õeieieieieieieieieieieieieieio õ o õ Revista Brasileira o õ para Cegos o õ o õ Ano LXVI n.o 514 o õ Janeiro-Março de 2009 o õ o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral do IBC o õ Sra. Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador da RBC o õ Prof. José o õ Espínola Veiga o õ Responsável pela RBC o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca -- Rio de Janeiro o õ RJ -- Brasil o õ 22290-240 o õ Tel.: (21) 3478-4457 o õ o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Editorial :::::::::::::: 1 Respeito ao Próximo ::: 2 Prisioneiro do Tempo :::::::::::::::: 3 La Dolce Gioventù :::: 7 A Longa Travessia do Gelo ::::::::::::::::: 8 Gêmeos ou Amantes ::::: 15 A Louis Braille :::::: 20 Yvonne Coutinho ::::::: 21 Jóias da Humanidade ::: 24 Histórias Interessantes :::::::: 25 Artes :::::::::::::::::: 31 Brasil ::::::::::::::::: 34 Ecologia ::::::::::::::: 40 Lugares do Mundo :::::: 42 Ciência e Saúde :::::: 48 Variedades ::::::::::::: 72 Informativo IBC :::::: 92 Noticiário Especializado :::::::: 103 Troca de Idéias ::::::: 107 Ao Leitor ::::::::::::: 107 Louis Braille Nosso Irmão, Nosso Mestre Uma tragédia transformou- -nos em irmãos e possibilitou aos cegos de todo o mundo atingir as mais altas esferas do saber. Com apenas 17 anos, esse genial mestre codificou os seis pontos mais importantes para a vida intelectual da pessoa deficiente da visão, criando assim o sistema Braille. Proporcionou-lhe o direito, quase sagrado, de ler por *moto próprio* e, conseqüentemente, escrever, o que lhe permitiu exercer as mais diversas profissões, podendo transmitir seus conhecimentos, não somente aos companheiros como tam- bém às pessoas de visão normal, gerando uma integração absolutamente necessária para ambos os segmentos. A Louis Braille devemos uma vida participativa e digna. Churchill dizia: "Nunca tantos deveram tanto a tão poucos." Nós, cegos, dizemos: "Nunca tantos deveram tanto a um só homem", jovem e enfermiço. Salve Louis Braille, nosso irmão, nosso mestre! (04-01-1809 -- 06-01-1852). ¨:::::::::: Respeito ao Próximo Um homem está colocando flores no túmulo de um parente quando vê um chinês deixando um prato de arroz na lápide ao lado. Vira-se, então, para o chinês e pergunta: -- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz? E o chinês responde: -- Sim, quando o seu vier cheirar as flores... “Respeitar a opção do próximo, em qualquer aspecto, é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter.” ¨:::::::::: Prisioneiro do Tempo Heloísa Seixas O homem abriu os olhos e -- num átimo -- descobriu que penetrara um mundo de mistério e negror insondável. O que era? Onde estava? Não sabia. Mas de uma coisa tinha certeza: não sonhava. Ficou parado alguns segundos, ouvindo apenas a própria respiração, pois, curiosamente, as batidas do coração não ouvia; estas pareciam serenadas. Foi só muito depois que decidiu dar o primeiro passo. Deu a ordem mental aos músculos da perna, a perna direita -- naquele mundo desconhecido, não podia se arriscar ao azar --, percebendo com clareza sobrenatural o movimento que se iniciava. E no exato instante em que seu pé direito tocou o chão, a velha se materializou à sua frente. Ou velho, não saberia dizer. Tinha os olhos fundos, um nariz enorme, a boca desprovida de dentes, aberta num sorriso de escárnio. Por trás dela -- ou dele -- o homem divisou uma sombra, mas procurou desviar os olhos, pois intuiu que era um ser terrível, cuja visão lhe seria intolerável. Ao erguê-los, porém, não pôde deixar de observar o céu plúmbeo, apocalíptico, que pairava sobre eles. E isso o inquietou ainda mais. As nuvens tinham tal densidade que seus contornos pareciam pintados a tinta, uma tinta que, embora negra, trazia consigo uma luminosidade lunar, irreal, fantasmagórica. O homem suspirou, baixando novamente os olhos. E já não viu a velha à sua frente. Ou melhor, viu -- mas ela não estava mais só. Na escuridão que a rodeava, havia agora uma massa de gente: homens, mulheres e talvez até crianças, mas todos mergulhados num negror que tornava impossível discerni-los. O homem sabia que estavam ali, era tudo. Mas em verdade não os enxergava. Podia ser um conclave de bruxos reunidos em torno de ruínas circulares ou uma procissão agônica, perdendo-se no horizonte -- sem que ele o visse -- em veredas que se bifurcavam até a eternidade. Sentiu uma gota de suor porejando-lhe pela fronte e decidiu mover-se, dar outro passo, virar-se, fazer qualquer coisa que o retirasse dali, instantaneamente, como só acontece nas regiões do umbral, onde tudo é encantamento. Pensou primeiro em erguer o braço e limpar o suor da testa. Deu a ordem mental -- mas a mão se recusou a mover-se. E o homem soube, de imediato, que era um prisioneiro do tempo. Caíra, escorregara, perdera-se num lapso entre duas frações de segundo, infinitesimais, de onde jamais talvez pudesse sair. Num esforço supremo, tornou a dar a ordem ao braço para que se movesse -- e ouviu um ruído. Um ruído seco, um estalo, como o provocado pelo choque de algo que cai ao chão, do alto, algo como... um livro. E o homem abriu os olhos. Abriu os olhos e moveu-se sob o sol. Respirou fundo, sentindo o ar da primavera em Madri e, curvando-se sobre o banco de pedra onde se deitara, pegou do chão o livro que estava lendo ao adormecer -- "Ficções", de Borges. Olhou em torno -- e só então lembrou-se de onde estava. Nos jardins do Prado, onde pouco antes admirara as Pinturas Negras, de Goya. E com alívio, com humilhação, com terror, compreendeu que -- sim -- sonhara. ¨:::::::::: La Dolce Gioventù Boa Viagem Em Campodimele, uma vila medieval encravada nas montanhas entre Roma e Nápoles, Itália, doença é algo desconhecido, boa parte de seus 800 moradores parece bem mais jovens do que são. Os amigos Gerardo, 104 anos, Benedetto, 98, Clorinda, 93, e outra centena de pessoas com mais de 80 anos, continuam trabalhando no campo e em casa. Nos últimos tempos, jornalistas e médicos do mundo inteiro têm conversado com os bem-humorados velhinhos para saber qual o segredo de tal longevidade. “Comemos muita massa, feijão, legumes, pão integral, frutas, pouco frango e jogamos cartas todas as tardes”, diz o sorridente Benedetto. Em Campodimele o inverno não é rigoroso, e o verão é suavizado pela brisa, que sopra do mar, distante 20 quilômetros. ¨:::::::::: A Longa Travessia do Gelo Revista Caminhos da Terra Ainda é alta madrugada quando Johan Mathe, um jovem pastor do distante e selvagem Estado de Finnmark, no extremo norte da Noruega, percebe que uma agitação inusitada perturba seu rebanho de renas. Com incrível desprezo ao vento que sopra a 20 graus negativos, Mathe sai de casa para observar os animais. Era o que ele suspeitava: o repentino alvoroço lá fora, mais uma vez, indica que é chegada a hora da tradicional migração das renas em direção ao Oceano Ártico, onde os chamados pastos de verão estarão abundantes entre junho e agosto. Rapidamente, ele acorda seus dois irmãos para ajudá-lo na tarefa de conduzir os bichos através dos bosques de coníferas e desertos gelados. Toda a família, incluindo seus pais, esposa e o filho de cinco anos, partirá na longa jornada que levará, pelo menos, duas semanas até as margens do Ártico. Dessa forma, essas pessoas perpetuam um estilo de vida que resiste há 2.000 anos no Grande Norte, a célebre região conhecida como Lapônia, localizada ao norte da Noruega, Suécia e Finlândia e a noroeste da Rússia. A família Mathe mora numa modesta casa de madeira na vila de Kautokeino, rodeada por pastos que dão sustento a 100 mil renas. Uma quantidade significativa de animais para um lugar onde vivem apenas 3.200 pessoas, todas elas nativas e que odeiam ser chamadas de lapões, uma denominação discriminatória que significa “de origem estrangeira”. Essa gente se autodenomina sami, ou seja, “o povo verdadeiro”, que tem origem nos caçadores que se adaptaram às mais rigorosas condições climáticas. Um censo realizado recentemente registra que há 35 mil samis espalhados pela Noruega, 18 mil na Suécia, 5 mil na Finlândia e outros 2 mil na Rússia. Ou seja, eles não passam de 60 mil almas. “Desde o passado, nosso destino é seguir as renas. São elas que ditam nossas vidas, a hora de migrar e o momento de voltar para casa”, diz Mathe. No final de abril, os lagos de Kautokeino já estavam congelados. Os pastores andavam preocupados com a provável falta de água para as renas, mas por nenhum momento pensaram em iniciar a habitual migração. “É preciso aguardar o sinal dos animais”, diz Issat, um dos irmãos de Mathe. De acordo com antigos costumes, são os rebanhos que conduzem as famílias, e nunca o contrário. As migrações ocorrem duas vezes ao ano. A primeira durante a primavera do Ártico, nas proximidades de maio, a segunda, que é o retorno para casa, logo após o verão, a partir de setembro. Essas viagens, no entanto, exigem planejamento. Como as andanças podem levar quinze dias, os pastores têm o cuidado de carregar um farto suprimento de carne-seca de rena e muitos galões de gasolina para abastecer as motocicletas adaptadas para deslizar sobre a neve. Quando o brilho da lua ajuda, eles preferem viajar durante a noite: é hora em que a neve, endurecida pelo rigoroso frio noturno, exige menos esforço das renas. Normalmente caminha-se pelo menos doze horas por dia, mas as paradas, como sempre, são ditadas pelos animais. Só há descanso quando o rebanho apresenta sinais de fadiga. Durante a migração, milhares de renas que pertencem a várias famílias vão se misturando. O impressionante é que os criadores são capazes de reconhecer cada uma delas. Se reconhecer cada bicho do grupo é uma obrigação desses pastores, saber a direção que o rebanho está tomando em meio ao deserto de gelo não faz parte de suas preocupações. “Nós apenas seguimos as renas líderes. Elas sabem o caminho melhor que qualquer um”, diz Issat. Os duros dias da migração se resumem a montar acampamento, fazer fogo para cozinhar e derreter gelo para obter água. Quando há tempo de sobra, tira-se uma soneca. Sempre com binóculos ao alcance das mãos, os pastores observam os animais se alimentando de liquens, musgos, ervas e cascas de árvores. Se alguma das renas se distancia do bando, é hora de acionar a motocicleta e trazê-la de volta. Essas paradas servem ainda para que as famílias migrantes possam se reunir nas barracas para trocar informações sobre as condições climáticas, bebericar um pouco de café e saborear o *majfi*, a lingüiça de rena. A dieta dos samis, aliás, em qualquer estação do ano, é essencialmente à base da carne desse animal -- um alimento presente em todas as refeições do dia, desde o café da manhã até o jantar. Os pastores de Kautokeino comemoram com festas o fim da primeira etapa de migração. Vestem suas melhores roupas e dançam durante toda a noite. Afinal, as renas chegaram salvas à beira do Ártico, apesar de momentos de grande apreensão, como alguns dias de frio intenso -- de até 50 graus negativos! -- que enfrentaram pelo caminho. No final de duas semanas, eles alcançaram o fiorde Maut- -Sundet, onde uma enorme embarcação cinzenta os aguardava. Era um barco do Exército norueguês, usado no passado para transportar tanques de guerra, que levaria as renas e os pastores para algumas ilhas das proximidades, exploradas há séculos como pasto de verão. “Na época de meus avós, os animais nadavam até as ilhas. Mas muitos morriam no trajeto”, diz Johan. Durante os noventa dias seguintes, ele e sua família permaneceriam acampados com as renas até o final do verão. Só depois caminhariam outros quinze dias de volta ao vilarejo de Kautokeino. Para os samis, o mundo segue no mesmo ritmo que há 2000 anos: nessas terras geladas é a natureza e a migração das renas que conti- nuam ditando o rumo de suas vidas. ¨::::::::: Gêmeos ou Amantes John Moble Wilford, do New York Times Quando egiptólogos entraram na tumba, há mais de quatro décadas, eles esperavam se surpreender. Exploradores de tumbas sempre esperam por isso e, daquela vez, não se desapontaram -- foram amaldiçoados. Era 1964, nos arredores do Cairo, perto da famosa pirâmide de degraus, na necrópole de Saqara, não muito longe da esfinge e do famoso complexo de Gizé. A tumba não escondia nada, nem múmia real nem jóias faiscantes. Mas os exploradores ficaram paralisados quando sua lamparina iluminou o mural da câmara mais sagrada. Entalhada na pedra, surgia a enigmática imagem de dois homens se abraçando. Seus nomes também estavam registrados: Niankhkhnum e Khnumhotep. Embora não fossem da nobreza, os dois eram tidos em altíssima conta no palácio, como chefes do serviço de manicuros do faraó em algum momento do período entre 2380 e 2320 a.C., na época da quinta dinastia do Antigo Império, quando ser responsável pela aparência do rei era considerada uma ocupação extremamente honrosa e influente. Era incomum que duas pessoas do mesmo sexo fossem retratadas num abraço. Em outros murais, eles apareciam ainda de mãos dadas e com os narizes encostados -- uma forma de beijo comum no antigo Egito. Ao longo dos anos, surgiram diversas teorias para explicar por que os dois homens foram enterrados juntos e retratados de forma tão íntima. Uma das teorias era a de que seriam irmãos, provavelmente gêmeos idênticos. Outra tese é a de que seriam amantes. Agora, egiptólogos da Universidade de Nova Iorque apresentaram uma terceira interpretação: os dois homens seriam gêmeos xifópagos, popularmente conhecidos como siameses. Se a nova tese for correta, a tumba guardaria um raro registro de xifópagos da História e também lançaria luz sobre a postura dos antigos egípcios em relação a deficientes físicos. Para justificar sua teoria, O'Connor cita outros registros, como o anão Seneb, que, em outro período, teria sido o supervisor dos anões responsáveis por vestir o rei e também o tutor dos príncipes -- posições consideradas de elite. Os egípcios veriam essas pessoas como iluminadas, não como deficientes. Um rei se sentia elevado por ter criaturas tão singulares servindo-o como manicuros. Os opositores dessa tese, no entanto, já começaram a se manifestar. A maioria dos egiptólogos aceita a interpretação dos irmãos. A hipótese do casal *gay*, no entanto, ganhou força nos últimos dez anos, sobretudo com os argumentos do especialista em arte e história egípcia Greg Reeder. Seu argumento quanto ao homossexualismo embasa-se no fato de que a pose dos dois homens é bastante parecida com a apresentada por casais heterossexuais da época retratados em templos mortuários. Eles estão tão juntos que não apenas estão face a face, nariz a nariz; os nós dos seus cintos se encostam, unindo a parte de baixo de seu torso. Se a cena fosse composta de um homem e uma mulher, ninguém questionaria o que estava vendo. Em entrevista, Reeder disse que a nova interpretação de O'Connor era fascinante. Mas acrescentou: -- Trata-se da mais radical e desnecessária das teorias. O'Connor admite que sua teoria não pode ser provada,

mas, lembra, as outras duas também não. ¨:::::::::: A Louis Braille Mário Alves de Oliveira Em 2009, cerca de 45 milhões de deficientes visuais -- em todo o mundo -- irão homenagear Louis Braille pelo bicentenário de seu nascimento. Por volta de 1830, o maior benfeitor dos cegos anunciou ao mundo a descoberta de seis estrelas, que poderiam ser tocadas com as pontas dos dedos e com estes seis pontos celestiais, ele iluminou o caminho de todos os cegos, libertando-os da escuridão do analfabetismo. Portanto, não faz muito tempo que ler e escrever era algo impossível para os deficientes visuais; e como o impossível só persiste até que alguém o faça, Louis Braille transformou o difícil em simples -- oferecendo aos cegos a oportunidade de dar um grande passo na conquista de sua cidadania. Ler e escrever em braille é, pois, homenagear, de fato, um dos grandes benfeitores da humanidade. O braille pode não ser o responsável pela felicidade do deficiente visual, mas sua cidadania começa quando ele encontra os seis pontos em relevo: nos livros, nas cartas, nas embalagens, nas teclas de aparelhos, enfim, por toda a parte. ¨:::::::::: Yvonne Coutinho Jornal Visando O serviço não é comum. Nessa profissão exclusiva para cegos, toda atenção é pouca, e quem se interessar pela vaga precisa ler com as mãos. Assim é o trabalho que a revisora de textos em braille Yvonne da Silva Coutinho Marques realiza há 46 anos na Divisão de Imprensa Braille do Instituto Benjamin Constant. Revisa aproximadamente 50 páginas por dia na transcrição da escrita comum para o Sistema Braille. Aos 73 anos de idade, cumprindo um expediente das 7 às 16 horas, Yvonne mantém o mesmo entusiasmo de uma servidora iniciante. “Tenho um carinho imenso pelo Instituto porque me formei aqui. Esse sentimento se reflete na dedicação ao meu trabalho”, afirma orgulhosa. Deficiente visual de nascença, Yvonne estudou e foi alfabetizada em braille no Lar das Moças Cegas, em Santos. O vínculo dessa perseverante funcionária com o Instituto Benjamin Constant existe há bastante tempo, e tudo começou aos 10 anos, quando a família mudou-se da cidade paulista para o Rio de Janeiro. Aqui no Educandário aprendeu música, economia doméstica e idiomas. Em 1961, após concluir os estudos aos 26 anos, Yvonne ingressou, através de concurso, no quadro de servidores públicos federais, iniciando no serviço de revisora de textos em braille, trabalho em que se especializou e tornou-se o seu primeiro e único emprego. Em 2004 completou 43 anos de serviços prestados ao Governo Federal e aposentou-se. Contudo, não parou e, desde então, continua incansável, realizando a mesma função na condição de funcionária terceirizada. A proximidade com o IBC vai muito além do ambiente familiar desta moradora de São Cristóvão, antigo bairro imperial. Seu marido, Luiz Coutinho Marques, com quem é casada há 37 anos, durante quatro décadas foi um agente administrativo na Divisão de Imprensa Braille, onde se conheceram. ¨:::::::::: Jóias da Humanidade O Big Ben Revista Superinteressante O Big Ben é um dos pontos turísticos mais famosos de Londres, construído pelo Ministro de Obras Públicas da Inglaterra, Benjamin Hall que, por ser um sujeito muito alto, tinha o apelido de Big Ben. Big Ben não é o apelido do relógio, mas de um sino de 13 toneladas que fica encarapitado a 106 metros de altura, cujas badaladas de 8 notas musicais foram copiadas no mundo inteiro e são transmitidas ao vivo pela BBC, pois a emissora tem um microfone instalado na torre. Big Ben, o relógio mais conhecido do mundo, é símbolo da pontualidade inglesa desde 1858; só parou oito vezes: uma delas em maio de 1941, quando uma bomba alemã atingiu a Câmara dos Comuns. Nessas raras vezes, seus quatro mostradores iluminados deixaram de dar as horas através de suas características badaladas. ¨:::::::::: Histórias Interessantes Gruta onde loba amamentou Rômulo e Remo -- O Ministro italiano da Cultura, Francesco Rutelli, anunciou a descoberta do lugar onde, segundo a lenda da fundação de Roma, uma loba amamentou os irmãos Rômulo e Remo. Rutelli, que não assumiu a responsabilidade da teoria sobre a gruta, mas a atribuiu aos arqueólogos, classificando como uma “maravilhosa descoberta arqueológica”, contou os detalhes do achado, depois divulgado em comunicado de seu Ministério. -- Finalmente encontramos um local mitológico que virou um local real -- afirmou Rutelli. O descobrimento de um covil recoberto de mosaicos e conchas aconteceu meses atrás, no curso das obras que a Superintendência Arqueológica de Roma promove para acondicionar a colina do Palatino. A gruta está a 16 metros de profundidade entre o Circo Máximo e a casa de Augusto, tem o diâmetro de 6,53 metros e altura de 7,13 metros, e dataria da Idade do Bronze. No entanto, o ministro não revelou os detalhes sobre como fez a vinculação entre a caverna e a toca da lendária loba. Conta a lenda que os gêmeos Rômulo e Remo, cujo pai era o deus Marte, foram abandonados no rio Tibre por ordem do rei Amulio, cuja filha tinha descumprido a ordem de virgindade que ele tinha imposto a ela quando a obrigou a se dedicar ao culto de Vesta. Os irmãos foram depois adotados e amamentados pela loba Luperca junto com suas crias, o que garantiu a sobrevivência de ambos. Quando cresceram fundaram Roma, de acordo com o mito. Conta-se também que, após a fundação da cidade, houve um conflito entre os irmãos para decidir quem seria o rei, e Rômulo acabou matando Remo, tornando-se o primeiro rei de Roma. As interpretações da lenda foram múltiplas e entre elas está a do ensaísta e escritor Conrado Augias que, em seu livro "I segreti di Roma" sustenta que é possível que Luperca tenha sido uma prostituta, já que na Roma antiga estas recebiam o nome de lupa -- loba. Esse mesmo escritor adverte-nos do perigo que se corre quando se dão por verdadeiras as lendas, ao lembrar em seu livro que o fascismo elegeu o nome de filhos da loba para as crianças italianas que queria educar em sua ideologia. Conhecida como Lupercal, a caverna é o local onde se acreditava que os romanos antigos realizavam cultos pagãos em honra ao deus Faunus Lupercus, que protege os rebanhos de lobos. ¨ *** Decoração pré-histórica -- Durante quarenta anos, o aposentado Francisco Porfírio dos Santos decorou a sala de sua casa com “uma pedra diferente”, encontrada pelos filhos em um lixão na favela Boogie Woogie, na Ilha do Governador -- RJ. Santos achava a peça “estranha” e, incentivado por amigos, levou o objeto até o Museu da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Lá, descobriu que se tratava de um dente de mamute, animal que viveu na Ásia e na Europa há 2,6 milhões de anos. O aposentado ganha salário mínimo e agora pretende negociar a “pedra”, que, aliás, está envernizada. Ele não estabeleceu o preço, mas quer, como o mamute, “dei- xar alguma coisa para a posteridade”. ¨ *** A passo de formigas -- Projetado desde o governo de Mussolini, o metrô de Roma, ainda menor que o de São Paulo, não conseguiu ser concluído até hoje, devido aos inúmeros tropeços com construções históricas durante suas escavações, obrigando os engenheiros a desviar e mudar os cálculos a toda hora, um problema que, segundo eles, acontece sempre com projetos de metrô em cidades antigas. ¨ *** Angel -- Uma cadela vira-lata salvou a vida de um bebê recém-nascido no Quênia. A cachorra encontrou a criança dentro de uma sacola de plástico, enrolada em roupas velhas, no bosque Ngong, nas redondezas da capital do país, Nairóbi, e arrastou-a para junto de sua ninhada. O proprietário do galpão onde o animal vive, ouviu o choro da menina e achou-a dentro do local. De acordo com ele, a cadela estava deitada ao lado dos filhotes, que teve há pouco tempo, protegendo o bebê com cuidado. O proprietário alimentou a criança com leite, limpou-a e a levou para o Hospital Nacional Kenyatta, no dia seguinte. Na unidade, a menina recebeu o nome de Angel das enfermeiras que estão cuidando dela. Os médicos acreditam que a recém-nascida tenha sido abandonada pela mãe dois dias antes de ter sido encontrada. Havia insetos no cordão umbilical, mas Angel está reagindo bem ao tratamento com antibióticos e seu estado de saúde é estável. ¨:::::::::: Artes Teatro Municipal Jornal O Globo O Teatro Municipal rouba a cena quando se fala em arquitetura eclética no Brasil. O imponente edifício, localizado no Centro do Rio, começou a ser construído em 1905, com o objetivo de se tornar nada menos do que o mais importante palco da República. Prefeito do Rio entre 1902 e 1906, Francisco Pereira Passos sonhava com um edifício suntuoso para finalizar a construção da antiga Avenida Central -- hoje Avenida Rio Branco --, que acabou se transformando em uma das mais significativas marcas de seu governo. O projeto, inspirado no Palais Garnier, a Ópera de Paris, é de autoria do filho de Passos, Francisco de Oliveira, e do francês Albert Guilbert. Externa e internamente, paredes e pisos são ricamente trabalhados. Todos os mármores, ônix, bronzes, cristais e espelhos que revestem a fachada e o interior foram trazidos da Europa. Os vitrais da cúpula vieram da Alemanha e são assinados por Feverstein e Feugel. Aos grandes artistas brasileiros da época coube a execução de afrescos e esculturas. Rodolfo Bernardelli, por exemplo, assina as estátuas que representam as artes, expostas na fachada. Também são dele os bustos de Carlos Gomes, João Caetano e Artur Azevedo. Eliseu Visconti fez o pano de boca do palco, e Rodolfo Amoedo pintou os painéis exibidos no *foyer*. O teatro tem capacidade para 2.200 espectadores, divididos na platéia e em balcões, frisas e camarotes. Pelo palco do Municipal, já passaram os maiores músicos e bailarinos do Brasil e exterior. Inicialmente, era apenas uma casa de espetáculos que recebia, principalmente, companhias estrangeiras, muitas trazidas da Itália e da França. A partir dos anos 30, a instituição passou a ter seus próprios corpos artísticos: orquestra, coro e balé. Os três continuam em plena atividade e realizam várias produções próprias a cada ano. ¨:::::::::: Brasil Sergipe, Turismo de Rio e de Mar Jornal do Brasil Aracaju. Longe de qualquer complexo de tamanho, Sergipe -- o menor estado do país, com 21.910 quilômetros -- tira proveito das riquezas naturais e culturais do seu território e destaca-se como um novo destino no Nordeste, para quem gosta de mar e quer conhecer um pouco das belezas do Rio São Francisco e até da nossa pré-história. São apenas 212 quilômetros separando o litoral e o sertão. Das praias de Aracaju ao cânion do rio São Francisco são cerca de três horas de carro -- percurso que poderá ser reduzido com a recuperação de trechos da BR-235. Aí é só escolher por onde começar. Em Aracaju, que significa cajueiro dos papagaios, pode-se conhecer o litoral sul e a orla da praia de Atalaia, com seis quilômetros de extensão, e sua famosa Passarela do Caranguejo, o ponto de encontro dos moradores que se reúnem à noite para saborear o crustáceo e jogar conversa fora. Ainda no centro histórico de Aracaju, a Catedral Metropolitana, erguida em 1862 em estilo eclético com predominância do gótico, encanta pelas pinturas nas paredes e em todo o teto -- o risco é sair com torcicolo de tanto olhar para o alto, mas nada que uma prece à padroeira, Nossa Senhora da Conceição, não resolva. Na vizinhança, às margens do rio Sergipe, está o Palácio Aurora, construído para receber Dom Pedro II em sua histórica viagem ao Nordeste, no final do século XIX, e a Ponte do Imperador, um píer que remete à arquitetura imperial do Palácio e virou mirante da cidade. Com clima agradável, praças bem cuidadas e casarios da época em que foi a segunda cidade do País projetada para ser capital em 1855, Aracaju ostenta o índice da Fundação Getúlio Vargas de melhor qualidade de vida do Nordeste. Entre o Centro, formado pelos traços históricos, e a moderna Aracaju, está o bairro 13 de Julho, com luxuosos edifícios residenciais, na orla do rio Sergipe. Mais adiante, na beira-mar, ficam os condomínios que permitem aos moradores o acesso ao centro em cerca de 20 minutos. O sítio arqueológico do Justino foi submerso pelo imenso lago de 65 quilômetros de extensão formado pelas usinas hidrelétricas, mas seus achados estão no MAX -- Museu de Arqueologia de Xingó, onde se encontram inscrições rupestres do período paleolítico, entre 1.280 e 9.000 anos AP -- Antes do Presente, com data-base de referência no ano de 1950 -- Nas vitrines do museu, lâminas de machado, urnas funerárias, vasos e tambetás -- adornos labiais. Certificando-se de que a nossa história está bem cuidada, é hora de pegar um catamarã e navegar o Cânion do São Francisco. Os passeios saem do Restaurante Karranca's -- uma alusão às tradicionais carrancas da região que ficam nas frentes das embarcações para espantar maus espíritos e naufrágios. Encravada na divisa entre Alagoas, Sergipe e Bahia, Piranhas era um ponto estratégico para Lampião e foi de lá que partiu a volante que o encontrou na Grota do Angico, em Poço Redondo, Sergipe, onde foi morto junto com Maria Bonita e seu bando, em 1938. Piranhas hoje abriga o Museu do Cangaço e está na Rota do Cangaço, que tem seu auge em 28 de julho, quando é realizada a Missa do Cangaço, reunindo turistas que buscam conhecer o sertão nordestino. ¨ *** Como os cristãos-novos entraram no Brasil -- Belém, com o fim do domínio holandês, recebe famílias judias que fugiram do Nordeste. É alvo da Inquisição entre 1763 e 1769. Olinda foi o centro inicial da imigração cristã-nova em Pernambuco. Na visita dos inspetores da Inquisição em 1593-95, cerca de 100 cristãos-novos foram denunciados por judaísmo. Estima-se que 14 por cento da população da capitania tivessem origem judaica. Em Recife, ocorreu o auge da presença judaica no Brasil colonial na ocupação holandesa em Pernambuco (1630-54). Estima-se que metade da população branca civil da cidade fosse judaica, entre 1.500 e 5 mil pessoas. Recife tem o primeiro rabino das Américas, Isaac Aboba da Fonseca, e a primeira sinagoga, Zur Israel. Salvador foi o porto de entrada da maioria dos cristãos-novos no início da colônia. Diogo Álvares Correia, o Caramuru, era cristão-novo, e o primeiro governador-geral, Tomé de Souza, segundo relatos, também. Recebe visitações da Inquisição em 1591-93 e 1618-20. O Rio de Janeiro ganha importância com a mineração em MG e torna-se importante porto de entrada para imigrantes, entre eles cristãos-novos. Em Minas Gerais, com a mineração de ouro e diamantes, no século XVIII, cristãos-novos vindos do Nordeste, do Rio e de Portugal ajudam a povoar a província, em parte atraídos por sua localização interior, longe da Inquisição. ¨::::::::: Ecologia Sacos de Compras Revista National Geographic Na disputa entre plástico e papel, o plástico saiu vitorioso. Seu processo de produção é mais barato. Mas com isso o ambiente saiu perdendo. Sacos de plástico levam um tempo quase infinito para desaparecer nos aterros sanitários. Por isso, em 2002 a Irlanda passou a cobrar uma taxa sobre os sacos de compra, numa tentativa de diminuir a quantidade de lixo recolhido. A cidade de São Francisco, na Califórnia, proibiu quase todos os tipos de sacos plásticos em supermercados e farmácias. A rede Ikea passou a cobrar um centavo por saco plástico nas lojas do Reino Unido e dos Estados Unidos. Sacolas de plástico: Sacolas usadas a cada ano em todo o mundo: mais de 500 bilhões. Nos Estados Unidos: 100 bilhões. Percentual reciclado: 1 por cento. Anos que levam para desaparecer em um aterro: centenas. Tipo que consome menos recursos: qualquer sacola reutilizada. ¨:::::::::: Lugares do Mundo Cuzco Revista Superinteressante Cuzco, no Peru, a cidade mais antiga das Américas, é tão velha que é difícil saber exatamente quando foi construída. Parece estranho que não se conheçam detalhes tão cruciais de uma das maiores cidades incas, mas a principal razão dos mistérios desse povo é que eles não tinham escrita, e grande parte do seu legado se perdeu. Os arqueólogos acreditam que a região é habitada desde 3000 a.C. e que, por volta de 1000 a.C., já existia por ali um povoado fixo. Cuzco cresceu entre os séculos XI e XII, quando se tornou a capital inca. Em 1532, ano em que os espanhóis chegaram à região, ela era o centro religioso, político e cultural de um império que se estendia entre o norte do Equador e a região central do Chile, composto por mais de 12 milhões de pessoas. Em suas ruas começavam todas as estradas e dali saíam os exércitos para conquistar os demais territórios. Os conquistadores europeus, que tiveram a sorte de chegar à região em um momento de crise política, só conseguiram derrubar esse império depois de 40 anos. Cuzco guarda até hoje rastros das civilizações pré-colombianas. A base de muitas casas são as paredes incas feitas com pedras perfeitamente encaixadas e sem argamassa, sobre as quais ergueram-se construções em estilo colonial espanhol. O quíchua, a língua dos incas, ainda é falado nas ruas por muitos moradores. Cuzco é um lugar de ruas estreitas, habitantes bem-humorados e garotos de bochechas vermelhas que abordam os turistas para pedir dinheiro: “Um sol, amigo!” Sol é o nome da moeda peruana. Próximo a Cuzco há uma região chamada Vale Sagrado. O nome é uma referência à enorme quantidade de templos, palácios, fortalezas e santuários incas e pré-incas que se encontram por ali, ao redor do Rio Urubamba, que, milhares de quilômetros depois, se junta a outras correntes de água para formar o Rio Amazonas. As ruínas deixam entrever uma arquitetura sofisticada. O lugar está repleto de crianças com roupas coloridas típicas da região, vendendo folhas de hortelã para cheirar ou se oferecendo para posar para fotos em troca de algumas moedas. O que mais impressiona são os terraços que os incas construíam para plantar. Era uma sofisticada tecnologia agrária que incluía camadas de terra, pedregulhos e adubo para aumentar o rendimento da plantação e permitia plantar nos muitos terrenos inclinados -- mas férteis -- da região, alguns deles em altitudes de até 5.000 metros. Machu Picchu -- que em quíchua quer dizer “velho pico” -- é uma das poucas cidades incas que permanecem intactas até hoje. Mesmo assim, não existe ainda uma teoria que a explique definitivamente. Sabe-se que foi construída por volta do ano 1300 e permaneceu habitada até o final do século XVI. Apesar de os rumores a respeito de uma cidade perdida nos Andes persistirem nos séculos seguintes, o santuário só foi descoberto em 1911 -- sim, há menos de um século -- pelo explorador americano Hiram Bingham. O grande número de templos que existe no lugar leva a crer que Machu Picchu tinha alguma função religiosa. Das 135 ossadas encontradas ali, 109 eram femininas, o que estimulou a teoria de que se tratava de uma residência das Virgens do Sol, mulheres escolhidas para servir religiosamente ao Império Inca. As *acclahuasi* -- casas onde elas residiam -- existiam em muitas cidades peruanas, mas supõe-se que Machu Picchu era de alguma forma especial, algo como um harém do próprio imperador. Por outro lado, as construções de diferentes estilos, os observatórios e as fazendas experimentais sugerem que a cidade era uma espécie de universidade, onde se pesquisava a astronomia, a engenharia e a agricultura. O fato de os espanhóis, mesmo reunindo muitas informações sobre os incas, nunca a terem descoberto leva a outra hipótese: a maior parte dos incas desconhecia a existência da cidade restrita apenas a uma elite. Há também quem acredite que Machu Picchu era uma cidade como outra qualquer, que se manteve distante dos espanhóis graças à sua posição privilegiada. Escondida no meio dos Andes, ela não pode ser vista nem mesmo do Rio Urubamba, que flui logo abaixo. Mesmo conhecida no mundo inteiro e repleta de turistas, Machu Picchu ainda hoje guarda seu encanto. A acústica da praça central permite chamar a cidade inteira com um só grito. Uma vez por ano, por volta do solstício de inverno -- 23 de junho --, os raios solares que atravessam a entrada da cidade, incidem diretamente sobre um painel no Templo do Sol -- um exemplo da sofisticada astronomia dos incas. ¨:::::::::: Ciência e Saúde O Coração Disparou? Assopre -- Para controlar o nervosismo que antecede a entrevista de emprego ou o primeiro encontro, assopre bastante -- num saquinho, no seu dedo ou em qualquer outro lugar. A estratégia funciona porque, quando sofremos uma grande descarga nervosa e não estamos em movimento, temos uma hiperventilação. Quando isso acontece, temos um aumento na concentração de oxigênio em um lugar chamado gás alveolar, que se localiza no alvéolo pulmonar -- onde ocorrem as trocas de gases no pulmão. Quando respiramos dentro de um saquinho, por exemplo, o efeito é a diminuição da freqüência cardíaca, devido à redução do oxigênio no gás alveolar. Isso faz com que a freqüência cardíaca volte ao normal rapidamente, sem precisar de calmantes. ¨ *** Doenças -- *Mens sana in corpore sano* -- mente sã em corpo são. Você já leu ou ouviu em, latim ou português, essa célebre máxima. É do poeta romano Juvenal ê60 a 130 d.C.) que, para criá-la, recorreu aos textos de Hipócrates ê460-377 a.C.). Muito lá atrás, o Pai da Medicina antevia o que a ciência só recentemente demonstrou: a atividade física beneficia não só a saúde física, como também a mental. Está provado que ela é eficaz tanto na prevenção quanto no tratamento da depressão. Gostou? Bem, mas, antes de ter mais detalhes, é importante saber que a depressão é uma doença comum. Hoje, basta juntar dez mulheres e duas a três têm, tiveram ou terão o problema. Em caso de dez homens, um a dois terão. O retrato é mundial. A depressão afeta 20 a 30 por cento da população adulta. Segundo pesquisa da Universidade de Harvard, as doenças mentais causam metade do 1,3 bilhão de dias-ano de afastamento do trabalho nos Estados Unidos, sendo a depressão a principal responsável. As perdas vão desde dias de trabalho, emprego, alegria de viver e qualidade de vida até o fim de relacionamentos. E ninguém está livre de ter uma crise um dia. Logo, prevenir a depressão interessa a todas e todos. Pesquisas de longo prazo demonstram que a atividade física evita o aparecimento de sintomas depressivos em jovens, adultos e idosos, além de melhorar o humor e o bem- -estar. Parece ainda reduzir o risco do mal de Alzheimer e da demência senil no futuro. Já em quem tem depressão, ajuda no tratamento. É um recurso adjuvante de medicação -- os antidepressivos -- e à psicoterapia. Os resultados surgem seis a oito semanas após o início dos exercícios regulares. Outra grande vantagem é diminuir as recaídas. Quem apresenta um episódio depressivo tem 50 por cento de risco de apresentar um segundo. Se dois, a possibilidade de um terceiro sobe para 70 a 80 por cento. Em caso de três, o perigo de outras crises ultrapassa os 90 por cento. Conseqüentemente, é vital investir na prevenção de novas crises. É a chamada prevenção secundária. ¨ *** Tecnologia -- *Transformers* do bem -- Máquinas caça-níqueis recicladas viram computadores de 60 reais com acesso à Internet. Nos últimos meses, a Polícia Federal deflagrou uma operação para apreender máquinas caça-níqueis. Acabou com a alegria de muita gente viciada em jogo, mas deu o material necessário para um projeto que pode melhorar a vida de pessoas carentes. Com as 130 peças dos caça-níqueis desmontados, alunos e profissionais da FAETEC -- Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro -- montaram 17 computadores, que serão distribuídos para escolas públicas e centros de inclusão digital. A idéia par- tiu do engenheiro eletrônico Fabiano Saldanha Gomes de Oliveira, coordenador do Instituto Superior de Tecnologia da FAETEC, que percebeu que as máquinas de jogo usavam uma parte eletrônica muito semelhante à dos computadores pessoais. “Em alguns casos, exatamente igual”, conta Oliveira, que viu seu projeto se viabilizar na época em que começaram as apreensões. “Se não houvesse esse projeto, as máquinas seriam destruídas, mas obtivemos autorização da justiça e recebemos as peças dos caça-níqueis em lotes da polícia.” O processo é o seguinte: a polícia apreende as máquinas, apaga os arquivos e programas referentes ao jogo e envia para a FAETEC as partes já separadas. Segundo Oliveira, isso ajuda a tornar o processo mais rápido, seguro e transparente. “Entre as peças que recebemos estão processadores, placas de memória, placas-mãe e HDs.” Os alunos e professores envolvidos no projeto demoram cerca de duas horas para montar a CPU, a “alma do computador”, e cerca de dois dias para finalizar o trabalho. O custo de um desses novos computadores, que funcionam com o sistema operacional Linux e recebem um modem para acessar a Internet, é de cerca de 60 reais. Para o autor do projeto, transformar os caça-níqueis em computadores é contribuir para a inclusão digital. “Quem financia os caça-níqueis compra o computador e o transforma em jogo. Nós fazemos exatamente o caminho inverso.” Enquanto os *laptops* de 100 dólares não chegam ao Brasil, a população carente do Rio de Janeiro vai ter como e por onde navegar. ¨ *** Astronomia -- Brasil participa de projeto espacial -- Estudar as estruturas estelares, procurar vida extraterrestre -- vestígios de micro- organismos semelhantes aos encontrados na Terra e planetas por meio de fotometria -- método que mede a variação da luz das estrelas por longos períodos de tempo -- no Universo: essas são as metas de um projeto do qual o Brasil vai participar e que será concretizado com a instalação de uma antena, em território nacional, para recepção dos dados do satélite Corot. A informação é de Carlos Alexandre Wuensche, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Segundo ele, embora ainda não tenham sido encontradas evidências de outros organismos nos 105 sistemas e 120 planetas já detectados, os instrumentos utilizados atualmente já permitem responder a algumas das indagações sobre a presença de outros habitantes inteligentes no Universo. A Equação de Drake, que estima essa probabilidade, indica os seguintes fatos para justificar a hipótese: a taxa de formação de estrelas semelhantes ao Sol, a fração de estrelas com planetas, o número de planetas por sistema, a quantidade deles que poderia desenvolver vida, em quais deles haveria vida inteligente, quantos dentre eles poderiam se comunicar, qual o tempo necessário para que essa tecnologia seja criada, etc. De acordo com Wuensche, excetuando-se os dois primeiros, todos os demais eventos são especulações e somente servem para comprovar o quanto o Universo ainda é desconhecido pelos homens. ¨ *** Arqueologia -- Encontrado o túmulo de Herodes, o Grande -- O arqueólogo Ehud Netzer e sua equipe da Universidade Hebraica de Jerusalém afirmaram ter encontrado a tumba de Herodes, o Grande ê74 a 4 a.C.). Partindo de descrições feitas pelo historiador Flavio Josefo, Netzer escavou o complexo funerário que supostamente abrigava o corpo do rei, localizado no monte conhecido como Herodium. Mas apesar de as características do túmulo baterem com as descrições de Josefo, nenhum corpo foi encontrado, provavelmente por ter sido exumado pelos rebeldes judeus na guerra contra Roma, em 70 d.C. Herodes foi nomeado rei dos judeus pelos romanos em 37 a.C. e ficou conhecido por ter expandido o segundo templo de Jerusalém. Segundo a Bíblia, ordenou o “massacre de inocentes”, mandando assassinar todos os meninos de 2 anos para baixo, na cidade de Belém e arredores. ¨ *** Paleontologia -- Quais são os seres mais velhos do mundo? -- Bactérias. O campeão dos campeões é a bactéria *Bacillus permians*, encontrada no Novo México em 1999: 250 milhões de anos. Ela estava encapsulada em um pedaço de rocha de sal e foi ressuscitada em laboratório. Quando essa bactéria nasceu, o planeta atravessava uma grande extinção em massa que acabou com 70 por cento das espécies terrestres e criou as condições para o surgimento dos dinossauros. ¨ *** Pesquisa -- Mozart para o coração -- Instituto de Cardiologia coloca clássicos na UTI -- Desde 2004, uma experiência realizada no Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras, tem ajudado a provar que, de fato, a música pode fazer bem ao coração. São pequenas caixas de som, instaladas próximas aos leitos da Unidade Cárdio Intensiva Clínica, que tocam música clássica, de Vivaldi a Mozart. Graças a elas, segundo os médicos, tem sobrado calmante na enfermaria da UTI. -- A idéia surgiu a partir de uma sugestão dos próprios funcionários do hospital, quando perguntados sobre o que poderia melhorar no local. Foi feita então uma seleção musical, com temas clássicos e sons da natureza, que passaram a tocar na UTI desde então. -- O som só é desligado à noite, depois das 22 horas. Os resultados foram sur- preendentes e se revelaram benéficos tanto para os pacientes quanto para seus familiares e amigos. Houve uma redução de até 40 por cento no uso de calmantes e tranqüilizantes na UTI. Foi uma surpresa positiva. Por isso, manteve-se a música no local desde então. ¨ *** Bem-viver -- Em caso de despressurização... -- Martha Medeiros -- Tem gente à beça fazendo discurso pela ordem e reclamando em nome dos outros, mas mantém a própria vida desarrumada. Trabalham naquilo que não gostam, não se esforçam para manter uma relação de amor prazerosa, não cuidam da própria saúde, não se interessam por cultura e informação e estão mais propensos a rosnar do que a aprender. Com a cabeça assim minada, vão passar que tipo de tranqüilidade adiante? Que espécie de exemplo? E vão reivindicar o quê? Quer uma cidade mais limpa? Comece pelo seu quarto, seu banheiro e seu jardim. Quer mais justiça social? Respeite os direitos da empregada que trabalha na sua casa. Um trânsito menos violento é simples: avalie como você mesmo dirige. E uma vida melhor para todos? Pô, ajudaria bastante pôr um sorriso nesse rosto, encontrar soluções viáveis para seus problemas, dar uma melhorada em você mesmo. Parece simplório, mas é apenas simples. Não sei se esse é o tal “segredo” que andou circulando pelos cinemas e sendo publicado em livro, mas o fato é que dar um jeito em si mesmo já é uma boa contribuição para salvar o mundo, essa missão heróica e tão bem intencionada. Claro que não é preciso estar com a vida ganha para ser solidário. A experiência mostra que as pessoas que mais se sensibilizam com os dilemas alheios são aquelas que ainda têm muito a resolver na sua vida pessoal. Por outro lado, elas não praguejam, não gastam seu latim à toa: agem. A generosidade é o seu oxigênio. Tudo o que nos acontece é responsabilidade nossa, tanto a parte boa quanto a parte ruim da nossa história, salvo fatalidades do destino e abandonos sociais. E, mesmo entre os menos afortunados, há os que viram o jogo, ao contrário daqueles que apenas viram uns chatos. Portanto, fazer a nossa parte é o mínimo que se espera. Antes de falar mal da “Caras”, pense se você mesmo não anda fazendo muita fofoca. Coloque sua camiseta pró-ecologia, mas antes lembre-se de não jogar lixo na rua nem usar o carro desnecessariamente. Reduza o desperdício na sua casa. Uma coisa está relacionada com a outra: você e o universo. Quer mesmo salvá-lo? Analise seu próprio comportamento. Não se sinta culpado por pensar em si próprio. Cuide do seu espírito, do seu humor. Arrume seu cotidiano. Agora sim, estando quite consigo mesmo, vá em frente e mostre aos outros como se faz. ¨ *** Terceira Idade -- Qual é o povo com maior expectativa de vida do mundo? -- São os habitantes da ilha japonesa de Okinawa, que costumam passar dos 80 anos e, não raro, comemorar um centenário de vida. A vida passa devagar em Okinawa, maior ilha do arquipélago de Ryukyu, ao sul do Japão. E não é para menos. A expectativa de vida de seus moradores é a mais alta do mundo, em torno de 81,2 anos. Considerando apenas as mulheres de Okinawa, esse índice é ainda mais impressionante -- chega aos 86 anos. Com cerca de 1,2 milhão de habitantes, Okinawa -- que ficou famosa por sua heróica resistência ao exército aliado durante a Segunda Guerra Mundial -- também é o lugar com a maior proporção de pessoas centenárias de que se tem notícia. De cada 100 mil moradores, 42 conseguem ultrapassar essa difícil barreira de tempo. O segredo da longevidade em Okinawa tem mais de uma ex- plicação, mas especialistas concordam que a principal delas vem da alimentação balanceada e com baixo teor de calorias. O prato mais apreciado pelos ilhéus é o goyaa champuru, uma saudável mistura de carne de porco cozida, tofu, ovos, grãos de soja e um amargo vegetal conhecido como goyaa. O tofu, queijo derivado da soja, é rico em fitoestrógeno, hormônio que atua na prevenção de doenças do coração e de alguns tipos de câncer. O goyaa contém altas doses de polifenol, substância que retarda o envelhecimento das células. Também é muito comum na ilha o consumo de algas, peixes, legumes, verduras e natô, um derivado da soja que ajuda a dissolver o acúmulo de colesterol ruim na circulação sangüínea. Outro fator considerado crucial pelos cientistas é a maneira como os moradores de Okinawa encaram a vida. Eles dão a impressão de nunca ter pressa e evitam, a qualquer custo, se estressarem. Isso não quer dizer que os problemas das sociedades modernas não estejam presentes na ilha, mas a postura tolerante da população diante das circunstâncias faz toda a diferença. Apesar de ainda não ser um consenso, muitos estudiosos acreditam haver um gene da

longevidade no DNA da raça japonesa. ¨ *** Mulher -- Progesterona versus Testosterona -- Todo Poder às Mulheres, o último livro do Dr. Marco Aurélio Dias da Silva, promete dar o que falar, pela defesa intransigente e definitiva que o autor faz do sexo feminino, em detrimento do masculino. A tese do livro é simples, destacando que as dificuldades do mundo de hoje se devem ao modelo competição-dominação que o homem criou. Nas palavras do autor: “O modo de vida criado pelo homem afasta as pessoas umas das outras, gera corrupção, violência, agressão, guerra. Um exemplo disso são as notícias policiais dos jornais, onde quase sempre um homem mata outro. Em menor escala um homem mata uma mulher. Bem mais raro é mulher matar homem. E a raridade das raridades, mulher matando outra mulher... Outra coisa: só 3 por cento da população carcerária é de mulheres, sendo 90 por cento presas por tráfico de drogas, induzidas pelo companheiro. Se a mulher, ao exercer o poder, não seguir o modelo masculino, então as nossas esperanças voltarão a existir, de que a vida pública poderá ser exercida com dignidade e sensibilidade. É que a mulher prefere estar no centro da teia, interagindo com as pessoas, do que estar no topo da pirâmide, como o homem. As mulheres tentam persuadir, convencer, melhorar aqueles que as cercam. Se levarem essas características para o poder, então o mundo será menos competitivo, menos áspero e menos violento. É que o feminino é diferente do masculino, para melhor, em três aspectos: biológico, em que a progesterona, hormônio feminino, acalma a mulher e a torna mais dócil, enquanto a testosterona masculina está ligada à agressividade; cultural, em que a defesa da honra é invenção dos homens, não tendo se ouvido falar de uma mulher que matou alguém em nome da própria honra; e o psicológico, em que a vantagem da mulher é inconteste, uma vez que ela não passa pelo problema da desvinculação da mãe, que faz o homem buscar compensações por toda a vida." ¨ *** Zoologia -- Conversas sem palavras -- Além dos sons, os animais usam o corpo e os cheiros para se comunicarem e para mentir. O sapo, por exemplo, não possui defesa contra as cobras que o têm como destaque no cardápio, mas consegue escapar delas: incha o corpo e eleva-se nas patas, parecendo muito maior e assustador do que realmente é. Mais honestos, os leões delimitam o território por meio do cheiro da urina. “É um aviso para que leões de outro grupo não se aproximem." Certas posturas também são códigos de conversa: em brigas entre lobos, um deles avisa que se rendeu ao oferecer o pescoço aos dentes do adversário. Tais recursos são fundamentais em situações delicadas como no acasalamento. "As espécies predadoras precisam deixar claro que o futuro parceiro não é um futuro jantar." A gaivota fêmea levanta a cabeça algumas vezes para mostrar que se interessou por algum macho charmoso. Já as fêmeas de mergulhão preferem virar a cabeça para o lado. Mesmo com tantos salamaleques úteis, as espécies ani- mais têm certa preferência pelo uso do som. ¨ *** Alimentos -- Prefira sempre o pão integral -- Um novo trabalho vem comprovar a força dos cereais integrais contra o diabete. Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e da Universidade de Ashus, na Dinamarca, observaram os bons efeitos em 941 voluntários. Entre aqueles que ingeriam esses grãos com maior freqüência, a glicemia ficou sob controle. A explicação dos estudiosos é de que as fibras atuam nas moléculas de açúcar, que demoram para cair na corrente sangüínea. "Minerais e vitaminas presentes nesses alimentos também influem na ação das fibras." ¨ *** Remédios Caseiros -- Receitas caseiras certeiras -- Houve uma época em que a sabedoria popular dava conta de resolver muitos problemas de saúde. Os tempos mudaram, os remédios comerciais surgiram, mas a eficácia dessas receitas continua a mesma. Aqui a nutróloga Tâmara Mazaracki relembra algumas delas. Diarréia -- Mingau de papa de arroz, mingau de maisena, sopa de cenoura, canja de galinha com batata, iogurte natural. Prisão de ventre -- Café tem efeito rápido. E ameixas, que são ricas em magnésio. Acidez estomacal -- Meia xícara de arroz cozido sem tempero. Enjôo -- Meia colher de chá de pó de gengibre puro. O efeito vem meia hora após a ingestão e dura quatro horas. É mais efetivo que os antieméticos comerciais. Antiúlcera -- Suco de repolho; um copo ao dia. Cálculo renal -- Três litros de água diários evitam a cristalização dos minerais que formam os cálculos. Insônia -- Leite morno com um pouco de mel; o leite morno é rico em triptofano, um aminoácido indutor do sono; e o mel, em pequenas doses, tem efeito relaxante. Dor de cabeça e reumatismo -- Meia colher de chá de gengibre em pó. Gripes e resfriados -- Canja de galinha rica em cisteína, precursora da n-acetilcisteína usada como fluidificante de secreções. Os chineses também utilizam para gripe e resfriado o chá de alho. ¨:::::::::: Variedades Conselhos Básicos As mulheres devem raspar ou depilar pernas, virilhas e axilas assim que os pêlos comecem a nascer, pois, mesmo que estejam muito pequenos, já são notados; do contrário dará uma aparência de desleixo. Caso você não use prótese ocular por motivos vários, não deixe de usar óculos escuros para não causar impacto negativo. Na falta de prótese dentária, existem atendimentos gratuitos na área ortodôntica, pois esteticamente é desagradável ver alguém sem os dentes. No caso de cáries, dentes quebrados e escuros, a ausência de tratamento dentário pode causar doenças, não só na boca, como no resto do corpo. Há postos de saúde que prestam esses serviços. Quem tinge os cabelos não deve ultrapassar um mês sem reaplicar a tintura, pois a raiz destoa do resto. Não deixe as unhas com uma aparência desagradável; lixe-as e escove-as regularmente, e para quem usar esmalte é importante remover os resíduos ou reaplicá-lo. ¨ *** O dom da respiração -- Inspire fundo e prenda o ar o quanto puder. Agora expire e relaxe. Notou algo diferente? Talvez um estranhamento inicial, imediatamente revertido para a sensação de descontração e prazer. Respirar é isso: um dom que nos enche o corpo e a alma de bem-estar. Estudos da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, demonstraram que, quando a respiração é tranqüila e profunda, a mente e o coração se acalmam. O inverso também é verdadeiro: pessoas estressadas têm a respiração curta, parada no peito. É que a falta de oxigênio dificulta o fluxo sangüíneo e provoca tensão muscular. A respiração é, antes de mais nada, uma troca com a natureza. O segredo é respirar com consciência, desfrutando ao máximo esse momento que é também de profundo autoconhecimento. Solte a tensão -- Está provado que relaxar apenas 15 minutos por dia já tem efeito cumulativo para reduzir o estresse. Transforme sua maneira de encarar a vida: Respire fundo e solte o ar vagarosamente. Boceje para relaxar e pôr mais oxigênio na corrente sangüínea. Diminua o ritmo do que estiver fazendo. Mesmo sob pressão, pense no lado positivo, em suas conquistas e nos aspectos favoráveis da situação. Repita a frase: “Minha mente está calma, tranqüila e relaxada”. ¨ ***

Humor Na aula de noções de medicina, a professora pediu para os alunos levarem instrumentos médicos. -- Cíntia, o que você trouxe? -- Um bisturi. -- Quem te deu? -- Minha mãe. Ela falou que serve para cortar a pele! -- Vinicius, e você? -- Uma seringa. Meu pai disse que é para dar injeção! -- Kiko, o que você trouxe? -- Um termômetro! Meu tio disse que serve para medir a temperatura. -- E você, Joãozinho, o que é essa bola debaixo do seu braço? -- É um balão de oxigênio! Eu peguei da minha vó! E ela disse: D-e-v-o-l-v-e! Os gêmeos no bar Dois gêmeos entraram no bar e sentaram na frente de um bêbado. O bêbado olhou para eles e começou a esfregar os olhos várias vezes, até que um dos gêmeos disse: -- Calma, o senhor não está bêbado, nós somos gêmeos sim! E o bêbado disse: -- Os quatro??? O sujeito diz ao médico: -- Doutor, em qualquer lugar que toco, dói muito. -- Vamos ver. Toque seu ombro. O cara obedece e geme com uma dor fortíssima. -- Toque a cabeça. Mais uma vez, a reação é de sofrimento. E isso se repete com o joelho, o braço, o pé, o pescoço e todas as outras partes do corpo testadas. O médico então encaminha-o para o raio-X e o manda voltar em dois dias. Depois do prazo estipulado, o sujeito volta, e o médico diz: -- Descobri seu problema! -- Ah é? E o que é? -- Você quebrou o dedo! O fiscal pergunta para o criador de porcos: -- O que o senhor dá para os seus porcos comerem? -- Restos de comida, lavagem. -- Tá multado! Tempos depois, vem ele com a mesma pergunta: -- O que o senhor dá para os porcos comerem? -- Dou comida fresca, feita na hora. -- O quê? Tá multado! Um mês depois e lá vem o fiscal de novo: -- O que o senhor dá para seus porcos comerem? -- Eu não sei. Dou 10 reais para cada um todos os dias, e eles que se virem! ¨*** Pensamentos “O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância. Todo o meu saber consiste em saber que nada sei.” Sócrates, ê470-399 a.C.) filósofo grego. “A vida que não passamos em revista, sem reflexão, não vale a pena viver.” Sócrates. “Não penses mal dos que procedem mal; dos que procedem mal, pense somente que estão equivocados.” Sócrates. “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo.” Sócrates. “A ociosidade é que envelhece, não o trabalho.” Sócrates. “Você não pode escolher como vai morrer ou quando. Você só pode decidir como vai viver agora.” Joan Baez, (século XX), cantora americana. “Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se! Você quer ser feliz para sempre? Perdoe! Tertuliano. (150-220) teólogo romano. “Cá entre nós. Nunca ore suplicando cargas mais leves, e sim ombros mais fortes.” Brooks Phillips, teólogo do século passado. “Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades.” Epicuro ê341-270 a.C.) filósofo grego. “Amor é como mercúrio na mão. Deixe a mão aberta, e ele permanecerá; agarre-o firme, e ele escapará.” Dorothy Parker, escritora. “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.” Madre Tereza de Calcutá. “Nenhuma mente que se abre para uma nova idéia voltará a ter o tamanho original.” Albert Einstein (1879- -1957), físico alemão naturalizado norte-americano. “... Dai-me, Senhor, a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo um ponto de partida para novo avanço.” Gabriela Mistral, (1889-1957), poetisa chilena. “Aprendi com as primaveras a me deixar cortar para poder voltar inteira.” Cecília Meirelles, (1901-1948), poetisa carioca. "Viva como se fosse seu último dia e aprenda como se fosse viver para sempre." Mahatma Gandhi ê1869- -1948ã, filósofo e reformador indiano. "Feliz serás e sábio terás sido se a morte, quando vier, não te puder tirar senão a vida." Francisco Gómez de Quevedo y Villegas ê1580- -1645ã, escritor espanhol. "Prudência é não dizer tudo o que se pensa, mas pensar tudo o que se diz." Aristóteles ê384-322 a.C.), filósofo grego. "Trate de conservar um pedaço de céu acima de sua vida." Marcel Proust (1871-1922), escritor francês de ascendência judaica. ¨*** História das Frases “Segurar a Vela” O dito é popular desde a Idade Média -- Quando não existiam as lâmpadas -- que podiam ser alimentadas por óleo de baleia ou gás --, as velas eram a principal fonte de luz. Por isso, na Idade Média, os iniciantes em todo o tipo de trabalho braçal seguravam velas para que os mais experientes enxergassem o que faziam. Em teatros e outros lugares que funcionavam à noite, por exemplo, havia garotos acendedores de vela. Em francês, uma das explicações da expressão *tenir la chandelle* se refere a criados que eram obrigados a segurar os candeeiros durante as relações sexuais de seus patrões e se manter virados de costas para não ver o que acontecia. Entre 1500 e 1600, “segurar a vela” passou a significar “ajudar em uma posição subordinada, desconfortável”. Com o tempo, serviu para designar a amante de um triângulo amoroso, e, mais recentemente, o amigo solteiro que acompanha um casal. ¨*** Que Intriga... Intriga Sono revigorante -- Todos os verões na América do Norte, os ursos-negros se fartam de raízes, insetos, nozes e frutos. Eles acumulam gordura como preparação para o inverno, quando hibernam de cinco a seis meses. Nessa fase, não se alimentam, não bebem água nem produzem nenhuma excreção corporal. E ainda aumentam sua massa de músculos, quase não perdem força e podem até dar à luz e cuidar dos filhotes. Como os ursos-negros desafiam as regras da fisiologia dos mamíferos durante tanto tempo? Usando um sofisticado equipamento para monitorar o metabolismo e os ritmos biológicos, os cientistas descobriram, por exemplo, que, ao hibernar, os ursos reabsorvem em seus ossos o cálcio perdido e convertem a urina em aminoácidos que formam novos músculos. ¨ *** Fala Sério! Mancada Real -- Numa entrevista dada à televisão, Pelé fez referência ao descobrimento dos jovens sobre a sua atuação como jogador: "Já fazem 30 anos". Nem o Rei pode cometer tal erro. O verbo Fazer, no sentido de transcurso de tempo, é impessoal, logo não pode ser pluralizado. Frase correta: "Já faz 30 anos". Plural de palavras compostas -- "O estudante teve medo de se atirar com um *pára-queda*". Ainda bem! Seria acidente na certa, se ele se jogasse com um *pára-queda*. Na nossa Língua, existe *pára-quedas*, com a segunda palavra (pára-quedas) sempre no plural. Período correto: "O estudante teve medo de se atirar com um *pára-quedas*".

Concordância -- Num jogo entre o Fluminense e a Ponte Preta, o locutor assim se referiu à situação do Fluminense: "Mesmo que ganhar não vai se classificar". Está explicada a desclassificação daquele time. A construção mesmo que ganhar é incorreta. O conectivo *que* induz o verbo a ser conjugado no presente do subjuntivo; logo, o rapaz deveria ter dito: "O mesmo *que ganhe*, o Fluminense, não vai se classificar. ¨*** Receitas Assado de batatas com cascas de chuchu Ingredientes: 1 quilo e meio de batatas com cascas; cascas de 2 chuchus; 1 xícara de chá de creme de leite; 1 colher de sobremesa de *shoyu*; 1 colher de chá de alho desidratado; 1 colher de café de sal; 2 colheres de sobremesa de queijo parmesão ralado; 2 colheres de sopa de salsa picada. Modo de fazer: Cozinhar numa panela as batatas inteiras com as cascas; deixar esfriar, cortá-las em rodelas grossas e reservar; cozinhar as cascas do chuchu e cortá-las em tiras bem finas; juntar o creme de leite, o *shoyu*, o sal, a salsa, o alho e 1 colher do queijo ralado; misturar tudo muito bem e reservar numa forma refratária untada com margarina; colocar uma camada de batatas, um pouco do creme de leite e por cima as cascas de chuchu bem distribuídas; finalizar colocando a última camada de batata, o restante do creme e polvilhar com a outra colher de queijo ralado; levar ao forno médio previamente aquecido por 20 minutos; servir em seguida. Bolinhos de carne com mostarda Ingredientes: 500 gramas de carne moída; 2 dentes de alho picados; 1 cebola pequena picada; 4 colheres de sopa de farinha de rosca; sal e pimenta a gosto; salsa e cebolinha picadas a gosto; meia xícara de chá de mostarda. Molho: 1 pote de iogurte; suco coado de meia laranja; azeite, sal e pimenta a gosto. Modo de fazer: aqueça o forno a 200 graus. Em um recipiente misture a carne, o alho, a cebola, a farinha de rosca, sal, pimenta, salsa e cebolinha. Por último, misture a mostarda. Faça bolinhas, ponha em uma assadeira antiaderente levemente untada com óleo e leve ao forno até dourar dos dois lados. Molho: Misture o iogurte, o suco de laranja, azeite, sal e pimenta. Sirva com a carne. Pudim de banana Ingredientes: 8 bananas-nanicas; 1 colher de sopa de margarina; 2 colheres de sopa rasas de farinha de trigo; 3 ovos; açúcar suficiente para adoçar. Preparo: afervente as bananas, esmague-as com um garfo e junte todos os ingredientes, misturando bem. Despeje em forma untada com margarina e asse em forno quente e preaquecido. Se quiser, pode polvilhar açúcar e canela depois de assado. Ameixa em calda Ingredientes: meio quilo de ameixas pretas; 2 xícaras de chá de açúcar; 2 xícaras de chá de água. Preparo: Coloque as ameixas de molho em água durante 3 horas; retire os caroços, leve para ferver na mesma água, até incharem bem. Junte o açúcar e deixe ferver até a calda engrossar um pouco. Está pronto para servir. ¨*** Utilidade Pública O que é bom saber sobre compra de imóvel -- Sinal -- O sinal de reserva, que é dado para garantir um imóvel, não deve ultrapassar 5 por cento do valor do bem. A reserva deve ser feita em cheque, cruzado e nominativo à empresa. Atrás do cheque, escreva a que se destina o cheque. É uma garantia contra práticas desonestas de comercialização. Escritura -- Tirar uma escritura de imóvel fica em torno de 250 reais. Cuidado que há muito mentiroso no mercado. Imposto -- Quem paga o imposto de transmissão é o comprador, mas quem paga as certidões é o vendedor. Pechincha -- Sempre pechinche. Se estiver interessado em um imóvel, faça uma contraproposta com um valor 10 por cento a 15 por cento abaixo do pedido. Metragem -- Não se prenda muito à metragem do apartamento. A maioria dos corretores mente sobre ela, e você não vai andar com fita métrica medindo cômodo por cômodo. Confie mais nos seus olhos. Documentação -- Quando estiver interessado em um imóvel, vá ao Registro de Imóveis e peça uma certidão de ônus reais do imóvel. Carta de crédito -- Se você decidiu comprar um imóvel financiado por banco, entre logo com o cadastro e peça a carta de crédito. A burocracia é grande. ¨ ::::::::::

Informativo IBC Homenagem a Louis Braille No dia 04 de janeiro o Instituto Benjamin Constant homenageou os 200 anos do nascimento desse grande homem. No auditório do IBC, entre outras homenagens destacamos: Ao Bicentenário de Louis Braille Séculos e milênios se sucederam e a humanidade, ressalvadas raras exceções, tratava as pessoas cegas como seres inferiores, ou lhes atribuía falsos poderes sobrenaturais. Atitudes de distanciamento, abandono, desprezo, crueldade, sentimentos de piedade e medo marcavam freqüentemente suas relações com os cegos. Pessoas caridosas, intelectuais esclarecidos e dedicados filantropos, em épocas mais recentes, procuram atenuar as dificuldades por si mesmas, em meio social tão adverso. Da França esclarecida pelos enciclopedistas no século XVIII, na terra dos ideais de "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", surgiriam as primeiras ações efetivas para solucionar a problemática das pessoas cegas no seio de toda a humanidade: a fundação do Instituto Real dos Jovens cegos de Paris em 1784 e a invenção do Sistema Braille em 1825. Sobre Louis Braille e sua obra redentora, homem cego, modelo de inteligência, modéstia, dedicação ao próximo e vocação para o trabalho, podemos hoje, dia 04 de janeiro de 2009, data de seu bicentenário de nascimento, refletir com profundidade e compartilhar esta nossa mensagem. Braille Somente Jonir Bechara Cerqueira Braille do gênio chamado Louis Braille na cultura e na educação Braille de nosso trabalho diário Braille em nossa reabilitação. Braille para as crianças inocentes Braille dos jovens esperançosos Braille para os adultos que ficaram cegos Braille dos idosos reconhecidos, que a ele muito devem. Braille dos livros de estudo Braille da música sublime Braille dos versos que enlevam Braille das cartas de amor.

Braille por pais e mães abençoado Braille dos que enxergam e a ele honestamente se dedicam Braille dos que alcançaram sucesso Braille dos cegos que ainda não têm sequer um ganha-pão. Braille do silêncio dos surdocegos Braille dos nossos competentes professores Braille para os que ainda não o conhecem Braille de nossos amados benfeitores. Braille dos movimentos necessários Braille das justas reivindicações Braille que ensina, incentiva e acalenta Braille em sua universal revolução. Braille nas noites de insônia Braille dos amigos diletos Braille em nossas diversificadas instituições Braille dos seminários, encontros e congressos. Braille em suas modalidades diversas Braille com divergências, também Braille para estudo dos especialistas Braille e sua desejável unificação. Braille da Bíblia Sagrada Braille das revistas amigas Braille com os modernos softwares Braille junto às avançadas tecnologias Braille de nosso dia-a-dia Braille simplesmente para ler e escrever

Braille dos que já morreram Braille para os que ainda irão nascer. No ano comemorativo do sesquicentenário da criação do Sistema Braille, 1975, Edison Ribeiro Lemos, uma das maiores autoridades brasileiras nessa matéria, ao proferir histórico discurso, assim se expressava judiciosamente: "Louis Braille: seis Pontos, duas Épocas." Hoje, da Casa de José Álvares de Azevedo, o Instituto Benjamin Constant, no país que acolheu pioneiramente o Sistema nas Américas, reverenciamos esta data, ao homenagear o menino de Coupvray, o jovem inventor da escola de Valentin Haüy, o professor cujos restos mortais repousam no Panteon de Honra de Paris, ao qual reafirmamos particularmente nosso fiel compromisso de sermos mais um modesto obreiro em favor de seu imortal legado a todos os cegos do mundo. Em 04 de janeiro de 2009. ¨ *** Tecnologia e educação vencendo barreiras -- Experiência pioneira do IBC facilita acesso dos cegos a cursos via Internet. Tecnologia e inclusão são fatores cada vez mais importantes no mundo globalizado e, a partir desses conceitos fundamentais, o Instituto Benjamin Constant criou o Laboratório de Educação a Distância: um portal que oferece gratuitamente aprendizagem pela Internet através de um ambiente virtual extremamente interativo e de fácil navegação, visando a capacitar profissionais na área da deficiência visual, portadores de necessidades especiais e o público em geral. Para implementar as atividades firmaram-se parcerias com a Universidade Federal Fluminense, que desenvolverá cursos de extensão com acessibilidade, e a empresa Eduweb Ltda., que oferecerá um curso de Pós-Graduação, com a carga horária de 360 horas. “A grande novidade é que, pela primeira vez no Brasil e na América Latina, a partir do mês de junho, estará disponível no IBC-LED o Curso de Alfabetização através do sistema Braille, que terá acessibilidade total e livre a quaisquer pessoas. Vale frisar que também disponibilizamos, para os oftalmologistas do Instituto um espaço interativo para discussão e troca de experiências”, disse a coordenadora Fátima Melca, autora do livro "Educação Corporativa -- Novas Tecnologias na Gestão do Conhecimento", e idealizadora do Laboratório de Educação a Distância do Instituto Benjamin Constant. Os cursos do IBC-LED terão informações consistentes, textos elaborados em linguagem clara e direta, vídeos, midiateca, atividades práticas de conhecimento, interação com os colegas, um mediador nos Fóruns e conversação. É essencial que o usuário saiba navegar na Internet, pois as aulas e o ambiente colaborativo estão disponíveis exclusivamente na grande rede; é preciso também conhecimento sobre o correio eletrônico para enviar e receber mensagens. No caso de pessoas com deficiência visual, é importante possuir programas compatíveis que facilitem o acesso: DOSVOX, Jaws e o Virtual Vision, leitores de tela muito utilizados no Brasil. Muito em breve o LED disponibilizará conhecimentos so- bre a Estimulação Precoce, Educação Infantil, Baixa Visão, Atividades da Vida Diária, etc., temas inerentes à difusão da cultura do IBC. Reafirmando cada vez mais a condição de centro de referência nacional no combate às causas da cegueira, o Instituto Benjamin Constant continua a sua trilha de 154 anos lutando em prol da disseminação da cultura, do fortalecimento da cidadania e inclusão do deficiente visual no mercado de trabalho. ¨ *** A Célula ao Alcance da Mão -- O público sentiu, através do tato, as formas de embriões, órgãos e um feto humano. Realmente foi um sucesso! Mais de 500 pessoas visitaram a exposição inédita promovida pelo Instituto Benjamin Constant no Rio de Janeiro -- A Célula ao Alcance da Mão -- instalada no Espaço Cultural IBC, de 21 a 25 de maio de 2007. A mostra tátil -- desenvolvida pelo Museu de Ciências Morfológicas da Universidade Federal de Minas Gerais -- visa difundir o conhecimento da estrutura e funcionamento do organismo humano e serve também para facilitar a compreensão das aulas de Biologia dos deficientes visuais. Feitas em desenhos tridimensionais e alto-relevo, as peças permitem o reconhecimento de formas, dimensões e a localização de células e tecidos. É bom frisar que a exposição esteve em cartaz em Belo Horizonte, São Paulo e, depois da Cidade Maravilhosa, irá para a Capital Federal. Criado para atender aos cegos, esse material superinteressante tem despertado a curiosidade de todos os alunos nas aulas de ciências. No total, foram exibidas 68 esculturas produzidas em tamanho natural ou ampliadas, representando células, tecidos, órgãos, embriões e um feto humano. ¨:::::::::: Noticiário Especializado Inclusão Social -- Serviço Postal Braille garante mais autonomia aos deficientes visuais. Viver constrangimentos na hora de pedir que outras pessoas leiam cartas pessoais agora pode ser coisa do passado para os mais de 16 milhões de deficientes visuais do Brasil. Foi inaugurada em Belo Horizonte a Central de Braille dos Correios, que prestará para todo o Brasil o Serviço Postal em Braille. Os usuários poderão enviar e receber correspondências em braille, que serão transcritas do sistema comum para o braille ou vice-versa, o que dará mais autonomia àqueles que têm problemas de visão. A nova unidade está funcionando no prédio-sede da empresa, na capital mineira, e a cerimônia de lançamento comemorou antecipadamente o Dia Mundial dos Correios -- 9 de outubro. Enviando as correspondências ou pedindo aos remetentes para enviá-las à Central de Braille, os deficientes visuais podem ser beneficiados com a transcrição e, após a codificação para a linguagem apropriada, as mensagens serão reencaminhadas ao destinatário. O envio até a central e o serviço de transcrição são gratuitos, mas, no valor da postagem para o destino desejado, será incluído o custo de uma correspondência comum. O Serviço Postal Braille é opcional, não requer inscrição prévia e, ao receber as mensagens em braille, o destinatário não paga nada. Segundo o censo do IBGE de 2000, dos 16 milhões de brasileiros que apresentam grau de deficiência visual, quase 150 mil se declaram cegos, porém não há estatísticas que mostrem a quantidade de pessoas no país que conhecem a linguagem braille. As mensagens podem ser enviadas de qualquer lugar do Brasil para a Avenida Afonso Pena, 1.270, sala 202, Belo Horizonte, CEP 30130-971, na Central de Braille dos Correios. Informações no 08005700100. ¨ *** Top Braille -- Um leitor portátil capaz de traduzir instantaneamente textos para o sistema Braille é a mais nova invenção para facilitar a vida da pessoa cega. O Top Braille, criado pelo engenheiro francês Raul Parienti, é um aparelho quase do tamanho de um *mouse*, pesa cerca de 120 gramas e cabe na palma da mão. Para o engenheiro, o novo instrumento poderá aumentar a independência dos 42 milhões de deficientes visuais do mundo inteiro. Além da leitura, o Top Braille também possui um dispositivo sonoro e, com a ajuda de um fone, é possível ouvir o que está escrito em tinta. Essa função facilita a aprendizagem do braille e a memorização dos textos lidos, que podem ser colocados na memória de um computador através de um *pen drive*. Raul Parienti é colaborador de várias empresas brasileiras de eletrônica, entretanto não há previsão para o equipamento chegar ao Brasil. Por enquanto o Top Braille está disponível apenas nas versões em francês, italiano e inglês. ¨:::::::::: Troca de Idéias Valdirene Vieira Bonfim Rua Governador Valadares, 65 São Pedro Itabuna -- BA 45600-000 Olá amigos que me escrevem, não estou a procura de namorado como, erradamente, saiu na Troca de Idéias da RBC 512. Gostaria, se possível, que alguém me ensinasse a ler partituras. ¨:::::::::: Ao Leitor Solicitamos, aos leitores da RBC abaixo mencionados, que nos enviem seus endereços completos, para evitar que suas revistas voltem. Favor verificar se estão retidas no correio. Albano Mesquita Gonçalves André Alves da Silva APDEVI -- Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais Associação de Cegos do Rio Grande do Sul Breno Arnold CAP -- Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual Classinda Brola Centro para Ciegos Eugênia de Duenas Edson de Souza Pia Elizangela Xavier dos Santos Escola Louis Braille Érica de Souza Cerqueira Gabriel de carvalho Giuliana Fartur Gregório de Jesus Helena Taylor Instituto para Deficientes Visuais Os Amigos Ionara Rosa da Silva João Barbosa José Álvaro Paim Guimarães José Bernardinho Filho José da Rocha Santana José de Arimatéia José Soares de Paula Julita Medeiros Caetano Kátia Lopes de Oliveira Luzia Maria Maria do Céu Perpétua Martino Maria Rebouças Sampaio A. da Silva Marilene Tobias de Oliveira Mônica Lavoyer Esculdeiro Sandra Solan dos Santos Sebastião Meneguim Sebastião Rodrigues de Alvarenga Tereza Cristina Mancini ¨ ::::::::::