õeieieieieieieieieieieieieieio õ o õ Revista Brasileira o õ para Cegos o õ o õ Ano LXVII n.o 517 o õ outubro-dezembro de 2009 o õ o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral do IBC o õ Sra. Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador da RBC o õ Prof. José o õ Espínola Veiga o õ Responsável pela RBC o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca -- Rio de Janeiro o õ RJ -- Brasil o õ 22290-240 o õ Tel.: (21) 3478-4457 o õ o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Editorial :::::::::::::: 1 A Águia e as Galinhas ::::::::::::: 2 Modelo no Front ::::::: 5 Onde os Mortos jamais Dormem ::::::::::::::: 11 E Viveram Felizes :::: 14 A Superioridade Feminina ::::::::::::: 22 Bebidas que Contam Histórias :::::::::::: 25 Aparência :::::::::::::: 29 Joias da Humanidade ::: 30 Histórias Interessantes :::::::: 32 Artes :::::::::::::::::: 34 Brasil ::::::::::::::::: 36 Ecologia ::::::::::::::: 44 Lugares do Mundo :::::: 46 Ciência e Saúde ::::::: 52 Variedades ::::::::::::: 73 Informativo IBC :::::: 98 Noticiário Especializado :::::::: 100 Troca de Ideias ::::::: 102 Ao Leitor ::::::::::::: 102 A Louis Braille Ao encerrar-se o ano do bicentenário de nascimento de Louis Braille, voltamos a nos manifestar para, desta vez, falar de nosso sentimento de gratidão ao mais importante benfeitor dos cegos de todo o mundo. Sem ele como teríamos feito para progredir intelectualmente, escrevendo livros, compondo partituras musicais, fazendo nossas próprias correções através do braille, numa época em que o computador não existia? Sem contar com o fato de que é uma minoria de pessoas cegas que o possuem ou o desejam. A importância do braille para o cego é a mesma que tem o sistema comum para as pessoas de visão normal. As mais sinceras homenagens da RBC e de Pontinhos a quem possibilitou que elas existissem, tão necessá- rias ao entretenimen- to e à cultura daqueles que as leem. Por tudo aquilo que Louis Braille nos proporcionou, como igualdade de condições intelectuais e, até certo ponto, sociais, nossa eterna lembrança. ¨ :::::::::: A Águia e as Galinhas Um camponês criou um filhotinho de águia junto com suas galinhas, tratando-a da mesma maneira que criava as galinhas, de modo que ela pensasse que também era uma galinha. Dando a mesma comida jogada no chão, a mesma água num bebedouro rente ao solo, e fazendo-a ciscar para complementar a alimentação, como se fosse uma galinha. E a águia passou a se portar como se galinha fosse. Certo dia, passou por sua casa um naturalista, que, vendo a águia ciscar no chão, foi falar com o camponês: -- Isto não é uma galinha, é uma águia! O camponês retrucou: -- Agora ela não é mais águia, é galinha! O naturalista disse: -- Não, uma águia é sempre uma águia, vamos ver uma coisa... Levou-a para cima da casa do camponês, elevou-a nos braços e disse: -- Voa, você é uma águia, assuma sua natureza! -- Mas a águia não voou, e o camponês disse: -- Eu não falei que ela agora é galinha! O naturalista disse: -- Amanhã, veremos... No dia seguinte, logo de manhã, eles subiram até o alto de uma montanha. O naturalista levantou a águia e disse: -- Águia, veja esse horizonte, veja o sol lá em cima, e os campos verdes lá embaixo; veja: todas essas nuvens podem ser suas. Desperte para sua natureza e voe como águia que você é... A águia começou a ver tudo aquilo e, maravilhada com a beleza das coisas que jamais tinha visto, ficou um pouco confusa no início, sem entender por que permanecera tanto tempo alienada. Então sentiu seu sangue de águia correr nas veias, perfilou devagar suas asas e partiu num voo lindo, até que desapareceu no horizonte azul. Criam-se as pessoas como se galinhas fossem; porém, elas são águias. Por isso, todos podemos voar, se quisermos. Voe cada vez mais alto, não se contente com os grãos que lhe jogam para ciscar. Nós somos águias, não temos que agir como galinhas, como querem que a gente seja. De fato, com mentalidade de galinha fica mais fácil controlar as pessoas: elas, com medo, abaixam a cabeça para tudo. Conduza sua vida de cabeça erguida, respeitando os ou- tros, sim, mas com medo, nunca! ::::::::: Modelo no Front Ana Paula Alfano Lee Miller tirou o uniforme cáqui do exército, os coturnos pesados e entrou nua na banheira. Teria sido um banho como outro qualquer, não fosse a câmera do amigo (e amante) Dave Schermann, fotógrafo da revista semanal *Life*, que registrou o momento. A banheira não era apenas uma banheira. A casa não era apenas uma casa. E o dia não era outro qualquer. Tratava-se do banheiro da casa onde Adolf Hitler morara durante anos, em Munique, no número 16 da rua Prinzregentenplatz. E era 30 de abril de 1945. Naquela mesma noite, a rede BBC daria a notícia de que o ditador cometera suicídio, em Berlim. Além do local e da data históricos, a imagem resume num só clique quem foi a fotógrafa americana Lee Miller: uma mulher ousada, sem pudores e à frente de seu tempo, ex-modelo, musa dos surrealistas e, no momento daquele banho, correspondente de guerra da revista *Vogue* (sim, durante a Segunda Guerra Mundial eles não falaram apenas de moda). Como uma modelo virou fotógrafa e foi parar no front de combate, durante a guerra? Inquieta e atrás de novidades, Lee era movida a aventuras. Nascida em Poughkeepsie, estado de Nova Iorque, viveu em Manhattan, Paris, Cairo e se mudou para Londres exatamente no dia em que a guerra foi declarada. Não queria ser apenas espectadora. Como não podia se alistar nas forças auxiliares, por ser estrangeira, procurou a Vogue inglesa com sua máquina debaixo do braço, propondo-se registrar a guerra para a revista. Na época, a relação da publicação com a guerra se limitava a reportagens, por exemplo, sobre que cor de batom usar com o cáqui dos uniformes, ou como se vestir bem com o racionamento de tecidos. Lee convenceu a editora Audrey Whiters a deixá-la ir além. “Revistas -- diferentemente de livros -- são essencialmente sobre o aqui e o agora. E o agora que estamos vendo é a guerra”, Whiters explicou na época. O primeiro grande ensaio de Lee feito num front, na Normandia, foi publicado em 1944. “Eu fotografava e virava o rosto para o outro lado. Não queria encarar os feridos, com medo de que minha feição me traísse e entregasse àqueles homens o horror que eu estava sentindo”, Lee escreveu no texto, que mudaria o jeito como a Vogue até então era encarada no mercado. “Ninguém imaginava que faríamos aquele tipo de reportagem, porque éramos vistos apenas como uma revista de moda fútil.” Lee passou um ano de front em front: foi a única correspondente mulher a acompanhar batalhas em solo europeu durante toda a guerra. Muitas fotos eram confiscadas por censores e, no meio do caminho, Lee precisou voltar para casa porque teve sua credencial cassada pelo Shaef (Supreme Headquarters Allied Expeditionary Force), comando das Forças Aliadas no norte da Europa, que proibia a presença de mulheres no front. Sem se dar por vencida, ela conseguiu uma autorização de trabalho da Força Aérea, que, ao contrário do Exército, dava a homens e mulheres o mesmo direito de cobrir a guerra. Os dois sexos tinham também condições iguais no dia-a-dia do front. Ela se lavava com água de chuva que juntava em seu próprio capacete e comia a mesma ração distribuída aos soldados. Além de bombardeios, clicava a rotina dos oficiais, as ruínas e os corpos putrefatos e ouvia histórias de sobreviventes, o que a transformou numa inimiga ferrenha dos nazistas. No início de 1945, quando a Alemanha já havia praticamente perdido a guerra, Lee se dedicou a fotografar oficiais alemães mortos. Todo o trabalho de guerra de Lee Miller foi publicado em junho de 1945, num número histórico da Vogue inglesa, até hoje cobiçado por colecionadores, que foi batizado de “edição da vitória”. O começo de tudo -- Lee deu os primeiros passos na fotografia com o pai, Theodore, com quem mantinha uma relação de adoração quase doentia -- a ponto de, já adulta, posar nua para ele, muitas vezes na com- panhia de outras amigas. Apesar de ter crescido numa cidade do interior, possuía uma cabeça de metrópole. A primeira viagem à Europa foi aos 18 anos, com uma professora de dança polonesa. Chegou a Paris e ficou hospedada num hotel que servia de bordel. “Foi ali que senti, pela primeira vez, tudo se abrindo para mim”, revelaria a fotógrafa, 50 anos mais tarde. :::::::::::

Onde os Mortos jamais Dormem A. A. Gill O monastério dos capuchinhos em Palermo, capital da Sicília, é um prédio discreto, anódino. Descendo por um lance de escada e passando por uma estátua de Nossa Senhora das Dores, achamos a porta da catacumba, espécie de sala de espera dos mortos. É fresco e úmido lá dentro, com um odor acre de especiarias em pó e roupa apodrecida. Pelas janelas altas a luz do Sol se filtra difusa, num fulgor esmaecido. Lâmpadas fluorescentes zumbem no teto, adicionando uma luminosidade anêmica de sala de legista. Pendurados pelas paredes, assentados em bancos, descansando em caixões decrépitos, acham-se ali cerca de 2 mil cadáveres. Eles envergam suas melhores vestimentas, os uniformes de suas profissões terrenas. Os lugares dos mortos da Sicília não são como as catacumbas de Roma, uma escavação arqueológica. Os corpos foram colocados nesse lugar para serem vistos, prazer pelo qual você tem de pagar pequena quantia. A primeira e mais velha múmia é de um frade: Silvestro da Gubbio, de pé em seu nicho desde 1599. A maioria dos corpos é do século XIX. No começo eram apenas frades e outros sacerdotes ligados ao monastério. Com o tempo, os religiosos ganharam a companhia de beneméritos, dignitários e notáveis. Ninguém sabe ao certo o que deflagrou a onda de mumificação. Provavelmente por acaso, descobriu-se que um corpo deixado numa cripta de calcário poroso, sob determinada temperatura fria, acabava ressecando, em vez de apodrecer. Daí nasceu um método: os recém-falecidos eram levados a câmaras chamadas de escoadouros. Ali eram deitados num estrado de terracota sobre bueiros para onde escorriam os fluidos corporais, fazendo com que seus corpos se ressecassem feito presunto. De oito meses a um ano depois, os cadáveres eram lavados com vinagre e vestidos com suas melhores roupas para serem acondicionados em caixões ou pendurados nas paredes. Da mesma forma que as relíquias dos santos são utilizadas para reforçar orações e crenças, talvez se acreditasse que Deus preservava alguns corpos para reforçar a fé das pessoas. Ou, quem sabe, as catacumbas cumprissem o papel de grandes vanitas, palavra latina que significa "vazio", apontando para a insignificância da vida terrena e o caráter transitório da vaidade humana. ¨ ::::::::: E Viveram Felizes Revista Superinteressante Moça comum conhece estrangeiro encantador. Apaixonam-se, e ela descobre que ele é o príncipe de um país europeu. Os dois se casam e vivem felizes para sempre. Conto de fadas? Não. Essa é a história real de Mary Donaldson, a publicitária australiana que conquistou o coração do príncipe Frederik, da Dinamarca. O casal se encontrou pela primeira vez durante a Olim- píada de Sidney, em 2000, e, quatro anos depois, protagonizou um dos casamentos mais românticos da realeza, na catedral de Copenhague. Ela desfilou com um vestido de 6 metros de cauda e um véu feito de renda irlandesa de 100 anos. Ele quebrou o protocolo e chorou no altar, enquanto esperava a chegada da noiva. Ao fim da celebração, o casal seguiu de carruagem até o palácio de Fredensborg, residência de primavera da família do noivo, para o beijo público junto ao balcão. A jovem nascida na Tasmânia, filha de um professor de matemática, recebeu, assim, o título de sua alteza real e princesa herdeira do trono da Dinamarca. Como a maioria dos casamentos reais, marcados por pompa e tradição, esse também foi acompanhado por milhares de pessoas. A mágica do evento fascina o público: um vestido de tirar o fôlego, o desfile em um Rolls-Royce conversível ou mesmo em uma carruagem dourada. Apesar da organização cuidadosa, em cada casamento real ocorrem coisas engraçadas em que ninguém pensou antes. É o anel que não entra no dedo, um lenço que aparece quando não devia, a tiara que some na última hora. Deslizes que aproximam os soberanos de seus súditos, que torcem pelos casais e choram junto com eles. Os gestos rituais impressionam também por conseguirem, em momentos inspirados, sintetizar significados e valores antigos da monarquia. No casamento de Máxima Zorreguieta com o príncipe Willem- -Alexander, da Holanda, todos prenderam a respiração, quando a aliança resistia a encaixar no dedo da noiva. A joia finalmente coube tão perfeitamente no anular da princesa quanto o sapato de cristal no pé de Cinderela. E a plateia comemorou como se assistisse ao triunfo definitivo do amor sobre a política. Menos de dois anos após o fim da guerra na Europa, o rei George VI anunciou o noivado de sua filha, Elizabeth, com Philip Mountbatten, grego, mas filho de uma alemã. O casamento aconteceu num dia frio e chuvoso, tipicamente londrino. No difícil pós-guerra, a cerimônia foi austera. Como prato principal, serviu-se perdiz, um dos únicos tipos de carne excluído do racionamento. Para o vestido de Elizabeth, o governo emitiu 200 cupons destinados à aquisição racionada de roupas e tecidos. Muitas mulheres também enviaram à noiva seus cupons, mas o uso de tíquetes de terceiros estava proibido, e Elizabeth os devolveu. Ou seja, o incômodo dos súditos com a origem do noivo da princesa durou pouco. Centenas de milhares de pessoas enfrentaram o clima ruim para ver o casal no balcão da estação Waterloo. No fim do século XX, nem a guerra nem a diferença de classes eram mais uma barreira. Mas Mette-Marit, a noiva do príncipe Haakon, da Noruega, além de plebeia, era mãe solteira. Mesmo na liberal Noruega, houve reclamações. Os súditos desconfiavam da loura que o príncipe conhecera em um festival de rock e circulavam rumores sobre seu passado. A três dias do casamento, ela admitiu à imprensa que tivera uma vida extravagante, mas argumentou que suas experiências a haviam tornado forte e madura. Uma onda de simpatia correu o país e, no casamento, em 2001, a população estava encantada com ela. Mette-Marit e Haakon entraram juntos na catedral de Oslo e convidaram 50 plebeus para o baile, incluindo amigos ex-viciados em drogas. Mas o príncipe deu à noiva a mesma aliança que o avô, Olavo V, e seu pai, Harald V, haviam dado às suas escolhidas. Não é fácil atualizar convenções. Friederike Haedecke e Julia Melchior descrevem 14 casamentos reais e mostram o quanto da história da monarquia está viva. São fotos e detalhes das cerimônias, que, muitas vezes, tentaram conciliar modernidade e tradição. Em 1993, o casamento do príncipe Naruhito, do Japão, combinou ritos seculares a um desfile de Rolls-Royce conversível, a pedido da noiva, Masako. Ela deixou uma carreira promissora no Ministério das Relações Exteriores, e o futuro marido prometeu ajudá-la na difícil transição para a vida solitária do palácio. Momentos da celebração só puderam ser vistos pelos sacerdotes. Os 812 convidados esperaram no vestíbulo, enquanto o casal fazia seus votos no templo da deusa do sol, Amaterasu, no palácio imperial, em Tóquio. A noiva vestiu 12 camadas de quimonos, pesando 10 quilos. O que a cerimônia japonesa teve de reservada, o casamento do rei da Suécia, Carl Gustaf, em 1976, teve de popular. A começar por um dos presentes: show oferecido pelo Abba, banda pop do país que compusera para a futura rainha Silvia, brasileira filha de alemães, um dos maiores sucessos de todos os tempos -- Dancing Queen. Mesmo assim, como todo casamento real, foi organizadíssimo e custou 1,5 milhão de euros, em moeda atual. O casamento precede uma questão vital para a realeza: a obrigação de gerar sucessores. Acabou assim a união do xá da Pérsia (Irã), Mo- hammed Reza Pahlevi, com Soraya Bakhtiari (1932-2001), chamada de princesa triste. Por mais que afirmasse amá-la, ele se divorciou dela em 1958. Decisão inútil, porque os filhos do enlace seguinte, com Farah Diba, não chegaram ao poder: o xá foi deposto em 1979. Mas o casamento, quando Soraya tinha 18 anos, em 1951, foi um dos mais grandiosos da História. No baile, a imperatriz, que convalescia de doença desconhecida, quase desfaleceu sob os 20 quilos de um Dior com diamantes e plumas de Marabu (um tipo de cegonha). O xá mandou tirar 10 metros da cauda do vestido, e, à base de sais, Soraya aguentou até as 2 da manhã, quando o banquete terminou. ¨ ::::::::::

A Superioridade Feminina Carlos Eduardo Novaes Tenho uma ótima notícia para os homens: a última pesquisa do IBGE informa que no Grande Rio a população feminina está dando de goleada na masculina. Em números redondos, são 300 mil mulheres sobrando no Rio de Janeiro e adjacências. Já pensaram? Dois Maracanãs (de antigamente) lotadinhos dando sopa na cidade!!! Agora entendo por que minhas amigas solteiras e descasadas vivem se queixando da falta de homens no pedaço. Em compensação, não vou mais ouvir os amigos solteiros e descasados que reclamam de solidão. Quando vierem com seus lamentos, esfrego-lhes a pesquisa na cara: -- Olha aqui, malandro, não são duas nem três! São 300 mil! A desproporção provoca mudanças no comportamento feminino. Apesar de o meu endereço eletrônico não identificar o meu sexo, são as mulheres que enchem minha caixa de correio com fotos e mensagens sedutoras. Elas atacam com uma desenvoltura antes somente permitida aos homens. Estamos ouvindo das mulheres tudo aquilo que, no passado, nós dizíamos a elas. Frases como: “Não conheço você de algum lugar? Tem fósforo? Vamos dançar? Quer ir lá em casa escutar um som?” Sem falar naquele fraseado de rua. Um amigo disse-me que outro dia ia caminhando pela Avenida Rio Branco e, ao passar por duas mulheres de aparência distinta, ouviu de uma delas: “Oi gostosão!” A pesquisa do IBGE alerta que a desproporção aumenta dia a dia e, dentro de 10 anos, haverá um milhão de mulheres sozinhas no Grande Rio. O que fazer para evitar que o Rio vire uma Capadócia (terra de amazonas)? Só há uma saída: a importação de homens. O Governo, na intenção de ajudar a resolver o problema, anuncia que vai importar 10 mil toneladas de homens da Tailândia! O porto do Rio foi pequeno para tantas mulheres no dia em que atracou o navio trazendo a carga do Oriente. O Governo teve que distribuir senhas. Minha amiga Elga esperou seis horas na fila, mas acabou levando para casa um baita tailandês de 92 quilos. No dia seguinte, porém, a cidade acordou com uma gritaria geral das mulheres. O homem, como o arroz tailandês, não era de boa qualidade. Toda a mercadoria exportada pela Tailândia sofria de disfunção erétil. As mulheres foram para as ruas pressionar as autoridades para importar homens da Grécia ou da Itália. O Governo reagiu anunciando que “o quilo do homem europeu estava muito caro e iria desequilibrar a balança comercial”. Prometeu abastecer o mercado com 40 toneladas de chineses. Foi a vez de as mulheres reagirem: “Queremos fazer amor, não pastéis!." Não vai ser fácil, senhoras e senhoritas, reduzir esse enorme saldo na balança feminina. Sugiro, portanto, que quem tem o seu trate de guardá-lo, desde já, a sete, oito ou nove chaves. Breve não haverá mais peças de reposição. ¨ :::::::::: Bebidas que Contam Histórias Revista O Globo Não se sabe ao certo quando a primeira cerveja foi fermentada, mas especialistas relacionam o seu surgimento na Mesopotâmia ao momento em que o homem deixou de ser nômade e passou a cultivar cereais, como o trigo e a cevada, há cerca de 11 mil anos. Para se ter uma ideia da importância da cerveja, basta dizer que a escrita foi originalmente inventada para registrar a coleta e a distribuição de grãos, cerveja, pão e ou- tras mercadorias. Nos primeiros documentos escritos de que se tem notícia, listas salariais e recibos de impostos sumérios, seu símbolo aparece com bastante frequência -- um recipiente de barro com marcas diagonais. Mais do que isso, a primeira receita escrita da Humanidade é, justamente, da cerveja, a bebida das primeiras grandes civilizações do mundo, entre elas a egípcia. "Muitos séculos depois, no apogeu da civilização grega, era o vinho que desempenhava o papel central nas relações sociais e religiosas, representando a sofisticação e a cultura gregas. Mais tarde, os romanos também elegeram a bebida como símbolo de *status* e poder". Até hoje o vinho, mais caro que a cerveja, é associado à elite. A cerveja sempre foi a bebida honesta dos trabalhadores. Em grande parte do mundo, o vinho não é uma bebida do dia-a-dia, mas para ocasiões especiais. Isso é um eco da antiga crença greco-romana de que o vinho é para a nobreza, enquanto a cerveja é para os bárbaros. O transporte do vinho era complicado em tempos antigos. Sua escassez nas regiões mais frias do norte da Europa no século XV levou a população a destilar a cerveja, dando origem ao uísque, um dos mais populares destilados. Aliás, os destilados tiveram papel fundamental na política externa das nações, influenciando as relações entre metrópoles europeias e colônias. Beber álcool era uma boa ideia no passado porque a água nem sempre era própria para o consumo. Isso significa que as pessoas que bebiam álcool tinham mais chances de sobreviver. Essa também é uma das razões que explicam a popularização do café e do chá: as bebidas demandam a fervura da água e, portanto, são mais seguras para o consumo. O café, uma descoberta árabe, sempre foi visto como a bebida da razão, estimulando debates intelectuais em recém-criados cafés públicos. Também exerceu um papel econômico dos mais importantes entre colônias e metrópoles. O chá igualmente foi fundamental nas relações entre países asiáticos e acabou sendo responsável pela Guerra do Ópio. A bebida dos tempos atuais, entretanto, é um símbolo da globalização. O *marketing* e as marcas se tornaram muito mais importantes. Existiu uma espécie de marca de uma antiga cerveja egípcia e de alguns vinhos gregos, mas hoje, a marca, de forma bastante discutível, é mais importante do que o conteúdo. ¨ :::::::::: Aparência Benedicta de Mello Você não vê a Terra em movimento, a vibração, o som. Não lhe aparece o que resfria, movimenta e aquece. Não vê sequer seu próprio pensamento. Nem o átomo enxerga, nem o vento, nem todo o corpo seu, nem como cresce, nem a causa de tudo o que acontece e se algo enxerga a mais é com instrumento. Sinta o amor com pureza e retidão, procure entender bem quem fica mudo e valorize menos a visão. Diante destas verdades que eu alego, entenderá que o sentimento é tudo e que afinal você é quase cego. ¨ :::::::::: Joias da Humanidade Roma Eterna Cristina Azevedo É impossível, à primeira vista, determinar a idade de Roma. Vários séculos se misturam em seus prédios e monumentos e nas agitadas ruas e praças. A cidade exibe o passado com a certeza de que a arte e a história são os maiores trunfos para encantar os visitantes. Um gigante de pedra e mármore atravessa os séculos -- Nenhum outro monumento retrata tão bem a grandiosidade do Império Romano quanto o coliseu. Palco de lutas de gladiadores, ele também ficou conhecido como Anfiteatro Flávio, em homenagem à dinastia que iniciou a sua construção, em 72 d.C. Com cerca de cinquenta metros de altura, o Coliseu possui uma circunferência de 527 metros e sua capacidade máxima era de cinquenta mil espectadores sentados. Era todo revestido em mármore, até entrar em decadência e ser saqueado. Hoje é um dos principais cartões-postais da cidade. ¨ :::::::::: Histórias Interessantes Escritos do Mar Morto -- Pedagogia trágica -- Os manuscritos preveem castigos severos: “Se um homem tem uma criança rebelde e teimosa, que não obedece ao pai ou à mãe e não ouve quando eles a disciplinam; deixe seu pai e sua mãe segurá-lo no portão de casa e chame os mais velhos da cidade. Os pais devem dizer: Esta criança é teimosa e rebelde, não nos obedece, é um bêbado glutão. Então, todos os homens da cidade devem apedrejá-la até a morte. Assim, você removerá o demônio de seu meio e todas as crianças de Israel vão ouvir e ter medo.” Limpeza contagiosa -- Além de dois banhos diários obrigatórios, os membros da comunidade deviam mergulhar em uma piscina toda vez que defecassem. Como a piscina era abastecida pelas chuvas, escassas no deserto, a água ficava parada por meses. Resultado: 6 por cento dos homens de Qumran atingiam 40 anos, em comparação a 40 por cento em Jerusalém. Tesouro -- Joia da rainha -- Descoberta tela de Caravaggio -- A coleção de arte da família real britânica ficou mais valiosa. Uma tela que era considerada uma cópia de obra renascentista, esquecida num empoeirado depósito por mais de um século, foi atestada como um autêntico Caravaggio. Após seis anos de análise, especialistas concluíram que se trata de O Chamado de São Pedro e Santo André, estimado em 50 milhões de libras ê200 milhões de reais). Porém, por pertencer à nação, ele jamais poderá ser vendido. Ocasião perdida -- O ex-diretor da CIA, Allen Dulles (1893-1969) costumava contar que, em 1917, participava de uma missão americana em Berna, Suíça, quando recebeu um telefonema de um expatriado russo pedindo para vê-lo. Dulles se negou a encontrá-lo porque tinha combinado de sair com uma garota. Dias depois, o russo foi para São Petersburgo, a fim de liderar a Revolução Soviética. Seu nome? Vladimir Lênin (1854-1924). ¨ :::::::::: Artes Qual o Museu Tem Acervo mais Caro do Mundo? É difícil responder, porque não dá para fazer essa conta -- O museólogo Waldemir Tavares, da Associação Brasileira de Museologia, explica que o valor dos acervos fica em sigilo por medida de segurança. "Além disso, algumas obras são patrimônios da humanidade e não têm valor de mercado", completa. Se desse para calcular, o título provavelmente seria de algum grande museu que abriga importantes coleções de arte. É o caso do Louvre, de Paris, que tem o quadro mais visto do mundo: a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci; e a tela A Liberdade Guiando o Povo, do francês Eugène Delacroix. O Vaticano também expõe duas obras renascentista que estão entre as dez obras mais: o teto da Capela Sistina, de Michelangelo, e o quadro A escola de Atenas, de Rafael. Galeria Bilionária -- As cinco obras de arte mais caras valem mais que o faturamento anual dos sete clubes de futebol mais ricos do mundo: Teto da Capela Sistina -- valor 1,39 bilhão de dólares. Mona Lisa -- valor 1,15 bilhão de dólares. A Última Ceia -- valor 913 milhões de dólares, no Convento Santa Maria delle Grazie, Milão, Itália. A Escola de Atenas -- valor 859 milhões de dólares. A Liberdade Guiando o Povo -- valor 791 milhões de dólares. Total -- 5,1 bilhões de dólares. ¨ :::::::::: Brasil Por 200 Milhas a Mais... Xavier Bartaburu Há dois anos, São Pedro e São Paulo não passavam de um grupo de dez rochas esquecidas no meio do Oceano Atlântico. Apenas o magro farol em ruínas indicava que o homem já havia passado por ali. Nem mesmo na maioria dos mapas do Brasil as ilhas apareciam, tão inóspitas e distantes estavam. Um belo dia, o governo começou a voltar os olhos para além-mar e descobriu que aquele amontoado de rochedos poderia ser bem mais valioso do que se supunha. Até porque sua riqueza não estava aparente. Embaixo d'água, dezenas de espécies de peixes já eram exploradas pelos pequenos pescadores que navegam pelo lugar. O governo, contudo, queria explorar em escala maior. Nisso, esbarrava no fato de as ilhas estarem além da faixa de 200 milhas, um trecho ao longo da nossa costa para ex- ploração econômica exclusiva do Brasil. Para ganhar mais 200 milhas em volta dos rochedos era preciso provar que eles também eram um pedaço do Brasil. Então tudo mudou. O que antes era Penedos de São Pedro e São Paulo virou arquipélago, ganhou estação de pesquisa e ocupação permanente. Hoje, quatro pesquisadores vivem no meio do Atlântico estudando o lugar no mais completo isolamento. Longe de casa, mas -- agora sim -- dentro do Brasil. Viver nessas pedras não é fácil. Mesmo assim, há muita gente querendo conhecer o ponto mais inóspito do país. Desde que a estação foi construída, em junho de 1998, mais de 100 pesquisadores estiveram ali. A casa, porém, é tão pequena que só cabem qua- tro pessoas por vez. Nem daria mais: a área do arquipélago não ultrapassa o tamanho de quatro campos de futebol. Mas a casinha resiste bem às forças da natureza. Primeiro, tudo funciona a energia solar. Como se encontra num dos poucos lugares do país onde a terra treme, ela tem uma estrutura antiterremoto que não a deixa sacudir. Para barrar as ondas de 5 metros que engolem as ilhas durante seis meses do ano, ergueu-se um grande muro de contenção. Ainda assim, é preciso deixar tudo fechado para evitar o banho incondicional de água salgada que as ondas trazem. Água e Pedras -- A base é civil, mas quem toma conta dela é a Marinha, que, além de cuidar da manutenção dos equipamentos, fornece mantimentos e monitora um treinamento para todos que pretendem ir às ilhas. O transporte fica por conta de uma empresa pesqueira de Natal, que leva os pesquisadores a cada doze dias. E não adianta querer voltar antes. Quem vai, tem que ficar. Alguns permanecem até o dobro da temporada, como o biólogo Lisandro Almeida, que detém a marca de dez visitas ao arquipélago. "No começo, temos tanta coisa para fazer e aprender que nem sentimos o tempo passar." Pouco depois, descobre-se que a paisagem não muda. Será preciso conviver com as pedras e as 2 mil aves que vivem ali. E, claro, com a água, que rodeia o lugar por todos os ângulos -- até por cima, como ondas gigantescas e chuvas torrenciais. Nem há muito espaço para passear, já que a maior das ilhas tem só 50 por 100 metros de área. Basta imaginar o topo de uma montanha submersa: o arquipélago é um dos poucos onde aflora a Cordilheira Meso-Oceânica, que rasga o fundo do Atlântico. Tanto que o mar ali chega a 4 mil metros de profundidade. Dentro do oceano, o mundo se torna exuberante e colorido. Peixes endêmicos, corais, raias e golfinhos nadam lado a lado com as pessoas. E também tubarões carnívoros. "Uma vez, um tubarão-martelo veio em minha direção. Só disparando o *flash* da máquina consegui assustar o bicho", conta Lisandro. Guardados os riscos, a fauna marinha de São Pedro e São Paulo é uma das mais ricas do Brasil. Por um simples fato: o lugar é um oásis no meio do deserto atlântico. Nas pedras, a solidão é arrebatadora. Mas, na água, as espécies são tantas que se esquece que o continente está longe. No fim, essas 200 milhas a mais de mar acabam se tornando uma boa companhia. ¨ *** Comércio de Luxo no Tempo do Rei -- A partir de 1808, a pobre cidade do Rio de Janeiro, sem saneamento, sem charme e com raro comércio, começou a mudar com a chegada da família real ao Brasil. Os produtos de luxo só começam a ser vendidos a partir de então: manteiga, roupa com tecido de luxo, vinho fino, calçados e botas. O estilo francês de vestir-se vai se estabelecer para as mulheres. Já os homens seguem o padrão inglês, com casaca, calças compridas e, principalmente, botas. Os tecidos acompanhavam as estações francesas. Usava-se, no verão carioca, a roupa do inverno francês: lã, sem dó nem piedade. Um inferno! A modista mais famosa é Mlle. Josephine, costureira de Carlota Joaquina, a imperatriz do Brasil. Outras famosas, já com experiência no comércio da moda em Paris, também se transferiram para o Brasil a partir de 1816, graças aos tratados de amizade com o país. Mm. Hortense Lacarrière e Mm. Catharine Dazon ganharam o público feminino, que, finalmente, deixava para trás as costureiras e as escravas que apenas copiavam modelos de revistas como "O sexo feminino e o Recreio das moças". Com a abertura dos portos, comprava-se tudo o que vinha da Inglaterra, mesmo as coisas que não tinham utilidade alguma, como os patins de gelo e os aquecedores de ambiente. O engraçado é que os brasileiros acabavam descobrindo outros usos para aquilo tudo. Os patins viraram ferragens de portas, os cobertores de lã eram usados como filtros e os aquecedores se transformaram em fogões. ¨ ::::::::::

Ecologia Amianto Hermano Albuquerque de Castro A fibra assassina, como é chamado o amianto, ou asbesto, já estava proibida no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em Pernambuco. A exposição a esse material está relacionada a várias doenças, como asbestose, câncer de pulmão e mesotelioma. É uma bom- ba de efeito retardado, que pode se manifestar até 50 anos após o primeiro contato. A saída é o banimento completo. Todo tipo de amianto, ou asbesto, é cancerígeno; inclusive a crisotila pura que mata. É a posição de várias instituições de peso, como a Organização Mundial da Saúde. Tanto que já está banido em 49 países, incluindo Argentina, Chile, Uruguai e a União Europeia. No dia 4 de junho, o Supremo Tribunal Federal decidiu por 7 votos a 3 que é constitucional a Lei n.o 12.684, que veta o uso do amianto em, por exemplo, telhas, caixas d'água e divisórias no Estado de São Paulo. Por quê? Bem, no curto prazo de um ou dois anos, pode causar doenças que reduzem a capacidade respiratória. Isso acontece devido a um processo inflamatório. A pessoa tem falta de ar, canseira, tosse e muco. Em geral, após 10, 15 anos de exposição ao amianto, a estrutura do pulmão se altera. É a asbestose, ou fibrose pulmonar: o pulmão “endurece”. Não tem cura, mesmo que a pessoa nunca mais entre em contato com o amianto. Leva lentamente à morte. ¨ ::::::::::

Lugares do Mundo Viajando pelo Sul da França Revista Próxima Viagem Chegamos à Provence junto com o outono. Os campos de lavanda, que tingem de azul boa parte da região, de junho a setembro, já não estavam mais floridos. Em compensação, muitas outras cores, perfumes e sabores nos esperavam. A Provence é conhecida, entre muitas coisas, pelas ervas aromáticas, o azeite famoso, os elegantes vinhos Côtes Du Rhône, as rendas e a cerâmica finamente trabalhadas, e os cenários que explodem em cores nas telas impressionantes de Cézanne e Van Gogh. Não tínhamos um roteiro detalhado a cumprir, apenas a intenção de nos concentrar nas pequenas cidades, evitando os centros maiores. Uma ideia, aliás, que reforçamos logo ao entrar em Avignon, um ponto de parada natural para quem chega à Provence, vindo de Paris. A cidade, que foi sede da Igreja Católica, de 1309 a 1376, tem 9 mil habitantes e o trânsito complicado de um lugar dez vezes maior. Seu Centro Histórico está repleto de igrejas góticas e de construções neoclássicas que merecem ser vistas de perto. Mas é um lugar com circulação restrita de carros, que exige disposição para caminhar. Um morador do lugar sugeriu: sigam as feiras. Qualquer cidadezinha daqui tem uma feira semanal, com produtos locais, que torna o lugar ainda mais interessante nesse dia. Na manhã seguinte, uma terça-feira, haveria mercado de rua em Gordes -- e lá fomos nós rumo a essa cidadezinha de pedra, equilibrada no topo de uma colina. A feira de Gordes, na praça central, lá no topo, é uma festa para os sentidos. Compramos ali a primeira das nossas “cestas básicas” de piquenique: vinho, pão, queijos, frios, patês, frutas. Logo encontramos um lugar gostoso para abrir a toalha e desfrutar a paisagem -- ciprestes, vinhedos e girassóis, como nos quadros de Van Gogh. São muitos os vilarejos provençais que clamam uma parada. Só para ficar nas vizinhanças de Gordes, há Roussillon, onde o ocre das rochas pinta também as vielas e as construções, e Lourmarin, que revela um cantinho charmoso a cada curva (e são muitas as curvas!). Em uma de nossas saídas sem muito norte, olhamos no mapa e nos interessamos por Castellane, cidade medieval no lado menos conhecido da Provence, a leste. Por toda a França, há sempre mais de uma opção de estrada para o mesmo destino -- uma maior, a autoroute, com pedágio, e as menores, mais cênicas, por dentro dos vilarejos. Os dois tipos de rodovia oferecem vantagens. Nas menores, entramos no cotidiano de povoados que mal aparecem no mapa e somos tentados a investigar cada anúncio de vinícola ou castelo que surge à beira do caminho. São estradinhas que reforçam a sensação de liberdade ao dirigir, mas também -- por isso mesmo -- um convite à dispersão. Já as grandes rodovias, boas quando se precisa ganhar tempo, têm mais postos de gasolina, supermercados que vendem um pouco de tudo e quiosques com área para piquenique e água potável. Foi o caminho à beira dos penhascos que nos atraiu para Castellane -- poderíamos andar uma centena de quilômetros pela pista principal e depois seguir pela estrada que margeia as gargantas do Rio Verdun, as mais profundas da França. Foram três horas de muitas subidas e descidas por entre paredões de pedra que avançam sobre o caminho, às vezes formando túneis naturais, outras revelando mirantes vertiginosos. Castellane se revelou uma agradável e pitoresca cidade. Um dos paredões de pedra que a cercam tem no topo uma igrejinha, e não se vê estrada ou escada para chegar lá -- é como se ela tivesse, ao pé da letra, caído do céu. É um lugar pacato, mas que se agita um pouco nos fins de semana, com a chegada de esportistas em busca das emoções do *rafting*, das escaladas e do *bungee-jumping*. Na vila, as vagas são tomadas por bicicletas (uma paixão nacional, diga-se) e por carros vintage, usados especialmente para passeios nas estradas belíssimas da região. Um dos poucos museus que visitamos foi o ateliê de Paul Cézanne, em Aix-en- -Provence. O lugar revela a cidade romantizada do pintor, e abre o apetite para ver *in loco* o Monte St. Victoire, ali perto, que aparece em cerca de sessenta telas de Cézanne. A terceira maior cidade que visitamos foi Arles ê55 mil habitantes), fundada há dois milênios pelo imperador Júlio César e que seduziu Van Gogh com suas cores -- a série de girassóis do atormentado pintor foi feita lá. Passeamos pela incrivelmente preservada Arena Romana. Arles se revelou um ótimo lugar para a compra de lembrancinhas, com lojas repletas de miudezas interessantes, e a bons preços. Saímos da sessão de compras direto para um bistrô em frente à histórica arena, que nos seduziu pelo ambiente agradável. Foi uma escolha cer- teira. Com 130 mil habitantes, Aix-en-Provence foi a maior cidade do nosso roteiro, já que optamos por deixar de lado toda a Côte d'Azur, a costa provençal que inclui Marselha (com 1 milhão de moradores) e as agitadas St. Tropez, Cannes, Cap d'Antibes e Mônaco. Não porque faltassem motivos para ir a essas cidades, evidentemente. Mas são lugares que merecem uma viagem só para eles. ¨ :::::::::: Ciência e Saúde Por que os médicos chamam tudo de virose? -- Para o professor emérito da Faculdade de Medicina da USP, Vicente Amato Neto, a palavra está desmoralizada. “Abusa-se do termo virose. Existem muitos recursos que permitem a médicos e paramédicos fazerem diagnósticos melhores”, diz. "Virose realmente não é termo muito preciso": identifica todas as doenças infecciosas causadas por vírus, uma carapuça que serve a problemas tão diversos quanto diarreia, febre, dores musculares, coriza, otite, amidalite e, ao pé da letra, até AIDS. Em defesa dos médicos, muitas vezes os vírus só podem ser identificados após uma investigação profunda e desnecessária. Na maioria dos casos de virose, não vale a pena pedir uma bateria de exames. O resultado vai sair quando o paciente já estiver curado. ¨ *** Astronomia -- Lixo em Órbita -- Desde o lançamento do satélite russo Sputnik 1, em 1957, a atmosfera transformou-se em uma grande sucata. O espaço ao redor da Terra é como um grande depósito que abriga quase 2 mil toneladas de lixo. "Classificamos como lixo espacial, desde foguetes e satélites inteiros desativados até pequenos fragmentos de tinta, ou partes sólidas que se desprendem de corpos maiores", explica o engenheiro Petrônio Noronha de Souza, do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, INEP. O grande risco são os estragos causados pelos choques entre objetos, mesmo aqueles com massa insignificante, como por exemplo uma tachinha de ferro, mas que podem atingir a velocidade de 3 mil quilômetros por hora. Detectar e monitorar os detritos em órbita, remover satélites inativos e construir estações espaciais protegidas contra colisões de detritos são algumas das providências para evitar que o espaço se transforme em um monte de entulho. "O Brasil ainda não dispõe de um programa para cuidar do assunto, embora já tenhamos pesquisas e projetos que permitirão prever a trajetória de objetos espaciais." ¨ *** Arqueologia -- Solidez milenar -- Japão tenta entender resistência do Partenon -- Há 2.500 anos o Partenon resiste firmemente aos tremores de terra da Grécia. O último foi em 1999, quando um terremoto de 5,9 graus na escala Richter matou 143 pessoas na região de Atenas, mas não provocou danos estruturais no edifício, que tem fundações de 12 metros de profundidade. O Japão, que também sofre abalos frequentes, quer aprender com o passado. Para isso, está enviando para a Grécia uma comissão de especialistas, que vai tentar descobrir os segredos dos antigos engenheiros gregos. ¨ *** Paleontologia -- Gigante do passado -- O fóssil de um dinossauro de 120 milhões de anos foi encontrado por paleontólogos em um vilarejo no interior da Espanha. De acordo com os cientistas, o animal, que devia pesar cerca de 40 toneladas e medir 25 metros de comprimento, pode pertencer a uma espécie até então desconhecida. ¨ *** Pesquisa -- Cigarrinho do capeta -- Tabaco para curar o câncer -- Ele não é só fumo, nicotina e morte; graças à engenharia genética, também pode ajudar a salvar vidas. O fumo mata 5,4 milhões de pessoas por ano. Mas e se, em vez de provocar câncer, o tabaco fizesse exatamente o contrário: ajudasse a acabar com os tumores? É isso que um grupo de cientistas americanos está prestes a fazer: eles descobriram que o vírus TMV, que ataca a planta do tabaco, pode ser modificado geneticamente para combater o câncer em seres humanos. A ideia é inserir remédios anticâncer dentro do vírus, que então seria injetado no sangue do paciente. Ele passaria por dentro do corpo e só soltaria as drogas quando encontrasse um tumor. Mas por que o vírus do tabaco? Primeiro, porque ele é oco: tem bastante espaço para moléculas de remédio. “É quase como se o vírus fosse uma microsseringa”, explica o biólogo William Bentley, da Universidade de Maryland. Além disso, o bichinho age com precisão. Isso porque as células cancerosas têm peptídeos (um tipo de molécula) específicos, diferentes dos normais. Os cientistas descobriram que, se você grudar um desses peptídeos cancerosos no vírus do tabaco, o vírus só consegue se conectar às células doentes -- deixando intocadas as células saudáveis. Traduzindo: ao contrário das atuais terapias anticâncer, o tratamento à base de tabaco não teria efeitos colaterais. A pesquisa está em fase inicial, e o tratamento ainda não foi testado, mas os cientistas estão animados. Segundo eles, o vírus é inofensivo para as pessoas -- parte da população, inclusive, já tem pequenas quantidades dele no organismo (pelo contato com cigarros). O único porém é que, com o tempo, o sistema imunológico humano poderia criar resistência ao TMV, acabando com a eficiência do tratamento. Mas, mesmo se isso acontecer, o tabaco do bem não vai perder seu lugar na medicina: a empresa americana Targacept está desenvolvendo tratamentos à base de nicotina para combater a hipertensão e vários tipos de doença mental. Só não vale fumar. ¨ *** Bem viver -- Excesso -- “Pois que aproveitaria ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma?" -- Jesus (MARCOS, 8:36). Enquanto a criatura permanece no corpo terrestre, é natural que se preocupe com o problema da própria manutenção. Vigilância não exclui previdência. Mas não podemos olvidar que o apego ao supérfluo será sempre introdução à loucura. Tudo aquilo que o homem ajunta abusivamente, no campo exterior, é motivo para aflição ou inutilidade. Patrimônios físicos sem proveito, isca de sombra atraindo inveja e discórdia. Alimentos guardados, valores a caminho da podridão. Roupa em desuso, asilo de traças. Demasiados recursos amoedados, tentações para os descendentes. Todo excesso é parede mental, isolando aqueles que a criam, em cárceres de orgulho e egoísmo, vaidade e mentira. Observa, assim, o material que amontoas. Tudo o que está fora de ti representa o caminho em que transitas. Agarrar-te, pois, ao efêmero é prender-se à ilusão. Mas todos os bens espirituais que ajuntares em ti mesmo, como sejam virtude e educação, constituem valores inalienáveis a brilharem contido, aqui ou alhures, em sublimação para vida eterna. ¨ *** Terceira idade -- A força da idade -- Os idosos chineses não costumam dormir até tarde. No início da manhã, milhões deles se reúnem nos parques para fazer exercícios e rever conhecidos. Lançado em 1995, um programa nacional de atividade física levou à criação de cerca de 30 mil áreas de recreação ao ar livre. Com 82 anos, Dai Wei, de cabelo ralo e óculos pesados, frequenta o parque Fuxing, em Xangai, onde pratica tai chi, uma mistura de arte marcial e meditação em movimento. Às tardes, ele vai a outro parque onde há um grupo de dança. “Danço rumba e chachachá porque me faz bem fisicamente”, diz Dai, “e porque me faz feliz”. O estilo de vida pouco sedentário de Dai talvez seja um dos motivos de sua longevidade. Zeng Yi, especialista em demografia, realiza um estudo com quase 37 mil idosos na China. Levando em conta seu estado básico de saúde, assim como a condição socioeconômica, o apoio da família e outros fatores, o estudo já revelou que os indivíduos com 80 ou mais anos que fazem exercícios com regularidade reduzem em 20 por cento o risco de mortalidade. A expectativa de vida, de 72,5 anos, está à frente da de muitas nações em desenvolvimento. ¨ *** Mulher Elas não São Humanas Luís Fernando Veríssimo Certo dia parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós. Pare para refletir sobre o sexto sentido. Alguém duvida de que ele exista? E como explicar que ela saiba exatamente qual mulher entre as presentes, em uma reunião, seja aquela que dá em cima de você? E quando ela antecipa que alguém tem algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento? E quando ela diz que vai fazer frio e manda você levar o casaco? Rio de Janeiro, 40 graus, você vai pegar um avião para São Paulo. Só meia hora de voo. Ela fala pra você levar um casaco, porque “vai fazer frio”. Você não leva. O que acontece? O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já entrou, antes de decolar. O ar- -condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro! “Leve um sapato extra na mala, querido. Vai que você pisa numa poça...” Se você não levar o “sapato extra”, meu amigo, leve dinheiro extra para comprar outro. Pois o seu estará, sem dúvida, molhado... O sexto sentido não faz sentido! É a comunicação direta com Deus! Assim é muito fácil... As mulheres são mães! Elas preparam, literalmente, gente dentro de si. Será que Deus confiaria tamanha responsabilidade a um reles mortal? E não satisfeitas em gerar a vida, elas insistem em ensinar a vivê-la, de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral. Fala-se em “praga de mãe”, “amor de mãe”, “coração de mãe”... Tudo isso é meio mágico... Talvez Ele tenha instalado o dispositivo “coração de mãe” nos “anjos da guarda” de Seus filhos (que, aliás, foram criados à Sua imagem e semelhança). Qualquer um que ama se aproxima de Deus. E com as mulheres também é assim. O amor as leva para perto Dele, já que Ele é o próprio amor. Por isso dizem “estar nas nuvens”, quando apaixonadas. Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres a maior parte do tempo. Mas elas são anjos depois do sexo-amor. É nessa hora que elas se sentem o próprio amor encarnado e voltam a ser anjos. E levitam. ¨ *** Zoologia -- Cachalote -- Poderia até ser o homem, mas, neste caso, a palavra maior se refere mesmo ao tamanho do predador e não à sua capacidade destrutiva. Assim sendo, o título recai sobre o cetáceo cachalote, um animal que, de tão poderoso, não é ameaçado por nenhum predador natural na idade adulta. O cachalote só corre o risco de ser aniquilado pelos arpões de barcos pesqueiros, ou então quando filhote, ao se ver cercado ocasionalmente por bandos de baleias orcas. Com 20 metros de comprimento, o equivalente à altura de um prédio de sete andares, e pesando 45 toneladas, o mesmo que quatro ônibus, o cachalote precisa ir fundo para saciar a fome. É capaz de ficar submerso por uma hora, a mais de 2 mil metros de profundidade, em busca da caça. Lá embaixo, engole lulas gigantes de até 12 metros, além de tubarões, peixes, raias e o que mais se mexer à sua frente.

Além do tamanho colossal, a característica que chama mais atenção no cachalote é a cabeça retangular, correspondente a 40 por cento do seu corpo. Na vida real, porém, os cachalotes sempre levaram a pior no confronto com o homem. Foram caçados impiedosamente durante o século XIX, o que fez sua população de 1 milhão de indivíduos baixar para os atuais 350 mil. Entre os países que ainda persistem na caça ao gigante dos mares estão o Japão e a Indonésia. Os algozes humanos quase sempre partem em busca de um líquido presente na cabeça do cachalote, de grande valor comercial na fabricação de velas, pomadas, graxas e vernizes. ¨ *** Alimentos -- Sintomas pela falta de alguns alimentos... Veja que interessante: a partir de uma certa idade, temos quase todos esses sintomas, provocados pela falta dos alimentos aqui mencionados. Dificuldade de perder peso O que está faltando: ácidos graxos essenciais e vitamina A Onde obter: semente de linhaça, cenoura e salmão -- além de suplementos específicos. Problema: "retenção de líquidos"; O que está faltando: Na verdade um equilíbrio entre potássio, fósforo e sódio. Onde obter: Água de coco, azeitona, pêssego, ameixa, figo, amêndoa, nozes, acelga, coentro e os suplementos. Compulsão a doces O que está faltando: cromo Onde obter: cereais integrais, nozes, centeio, banana, espinafre, cenoura mais suplementos. Cãimbra, dor de cabeça O que está faltando: potássio e magnésio Onde obter: banana, cevada, milho, manga, pêssego, acerola, laranja e água. Desconforto intestinal, gases, inchaço abdominal O que está faltando: lactobacilos vivos Onde obter: coalhada, iogurte, missô, Yakult e similares. Memória ruim O que está faltando: acetilcolina, inositol Onde obter: lecitina de soja, gema de ovo mais suplementos. Hipotireoidismo: provoca mais peso sem causa aparente O que está faltando: iodo Onde obter: algas marinhas, cenoura, óleo, pera, abacaxi, peixes de água salgada e sal marinho. Cabelos quebradiços e unhas fracas O que está faltando: colágeno Onde obter: peixes, ovos, carnes magras, gelatina mais suplementos. Fraqueza, indisposição, mal-estar O que está faltando: vitaminas A, C, E e ferro. Onde obter: verduras, frutas, carnes magras e suplementos. Colesterol e triglicerídeos altos O que está faltando: Ômega 3 e 6 Onde obter: sardinha, salmão, abacate, azeite de oliva. ¨ *** Remédios Caseiros -- Propriedades e efeitos colaterais das ervas. Arruda Propriedades: calmante e reguladora das funções hepáticas (muito usada para amenizar os efeitos da ressaca). Efeitos colaterais: sangramentos ginecológicos, aborto (a erva é totalmente contraindicada para as mulheres grávidas). Erva-de-Santa-Maria (derivada da erva-cidreira) Propriedades: regula o fluxo menstrual Efeito colateral: aborto. Nogueira Propriedades: tônico muscular, calmante, cicatrizante, bom contra a queda de cabelo. Efeito colateral: hipersensibilidade, irritações na pele. Café Propriedades: a cafeína é um importante estimulante Efeitos colaterais: insônia, excitação, problemas gástricos, enxaqueca, acidez estomacal, gastrite e colite. Uma mãe pode passar cafeína para seu bebê na amamentação. Gergelim Propriedades: tônico, antianêmico, laxativo, baixa a taxa de açúcar no sangue Efeitos colaterais: diarreia e hipoglicemia. Ginseng Propriedades: tônico geral e sedativo leve Efeitos colaterais: hipertensão. Alfazema Propriedade: sedativo Efeito colateral: excitação excessiva Camomila Propriedades: antiespasmódica, sedativa, digestiva, purifica as vias respiratórias. Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, inflamações na pele, excitação e insônia. Notas: Atenção na hora de ingerir folhas, caules e raízes. O ideal é que eles sejam adquiridos em farmácias de manipulação confiáveis e sob supervisão médica. Se forem compradas na rua, o usuário precisa lavar bem e ferver as ervas, antes de ingeri-las. Evite seu uso prolongado e só compre fitoterápicos cujos benefícios já sejam conhecidos. Conhecer a procedência das plantas também é fundamental. É comum elas serem vendidas ou cultivadas perto de estradas e depósitos de lixo, o que pode contaminar o paciente com bactérias, fungos e metais de descargas de automóveis. ¨ :::::::::: Variedades Conselhos Básicos Se você não tem os olhos perfeitos, use sempre óculos escuros. Quando sair de casa, passe sempre creme hidratante nas pernas, pois elas ficam es- branquiçadas. ¨ *** Dicas Para que a meia-calça não puxe o fio com facilidade: coloque-a no congelador por algumas horas antes de usá-la. Se o queijo tornou-se seco e quebradiço, embrulhe-o com um pano embebido em vinho branco e ele voltará a ser macio. Na falta de vinho branco, serve vinagre. Quando não tiver creme rinse, apele para o iogurte, deixando-o por um minuto nos cabelos, eles ficarão desembaraçados e fáceis de pentear. Pilhas gastas e velhas ainda devem ser aproveitadas um pouco mais. Qual o truque? Ferver na água. Para afiar hélices do liquidificador, bater cascas de ovos. Se o arroz queimou, destampe a panela e enfie imediatamente, bem no meio do arroz, até o fundo, um garfo. Deixe-o espetado por alguns segundos. Quando sair toda a fumaça, terá saído também o cheiro e o gosto de queimado. Ao cozinhar batatas sem cascas, coloque um pouco de óleo na água; assim não desmancharão nem grudarão na panela. Borra de café é ótimo para esfregar a pia branca, lavar e clarear o chão da cozinha e até lavar as mãos, que ficam claras e macias. Para conservar limões frescos inteiros, coloque-os numa vasilha contendo sal. Pão dormido fica fresquinho de novo: basta umedecê-lo levemente com água ou leite e levar ao forno por alguns minutos. Limões cortados são conservados colocando os pedaços num pratinho e cobrindo-os com uma xícara. Guarde na geladeira. Conserve a panela antiaderente -- Antes do primeiro uso, remova a etiqueta e lave-a com água quente, sabão ou detergente neutro e esponja macia. Nunca use palha de aço! Unte com um pouco de óleo e leve ao fogo até esquentar; esse procedimento vai cozer o antiaderente, garantindo uma melhor performance. Os utensílios utilizados na preparação dos alimentos, como colheres, conchas e espátulas, deverão ser sempre de náilon ou madeira, evitando riscos. Facas ou objetos cortantes estão proibidos. Pintou um cheiro ruim na geladeira? Coloque um vidro com suco de limão e deixe até eliminar o odor. Uma opção é despejar bicarbonato de sódio em uma vasilha e acomodá-la em um canto da geladeira. Deixe até o cheiro ruim ir embora. Caso o odor persista, repita a operação até que desapareça. Tire as manchas escuras das panelas de alumínio cozinhando tomates ou outro alimento ácido dentro delas. É isso mesmo, nada de perder tempo esfregando. A dica é tiro e queda! Para tirar o cheiro forte de vasilhames de plástico, lave-os com bicarbonato de sódio diluído num pouco de água. Se for necessário, deixe-os mergulhados nessa solução durante algum tempo. ¨ *** Para compreender as mensagens -- Algumas análises dos sonhos mais comuns. Se você sonhou que está sendo perseguida, pode significar que você se considera injustiçada -- seja na vida profissional, seja nas relações com a família, com os amigos ou com o parceiro. Este sentimento não foi superado. Se você sonhou que está nua, pode significar que se sente exposta a alguma situação. Estar nua em local pú- blico provoca uma sensação de aflição e vergonha e representa falta de proteção e de carinho. Mas, se você se vê segura e feliz, a nudez expressa liberdade, honestidade e queda de preconceitos. Se você sonhou que sente dificuldade para se movimentar ou que está se afogando, pode significar que está paralisada diante de uma situação ou de algum problema que tem vivido. Demonstra dificuldade em resolver uma questão ou em tomar uma decisão complicada. Você se sente impotente diante da vida e sem forças para lutar por ela. Esse tipo de sonho é comum quando se está doente. Se você sonhou com morte -- sua ou de alguém que conhece, pode significar que quer eliminar algum sentimento ou traço da sua personalidade. Isso para o caso de sonhar com a própria morte. Se for a de alguém que conhece, você terá de refletir sobre o que mais chama a sua atenção. Ela é agressiva? Meiga demais? Essa é a característica que você quer eliminar de si mesma. A visita de alguém que morreu pode indicar algum problema no relacionamento de vocês que não foi resolvido antes de ela partir. O sonho reflete a vontade de perdoar ou de esclarecer alguns pontos. Se você sonhou com o seu desempenho, pode significar que tem problemas com a autoimagem. Provavelmente você está exigindo demais de si mesma. Quando o desempenho é bom, a sua autoestima é positiva e elevada. Se o sonho mostra fracasso, você se subestima e tem dificuldade em lidar com a ansiedade. Se você sonhou que perdeu objetos de valor, pode significar que você está sem algo valioso. Não se trata de um objeto, mas sim de um sentimento importante. ¨ *** Humor Vantagens de entrar na terceira idade -- Seu suprimento de células cerebrais finalmente baixaram a um nível administrável. Seus segredos estão seguros com seus amigos, pois eles também não se lembram. Suas juntas fazem uma previsão de tempo mais exata do que o serviço nacional de meteorologia. Tem gente que telefona às nove da noite e pergunta: -- Eu o acordei? Ninguém o chama mais de hipocondríaco. Você não tem de estudar mais nada. As coisas que você compra não vão ficar velhas. Você pode jantar às 6 da tarde. Você pode viver sem sexo, mas não sem óculos. Você gosta de ouvir contar as cirurgias dos amigos. Você discute acaloradamente sobre aposentadoria e planos de saúde. Você dá uma reunião, e os vizinhos nem notam. Você não encolhe mais a barriga para ninguém. Seus olhos não podem piorar. Seu investimento de planos de saúde começa a valer a pena. Você não lembra quem mandou esta lista. Lista de casamento Uma velhinha com mais de 80 anos, mas toda elétrica, entra na farmácia e pergunta: -- Vocês têm analgésicos? -- Temos sim, senhora. -- Vocês têm Viagra? -- Temos sim, senhora. -- Vocês têm creme anti-rugas? -- Temos sim, senhora. -- Vocês têm pomada para hemorróidas? -- Temos sim, senhora. -- Vocês têm bicarbonato? -- Temos sim, senhora. -- Vocês têm antidepressivos? -- Temos sim, senhora. -- Vocês têm calmantes? -- Temos sim, senhora. -- Vocês têm remédios para a memória? -- Temos sim, senhora. -- Vocês têm fraldas para adultos? -- Temos sim, senhora. -- Vocês têm... -- Minha senhora! Isto é uma farmácia, nós temos isso tudo. Qual é o seu problema?

-- É que vou casar com meu noivo, de 85 anos, no fim do mês, e nós gostaríamos de saber se podemos deixar aqui a nossa lista de casamento. Converse sempre com um saco de cimento, pois nessa vida só devemos acreditar no que é concreto. Após a cirurgia: -- Doutor, entendo que vocês médicos se vistam de branco. Mas, por que essa luz tão forte? -- Meu filho, eu sou São Pedro. ¨ *** Pensamentos "A ignorância não fica tão distante da verdade quanto o preconceito." Denis Diderot (1713-1784), filósofo francês. "Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar. Agora, dê-lhes alicerces." Henry David Thoreau (1817-1862), poeta e naturalista americano "Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo." Mark Twain (1835-1910), escritor americano "Quem faz um poema abre uma janela." Mário Quintana (1906-1994), poeta gaúcho "O que você passou anos construindo, alguém pode destruir da noite para o dia. Construa assim mesmo." Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), albanesa naturalizada indiana "Leva 20 anos para a mulher tornar o filho um homem, e 20 minutos para outra mulher fazê-lo de tolo." Helen Rowland (1875-1950), escritora americana "Banco é o lugar onde você pode obter dinheiro emprestado, se provar que não precisa dele." Bob Hope (1903- -2003), ator comediante americano "A perfeita razão foge de qualquer extremismo." Molière (1622-1673), ator e dramaturgo francês "A arte de viver é simplesmente a arte de conviver... Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!" Mário Quintana (1906-1994), poeta gaúcho "Quem triunfa sem nobreza não perde, perde-se." Armando Nogueira (1927), cronista esportivo brasileiro "Vitórias desonestas são derrotas." João Paulo S. Medina "Não há travesseiro mais macio do que uma consciência limpa." John Wooden (1910), técnico de basquete americano "A esperteza serve para tudo, e não é suficiente para nada." Anônimo "A arrogância e a falta de humildade aceleram seu declínio." Anônimo "A qualidade do seu trabalho tem tudo a ver com a qualidade de sua vida." Orison S. Marden "As pequenas mentiras fazem o grande mentiroso." William Shakespeare "Se não puder se destacar pelo talento, vença pelo esforço." Dave Weinbaum "A poesia é indispensável. Se eu ao menos soubesse para quê..." Jean Cocteau (1889-1963), romancista e cineasta francês "Estranho o que se passa com os velhos livros. Ao contrário dos outros, são eles que te escolhem." Arturo Perez-Reverte "A familiaridade encurta o respeito e rebaixa a autoridade." Mariano da Fonseca, marquês de Maricá (1773-1848), político brasileiro ¨ *** História das Frases Cor-de-burro quando Foge A frase é inspirada em ditado centenário. Várias espécies de animais se transformam quando ameaçadas. O camaleão muda de cor. O polvo solta uma tinta escura que funciona como camuflagem. Não é esse o caso do burro. Portanto, a frase é muito usada em todo o Brasil para tratar de uma cor indefinida, não tem explicação no comportamento do bicho. A resposta mais provável para a origem do termo está em um registro feito no começo do século XX pelo gramático Antônio de Castro Lopes (1827-1901), que documentou o uso popular da construção “corro-de-burro quando foge”. A repetição provocou uma frase que não faz o menor sentido, e que mesmo assim ficou consagrada. ¨ *** Fala sério Os verbos escrever, fazer, dizer e cobrir, entre outros, só possuem o particípio irregular: escrito, feito, dito e coberto, respectivamente. As frases: “Eu vou para Natal” e “Eu vou a Natal” estão corretas. Entretanto, o sentido de ambas não é o mesmo. Na primeira (vou para), significa que vou ficar em Natal; na segunda (vou a), significa que vou a Natal, mas volto. Tanto faz contactar como contatar. As duas formas são corretas. Mas o verbo detectar não dispensa o C. A forma detetar não existe. A palavra legislação representa o coletivo de leis, entretanto, o coletivo específico de leis é código. ¨ *** Que Intriga... Intriga Existem lulas gigantes? Sim. As lulas gigantes são os maiores moluscos e provavelmente os maiores invertebrados dos oceanos. No fim do século passado, no litoral da Nova Zelândia, foi encontrada uma que pesava uma tonelada. Ela media, com os tentáculos esticados, 20 metros. A maioria das lulas gigantes, porém, pesa cerca de 200 quilos e mede 12 metros. Pouco se sabe sobre elas, pois vivem entre 300 e 1.000 metros de profundidade. Por isso, as lulas gigantes se tornaram um dos maiores mistérios da natureza. ¨ ***

Receitas Macarrão parafuso com linguiça temperada Rende 5 porções; tempo de preparo: 20 minutos Ingredientes: 350 gramas de linguiça de lombo esmigalhada; 2 colheres de sopa de óleo; meia colher chá de pimenta calabresa; 2 xícaras de tomate maduro picado; meia xícara de salsinha picada; 500 gramas de macarrão parafuso; sal a gosto. Modo de fazer: Numa frigideira, frite a linguiça no óleo com a pimenta até que a carne perca sua cor rosada. Junte o tomate e cozinhe por dez minutos em fogo baixo. Tempere e acrescente a salsinha. Reserve. Cozinhe a massa até ficar *al dente*. Escorra e misture com a linguiça temperada. Sirva logo. Dica: se na correria você não tiver tempo de comprar o macarrão parafuso, pode preparar a massa com outro tipo qualquer, sempre adequando a quantidade de macarrão à do molho. Empadão de batata com recheio de carne de panela desfiada Rende 8 porções; tempo de preparo: 30 minutos Ingredientes: 4 batatas grandes; 3 colheres de sopa de manteiga ou margarina; 1 ovo ligeiramente batido; sal e noz-moscada a gosto; 3 xícaras de carne assada desfiada; 4 colheres de sopa de queijo parmesão ralado. Modo de fazer: Cozinhe as batatas. Passe-as pelo espremedor e, ainda quentes, junte a manteiga e o ovo. Misture bem. Tempere com o sal e uma pitada de noz-moscada. Faça uma camada de purê de batata no fundo e subindo pela lateral de um refratário médio. Espalhe a carne desfiada e cubra com o restante do purê. Polvilhe com o parmesão e leve ao forno médio, preaquecido, por cerca de 20 minutos, até começar a dourar Lanche de mexido de ovos com salsicha Rende 4 porções; tempo de preparo: 10 minutos Ingredientes: 3 salsichas; 1 colher de sopa de manteiga; 1 tomate picado; 2 ovos ligeiramente batidos; meia colher de sopa de salsinha picada; sal a gosto; folhas de alface a gosto; 4 pães franceses ou outro de sua preferência. Modo de fazer: Cozinhe as salsichas, escorra e corte-as em rodelas não muito finas. Reserve. Em uma frigideira, derreta a manteiga e refogue rapidamente o tomate picado. Acrescente os ovos e a salsa e tempere com o sal. Mexa por alguns minutos até que os ovos fiquem cozidos. Retire do fogo, junte a salsicha e misture bem. Monte os sanduíches colocando folhas de alface dentro dos pães abertos ao meio e, por cima, o mexido de ovos com salsicha. Bolo de fazenda de sinhá Rende 10 porções; tempo de preparo: 60 minutos Ingredientes: 2 xícaras de açúcar; meia xícara de manteiga; 4 ovos; 1 xícara de coco fresco ralado; 2 copos de iogurte natural; 2 xícaras de fubá de milho; 1 xícara de farinha de trigo peneirada; 1 colher de sopa de fermento em pó; 1 xícara de chá de goiabada cortada em cubinhos, polvilhada com farinha de trigo; 1 colher de chá de canela em pó. Modo de fazer: Bata bem o açúcar com a manteiga até obter um creme. Adicione os ovos, um a um, batendo bem depois de cada adição. Tire da batedeira, acrescente o coco ralado e o iogurte e misture com uma espátula. Aos poucos, junte o fubá, misturado com a farinha e o fermento, sempre mexendo, até ficar tudo bem incorporado. Por último, adicione a goiabada polvilhada com a farinha. Coloque a massa em uma fôrma de 22 cm de diâmetro, untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo e com canela em pó. Leve ao forno moderado, preaquecido por 40 a 50 minutos, até que, enfiando um palito no centro, ele saia limpo. Retire do forno, deixe esfriar um pouco e desenforme. Bolo de banana da Cristina Ingredientes: 6 bananas médias bem maduras, prata ou d'água; 1 copo americano (o de requeijão) de óleo de soja; 3 gemas (as claras serão batidas em neve e adicionadas no final); 2 xícaras de chá de açúcar; 2 xícaras de chá de farinha de rosca; 1 colher de sobremesa (mal cheia) de fermento em pó; 1 colher de café de canela em pó; 1 xícara de chá de passas sem caroço; 1 maçã, sem o miolo, cortada em pedacinhos; 1 colher café de cravo em pó. Modo de fazer: amasse bem as bananas e vá juntando a farinha e o óleo, sempre usando colher de pau, não bata no liquidificador nem na batedeira; no final junte as claras em neve. Tabuleiro untado com manteiga e polvilhado com farinha de trigo. Pulo-do-gato: depois de frio -- só depois de frio -- polvilhe açúcar com canela em

pó e pode cortar para consumir. ¨ *** Utilidade Pública Casa Segura De acordo com dados do SUS, o Brasil tem 13 milhões de idosos que respondem por um terço dos atendimentos de lesões traumáticas nos hospitais. Cerca de 75 por cento deles se machucam em casa. O projeto Casa Segura surgiu em 1999 num Congresso da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. O objetivo era prestar um serviço para a sociedade, construindo uma casa adaptada a idosos. A maioria dos idosos não aceita as limitações da idade e dificilmente incluem os itens de segurança. A ideia era manter uma casa normal para pessoas normais. Os acidentes acontecem principalmente à noite, quando o idoso está sozinho e vai ao banheiro. Mas a adequação da casa é simples. Mantenha uma luz acesa à noite, que ilumine o banheiro, a cozinha e partes da casa onde ele costuma circular; retire tapetes; remova pisos escorregadios; ilumine bem pequenos ressaltos no chão e pinte de outra cor, para chamar a atenção do idoso; coloque barras de segurança junto ao vaso sanitário, pia e box, onde ocorre grande número de quedas. Mesmo idosos com poder econômico mais baixo podem se prevenir. As peças de segurança não precisam ser feitas de material caro. Por exemplo, o vaso sanitário pode ser elevado com uma simples camada de tijolos. As barras de apoio podem ser feitas com tubos de ferro fundido na parede. A maioria dos móveis pode ser retirada dos cômodos e os que restarem devem ter as quinas forradas. Mas é importante lembrar que, mesmo que fique mais em conta para a família mudar o idoso para a casa de algum parente, ele precisa ter o seu espaço. É de imenso mal ao estado psicológico e físico do idoso ser trocado de lar ou comunidade. Ele passa a se sentir inútil. ¨ :::::::::: Informativo IBC Grupo de Teatro O Grupo de Teatro “Benjamin no Escuro" surgiu em 2005 da ideia do engenheiro químico Luís Fernando Gutmann, que procurou o Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, com a proposta de realizar um trabalho voluntário com teatro e pessoas com deficiência visual. Gutman possui um currículo extenso na área cultural. Com a experiência dos dez anos em que participou do Grupo de Arte da Petrobrás e a ajuda da professora de ioga Lígia Feijó, o engenheiro deu início ao grupo de teatro, que, num primeiro momento, foi intitulado Grupo de Teatro Gente. O Grupo Beijamin no Escuro já realizou diversas apresentações, entre elas, no 1º Festival de Esquetes de Humor do Rio de Janeiro, realizado na Casa de Cultura Laura Alvim, no qual ficou em segundo lugar. O talento desses artistas ultrapassa os limites do estado do Rio de Janeiro. Em 2005, participaram do 15º Festival de Esquetes Tea- trais de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, onde receberam o Prêmio Especial. A mais recente montagem do Grupo é o espetáculo Caleidoscópio da Imaginação: A História do Brasil, que já é um sucesso. O teatro ajuda o deficiente visual a recuperar a autoestima, estimula a criatividade e aumenta a autoconfiança das pessoas. Ele também auxilia no processo de reabilitação da deficiência visual adquirida e é ferramenta indispensável na reintegração das pessoas com deficiência à esfera social. ¨ :::::::::: Noticiário Especializado Procurador do Paraná é o primeiro juiz cego do Brasil -- Curitiba -- Único integrante cego do Ministério Público no País, o procurador Ricardo Tadeu da Fonseca, de 50 anos, é também o primeiro juiz deficiente visual do Brasil. O "Diário Oficial" publicou a nomeação dele como desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, em Curitiba, assinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após escolha em lista tríplice apresentada pelo Tribunal. "Estou realizando um sonho", declarou. Há 18 anos, ele estava no Ministério Público do Trabalho, atuando em Campinas -- São Paulo -- e em Curitiba. Fonseca aprendeu a escrita Braille, mas no trabalho utiliza muito a tecnologia. Como desembargador, acredita que poderá se valer de assessores que leiam processos ou descrevam fatos. "Vou ter como fazer um juizo de valor", acentuou. "Minha situação é a Convenção Internacional sobre Direitos de Pessoas com Deficiência, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro de 2006." Uma paralisia cerebral no nascimento provocou perda parcial de visão em Fonseca que, mesmo assim, conseguiu estudar em escola regular. Com 23 anos, quando estava no terceiro ano da faculdade de Direito, perdeu totalmente a visão. Com o apoio dos colegas, que gravavam o conteúdo dos livros e das aulas, formou-se. ¨ :::::::::: Troca de Ideias Élio Lima de souza Rua: Viçosa, 273 casa 4 Bairro: Demorana Juiz de Fora -- MG 30085-300 Sou músico e gostaria de corresponder-me com moças de 35 a 45 anos. ¨ :::::::::: Ao Leitor Solicitamos aos leitores da RBC abaixo mencionados que nos enviem seus endereços completos, para evitar que suas revistas voltem. Favor verificar se estão retidas no correio. ADVOSC -- Associação de Deficientes Visuais do Oeste de Santa Catarina Alejandro Iglesias Campos Alindembergue de Araújo Oliveira Ana Claudia Nunes Pontes Aparecida Marina Mendes Artur Gomes Mesquita Augusto Magalhães Cristiane Aparecida Rufino Cristina A. Leite Dalila Figueira Daniel Estevão Dilson Matos Pereira Eduardo da Silva Souza Escola Estadual Freitas Valle -- Sala de Recursos Francisco Vidal da Silva Gonçalo Rodrigues Melo Instituto Brasileiro de Incentivos Sociais Isaías Cornejo Ivone José de Oliveira Jean Felipe Cardoso Jerry Juan Abúnza Sánchez João Elias Pereira Jorge Correa da Silva Lúcia Ariot Lúcia Miller Detogni Lucindo Ferreira Filho Luiz Carlos do Nascimento Luiz Gonzaga Luzia Vilela Bertani Maria Ivonete da Silva Maria Oneide Paiva Cordovil Mario Cesar Ferreira de Souza Marlene de Freitas Consul Maura Mendes de Souza Odlanir Silva Onofra Ferreira dos Santos Orlando Barroso Vieira Renato Ferreira da Costa Renato Schmücker Rogério Alexandre da Silva Sebastião Pimentel Sivonaldo Teodoro da Silva Sergio Taiba Jerez Solange Pereira Leite Maia dos Santos Vilanha Pereira de Oliveira ¨ ::::::::::