A vida muda, quando "você muda". ¨:::::::::: Quanto Custa Leonardo Boff Cabe insistir no óbvio: não há dinheiro que pague um pôr-de-sol. Não se compra na bolsa a lua cheia “que sabe de mi largo caminar”. A felicidade, a amizade, a lealdade e o amor não estão à venda nos *shoppings*. Quem pode viver sem esses intangíveis? Aqui não funciona a lógica do interesse; mas da gratuidade, não a utilidade prática, mas o valor intrínseco da natureza, da ridente paisa- gem, do carinho entre dois enamorados. Nisso resi- de a felicidade humana. Um grande empresário ameri-

cano, estando em Roma, quis mostrar ao filho a beleza de um pôr-de-sol nas colinas de Castelgandolfo. Antes de se postarem num bom ângulo, o filho perguntou ao pai: “Pai, onde se paga?" Esta pergunta revela a estrutura da sociedade dominante, assentada sobre a economia e o mercado. Nela, para tudo se paga -- também um pôr-de- -sol -- tudo se vende e tudo se compra. Ela operou, segundo notou ainda em 1944 o economista norte-americano Polanyi, a grande transformação ao conferir valor econômico a tudo. As relações humanas se transformaram em transações comerciais e tudo, tudo mesmo, do sexo à Santíssima Trindade, virou mercadoria e chance de lucro. Se quisermos qualificá-la, diríamos que esta é uma sociedade produtivista, consumista e materialista. É produtivista porque explora todos os recursos e serviços naturais visando o lucro e não a preservação da natureza. É consumista porque, se não houver consumo cada vez maior, não há também produção nem lucro. É materialista pois sua centralidade é produzir e consumir coisas materiais e não espirituais como a cooperação e o cuidado. Está mais interessada no crescimento quantitativo -- como ganhar mais -- do que no desenvolvimento qualitativo -- como viver melhor com menos -- em harmonia com a natureza, com equidade social e sustentabilidade socioecológica. Devemos tentar ser, pelo menos um pouco, como a rosa, cantada pelo místico poeta Angelus Silesius (1677): “a rosa é sem porquê: floresce por florescer, não cuida de si mesma nem pede para ser olhada” (aforismo 289ã. Essa gratuidade é uma das pilastras do novo paradigma salvador. ¨ :::::::::: Desconectada Heloisa Perissé Sou obrigada a confessar que ainda não me familiarizei com esse mundo cheio de tecnologia em que vivemos. Sei que estamos no século XXI, é a era das máquinas, mas assim mesmo, pra mim é duro. Meu computador deve ficar uma fera comigo, porque eu o trato igual a uma simples máquina de escrever do século passado. Não uso quase nada dos milhões de recursos que ele me oferece e, pra falar a verdade, nem sei o que ele me oferece! De repente, ele até serve cafezinho e eu não tô sabendo. Enfim, não tenho tempo (nem massa cinzenta, provavelmente) para aprender o tanto de coisas que as máquinas podem fazer. E, conversando por aí, com pessoas do “meu século”, vejo que isso não é um problema só meu, não! Meu telefone tem tanta função que só falta fritar um ovo. E cadê tempo pra entender? A solução é apelar para as minhas filhas, que já nasceram apertando botões. Mas, quando peço à mais velha uma ajuda, ela me olha com desdém e fala quase sem entender: -- Mãe, você não sabe fazer isso? E, como disse, não sou só euzinha, não: uma amiga ganhou de aniversário um celular do último tipo, que ela usava para telefonar, é claro. Até que um dia, por algum motivo, apertou um botão e acabou descobrindo que o celular fil- mava. Pior que as máquinas parecem *gremlins* ou dupla sertaneja: toda hora aparece uma nova. Quando consigo me familiarizar com o Windows XP, já chega o Windows XYZ; quando aprendo a lidar com o meu celular, chega o iPhone! Nunca aprendi direito a lidar com fax e agora já tem scanner. Eu tenho um aparelho de VHS que é considerado um dinossauro. Não dá para acompanhar. Eu ainda pesquisava coisas em enciclopédias, quando minha filha falou: -- Mamãe, por que você não usa o Wikipédia? O mundo hoje se resume a uma tela. E isso, para uma mente romântica como a minha, que quer folhear livros e segurar canetas, é complicado. No caso do computador, tive que radicalizar: ou eu me atualizava, ou quem ia acabar me ensinando as coisas ia ser a Cicinha, minha cachorra, muito da espertinha, diga-se de passagem. Já melhorei muito. Claro ainda apago muita coisa, encho meu computador de vírus, mas vou tentando. O Dia das Mães está chegando e meu marido disse que ia me dar um "palm top". Só de pensar o que eu ia sofrer pra aprender a mexer naquilo, desisti e acabei pedindo de presente um lindo caderninho. Tenho uma amiga que é toda computadorizada e, quando soube da minha troca, me esculhambou geral. Mas, outro dia, ela é que me ligou: -- Você tem o telefone da Fulana? -- Tenho. Ué, mas você não anotou no seu "palm top" XYZK, que toca música, aparece a foto quando ligam, atende se você não atender e ainda fala inglês, português e alemão, com legendas em mandarim? -- Anotei, mas deu um pau nele e eu perdi tudo que tinha dentro. Pois é, no primitivo papelzinho isso não acontece. Ótima semana para vocês! P, S.: aprendi a receber e-mails, mandem! :::::::::: As Crianças de Gaza Mauro Santayana Amigos judeus me escrevem, criticando em termos educados meus textos recentes sobre Israel. Outros que não conheço, usam de linguagem acerba. Reconheço-lhes, a uns e a outros, o direito de discordar -- mas minhas informações são de autores tão judeus quanto eles. Meus poucos e velhos leitores sabem que sempre fui solidário com o povo judeu. Neste mesmo jornal, quando correspondente em Bonn, pude relatar e comentar, com veemência, ataques sofridos pelos judeus, não só em inúmeros textos contra o nazismo mas, também, contra extremistas palestinos que assassinaram dois atletas judeus durante a Olimpíada de Munique. O episódio foi ainda mais dramático, porque a polícia alemã acabou matando os nove outros atletas sequestrados no aeroporto. Recordo-me de, em meu texto, ter admitido a terrível suspeita de que os policiais não os mataram por engano: naquele instante da noite de 5 de setembro de 1972, eles voltavam a ser alvos judeus, sob a mira das armas alemãs tão competentes, os policiais não podiam ter confundido os terroristas com os reféns, sob os holofotes poderosos que iluminavam a pista do aeroporto de Furstenfeldbruck. Não houve sobreviventes entre sequestradores e sequestrados. Os nazistas foram particularmente cruéis com as crianças *inferiores* (judias, ciganas, eslavas) e chegaram a criar seção especial para ex- terminá-las, em Lidz, na Polônia. De acordo com as informações, não gastavam gás, nem balas: abriam longas valas e as atiravam ao fundo, ainda com vida. Com tratores, co- briam de terra as escavações. Não eram fundas as valas; nos troncos dos pinheiros, plantados sobre o terreno, foram encontrados fios de cabelos trazidos das raízes, como prova do crime. Abertas as tumbas, depois da guerra, os pequenos esqueletos foram encontrados. Ao contrário do que disse Shimon Peres, sobre os palestinos, as crianças judias não foram massacradas pelos nazistas porque seus pais não souberam delas cuidar. Seus pais, naqueles anos, não tinham como protegê-las da superioridade bélica dos seus inimigos, como tampouco podem fazê-lo hoje os palestinos, como mostram as imagens dos pais com seus filhos mortos e feridos nos braços, e as dos adolescentes que atiram pedras contra os tanques. Qualquer criança é uma promessa de esperança para o mundo, seja de que etnia for. Afinal, foi uma criança palestina, de família judia, escapada da morte pela fuga dos pais, que trouxe aos homens a mais bela de suas utopias, a do Reino de Deus na Terra. Não posso deixar de pensar nas quatro crianças nos escombros de uma casa da Faixa de Gaza, entre mortos e feridos que não podiam mover-se. O que disseram umas às outras, até que chegassem os socorros? Segundo um observador da ONU, a 80 metros do local, soldados de Israel, orgulhosos de seu desempenho, continuavam a matar. Essas crianças não escolheram nascer na Palestina, como as sepultadas em Lidz não decidiram o seu destino. Em 1964, grávida, presa em Belo Horizonte, minha mulher foi levada a fuzilamento simulado, como parte do processo de tortura psicológica. Até hoje Wânia sofre pesadelos, dos quais deve ser despertada. Minha filha, felizmente, nasceu no México, no exílio, e nos deu uma neta. Meu filho, que tinha 5 anos, teve de deixar o Brasil, em companhia da mãe, com um salvo-conduto, porque lhe negaram o passaporte -- e também nos deu um neto. Todos esses fatos não nos trouxeram ódio, mas reforçaram os nossos sentimentos de solidariedade para com os perseguidos, todos os perseguidos. De volta ao Brasil, temos lutado politicamente para a democratização do país. De nada nos arrependemos. Nunca me esqueço de uma fotografia que correu o mundo: uma criança judia, sobrevivente do gueto de Varsóvia, que aguardava o embarque, provavelmente para Auschwitz, com as mãos levantadas, diante do fuzil que lhe apontava um soldado alemão. Ela sempre voltava à memória, quando -- na Palestina, no Iraque, no Afeganistão, no Congo, em Dafur, em El Salvador, na Chechênia e nas favelas do Rio -- uma criança é espancada, ferida, morta. Mas a imagem de Varsóvia se esmaece, hoje, diante das crianças palestinas trucidadas, nestas longas décadas de martírio. Muitas delas são escolhidas previamente, como as da família do líder do Hamas, exterminada com um míssil teleguiado. Esses fatos conduzem os meus textos, e por eles assumo todos os riscos, mesmo o da incompreensão dos amigos. :::::::::: O Supremo Encanto Tom O'Neill O encanto tem muitas faces, mas poucas se comparam a uma que foi pintada há 1,5 mil anos. Para vê-la, primeiro os olhos precisam acostumar-se à escuridão de uma gruta da Índia. E então não é mais possível desviá-los. É a figura de um homem de torso nu, com uma coroa alta e, na mão, uma flor de lótus. Seu tronco inclinado parece acompanhar o embalo de uma música que só ele ouve. O rosto é a própria tranquilidade, de olhos semicerrados, lábios esboçando um sorriso, todo o seu ser absorto num sonho dulcíssimo. Esse rosto irradia serenidade desde o século V, quando monges budistas habitaram um notável conjunto de templos escavados especialmente para eles nas grutas de Ajanta, na Índia Central. O nome da beatífica figura é Bodhisattva Padmapani, uma deidade budista que representa a com- paixão infinita. Padmapani aparece perto da entrada de um dos santuários, como um guardião, e oferece uma visão de paz a todos que lá entram. Mais de duas dúzias de grutas escavadas pelo homem, crivam o paredão de rocha basáltica parda. As fachadas, grandiosas, com pilares e estátuas, lembram as tumbas e os templos da antiga cidade de Petra, na Jordânia. A suntuosidade do complexo de Ajanta reflete seu patrocínio régio: a maioria dos templos foi entalhada no reinado de Harishena, um soberano que governou uma larga faixa da Índia Central em meados do século V. Centenas de monges viveram nas grutas. Na época das chuvas, de junho a setembro, a ravina vizinha cobre-se de verde, e cascatas rolam pelas paredes íngremes. Nos meses mais secos, o Sol castiga, e o leito do rio vira pó. O interior fresco das grutas é como uma prece atendida. :::::::::: A Chama das Virgens Revista Aventuras na História No sossego de suas casas, ocupados com as tarefas do cotidiano, os romanos viviam protegidos por uma chama que não podia se apagar. O fogo queimava em uma pira protegida pelas paredes do templo da deusa Vesta, no monte Palatino. Eles não imaginavam como a labareda, que homenageava a divindade encarregada de zelar pela união das famílias da Roma antiga, mantinha-se acesa. O mistério da chama só era conhecido por poucas pessoas. Em particular por moças virgens, abastadas, filhas de família de conduta impecável. Eram elas, as vestais, as encarregadas de não deixar o fogo apagar. Reclusas, as sacerdotisas da deusa Vesta recebiam privilégios impensáveis a outras mulheres de sua época e ocupavam um alto *status* na comunidade. Tinham a obrigação de se manter castas durante 30 anos após terem sido escolhidas para a tarefa. Caso violassem a regra, recebiam penas duríssimas. Podiam até terminar enterradas vivas. Apesar da sombra da punição, ser uma discípula de Vesta era uma honraria ambicionada e rara. Só eram levadas para o monte Palatino as meninas de origem nobre. Com o consentimento dos pais e sem poder de escolha, as garotas eram recrutadas pelo sacerdote supremo do templo, antes da puberdade. Ingressavam no grupo sem imaginar que sua principal tarefa era cuidar da chama de Vesta. A escolha, em geral, ocorria quando elas estavam com cerca de 7 anos, mas podia ser mais tarde. A virgindade era apenas um dos requisitos para a escolha. A menina deveria ser fisicamente perfeita. Além disso, era im- portante que a família fosse exemplo de perfeição em vários aspectos. Os pais tinham de estar casados, não podiam ter sido escravos nem ter tido qualquer envolvimento com negócios escusos. Órfãs também não eram escolhidas. Uma vez selecionadas, as meninas deveriam passar as próximas três décadas isoladas do convívio em sociedade. Viviam cercadas pelos muros altos do templo, localizado nas colinas romanas, onde também ficavam o Fórum e o Circo Máximo. Sob supervisão do Pontifex Maximus, título do maior dos sacerdotes de Roma, a chama do templo era mantida acesa sob disciplina militar. Nos primeiros dez anos de serviço, as vestais estudavam: latim, história sobre a vida de Vesta -- que era, segundo a mitologia romana, virgem -- e questões de Estado. Nos dez anos seguintes, a tarefa principal era mais prática: revezar-se para alimentar a chama. A última década era voltada ao ensinamento: elas deveriam passar seu conhecimento para as novatas. Ao todo, entre as mais velhas e as mais jovens, o templo abrigava 18 sacerdotisas. Considerada eterna e pura, a chama em homenagem à deusa funcionava como uma espécie de garantia de que Roma não seria invadida ou violada. Por isso há uma relação direta entre a manutenção da virgindade e a proteção da cidade, destinando às vestais um lugar de destaque. :::::::::: Mistério Ary Rodrigues -- Poeta Cego Jamais uni meu corpo ao teu no laço Que a glória plena do amor resume. Nunca senti teu natural perfume, Nunca provei teu beijo ou teu abraço; E no entanto, nos versos que faço, Falo de ti com invulgar costume. Talvez porque sejas o santo lume Do amor que eu procuro a cada passo. Talvez, porque escondas em teu seio Esta felicidade que eu anseio, Que busco tanto e que tanto tarda! Talvez, porque o segredo da ventura Seja essência da tua alma pura. Seja mistério que o teu corpo guarda. ¨*** A Dança dos Sentidos Jornal O Globo Numa precisão impressionante, o grupo de 21 dançarinas chinesas, liderado pela bailarina Tai Lihua, executa uma das performances mais aplau- didas da China e, graças à Internet, popularizada pelo mundo. O que poucos sabem é que as dançarinas são surdas, integrantes da Trupe de Performance Artística da Associação de Deficientes da China. Para que o efeito sincronizado ocorra, as bailarinas contam com o auxílio de duas coreógrafas que, nos cantos do palco, sinalizam o ritmo com os braços, como um maestro numa orquestra. O grupo -- que apresenta também balés com cegos e deficientes físicos, além de espetáculos de canto -- já se apresentou em 60 países, mas ganhou notoriedade mundial quando realizou o espetáculo de abertura das Paraolimpíadas de Pequim. Num país reconhecido internacionalmente por seus espetáculos de malabarismo, contorcionismo e artes marciais, todos no limite do impossível, a Trupe de Deficientes espanta pelo profissionalismo, exuberância e beleza. O que dizer, por exemplo, da peça "To see Spring" (Ver a Primavera), animado balé de 16 dançarinos cegos, liderados por Li Yue, que homenageia o campo chinês. Ou do solo de Tai Lihua "The soul of a peacock" (A alma de um pavão), que recebeu vários prêmios internacionais. E o que diria Beethoven ao ouvir sua Moonlight Sonata sendo executada com perfeição pelo pianista cego Jin Yuanhui? :::::::::: Joias da Humanidade Basílica de Santa Sofia Revista Aventuras na História A Basílica de Santa Sofia, Hagia Sophia em grego, significando Sagrada Sabedoria, foi a catedral de Constantinopla, atual Istambul, Turquia. A primeira grande igreja no local foi construída por Constantius, o filho de Constantino, o Grande, mas foi destruída durante a Revolta de Nika de 532. O edifício foi reconstruído em sua forma atual em 532-537, sob a supervisão pessoal do imperador Justiniano I. É um exemplo principal de arquitetura bizantina. De grande importância artística, seu interior foi decorado com mosaicos, colunas e esculturas de mármore. O próprio templo foi assim ricamente e artisticamente decorado, pois Justiniano teria dito: "Salomão, eu superei você!" Os arquitetos do interior da Hagia Sophia foram Isidoro de Mileto e Antemio de Tralles, professores de geometria da Universidade de Constantinopla. Hagia Sophia é coberta por uma abóbada central de 102 pés ê31 metros). De fato, sua primeira abóbada caiu após um terremoto em 7 de maio de 558; sua recolocação em 563 teve um perfil mais elevado do que o original. Durante 900 anos foi o assento do Patriarca Ortodoxo de Constantinopla e um principal cenário para cerimônias imperiais. Hagia Sophia foi convertida em uma mesquita na Queda de Constantinopla pelos Turcos Otomanos sob o Sultão Mehmed II em 1453. Seus ricos mosaicos figurativos foram cobertos com emplastro. Foi por quase 500 anos a principal mesquita de Istambul. Hagia Sophia serviu como modelo para muitas das grandes mesquitas otomanas de Constantinopla, tais como a Mesquita Shehzade, Mesquita Suleiman e Mesquita Rustem Pasha. Após continuar como mesquita durante os anos da república da Turquia, em 1934 sob Kemal Atatürk foi secularizada e voltou para o Ayasofya Museu. Não obstante, os mosaicos coloridos permanesceram emplastrados na maior parte, e o edifício deteriorou-se. Uma missão da UNESCO em 1993 à Turquia notou a queda do emplastro, revestimentos de mármores sujos, as janelas que- bradas, pinturas decorativas danificadas pela umidade e falta de manutenção na ligação da telhadura. Desde então a limpeza, a telhadura e a restauração têm sido empreendidas. Os mosaicos excepcionais do assoalho e da parede, que foram cimentados desde 1453, agora são escavados gradualmente. ¨:::::::::: Histórias Interessantes Eles tinham poder, mas e daí? Vítimas de doenças mentais, espantavam a corte e a plebe com bizarrices e dor. Saiba como os monarcas foram tratados na época e seus diagnósticos, hoje. Era tarde da noite no palácio de Windsor, na Inglaterra de 1788, quando o rei George III deixou seus aposentos vestindo uma camisola. Com uma fronha fazendo as vezes de chapéu, ele carregava um travesseiro nas mãos, tal qual um bebê recém-nascido. Aos berros, corria pelos corredores e acordava a todos dizendo que Londres estava alagada e que aquele que segurava era o príncipe Octavius, que acabara de nascer. A cena bizarra já não era mais estranha aos conselheiros reais e membros da corte. Havia anos que a Inglaterra estava sendo governada por um rei debilitado mentalmente, que não reagia a nenhum tipo de tratamento (todos tão loucos quanto o paciente). Assim como George III, muitos outros soberanos reinaram acometidos por doenças mentais. Alguns, devido à gravidade de seus desequilíbrios, foram obrigados a deixar o trono. Muitas famílias reais, desesperadas, gastaram fortunas em procedimentos médicos inusitados. George III, por exemplo, foi enrolado em camisa-de-força e passou por tratamentos agressivos, que incluíam incisões no cérebro e uso de fortes purgantes. Capaz de falar por 60 horas e de engolir a comida sem mastigar, não conseguia manter as mãos quietas e vivia enrolando lençóis -- usava cerca de 40 por dia. O monarca governou a Inglaterra de 1760 a 1820. Os surtos passaram a ser registrados após sua coroação, aos 30 anos. Aos poucos, passou a ter dificuldade de concentração, a falar muitos palavrões e a ficar irritado facilmente. Em 1788, o médico Richard Warren declarou: “Nosso rei está louco”. George reinou, assim, maluco, até seus derradeiros dias, quando foi isolado numa ala do palácio. ¨*** Doido por Sangue O imperador romano Marco Aurélio Cômodo (161-192) não gostava de política. No início de seu reinado (180 a 192), deixou o governo sob o poder dos conselheiros do pai. Após a morte de dois deles, resolveu assumir o trono, mas entregou-se a um estilo de vida no mínimo exótico, proclamando-se deus vivo. Autodeterminava-se *Ducator orbis, Conditor, Invictus, Amazonianus, Exsuperatorius* (algo como "Chefe Supremo, Líder, Todo-Poderoso, Incrível, Vencedor") e afirmava ser a reencarnação do herói grego Hércules. *** Cidade Malcheirosa -- Um lugar sujo e muito violento. Assim era Londres em 1605, de acordo com relatos da missionária espanhola Luisa de Carvajal ê1566-1614). Um novo estudo da Universidade de Oxford reúne trechos de 150 cartas, que descrevem a capital inglesa da época como um lugar muito mais bárbaro que Madri, a cidade natal da autora. Londres era um lugar sem rede de esgotos, com 25 ladrões enforcados por mês e cenouras transportadas nas mesmas carroças que carregavam cadáveres. Quanto aos vizinhos, 200 mil pessoas que se espremiam em uma área de 2 quilômetros quadrados, a missionária afirmava: “Às vezes me acordam de madrugada com os barulhos que fazem. Tudo o que você ouve é carne sendo moída e pessoas comendo e be- bendo." *** O Passado Ataca -- Uma escavadeira retirava terra em uma obra em Arnsberg, na Alemanha, quando uma explosão jogou o aparelho para longe, feriu 17 pessoas e arrebentou as janelas de dois edifícios dos arredores. Quando se aproximaram do local, os especialistas perceberam que a detonação tinha sido provocada por uma antiga mina norte-americana, enterrada durante a Segunda Guerra Mundial. O artefato, de 250 quilos, continuava ativo. Bombas dessa época são um problema comum na Alemanha. Em julho, um ex- plosivo britânico foi encontrado no quintal de uma casa em Berlim. Para retirá-lo, a polícia teve que isolar um bairro inteiro. ***

Insanidade e Ciência -- Na Europa do século XV, realidade e lenda se misturavam na história da nau dos loucos, um navio repleto de lunáticos que circulava pela costa e os canais do continente, proibido de liberar sua carga humana nos portos. Dessa forma, as famílias e vilarejos livravam-se do problema de ter que lidar com seus malucos, pessoas que, se não estavam possuídas pelo demônio, permaneciam ligadas a algum espírito maligno que deturpava o seu comportamento, tornando-o inexplicável e inaceitável pela sociedade. O objetivo da nau era isolar os loucos, pô-los à margem da sociedade, sem acesso a qualquer tipo de tratamento. Miraculosamente, alguns viajantes até se beneficiavam com a mudança constante de cenário. Mas a maioria piorava, isolando-se cada vez mais dentro de suas mentes doentes, morrendo solitários longe de suas famílias. ¨:::::::::: Artes O Código Michelangelo Rafael Tonon Em abril de 1508, o jovem Michelangelo Buonarroti foi convidado para realizar aquela que seria uma das maiores obras da escultura, já feitas em todo o mundo, o túmulo do então papa Julio II. O chamado partiu do próprio papa, que estava encantado -- como toda a Itália, aliás -- com as esculturas da Pietá e de Davi. Michelangelo mudou-se prontamente de sua Florença natal para Roma, para iniciar o trabalho, mas logo teve de interromper as atividades: o papa havia desistido da ideia. O motivo, segundo historiadores da arte, é que Julio II teria sido convencido a abdicar do projeto por um desafeto de Michelangelo, o também artista Donato Bramante, sob a alegação de que dava azar ter sua tumba esculpida enquanto vivo. Com isso, Bramante queria evitar que o artista florentino realizasse outra de suas grandes obras e se tornasse ainda mais conhecido. Para tornar a vida de Michelangelo ainda mais difícil, seu oponente sugeriu ao papa propor-lhe uma tarefa ingrata: pintar o teto da Capela Sistina -- atividade que Michelangelo evitou o quanto pôde. Bramante sabia que a pintura, principalmente de afrescos (técnica em que o artista pinta paredes com o revestimento ainda fresco), não era a especialidade de Michelangelo. Seu plano era que o artista fracassasse e manchasse sua reputação. Pois é, Bramante deve estar se revirando no túmulo: os afrescos de Michelangelo, na pequena igreja do Vaticano, são considerados verdadeiros monumentos da história da arte. As pinturas, iniciadas no verão italiano de 1508, foram finalizadas quatro anos depois. De tão perfeitas na representação de formas humanas, são objeto de estudo para alunos e professores de anatomia, meio milênio depois de terem sido pintadas. Além desses estudiosos, a Capela Sistina recebe cerca de 17 mil visitantes, curiosos para ver as imagens criadas pelo mestre italiano. ¨:::::::::: Brasil Manaus Aline Duque Erthal A janelinha do avião é moldura modesta para a imensidão verde que se descortina lá embaixo, rasgada por grossas serpentes de água. Vista de cima, a paisagem deslumbrante não deixa dúvidas: estamos sobrevoando parte da gigantesca planície amazônica. É a natureza nos dando as boas- -vindas a Manaus, destino perfeito para quem quer cenários belíssimos, cultura e -- por que não? -- agito. Aterrissamos e a primeira constatação possível é: a capital do maior estado brasileiro é quente. Muito quente, aliás. E a umidade é tanta que, às vezes, a sensação é de se estar respirando debaixo d'água. Aos mais desavisados, a segunda observação é uma surpresa: longe de corresponder ao delírio de um lugar semisselvagem, com macaquinhos pulando de um lado para o outro, Manaus é grande -- com seus 12 mil quilômetros quadrados e 1.500.000 habitantes -- e cosmopolita. Pelas ruas, as feições tipicamente manauaras -- rostos largos, pele morena -- confundem-se com traços orientais e europeus de turistas e gente que aportou por lá a trabalho. O acento cosmopolita, porém, não tirou do povo local aquela que, talvez, seja a sua característica mais marcante: a hospitalidade. Na loja, na rua, no hotel, no bar, os sorrisos são fáceis e constantes. Simpatia só acentuada pelo sotaque nortista. Apesar da óbvia vocação para o turismo ecológico, Manaus é farta também em atrações tipicamente urbanas, que vão muito além do famoso Tea- tro Amazonas. O prédio, claro, é visita obrigatória: inaugurado no dia 31 de dezembro de 1896, foi erguido com a riqueza dos barões da borracha, levando 15 anos para ser concluído. A imponente fachada já foi azul, cinza e hoje recuperou a cor original: o rosa. O teto, lindíssimo, foi pintado pelo brasileiro Crispim do Amaral, e curiosamente reproduz a visão que uma pessoa teria se estivesse embaixo da Torre Eiffel, em Paris, e olhasse para cima. O pano de boca é obra do mesmo artista, e cada coluna do auditório é adornada por máscaras da tragédia grega representando medalhões como Shakespeare, Molière, Goethe, Mozart, Beethoven e Wagner. Encimando o edifício, a cúpula com 36 mil telhas vitrificadas, que formam padrões com as cores da bandeira nacional. Detalhes que são revelados em visitas guiadas que acontecem de segunda a sexta, das 9 às 21 h, a módicos 10 reais. Do Teatro Amazonas, bastam alguns passos para se chegar ao Palácio da Justiça, de arquitetura belíssima e eclética, com toques que vão do barroco ao neoclássico. Logo em frente está a praça São Sebastião, com o monumento comemorativo à Abertura dos Portos às Nações Amigas, e a igreja de São Sebastião, construída em 1888. Vale conferir, ainda no Centro Histórico, as ruínas do Hotel-Cassino, o Paço da Liberdade e o Palácio Rio Branco. O *tour* pela cidade continua, e a próxima parada é o conjunto arquitetônico do Porto de Manaus, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1987. Compreende desde o porto propriamente dito, projetado de forma a oscilar com a subida e descida das águas do Rio Negro, o Museu do Porto -- que conta a história da navegação e do comércio no período áureo da borracha, através de cerca de 300 peças -- e outros prédios, como os da Alfândega, da Guardamoria, da Ilha de São Vicente, do Escritório Central e o antigo edifício do Tesouro Público. É bem ali, de frente para o Rio Negro, que está o Mercado Municipal Adolpho Lisboa. Em estilo *art nouveau* e com pórtico todo rendilhado e salpicado de vitrais, é uma réplica do antigo mercado Les Halles, de Paris. Lá funcionam diversas lojinhas que vendem desde colares e suvenires artesanais até estátuas e móveis em madeira com motivos amazônicos. Depois de tantos prédios carregados de história, pausa para um pedacinho de verdde plantado no meio da cidade grande: é o Bosque da Ciência, onde macacos, antas e bichos-preguiça andam livres. Mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), abriga aquários enormes que mostram os simpáticos peixes-boi; viveiro de ariranhas; o Condomínio das Abelhas, com várias colmeias; orquidário e bromeliário. ¨:::::::::: Ecologia Perfume da Morte: Almíscar Revista Pôr-do-Sol Não usem produtos que contenham ALMÍSCAR NATURAL! Esta coluna recebe regularmente (por e-mail e cartas) denúncias de crueldades contra os animais e são tantas que faltaria espaço, mesmo que se usasse o Jornal inteiro, para denunciar. A criatividade humana é grande e, por vezes, parece que a crueldade não tem limites, como no caso do Almíscar natural, perfume tido por “afrodisíaco”, mas que, se analisada a origem, o rótulo de “demoníaco” lhe cairia melhor... Descobriu-se que este simpático animal, o almiscareiro *Moschus moschiferus*, mamífero da família dos cervídeos, originário da Ásia e da África, é provido de uma glândula em seu ventre que secreta uma substância odorífera denominada almíscar. Recente investigação da WSPA revelou mais uma crueldade, similar à dos ursos da China, para produzir perfumes à base de almíscar. Tal fato se dá porque alguns monstros, sádicos e degenerados, que não podem ostentar o título de humanos, em vez de tentarem se melhorar e fazer do sexo instrumento do amor, pensam que podem fazer perfume “afrodisíaco” à base de sofrimento de inocentes. Se quem usa o referido perfume (o natural, uma vez que há o Almíscar de origem não-animal) soubesse a origem, certamente abandonaria tal prática por compaixão pelo sofrimento de criatura indefesa, uma vez que o animal capturado fica até 15 anos na mesma posição, sendo manipulado apenas para a retirada do líquido que produz o perfume. Divulguem! Muitos usam perfumes ou outros produtos que contêm essa substância sem saber da sua origem. Boicote é o primeiro passo para ajudar. Não usem produtos que contenham almíscar natural! :::::::::: Lugares do Mundo Dogons, do Barro Viemos Revista Próxima Viagem Casas, falésias e planícies feitas da mesma lama, no Sul de Mali: Eis a Terra Dogon. Aguçar a vista seria imprescindível. Ainda mais depois de 700 quilômetros de trancos, numa estrada capenga, rajadas de areia e calor sufocante. Aos pés daquela falésia ocre, sobre a planície pedregosa ocre, existe uma vila dogon. Ocre também. Os dogons se dizem descendentes de alienígenas, mas tudo que se sabe deles é que há séculos camuflaram-se aos pés da Falésia de Bandiagara, no atual Mali, para fugir de caçadores de escravos. Os males de hoje são ou- tros, mas seus sacerdotes ainda fazem poderosos rituais de adivinhação. Desenham símbolos complicados no chão e, dependendo do rastro que as raposas deixarem ali durante a noite, o destino da tribo está revelado. É bem provável que a raposa diga que pode faltar comida. A planície toda está se desertificando, o plantio de grãos está mais difícil, os grandes animais já sumiram. Ficaram os crocodilos e as raposas. Algum dinheiro tam- bém vem dos viajantes, que chegam para ver de perto as máscaras que inspiraram Picasso. A *sirige*, por exemplo, chega a 6 metros de altura, cavada em apenas um tronco. É usada nas danças sagradas, para simbolizar o reino dos mortos. Que também deve ser ocre. :::::::::: Ciência e Saúde Quando Prender a Respiração Faz Bem à Saúde -- Mergulhe nesta reportagem. Faça o teste. Respire fundo, olhe para o relógio e veja até onde vai a sua capacidade de prender o ar nos pulmões. Se não ultrapassar um minuto, não se preocupe. Pode respirar aliviado. Tentar ir além disso, porém, não significa apenas buscar um recorde pessoal. A prática da chamada apneia voluntária pode trazer diversos benefícios para a saúde, melhorando o condicionamento físico, desenvolvendo a capacidade respiratória e até auxiliando o domínio do estresse nosso de cada dia. O principal benefício da prática da apneia voluntária é acostumar o organismo a trabalhar com uma capacidade menor de oxigênio. Durante a prática esportiva, caso do surfe, montanhismo ou mergulho, necessitando de uma menor quantidade de oxigênio, você consegue ter uma eficiência maior. Além disso, há o aumento da capacidade respiratória, com benefícios para a musculatura do coração e do resto do corpo. *** Astronomia -- Raios Lunares -- Algumas crateras lunares emitem periodicamente raios brilhantes cuja origem ainda não foi determinada pelos cientistas. O caminho do fóton -- A luz solar leva cerca de 8 minutos e meio para chegar à Terra, mas o caminho de um fóton do núcleo do Sol até a sua liberação em forma de luz, leva cerca de um milhão de anos. *** Tecnologia -- O Decompositor -- Já ouviu a nova do Vivaldi? Desde que o compositor italiano Antônio Vivaldi morreu, em 1741, amantes da boa música erudita imaginaram estar para sempre órfãos de composições como *As Quatro Estações*. Estavam enganados. Um programa de computador promete produzir novas peças de Vivaldi -- e de quaisquer outros músicos. O software Experimentos em Inteligência Musical, ou simplesmente Emmy, analisa o padrão musical dos artistas e consegue fazer novos arranjos e novas partituras seguindo a mesma regra utilizada pelos grandes gênios. E os resultados, de acordo com os idealizadores do projeto, são convincentes. Ele voltou -- Morto em 1741, Vivaldi ressurge em programa de computador. *** Arqueologia -- Achados Simultâneos -- Encontradas duas estátuas romanas. Em um prazo de um mês, e no mesmo lugar, uma equipe de arqueólogos descobriu partes de estátuas gigantes do imperador Marco Aurélio (121-180) e da imperatriz Faustina ê100- -141), esposa do imperador Antonio Pio (86-161). Da rainha, foi encontrada a imagem da cabeça, com 76 centímetros de altura. Já a imagem de *Marco Aurélio* estava em vários pedaços, como um braço, as pernas e a cabeça -- que, sozinha, tem 1 metro de altura. Os dois achados aconteceram na região de Sagalassos, na Turquia. O local faz parte de um complexo de termas romanas, que vem sendo escavado há 12 anos. *** Paleontologia -- Fantasma do Frio -- O aquecimento global pode trazer de volta à vida micro-organismos que infestaram o mundo pré-histórico. O derretimento de áreas congeladas há milhares ou até milhões de anos, libertaria de um sono aparentemente eterno vírus e bactérias. É o que sustentam cientistas da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, que ressuscitaram em laboratório bactérias da Antártica de 8 milhões de anos. Os micro-organismos achados em amostras de gelo voltaram à vida e começaram a se reproduzir quando os cientistas lhes ofereceram calor e nutrientes. *** Pesquisa -- Lagartixas são Tudo de Bom -- A contribuição das lagartixas para a ciência é bem maior do que se imagina. Esses répteis escaladores de parede, há tempos fazem a alegria de grupos que estudam aderência e nanotecnologia. Agora, se investiga também seu talento acrobático em busca de estratégias para robótica e espaçonaves. Biólogos da Universidade da Califórnia descobriram que o segredo das lagartixas para conseguir sobreviver sem estragos a grandes quedas é a forma como giram a cauda. O estudo poderá oferecer subsídios para o desenvolvimento de robôs militares escaladores e de espaçonaves pequenas e fá- ceis de manobrar. *** Bem Viver -- Coisas que a Vida Ensina Depois dos 40 -- Quando nós chegarmos aos 40, nós todos saberemos que: Amor não se implora, não se pede, e não se espera... Amor se vive ou não. Ciúme é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você. Os cachorros são anjos disfarçados, mandados à Terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade. As crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz. As pessoas que falam dos outros com você, vão falar de você com os outros. Perdoar e esquecer nos torna mais jovens. Água é um santo remédio. Deus inventou o choro para o homem não explodir. A ausência de regras é uma regra que depende do bom senso. Não existe comida ruim, existe comida mal temperada. A melhor cozinheira é a fome. A criatividade caminha junto com a falta de grana. Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar. Amigos de verdade nunca te abandonam. O carinho é a melhor arma contra o ódio. O caminho mais curto para alcançar alguém é o sorriso. As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida. Há poesia em toda a criação divina. Deus é o maior poeta de todos os tempos.

A música é a sobremesa da vida. Acreditar não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente. Os filhos são presentes raros. De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças acerca de suas ações. Obrigado, desculpa, por favor, são palavras mágicas que abrem portas para uma vida melhor. O amor... Ah, o amor... O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças. Não há vida decente sem amor! E é certo, quem ama, é muito amado. E vive a vida mais alegremente. *** Infância e Adolescência -- Seu Bebê com Dentes Saudáveis. Primeiros dentes -- Segundo os dentistas, a idade média normal para o nascimento dos primeiros dentes de leite é por volta dos 6 meses de idade, podendo haver uma pequena antecipação ou um atraso. Mas a higiene bucal pode -- e deve -- começar logo após o nascimento do bebê. Neste período, profissionais da área recomendam o uso de gaze ou fralda umedecida em água filtrada para remover resíduos de leite. O processo é simples: lave bem a sua mão, enrole a gaze ou fralda umedecida no dedo indicador e limpe a gengiva da criança, com delicadeza. Primeira escova dental -- Já após o aparecimento dos primeiros dentes, deve-se usar uma escova dental infantil com cerdas macias, molhada em água. O creme dental ainda é desnecessário. A escovação deve ser feita após a criança se alimentar, principalmente à noite, depois da última mamada e antes do bebê dormir. A pasta dental só deverá ser utilizada a partir dos 2 ou 3 anos de idade, quando a dentição ficar completa. Aliviando o desconforto -- Durante o nascimento dos dentinhos, o bebê pode sentir uma pressão na gengiva e alguns sintomas podem aparecer, como: aumento da salivação, diarreia, febre baixa e passageira e irritação local. Uma das medidas, para amenizar o desconforto do pequeno, são os mordedores, que contêm gel e que devem ser mantidos na geladeira. De acordo com especialistas, esses mordedores aliviam a irritação da gen- giva. *** Mulher Paquistanesa vítima de estupro coletivo narra sua luta contra o sistema tribal. Os chamados crimes de honra ainda existem, infelizmente, e já serviram para justificar assassinatos e outros tipos de ataques que, não raramente, têm as mulheres como suas principais vítimas em diferentes sociedades. Nas zonas tribais do Paquistão, expressão semelhante serve para designar fatos que atingem a honra de determinada família ou clã, e que têm nesses casos as mulheres como uma cruel moeda de troca na hora de “limpar o nome da família”. A paquistanesa Mukhtar Mai é uma dessas vítimas. Jovem divorciada, analfabeta que transmitia oralmente ensinamentos do Alcorão para crianças, na aldeia de Meerwala, no interior do país, em 2002 ela se viu jogada numa polêmica que ultrapassou as fronteiras do Paquistão quando seu irmão, recém-entrado na adolescência, foi acusado de desonrar uma mulher de uma tribo considerada superior, após ser visto com ela num episódio não esclarecido. Numa reunião do conselho tribal, Mukhtar -- que até então era chamada de Mukhtaran Bibi -- foi condenada a ser submetida a um estupro coletivo, como forma de reparação à honra da outra mulher. Ao contrário de outras vítimas de casos semelhantes, que feridas e humilhadas se calam ou chegam mesmo a se suicidar, ela decidiu exigir justiça, começando aí sua peregrinação. Os fatos estão contados em "Desonrada", livro-depoimento sobre a jornada dessa mulher diante de um sistema que des- preza os mais simples e também uma história de transformação, de como Mukhtaran Bibi se tornou Mukhtar Mai -- ou, "a Grande Irmã" --, conseguindo a prisão dos agressores e a construção de uma escola para meninas em sua aldeia, com a ajuda internacional. Ela virou referência para milhares de mulheres no país, que passaram a conhecer um pouco mais os seus direitos, embora muitas vezes não consigam vê-los cumpridos. O caso de Mukhtar, no entanto, seria apenas mais um, como outros relatados ao longo do livro, se não fosse a repercussão que atingiu. Da notícia num jornal local, o caso acabou ganhando a imprensa internacional, chamando a atenção das autoridades e mostrando essas regiões distantes do país, onde a lei nacional se curva à lei tribal. Sem saber ler ou escrever como muitas outras mulheres na região do Punjab, ela foi forçada por policiais a colocar a marca de seu polegar numa folha de papel em branco, onde eles distorceriam mais tarde seu depoimento. Só com muita persistência, ajuda de organizações não-governamentais e, por fim, de algumas autoridades, foi possível levar o caso adiante. Ao longo do processo, essa analfabeta acabou se tornando uma ativista pelos direitos da mulher. O livro, escrito com a ajuda da jornalista francesa Marie-Thérèse Cuny, conta também o drama de outras paquistanesas -- espancadas, desfiguradas por ácido, por maridos violentos, sequestra- das após brigas de vizinhos. *** Zoologia -- O Fim do Namoro das Lagartas -- Pesquisadores franceses descobriram um meio de combater uma espécie de lagarta que destruía os belos vinhedos do país. Eles espalham pela plantação uma substância química, não tóxica, que serve apenas para confundir o olfato dos insetos machos. Assim, eles não conseguem detectar os sinais olfativos, chamados de feromônios, emitidos pelas fêmeas para atraí-los. *** Alimentos -- Coma Nozes -- Dieta variada, exercícios físicos e uma boa noite de sono melhoram nossa capacidade cognitiva. Os ácidos graxos ômega 3, encontrados em nozes, óleos vegetais, salmão e outros peixes, são ótimos para o aprendizado e a memória. Nossas sinapses também gostam de ácido fólico, vitamina B9, presente em vísceras de animais, verduras, legumes e grãos, e detestam gorduras trans e saturadas. Além disso, técnicas de ioga ajudam no raciocínio porque corrigem a respiração e mantêm o suprimento de oxigênio no cérebro. Pelo mesmo motivo, qualquer caminhada já favorece a cognição. *** Remédios Caseiros -- O Inhame e a Dengue -- O Tratamento Natural é comer inhame. Comer inhame em vez de batata, duas ou três vezes por semana, previne contra dengue. Em situação de epidemia, comer um inhame por dia é mais que bastante -- em sopa, purê, ensopadinho, pastinha com alho ou qualquer receita. Mesmo já estando com dengue, comer inhame -- ou tomar o elixir de inhame, vendido em qualquer farmácia -- costuma acelerar muito a recuperação. Também é importante usar o inhame depois da dengue para eliminar os resíduos do sangue que tornam mais dramática a recaída. O Inhame Limpa o Sangue -- é um dos alimentos medici- nais mais eficientes que se

conhece. ¨:::::::::: Variedades Dicas Dicas de Lavagem de Roupa na Máquina Lave as roupas do lado do avesso para proteger as fibras dos danos que o tambor da máquina pode causar. Mantenha sempre limpa a gaveta do sabão em sua máquina para eliminar todos os resíduos de detergentes e amaciadores. Use sempre a tampa de dosagem da embalagem para evitar o excesso e utilizar sempre a quantidade correta de sabão líquido ou em pó. Cada Mesa, sua Limpeza Fórmica -- Como sua superfície não é porosa, impede a retenção de sujeira e a proliferação de fungos e bactérias. Basta um pano úmido embebido em água e sabão, detergente neutro ou álcool para garantir a limpeza e durabilidade. O que não usar: produtos com cera. Madeira -- Tratada com óleo: faça apenas uma aplicação ocasional de lustra-móveis para manter o tampo bonito. Atenção: não use cera! Como o móvel já é encerado, o produto entope os poros da madeira, ressecando-a e tornando-a quebradiça. Envernizada: qualquer lustra-móveis disponível no mercado limpa rapidamente essa superfície. A cera sólida dá um acabamento mais duradouro. O que não usar: sabões, palha de aço e abrasivos. Mármore ou granito -- Para limpar, use somente sabão neutro, água e esponja sem abrasivo. Limpe sempre com o lado liso da esponja. Para mais durabilidade, passe um impermeabilizante. O que não usar: alvejantes, saponáceos, escovas, palha de aço, álcool, sabão de coco, ceras naturais e resina. Além de retirar o brilho da pedra, esse tipo de limpeza permite que a sujeira se instale. Laca -- Deve ser lavada com um pano embebido em água com um pouco de amoníaco. Para retirar as manchas dos móveis laqueados de branco, esfregue um pano embebido em leite puro ou em água. O que não usar: álcool ou seus derivados. Evite também deixar o tampo no sol. Ovo -- Quando novo, tem a casca pouco porosa, bem limpa e sem rachaduras. Para saber se está velho, coloque-o em uma vasilha com água e sal. Se flutuar, está passado. ***

Flores Significado das Flores Angélica -- harmonia, união e paz Antúrio -- luxo, autoridade e exuberância Camélia -- delicadeza e impureza Cravo -- amizade, simpatia e respeito Crisântemo -- longevidade Lírio -- pureza e inocência Margarida -- alegria e simplicidade Orquídea -- requinte, classe e distinção Palma -- dedicação, devoção e grande amizade Tulipa -- vaidade e beleza Violeta -- perseverança e humildade Significado das Cores das Flores Brancas -- reverência, segredo, inocência, pureza e paz Vermelhas -- amor, respeito e adoração Champanhe -- admiração e simpatia Amarelas -- alegria e liberdade Coral -- entusiasmo e desejo Rosa-claro -- gentileza Rosa-escuro -- gratidão e agradecimento Vermelhas com brancas -- harmonia e humildade Vermelhas com amarelas -- felicidade Coloridas em tons claros -- amizade e solidariedade Coloridas, predominando as vermelhas -- amor e felicidade *** Humor Dicionário: Russo Conjunto de árvores: boshke Inseto: moshka Cão comendo Donuts: Troski maska roska Piloto: simecaio patatof Sogra: storvo Alemão Abrir a porta: destranken Bombardeio: bombascaen Chuva: gotascaen Vaso: frask Árabe Metralhadora: Allavai balabalabalabala Elevador: alicima vai Beijo: saliva-vai-saliva-vem Necessito um banho: molhamed Chinês Cabelo sujo: chin-champu Descalço: chin chinela Topless: chin-chu-tian Náufrago: chin-chu-lancha Nudista: chin-kau-chao Pobre: chen luz, chen agua e chen gaz Hemorróida: ku-xai-chiang Japonês Adivinhador: komosabe Bicicleta: kasimoto Fim: saka-bo Fraco: yono komo Me roubaram a moto: yonovejo m'yamaha Meia volta: kasigiro Se foi: non-ta Ainda tenho sede: kiro maisagwa ¨*** Pensamentos “Liberdade -- esta palavra, que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!” Cecília Meirelles ê1901-1964), poetisa carioca. “Para obter seu objetivo, o diabo é capaz de citar as Escrituras.” William Shakespeare ê1564-1616), dramaturgo e poeta inglês. “Jamais se desespere em meio às mais sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda.” Provérbio chinês. “Aquele que tentou e nada conseguiu é superior àquele que não tentou.” Bud Wilkinson. “Quando não se tem nada, não há nada a perder.” Bob Dylan, poeta e cantor americano. “Quando se rouba de um autor, chama-se plágio; quando se rouba de muitos, chama-se pesquisa.” Wilson Mizner. "Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos.” Elmer G. Letterman. “Antes um inimigo do que um mau amigo.” Provérbio Português. “Não há solidão mais triste e pungente que a do homem sem amigos. A falta deles faz com que o mundo pareça um deserto. Aquele que é incapaz de amizade tem mais de irracional que de homem.” Francis Bacon (1561-1626), filósofo, jurista e político inglês. “A paz duradoura só se faz com a paz interior.” Tenzin Gyatso ê1935-ã, o 14º Dalai-Lama, líder tibetano. “Cada homem tem o poder que ele mesmo se confere.” Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto ê1944-ã, frade dominicano e escritor mineiro. “Quem quiser se curar da ignorância, precisa confessá-la.” Michel de Montaigne ê1553-1592), filósofo francês. “O Humor é o raio de sol do espírito.” Bulwer-Lytton (1803-1873), escritor inglês. “A solidão não existe para uma pessoa que escuta a si

mesma.” Célio de Castro, médico mineiro. “Um grande poeta é menos inventor do que iluminador.” Jorge Luís Borges (1899-1986), poeta e escritor argentino. “Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros foram.” Alexandre Graham Bell (1847-1922), escocês inventor do telefone. “Os grandes momentos da vida vêm por si mesmos. Não tem sentido esperá-los.” “A prosperidade revela melhor os vícios, mas a adversidade revela melhor as virtudes.” Sir Francis Bacon. “Pra ser gente não basta falar.” Ruth Rocha ê1931-ã, escritora paulistana. “Quando penso em todos os livros que ainda posso ler, tenho a certeza de ainda ser feliz." Jules Renard (1864-1910), teatrólogo francês. *** História das Frases Rodar a Baiana Lívia Lombardo Quando alguém ameaça com um “pare com isso ou eu vou rodar a baiana”, qualquer pessoa discreta para na hora -- ou, pelo menos, toma cuidado. A ameaça, na verdade, consiste em dar um escândalo público. Diferentemente do que possa parecer, essa expressão não tem sua origem relacionada à Bahia, e sim ao Rio de Janeiro. A região era palco, já no início do século XX, de famosos desfiles dos blocos de Carnaval. No meio desses blocos, alguns espertinhos tascavam beliscões nas nádegas das moças que desfilavam. Para acabar com o problema, alguns capoeiristas passaram a se fantasiar de baianas, com direito a saia rodada e turbante na cabeça. Assim, ao primeiro sinal de desrespeito, aplicavam um golpe de capoeira. As pessoas que assistiam aos desfiles não entendiam nada: só viam a baiana rodar -- e começar toda a confusão. *** Fala Sério... Você sabe o que é tautologia? É o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma ideia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. O exemplo clássico é o famoso "subir para cima" ou "descer para baixo". Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir: -- elo de ligação -- acabamento final -- certeza absoluta -- nos dias 8, 9 e 10, inclusive -- juntamente com -- em duas metades iguais -- sintomas indicativos -- há anos atrás -- vereador da cidade -- outra alternativa -- detalhes minuciosos -- anexo junto à carta -- de sua livre escolha -- superávit positivo -- todos foram unânimes -- conviver junto -- fato real -- encarar de frente -- multidão de pessoas -- amanhecer o dia -- criação nova -- retornar de novo -- empréstimo temporário -- surpresa inesperada -- escolha opcional -- planejar antecipadamente -- abertura inaugural -- continua a permanecer

-- a última versão definitiva -- possivelmente poderá ocorrer -- comparecer em pessoa -- gritar bem alto -- demasiadamente excessivo -- a seu critério pessoal -- exceder em muito. Note que todas essas repetições são dispensáveis. Por exemplo, "surpresa inesperada". Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não. Devemos evitar o uso de repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia. *** Que Intriga... Intriga Devagar e sempre Uma tartaruga realizou em 2007 a mais longa migração monitorada, até hoje, de um animal marinho vertebrado. O infatigável quelônio saiu de Jamursba-Medi, na Indonésia, onde recebeu um dispositivo de localização via satélite, e cruzou o Oceano Pacífico até o Oregon, na costa norte-americana. Foram 20.558 quilômetros em 647 dias. *** Receitas Tortinha de queijo Rende 8 porções Tempo de preparo: 50 minutos Ingredientes: 100 gramas de margarina; 2 xícaras de chá de farinha de trigo; 1 colher de café de sal; 2 colheres de sopa de água gelada. Recheio: 1 colher de sopa de óleo; 2 dentes de alho; 5 tomates cortados em rodelas; sal e pimenta a gosto; 2 ovos; 1 embalagem de queijo cottage ê150 gramas); 2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado; salsinha picada a gosto. Modo de fazer: Em uma tigela, misture a farinha de trigo, a margarina, o sal e a água. Com os dedos, pressione a massa, forrando o fundo e as laterais da fôrma. Reserve. Em uma panela, aqueça o óleo e doure o alho. Junte os tomates e tempere com sal e pimenta. Desligue o fogo e deixe esfriar. No liquidificador, bata os ovos, o queijo cottage e o queijo ralado até ficar uma mistura cremosa. Misture a salsinha. Sobre as massas, distribua o tomate e por cima a mistura de ovos. Asse até dourar em forno preaquecido. Arroz libanês Rende 8 porções Tempo de preparo: 20 minutos Ingredientes: 100 gramas de manteiga; 100 gramas de macarrão do tipo cabelo-de-anjo; 3 xícaras de arroz; 6 xícaras de água em ponto de fervura; sal a gosto. Modo de fazer: Em uma panela, aqueça a manteiga, junte o macarrão e deixe dourar, mexendo com uma colher de pau. Adicione o arroz, mexa bem e coloque água fervente. Tempere com o sal. Cozinhe em fogo moderado até a água começar a secar. Abaixe o fogo e tampe a panela até o arroz ficar seco e macio. Se necessário, adicione mais um pouco de água. Tabuleiro de aveia com goiaba Rende 24 quadradinhos Ingredientes da massa: três quartos de xícara de chá de açúcar mascavo; 2 xícaras de chá de farinha integral; 1 xícara e meia de chá de aveia em flocos finos; 150 gramas de manteiga ou margarina. Cobertura: 1 lata de leite condensado; meia xícara de chá de suco de limão; 3 goiabas vermelhas; 3 colheres de sopa de linhaça triturada. Modo de preparo: Misture os ingredientes da massa até formar uma farofa úmida. Distribua em uma fôrma retangular. Asse em forno médio por 20 minutos. Cobertura: Misture o leite condensado com o limão, mexendo para que forme um creme. Distribua sobre a massa assada e fria. Coloque sobre o creme, fatias de goiaba. Polvilhe com linhaça. Bolo fácil de nozes Rende 8 porções Ingredientes: 6 ovos, gemas e claras separadas; 1 xícara e meia de chá de açúcar; 1 xícara de chá de manteiga; 1 xícara e meia de chá de nozes picadas; 1 pacote de biscoito tipo maisena triturado grosseiramente. Recheio: 2 latas de leite condensado; 1 colher de sopa de chocolate em pó; 1 gema. Modo de fazer: Aqueça o forno a 180 graus. Bata as claras em neve com a metade do açúcar. Reserve. Bata as gemas, a manteiga e o açúcar restante. Junte as claras reservadas, as nozes e o biscoito e misture delicadamente até ficar homogêneo. Despeje em uma assadeira untada e enfarinhada. Leve ao forno por 30 minutos aproximadamente. Deixe esfriar e corte ao meio horizontalmente; reserve. Recheio: Leve ao fogo o leite condensado, o chocolate e a gema e cozinhe até engrossar, sem parar de mexer. Espalhe o recheio sobre uma das partes do bolo e sobreponha a outra metade do bolo. Use o restante do creme como cober- tura. *** Utilidade Pública O número de emergência em todo o mundo é 112. Este número pode ser marcado mesmo que o celular esteja bloqueado ou sem saldo. Experimente!!! Fechou o carro e deixou a chave lá dentro? Está a milhas de casa onde tem outro controle remoto para abrir o carro? Pois bem. A solução está em fazer uma chamada para casa. Alguém aproxima o controle remoto ao telefone e o aciona. Tem de manter o seu celular próximo da porta do carro. Quando alguém em casa aciona o comando, o carro abre!!! A bateria do celular descarregou. Todos os celulares têm reserva de carga na sua bateria. Ao digitar asterisco 3370 tralha (jogo da velha) automaticamente é ativada a reserva, dando até 50 por cento de energia adicional. Quando voltar a recarregar o celular automaticamente voltará a carregar esse suplemento de energia, podendo ser utilizado outra vez!!! Como desativar um celular roubado? Primeiro tem de saber o número de série do celular, digite asterisco tralha 06 tralha. Ao digitar, aparecem no mostrador 15 dígitos. Este é o número de série do telefone. Escreva-o e guarde-o num lugar seguro e contate a sua operadora para cancelar ou anular o telefone. Quando dá esse número, ninguém poderá usar o telefone, porque o desativaram. Mesmo que troquem de cartão, não funcionará. Ligações Interurbanas Telefonia fixa Horários mais baratos: De fixo para fixo, é cobrado um pulso por chamada nos dias úteis, de 0 às 5:59 h, aos sábados, a partir das 14 h, e aos domingos e feriados, o dia inteiro. De fixo para celular, a tarifa reduzida é cobrada de segunda a sábado, das 21 às 7 h, e aos domingos e feriados, o dia inteiro. Telefonia celular Pré-pago: sai mais barato para quem gastar menos de 25,00 reais por mês e para consumidores que têm dificuldade em controlar os gastos. Pós-pago: para quem consegue se controlar, o pós-pago sai mais barato; é preciso saber o quanto se quer gastar e ficar atento ao pacote do plano que escolheu. Torpedo: para mensagens pequenas, o torpedo pode sair mais barato que uma ligação, principalmente se o consumidor estiver em outro Estado. :::::::::: Informativo IBC Musibraille De agora em diante os cegos revelarão, cada vez mais, seus dotes musicais, graças a um novo programa que transcreve partituras para o Sistema Braille. O *Musibraille*, criado pelo núcleo de Comunicação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro será uma valiosa ferramenta de inclusão. O objetivo do projeto é integrar estudantes cegos e videntes nas aulas de ensino musical; além disso, será um novo *link* para o mercado de trabalho. O Instituto Benjamin Constant distribuiu a novidade durante um curso de capacitação que foi realizado de 6 a 9 de outubro de 2009. O Musibraille já está dis- ponível na Internet. ¨:::::::::: Noticiário Especializado Deficiente visual só precisa encaixar a folha de cheque no gabarito e preencher os campos vazados conforme a indicação em Braille ou em impressão ampliada. O Bradesco criou uma solução que permite aos cegos o preenchimento de folhas de cheque sem a ajuda de terceiros. O gabarito, como está sendo chamado, é uma espécie de molde vazado com os campos para preenchimento do cheque. A ferramenta está disponível em duas versões: uma com as instruções em Braille e outra em impressão ampliada. Para usá-la o deficiente visual encaixa a folha de cheque e segue as indicações para saber o que escrever em cada um dos campos. O recurso está sendo oferecido gratuitamente para correntistas nas agências do Bradesco ou pelo Fone Fácil. *** A empresa chinesa de tecnologia da informática, Samsung, trabalha sobre um projeto realmente inovador chamado *Toweh Sight*, provavelmente a primeira câmera fotográfica para cegos. A invenção não possuirá tela de cristal líquido e sim um *ecrã tátil*: um painel flexível em Braille, sensível ao toque dos dedos, que oferecerá imagens em 3D, que se retrai e expande conforme o ambiente a registrar, além de permitir que a pessoa cega sinta a foto que produziu. Certamente a novidade revolucionará a arte de fotografar, pois é dotada de um dispositivo para gravar em 3 segundos o som do am- biente depois de apertar o botão disparador, visando possibilitar ao usuário a lembrança do momento em que registrou a imagem. *** As pessoas com mais de 50 anos que têm degeneração macular, mal oftalmológico que afeta a parte da retina responsável pela visão detalhada e central, esperam ansiosas por uma grande novidade: implante de um telescópio em miniatura dentro dos olhos. Os cientistas da Visioncare, empresa israelense que desenvolveu a invenção, afirmam que o produto é do tamanho de uma ervilha e tem 4 milímetros. Os 200 pacientes que se submeteram aos primeiros testes, introduziram o microtelescópio no olho e recuperaram a visão, ampliada em até 3

vezes. *** Os cegos revelaram-se excelentes enólogos. A Universidade de La Rioja desenvolveu um projeto que utiliza deficientes visuais para melhorar a qualidade do vinho produzido na mais tradicional Região Vinícola da Espanha. De acordo com os pesquisadores da Instituição Acadêmica, o cego consegue detectar problema de aroma e paladar mais rápido do que as máquinas que utilizam processos químicos. Isso permite que as imperfeições do vinho sejam corrigidas previamente, aperfeiçoando o resultado final. Os professores universitários perceberam também que as mulheres cegas têm mais facilidade para as análises químicas dos vinhos, por terem o olfato mais agudo do que o dos homens, sobretudo em dias de ovulação e durante a gravidez. ¨:::::::::: Troca de Ideias Gerci Alves Torres Rua Cabo Frio, 305 Siderlândia -- Volta Redonda -- RJ CEP: 27273-510 Gostaria de conhecer pessoas de outros estados para fazer novas amizades. César Marcelo Dias dos Santos Via José Bonifácio, n.o 1 casa 2 Bairro 7 de Abril -- Salvador -- BA CEP: 41385-100 Sou solteiro tenho 43 anos, gosto de música romântica. Desejo correponder-me com moças de 23 a 43 anos, para fazer uma boa amizade ou quem sabe... ter um compromisso sério. Ramiro Ferreira de Freitas Rua Cel. Romão Sampaio s/n Moreilândia -- PE CEP: 56150-000 Tenho 17 anos, gosto de música clássica e de ler; gostaria de trocar correspondência com pessoas de qualquer idade e ambos os sexos, em português espanhol ou alemão. :::::::::: Ao Leitor Solicitamos aos leitores da RBC abaixo mencionados que nos enviem seus endereços completos, para evitar que suas revistas voltem. Favor verificar se estão retidas no correio. Pedro Bueno Da Costa Valdemar Rodrigues do Nascimento Wacktuza Alves

CESEC -- de Uberlândia Centro Estadual de Educação Continuada Núcleo dos Def. Visuais de Veranípolis Silvio Souza Meirelles Josoé Leandro da Rosa Coleho Sonia Marisia Pacheco Arleis Tessari Centro de Estudos Supletivos de Uberlândia Creunisse Martins Biblioteca Pública Municipal João Palma da Silva Juvanil Sebastião de Oliveira José de Paula Santos Olga Choairy Salem Rivaldo de Souza Emílio Antoniete Neto ::::::::::