. Bot. Família de plantas que se apresentam sob a forma de arbustos ou trepadeiras, que crescem geralmente em terrenos alagadiços ou brejos. Copiosamente: adv. Em grande quantidade. Concessão: s. f. Ato ou efeito de conceder, autorização; permissão. Contraturno: Expressão utilizada na escola que significa o turno contrário ao turno das aulas. Controverso: adj. Que desperta sentimentos ou opiniões conflitantes, polêmico. Contundido: adj. Lesionado, machucado. Convulsão: s. f. Med. Contração violenta, involuntária e repetida dos músculos. Crônica: adj. Med. Doença de longa duração. Descompasso: s. m. Falta de ordem ou regularidade. Destoou: v. Fugiu à regra, ao padrão. Dissiparam: v. Desfizeram-se, desapareceram. *Doping*: s. m. Aplicação ilegal de substância estimulante para aumentar o rendimento de pessoa ou animal, geralmente utilizado em competições esportivas. Dostoiévski: Escritor russo do século XIX, considerado um dos maiores romancistas de todos os tempos. Ecossistemas: s. m. pl. Ecol. Conjuntos formados por meio ambiente e os seres vivos que, em relacionamento mútuo, ocupam esse meio; sistemas ecológicos. Endocrinologista: s. 2g. Médico especialista no estudo de glândulas hormonais e de secreção interna. Endotélio: s. m. Biol. Tecido de células chatas que constitui a camada interna do coração, dos vasos, da pleura (membranas que forram os pulmões, a caixa torácica e o diafragma) e do peritônio (membrana que reveste as paredes internas do abdome e as paredes externas dos órgãos digestivos). Excepcional: adj. Que é muito melhor do que os outros, ou do que a média. Exuberante: adj. Que agrada ao ver, lindo. Fármacos: s. m. Remédios. Ferrenhos: adj. Incansáveis, implacáveis. Frustrado: adj. Decepcionado, desiludido. Gramíneas: s. f. pl. Bot. Família de plantas que se apresentam sob a forma de capim, grama ou relva. Honorário: adj. Que confere honra, homenagem, consideração. Imperceptível: adj. Difícil de perceber. Incitando: Provocando, causando. Irascível: adj. Que demonstra irritação ou que se irrita facilmente. Irradiado: adj. difundido; propagado; espalhado. Irredutível: adj. Que não muda de opinião ou de posição. Itinerante: adj. Que se desloca constantemente. Laureado: adj. Fig. Que recebeu uma coroa de louros, isto é, uma coroa triunfal. Reconhecido; homenageado. Laboral: adj. Referente ao trabalho. Líbero: s. m. Jogador que atua atrás dos companheiros da defesa, corrigindo as suas eventuais falhas. Ludibriado: adj. Enganado, iludido. Maquinário: s. m. Conjunto de máquinas. Memoráveis: adj. Dignos de serem guardados na memória, inesquecíveis. Monólogo: s. m. Cena ou peça em que um só ator representa, falando para o público ou consigo mesmo.

Movimento Armorial: Esta corrente artística foi lançada no dia 18 de outubro de 1970, em um ritual consagrado na Igreja de S. Pedro dos Clérigos, acompanhado por uma mostra de artes plásticas e pela apresentação da Orquestra Armorial de Câmara, que tinha então como regente o maestro Cussy de Almeida. Nórdicos: adj. Relativo a países do Norte da Europa, neste caso à Dinamarca. Olimpo: s. m. Mit. Morada dos deuses greco-latinos. Pâncreas: s. m. Anat. Glândula situada no abdome, cujas funções são a digestão de substâncias através da secreção do suco pancreático e o controle dos níveis de açúcar no sangue por meio da secreção de hormônios (insulina e glucagon). Patamares: s. m. Fig. Graus, níveis. Patológico: adj. Relativo à doença. Peripécias: s. m. Aventuras; proezas. Postergar: v. Adiar. Posteridade: s. f. Tempo futuro. Precoce: adj. O que acontece antes do tempo considerado normal. Primoroso: adj. Excelente, maravilhoso, perfeito. Prescindir: v. Não fazer uso, dispensar. Prol: s. m. benefício de algo, defesa. Protocolo de Kyoto: tratado internacional assinado em 1997 no Japão, visando à diminuição dos impactos causados pelo *aquecimento global*. Este acordo previa que os países desenvolvidos assumissem o compromisso de reduzir a emissão de gases agravantes do *efeito estufa* (retenção natural de calor na Terra, o que mantém a temperatura ideal para a manutenção das formas de vida). Repescagem: s. f. Em um torneio esportivo, etapa em que competidores não classificados preliminarmente disputam entre si uma nova oportunidade de permanecer na competição. Retroagirá: v. Passará a ter validade a partir de uma data anterior. Sabota: v. Prejudica, causa dano ao organismo. Sisudo: adj. Neste caso, trata-se de um jogo muito defensivo, sem muitas jogadas clássicas. Teólogo: s. m. Indíviduo que se dedica ao estudo de assuntos relacionados ao Cristianismo e a Deus.

Trapaça: s. f. Fraude, enganação. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra Transcrição: Fernanda Hélen Revisão: João Batista Alvarenga