Revista Brasileira para Cegos Ano LXXI, n.o 530, Maio/Agosto de 2013 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Quadrimestral de Informação e Cultura Editada na Divisão de Pesquisa, Documentação e Informação Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro -- RJ CEP: 22290-240 Tel.: (55) (21) 3478-4458 E-mail: ~,rbc@ibc.gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito País Rico É País sem Pobreza

Diretora Geral do IBC Maria Odete Santos Duarte Comissão Editorial Ana Paula Pacheco da Silva João Batista Alvarenga Leonardo Raja Gabaglia Maria Cecília Guimarães Coelho Vitor Alberto da Silva Marques Colaboração Daniele de Souza Pereira Marlene Maria da Cunha Paula Rianelli Lúcia de Souza Publicação e distribuição em Braille, conforme Lei n.o 9.610 de 19/02/1998 e Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braille, MEC/SEESP, 2006. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ ?itemid=381~,

¨ I Sumário Editorial ::::::::::::::::::: 1 Sete dicas para a felicidade ::::::::::::::::: 3 Perfume genético deixa pessoas mais atraentes ::::: 11 Pierre Lévy comenta os protestos no Brasil ::::::: 14 Confira frases de governantes antes e depois dos protestos :::::::::::::::::: 19 Modalidades esportivas praticadas por deficientes visuais (Parte I) :::::: 22 Memória Homenagem a Marco Antonio de Queiroz -- o MAQ ::::: 38 Acessibilidade e Inclusão Entrevista com Marco Antonio de Queiroz -- o MAQ :::::::::::::::::::::: 43

IBC em Foco Conhecendo a surdocegueira ::::::::::::: 54 Nossa Casa Aumente a casa sem construir nada ::::::::::::: 65 Vida e Saúde Qual a diferença entre alergia e intolerância alimentar :::::::::::::::::: 70 Farinha de linhaça: contra a obesidade :::::::::::::::::: 72 Culinária Receitas :::::::::::::::::::: 75 Pro dia render feliz :::::::: 83 Preparo para cada corte de carne :::::::::::::::::::::: 84 RBC Informa ::::::::::::::: 86 Espaço do Leitor ::::::::::: 88 Datas Comemorativas :::::::: 90 Vocabulário ::::::::::::::::: 92 Editorial Caro leitor, Chegamos ao número 530 da RBC! É com entusiasmo que lhe oferecemos mais este número, recheado de matérias, as quais esperamos que sejam de seu agrado, em cumprimento ao nosso objetivo de servi-lo. Nessa linha, você terá, ao abri-la, novas e antigas seções, algumas delas, com novas denominações e renovada roupagem. É o caso da coluna *Espaço do Leitor*, anteriormente conhecida como *Troca de ideias*, que pretende ser uma ponte ampliada entre você e a RBC e entre vocês, leitores, criando uma via de comunicação permanente. Temos entre nossas preocupações, a de selecionar conteúdos antenados com a realidade de hoje, em respeito à sua vontade e a princípios éticos de liberdade de expressão e de informação, resguardados os nossos limites. Essa nossa postura nos conferirá, certamente, um alto grau de credibilidade junto a você, de quem alimentamos a expectativa de uma benéfica colaboração crítica que nos permita crescer juntos. Repare que você está sendo contemplado ou contemplada com uma imensa diversidade de matérias, desde aquelas dedicadas à acessibilidade das pessoas com deficiência, em particular a visual, até às matérias de caráter mais geral, que terão sempre seu espaço, sendo esta publicação um veículo já tradicional, de informação e de cultura impressa em Braille. A razão da adoção dessa política editorial da RBC é explicada pelo fato de termos tão poucas publicações dessa natureza, voltadas para as pessoas cegas do Brasil e de países da comunidade de língua portuguesa. Reiteramos que estamos abertos democraticamente às suas sugestões e críticas, assim como estamos igualmente dispostos a explicar com a maior transparência, as nossas eventuais impossibilidades em atendê-lo. Mais uma vez aguardamos seu retorno, pois, só assim, poderemos melhorar nosso trabalho em prol das publicações livres em Braille, cujo acesso deve ser garantido a todas as pessoas cegas. Comissão editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Sete dicas para a felicidade A busca da felicidade é uma questão vital para todo ser humano. Todas as pessoas, consciente ou inconscientemente, aspiram a ser felizes, sem ter uma ideia clara do que seja a felicidade ou de como atingi-la. Somos condicionados, desde a infância, a pensar nela como uma condição futura, como algo que almejamos em um momento que virá. Este é um ponto a considerar. Será a felicidade uma condição futura? Desde a infância, o garoto imagina que, quando ganhar uma bicicleta, será feliz; quando conquistar aquela garota, a felicidade virá; quando passar no vestibular; etc. A cada objetivo atingido há um momento de felicidade que logo se esvai, e outro objetivo passa a ser perseguido. A felicidade, nesse caso, está sempre lá na frente, evanescente. Será que existe felicidade não condicionada à realização de objetivos externos, que não seja o oposto da frustração que decorre quando as mesmas metas não são atingidas? Isso não significa que não devemos ter objetivos a alcançar. Apenas precisamos ver que a felicidade, se existir, deve ser algo duradouro, que não dependa necessariamente de condições externas. Há pessoas muito ricas que são profundamente infelizes. Há outras, de poucas posses, que vivem de bem com a vida, com alegria e plenitude. Portanto, fica claro que a felicidade não é necessariamente decorrente das condições materiais, mas da mente e do coração. Se queremos ser felizes, devemos, em primeiro lugar, ser nós mesmos. A espontaneidade é essencial. Enquanto estivermos lutando para ser algo que não manifestamos naturalmente, estaremos em conflito e, portanto, infelizes. Se precisarmos forçar a nós mesmos, deixando de ser espontâneos, para mantermos uma relação ou posição, ficamos fadados à infelicidade, porque não encontramos o nosso lugar no universo. Talvez a felicidade seja encontrar o que já foi planejado para nós no universo. Nossa espontaneidade não pode chegar ao ponto de atropelar os outros. Tudo tem um limite, e, como já dizia um amigo, “minha liberdade de mover o braço termina onde começa o nariz de quem está próximo”. A segunda dica para a felicidade consiste em aceitar de bom coração quando a vida diz sim e quando ela diz não. Se humildemente aceitamos o não, o que significa que determinado desejo não será realizado, acabamos descobrindo que a vida é muito mais sábia do que nós e, lá na frente, encontramos uma realidade melhor do que a idealizada. A vida sabe exatamente do que precisamos e nos reserva situações muito mais plenas e felizes quando aceitamos humildemente os seus desígnios. Quando insistimos em um desejo, contra tudo e contra todos, e o atingimos, na maioria das vezes, acabamos descobrindo que não valia a pena. O terceiro segredo para a felicidade diz respeito à imagem. Por que precisamos tê-la? Não será ela uma ilusão? Quase todas as formas de sofrimento estão associadas à autoimagem. “Como fui injustiçado; estou ofendido; quanta ingratidão.” Essas frases surgem na mente e nos jogam para baixo como decorrência da autoimagem que estamos sempre a nutrir. Ninguém pode nos ofender, a não ser que permitamos, ficando presos a um jogo de imagens mentais. Se percebermos o caráter ilusório dessas imagens, quantas ofensas, preconceitos e barreiras se desvanecem e se desfazem. Nós não somos a imagem de nós mesmos que estamos sempre a nutrir e, portanto, precisamos perceber os jogos do pensamento para nos livrar de um fardo imenso que impede a felicidade. A quarta dica diz respeito à percepção da transitoriedade de tudo o que é externo. Estamos nesse mundo material de passagem. Essa é a mais certa de todas as realidades. Não sabemos ainda em que momento sairemos dessa dimensão percebida por meio dos cinco sentidos, mas não temos dúvida de que a morte algum dia virá. A consciência da realidade inexorável da morte pode mudar completamente o sentido da vida. Todo apego, todo o desejo de perenização, tudo deve ser considerado e compreendido tendo em conta que a vida e a morte são duas faces de uma realidade profundamente bela e sagrada. Resistir ao movimento da vida, que inclui a morte é mergulhar no sofrimento. Em quinto lugar, se queremos ser felizes, precisamos perceber o nosso egoísmo, sem fazer disso um problema. O ser humano, na fase em que se encontra, é profundamente egoísta e nós não somos diferentes. É melhor sermos honestos e ver as coisas como elas são do que acreditar numa imagem glorificada de nós mesmos que não corresponde à realidade. Se decidirmos lutar contra o egoísmo em nós, daremos margem ao conflito, o que não traz felicidade. É preciso observar o egoísmo sem criar a dualidade entre a realidade do que é e a ideia do que não devia ser. Se apenas observamos com carinho e paciência, sem a ideia do que deveria ser, o egoísmo vai se dissolvendo naturalmente, e com ele, vai embora uma grande quantidade de problemas. Como consequência, vem a sexta dica: começa a surgir a espontaneidade, e, a partir de dentro, uma alegria de se doar. Doar atenção, afeto, respeito, tempo e até mesmo dinheiro, quando temos. Tudo isso vem sozinho lá de dentro, com uma alegria a que nada externo pode se comparar. Essa explosão interna muda completamente o sentido do nosso viver. Por fim, o sol nascente que é a felicidade surge, a partir de dentro, clareando toda a vida, sob a forma de amor. Felicidade e amor são como irmãos siameses, inseparáveis. O amor que é a força mais poderosa do universo, manisfesta-se em tudo que vive. Em nós, ele floresce quando percebemos e compreendemos todas as limitações que nós mesmos antepomos, impedindo o seu brilho. Nas pequenas e em todas as coisas, pode ser percebida a sua presença, por quem aprende a comungar com a vida, que é sagrada. Aqui vai a última dica: muito do que se chama amor não é amor, mas autointeresses. O amor é a energia mais elevada e benéfica que existe na natureza e, por isso, não pode ser possuído pelo ego, que é necessariamente limitado. Entretanto, todos nós podemos ser como cálices, que recebem a vida e o amor universais, desde que não seja apenas para nós mesmos, porém transbordando para os demais. Só somos verdadeiramente felizes quando fazemos os outros felizes. Não podemos cultivar ou reter o amor, mas, sempre que abandonamos o centro mental de autopreocupações e interesses, abrimos a janela sob forma de aquietamento interior e receptividade. Ele pode vir como a brisa fresca da manhã, trazendo a felicidade. Marcos Resende Fonte: ~,www.revistasophia.com.~ br~, :::::::::::::::::::::::: Perfume genético deixa pessoas mais atraentes Substância amplifica as mensagens do sistema imunológico, que homens e mulheres trocam sem perceber O corpo humano produz uma molécula, o complexo principal de histocompatibilidade (MHC), que desempenha vários papéis no sistema imunológico. Ela produz um odor específico, que pode ser detectado por homens e mulheres. A ciência já sabe disso há alguns anos. Mas, agora existe uma versão artificial da molécula, que pode ser usada como perfume para turbinar a atração sexual e foi criada por cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha. Quando você busca um parceiro, o ideal é que ele tenha um sistema imunológico complementar ao seu, ou seja, que possua imunidade a doenças contra as quais você não está protegido. Dessa forma, quando vocês fizerem sexo, as imunidades se somarão e vocês terão filhos saudáveis. Ou seja: o MHC nos ajuda a saber quem tem imunidade complementar à nossa. Quando isso acontece, achamos a outra pessoa atraente. Tudo inconscientemente, sem que percebamos -- pois o MHC não possui um “cheiro” que possa ser reconhecido de forma consciente. Os cientistas criaram uma substância capaz de amplificar o MHC: “Isso abre possibilidades para a produção de um perfume personalizado, que envia um sinal mais forte para potenciais parceiros”, explica Manfred Milinski, diretor do Instituto. Antes que você pergunte, não é possível enganar a natureza e sair por aí usando o MHC do Brad Pitt ou da Angelina Jolie -- porque ele seria anulado pelo composto natural do seu organismo. Em suma: turbinar, tudo bem. Só não vale enganar. Marcos Ricardo dos Santos Fonte: *Revista Super Interessante* março 2013. ::::::::::::::::::::::::

Pierre Lévy comenta os protestos no Brasil: “Uma consciência surgiu. Seus frutos virão a longo prazo” Filósofo francês, uma das maiores autoridades do mundo nos estudos da cibercultura, fala sobre mobilização em redes sociais A resposta ao pedido de entrevista é direta: “O único jeito é via Twitter”, disse o filósofo francês Pierre Lévy, uma das maiores autoridades do mundo nos estudos da cibercultura. E assim foi feito. Lévy conversou com O Globo, via Twitter, sobre os protestos que vêm ocorrendo no Brasil nas últimas semanas e que surgiram das redes sociais. P: Nos últimos anos, muitos protestos emergiram da internet para as ruas. Como o senhor os compararia com manifestações do passado, como Maio de 1968? R: Há uma nova geração de pessoas bem educadas, trabalhadores com conhecimento, usando a internet e que querem suas vozes ouvidas. A identificação com 68 está no fenômeno geracional e na revolução cultural. A diferença é que não são as mesmas ideologias. P: Mas qual é a nova ideologia? No Brasil, críticos falam da dificuldade em identificar uma ideologia única nas ruas. R: Uma comunicação sem fronteiras, não controlada pela mídia. Uma identidade em rede. Mais inteligência coletiva e transparência. Outro aspecto dessa nova ideologia é o “desenvolvimento humano”: educação, saúde, direitos humanos, etc. P: E qual seria a solução? Como os governos devem lidar com os protestos? R: Lutar com mais força contra a corrupção, ser mais transparente, investir mais em saúde, educação e infraestrutura. Porém, a “solução” não está apenas nas mãos dos governos. Há uma mudança cultural e social “autônoma” em jogo. P: No Brasil, um dos problemas é que não há líderes para dialogar. Qual seria a melhor forma de se comunicar com movimentos sem lideranças? R: A falta de líderes é um sinal de uma nova maneira de coordenar, em rede. Talvez nós não necessitemos de um líder. Você não deve esperar resultados diretos e imediatos a partir dos protestos. Nem mudanças políticas importantes. O que é importante é uma nova consciência, um choque cultural que terá efeitos a longo prazo na sociedade brasileira. P: E as instituições? Elas não são mais necessárias? É possível ter democracia sem instituições? R: É claro que precisamos de instituições. A democracia é uma instituição. Mas, talvez uma nova Constituição seja uma coisa boa. Porém, sua discussão deve ser ainda mais importante do que o resultado. A revolta brasileira está acima de qualquer evento emocional, social e cultural. É o experimento de uma nova forma de comunicação. P: Então, o senhor vê os protestos como o início de um tipo de revolução? R: Sim, é claro. Ultrapassou-se uma espécie de limite. Uma consciência surgiu. Mas, seus frutos virão a longo prazo. P: O que separa a democracia nas comunicações da anarquia? Pode-se desconfiar do que é publicado na mídia, mas o que aparece nas redes sociais é ainda menos confiável. R: Você não confia na mídia em geral, você confia em pessoas ou em instituições organizadas. Comunicação autônoma significa que sou eu que decido em quem confiar, e ninguém mais. Eu consigo distinguir a honestidade da manipulação, a opacidade da transparência. Esse é o ponto da nova comunicação na mídia social. P: O senhor teme que os governos tentem controlar as redes sociais por causa de protestos como os que ocorrem no Brasil e na Turquia? R: Eu não temo nada. É normal que qualquer força social e política tente tirar vantagem da mídia social. Mas, é impossível “controlar” a mídia social como se faz com a mídia tradicional. Você só pode “tentar” influenciar tendências de opiniões. P: E o risco de regimes ou ideias totalitaristas ganharem força por conta dos protestos, como já ocorreu no passado na América Latina? R: Isso é pouco provável no Brasil, por conta de sua alta taxa de pessoas com educação. A chave é, como sempre, manter a liberdade de expressão, como ela é

garantida pela lei. Não é preciso ter essa paranoia com o fascismo. André Miranda Fonte: ~,http:ÿÿglo.boÿ~ 19t6XAT~, Confira frases de governantes antes e depois dos protestos Declarações sobre tarifa de ônibus mudam com manifestações As manifestações que ocorreram pelo país levaram muitas cidades a baixar a tarifa do transporte público, mesmo a população sendo informada que o valor pago às empresas pelas prefeituras poderá sair de outros serviços essenciais, como a saúde. Mas, o que também mudou durante as passeatas que continuam a se espalhar pelo Brasil foi o discurso dos governantes, que foram intransigentes, afirmando que o valor da passagem de ônibus não seria reduzido e que os atos realizados nas ruas eram um movimento pequeno, político e de baderneiros. Confira abaixo a mudança de discurso de dois estados, Rio de Janeiro e São Paulo: Fernando Haddad -- prefeito de São Paulo 12 de junho: “Eu não vou dialogar em uma situação de violência.” 14 de junho: “A Prefeitura não pode se submeter ao jogo de tudo ou nada.” 18 de junho: “Nunca utilizei a palavra vândalo, não faz parte do meu vocabulário.” 19 de junho: “Precisamos discutir sobre as consequências dessa decisão (revogação da tarifa).” Eduardo Paes -- prefeito do Rio de Janeiro 11 de junho: “A tabela é explícita, não é conversa do prefeito com o dono da empresa de ônibus.” 17 de junho: “Acho que a polícia agiu muito bem (reprimindo manifestantes).” 19 de junho: “A redução (da tarifa) mostra respeito às pessoas que foram às ruas.” Geraldo Alckimin -- governador de São Paulo 12 de junho: “É intolerável a ação de baderneiros. Isso extrapola o direito de expressão.” 14 de junho: “Qualquer abuso que tenha sido cometido será apurado de forma rigorosa.” 17 de junho: “Nós proibimos o uso de balas de borracha em manifestações públicas.” 19 de junho: “Vamos revogar o reajuste. Vamos ter que cortar investimentos.”

Sérgio Cabral -- governador do Rio de Janeiro 12 de junho: “Essas manifestações estão tendo um ar político que não é espontâneo.” 18 de junho: “Essas manifestações mostram uma juventude desejosa de participar. Isso é muito bonito.” Fonte: ~,http:ÿÿodia.ig.com.br~ ÿnoticiaÿbrasilÿ2013-06-21ÿ~ confira-frases-de-governantes-~ antes-e-depois-dos-protestos.~ html~, :::::::::::::::::::::::: Modalidades esportivas praticadas por deficientes visuais (parte I) Neste espaço, falaremos um pouco da história e das curiosidades dos esportes paralímpicos e não-paralímpicos praticados por deficientes visuais. Atualmente, a CBDV administra cinco modalidades no Brasil, sendo três paralímpicas: Futebol de 5, Goalball (masculino e feminino) e Judô; e duas não-paralímpicas: Futebol B2/B3 e Powerlifting. O Comitê Paralímpico Brasileiro -- CPB é responsável pelas modalidades paralímpicas: Atletismo e Natação. Como começou O paradesporto teve início em 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial, devido ao elevado número de combatentes que ficaram com alguma deficiência, seja ela visual, auditiva, paraplégica, tetraplégica, entre outras. Isto influenciou o neurocirurgião austríaco Ludwig Guttmann a começar um trabalho de reabilitação médica e social através de práticas esportivas. O que era para ser somente um trabalho de recuperação de pessoas com deficiência começou a ganhar contornos cada vez mais profissionais, tanto que, em 29 de julho de 1948, na cidade de Stoke Mandeville, na Inglaterra, foi realizada a primeira competição para atletas deficientes. Primeira Paralimpíada Pouco mais de uma década depois, em 1960, veio a consagração das modalidades paralímpicas. Foi em Roma, na Itália, que aconteceu a primeira Paralimpíada. O evento foi realizado logo após os Jogos Olímpicos. O marco foi uma vitória para Guttmann, considerado como o fundador dos Jogos Paralímpicos. O neurologista foi o idealizador da competição e não poupou forças para colocá-la em prática. Mesmo com o sucesso nos Jogos em Roma (1960), a Paralimpíada não teve a mesma atenção nas edições seguintes. Em algumas, inclusive, chegaram a acontecer em lugares diferentes das Olimpíadas. No entanto, nas Olimpíadas de Seul -- 1988, as Paralimpíadas voltaram a ser realizadas no mesmo local. Desde então, a competição é parte obrigatória do planejamento dos organizadores. A primeira participação brasileira nos Jogos Paralímpicos aconteceu em 1972, em Heidelberg, na Alemanha Ocidental. Importância Além de serem praticadas profissionalmente, as modalidades esportivas servem como estímulo para que pessoas com alguma deficiência possam conhecer e praticar algum esporte, contribuindo para a sua saúde e autoestima. Fonte: ~,http:ÿÿwww.cbdv.org.brÿ~ paginaÿmodalidades-esportivas~,

Goalball O goalball foi criado em 1946, pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle, que tinham como objetivo reabilitar veteranos da Segunda Guerra Mundial que ficaram cegos. Nos Jogos de Toronto (1976), sete equipes masculinas participaram na condição de apresentação. Dois anos depois, teve o primeiro Campeonato Mundial de Goalball, na Áustria. Em 1980, na Paralimpíada de Arnhem, a modalidade iniciou como esporte paralímpico, somente na categoria masculina. Apenas em Nova York, em 1984, que a categoria feminina fez sua estreia nos jogos paralímpicos. Em 1982, a Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) começou a gerenciar a modalidade. Em 1985, o professor Steven Dubner do Centro de Apoio ao Deficiente Visual (CADEVI), entidade de atendimento a pessoas cegas de São Paulo, apresentou a modalidade no Brasil. Entusiasmado, o professor Mário Sérgio Fontes levou para a Associação dos Deficientes Visuais do Paraná (ADEVIPAR) e, mais tarde, realizou-se o primeiro jogo entre as duas associações. Dois anos depois, em Uberlândia, Minas Gerais, aconteceu o primeiro campeonato brasileiro, sob a supervisão do professor Mário Sérgio, presidente da antiga Associação Brasileira de Desportos para Cegos (ABDC), atual Confederação Brasileira de Desportos para Cegos (CBDC). O Brasil ainda está se desenvolvendo na modalidade. Só veio a participar de uma edição dos jogos paralímpicos em 2004, com a seleção feminina e, somente quatro anos depois, com a masculina. A quadra tem as mesmas dimensões da de vôlei (dezoito metros de comprimento por nove metros de largura). De cada lado da quadra tem um gol com nove metros de largura e um metro e trinta de altura. As linhas de posicionamento dos jogadores, a linha do gol e algumas outras importantes para sua orientação são marcadas por um barbante preso com fita adesiva, permitindo que os atletas possam senti-las. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. Posicionados no espaço de três metros a partir da linha do gol, os atletas devem defender as bolas lançadas pela equipe adversária e lançá-las em direção do gol adversário, rasteiras, fazendo tocar em alguns pontos da quadra. Ganha o jogo quem fizer mais gols dentro dos vinte e quatro minutos que dura uma partida, dividido em dois tempos de doze minutos, com três de intervalo. Como cada equipe fica em seu espaço delimitado, não existe contato entre elas nesta modalidade, tornando-a mais fácil e de aparente segurança para novos esportistas. As equipes são formadas por três titulares e até três reservas; todos vendados ou utilizando um óculos opaco que impeça a visão de qualquer um dos jogadores. É permitida a participação de todo atleta B1 (cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem), porém todos jogam vendados. A bola possui guizos, em seu interior, que emitem sons -- existem furos que permitem a passagem do som -- para que os jogadores saibam sua direção. A bola tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg e é mais ou menos do tamanho da bola de basquete. O Goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo ou nos interva-

los, paradas técnicas e fim do jogo. Fonte: ~,http:ÿÿwww.cbdv.org.brÿ~ paginaÿgoalball~, Judô O judô é a única arte marcial dos Jogos Paralímpicos. Essa modalidade se tornou paralímpica em Seul, 1988. A estreia das atletas femininas aconteceu em 2004, nos Jogos de Atenas. No Brasil, a modalidade chegou no início da década de 1980. A primeira participação internacional foi em 1987, no torneio de Paris. No ano seguinte, em Seul, o país conseguiu três medalhas de bronze, iniciando uma grande trajetória de conquistas nesta modalidade. A modalidade, através de seus ensinamentos orientais, é muito importante para o cotidiano dos deficientes. Outra coisa importante é o aperfeiçoamento do equilíbrio, bem como para os deslocamentos do dia a dia dos atletas com deficiência visual. O judô é praticado por atletas cegos e com baixa visão que, divididos em categorias por peso, lutam segundo as mesmas regras da Federação Internacional de Judô. Poucos aspectos diferem do judô convencional. São eles: os atletas iniciam a luta com a pegada feita (um segurando no quimono do outro), a luta é interrompida quando os oponentes perdem o contato e não há punições para quem sai da área de combate. Judocas das três categorias oftalmológicas, B1 (cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem) lutam entre si. O atleta B1 é identificado com um círculo vermelho em cada ombro do quimono. O sistema de pontuação é igual ao olímpico e sua prática pode ser feita entre atletas cegos e não-cegos. Fonte: ~,http:ÿÿwww.cbdv.org.brÿ~ paginaÿjudo~, Futebol de 5 História Existem relatos que no Brasil, na década de 50, cegos jogavam futebol com latas ou garrafas, mais tarde, com bolas envolvidas em sacolas plásticas, nas instituições de ensino e de apoio a estes indivíduos, como o Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, o Instituto Padre Chico, em São Paulo, o Instituto São Rafael, em Belo Horizonte. Em 1978, nas Olimpíadas das APAEs, em Natal, aconteceu o primeiro campeonato de futebol com jogadores deficientes visuais no Brasil. A primeira Copa Brasil foi em 1984, na capital paulista. Contudo, o IPC -- Comitê Paralímpico Internacional -- reconhece como primeiro campeonato entre clubes, o acontecido na Espanha, em 1986. Na América do Sul, apesar da realização de alguns torneios anteriores, o primeiro reconhecido e organizado pela Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) foi a Copa América de Assunção, em 1997, onde o Brasil foi o grande campeão. Participaram quatro seleções: Brasil, Argentina, Colômbia e Paraguai. O primeiro mundial aconteceu no Brasil, em 1998, em Paulínia, São Paulo. O Brasil foi o primeiro campeão mundial, vencendo a Argentina na final. A participação do Futebol de 5 nos Jogos Paralímpicos aconteceu pela primeira vez, em Atenas -- 2004. Também, neste evento, o Brasil foi o campeão, ao superar, nos pênaltis, os argentinos por 3 a 2. A Seleção Canarinho possui mais dois títulos paralímpicos: em Pequim-2008, e o último, em Londres-2012, onde o Brasil sagrou-se tricampeão. Além dos títulos, a Seleção Brasileira foi a primeira equipe a marcar um gol em Jogos Paralímpicos. O autor do feito foi o atleta Nilson Silva, falecido em 2012. Como é praticado O futebol de 5 é exclusivo para cegos ou incapazes de distinguir a forma de uma mão. As partidas, normalmente, são em uma quadra de futsal adaptada com uma banda lateral (barreira feita de placas de madeira que se prolonga de uma linha de fundo à outra, com um metro e meio de altura, em ambos os lados da quadra, evitando que a bola saia em lateral, a não ser que seja por cima desta), mas, desde os Jogos Paralímpicos de Atenas, também vem sendo praticado em campos de grama sintética, com as mesmas medidas e regras do futebol de salão. Cada time é formado por cinco jogadores: um goleiro, que tem visão total, e quatro na linha, totalmente cegos e que usam uma venda nos olhos para deixá-los todos em iguais condições, já que alguns atletas possuem um resíduo visual (vulto) que dão, nesta modalidade, alguma vantagem a estes. Há, ainda, um guia -- o chamador -- que fica atrás do gol adversário, orientando o ataque de seu time, dando a seus atletas a direção do gol, a quantidade de marcadores, a posição da defesa adversária, as possibilidades de jogada e demais informações úteis. É o chamador que bate nas traves, normalmente com uma base de metal, quando vai ser cobrada uma falta, um pênalti ou um tiro livre. Contudo, o chamador não pode falar em qualquer ponto da quadra, e sim, quando seu atleta estiver no terço de ataque. Este terço é determinado por uma fita (marcação) que é colocada na banda lateral, dividindo a quadra em três partes: o terço da defesa, onde o goleiro tem a responsabilidade de orientar; o terço central, onde a responsabilidade é do técnico e o terço de ataque, onde a responsabilidade da orientação é do chamador. A modalidade, ao contrário do futebol convencional, deve ser praticada em um ambiente silencioso. A torcida, bastante desejada nesta modalidade, deve se manifestar somente quando a bola estiver fora do jogo: na hora do gol, em faltas, linha de fundo, lateral, tempo técnico ou qualquer outra paralisação da partida. A bola possui guizos, necessários para a orientação dos jogadores dentro de quadra. Daí a necessidade do silêncio durante o andamento da partida. Através do som emitido pelos guizos, os jogadores podem identificar onde ela está, de onde ela está vindo e podem conduzi-la. Regras De modo geral, são as mesmas utilizadas no futebol de salão convencional. Algumas daquelas que diferem são: dois tempos de vinte e cinco minutos, sendo os dois últimos de cada tempo, cronometrados e um intervalo de dez minutos; uma pequena área de onde o goleiro não pode sair para realizar defesa nem pegar na bola, de cinco por dois metros; após a terceira falta, é cobrado um tiro livre da linha de oito metros ou do local onde foi sofrida a falta. Ao contrário do que se imagina, a modalidade tem muitas jogadas plásticas, com jogadas de efeito inclusive. Muitos toques e chutes a gol. Os jogadores são obrigados a falar a palavra espanhola "voy" ("vou" em português), sempre que se deslocarem em direção à bola, na tentativa de se evitar choques. Quando o juiz não ouvir, ele marca falta contra a equipe cujo jogador não disse o "voy". No Brasil, o futebol é gerido pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais -- CBDV; internacionalmente, a gestão cabe à Federação Internacional de Esportes para Cegos -- IBSA (sigla em inglês). Atualmente, o esporte no Brasil é patrocinado pela Loterias Caixa. Fonte: ~,http:ÿÿwww.cbdv.org.brÿ~ paginaÿfutebol-de-5~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Memória Homenagem a Marco Antonio de Queiroz -- o MAQ O que as pessoas fazem pode ser substituído, as pessoas, não! Prezados, Há certas coisas que temos de dizer, mas que as palavras não são suficientes para expressar o que deve ser dito, precisa ser dito, merece ser dito. Hoje venho tentar dizer da importância de uma dessas pessoas que aparecem no mundo e fazem a diferença na vida de outras, mesmo quando estas, sequer sabem da existência delas. A internet está na vida de pelo menos metade da população brasileira e, certamente, de igual número de pessoas com deficiência visual. Uma pessoa, contudo, foi grandemente responsável por essa internet brasileira estar acessível para essas pessoas, seja pelo que fez, seja pelo que ensinou a outros que fizessem. O nome dele? Marco Antonio de Queiroz ou, apenas MAQ. Infelizmente, hoje venho dizer do passamento do MAQ, esse que foi, mas cujo trabalho e lições ficam em cada página acessível que conhecermos no Brasil, não porque ele fez a acessibilidade de cada uma, embora, bem que poderia ter feito, mas porque lutou para que a acessibilidade fosse uma realidade para todos. MAQ, agora, navega em sites, sem barreiras, com asas largas e numa rede, cujos portais entra com a velocidade de quem está leve, muito embora o arquivo esteja carregado de bits, de giga bits de benfeitorias neste mundo. Ele fez muito mais que isso: ele trouxe conhecimento a respeito da pessoa com deficiência; ele ajudou na remoção de barreiras atitudinais; ele foi inspirador de mudanças e incentivador delas. Mas, um homem não é só conhecido pelo que ele faz, pelo legado de suas produções ou de suas ideias; um homem é também conhecido pelo o que é. E MAQ foi uma dessas pessoas que dá a quem quer que o conheça razão de viver, de fazer o bem e de contribuir com o outro, mesmo quando ele próprio não vai se beneficiar do que luta em favor. MAQ é o que se pode chamar de exemplo. E digo isso no presente, pois isso que aprendi com MAQ, com a história do MAQ, nunca vai estar no passado, mas num presente contínuo. MAQ foi uma dessas pessoas, cuja vida foi de combate contra as doenças, em prol da vida, de sua vida, tanto quanto das de todos nós. Ele vai, sua energia em prol da vida não! MAQ sabia, como muita gente sabe, que não sou religioso, nem que tenho crenças sobre a pós-morte. Mas, isso não é importante. O importante é que ele não morreu para quem o tiver na memória, no sentimento de que ele apenas foi ali, que ele está apenas construindo mais um site acessível, com áudio-descrição, teclas de atalhos, headers e tudo mais. "Os Imprescindíveis" -- Bertolt Brecht “Há homens que lutam por um dia e são bons. Há outros que lutam por um ano e são melhores.

Há outros, ainda, que lutam por muitos anos e são muito bons. Há, porém, os que lutam por toda a vida, Estes são os imprescindíveis.” Isso nunca foi tão bem empregado num site, como o é para aqueles que estudam a inclusão no Brasil, para aqueles que tratam da história da educação brasileira, da inclusão digital, da áudio-descrição e das pessoas humanas, fica a sugestão de registrarem em seus TCCs, em suas monografias, dissertações e teses, a história e vida desse gigante com deficiência, prova viva de que as tormentas contra a saúde e a deficiência não passam de chuviscos quando a força e o desejo de viver são maiores. Por onde começar? Confiram: ~,http:ÿÿwww.bengalalegal.com~, O embasamento teórico? Acessibili-

dade, Inclusão Social e Direi- tos Humanos. Até logo, MAQ! Francisco Lima õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Acessibilidade e Inclusão Entrevista com Marco Antonio de Queiroz -- o MAQ “Se não amasse tanto a vida, já não estaria vivo”, ele diz, rindo. Ou: “O cego é um inculto visual.” Passional e de opiniões fortes, Marco Antonio de Queiroz, mais conhecido como MAQ, é um grande incentivador da acessibilidade. Aos 56 anos e cego desde os 21, é criador do site Bengala Legal, um dos maiores portais brasileiros sobre deficiências, consultor em acessibilidade na internet e autor do livro “Sopro no Corpo: Vive-se de Sonhos”. Aposentado desde 2003 como programador de computadores do SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados), é casado com Sônia, pai de Tadzo, de 24 anos e flamenguista fanático. Nem os graves problemas de saúde afetaram o bom humor e o riso fácil desse carioca que, franco, extrovertido e de fala mansa, conversou com *Outros Olhares*, inaugurando no blog a seção *Outro Olhar*, que pretende trazer a vocês, convidados, que, como o MAQ, tenham muita coisa bacana a dizer. Cegueira Perdi a visão por causa da diabete, que tenho desde os três anos de idade. Quando tinha 21, cheguei em casa na madrugada de sexta para sábado do carnaval de 1978, guardei o carro na garagem e fui dormir. Acordei cego. Mas nunca tive o que chamam de “morte do cara que enxergou e nascimento do cara que não enxerga”. Não me senti morrendo, me senti em transformação e tendo de aprender a ser cego -- aliás, continuo aprendendo (risos). Tenho um amigo que escala montanhas, é um cego sem os limites do cego. Comprou uma casa, orientou sozinho toda a reforma e fez uma pousada. A cegueira restringe seu mundo, sem dúvida nenhuma; mas, o quanto restringe vai depender da permissão que você der a essa restrição. Ao longo da vida, fui e continuo sendo muito mais restringido pela diabete do que pela cegueira. Inclusão Fui fazer um curso de processamento de dados no Instituto Benjamin Constant, aqui, no Rio de Janeiro, em 1981 (O Instituto foi fundado por D. Pedro II, em 1854, com o nome de Imperial Instituto dos Meninos Cegos). Eu era o único não-interno e o único que nunca havia sido aluno. Os colegas me diziam: “Que bom, você está no mundo lá fora!”.Isso foi muito marcante para mim. Eram mesmo dois mundos e continua sendo assim, principalmente, para pessoas com deficiência intelectual, que são formadas para o isolamento, são ensinadas a ser deficientes. Já para cadeirantes não existem escolas especiais, eles estão espalhados pelo mundo e, por isso são mais lutadores. Não é à toa que o símbolo internacional das pessoas com deficiência é um cadeirante. Há alguns anos, eu defendi a inclusão na lista de discussão na internet de ex-alunos do Benjamin Constant, enquanto o discurso ali era pela educação especial, isso em discussões de alto nível, com pessoas inteligentes e com a excelente formação dada pelo Instituto. Fiquei pouco à vontade para continuar e acabei saindo da lista, mas voltei há umas três semanas. Gratuidade e acessibilidade Quem é a favor da gratuidade é inimigo dos cegos. Gratuidade em produtos e serviços é a não-inserção da pessoa com deficiência na economia do país e, se a defendem, têm de lutar por um movimento que não seja exclusivo de quem tem deficiência, e sim de qualquer pessoa sem condições financeiras. Cego tem de ter acessibilidade. Audiodescrição Comecei a me envolver com audiodescrição em 2007, como jurado do “Assim Vivemos”, festival internacional de filmes sobre deficiências. Fui interlocutor de um chat para discussões sobre o festival, que aconteciam logo após a exibição de um dos filmes na TV Brasil, uma vez por semana. Também já fiz revisão de filmes e de descrições de imagens estáticas em livros. A audiodescrição é o recurso mais necessário e mais completo que existe para a pessoa com deficiência visual porque dá olho ao cego. Ainda falta muito, mas está crescendo, especialmente, a mal feita (risos). A falta de interesse e de luta dos próprios cegos pelo recurso é uma das maiores dificuldades para a implementação de uma audiodescrição de qualidade no país. Cultura O cego é um inculto visual. A cultura do cego é a falta de cultura. Não tem repertório cultural de teatro, cinema ou televisão, tem apenas o do rádio e está acostumado a isso. Outro dia, eu estava assistindo sozinho a um filme na TV de madrugada e fiquei sem saber o final, não entendi nada. O pior é que também não sei qual o título porque não é falado, só aparece escrito na tela. É frustrante mesmo, o cego se decepciona pela não compreensão, perde o interesse e simplesmente desiste, não luta pelo direito de acesso a produtos audiovisuais. Mudar isso, implementar e ampliar o visual na vida do cego encontra até resistência. Ele procura saber apenas o mínimo necessário para exercer suas atividades cotidianas. Se vai à farmácia, por exemplo, só sabe entrar e ir até o balcão, não dá importância ao que há em volta. Heroísmo Nenhuma pessoa com deficiência é heroína, como muita gente diz. Não há heroísmo algum nas milhares de histórias de superação de limites pessoais de quem é cego. Se me jogo na calçada para escapar de um atropelamento no meio da rua, não sou um herói, sou um sobrevivente e fiz isso por mim mesmo. Se impeço que uma velhinha seja atropelada, aí, sim, sou um

herói. Heroísmo é fazer pelo outro. Saúde Por causa da diabete, já fiz dois transplantes: um de rim e outro de pâncreas. Tive uma diverticulite e tirei 25 centímetros do intestino. Quando entrei no hospital para essa operação, saí com uma pancreatite aguda que me rendeu um mês de internação no CTI. Ainda tive um vírus no cérebro que se espalhou pelo corpo e paralisou algumas funções. Perdi um pouco da memória e, por isso parei de dar palestras. Outro dia não conseguia lembrar do nome do lugar em que estava e o nome era: posto de gasolina (risos)! Aplico insulina três vezes ao dia e meço a glicemia três vezes por dia também, isso quando está controlada. E tomo imunossupressores, remédios fortíssimos, que diminuem as defesas naturais do organismo para que não ataquem os órgãos transplantados, que são corpos estranhos. As defesas diminuem e, com isso, aumenta minha sensibilidade a vírus, bactérias e fungos, por isso saio muito pouco. Se vou a um banheiro de aeroporto, é certeza de pegar uma infecção. Aí, algumas vezes, preciso ficar internado no hospital durante catorze dias tomando antibióticos. Fiquei doido para participar do Segundo Encontro Nacional de Audiodescrição, no final do ano passado, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Estava tudo certo para ir, tinha acompanhante e tudo, mas passei mal e fiquei inseguro de viajar. Isso é o que me “torra” de verdade, as limitações impostas pela minha saúde. A cegueira, para mim, não é nada, são cócegas no pé. Se não amasse tanto a vida, já não estaria vivo (risos).

Religião Sou ateu. Mas estudei em colégio de padres e já passei pelo catolicismo, pela doutrina espírita e pela filosofia da Ordem Rosacruz. Já estava em uma busca espiritual antes de perder a visão, que só foi intensificada quando fiquei cego. Fico até triste de não acreditar em Deus e de não seguir uma religião (risos), porque seria um bom caminho para ter consolo e esperança. Ainda leio livros que tratam de religiões, porque gosto da paixão que vejo nos outros. Rotina Gosto dos amigos, livros e nada mais (risos)… Uso o computador, principalmente, para ler livros. Li recentemente dois de que gostei muito: *A Cicatriz de David*, romance sobre uma família marcada pelo conflito entre palestinos e israelenses, e *A Culpa é das Estrelas*, sobre o amor entre dois adolescentes com câncer, em uma história sem pieguice. Televisão só assisto mesmo porque sou louco por futebol! Acabo assistindo muito mais TV, quando estou internado e, infelizmente, com quase nada de audiodescrição. MAQ Sou um cara apaixonado, é a paixão que me move; não consigo evitar e, é somente com paixão que eu posso viver. Lucia Maria, em março de 2013 Fonte: ~,http:ÿÿoutrosolhares.~ blog.terra.com.brÿ2013ÿ03ÿ~ 06ÿoutro-olhar-entrevista-~ com-marco-antonio-de-queiroz-~ o-maqÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

IBC em Foco Conhecendo a surdocegueira Surdocegueira é uma deficiência única, e não um somatório de deficiências, em que a pessoa necessita de metodologias e técnicas específicas que atendam suas especificidades para uma vida independente. As perdas visuais e auditivas podem ser parciais, totais, progressivas e simultâneas dependendo da causa e/ou da etiologia. A surdocegueira se classifica em: 1- Surdocegueira adquirida É a pessoa que ficou com surdocegueira após a aquisição de uma língua (a LIBRAS -- Língua Brasileira de Sinais ou a Língua oral de seu país). Ou seja, pessoas que nasceram surdas e depois perderam a visão ou pessoas que nasceram cegas e depois perderam a audição ou que estão em processo de perda simultânea e/ou progressiva dos dois sentidos sensoriais. 2- Surdocegueira congênita É a pessoa que ficou com surdocegueira antes de adquirir uma língua (LIBRAS ou a língua oral de seu país). Causas As principais causas se dão devido à rubéola nos primeiros meses de gestação da mãe ou de síndromes neurológicas e das síndromes genéticas: Usher, Waandeburguer, Charge dentre inúmeras outras. Também podem ser de causa de acidente ou de doenças que atinjam ambos os sentidos. Necessidades A pessoa com surdocegueira necessita do apoio da família e de atendimentos que ajudem em seu processo de reabilitação. A principal necessidade é a comunicação. Pode se comunicar de diferentes formas: LIBRAS aproximada, LIBRAS tátil, Braille tátil, escrita em letra bastão tátil em alguma parte do corpo, desenhos, gestos naturais, tablitas com letras em alto relevo, com o uso do dispositivo eletrônico denominado linha Braille, entre outras formas a serem criadas. A melhor forma de comunicação depende de sua condição auditiva, visual, cognitiva, social e familiar. A pessoa com surdocegueira tem as mesmas necessidades e direitos de qualquer cidadão, podendo frequentar escolas regulares e/ou especiais ou centros de reabilitação que possam orientá-los a ter uma qualidade de vida. Fonte: PAAS -- Programa de Apoio e Atendimento à Pessoa Surdocega -- Instituto Benjamin Constant -- Tel.: (21) 3478-4480. O atendimento ao surdocego no Instituto Benjamin Constant “Não é a cegueira, mas a atitude das pessoas que vêem, face às pessoas cegas que constitui a mais difícil carga a suportar.” Helen Keller Iniciado em 1993, o “Programa Piloto de Atendimento ao Deficiente Auditivo-Visual”, hoje Programa de Atendimento e Apoio ao Surdocego -- PAAS, tem como objetivo possibilitar o desenvolvimento máximo do potencial do surdocego, promovendo a realização de atividades que venham ao encontro de suas necessidades individuais, favorecendo, assim, sua autorrealização. Este Programa destina-se prioritariamente a jovens e adultos surdocegos pós-linguísticos. As atividades, a frequência e a dinâmica dos atendimentos são definidos após avaliação inicial, quando serão levados em consideração todos os fatores intervenientes. Os programas, individuais, são então elaborados levando-se em conta as necessidades, interesses e condições do indivíduo. Tais programas incluem propostas de treinamento nas seguintes áreas: Comunicação Através de várias técnicas especiais o surdocego pode restaurar ou adquirir a comunicação tanto expressiva como receptiva. Assim, respeitando-se as diferenças individuais -- espécie, grau e estágio da perda auditiva e visual -- é desenvolvido um trabalho, visando incentivar o reabilitando surdocego a usar diferentes possibilidades comunicativas: linguagem oral, Língua de Sinais, alfabeto manual, Tadoma, Sistema Braille, datilografia comum, etc.

Estimulação auditiva Considerando-se o grau da perda auditiva e o tipo de deficiência, todas as metodologias enfatizam a necessidade de se estimular ao máximo, a audição residual. Assim, objetivando desenvolver a percepção sonora e a utilização funcional da audição, o trabalho de estimulação auditiva é iniciado, após a avaliação do profissional especializado e sob sua orientação. Estimulação visual Considerando que a eficiência visual depende do uso máximo da visão residual, faz-se necessário um plano de estimulação visual para o surdocego com algum resíduo de visão. A avaliação oftalmológica fornece os primeiros dados para o desenvolvimento do trabalho que inclui a escolha, dentre os recursos e equipamentos disponíveis, daqueles auxílios que melhor atendam suas necessidades individuais. Treinamento da fala As atividades específicas são desenvolvidas sob a orientação direta do fonoaudiólogo. Orientação e Mobilidade Refere-se ao uso sistemático e racional dos movimentos e sentidos remanescentes para permitir uma locomoção adequada, maior segurança e o máximo de independência que lhe for possível. Para tal, são desenvolvidas atividades nos espaços interno e externo da Instituição e em outros locais -- considerando-se as necessidades e possibilidades de cada indivíduo -- com o auxílio da bengala e do guia vidente.

Atividades da Vida Diária As atividades nesta área possibilitam o desenvolvimento de uma série de habilidades físicas, mentais e sociais que serão úteis no dia a dia e permitirão ao indivíduo atuar com o máximo de independência possível. Entre as atividades sugeridas, são realizadas aquelas que incluam: higiene e aparência pessoal, limpeza e arrumação da casa, preparação de alimentos, horticultura, jardinagem, pequenos reparos, etc. Entrevistas de orientação e ajuda aos pais O trabalho com os pais tem como objetivo apoiá-los, orientá-los e esclarecê-los, tendo em vista que parte do sucesso de qualquer trabalho de reabilitação deve-se à participação efetiva da família. Ocupação profissional Considerados os interesses e habilidades individuais, são desenvolvidas atividades profissionalizantes, tendo em vista a aquisição de hábitos de trabalho e a autorrealização do reabilitando surdocego. Reuniões de recreação e lazer São realizadas reuniões periódicas, dentro ou fora do espaço institucional, propiciando, assim, oportunidades para a troca de experiências e possibilitando a convivência com outras pessoas portadoras da mesma deficiência e com as mesmas necessidades. Atividades físicas e desportivas É incontestável a validade dos exercícios físicos e das práticas desportivas como meios de recuperação, melhoria, manutenção das capacidades funcionais e integração social. Respeitando-se, sempre, as preferências individuais, são incluídas no programa, atividades físicas e desportivas, de fundamental importância na reabilitação do surdocego. Atividades criativas Segundo Lowenfeld, “O papel das atividades artísticas, na Educação Especial, não é formar artistas nem cientistas”. As atividades criativas são inseridas no programa porque, além de contribuírem para aliviar tensões, têm como finalidade promover o desenvolvimento de técnicas artesanais que, quando utilizadas dentro das limitações de cada um, favorecem a autoconfiança e a iniciativa. O atendimento ao surdocego no Instituto Benjamin Constant é de caráter pedagógico e individualizado, respeitando-se as características de cada um. O professor-responsável pelo desenvolvimento do Programa acompanha o aluno nas diferentes etapas do processo para a efetivação da matrícula, nas avaliações médicas, bem como em todas as atividades interdisciplinares constantes do seu programa. Periodicamente, são realizadas avaliações que possibilitam, além do acompanhamento da evolução do reabilitando, a introdução no programa das alterações necessárias para desenvolver ao máximo suas habilidades e aptidões. Margarida A. Monteiro Fonte: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ index.php?itemid=98#kmore~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Nossa Casa Aumente a casa sem construir nada! Com as casas e os apartamentos cada vez menores, fazer todos os móveis caberem em poucos metros quadrados, sem deixar os cômodos entulhados, pode ser um verdadeiro desafio. Alguns truques simples ajudam a dar uma sensação de amplitude nos espaços. Acerte nas cores das tintas, nos móveis e na iluminação adequada para os ambientes, deixando cada cantinho de sua casa mais aconchegante. Reflexos planejados Usar espelhos é sempre uma boa opção para dar uma sensação de amplitude no ambiente e, em alguns casos, até jogar uma vista dentro de casa, mas planeje com cuidado a parede que ficará o espelho, pois você pode ter reflexos de luz indesejados. Evitar espelhos recortados em ambientes pequenos, o ideal são peças inteiras, mas não exagere! Use apenas em uma parede ou no máximo em “L”, se a sala não for muito grande. Cuidado para não colocar espelhos em áreas com muita bagunça, pois pode acabar criando a ideia de que há duas vezes mais bagunça no cômodo. Portas abertas Na hora de poupar espaços, as portas de correr são uma ótima ajuda, já que facilitam a circulação quando o ambiente é pequeno. Elas devem ser colocadas por uma boa empresa ou um marceneiro com experiência, senão, pode virar um transtorno como, por exemplo, ficar saindo do trilho ou não fechando direito. Bom também é evitar que sejam a porta de entrada da casa ou do apartamento, pois elas são mais frágeis que as portas convencionais. Esse tipo de porta é ótima para móveis, armários e também para separar cômodos dentro da casa sem causar transtornos nas passagens. Quando bem planejadas, podem ajudar na hora de esconder ou exibir detalhes da decoração de uma parede. Circulação sempre livre Resolver o problema da circulação pode não ser tão difícil quanto parece, o que vai decidir onde os móveis vão ficar é o layout sugerido pelo profissional. Mas, se você não pode ter um arquiteto ou decorador para ajudar, o ideal é sempre prestar atenção no tamanho do ambiente e nas suas necessidades. Posicionar todos os móveis colados na parede não é a melhor solução para resolver seu problema de espaço. O objetivo é deixar a passagem sempre livre e, se necessário, até pelos cantos. Outra dica importante é dividir os cômodos em vários ambientes, criando pequenas ilhas com diferentes funções: espaço para ver TV, para o jantar, para o computado, etc. Pinte corretamente Sempre ouvimos que o branco ou cores claras aumentam os espaços, isso é verdade, se temos uma mobília mais pesada ou inadequada ao ambiente. Podemos usar cores escuras em ambientes pequenos e conseguir resultados incríveis e super sofisticados. O objetivo pode ser alcançado, mesmo com paredes brancas ou tons de cinza e preto, se você souber ousar na hora de inovar o ambiente. Iluminação certa Ela pode valorizar, aumentar e sofisticar o ambiente, como também pode acabar com um bom projeto de arquitetura. Se você pretende deixar os cômodos maiores, uma boa opção seria colocar lâmpadas dirigidas para a parede, a fim de proporcionar uma ilusão de mais espaço. Quando é apenas um ponto central, as paredes ficam escuras e o ambiente parece menor. Lembre-se de que é melhor ter mais pontos de luz com lâmpadas fracas (60 W) do que um único ponto com uma lâmpada muito forte (200 W). Uma boa dica para deixar a sala mais aconchegante é colocar abajures ao lado do sofá ou poltrona. Com as dicas certas, não fica tão difícil fazer o espaço de casa parecer maior. Inspire-se e deixe sua casa ainda mais aconchegante, espaçosa e sofisticada. Fonte: ~,http:ÿÿwww.nopatio.com.~ brÿcomportamentoÿaumente-a-~ casa-sem-construir-nadaÿ~, (Texto adaptado). õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vida e Saúde Qual a diferença entre alergia e intolerância alimentar? Para algumas pessoas, um copo de leite pode descer muito mal. E não é que a bebida esteja estragada e o organismo tenha virado alvo de uma intoxicação deflagrada por bactérias. Às vezes, o próprio corpo tem ou adquire uma espécie de inabilidade para lidar com a proteína ou açúcar do leite, provocando, respectivamente, reações alérgicas ou uma intolerância. ”A alergia é mais comum nas crianças pequenas, enquanto a intolerância aparece nas maiores e nos adultos”, conta a alergista Renata Cocco, da Unifesp. A primeira se manifesta por meio de irritações na pele e no sistema respiratório (levando até a choque anafilático), além de dor de barriga. Já a segunda atormenta mais por conta de flatulências e desarranjos intestinais. Como os sintomas podem ser semelhantes, o recado é ficar de olho nessas crises e procurar um médico para obter o veredicto. Desordens bem distintas: entenda como ocorrem a alergia e a intolerância a um alimento Alergia Afeta entre 1% e 2% dos adultos e entre 6% e 8% das crianças de até cinco anos. Pode ser disparada por leite, milho, frutos do mar, amendoim, entre outros. A proteína do alimento, uma vez na circulação, é vista como inimiga por células de reconhecimento do sistema imune. Depois de sinalizar e convocar outras células, são produzidos anticorpos específicos que se ligam a frações dessas proteínas. Outras células de defesa se unem àquele combinado e liberam histaminas, as moléculas que geram os sintomas pelo corpo. Intolerância Até 60% das pessoas têm algum grau, ainda que bem leve, de intolerância à lactose -- o açúcar do leite -- e outros alimentos, como os que contêm glúten, podem provocar esse tipo de reação. Ela ocorre quando há uma quantidade menor de enzimas. Essas moléculas passam batido e são fermentadas por bactérias no cólon, causando desconfortos abdominais. Fonte: Revista Galileu -- Abril 2013, n.o 261. :::::::::::::::::::::::: Farinha de linhaça: contra a obesidade e doenças cardiovasculares A máxima “você é o que você come” é uma alusão à importância de se adotar uma alimentação saudável para alcançar o bem-estar, apesar de todas as tentações hipercalóricas oferecidas pelas lanchonetes que promovem o estilo fast-food, com seus hambúrgueres e batatas fritas. Nesse contexto, destacam-se os alimentos funcionais, que, além de suas funções nutricionais básicas, apresentam outras propriedades benéficas, como a melhora do metabolismo e a redução do risco de doenças. Entre eles, está a farinha de linhaça. Longe de ser apenas um produto saudável que está na moda, a farinha de linhaça pode ser uma grande aliada para combater a obesidade e, de quebra, diminuir o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. É o que alguns estudos coordenados pela professora Glorimar Rosa, do Instituto de Nutrição Josué de Castro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vêm comprovando, com o apoio do programa Jovem Cientista da FAPERJ. Fonte de fibras, proteínas e ômega-3, a farinha de linhaça é um alimento funcional conhecido por reduzir as concentrações de colesterol e melhorar o funcionamento intestinal. Para testar esses efeitos, Glorimar vem recorrendo a uma metodologia semelhante. Ela acompanhou durante 90 dias um grupo de voluntárias, formado por 220 mulheres com diferentes graus de obesidade. Elas passaram por consultas quinzenais com nutricionistas para avaliação antropométrica e verificação da composição corporal e fizeram coletas de sangue mensais para análise do perfil lipídico, de hormônios e glicemia. De acordo com Glorimar, algumas pacientes que aderiram ao uso da farinha de linhaça junto com uma dieta equilibrada conseguiram, sempre com recomendação médica apropriada, reduzir o uso de medicamentos para baixar as taxas de colesterol, para hipertensão arterial, ou mesmo para suspendê-los. “A adesão ao tratamento nutricional com a linhaça foi realmente eficaz para melhorar o perfil lipídico, o que sai muito mais barato para o paciente do que a compra de medicamentos, além de não provocar efeitos colaterais indesejados”, avalia. Débora Motta Fonte: *Jornal Bem Forte* -- Ano XI -- n.o 84 -- Julho de 2013. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Culinária Receitas Omelete de arroz recheado Ingredientes: 2 colheres (sopa) de óleo; 1 cebola picada; meio pimentão verde; 4 xícaras (chá) de arroz cozido; sal e pimenta a gosto; salsa picada a gosto; 2 tomates cortados em rodelas; 150 gramas de presunto fatiado; 150 gramas de muçarela fatiada; 4 ovos; 1 xícara (chá) de leite; 4 colheres (sopa) de queijo ralado; orégano a gosto. Modo de preparo: em uma panela, aqueça o óleo, doure a cebola e refogue o pimentão. Junte o arroz, o sal, a pimenta e a salsa. Desligue o fogo. Aqueça o forno a 200°C. Em um refratário untado, ponha metade do arroz, distribua uma camada de tomate, de presunto e muçarela. Cubra com o restante do arroz. No liquidificador, bata os ovos, o leite e o queijo ralado. Despeje por cima do arroz, polvilhe o orégano e asse durante 45 minutos ou até dourar. Sirva quente. Fonte: ~,http:ÿÿgoo.~ glÿz0aY0~, Escondidinho Ingredientes: 250 gramas de aipim picado; uma xícara e meia (chá) de água; uma xícara e meia (chá) de leite de coco; 2 colheres (sopa) de manteiga; 1 cebola pequena picadinha; 2 dentes de alho picadinhos; outra xícara e meia (chá) de água; sal a gosto; 200 gramas de recheio (de sua preferência: carne-seca, camarão, frango, carne moída, linguiça); 100 gramas de requeijão cremoso; 100 gramas de queijo coalho ralado. Modo de preparo: num liquidificador, coloque o aipim, uma xícara e meia (chá) de água e o leite de coco; bata para misturar os ingredientes. Coloque, numa panela, manteiga, cebola e alho e leve ao fogo baixo até a cebola murchar sem dourar. Adicione o aipim batido (feito acima), uma xícara e meia (chá) de água, tempere com sal a gosto e misture, mexendo sempre, até o aipim cozinhar. Se necessário, adicione mais água. Num refratário, coloque uma porção de aipim, uma camada de recheio (de sua preferência), uma camada de requeijão cremoso, cubra com o restante do aipim e polvilhe queijo coalho ralado. Leve ao forno médio pré-aquecido a 180°C, por 20 minutos até dourar. Sirva com salada verde. A seu gosto, varie o recheio: carne-seca, camarão, frango, carne moída... Barrinha de limão Ingredientes: 1 xícara e meia (chá) de farinha de trigo; #,c de xícara (chá) de açúcar; 1 colher (sopa) de manteiga em cubos gelada; 1 xícara (chá) de chocolate branco ralado; meia xícara (chá) de farinha de trigo; 1 xícara e meia (chá) de açúcar; ovos ligeiramente batidos; raspas e suco de 2 limões; açúcar de confeiteiro a gosto. Modo de preparo: em uma tigela, coloque a farinha de trigo e o açúcar. Misture. Adicione a manteiga até formar uma farofa. Espalhe a farofa em uma assadeira e leve ao forno médio pré-aquecido a 180°C, por 15 minutos. Retire do forno e salpique o chocolate branco ralado. Creme: coloque em uma tigela a farinha de trigo, o açúcar, os ovos batidos, as raspas, o suco de limão e misture bem. Despeje sobre a massa com chocolate branco (feito acima) e leve novamente ao forno por 25 minutos ou até firmar. Retire do forno e deixe esfriar. Salpique açúcar de confeiteiro a gosto, corte em barrinhas e sirva. Ana Maria Braga Fonte: *Revista Canal Extra*/2012. Tempurá O Tempurá é um prato delicioso e bastante apreciado. Registros indicam que a receita foi criada no século XVI. A rede Lig-Lig ensina como preparar o Tempurá de camarão ou legumes. Veja o que você vai precisar e mãos à obra! Ingredientes: 1 xícara (chá) de cenoura ralada; 1 xícara (chá) de cebola fatiada; 1 xícara (chá) de cebolinha picada; 2 xícaras (chá) de repolho picado; 500 gramas de camarão médio limpo (pode ser com a casca, porém sem cabeça). Para a massa, você irá precisar: 2 xícaras (chá) de água gelada; 1 xícara (chá) de farinha de trigo; 1 colher (sobremesa) de sal; 1 colher (café) rasa de fermento em pó; 1 saquinho de sazón (amarelo ou laranja) -- opcional. Modo de preparo: em uma travessa grande misture bem todos os ingredientes da massa. Acrescente os legumes e o camarão. Aqueça bastante óleo em uma frigideira e vá colocando pequenas porções, quando estiver bem quente. Deixe dourar de um lado e depois vire, para que o outro também doure. Retire do óleo e deixe escorrer em papel absorvente. Se preferir uma versão vegetariana, assim como a Lig-Lig possui, substitua o camarão por verduras e legumes ao seu gosto. Uma dica especial é servir com um pouco de molho shoyu, muito utilizado na culinária chinesa e que acrescenta sabor único ao alimento. Bom apetite! Fonte: *Jornal Posto Seis*, Edição 356 -- 2ª quinzena de fevereiro de 2013. Suflê de milho e tomate Ingredientes: 1 xícara de polpa de tomate; 2 ou 3 espigas de milho; 1 xícara de migalhas de pão fresco (sem torrar); 1 colher de manteiga ou azeite; 1 colher de açúcar; 2 ovos; sal a gosto. Modo de preparo: ferva a polpa de tomate misturada com a manteiga e o açúcar. Salgue e despeje a mistura com as gemas batidas, misturando sem parar. Junte tudo com o milho e as migalhas de pão, mexa e coloque sal. Bata as claras em ponto de neve e misture com os ingredientes anteriores. Coloque tudo em uma assadeira untada e asse por 30 minutos ou até ficar firme. Croquete de arroz com geleia Ingredientes: meia xícara de arroz cru; 1 xícara e meia de água fervendo; 1 colher rasa de azeite; 1 colher de açúcar; 1 fatia fina de casca de limão; 1 ovo; 1 pitada de sal. Modo de peraparo: lave bem o arroz e escorra-o. Junte com a água fervendo e a casca de limão, fervendo lentamente até que o arroz pareça seco. Tampe e cozinhe no vapor por 10 minutos em fogo baixo. Bata um ovo e junte com o açúcar e o azeite, misturando isso com o arroz quente. Deixe esfriar e faça bolinhos do tamanho de um

ovo e abra um pequeno buraco na parte de cima de cada um. Fonte: *Jornal Posto Seis*, Edição 356 -- 2ª quinzena de fevereiro de 2013. :::::::::::::::::::::::: Pro dia render feliz Café da manhã: pão integral com queijo minas, suco de laranja com meio limão espremido, hortelã e gelo e uma banana. Colação: uma fatia de melão ou melancia. Almoço: Arroz integral, feijão, peixe assado, brócolis ao vapor e salada de tomate. Como sobremesa, 30 gramas de chocolate com 60% de cacau. Lanche: quatro unidades de castanhas de caju ou do Pará, um iogurte desnatado com uma colher de chá de lecitina de soja e uma fatia de melancia ou melão. Jantar: arroz integral, lentilha, carne de soja refogada ou omelete de queijo branco feito no forno e salada de alface com aipo. Ceia: cinco nozes e quatro damascos secos. Fonte: *Revista O Globo* -- 7 de agosto de 2011. :::::::::::::::::::::::: Preparos para cada corte de carne Alcatra -- macia e com pouca gordura, é indicada para bifes, picadinhos, guisados, churrasco e rosbife. Contrafilé -- corte bastante saboroso, entremeado por gordura. Fica bom frito em bifes ou cortado em pedaços menores, como em espetinhos. Coxão duro -- carne magra e dura, geralmente utilizada moída e empregada em recheios, molho à bolonhesa, croquete e hambúrguer. Também fica boa em receitas com longo tempo de cozimento, como bife de panela ou bife a rolê. Coxão mole -- corte magro que, apesar do nome, não é muito macio. Os usos são os mesmos do coxão duro. Filé-Mignon -- corte magro e muito macio indicado para bifes, picadinhos, estrogonofe e rosbife. Por ter sabor pouco acentuado, deve ser servido ou preparado com molho. Fraldinha -- muito saborosa e macia. Indicada para churrascos, bifes e assados. Lagarto -- carne magra e dura usada para rosbife fatiado e carne assada (cozida com molho na panela ou na pressão). Pode ser salgada e congelada para ficar mais macia (carne de sol). Maminha -- o cozimento deve ser rápido (mal passado) ou muito longo, no forno ou no fogão. Músculo -- carne dura, gelatinosa e saborosa. Precisa de cozimento prolongado, que pode ser feito na pressão. Ótima em cozidos, sopas, guisados. Preparada no molho de vinho tinto (boeuf bourguignon). Quando cortado com osso, é chamada de ossobuco. Patinho -- mesmos usos do coxão duro. Picanha -- carne macia e saborosa, coberta por uma grossa capa de gordura. Ótima para churrascos, bifes e rosbifes. Nádia Lamas Fonte: *Jornal Correio Carioca*, Ano XI -- n.o 112/Junho de 2013. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo RBC Informa XVI Encontro Nacional De Usuários De Dosvox, Bento Gonçalves -- RS Prezados amigos! A Comissão Organizadora do XVI Encontro Dosvox tem a honra de convidá-los a participarem deste importante e tradicional evento que será realizado de 15 a 17 de novembro deste ano, na cidade de Bento Gonçalves -- RS. Estamos nos preparando para recebê-los, aqui, na Serra Gaúcha com a hospitalidade que nos é característica. Queremos proporcionar-lhes uma estadia inesquecível, além de garantir toda a infraestrutura para que o evento seja um sucesso. Disponibilizamos 350 vagas, para que todos possam participar. Bento Gonçalves tem origem na colonização italiana. Nosso povo caracteriza-se, dentre outros aspectos, pela comida boa e pela alegria e empreendedorismo. Somos, ainda, a capital brasileira do vinho. Aqui, são fabricados alguns dos melhores vinhos do Brasil, com reconhecimento, inclusive, no exterior. Queremos ser sua casa no feria-

do de 15 de novembro de 2013. Sejam bem-vindos! Sejam bem-vindas! Fonte: ~,http:ÿÿpontodevista.~ org.brÿdosvox~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Espaço do Leitor Nossas considerações Em primeiro lugar, agradecemos as cartas e e-mails recebidos dos nossos leitores. Ressaltamos que essas correspondências são cada vez mais importantes para direcionar nosso trabalho e lembramos que o objetivo é sempre atender à preferência de leitura de vocês, leitores. Assim, estamos buscando textos mais diversificados, incluindo curiosidades, lugares interessantes do mundo e do Brasil e temas para reflexão, entre outros. No entanto, não nos afastaremos dos temas relacionados às pessoas cegas e de baixa visão. Em resposta a uma leitora que sugere a mudança no nome da RBC, retirando a palavra *cegos*, entendemos que, se fizéssemos assim, estaríamos perdendo a identidade da própria revista, criada em 1942 por uma pessoa cega para pessoas cegas. Dessa forma, teríamos outra revista e não a RBC. É importante que a palavra *cego* não choque ninguém, já que esta é uma situação concreta. Considerando algumas incorreções apontadas com relação à Língua Portuguesa, convidamos o Professor Paulo Felicíssimo Ferreira para retornar à função de revisor final das nossas revistas, o qual aceitou prontamente. Ele estará conosco a partir do número 531 (Setembro/Dezembro de 2013). Queremos receber mais correspondências de vocês, leitores. Com o objetivo de publicá-las na RBC, solicitamos que sejam utilizadas até 50 palavras, dizendo quais assuntos gostariam que fossem abordados nos próximos números. Comissão Editorial Correspondência “Eu sou o José Ricardo Moura de Brasília. Eu gostaria de fazer novas amizades.” Endereço: Qnn 19 -- conjunto M -- casa 25 -- Ceilândia Norte -- DF -- CEP 72225-203 -- e-mail: ~,jricardobsb78@gmail.com~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Datas Comemorativas Setembro 07 -- Independência do Brasil 08 -- Dia Internacional da Alfabetização 17 -- Dia de Fundação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos em 1854 21 -- Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência Outubro 12 -- Dia do Descobrimento da América; Dia da Criança. 15 -- Dia do Mestre 24 -- Dia das Nações Unidas -- ONU 28 -- Dia do Funcionário Público Novembro 05 -- Dia da Ciência e Cultura 15 -- Proclamação da República 19 -- Dia da Bandeira 20 -- Dia Nacional da Consciência Negra Dezembro 03 -- Dia Internacional do Portador de Deficiência 10 -- Declaração Universal dos Direitos Humanos 25 -- Natal õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vocabulário Alusão: s. f. Referência a determinado assunto ou pessoa. Antepomos: Do verbo antepor; pôr antes. Aquietamento: Ação ou efeito de tornar-se quieto. Avaliação antropométrica: Conjunto de técnicas para medir o corpo humano. Barreiras atitudinais: Referente a posturas preconceituosas. Autônoma: adj. f. Independente de governos. Cálices: s. m. pl. Sentido figurado; tipo de taça, geralmente com pé ou haste longa e base redonda, para tomar bebida alcoólica (no texto, é utilizado com o sentido de receptores). Choque anafilático: O choque anafilático é uma reação alérgica, de hipersensibilidade imediata e severa, que afeta o corpo todo. A sua manifestação mais grave é quando provoca inchaço e obstrução de vias aéreas superiores e/ou hipotensão, que pode ser fatal. Comungar: v. t. d. i. Compartilhar. Deflagrada: Particípio do verbo deflagrar; provocada, desencadeada. Desígnios: s. m. pl. Projetos, planos. Diverticulite: s. f. Inflamação de algum divertículo -- Apêndice normal ou patológico, em forma de pequeno saco, em órgão tubular (divertículo do esôfago/do cólon). Dualidade: s. f. Conflito. Emergiram: v. i. Manifestaram-se, ocorreram, aconteceram. Entremeado: adj. m. sing. Intercalado, entre as partes. Etiologia: s. f. sing. Estudo sobre a causa ou a origem de uma determinada doença. Evanescente: adj. Que desaparece, se transforma ou se esvai. Fadados: adj. pl. Destinados a alguma coisa. Fardo: s. m. Sentido figurado; aquilo que é penoso, difícil de fazer, carregar ou suportar. Fascismo: s. m. Sistema instituído por Mussolini (1883-1945), na Itália, caracterizado pela defesa de um nacionalismo exagerado e pelo exercício de um poder centralizado e ditatorial baseado na repressão de qualquer forma de oposição. Glicemia: s. f. Quantidade de glicose no sangue, que pode estar na faixa normal ou acima (hiperglicemia) ou abaixo (hipoglicemia) dela. Glúten: O glúten é uma proteína que se encontra na semente de muitos cereais, combinada com o amido. É responsável pela elasticidade da massa da farinha, o que permite a sua fermentação. Normalmente, é obtido da farinha de trigo. Muitas pessoas são alérgicas ao glúten e podem sofrer danos na mucosa do intes-

tino se usarem produtos que contenham glúten. Guisados: Particípio passado substantivado de guisar; refeição preparada com alimentos refogados e depois cozinhados com um pouco de água e por vezes vinho. Histocompatibilidade: s. Grau de semelhança ou identidade genética entre dois tecidos ou dois órgãos, que possibilita ou não a implantação ou o enxerto de um no outro sem que ocorra processo de rejeição. Ideologias: s. pl. Conjunto de ideias, pensamentos e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas. Inexorável: adj. Algo que não pode ser evitado ou mudado. Infraestrutura: s. f. O conjunto de serviços públicos de uma cidade, como rede de esgotos,

transportes, energia elétrica, gás canalizado, etc. Intransigentes: adj. pl. Irredutíveis, que não fazem nenhuma concessão. Layout: Palavra estrangeira; disposição dos móveis num espaço, levando-se em consideração a sua funcionalidade, tamanho, distribuição ou a organização. Lecitina: s. f. sing. Essencial para o metabolismo das gorduras, encontrada na gema do ovo e nas células animais e de muitos vegetais. Língua de sinais: Método criado no século XVIII pelo abade Michel de L'Epée, o primeiro a considerar a linguagem gestual como a língua natural dos surdos. Consiste numa forma de comunicação visomotora, construída no espaço através de movimentos das mãos em diferentes configurações e pontos de contato no corpo. Nanismo: s. m. sing. Anomalia caracterizada por pouco desenvolvimento ou interrupção prematura do crescimento de um indivíduo, gerado devido a problemas hormonais. Opacidade: s. f. Qualidade ou estado de opaco; que impede que se veja através dele. Pancreatite: s. f. Inflamação do pâncreas. Paranoia: s. f. Perturbação mental que se manifesta por desconfiança; inclinação para a interpretação falsa da realidade. Perenização: Substantivo formado a partir do verbo perenizar; ato de perenizar, tornar contínuo, permanente. Pieguice: s. f. Sentimentalismo excessivo, exagerado. Remanescentes: adj. pl. Que restam, que sobram. Rosbife: s. m. sing. Peça de carne bovina alongada, geralmente cortada do filé ou da alcatra, preparada de modo que fique tostada por fora e mais ou menos sangrenta no interior. Simultânea: adj. f. pl. Que ocorrem ao mesmo tempo. Sistema Imunológico: Sistema que protege o organismo contra as doenças. Tadoma: Método de linguagem receptiva onde a pessoa surdocega, através do tato, decodifica a fala do seu interlocutor. Consiste em colocar a mão no rosto do locutor de tal forma que o polegar toque, suavemente, seu lábio inferior e os outros dedos pressionem, levemente, as cordas vocais. Este procedimento possibilita a interpretação da emissão dos sons através do movimento dos lábios e da vibração das cordas vocais. Tendências: s. f. pl. Disposições, intenções. Totalitaristas: adj. f. pl. Referente ao totalitarismo; governos sem espaço para a democracia.

Transitoriedade: Substantivo derivado do adjetivo transitório; qualidade do que é temporário, breve. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra