õeieieieieieieieieieieieieieio õ Revista Brasileira o õ para Cegos o õ o õ Ano LXVIII -- n.o 521 o õ outubro-dezembro de 2010 o õ o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral do IBC o õ Sra. Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador da RBC o õ Prof. José o õ Espínola Veiga o õ Responsável pela RBC o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca -- Rio de Janeiro o õ RJ -- Brasil o õ 22290-240 o õ Tel.: (21) 3478-4457 o õ o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Editorial :::::::::::::: 1 A Borboleta ::::::::::: 2 Crime e Castigo ::::::: 4 Amor em Auschwitz ::::: 8 Pedras que Falam :::::: 11 Lawrence da Arábia :::: 14 Cadeia Ink :::::::::::: 21 Virando a Cama :::::::: 24 O Pastor :::::::::::::: 29 Sexo na Antiguidade ::: 35 Minha Deficiência ::::: 40 Ser Cego :::::::::::::: 43 Joias da Humanidade ::: 45 Histórias Interessantes :::::::: 47 Artes :::::::::::::::::: 50 Brasil ::::::::::::::::: 53 Ecologia ::::::::::::::: 60 Lugares do Mundo :::::: 63 Ciência e Saúde ::::::: 66 Variedades ::::::::::::: 82 Informativo IBC :::::: 105 Noticiário Especializado :::::::: 106 Troca de Ideias ::::::: 110 Ao Leitor ::::::::::::: 111 Eleião Há algumas décadas, o povo brasileiro e de outros países da América do Sul ficaram sem o direito de votar pois havia uma ditadura imobilizante que os impedia de exercer a livre escolha de seus candidatos ao Parlamento, o que os humilhava perante outros povos capazes de manter seu pensamento audível. No início do século XX as sufragistas da Inglaterra lutaram e muitas morreram tentando obter o mesmo direito que os homens tinham: o de votar. Aproveitemos a oportunidade da escolha. Jamais outro período sem podermos optar por este ou aquele candidato! Conscientizemo-nos de que é com esta poderosa arma que contribuiremos para os rumos de nosso país. Somente um povo livre para eleger seus representantes é forte o suficiente para manter a democracia. Nosso voto significa nossa liberdade, impedindo o caos de uma naão sem mando. ¨:::::::::: A Borboleta "Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo; um homem sentou-se e observou a borboleta por várias horas conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer esforço. Ela parecia ter ido longe demais, e faltavam-lhe as forças. Então o homem decidiu ajudar a borboleta: pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem se esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se firmar a tempo. Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendeu, que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para rompê-lo eram os meios usados por Deus, a fim de que o fluido do corpo da borboleta passasse às asas, e, uma vez livre do casulo, ela estivesse pronta para voar. Algumas vezes, o esforço é justamente o de que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar. ¨:::::::::: Crime e Castigo Fiódor Dostoievski Clássicos Inesquecíveis Um romance policial, na superfície. Um ex-estudante empobrecido planeja cuidadosamente um crime para sair da penúria. Resolve matar a velha usurária com quem penhora bens todo mês e, para tal, visita-a certo dia com a desculpa de arrumar a disposião dos móveis em seu apartamento, verificar o movimento do prédio onde ela mora e outros detalhes importantes. No dia escolhido para o crime, no entanto, nada sai como ele planejara. Assassina a velha a golpes de machado, mas a irmã dela surge logo após, pela porta que fora... deixada aberta. O ex-estudante é obrigado a assassiná-la tam- bém, e vasculha rapidamente o quarto da velha para pegar apenas alguns objetos penhorados e uma bolsinha com dinheiro que estava no pescoço dela. Em seguida, por pouco não é surpreendido por dois outros fregueses de Aliona Ivanovna (este é o nome da usurária), mas acaba escapando por um golpe de sorte e praticamente sem deixar vestígios. Só que a partir daí a vida de Raskolnikov -- o ex-estudante vira um inferno. E cai por terra qualquer semelhança com uma história policial. Afinal, "Crime e Castigo", romance escrito por Fiódor M. Dostoievski em 1865,

um clássico da psicologia em literatura. Mas qual o segredo de "Crime e Castigo"? É um livro extremamente cruel: Raskolnikov considera-se no direito de tirar a vida da usurária, uma pessoa inútil, uma parasita; na sua arrogância, ele se sente superior, apesar de sempre corroído pela dúvida, e desorientado pela miséria em que vive. O próprio Dostoievski esboçou essa ideia numa carta ao editor Katkov, de setembro de 1865: seu personagem é "um jovem estudante de classe média baixa que foi expulso da universidade e vive em tremenda pobreza, e sucumbe -- por falta de raciocínio e convicões sólidas -- a certas ideias estranhas que flutuam no ar. Ele resolve matar uma mulher idosa (...), que empresta dinheiro a juros. A velhinha é estúpida, surda, doente e avarenta. (...) "Ela não vale nada"; "para que ela vive"? (...) -- tais questões desorientam o rapaz". Raskolnikov, contudo, não quer matar para resolver seus problemas, somente: quer tam- bém salvar a irmã das investidas do patrão dela, na casa de quem trabalha como dama-de- -companhia; ajudar a mãe, tirá-la da pobreza; auxiliar o ex-funcionário público Marmeladov, alcoólatra, cuja filha Sônia se prostitui para sustentar a família; e também poupar esta última de tão terrível sofrimento. Assim, Raskolnikov comete o crime, mas tudo sai às avessas e ele se vê torturado pelo seu ato. O medo o assalta, pesadelos o visitam, o organismo já debilitado e febril quase não resiste à pressão da consciência. No fim, a única saída possível para o rebelde: a expiaão da culpa através da confissão completa. A pena: oito anos na Sibéria. O amor de Sônia -- que o acompanhou até a Sibéria -- o apoia na decisão. O livro foi um marco no estilo de Dostoievski. ¨:::::::::: Amor em Auschwitz Revista Aventuras na História O polonês Israel Arbeiter passou cinco anos em poder dos alemães. Sobreviveu ao tifo e se fingiu de morto para não ser executado. Nos campos nazistas, perdeu a família -- mas achou a mulher de sua vida. Dentro da fria lógica dos nazistas, que tatuavam números em seus prisioneiros, ele era o A18.651. Ela era o A14.016. Foi num campo de concentraão -- Starachowice, na Polônia -- que Israel Arbeiter e Anna Balter, iniciaram uma história de amor que dura até hoje. Ambos judeus e poloneses, eles se conheceram em 1940, enquanto realizavam trabalhos forçados para os alemães. Depois de contrair tifo e sobreviver a uma execuão de prisioneiros, Arbeiter ficou escondido no alojamento onde estava sua família. Só não morreu de fome porque Anna, clandestinamente, enviava-lhe pequenas porões de pão. Em 1942, Arbeiter foi separado da família e de Anna e levado para Auschwirz, também na Polônia. Em 1944, foi transferido para outro campo de concentraão, na Alemanha. No ano seguinte, às vésperas da derrota dos nazistas, so- breviveu a uma das "marchas da morte" de Hitler, em que os prisioneiros eram obrigados a andar dias sem descanso ou comida. Fugiu, escondeu-se na floresta e foi achado por tropas aliadas. Ainda em 1945, Arbeiter partiu em busca de Anna. Roubou uma motocicleta, cruzou a Alemanha até o campo de refugiados em que ela estava e a pediu em casamento. Hoje, aos 81 anos, ele se orgulha de dizer que ela é sua "boneca". Comerciante aposentado, Arbeiter é presidente e fundador da Associaão Americana dos Sobreviventes do Holocausto da Grande Boston. Ele e Anna moram nos Estados Unidos desde 1949, onde tiveram três filhos e três netos. E ainda exibem nos braços, tatuagens com os números. "Não as tiramos porque não queremos esquecer jamais o que passou", diz Arbeiter, que se esforça para transmitir às próximas geraões as piores lembranças de sua vida. "Daqui a 10, 20 anos, não haverá mais nenhum sobrevivente. Não podemos deixar a história morrer com a gente." Os números nos braços levaram Anna e Israel a se reencontrar no pós-guerra. ¨:::::::::: Pedras que Falam Roberta Jansen Sob as pedras, o homem encontrou abrigo. Sobre elas, fez seus primeiros rabiscos e inventou a arte. Lascando as rochas, criou armas e ferramentas. Modelando-as, fez surgirem utensílios, esculturas e palácios. A história da pedra é também a história da evoluão do homem e das sociedades. E o estudo das rochas usadas nas construões históricas do país, revela muito sobre a formaão das cidades brasileiras. Normalmente, na geologia, tratamos de temas que são interessantes, mas que passam despercebidos para a sociedade de modo geral. As rochas estão desde sempre no nosso dia-a-dia, de forma direta ou indireta. É o material com que o homem começa a conquistar o mundo. E é o material que usa até hoje, embora, muitas vezes, nem se dê conta disso. O homem usou a rocha para se proteger, para fazer as pinturas rupestres. Utilizou a rocha moída para fazer o pigmento. Todos os instrumentos foram feitos, originalmente, em pedra; uma tecnologia que foi avançando à medida que o homem aprendia a beneficiar melhor esse material. Com o tempo, ele foi aprendendo a trabalhar melhor as rochas e foi lançando mão delas para ornamentaão. E se em tempos imemoriais o homem buscou abrigo sob as rochas, até hoje se vale delas para proteão. A pedra é indissociável da construão civil. Não se imagina hoje uma casa sem pedra. O homem saiu da caverna, mas, de alguma forma, continua se abrigando sob a rocha. A variedade das rochas e a proximidade delas foi determinando seu uso. Na escultura, por exemplo, diferentes culturas escolheram os calcários, os mármores, que são mais macios, e, de preferência, os brancos, como o de carrara. A ardósia, por sua vez, sempre foi muito usada em telhas porque é leve, não exige um telhado muito reforçado. Há ocasiões em que as escolhas são impróprias, como as rochas vulcânicas usadas no calçamento de Pompeia. Os sulcos ali gravados mostram que elas eram impróprias para esse uso, muito macias; mas

eles não dispunham de outras opões. ¨::::::::: Lawrence da Arábia Revista Caminhos da Terra Nos primeiros anos do século XX eram muitos os lugares desolados e inexplorados. Quem quisesse conhecer um país distante tinha que se alistar no Exército ou ir por conta própria. Fascinado por uma das regiões mais antigas e disputadas do mundo, o jovem inglês Thomas Edward Lawrence não poupou alternativas. Passou três anos na Síria, trabalhando como arqueólogo, e, com o início da I Guerra Mundial, em 1914, foi enviado para o Cairo como cartógrafo do Exército inglês. Mas Lawrence era um homem diferente. Além de falar árabe, conhecia como ninguém a história do poderoso Império Otomano, liderado pelos turcos. Em 1916, foi designado para uma delicada missão diplomática: entrar em contato com os árabes, que queriam a independência de seu povo. A identificaão do inglês com esse povo foi imediata. Dali em diante, o mapa do Oriente Médio começaria a mudar. E o jovem Thomas passaria a ser conhecido como Lawrence da Arábia. O primeiro encontro foi com o líder árabe Sharif Hussein, que reinava na província de Hejaz, onde ficava a cidade sagrada de Meca, e liderava a revolta Árabe contra Constantinopola, capital do império. Simpático à causa árabe, Lawrence logo se juntou a Faiçal, filho de Hussein, e começou a organizar investidas contra os turcos. A primeira grande vitória das forças comandadas por Lawrence e Faiçal foi conquistar a cidade de Aqaba por terra, feito que muitos consideravam impossível por causa da grande distância a ser percorrida no inclemente deserto. Era preciso jogar dos dois lados. Para a Inglaterra, Lawrence era um contato valioso. Para os árabes, o único homem que poderia levá-los à emancipaão. Mas, para isso, tribos rivais de beduínos teriam que se unir e superar antigos ódios. A recompensa, no entanto, era atraente. Além da liberdade, a Inglaterra lhes daria armas e dinheiro. Após quatro séculos de domínio turco, os árabes finalmente começavam a se organizar para conquistar a independência graças à valiosa ajuda do império britânico, que tinha seus próprios interesses em minar as forças do Império Otomano e expandir seu domínios na região. O destino final era Damasco, a tão sonhada capital dos árabes. Chegar lá supunha vencer a dureza do deserto. Era um deserto rude e seco, como seu povo. Não havia sido fácil convencer os árabes de que a luta valia a pena. Os beduínos são um povo nômade agrupados em tribos de até cinquenta pessoas. O líder, em geral, tem quatro ou cinco esposas. Cada esposa possui vinte ovelhas e algumas cabras. Há tendas separadas para homens e mulheres, assim como trabalhos, obrigaões, até bebidas: café para os homens e chá para as mulheres. Cada tribo esgota os recursos de um local antes de ir para outro e, por causa da escassez de lugares, as invasões de território por outras tribos não são bem vistas nem facilmente esquecidas. Por outro lado, os visitantes são muito bem recebidos. A matéria-prima das tendas é a lã de carneiro tecida pelas mulheres. O líder só mata os animais em ocasiões especiais ou sa- crifícios. Os beduínos geralmente se alimentam de verduras, trigo, grão-de-bico, favas, hortelã e frutas como tâmara e sabra. Os mortos são enterrados somente com duas pedras, marcando cada extremidade da sepultura. As mulheres cozinham e cada filha a ajuda de acordo com a idade. Todos os dias, o líder escolhe de qual esposa vai comer a comida. Lawrence tinha grandes ideias. Uma delas era destruir a ferrovia Hejaz de tempos em tempos e em locais diferentes, no intuito de manter os turcos imobilizados e ocupados demais com os estragos para impedir os árabes de chegar até Damasco. Mas o grande desafio de Lawrence era reunir tribos rivais em uma mesma luta. Só ele poderia convencer os árabes de que a independência valia mais que qualquer inimizade. Chegar a Damasco seria, além de um grande trunfo, um enorme alívio para todos. Lawrence e os árabes entraram em Damasco no dia 3 de outubro de 1918. Logo depois, chegariam as tropas inglesas lideradas pelo general Allenby. Apesar da entrada triunfal em Damasco e de todos os esforços dos árabes, a Inglaterra, ao mesmo tempo que prometia ajudar a causa da independência árabe, havia feito acordos com a França e a Rússia para dividir o Império Otomano. Faiçal foi instalado pela Inglaterra como rei do Iraque, e seu irmão, Abdullah, como rei da Jordânia. Durante a II Guerra Mundial, tanto quanto antes e depois dela, a maioria dos países da região se tornaria independente, como a Síria, o Líbano e a Arábia Saudita, mas a discórdia que os ingleses semearam perdurou. Lawrence foi recebido como herói em seu país, contudo logo ficaria ressentido com os caminhos tomados pelo imperialismo inglês. Sem buscar mais glórias, voltou anonimamente ao serviço na Aeronáutica inglesa, a RAF, em 1922, onde permaneceu por doze anos. Ele contou sua experiência no Oriente Médio no livro "Os Sete Pilares da Sabedoria". Lawrence morreu em 13 de maio de 1935, num acidente de

moto numa pequena estrada rural de sua pacata Inglaterra. ¨:::::::::: Cadeia Ink Revista Superinteressante Desejadas ou impostas, as tatuagens feitas na cadeia contam a história do tatuado. Conheça esse código, marcado na pele para sempre. Mó Visu -- Muitos presos se tatuam por razões estéticas mesmo, evitando as ligadas ao crime. Mas malandro escolado não entra em modinha. "A descrião que a polícia tem de quem é fichado inclui tatuagens. Fica fácil ser reconhecido se usar as marcas típicas da cadeia", diz um detento de 24 anos que não tem tatuagem. Tatuadora -- Improvisada com tubo de esferográfica, agulha de costura e motor de gravador, a máquina de tatuar da prisão é movida a pilha ou gato da fiaão elétrica. A tinta muitas vezes é profissional, conseguida a muito custo, assim como as revistas de tatuagem, que valem até 300 reais atrás das grades. Cruz com Velas no Chão -- Elementos de alta periculosidade, do tipo que manda seus desafetos pro cemitério. Cobra -- Este cara é obrigado a fazer, para que todos saibam que o dono é dedo-duro e traíra. São Sebastião -- Gays, "mulheres de cadeia" e travestis exibem sua opão sexual com a imagem do santo, borboletas coloridas ou um coraão transpassado por uma flecha -- que indica homossexual passivo. Datas -- Muitos presos costumam tatuar na pele datas consideradas importantes para eles, como as de fugas, rebeliões e mortes de companheiros e inimigos. X Pontilhado -- Tatuado nas costas ou no peito, indica que seu dono é chefe de qua- drilha. Como a polícia hoje identifica os "fichados" tam- bém por suas tatuagens, esta tatuagem caiu em desuso: dá muita bandeira. Saci com Cachimbo -- Foi um símbolo criado para identificar traficantes de drogas, muito poderosos do lado de fora e muito requisitados do lado de dentro. Nossa Senhora Aparecida -- Tem dois significados: pequena, é um símbolo de proteão e esperança. Grande, no alto das costas, quer dizer que o preso foi condenado por estupro e violentado na cadeia -- um castigo marcado para sempre. Sepultura -- Significa que o tatuado guarda segredo, tem a boca "fechada como um túmulo", qualidade valorizada na prisão e em liberdade. Outro significado é ter o corpo fechado. ¨:::::::::: Virando a Cama Melina Dalboni A inglesa Constance Briscoe tem uma cama confortável em casa, em Londres. Os lenóis são de algodão egípcio e sobre eles há um bom edredom e seis travesseiros. No entorno da cama, pilhas de livros. Orgulhosa, ela descreve o ambiente em detalhes. Pode parecer bobagem; afinal, é apenas mais um móvel aconchegante numa casa de classe média alta. Porém, para Constance, uma cama assim simboliza a vitória sobre sua dura infância e adolescência, marcadas por abusos e torturas de uma mãe desequilibrada, que tentou curar a enurese crônica da filha, que fez xixi na cama até os 14 anos, com socos e chutes. Constance se formou em Direito, trilhou uma carreira brilhante e teve dois filhos. Decidiu contar sua história de superaão em livro porque, entre outras coisas, sua mãe não merecia o silêncio. "Feia" é a primeira parte de uma autobiografia lançada em Londres e no Brasil. Depois da publicaão do livro, a mãe de Constance, Carmen Briscoe-Mitchell, entrou com um processo acusando-a de difamaão. A história foi parar nos jornais. No julgamento o júri foi unânime em reconhecer a veracidade dos fatos narrados na autobiografia, comprovados por cicatrizes no corpo de Constance, testemunhas e relatos médicos. Criada numa família de onze filhos, Constance cresceu como Clare. Seu nome verdadeiro constava apenas na certidão de nascimento. Sempre foi chamada em casa pelo nome falso, e este era usado inclusive para as matrículas escolares. Teve uma infância sem amor e um tratamento violento e inexplicável por parte da mãe e do padrasto. "Minhas irmãs não ouviam as palavras grosseiras que eu ouvia, não ganhavam beliscões nos mamilos e não eram surradas", conta. Além disso, sofreu assédio sexual por parte de um vizinho e do padrasto além de ter sido submetida a castigos que incluíam dormir no chão envolvida em roupas de cama úmidas e sujas. Por esse motivo, foi levada a diversos especialistas em enurese noturna. Um deles recomendou a instalaão de um alarme em sua cama, que era acionado quando os lenóis ficavam molhados. Na teoria, ele deveria ensinar a criança a despertar ou a segurar a urina. Mas o barulho só servia para avisar a sua mãe que era hora da surra. Aos sete anos, as sessões de violência e as ameaças se tornaram rotineiras, fazendo com que Constance se tornasse uma criança ainda mais nervosa e insegura. -- Clare foi uma criança que para mim nunca existiu. Ela foi apenas uma invenão da minha mãe. Clare não era nem mesmo meu nome. E sou tão feliz hoje por ser Constance. Este é o meu nome real e agora tenho paz e uma cama que é toda minha -- conta. No Natal, enquanto seus irmãos ganhavam presentes novos, mesmo que simples, Constance recebia suas próprias bonecas velhas que eram reembrulhadas pela mãe. Em 1966, Constance, aos nove anos, chegou em casa pedindo à mãe que comprasse uma fotografia escolar. Mas Carmen chamou o marido, padrasto da menina, para comentarem, gargalhando, como ela era feia. "Deus meu, como ela pode ser tão feia. Feia. Feia. Se eu não tivesse posto ela no mundo, jurava que ela era de mentira", disse a mãe diante da foto e da filha constrangida. -- Depois de todos estes anos, eu apenas gostaria de perguntar à minha mãe uma coisa: por quê? -- revela Constance, hoje com 53 anos. Observar a trajetória de sucesso profissional dessa juíza inglesa, uma das primeiras negras a presidir um tribunal do júri em Londres, e imaginar que ela traz marcas de uma infância cruel é difícil. As agressões físicas e morais a que foi submetida até os 17 anos, teriam ficado acobertadas e limitadas às suas lembranças se ela não tivesse decidido escrever suas memórias, narrando, minuciosamente, uma educaão sem amor e sem sentido. Hoje, além de juíza, Constance é patrona de uma sociedade para crianças que molham a cama. ¨::::::::: O Pastor Marta Antunes Moura O livro "O Pastor" conta uma simples e tocante história de um piloto inglês que foi salvo por outro, na véspera do Natal. O *pastor* relata que um jovem oficial da Royal Air Force (RAF), identificado no livro por Charlie Delta, decola sozinho da base aérea inglesa na Alemanha, no final da tarde de 24 de dezembro de 1957, pilotando um pequeno avião de caça, para encontrar-se com a família, em Blighty, Reino Unido, durante o feriado de Natal. Já era noite quando passou pela costa da Holanda e, depois de sobrevoar por dez minutos o Mar do Norte, detectou, assustado, grave pane no avião, caracterizada por problemas na bússola e no rádio. A situaão fica mais complicada porque depara com um pesado nevoeiro; não consegue estabelecer a mínima comunicaão com o pessoal em terra, o avião começa a perder altitude e o nível de combustível a diminuir. Está totalmente sem rumo, vagando no espaço. "Chegou o momento da minha morte", admite desesperado, tomado por sentimentos conflitantes de raiva ao saber que iria morrer tão jovem, e de pavor pelo acidente iminente. Passados os primeiros momentos de desespero, procura acalmar-se um pouco e, sob o impacto de copiosas lágrimas, faz ardorosa prece a Deus, suplicando-lhe proteão. Passado algum tempo, surge à sua esquerda, dez metros à frente, um avião antigo, da época da Segunda Guerra (1939-1945), voando com absoluta segurança, mesmo estando com as luzes apagadas, que trazia a sigla JK (erroneamente interpretada como o código de chamada "Juliet Kilo", relacionado aos aviões de serviço meteoreológico) gravada na frente do veículo aéreo. O piloto do avião "pastor" -- jargão aeronáutico que designa o avião que auxilia outro em dificuldade -- apontava com gestos o que fazer e a direão a ser seguida. Com a esperança renovada, Charlie Delta segue rigorosamente as instruões vindas do "pastor", atento aos seus mínimos gestos. Dessa forma, foi possível atravessar a névoa cerrada do inverno e realizar a descida com cuidado, até o pouso final numa pequena base, praticamente desativada, em pequena cidade no interior da Inglaterra. Concluída a operaão, o "pastor" não aterrissa, o piloto emite um sorriso e faz um gesto de despedida, alçando voo para, em seguida, desaparecer na escuridão da noite. Depois da aterrissagem, e parcialmente refeito das emoões vividas, Charlie é acolhido por alguns companheiros que participavam de uma festa no cassino dos oficiais. Ex- plica-lhes o ocorrido e pede-lhes para indicarem um telefone, pois precisava localizar o seu salvador e agradecer-lhe. Telefonou a algumas bases aéreas mais próximas, sem obter sucesso, pois os plantonistas afirmavam que não foram notificados a respeito de qualquer operaão de resgate. Da mesma forma, não souberam identificar o piloto que o auxiliou. Como se encontrava exausto e com muito frio, o jovem oficial resolve adiar sua procura para depois do Natal, certo de que localizaria o seu benfeitor por intermédio do Real Aeroclube. Com tais ideias em mente, Charlie se dirige ao alojamento militar para dormir e, ao entrar no quarto que lhe fora reservado, depara, atônito, com uma fotografia do seu "pastor", situada acima da lareira do dormitório. Neste momento, entra Joe, o idoso ordenança que momentos antes lhe preparara o aposento, trazendo-lhe um jantar. A partir deste ponto, estabelece-se entre ambos o seguinte diálogo: "-- Quem é o piloto, Joe? -- Que piloto? Apontei a fotografia em cima da lareira. -- Ah, sim. É uma fotografia do sr. Kavanagh. Esteve aqui durante a guerra. -- Kavanagh? -- Sim, Kavanagh, irlandês. Excelente homem, posso dizer. Era este justamente o quarto dele". Charlie ficou sabendo que o nome completo do seu salvador era Johnny Kavanagh, considerado o melhor piloto da esquadrilha "Desbravadores" da RAF que salvou inúmeros colegas em situaões de perigo durante a guerra, pois ele tinha um sexto sentido, que lhe permitia enxergar além do nevoeiro. Joe afirmou que o avião do irlandês era facilmente reconhecido porque trazia a abreviatura JK, iniciais do nome, pintadas no rosto da aeronave, e que por várias vezes ouviu Kavanagh afirmar: "Sempre que houver alguém perdido lá fora, no meio da noite, tentando voltar, hei de sair ao encontro dele a fim de trazê-lo de volta à terra". A surpresa maior, no entanto, aconteceu no final do diálogo, deixando Charlie em estado de grande perplexidade: "-- Sem dúvida, ele era excepcional -- disse Joe. -- Bem, ao que parece, ele ainda está fazendo a mesma coisa, sabia? O velho Joe sorriu. -- Infelizmente, isso não é possível. Johnny saiu em seu último voo de patrulhamento na noite de Natal de 1943, faz exatamente 14 anos esta noite. O avião dele caiu em algum ponto do Mar do Norte. Boa noite, tenente. Feliz Natal!" ¨:::::::::: Sexo na Antiguidade Casamento -- Os gregos e romanos eram monogâmicos -- no império de Diocleciano, em Roma, a bigamia foi declarada ofensa civil. Mas os greco- -romanos descobriram que o amor não é eterno: foi nessa época que surgiu o divórcio. Na Roma arcaica, as mulheres adúlteras podiam ser condenadas à morte -- isso só mudou após uma lei do imperador Augusto, que trocou a pena para o exílio. Masturbaão -- Nada de condenar o sexo solitário: na Grécia e na Roma antigas, a masturbaão era vista como natural. No Egito, a masturbaão era até parte do mito da criaão. Um dos ditos piramidais afirma que Aton, o deus do Sol, teria criado o deus Shu e a deusa Tefnut através do sêmen de sua masturbaão! Posiões -- Em Roma, as posiões sexuais apareciam em pinturas, mosaicos e objetos de uso cotidiano, como lamparinas, taças e até moedas. Em uma face, ficava a posião sexual, e, na outra, um número. Para alguns historiadores, as moedas eram fichas de bordel, e as posiões com penetraão tinham números maiores, indicando que poderiam ser mais valorizadas. Homossexualidade -- Casais de homem com homem e mulher com mulher eram comuns na Grécia. Havia até mitos para explicar a origem da pederastia, a relaão entre homens maduros e jovens: o primeiro dizia que Orfeu, um dos seres da mitologia grega, acabou se apaixonando por adolescentes depois que sua mulher, Eurídice, morreu. Outra lenda afirma que a pederastia começou com o músico Tamíris, que foi seduzido pelo belo Jacinto. Ciência -- O grego Hipócrates, pioneiro da medicina, achava que o útero poderia deslocar-se pelo corpo da mulher em busca de unidade e poderia chegar até o fígado! Mas ele também deu bolas dentro: calculou a duraão da gravidez em 10 meses lunares -- cerca de 290 dias do nosso calendário -- tempo parecido com os 9 meses atuais, e prescreveu semente de cenoura como anticoncepcional e abortivo. No tribunal -- A legislaão sexual da Roma antiga era polêmica! Eram puníveis com a morte: adultério cometido pela esposa, incesto e relaão sexual entre uma mulher e um escravo. No estupro, a punião sobrava até para a vítima -- se não gritasse por socorro, a virgem poderia ser queimada viva! Entre as penas leves, estava a apreensão de propriedades de quem fizesse sexo anal. No Egito, o adultério era mau negócio: os homens eram castrados e as mulheres ficavam sem o nariz. Paquera -- Os galanteios dos romanos seguiam um manual: o livro "A Arte de Amar", do poeta Ovídio, escrito entre I a.C. e I d.C. Entre as dicas dadas pelo escritor, estava o uso do goró: "O vinho prepara os coraões e os torna aptos aos ardores amorosos". Ovídio também incentivava a galera a melhorar o visu: "Esconda os defeitos e, o quanto possível, dissimule suas imperfeiões físicas". Prostituião -- Regras para sexo pago eram diferentes na Grécia e em Roma. Grécia -- As moças da vida não eram todas iguais -- elas seguiam uma hierarquia. A maioria delas era escrava, mas havia também mulheres vendidas aos bordéis pelos pais ou irmãos. Classe Alta -- Prostitutas de primeira classe, com treinamento intelectual e cultural. Classe Média -- Tocadoras de flauta e dançarinas, especialistas em ginástica e sexo oral. Eram imigrantes. Classe Baixa -- Vendidas pela família, ganhavam mal e tinham poucos direitos. Roma -- Registradas e pagadoras de impostos, as prostitutas se vestiam com tecidos floridos ou transparentes, e, por lei, não podiam usar a estola, veste das mulheres li- vres, nem a cor violeta. Os cabelos deviam ser amarelos ou vermelhos. O lugar mais comum de trabalho delas era sob arcos arquitetônicos: a palavra fornicaão vem do latim *fornice*, que significa arco. ¨:::::::::: Minha Deficiência Eu já nasci com deficiência visual. E naquele tempo ser cego era sinônimo de exclusão. Meu irmão mais novo também era cego e minha mãe achou por bem esperá-lo atingir a idade escolar para que eu também pudesse estudar. Por causa disso, só comecei a ter aulas com 10 anos, em uma sala especial. Depois, fui para uma sala comum. Foi quando senti o preconceito pela primeira vez. As crianças me chamavam de cego, as mães dos alunos reclamavam que eles estavam perdendo tempo e conteúdo por minha causa. No fim, acabei voltando para a sala especial. Os anos foram passando, eu terminei o ensino fundamental e conheci o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em 1996, onde tive contato com alguns programas de computador para deficientes visuais. Foi aí, com 20 anos, que decidi fazer cursos técnicos para me aperfeiçoar. Mas não parei por aí. Em 2003, fui fazer faculdade de processamento de dados. E eu era o único deficiente em uma sala de 35 alunos. Eles me receberam com muita surpresa e medo, porque não sabiam como me ajudar ou se deviam me ajudar. E mais uma vez senti o preconceito, fora as dificuldades por falta de preparo e desconhecimento dos professores sobre as pessoas com deficiências e também sobre as novas tecnologias disponíveis para nós, além da falta de material didático adaptado. Mas, com o passar do tempo, o preconceito se desfez, pois consegui mostrar que sou igual a qualquer pessoa. E conservo os amigos da faculdade até hoje. Aliás, engana-se quem pensa que os deficientes só convivem entre si. Eu tenho vários amigos sem deficiência! Hoje, sou professor de informática no SENAI, faço pós-graduaão em educaão especial e quero fazer mestrado um dia. Estou pensando até em escrever um livro! "Eu nunca escondi a minha deficiência". Quando você assume, nada te atrapalha. E é isso que eu gostaria de dizer às mães que têm filhos deficientes: encarem o problema. Não sintam pena, não superprotejam. Procurem instituiões que possam ajudar estas crianças." O primeiro passo é aceitar que seu filho tem uma deficiência e tratá-lo como qualquer outra criança. Nunca esconda a deficiência do seu filho, mostre-o para o mundo. Só assim ele poderá, um dia, ser independente como eu. Gelson Inácio dos Santos, 33 anos, professor. ¨ :::::::::: Ser Cego Waldin de Lima Ser cego é olhar o céu sem ver a estrela nem enxergar o azul do firmamento... É crer na luz que ilumina o aposento... Usá-la... Sem, contudo, percebê-la... É contemplar a Ninfa bela e vê-la no céu azul do próprio pensamento! É entender que o Homem tem o seu talento além da vista, sem desmerecê-la... É acordar sempre na hora matutina sem ver a luz que a todos ilumina e, seguro, partir para o labor! Ser cego é enxergar longe, sobre os montes, nas planícies, depois dos horizontes, a esplêndida beleza de uma Flor!... ¨ ::::::::::

Joias da Humanidade Olímpia Site Wikipédia Olímpia, cidade da antiga Grécia, é famosa por ter sido o local onde se realizavam os Jogos Olímpicos da antiguidade, tendo na altura uma importância comparável à de Delfos, onde se realizavam os Jogos Pítios. Os vestígios mais remotos da realizaão dos Jogos em Olímpia, datam do ano 776 a.C., tendo-se repetido a cada quatro anos (uma Olimpíada) até que foram abolidos, no século IV, pelo imperador Theodosius. Olímpia também é conhecida pela gigantesca estátua de Zeus em marfim e ouro, criada pelo escultor Fídias, e que foi uma das sete maravilhas do mundo antigo. Escavaões junto ao templo de Zeus, durante os anos 50, revelaram a existência de um estúdio que se supõe ter pertencido a Fídias. O estudo arqueológico de Olímpia começou com uma expedião francesa que, em 1829, escavou o bairro dos templos e seus arredores. Mais tarde, no final do século XIX, arqueólogos alemães continuaram o trabalho, acabando por descobrir, intacta, a estátua de Hermes de Praxíteles, entre outros artefatos. Em meados do século XX, o estádio onde tinham lugar as competiões de corridas, foi escavado. Atualmente, com a reinstituião dos Jogos Olímpicos por Pierre de Coubertin, a chama Olímpica acende-se de quatro em quatro anos no restaurado estádio de Olímpia, utilizando a luz do Sol re- fletida por um espelho parabólico. Essa chama vai depois acender uma tocha que é transportada por atletas até ao local da realizaão dos Jogos dessa Olimpíada. ¨:::::::::: Histórias Interessantes O Presidente e a Escrava -- O terceiro presidente dos Estados Unidos e coautor da declaraão de independência norteamericana, Thomas Jefferson, teve 187 escravos. Pelo menos um deles, Eston, era seu filho com a escrava Sally Hemings, segundo a análise dos cromossomos Y de amostras de sangue com o DNA de 18 homens descendentes das famílias Jefferson e Hemings. Eston era um Jefferson. Mas pode ser que o seu pai tenha sido Randolph, irmão de Thomas. É difícil dizer porque nenhum filho homem do presidente com sua mulher chegou à idade adulta. Como só os homens têm o cromossomo Y, nenhum descendente oficial herdou esta informaão genética de Jefferson. Em 1808, quando Eston nasceu, Jefferson era viúvo, de 65 anos. Na mesma casa, vivia Sally, uma mulata de 35 anos muito bonita, segundo seus contemporâneos. Ela já possuía outros quatro filhos, alguns deles possivelmente do famoso presidente. Todos ganharam a alforria de Jefferson -- concessão rara entre seus outros 182 escravos. ¨ *** Pé-de-Ouvido -- Felipe II, da Macedônia, era tido como um grande político e estrategista militar impiedoso com seus inimigos. No entanto, certa vez, quando foi aconselhado a desterrar um de seus soldados que vivia fazendo críticas ao monarca, o pai de Alexandre, o Grande, agiu de forma contrária e mandou trazer o militar a sua corte, integrando-o à guarda mais próxima. Quando perguntado sobre o motivo, Felipe explicou: "Quanto mais longe de mim ele estiver, mais tempo levarei para saber o que ele diz". ¨ *** A Lei do Silêncio -- Nem electro nem samba nem rock. Muito menos funk. O novo som promete ser o silêncio. Ou quase. Você entra na festa, onde aparentemente não rola barulho algum, recebe um fone de ouvido sem fio, coloca o fone e... aí sim, música! No volume que você quiser. E no estilo também. O fone tem três canais, é só escolher o que se quer ouvir. Mas, se preferir conversar, basta desligar a parafernália e falar tranquilamente, no meio da pista, sem ter que se esgoelar no ouvido alheio. Batizada lá fora de "Silent disco" (disco silencioso), a novidade chegou por aqui com uma artista plástica. Junto com os irlandeses Conor Brady e Alex Brennan, ela criou o projeto Shh! Club Silêncio. A "Silent disco" ganhou fama em 2005, no Festival de Glastonbury, na Inglaterra. Dali, se alastrou pelo mundo, chegando a São Paulo em 2008. De fora, a cena é bizarra. Com fone, tudo muda. É entrar num lugar e ver uma galera dançando no silêncio. Com os fones dá pra fazer festa em qualquer lugar, até onde não pode fazer barulho. Dá pra fazer até em hospital. ¨:::::::::: Artes Museu de Arte Sacra Revista Aventuras na História Acervo baiano é um dos mais importantes da América Latina. Foi na terra dos orixás que nasceu um dos mais antigos museus de arte sacra do país, na década de 50. Mas essa história começou bem antes, no século XVII, quando padres da ordem dos Carmelitas Descalços, que faziam escala rumo à índia, gostaram de Salvador e resolveram ficar. Em 1667, eles inauguraram o convento de Santa Teresa D'Ávila. No início do século XIX, os monges deixaram o país. Entre 1837 e 1956, o prédio abrigou um seminário. Em 1958, a Universidade Federal da Bahia instalou ali o museu. Hoje ele tem 5 mil peças e é conhecido como um dos mais importantes da América Latina. A visita também vale pelo cenário ao fundo: as águas da baía de Todos os Santos. Juan Torres -- site oficial: ~,www.mas.ufba.br~, Encontro Celestial -- Um destaque da arquitetura do local são as abóbadas em arco, que se encontram para formar um teto maior, em aresta, uma soluão típica da arquitetura renascentista do século XVII. As pedras que compõem as pilastras são de arenito. No chão, há várias sepulturas de monges carmelitas. Altar de Luxo -- Em 1933, a antiga catedral da Sé Primacial do Brasil, construída em 1553, foi demolida para dar lugar a uma linha de bonde. Algumas peças da igreja foram preservadas e estão expostas no museu. Uma delas é um altar de prata de estilo rococó, que compõe o altar-mor da Igreja de Santa Teresa D'Ávila. Santa Inspiradora -- Talhada em madeira no século XVI, uma imagem de Nossa Senhora dos Milagres foi trazida de Portugal provavelmente em 1552, pelo primeiro bispo do Brasil, dom Pedro Fernandes Sardinha ê1496- -1556ã. Ela ganhou um banho de prata no século XVII. A tradião católica conta que, ao ver esta imagem, o padre Antônio Vieira (1608-1697) recebeu um sinal divino, que o levou a se tornar um dos maiores oradores da língua portuguesa. ¨::::::::: Brasil Sopro da Vida Revista Caminhos da Terra Ele nasceu no mar e percorre 300 quilômetros pelo sertão cearense, todos os dias, em horários e intensidades que mudam enquanto a cidade e a estaão do ano. Nas ruas simples do Vale do Jaguaribe, a populaão aguarda religiosamente a sua passagem. O sopro diário do Aracati, que chega para refrescar e alimentar de esperança a vida das pessoas que vivem ali, no meio do sertão, é cercado de histórias. Chegamos a Fortaleza no dia 26 de dezembro e, antes de começar a viagem em direão às pequenas cidades do vale, encontramos o físico Henrique Camelo, que escreveu uma dissertaão de mestrado sobre o assunto. Foi ele quem nos explicou que o percurso do vento está diretamente ligado ao Rio Jaguaribe: -- O rio funciona como canalizador do vento. Conduz o Aracati. Dois dias depois, partimos em direão à cidade de Jaguaribe para sentir na pele o Aracati. Alugamos um carro e seguimos pela BR-116. A chegada à cidade foi um tanto desanimadora; a imagem de pessoas sentadas em cadeiras de balanço nas calçadas à espera do vento mítico parecia não caber ali, como também a descrião da passagem do Aracati: Ele chegou, levanta poeira, bagunça a casa, mexe o cabelo, faz voar o vestido. As palavras de Vânia logo nos remeteram aos versos de José de Alencar em "Iracema": "O doce Aracati chega do mar, e derrama a deliciosa frescura pelo árido sertão. A planta respira; um doce arrepio eriça a verde copa da floresta." A curiosidade só aumentava. Em Jaguaribe, o Aracati chega no início da noite. Como era o começo da tarde, ainda tínhamos tempo. Fomos ao restaurante Chico do Peixe, onde conhecemos dois típicos moradores da região: seu Abílio e seu Atílio, irmãos que todos os dias mantêm a tradião de esperar o Aracati passar. Dali, partimos para a casa deles, uma construão simples de tijolos, em meio à paisagem árida do sertão, que ganhou uma varanda, construída pelos próprios, só para esperar pelo Aracati. Na sala, uma cena que poderia inspirar Van Gogh: apenas uma cadeira e, na parede, quatro quadros com imagens religiosas. Na outra extremidade, nada de televisão. Um rádio antigo é o que traz outras vozes ao espaço. -- O senhor tem quantos anos? -- pergunto a seu Abílio, o mais falante dos dois. -- Nasci em 1935. Não sei fazer as contas -- responde ele. A tarde caiu. Além dos dois irmãos, um sobrinho, um vizinho e duas crianças se juntaram a nós. Seu Abílio deixou a timidez de lado e começou a contar causos. Todos escutavam histórias que iam de alma penada à piada do homem que fazia tudo errado e nem se matar conseguia. Uma brisa leve passa então pela varanda. -- É o Aracati? -- as três perguntam, animadas. -- Ainda não. O Aracati faz um barulho quando chega e refresca mesmo. Vocês vão ver -- responde seu Abílio. A prosa continua e, de repente, o cabelo começa a voar, com a chegada de um friozinho gostoso que logo acalma o calor do sertão. -- O Aracati chegou! -- exclamam todos, quase em coro. Nas ruas, adultos e crianças, homens e mulheres, jovens e velhos, também comemoram a chegada do Aracati. A rua é o melhor ponto de encontro. Ele passa mais forte entre agosto e janeiro. Se o vento atrasar, atrasa o inverno tam- bém, o rio Jaguaribe corre pro Aracati. No meio do percurso, banha os sonhos. Ficamos dois dias em Jaguaribe e seguimos para os distritos de Feiticeiro, Mapuá e Nova Floresta, onde Luís Carlos Prestes ficou hospedado quando a Coluna Prestes passou por lá. -- Quatro mil homens dormiram pelas ruas. Seguimos depois rumo a Icó, a última cidade por onde passa o Aracati. O município, que surgiu no final do século XVII, tem vários casarões tombados. Chegamos então ao sítio Poço da Pedra. Nos dias seguintes, passamos pelos vilarejos de Tabuleiro, Limoeiro do Norte, Kussas e Jaguaruana. A viagem termina em Aracati, cidade batizada com o nome do vento porque é justamente ali que começa a sua trajetória pelo sertão. O lugar, não por acaso, é conhecido pela produão de energia eólica. Os cataventos nos serviram de inspiraão, assim como as cadeiras de balanço, as roupas secando no varal, os rostos do povo simples que mora ali. ¨ *** Cidade Sergipana luta por Título de Patrimônio -- A pequena cidade de São Cristóvão, em Sergipe, quarta cidade mais antiga do Brasil, pode ganhar dimensão internacional. A Praça São Francisco, principal conjunto arquitetônico da ex-capital sergipana, está entre as 39 candidatas a entrar na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. A relaão com os nomes dos sítios aprovados, deve ser divulgada pelo Comitê do Patrimônio Mundial. A Praça São Francisco foi construída durante a União Ibérica (1580-1640). O traçado das ruas e o conjunto de edifícios locais fazem de São Cristóvão a única cidade do país com características típicas da arquitetura urbana espanhola, bem diferente da portuguesas. A praça tem traçado simé- trico, com divisão clara entre prédios destinados à Igreja e aos poderes municipais. A cidade se expandiu a partir das linhas retas da praça. O traçado dá à cidade a impressão de planejamento e organizaão incomuns em áreas urbanas criadas pela colonizaão portuguesa. Os espanhóis eram mais disciplinados na fundaão das cidades. ¨:::::::::: Ecologia Fazer Churrasco É Ruim para o Ambiente? Revista Superinteressante Para tristeza geral dos gaúchos (de fato ou de espírito), a resposta é, sim, o churrasco polui o ambiente. No entanto, dourar aquela peça de picanha é o menor dos males em todo o processo. O maior problema é a criaão e a preparaão do gado que vai fornecer a matéria-prima do churrasco. Segundo o portal Ambiente Brasil, cerca de 80 por cento das áreas cultiváveis no Brasil são usadas apenas para a criaão de animais. Assim, em um hectare, que poderia render 22.500 quilogramas de batatas ou outra hortaliça, são produzidos 185 quilos de carne. Além disso, o consumo de água é impressionante. quilo de carne produzido, são necessários de 20 mil a 30 mil litros. Os prejuízos vão ainda mais longe. A criaão de animais de corte é responsável por 90 por cento do desmatamento de florestas tropicais: são 50 metros quadrados de floresta para cada hambúrguer de carne bovina. De acordo com João Meirelles, diretor do Instituto Peabiru, que luta pela preservaão da Amazônia, cerca de 30 por cento da carne bovina consumida no Brasil provêm de regiões desmatadas da floresta. "É possível rastrear a origem da carne, e o brasileiro precisa começar a saber de onde vem a peça que vai para a sua churrasqueira", afirma. Comparados com esses estragos maiores, a quantidade de {c{o; gerada pelo carvão do churrasqueiro chega a ser singela, mas, mesmo assim, há o que fazer para diminuir o dano ao ambiente. "Em vez de comprar um carvão extraído de maneira maléfica ao ambiente, é possível encontrar produtos legalizados, provenientes de áreas de reflorestamento", afirma Meirelles. ¨ ::::::::::

Lugares do Mundo Lucerna Revista Privilège O cantão de Lucerna localiza-se no coraão da Suça. Pontuado por picos espetaculares, vales deslumbrantes e cravejado de lagos pacíficos, é um dos principais polos turísticos do país, graças às atividades que mantém em todas as estaões e ao grande fluxo rodoviário vindo da Alemanha, ao norte, e da Itália, ao sul. O Lago Lucerna, o maior de todos na área, banha ainda os cantões vizinhos de Uri, Schwyz e Unterwalden. Em todas as cidades do cantão, a arquitetura original é um dos encantos da região. Na capital, também Lucerna, dois monumentos se destacam: a Ponte da Capela (Kapellbrücke), de 1333, e a antiga Torre de Água, que abastecia a cidade no século XVII. Ao ar livre, um dos expoentes da arte local é o Monumento do Leão (Löwendenkmal), esculpido em uma pedreira, em 1821, pelo artista Thorwaldsen. É uma homenagem aos membros da guarda suça que morreram na defesa do Palácio das Tulherias, em Paris, em um dos primeiros atos da Revoluão Francesa. O Centro de Congresso e Cultura, conhecido como KKL, é um dos expoentes da moderna arquitetura de Lucerna. Localizado às margens da baía em torno do lago, o prédio é exemplo do arrojo de Jean Nouvel, um dos mais celebrados arquitetos franceses. Seu palco recebe dois importantes festivais anuais de jazz e blues, além das apresentaões da Orquestra dos Festivais, formada sazonalmente com componentes de grandes orquestras europeias. A Cidade Velha, localizada na margem direita do rio Reuss, é um dos roteiros indicados para um passeio a pé. As pequenas lojas, localizadas nos pés dos sobrados e pequenos prédios do início do século XX, integram-se ao charme de um casario decorado com afrescos em todas as fachadas. Na margem esquerda do rio, uma série de bares, restaurantes, *brasseries* e pequenos cafés dão a oportunidade ao visitante de provar uma série de especialidades do cantão. Para curtir de perto um dos mais belos picos dos Alpes Suços, o caminho passa pelo pacato vilarejo de Weggis. Dali, toma-se um teleférico que vence os 1.428 metros de altitude até a estaão do monte Ribi Kaltbad. De lá é possível vislumbrar uma das mais espetaculares vistas da região, em que o Lago de Lucerna é emoldurado por dois outros montes magníficos, o Buergenstock, de 1.128 metros, e Monte Pilatus, ponto culminante da região, com 2.120 metros. ¨::::::::: Ciência e Saúde Limites Humanos Revista National Geographic Limites humanos -- Em dezembro de 2008, uma mulher da cidade de Duluth, no estado de Minnesota, escorregou no gelo. Com 64 anos e afligida por artrite, ela não conseguiu mais se levantar e permaneceu tombada na neve por horas. A temperatura de seu corpo caiu para 21 graus Celsius e a mulher sofreu uma parada cardíaca. Escapou da morte por pouco: os médicos conseguiram reanimá-la. Mas, como diz o médico Claude Piantadosi, "a partir de certo ponto, é im- possível salvar uma vida". Veja quais são os limites da resistência humana. Temperatura Corporal 42 graus Celsius -- Quando o calor atinge 42 graus Celsius, o choque térmico não pode ser revertido e ocasiona a morte. Água Gelada: 4 graus Celsius -- A água absorve o calor do corpo. Uma pessoa resiste por apenas 30 minutos em águas a 4 graus Celsius. Calor 150: graus Celsius -- Adultos resistem dez minutos à temperatura de 150 graus Celsius. Num carro a 50 graus Celsius, crianças não resistem. Altitudes elevadas: 4.500 metros -- Perde-se a consciência. Com pulmões maiores e mais hemácias, nativos de regiões altas suportam. Mergulhos profundos: 86 metros -- É normal desmaiar antes de dois minutos e abaixo de 18 metros. Mas o recorde é de 86 metros. Sem respirar: 11 minutos -- É comum perder a consciência em dois minutos. Com treino, pode-se ficar sem ar por 11 minutos. Hemorragias: 40 por cento -- Dá para sobreviver mesmo com perda de 30 por cento do sangue. Com 40 por cento, só com transfusão imediata. Fome: 45 dias -- Quando se perde 30 por cento do peso, a morte é iminente. Mas é provável que doenças acelerem o fim. Sede: 7 dias -- As células precisam de água. Deve-se repor 1 litro por dia. Sem ela, não se suporta mais que uma semana. ¨ *** Tecnologia -- Cirurgia para quem tem Parkinson -- Um homem sofrendo do mal de Parkinson, morador do Distrito Federal, que não podia mais se mover por causa dos músculos rígidos, recuperou os movimentos com a ajuda de um aparelho instalado no cérebro. Há pouco mais de um mês, Deusimar Silva mal podia levantar-se da cadeira. Depois do implante de dois eletrodos no cérebro, que são ligados a dois marcapassos implantados no seu tórax, ele já voltou até mesmo a dirigir. Os marcapassos enviam correntes elétricas ao cérebro. O equipamento funciona como uma espécie de interruptor que desliga as áreas do cérebro que estão atrapalhando o movimento. Depois da cirurgia, um computador ajuda a localizar essas áreas e a programar o funcionamento da parte do cérebro que controla o movimento. O mal de Parkinson não tem cura. O que o tratamento faz é controlar os sintomas da doença e assim permitir que pessoas como Deusimar tenham uma vida normal. O resultado, de acordo com os médicos, é excelente, mas o preço do equipamento ainda é muito alto: 40 mil reais. Segundo os médicos, se os hospitais passarem a importar equipamento em grande quantidade, o preço pode cair. Ao todo, a cirurgia custa em média 70 mil reais. A operaão já pode ser feita em clínicas particulares e hospitais públicos de sete estados, além do Distrito Federal. ¨ *** Astronomia -- Janela para o Espaço -- A atmosfera ressequida do Atacama garante uma visibilidade sem igual à região. Dizem que o céu é estrelado -- e muito -- 300 dias por ano, graças à ausência de poluião industrial. Cientistas do mundo inteiro vêm ao Atacama para espiar o céu. Um consórcio europeu deu vida ao VLT (Very Large Telescope), o mais poderoso telescópio do mundo, localizado no Observatório de Paranal, a 120 quilômetros ao sul de Antofagasta. Na verdade, o VLT é um conjunto de qua- tro imensos telescópios com lentes de 18 centímetros de espessura e mais de 8 metros de diâmetro. Sua impressionante nitidez permitiria a visualizaão de um homem na Lua. ¨ *** Arqueologia -- Vênus Pré- -História -- Arqueólogos descobrem peças milenares -- Uma Vênus de 5 mil anos foi encontrada durante escavaões em Ezine, na Turquia. A equipe turca, em parceria com a Universidade Alemã de Tübingen, iniciou os trabalhos em busca de assentamentos da Era do Bronze e acabou encontrando a pequena imagem que cabe na palma da mão. Ao lado da Vênus, os pesquisadores encontraram um tipo de selo usado para marcar objetos pessoais, além de machados de pedra, vasos e ferramentas usadas para fiar lã. Vestígio da Guerra -- Utensílios de ouro são encontrados na Inglaterra -- O que um caçador de tesouros iniciante pode encontrar perambulando em uma fazenda com um detector de metais em mãos? Uma das maiores coleões arqueológicas anglo-saxônicas já descobertas em solo britânico. O achado surpreendente, que parece sorte de principiante, tem grande significado. Além de colocar em xeque tudo o que se sabia sobre a civilizaão que viveu entre os séculos V e XI no local, as 1.345 peças de metal podem pertencer a um rei, já que algumas são feitas de ouro. Acredita-se que os objetos tenham sido usados em guerra. ¨ *** Paleontologia -- Como Tudo Começou -- Evidência mais antiga de vida na Terra é descoberta na Austrália -- Depois de mais de três anos de pesquisas, cinco cientistas acabam de comprovar a existência de um ecossistema de 3,43 bilhões de anos em Pilbara, na Austrália. Eles descobriram, nada mais, nada menos que a evidência mais antiga de vida na Terra. Abigail Allwood, geóloga da Universidade de Macquairie responsável pela descoberta, chegou à conclusão de que a vida surgiu em um ambiente marinho relativamente calmo, ao evidenciar uma formaão rochosa composta, ao longo de 10 quilômetros, por estromatólitos (rochas constituídas por micróbios que formam um recife de águas rasas. "Se começarmos a analisar no fundo do oceano e formos acompanhando esse sistema de recifes, veremos que o número de formas dos estromatólitos cresce e se torna mais complexo e variado", afirma a geóloga. Essa variaão é uma resposta clássica de seres vivos ao meio ambiente em que vivem, o que comprova a existência de vida nessa época. "Quando percebi que aquilo que eu analisava poderia ser a primeira prova de vida na Terra, fiquei abalada", conta Abigail. A sensaão de se deparar com tal antiguidade? "Na hora, você tem que se livrar de todos os conceitos pré-concebidos na sua cabeça e começar a ler o que as rochas estão lhe dizendo", afirma. ¨ ***

Pesquisa -- Síntese -- Fumaça Onipresente -- A ciência descobriu mais um motivo para abandonar o cigarro. Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, disseram que a contaminaão pelo fumo passivo ocorre mesmo quando o fumante não está no ambiente. Segundo os autores, a fumaça que fica impregnada nas roupas e cabelos é o suficiente para contaminar as pessoas que vivem no mesmo ambiente, principalmente crianças e bebês, devido à maior proximidade com os pais. ¨ *** Bem-Viver -- A Arte de Calar -- Calar sobre sua própria pessoa, é humildade. Calar sobre os defeitos dos outros, é caridade. Calar quando a gente está sofrendo, é heroísmo. Calar diante do sofrimento alheio, é covardia. Calar diante da injustiça, é fraqueza. Calar, quando o outro está falando, é delicadeza. Calar, quando o outro espera uma palavra, é omissão. Calar, e não falar palavras inúteis, é penitência. Calar, quando não há necessidade de falar, é prudência. Calar, quando Deus nos fala no coraão, é silêncio. Calar diante do mistério que não entendemos, é sabedoria. ¨ *** Infância e Adolescência -- Alternativa ao Leite Materno -- Se o bebê não aceita a amamentaão ou, por algum motivo, a mãe não pode fazê-lo, as fórmulas industrializadas devem ser a única fonte de alimentaão da criança até os 6 meses. Quando o assunto é a amamentaão, muitas dúvidas surgem às mães de primeira e segunda viagens. Para esclarecê-las, contamos com a ajuda da nutricionista Giovana Longo, da disciplina de Nutrologia, do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Para manter a saúde do bebê, o leite materno deve ser oferecido exclusivamente até o sexto mês de vida", alerta. Agora, se por algum motivo a mãe não puder amamentar, a melhor opão de alimentaão são as fórmulas industrializadas. "Elas consistem no leite de vaca com modificaões industriais que se aproximam da composião do leite materno", afirma. "São adequadas em todas as idades, uma vez que possuem formulaão para o #,o e #;o semestres de vida do bebê", garante a especialista. Mitos sobre a Amamentaão -- Segundo a especialista, existem vários mitos na amamentaão do bebê, ela justi- fica: Leite Fraco: Isso não existe. Por ser de digestão rápida, o bebê que mama no peito chora de fome a toda hora. Não se desespere porque isso é perfeitamente normal. Pouco Leite: O estímulo para a produão de leite acontece quando a criança é colocada no peito para sugar. Isso significa que, quanto mais ela mamar, mais leite será produzido. O Leite Secou: nervosismo, estresse e preocupaão podem impedir que o leite saia do peito. Então, é preciso que a mãe descanse e acalme-se, para ter sucesso na amamentaão. ¨ *** Mulher -- A Urna ou a Morte -- Na intenão de atrair atenão para a causa das sufragistas (mulheres europeias que lutavam pelo direito de votar), a militante fervorosa Emily Wilding Davison deu cabo da própria vida. Ela atirou-se diante das patas galopantes do cavalo que pertencia ao rei George V, na corrida de cavalos de Epsom, na Inglaterra, em 4 de julho de 1913. Sua morte repercutiu menos do que a vítima desejava. As manchetes dos jornais do dia seguinte se ocuparam do estado de saúde do jóquei e da proeza do cavalo real, que conseguiu completar a prova. As motivaões do suicídio apareceram em meio a uma vasta lista de infraões cometidas por Emily, como apedrejamento de pessoas e patrimônios públicos e incêndios a caixas de correio. No ano seguinte, com a entrada da Inglaterra na Primeira Guerra Mundial, o movimento esfriou. As mulheres só con-

quistaram o direito ao voto em 1928. ¨ *** Zoologia -- Papagaios têm habilidades só vistas antes em humanos -- O ser humano não está sozinho na pista. Alguns animais também conseguem dançar conforme a música. É o que revela um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Harvard. Eles mostraram que determinadas espécies, capazes de fazer mímica, como papagaios e cacatuas, podem acompanhar uma batida musical e sincronizá-la com os movimentos do corpo. O motivo disso seria a existência de uma parte do cérebro, ligada ao aprendizado de sons, que faria uma ligaão entre os sistemas motor e auditivo -- o mesmo mecanismo presente nos humanos. ¨ *** Alimentos -- Poucos anos atrás, o tomate (que pertence à família das trepadeiras, assim como o pimentão, a berinjela e a batata) estava bem longe do pódio em termos de propriedades nutricionais e valores funcionais. Entretanto, pesquisas científicas comprovaram seus poderes e benefícios à saúde. "O tomate é rico em vitaminas A e C e em minerais como fósforo, ferro, potássio e magnésio, grande fornecedor de fibras. Sem se esquecer do principal: é uma valiosa fonte de licopeno, substância responsável pela cor vermelha da fruta". ¨ *** Remédios Caseiros -- Chá combate hemorróidas -- O chá de trevo-de-boi é um diurético natural, que também pode ser usado contra hemorróidas. A receita é fácil de preparar: ferva dois copos de água com duas colheres de sopa de cascas fatiadas da planta, por 15 minutos, em panela tampada. Depois, coe e beba três xícaras do chá ao dia, até que os sintomas desapareçam. Erva contra inflamaão -- A erva boca-de-leão é um anti-inflamatório natural, que combate a dor e infecões da pele. Ferva um copo de água filtrada e despeje-a sobre uma colher de sopa de folhas fatiadas da planta. Abafe por 15 minutos, coe e beba três xícaras do chá ao dia ou aplique-o em compressas sobre a pele. ¨::::::::: Variedades Dicas Aprenda a organizar o seu guarda-roupa: Veja como acabar com a bagunça do seu armário e estar sempre bem vestida. Não adianta nada ter um armário cheio de roupas lindas, se elas vivem entulhadas. Com tanta desorganizaão, fica difícil visualizar as possíveis combinaões, o que torna im- possível tirar o máximo de proveito do seu guarda-roupa. Sem falar no tempo gasto para encontrar aquela blusa que você adora. Para mudar isto, só uma boa arrumaão. Anote algumas dicas para facilitar o seu trabalho. Você vai ver como vale a pena ter um armário organizado. O primeiro passo é tirar tudo do armário e limpá-lo muito bem com um produto específico. Depois de limpo, você pode colocar antimofos e sachês perfumados, para deixar tudo cheiroso. As peças que vão para o armário devem estar sempre lim- pas, perfumadas e bem passadas. Roupas que saíram de moda, ou não servem mais, devem ser retiradas. Assim, liberam espaços para coisas novas. Peças clássicas, como vestidos pretos, casacos básicos e calças jeans devem sempre fazer parte do seu figurino. Cada tipo de roupa deve ficar no mesmo grupo, da seguinte forma: todas as calças devem ficar juntas, assim como todos os casacos, blazers e por aí vai. Tente separar as roupas por cores. Por exemplo, coloque as roupas pretas juntas, todas as brancas no mesmo grupo, as vermelhas e assim por diante. Não se esqueça de fechar zíperes e abotoar pelo menos o primeiro botão para segurar as roupas no cabide. Roupas delicadas não devem ser penduradas. Os vestidos devem ser colocados nos locais mais altos do armário. Camisetas de algodão e malhas que amassam pouco podem ser dobradas e colocadas umas sobre as outras, em um lugar visível. Você pode, também, enrolá-las em formato de tubinhos. Na hora de decidir entre gavetas e prateleiras, o que vai colocar onde, considere o que mais se usa em locais de mais fácil acesso. Exemplo: sua gaveta de calcinhas e sutiãs deve ficar mais à mão, assim como as das blusas da estaão, enquanto a gaveta de pijamas pode ficar mais embaixo, menos visível. Use este critério para organizar todo o seu armário. Cintos e bolsas pedem um cabideiro específico ou prateleiras. Já os calçados, ficam mais confortáveis em prateleiras. Para os acessórios tam- bém vale a regra de colocar os mais usados à vista. Ou então, você pode separar os itens por ocasião: festas, dia-a-dia, etc. ¨*** Humor Já ouviu falar destes sintomas? Você sabe que está chegando à meia-idade quando tudo dói e o que não dói não funciona. A gente chega à meia-idade quando fazer amor nos transforma num animal selvagem: uma preguiça. Meia-idade é quando sua idade começa a aparecer na cintura! Na meia-idade você ainda sente vontade, mas não lembra exatamente do quê. Meia-idade é quando você sente vontade de se exercitar e deita pra esperar passar. Meia-idade é quando seu médico lhe recomenda exercício ao ar livre, e você pega carro e sai guiando com a janela aberta. Na meia-idade, jantares a luz de velas não são mais românticos, porque não se consegue ler o cardápio. Meia-idade é quando um cara começa a apagar as luzes por economia e não para criar um clima com você. Meia-idade é quando, em vez de pentear os cabelos, você começa a "arrumar" os que sobram. Infância: época da vida em que fazemos caretas para o espelho. Meia-idade: a época da vida em que o espelho se vinga. Há três períodos na vida: infância, juventude e "você está com uma aparência esplêndida". Está na meia-idade? Ânimo! O pior ainda está por vir! Você sabe que está na meia- -idade quando tudo aquilo que a mãe natureza te deu o pai tempo começa levar embora. Meia-idade é quando paramos de criticar a geraão mais velha e começamos a criticar a mais nova. Meia-idade é quando sabemos todas as respostas e ninguém nos pergunta nada. Meia-idade é quando se alguém dá em cima de você no cinema é porque está atrás da pipoca. Meia-idade: primeiro começa a esquecer os nomes, depois os rostos, depois de fechar o zíper. Meia-idade, enfim, é quando já não temos mais idade para dar maus exemplos e passamos a dar bons conselhos... "Não há cura para o nascer e o morrer, a não ser saborear o intervalo". ¨*** Pensamentos "Primeiro nos ignoram, em seguida nos ridicularizam, depois nos combatem, e aí vencemos." Mahatma Gandhi ê1869- -1948), político pacifista indiano. "Quem trama desventuras para os outros estende armadilhas para si mesmo." Esopo (séculos VII e VI a.C.), fabulista grego. "Quando o amor nos visita, a amizade se despede." Mariano da Fonseca, marquês de Maricá (1773-1848), político carioca. "Leio a Bíblia em busca de brechas." W. Fields ê1880- -1946), humorista americano. "O sorriso que ofereceres, a ti voltará." Guerra Junqueiro (1850-1923), poeta português. "Nós fizemos o melhor de nossos esforços para piorar o mundo." Eugenio Montale (1896-1981), poeta italiano. "É mais fácil renunciar a um sentimento do que perder um hábito." Marcel Proust (1871-1922), escritor francês. "Nada é tão contagioso quanto o entusiasmo." Edward George Bulwer-Lytton (1803-1873), escritor britânico. "Não é encerrando o teu próximo em um hospício que provarás a tua razão." Fiódor Dostoievski (1821-1881), escritor russo. "O destino de muitas pessoas dependeu de ter ou não havido uma biblioteca na casa paterna." Edmondo d'Amicis (1846-1908), escritor italiano. "Silêncio -- aquela insuportável réplica." Gilbert Keith Chesterton ê1874- -1936ã, escritor, romancista e humorista inglês. "Nas carruagens do passado não se vai a lugar algum." Maximo Gorky (1868-1936), escritor russo. "É possível acariciar as pessoas com palavras." Francis Scott Fitzgerald ê1896-1940ã, romancista americano. "A vida passa rápido. Não importa quanto você viva, mas como abraça a vida." Francis Ford Coppola, cineasta americano. "A pessoa mais fácil de enganar é a gente mesmo." Edward Bulwer-Lytton (1803-1873), escritor e político inglês. "Feliz de quem atravessa a vida tendo, sempre, mil razões para viver." Dom Helder Câmara (1909-1999), arcebispo de Recife e Olinda. "Dentro de nós está o poder do consentimento para a saúde e a doença, a riqueza e a escravidão; somos nós que controlamos isso e não os ou- tros." Richard Bach, escritor e aviador americano. "Todas as palavras são pinos para se pendurar ideias." Henry Ward Beecher ê1813- -1887ã, prelado e escritor americano. "Liberdade magra é melhor do que gorda escravidão." Thomas Fuller (1654-1734), médico e escritor inglês. "O tempo convence mais do que argumentos." Thomas Paine (1737-1809), filósofo e político angloamericano. "O amor platônico é aquele do pescoço para cima." Thyra Santer Winslow ê1903- -1961ã, escritora norteamericana. ¨*** História das Frases "Ao Deus Dará" Esta frase serviu originalmente como resposta de quem não queria dar esmolas. Homens duros de coraão respondiam aos mendigos que lhes estendiam a mão: "Deus dará". Eles, não. Quem dependia da caridade pública ficava em má situaão, "ao Deus dará". A expressão cristalizou-se de tal forma que, no século XVII, um negociante português que vivia no Recife, de tanto proferir a frase, passou a tê-la acrescentada ao pró- prio nome. Ficou conhecido como Manuel Álvares Deus Dará. Seu filho, Simão Álvares Deus Dará, foi provedor-mor da Fazenda do Brasil. O escritor e jornalista Raimundo Magalhães Júnior (1907-1981) registrou a história da frase em seu Dicionário Brasileiro de Provérbios e Ditos Curiosos. Raimundo Magalhães: autor de trinta obras de ficão, teatro e biografias, foi membro da Academia Brasileira de Letras. ¨*** Fala Sério Uma moça, que foi ao pro- grama, ensinar a fazer álbuns de retrato de papel reciclado, disse: “Depois que voc *transpor* as folhas...” O verbo *transpor* foi usado no tempo indevido. Deveria ter sido o futuro do subjuntivo, pois era uma situaão futura apenas possível -- não o infinito pessoal. A artesã deveria ter dito: Depois que você *transpuser* as folhas... Um ator em uma entrevista à TVE: “O cinema nacional é o *pilatos* da socializaão”. Muito esquisito. Certamente, o ator queria dizer: O cinema nacional é o *pilar* da socializaão. Uma atriz entrevistada no programa Tom Cavalcanti no Zorra Total, assim se ex- pressou: “Foi um *previlégio*...” Assim, não foi. Vamos repetir mais uma vez: a palavra é *privilégio* (com *i* na primeira e segunda sílabas). Concordamos com a atriz que conversa com um humorista renomado: "É, de fato, um *privilégio*". Um humorista esteve em um programa, para anunciar que fará apresentaões na Cidade de Cintra, em Portugal. Entretanto, não irá a Maia e, assim, se pronunciou: “Não vou a Maia porque *houveram problemas*”. E que problemas! Quando se usa o verbo *haver* no sentido de existir ou decorrência de tempo, deve ser sempre no singular. Logo jamais escreva ou fale: *houveram problemas*. O comediante deveria ter dito: Não vou a Maia porque *houve problemas*. ¨*** Que Intriga... Intriga Ben Nyaumbe, um camponês da região de Milindi, na costa do Oceano Índico, caminhava perto de sua casa quando foi atacado por uma cobra, uma píton gigantesca. -- Pisei numa coisa esponjosa e, de repente, minha perna estava enrolada por uma grande píton -- disse ele. A cobra, então, puxou-o para cima de uma árvore. No momento em que ele era arrastado, a cobra afrouxou um pouco a pressão que fazia em torno de seus braços e ele conseguiu telefonar para o seu supervisor. Nyaumbe mordeu a ponta da cauda da cobra, o que a fez perder a atenão por alguns segundos. Foi o suficiente para ele usar sua camisa para cobrir a cabeça da cobra. Segundo policiais, foi isso que impediu que ele fosse comido. Peter Katam, polícia de Malindi, afirmou que os policiais que chegaram ao local, pensaram em atirar na cobra, mas não fizeram isso para não ferir o homem. Os policiais e moradores da região o ajudaram a lutar com a serpente. Eles amarraram um pedaço do corpo da cobra e a puxaram para baixo, fazendo com que ela caísse junto com o camponês, que já enfrentava a píton havia três horas. Nyaumbe ficou apenas com um corte no lábio, devido à mordida que dera no animal. A cobra foi dominada e presa num quarto de uma reserva florestal que fica perto do local. Porém, ela conseguiu fugir durante a noite, provavelmente por baixo da porta. -- Ainda estamos buscando seriamente esta cobra. Queremos prendê-la, pois qualquer um de nós pode ser vítima dela -- disse o policial Katam, ainda assustado com o incidente. -- Esta capacidade de erguer um homem até uma árvore

um mistério. Nunca vi isso antes. ¨*** Receitas Chuchu com Camarão Ingredientes: 1 quilo de chuchu; 250 gramas de camarão; 1 cebola batidinha; 3 tomates; coentro; salsa; cebolinha; 3 colheres de sopa de óleo ou azeite; sal e pimenta-do-reino. Modo de fazer: Limpe os camarões. Lave-os com limão, enxágue-os do limão e reserve. Descasque os chuchus, corte os centros e pique em quadradinhos. Lave e deixe escorrer. Esquente o óleo ou azeite e refogue a cebola até dourar. Junte o chuchu cortadinho e refogue-o um pouco. Acrescente os tomates picadinhos, sal, pimenta-do-reino e a metade dos cheiros-verdes. Refogue um pouco, tampe a panela e diminua o fogo para não precisar juntar água. Uns 7 a 8 minutos depois, junte os camarões crus e aumente o fogo até voltar a ferver de novo. Diminua de novo o fogo, tampe a panela e deixe mais uns 7 a 8 minutos. Junte o restante dos cheiros-verdes e sirva logo, com arroz branquinho. Salada de macarrão parafuso com muçarela Ingredientes: 500 gramas de macarrão parafuso; meia xícara de salsa picadinha; meia colher de chá de pimenta calabresa; 4 talos de aipo picados; 6 tomates picados; sal e vinagre; orégano; 1 xícara de azeite; 1 colher de sopa de alcaparras; 1 xícara de muçarela de búfala; 4 dentes de alho; manjericão. Modo de fazer: Cozinhe a massa; escorra e, ainda quente, tempere com azeite, queijo ralado e manjericão; à parte, temperar a muçarela com manjericão, azeite, 1 colher de sopa de vinagre, a pimenta calabresa esfarelada e as alcaparras; tempere os tomates cortados com azeite, salsa picadinha, orégano, sal e pimenta; tempere o aipo cortado com alho amassado, azeite e orégano; misture tudo à massa, verificar os temperos e servir. Geleia de cascas de frutas Ingredientes: cascas bem lavadas de 1 quilo de frutas maduras; aúcar; 3 xícaras de chá de água. Modo de fazer: coloque a água numa panela, juntamente com as cascas de frutas; deixe ferver por 20 a 30 minutos; passe tudo em uma peneira ou liquidificador; meça o sumo; coloque-o novamente em uma panela; acrescente a metade da medida do sumo de aúcar; misture e leve ao fogo brando; deixe ferver até tomar o ponto de geleia. Para saber se a geleia está no ponto, pegue um pouco com uma colher e incline-a, ela deverá cair em gotas grossas. Sugestão: experimente preparar esta receita com sementes e cascas de goiaba, pera e maã. Mousse de chocolate branco com manga Ingredientes: 2 xícaras de leite; 2 mangas grandes e maduras; 1 envelope de gelatina em pó sem sabor; meia xícara de chá de aúcar; 200 gramas de chocolate branco ao leite picadinho; 1 lata de creme de leite; 4 claras; 1 raminho de folhas de hortelã. Modo de fazer: Bater no liquidificador o leite e as mangas; reservar; amolecer a gelatina em 6 colheres de sopa de água, dissolver em banho-maria; derreter o chocolate em banho-maria; juntar o creme de leite; bater na batedeira as claras até ficarem bem duras; adicionar aúcar até o ponto de neve; em uma bacia média, juntar todos os ingredientes; mexer delicadamente com uma colher de pau; colocar em forminhas individuais; decorar com raminhos de hortelã; servir gelado. ¨*** Utilidade Pública Carteira de Identidade -- 1ª via no Estado do Rio de Janeiro -- Documentos necessários: original e cópia, solteiro da certidão de nascimento; casado ou viúvo: certidão de casamento; divorciado: certidão de casamento com averbaão. Taxa: gratuita. 2ª via no Estado do Rio de Janeiro -- Documentos necessários: RG anterior emitido pelo IFP, original e cópia, solteiro: certidão de nascimento; casado ou viúvo: certidão de casamento; divorciado: certidão de casamento com averbaão. Taxa: DUDA, pagável no Banco Itaú. Isenão da taxa na Fundaão Leão XIII na Defensoria Pública ou Boletim de Ocorrência (roubo ou furto da identidade). 2ª via no Estado do Rio de Janeiro -- Rg anterior emitido pelo DETRAN, certidão de nascimento ou casamento original e cópia, se foram alterados os dados. Se não foram alterados os dados, nenhum documento é necessário. Taxa: 25 reais e 27 centavos, ou isenão ou boletim. Renovaão da Identidade Vencida -- Emitida pelo DETRAN, os mesmos documentos para 2ª via; se foram alterados os dados pessoais e se não foram, nenhum documento. Taxa: Gratuita. Renovaão Identidade Vencida -- Emitida pelo Félix Pacheco, os mesmos documentos para a 2ª via. Taxa: Gratuita. Documentos Opcionais para incluir na identidade CPF e PIS, trazer original e cópia. Observaões: Menores de 12 anos, estarem acompanhados pelo pai ou pela mãe com identidade original e cópia, ou responsável legal com documento da guarda original e cópia. Pedido de identidade On-line -- pela Internet -- Acesse o site: ~,www.detran.rj.gov.br~, Preencha o formulário com os dados pessoais, imprima ou anote o n.o do pedido on-line, traga documentaão solicitada original e cópia, receba a senha preferencial no Rio. ¨ ::::::::::

Informativo IBC Roberto Cardia O mestre que levou a prática do Taekwondo a deficientes visuais -- O que para uns é uma montanha intransponível, para outros é um desafio a ser vencido. Talvez, seja essa a melhor definião para o trabalho realizado pelo Mestre Roberto Cardia. Autor do livro "Taekwondo, Arte Marcial e Cultura Coreana", o mestre realiza um esplêndido trabalho de Taekwondo para deficientes visuais, alunos cegos no Instituto Benjamin Constant. O trabalho com deficientes visuais começou em 2002, por um desafio pessoal do mestre: "Não foi porque pensava ah coitadinhos! não. Foi por um motivo egoísta, mas um egoísmo

bom. Eu queria melhorar minha didática." ¨ *** O Instituto Benjamin Constant recebeu 6 pessoas da Instituião Sol do Sul, da França. São pessoas ligadas à deficiência visual que estiveram visitando Porto Alegre e o Rio de Janeiro, no período de 02-08 a 02-09. Ficaram alojados no IBC e no dia 31-08 às 14:jj h houve o "Encontro França-Brasil", onde os franceses se apresentaram juntamente com alunos, ex-alunos e reabilitandos no teatro. Com toda certeza é uma iniciativa boa em relaão à socializaão, entrosamento e troca de experiências entre os 2 países. ¨:::::::::: Noticiário Especializado Venho, por meio deste comunicado, divulgar o trabalho

maravilhoso que é realizado na Audioteca Sal e Luz e corre o risco de acabar. A Audioteca Sal e Luz é uma instituião filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros). Mas o que seria isto? São livros que alcançam cegos e deficientes visuais, de forma totalmente gratuita. Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos, que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos, até provas e textos de vários concursos públicos, já corrigidos. São emprestados sob a forma de fita K7, ou CD~s ou MP3. E agora, você está se perguntando: o que eu tenho a ver com isso? É simples: Ajude-nos divulgando. Se você conhece algum cego ou deficiente visual, conte do nosso trabalho. DIVULGUE! Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125 -- Centro. RJ. A outra opão, foi uma alternativa que se criou face à dificuldade de locomoão dos deficientes na nossa cidade. Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site; enviaremos gratuitamente pelos Correios. A nossa maior preocupaão reside no fato de que, apesar de o governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, se não ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros... Ajudem-nos, divulgue! Atenciosamente, Christiane Blume. Audioteca Sal e Luz Rua Primeiro de Março, 125 -- 7º andar Centro -- RJ 20010-000 Fone: (21) 2233-8007 Horário de atendimento: 08:jj às 16:jj horas. ~,http:÷audioteca.org.br÷~ noticias.htm~, *** Audioteca -- Venho falar de nossa audioteca para deficientes visuais, onde os livros são falados e gravados em MP3. O usuário pode ouvir aqui na audioteca ou pode levar para ouvir em casa. Endereço: Av. Getúlio Vargas n.º 51 -- Nova Iguaçu -- RJ, prédio da Biblioteca Cel. Britto, perto da estaão de trem. ¨ :::::::::::

Troca de Ideias Comunicamos aos nossos assinantes que estamos recebendo poucas cartas para esta seão. Gostaríamos de que vocês enviassem mais cartas para não interromper a comunicaão entre todos. Odair Moreira Matos Av. Artur da Costa e Silva n.o 5956 Jardim Paraty Franca -- SP 14403-793 Gostaria de me corresponder com pessoas de ambas os sexos para uma amizade sincera. Lucas Bruno de Farias Rua: Teodoro Pereira de Albuquerque n.o 91 Capiatã Arapiraca -- AL 57310-170 Tenho 16 anos, sou evangélico e desejo corresponder-me com pessoas de ambos os sexos para fazer boa amizade. Sônia Maria Bollo Bandeira Rua: Florianópolis n.o 593 Jacaraipe Serra -- Espírito Santo 29175-496 Gostaria de corresponder-me com pessoas de ambos os sexos para fazer uma boa amizade. ¨:::::::::: Ao Leitor Solicitamos aos leitores da RBC abaixo mencionados que nos enviem seus endereços completos, para evitar que suas revistas voltem. Favor verificar se estão retidas no correio. ¨ ::::::::::