õeieieieieieieieieieieieieieio õ o õ Revista Brasileira o õ para Cegos o õ o õ Ano LXVI n.o 513 o õ outubro-dezembro de 2008 o õ o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral do IBC o õ Sra. Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador da RBC o õ Prof. José o õ Espínola Veiga o õ Responsável pela RBC o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca -- Rio de Janeiro o õ RJ -- Brasil o õ 22290-240 o õ tel.: (21) 3478-4457 o õ o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Editorial :::::::::::::: 1 O Burro no Poço :::::: 2 Fazer do Filho Doutor ::::::::::::::: 4 A Pé pelo Saara :::::: 7 O Incêndio de Roma ::: 14 O Violinista no Metrô :::::::::::::::: 17 Muito longe de Casa ::::::::::::::::: 21 Decepção ::::::::::::::: 24 Jóias da Humanidade ::: 26 Histórias Interessantes :::::::: 28 Artes :::::::::::::::::: 32 Brasil ::::::::::::::::: 36 Ecologia ::::::::::::::: 42 Lugares do Mundo :::::: 44 Ciência e Saúde ::::::: 53 Variedades ::::::::::::: 72 Informativo IBC :::::: 91 Noticiário Especializado :::::::: 94 Troca de Idéias ::::::: 104 Ao Leitor ::::::::::::: 105 ¨ :::::::::: A Distância que Separa... Povos de uma região, mas de regiões diferentes, gerando guerras fratricidas intermináveis. Adeptos da mesma religião, mas de seitas e castas diferentes, hostilizando-se, a ponto de a sombra dos membros da casta dos "intocáveis" não poder sequer sombrear os membros de outras castas. A distância que separa... ricos de pobres. Como explicar àqueles que os pobres só têm tido deveres e nenhum direito?... Como convencer os preconceituosos que os "diferentes", por motivos vários, longe de vontades e culpas, não contribuíram para tais diferenças?... Que uma única e indivisível força cósmica rege e une a todos os seres vivos?... O ser humano não sabe que são as "diferenças" (também de cor, raça e credo) que colaboram para o engrandecimento de uns e outros... O homem ainda não conhece a palavra UNIDADE, que significa: união, compreensão e paz. ¨:::::::::: O Burro no Poço O burro de um camponês caiu no poço. Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria. Por isso, o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer. Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: que o burro já estava muito velho e o poço já estava mesmo seco, precisaria ser tampado de alguma forma. Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o burro de dentro do poço; ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o burro. Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço. O burro não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele e chorou desesperadamente. Porém, para surpresa de todos, o burro aquietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou. O camponês olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu. A cada pá de terra que caía sobre suas costas, o burro sacudia-se, dando um passo sobre esta mesma terra. Assim, em pouco tempo, todos viram como o burro tinha conseguido chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando... A vida vai lhe jogar muita terra, todo o tipo de terra, principalmente se você já estiver dentro de um poço. O segredo para sair do poço é sacudir a terra que se leva nas costas e dar um passo sobre ela. Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. ¨:::::::::: Fazer do Filho Doutor Artur da Távola Quem viveu na Rocinha, na década de 70, talvez se lembre: dona Cacilda tinha um juramento, fazer o seu moleque doutor. Lutou, brigou, pediu, bateu, fez biscate. Mãe solteira decente, mas decidida, chegou a vender o corpo quando mais moça, chorou, gemeu, economizou, apanhou de gigolô, costurou, mas o menino fez o primário; uniforme pobre. Porém limpo. Trabalhou em casa de família, costurou, lavou extra, fez doce, invadiu o terreno baldio e tirou o moleque de lá aos tapas para estudar, pediu ao patrão, cavou a bolsa, falou com o deputado, com o pastor da igreja, o padre, fez bolo pra batizado, passou roupa nas folgas, dormiu sentada vigiando-lhe o estudo, levou vaia da rapaziada, enfrentou duas namoradinhas, mas ele tirou o ginásio. Perto dos 40 anos, ela encontrou um companheiro pedreiro, decente, crente de igreja. Não saiu da Rocinha. Ele foi pra lá. Participava da igreja, ajudou na economia, botou dindim na caderneta. Costurou pra fora, fez doce, inventou comidinha e vendia pra birosca. Deu plantão na porta de festa pro filho não vir dormir tarde. Deixou que rissem dela, que gozassem o rapaz, filhinho da mamãe. Rejeitou sair da Rocinha, o pedreiro tivera a chance de morar em Queimados numa casa boa, mas era longe e tinha o custo da passagem. Não dormia se o moleque não chegasse, deu-lhe tabefe já rapaz quando malandreava, mas ele fez o segundo grau completo. Não passou no vestibular. Ela compreendeu e de novo não dormiu. Arranjou professor particular, costurou e cozinhou mais, roupa para si já não comprava, só consertava as velhas, ficou avarenta, zura, pão-dura, sovina, mas ele teve o professor e no outro ano passou no vestibular. Ficou seca, envelheceu rápido. Magrinha, agitada. Sua vida era trabalhar e esperar pelo filho, lutar e brigar por ele e com ele. Ao marido nem ligava, sexo, ih! Já tinha um tempão! Isso era bobagem de gente moça. As roupas sobravam, mais economia, pouca conversa, raro riso muito siso, alguns pesadelos estranhos. Os dentes caindo. Cada vez menos dormia. Falta de apetite, casca de pão dormido com café amargo. A poupança para o anel de doutor, a roupa da formatura, o dia da formatura. Num tiroteio entre quadrilhas do Borel, onde o filho fora levar a noiva, a bala perdida matou um inocente: ele. Estraçalhou-lhe o cérebro. Era noite de luar. Justamente a noite escolhida pela mãe para lhe entregar o anel de doutor, quando ele chegasse em casa. ¨:::::::::: A Pé pelo Saara Ronaldo Ribeiro Entre todas as competições na natureza, criadas nos últimos anos, a Maratona das Areias, no Saara, é certamente a mais complicada. Pois o deserto contraria o conceito desses desafios naturais. O deserto é a natureza morta. Quase não há variação de paisagens e as condições climáticas são adversas. As temperaturas, por exemplo, oscilam de zero grau à noite aos 50 graus durante o dia. Como não há árvores, tampouco há sombras. Ou seja, se em algumas provas a natureza estimula os competidores -- caso da Expedição Mata Atlântica, disputada entre florestas, praias e montanhas brasileiras --, na Maratona das Areias a ordem é apenas marchar sobre pedras e dunas. Sempre sob o sol inclemente e carregando todo o equipamento pessoal, já que ninguém pode ter uma equipe particular de apoio. Em abril, 580 malucos vindos de várias partes do mundo se encontraram na região de Erfoud, no nordeste do Marrocos, para a 14ª edição da prova. Pela primeira vez um brasileiro participou: Carlos Sposito, 40 anos, que, durante sete dias extenuantes, trocou sua discreta rotina como analista de sistemas no Rio de Janeiro pelo purgatório dessa versão pedestre do famoso rali Granada-Dacar. Na Maratona do Saara, os 42 quilômetros que fundamentam a clássica prova olímpica são transformados numa árida jornada de 230 quilômetros, divididos em sete dias. A cada ano a prova é disputada numa região diferente. O percurso é mantido em sigilo até a véspera da largada, e vence aquele que, no final, tiver o menor tempo na soma das etapas. Como a prova é longa, quem pode, corre; quem não agüenta, caminha. No fundo, o esforço é quase sobre-humano para os dois tipos de competidores inscritos -- aqueles que cobiçam a vitória ou os que querem só terminar. O brasileiro Sposito sentiu essa pressão, já no primeiro dia: um trecho de 30 quilômetros vencidos à base de muita corrida, mas sob o preço de uma terrível dor muscular e um desarranjo intestinal na madrugada seguinte. Daí em diante, administrou seu ritmo. Os maratonistas também precisam cuidar da própria segurança. Os organizadores oferecem apenas as barracas para dormir e 9 litros de água diários. Nem uma gota a mais. Quem desperdiçar tem de desistir da prova -- para não morrer de sede. Os corredores usam sua cota preciosa para beber, cozinhar, lavar alguma peça de roupa e tomar banho. “Mas, obviamente, os dois últimos itens são sempre dispensados”, diz Sposito. Além da água, o regulamento impõe que cada um carregue um equipamento básico: saco de dormir, fogareiro, lanterna de cabeça -- uma das etapas é noturna --, alfinetes, bússola, isqueiro, faca, remédio para ferimentos, apito, espelho sinalizador, antídoto contra veneno de cobra, um lençol aluminizado, um foguete e um bastão de sinais luminosos, tabletes de sal e uma dose de alimento com 2 mil calorias diárias, ou seja: além de correr, eles são obrigados a carregar, em média, 9 quilos -- a água é distribuída ao longo do dia. Sofrem feito os camelos que vagam pelo Saara. A variação térmica do deserto é causada pelo ar muito seco, que não retém o calor que emana do solo, depois que o sol se põe. Nas barracas, a rotina noturna resumia-se à preparação da comida desidratada, a única refeição quente do dia, e ao descanso, nem sempre possível -- o cansaço muscular levou o brasileiro Sposito à insônia absoluta na primeira noite. “Os acampamentos pareciam hospitais com os maratonistas diante da tenda médica em busca de desinfetante para as bolhas dos pés. O medicamento alivia o risco de infecção. Sobra apenas a dor”, lembra Sposito. O brasileiro adotou uma tática bem-sucedida contra as bolhas: usou um par de meias novas por dia. “À noite, o chão ficava cheio de meias imundas de terra e suor. Os competidores mantinham os pés suspensos, cheios de feridas. Um horror.” Além da areia fofa das dunas, a maratona incluía trechos de terra batida, com pedrinhas encravadas no solo que machucavam a cada passo. Não bastasse, havia o incômodo das moscas. “Espantar os insetos é uma das mais inócuas atitudes que se pode tomar no Saara. Só com seis dias consegui desprezá-las. Aí, a corrida já estava no fim”, brinca o carioca. No penúltimo dia, ele passou por outra provação: a água acabou no Erg Chebbi, um campo de dunas capaz de provocar miragens nos competidores. Eles chegavam ao alto de cada uma pensando que fosse a última -- mas sempre havia mais uma a ser vencida. Não é o prêmio pela vitória que impulsiona os corredores a superar todos esses obstáculos. O vencedor da maratona, o marroquino Lacen Ahansal, um guia de montanhas em Marrakech, levou para casa meros cinco mil dólares, quantia suficiente para arcar apenas com a metade dos custos de sua viagem. A maioria absoluta dos inscritos sabe de antemão que receberá apenas uma medalha pela participação. O que leva pessoas das mais diversas origens e idades a essa pesada prova de resistência é o desafio de superar seus limites. E, no maior deserto do mundo, tais limites estão sempre à flor da pele -- simbolizados por suor, moscas e bolhas. ¨:::::::::: O Incêndio de Roma Revista Superinteressante A maioria dos historiadores acredita que o incêndio que destruiu Roma surgiu perto do Circo Máximo, um hipódromo romano. Nas redondezas, havia um “camelódromo”: centenas de cubículos de madeira ocupados por astrólogos, prostitutas e cozinheiros, que usavam o fogo para cozinhar e iluminar o ambiente. Na noite de 18 ou 19 de julho do ano 64 d.C., o calor do verão em Roma era intenso, e as chamas de um desses cubículos se alastraram. Por causa do clima quente e da enorme quantidade de madeira, o fogo se espalhou, atingindo lojas de materiais inflamáveis da área. Para piorar, estaria soprando em Roma um forte vento no sentido sudeste, que teria atiçado as chamas e feito com que o fogo se espalhasse com rapidez pela cidade, deixando pouco tempo para que as pessoas fugissem pelas ruelas estreitas e tortuosas. A área mais povoada de Roma era ocupada por precários prédios de até cinco andares, feitos de madeira, tijolos e alvenaria. O fogo ter-se-ia disseminado primeiro por esses prédios e, em seguida, teria avançado para os setores mais ricos, destruindo as sólidas construções onde vivia a nobreza. Horas depois do início do fogo, uma gigantesca nuvem de fumaça cobria toda a cidade. Pessoas que tiveram suas casas arrasadas e testemunharam a morte de parentes entraram em desespero: em vez de fugir, eles preferiram se suicidar, jogando-se às chamas. Nas ruas, pessoas tentavam combater o incêndio jogando água com baldes. Algumas caíam mortas por asfixia ou morriam ao serem pisoteadas. Alguns relatos dizem que as tentativas de apagar o fogo foram impedidas por bandidos, interessados em saquear as casas abandonadas. E Nero nessa história? Segundo boatos, o imperador romano teria subido ao teto de seu palácio e começado a tocar sua lira, enquanto apreciava os efeitos do fogo. Outros relatos desmentem essa versão, argumentando que Nero chegou a participar de brigadas para conter o incêndio e que as chamas destruíram até o seu palácio. Para conter o incêndio, grandes áreas de Roma foram demolidas para eliminar do caminho do fogo tudo o que pudesse alimentá-lo. As versões são de que o incêndio durou entre cinco e sete dias. ¨:::::::::: O Violinista no Metrô Martha Medeiros Aconteceu em janeiro. O jornal "The Washington Post" convidou um dos maiores violinistas do mundo, Joshua Bell, para tocar numa estação de metrô da capital americana a fim de testar a reação dos transeuntes. Desafio aceito, lá foi Bell, de jeans e camiseta, às oito da manhã, o horário mais movimentado da estação, para tocar no seu Stradivarius de 1713 -- avaliado em mais de 3 milhões de dólares -- melodias de Bach e Schubert. Passaram por ele 1.097 pessoas. Sete pararam alguns minutos para ouvi-lo. Vinte e sete largaram algumas moedas. E uma única mulher o reconheceu, porque havia estado em um de seus concertos, cujo valor médio do ingresso é 100 dólares. Todos os outros usuários do metrô estavam com pressa demais para perceber que ali, a dois metros de distância, tocava um instrumentista clássico, respeitado internacionalmente. Não me surpreende. Vasos da dinastia Ching, de valor incalculável, seriam considerados quinquilharias se misturados a quaisquer outros, numa feira de artesanato ao ar livre. Uma jóia do Antonio Bernardo correria o risco de ser ignorada se fosse exposta numa lojinha de bijuterias; uma gravura de Roy Lichten- stein seria considerada amadora se exposta numa mostra universitária de *cartoons*, e ninguém pagaria mais de 40 reais por uma escultura do mestre Aleijadinho que estivesse misturada a anjos de gesso vendidos em beira de estrada. Desinformados, raramente conseguimos destacar o raro do medíocre. Só é possível valorizar aquilo que foi estudado e percebido em sua grandeza. Se não me informo sobre o valor histórico de uma moeda que circulava na época dos otomanos, ela passa a ser apenas uma pequena esfera enferrujada que eu não juntaria do chão. Se não conheço o significado que teve uma muralha, para a defesa dos grandes impérios, ela vira apenas um muro passível de pichação. Se não reconheço certos traços artísticos, um vitral de Chagall passará tão despercebido como o vitral de um banheiro de restaurante. Podemos viver muito bem sem cultura, mas a vida perde em encantamento. Essa história do violinista demonstra que não estamos preparados para a beleza pura: é preciso um mínimo de conhecimento para valorizá-la. E demonstra também que temos sido treinados para gostar do que todo mundo conhece. Se uma atriz é muito comentada, se uma peça é muito badalada, se uma música é muito tocada no rádio, estabelece-se que elas são um sucesso, e ninguém questiona. São consumidas mais pela insistência do que pela competência, enquanto competentes sem holofotes passam despercebidos. Gostaria muito de ter circulado pela estação em que tocava Joshua Bell. Não por admirá-lo: pra ser franca, nunca ouvi falar desse cara. O que eu queria era testar minha capacidade de ficar extasiada sem estímulo prévio. Descobrir se ainda consigo destacar o raro sem que ninguém o anuncie. Tenho a impressão de que eu pararia para escutá-lo, mas talvez esteja sendo otimista. Vai ver eu também passaria apressada, sem me dar conta do tamanho do meu atraso. ¨:::::::::: Muito longe de Casa William Helal Filho Aos 12 anos ele foi obrigado a lutar no exército de seu país, a Serra Leoa, na guerra civil contra rebeldes, nos anos 90. -- Passei por uma lavagem cerebral, um processo de desumanização. Estava sempre sob efeito de drogas e realmente gostava de matar. Em 1992, Ishmael tinha 12 anos e era fã de *rappers* como *LL Cool J* e *Naughty by Nature*, quando rebeldes da Frente Revolucionária Unida -- RUF, na sigla em inglês -- massacraram sua aldeia e o separaram de sua família. Por meses, ele fugiu, vendo povoados serem arrasados pela RUF, cujos membros eram, muitas vezes, também menores de idade. Numa aldeia onde o africano se abrigou, militares que protegiam o lugar forçaram a população a lutar. A partir daí, Ishmael, já sem esperanças de reencontrar a família, recebeu um fuzil e mergulhou num banho de sangue. -- Tenho memória boa. Isto é uma bênção e uma maldição, porque consigo lembrar de tudo, mas, ao mesmo tempo, tenho que conviver com aquelas imagens terríveis para sempre. Por três anos, Ishmael lutou contra a RUF, consumindo drogas, como *brown brown* -- cocaína com pólvora -- e maconha, que, aliadas ao ódio por ter perdido a família, o deixavam disposto a matar com facilidade. Aos 15 anos, ele foi resgatado por organizações humanitárias e levado a um centro de recuperação de menores combatentes. O erro foi juntar ex-soldados com ex-rebeldes da RUF, o que fez do local uma extensão do campo de batalha. -- Não aceitávamos ordens de civis e seguíamos achando que a violência era nossa vida. Meus parceiros na guerra eram minha família -- conta Ishmael. Em 1997, o africano, reabilitado, deu uma palestra na ONU, em Nova Iorque, onde foi morar como refugiado em 1999, depois que a capital de Serra Leoa, Freetown, foi invadida pelos rebeldes. Nos EUA, Ishmael se formou em ciências políticas e escreveu o livro "Muito Longe de Casa -- Memórias de um Menino Soldado". -- Foi desgastante trazer à tona essas imagens. Mas fazer o mundo saber que há um país chamado Serra Leoa, compensa -- diz ele. A guerra acabou em 2002, mas a corrupção e a instabilidade crescem no país. Entre seus planos, Ishmael cogita trabalhar em organizações internacionais e, quem sabe, ajudar na recuperação de sua terra. ¨:::::::::: Decepção Ary Rodrigues Chorando, lamentava-se Maria: "Não sei como caí tão tolamente. Ele falava tão bondosamente, Que eu acreditei no que dizia. Bem que disseram que eu escutaria Promessas lindas que, freqüentemente, Servem apenas para iludir a gente E roubam toda a nossa alegria. No entanto eu, tomada de emoção, Voei nas asas da imaginação E fiz o que toda a inocente faz. Ele brincou com o meu sentimento! Por isso, faço hoje um juramento: Neste cachorro, eu não voto mais." ¨ ::::::::::

Jóias da Humanidade Palco Perfeito Revista Caminhos da Terra Assim como as outras grandes civilizações da Antigüidade, os gregos utilizaram mão-de-obra escrava na construção de seus maiores monumentos e edificações, entre elas o magnífico Teatro de Epidauro. Berço das artes cênicas, a Grécia não poderia ter preservado melhor sua invenção. A construção fica no vale da península do Peloponeso, alastrando-se por diversos níveis em uma montanha cercada de árvores. O local começou a ser preparado para o culto a Asclépio no século VI a.C., mas o teatro data do século IV a.C. Considerado uma das grandes obras da humanidade -- e uma das mais conservadas -- o Teatro de Epidauro foi provavelmente desenhado pelo arquiteto Policleto. Em suas proporções, cálculos matemáticos precisos são as principais “pistas” dessa suspeita. Ele aproveitou uma concavidade natural para ali se estabelecer. Tem ainda escadarias em formato radial e 12 corredores horizontais que dão vazão a 15 mil espectadores. O palco possui cerca de 20 metros de diâmetro, e o auditório, extremamente simétrico, quase 118 metros. A visão que o espectador tem das apresentações, desde os tempos antigos, é privilegiada: a partir de qualquer assento -- que contam religiosos 75 cm de largura e 43 cm de altura cada um -- enxerga-se a ação perfeitamente. E sua acústica é primorosa: deixando-se cair uma moeda no centro do palco, é possível ouvir seu tilintar em qualquer ponto da platéia. Os séculos são mesmo incapazes de tirar o brilho desse velho artista: a arena ainda cumpre o seu papel em todos os verões, abrigando espetáculos especiais de artes cênicas, música e dança. ¨:::::::::: Histórias Interessantes O Baobá é originário da África e aclimatado no Brasil. No interior do nosso país existem milhares dessas árvores colossais e mesmo no Rio de Janeiro existem alguns exemplares. Pelas suas grandes proporções, verdadeiramente impressionantes, e pela sua imponência, pode ser considerado o gigante das florestas, o rei da flora mundial. Uma particularidade interessante tem esta árvore: sua maior altura não chega a ultrapassar 9 ou 10 metros; entretanto, sua largura atinge proporções extraordinárias. O tronco chega a ter de 27 a 30 metros de circunferência. É incrível o poder que tem este espécime vegetal de resistir à passagem do tempo. Na África, os nativos aproveitam o Baobá para uma extravagante finalidade: sepultam os cadáveres de seus artistas, músicos e poetas no interior dos troncos, onde se transformam em múmias, sem terem sido antes embalsamados. ¨ *** Ravel ao Pôr-do-Sol -- Todas as tardes, quando o sol começa a se esconder por trás do horizonte do Rio Paraíba, começam a soar os primeiros acordes do Bolero de Ravel. Isso mesmo. O paraibano Jurandy do Sax, como ficou conhecido, cumpre a sua missão particular de todos os dias executar essa peça clássica, mundialmente conhecida, com seu instrumento de sopro, sempre no meio do rio que corta a Grande João Pessoa, na Paraíba. Faz isso há mais de 20 anos, desde 1983, ininterruptamente, o que já lhe rendeu, além de notoriedade dentro e fora do Brasil, indicação para o livro dos recordes, o *Guinness Book*, como o músico que mais executou a obra do mestre francês. Para José Jurandy Félix, tocar a música ao pôr-do-sol tornou-se um ritual “espiritual”, como ele mesmo faz questão de dizer: “É como uma missão que tenho que cumprir”, afirma. Ao longo dos mais de 20 anos de bolero, o músico deixou de cumprir sua sina raras vezes, como no dia em que foi receber um prêmio de Honra ao Mérito na França, terra natal do companheiro Maurice de Ravel. Uma falta totalmente justificável. ¨ ***

Olimpíada -- A pior participação do Brasil em Olim- píadas no século XX foi nos jogos de 1932, em Los Angeles. A delegação embarcou em junho daquele ano no navio Itaquicê sem verba oficial -- o governo Getúlio Vargas resolveu dar 55 mil sacas de café para os 82 atletas venderem pelas escalas do caminho e pagarem a inscrição nos jogos. Claro que quase ninguém vendeu nada. Pior: o barco ficou retido no Panamá por contrabando. Quando chegou ao destino, os jogos já estavam pela metade, e os atletas, fora de forma, deram vexame. ¨ *** Bandeira Saborosa -- O *croissant*, aquele delicioso pão de massa folhada, é uma verdadeira ironia. Ele foi criado logo após a expulsão dos invasores turcos de Viena, em 1683. Os austríacos resolveram usar a massa folhada típica dos turcos e fazer um salgado em forma de lua crescente, símbolo da bandeira da Turquia. A iguaria foi levada para a França com o casamento da rainha austríaca Maria Antonieta com o rei Luís XVI. ¨:::::::::: Artes Stravinsky, um Ousado Russo que Chocou Paris Revista Caras Enquanto Paris, capital cultural da Europa no início do século XX, aguardava a chegada da primavera de 1913, cartazes extravagantes no teatro dos Campos Elíseos diziam: “Os balés russos apresentam A Sagração da Primavera”. O espanto foi geral entre os intelectuais, nobres e críticos que para lá se dirigiram. As ousadias coreográficas do bailarino russo Vaslav Nijinsky ê1890- -1950ã e a “cacofonia” sinfônica idealizada por Igor Fyodorovich Stravinsky provocaram escândalo jamais visto. O público agrediu os artistas, atirando objetos neles, e abandonou aos berros o recinto. Os próprios músicos, indignados com a “antimúsica”, perturbaram a execução, que mal terminou. Stravinsky, o compositor, o russo Sergey Diaghlev (1872-1929), o produtor, Nijinsky, o coreógrafo e bailarino, e o francês Pierre Monteux (1875-1964), o maestro, escaparam por uma porta lateral, temendo um linchamento. Compraram muita vodca, tomaram um táxi e, em êxtase, rodaram por Paris até o fim do combustível -- e do conteúdo das garrafas. Um dos mais famosos escândalos da história da música, o episódio projetou internacionalmente os criadores daquele espetáculo. Poucas décadas mais tarde, a inteligência musical se deu conta de que aquela “cacofonia” de Stravinsky estava longe de ser uma agressão. A Sagração da Primavera era um marco na história da humanidade, comparável apenas a uma "Divina Comédia", de Dante, ou a um Fausto, de Goethe. Stravinsky nasceu em 1882 em um subúrbio de São Petersburgo, então capital da Rússia e mais importante centro cultural do país. Ao notar seu talento, seu pai, contrabaixista da ópera da cidade, encaminhou-o a Nikolay Rimsky Korsakov ê1844- -1908ã, o mais importante autor e professor russo do momento. Em 1908 Stravinsky, ainda sob orientação do mestre, compôs uma fantasia sinfônica, Fogos de Artifício, que tinha como destaque componentes folclóricos de um certo romantismo. Nessa época havia na cidade um grande agitador cultural, Sergey Diaghlev, que formara uma trupe de dança moderna. Por sua técnica, virtuosismo e originalidade, os chamados “balés russos” deslumbravam a Cidade-Luz. Ao ouvir Fogos de Artifício, Diaghlev identificou no jovem músico o colaborador ideal. Levou Stravinsky para Paris e incendiou sua mente com idéias e com o roteiro do balé "Pássaro de Fogo". Essa obra causou excitação, mas foi a seguinte, o balé "Petrusca", pelo alucinante tratamento rítmico, que abriu o caminho para o grande momento da Sagração -- início efetivo do século XX musical. ¨ ::::::::::

Brasil Ilha Grande Sabe aquela história de fugir para um lugar paradisíaco? Pois é, o destino perfeito pode muito bem ser a Ilha Grande, em Angra dos Reis. Ao todo, são 155 quilômetros de litoral e mais de cem praias de diferentes características, desde as pequenas, cercadas por rochas, até as de mar aberto. Enseadas, rios, lagoas, cachoeiras, planícies, montanhas e picos também fazem parte do cenário de fuga da cidade grande. Em geral, a chegada é pela Vila do Abraão, uma espécie de capital da Ilha Grande. De lá, partem veleiros e escunas para outras localidades como Caxadaço, Lagoa Azul, Enseada das Estrelas e Lagoa Verde. Foi-se o tempo em que apenas pousadas rústicas abrigavam os viajantes. Hoje, há desde as mais simples, que fazem o estilo dos que carregam uma mochila nas costas, até as mais sofisticadas. Entre as praias mais conhecidas do recortado litoral da Ilha Grande está a de Lopes Mendes, que é a maior e a preferida dos jovens, principalmente surfistas. Já a do Aventureiro, de águas verdes e mornas, tem 600 metros de extensão e acesso controlado pela Secretaria do Meio Ambiente e pela TurisAngra. A praia fica nos limites da Reserva Estadual da Praia do Sul. Outra opção paradisíaca é a Praia de Fora, próxima à Enseada do Saco do Céu, muito procurada para o mergulho livre. De frente para o Atlântico, a bela Parnaioca tem areia amarelada e grossa e ondas violentas. Em Parnaioca, ruínas de antigas construções feitas pelos escravos e a pequena Igreja do Sagrado Coração de Jesus também atraem os turistas. Nem só de belezas naturais vive a Ilha Grande. O lugar guarda marcos importantes da história do Brasil, como as ruínas do Lazareto, leprosário construído em fins do século XIX por Dom Pedro II para enclausurar os doentes. Ou ainda o que sobrou do extinto Instituto Penal Cândido Mendes, implodido em 1994 e que ficou conhecido como Caldeirão do Diabo. Lá, além de condenados comuns, ficaram confinados presos políticos desde a ditadura do Estado Novo -- como o escritor Graciliano Ramos, que, dentro do presídio, escreveu "Memórias do Cárcere" -- até a ditadura militar, iniciada em 1964. Outra parte da história da ilha dá conta de que, entre 1700 e 1770, sua localização estratégica serviu de esconderijo para piratas europeus, que aportavam nas muitas enseadas. Eles esperavam pela passagem dos navios que partiam da vizinha Parati, carregados do ouro de Minas Gerais. As batalhas navais levaram ao fundo do mar embarcações que hoje atraem os mergulhadores. ¨ *** Pedro II inventou mais de mil nobres -- Mil quatrocentos e trinta e nove. Essa é a quantidade de títulos de nobreza -- marqueses, condes, viscondes e barões -- concedidos no Brasil durante o século XIX. Só o imperador Dom Pedro II distribuiu em torno de mil títulos nobiliárquicos, mais do que o dobro do seu pai, Dom Pedro I, e seu avô, Dom João VI, juntos. Essa distribuição foi intensificada durante a crise do Segundo Império, como forma de tentar assegurar apoio ao regime. A formação do baronato foi uma tentativa de com- pensar os fazendeiros que perderam escravos por causa das leis abolicionistas. "A Coroa tentava pagar em símbolos de status o que tirara em interesse material". Antes, os títulos eram distribuídos para recompensar os que haviam prestado serviços considerados relevantes pelo imperador. Os velhos títulos medievais da Europa ganharam aqui feições distintas. Boa parte da nobreza passou a ser denominada de Coruripe, Poconé, Uraraí, Bujuru e afins. "Nomes bem brasileiros para gente que se vestia de veludo e lã, tomava o chá das 5 e lia em francês, refrescada por um abanador negro e humano comprado no mercado do cais do porto." Os nomes geralmente indicavam o lugar de nascimento ou de atividade política ou econômica relacionado ao agraciado. Se na Europa era nobre quem já nascia como tal, no Brasil a nobreza era um estado passageiro, um título dado a alguém que se destacava, mas que não podia deixá-lo de herança a seus descendentes. Outra peculiaridade é que aqui não bastava o decreto imperial -- os que recebiam as honrarias deviam pagar pequenas fortunas para mantê-las. Eram taxas, por exemplo, para receber a carta com o novo título, para registrar a concessão desse título no livro que o escrivão da nobreza fazia e para usar o brasão relativo ao título. O preço para usufruir o título de duque, por exemplo, era de 2 contos e 450 mil réis. De marquês, 2 contos e 20 mil réis. A maioria dos títulos era de barão, o mais baixo da hierarquia, normalmente reservado aos grandes cafeicultores de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo -- correspondiam a 68 por cento do total. O título mais alto era o de duque, do latim *dux*, “o que conduz as tropas”. Aqui só houve um: o militar Luís Alves de Lima e Silva, responsável por dar fim a movimentos como a Balaiada e a Revolução Farroupilha, que virou o duque de Caxias. ¨:::::::::: Ecologia O Recuo do Deserto National Geographic Em 1985, a vila de Ranawa, na pequena nação africana de Burkina Fasso, estava definhando. Assolada por uma seca que reduziu as chuvas em um terço no Sahel -- uma faixa de terras frágeis e áridas ao sul do Saara --, Ranawa havia sido abandonada por um quarto dos moradores. Os poços secaram, e só duas famílias ainda possuíam cabeças de gado. Muitos campos de cultivo estavam improdutivos. Foi então que os agricultores remanescentes decidiram tentar algo novo. Com o apoio de organismos internacionais de ajuda, os agricultores adotaram duas técnicas simples: a colocação de fileiras de pedras no contorno dos terrenos levemente inclinados da área e a abertura de buracos nos campos. As pedras reduziram as perdas da água das chuvas nas encostas e permitiram o plantio de árvores e o cultivo de safras que fixaram o solo. Os buracos retêm água e deixam que esta se misture ao solo, formando um barro onde agricultores colocam esterco e sementes. Isso tornou possível a retomada do cultivo de painço e sorgo. As colheitas aumentaram em 50 por cento. Os poços deixaram de ficar secos. Acabou o êxodo dos moradores e as famílias voltaram a criar gado e cultivar os campos. Em todo o Sahel, do Senegal à Etiópia, vem ocorrendo uma transformação similar, embora às vezes por causas diferentes. A região, que durante a década de 1960 foi assolada pela seca e pela desertificação, está recuperando parte de sua cobertura vegetal. ¨:::::::::: Lugares do Mundo Mikonos Luz Brilhante no Mar Egeu Revista Viagem e Turismo De acordo com a lenda, a imensa rocha que forma a ilha foi atirada à Terra por Posêidon, quando os gigantes se rebelaram contra os deuses do Olimpo. E a ilha engastou-se como uma pedra preciosa no incomparável azul do mar Egeu, encantando com seu feitiço todos os que por lá passam. Durante a antigüidade, Mikonos não teve nenhum destaque especial e, no seu apogeu, por volta do primeiro milênio antes de Cristo, chegou a ser habitada pelos jônios, que adoravam Dionísio. Dessa época restaram algumas moedas, mostrando a efígie do deus do vinho ao lado de um cacho de uvas. Mesmo sem ter brilhado nos tempos antigos, a ilha foi visitada por vários povos, alguns dos quais vieram como conquistadores: fenícios, cretenses, romanos, turcos, italianos, alemães e russos, os últimos governando a ilha no século XVIII. Aliás, talvez seja esta multiplicidade de dominadores a razão para explicar a tradição de hospitalidade desfrutada pela ilha. Mikonos é uma ilha típica do mar Egeu. Seu litoral de rocha granítica é escarpado e seco; moinhos, capelas e casinhas brancas modelam a cidade na forma de um labirinto de ruas estreitas e tortuosas. O centro populacional da ilha surge nas encostas dos seus montes, formando uma espécie de anfiteatro natural: uma cidade em forma de meia-lua, sem dúvida uma das mais lindas do mar Egeu. É certo que existem cidades em outras ilhas gregas que podem agradar mais aos turistas, mas ninguém pode negar que Mikonos é a mais brilhante dentre todas elas. A extrema claridade de Mikonos torna os óculos escuros absolutamente indispensáveis aos recém-chegados. No entanto, os velhos habitantes da ilha já estão de tal forma acostumados à pureza desta luminosidade que continuam fazendo delicados trabalhos manuais até atingirem idade bastante avançada e sem auxílio de lentes. Suas casas em forma cúbica são caiadas pelo menos duas vezes ao ano para manter a brancura ofuscante. As janelas e as portas são pintadas de azuis e verdes fortes, cuja tonalidade é ainda mais intensificada pela alvura do que está em volta. Este padrão de arquitetura é, aliás, típico de toda esta área insular, e o que há de diferente em Mikonos são casas de dois e três andares em maior número do que o existente nas outras ilhas. O agradável labirinto formado ao acaso por suas ruas é tão simpático na sua falta de planejamento que até o mais dedicado dos depreciadores da beleza será forçado a exclamar no mais puro grego *Poh-poh- -poh*, uma expressão que pode significar tudo, desde o deleite até a maior incredulidade. Junto com os hotéis, hospedarias, bares, restaurantes e discotecas, desenvolveu-se um comércio característico de Mikonos. São incontáveis as butiques que vendem jóias e vestidos elegantes ao lado do artesanato típico da ilha. Tecidos brilhantes feitos à mão são transformados em saias, túnicas, xales, bolsas, cintos, camisas e colchas, enquanto lindos suéteres, pacientemente tricotados, agasalham desde os marinheiros, filhos da ilha, até os sofisticados turistas que partem daquele verão para esquiar nos Alpes europeus. Estando quase no centro do mar Egeu, Mikonos fica muito exposta às ondas quando o mel- temi enraivece aquelas águas. Nestas ocasiões pode-se assistir ao belo espetáculo oferecido pelas vagas que se formam na baía de Panormos, na costa norte da ilha. Contudo, há outras baías e praias sempre abrigadas que têm ainda a vantagem de estar na moda: *Ágios Stefanos, Megali Amos, Panormos, Piati Gialos*. Estas praias ficam perto da cidade e são de fácil acesso, tanto de carro como de barco. Mas, ao longo da costa sul, encontram-se várias enseadas e baías interessantíssimas que só podem ser atingidas por mar e que, graças a isto, continuam pouco freqüentadas, mesmo em pleno verão. Aos espeleologistas é aconselhado alugar um barco e empreender uma excursão até a ilha Dragonissi, a leste de Mikonos. Ali o vento, o clima e o trabalho constante do mar cavaram inúmeras cavernas. Algumas lembram construções góticas e têm aspecto macabro; outras, pelo contrário, refletem uma brilhante luz azulada. Dizem que em Mikonos há 365 igrejas -- uma para cada dia do ano --, construídas, na sua maioria, pelos marinheiros para agradecer a proteção divina contra os perigos dos mares. A igreja Paraportiani -- que significa junto ao porto -- é uma das mais estranhas. Ela é constituída de um grupo de quatro capelas em forma de pirâmides, situadas em diferentes níveis que, no seu conjunto lembram o trabalho de um confeiteiro muito criativo. Não é difícil encontrar nas ilhas do Egeu a mistura do estilo bizantino com o clássico grego, e o mais interessante é que este casamento de pa- drões tão contrastantes produziu uma descendência bastante agradável. Em Mikonos, por exemplo, encontram-se, com freqüência, fragmentos ou mesmo blocos inteiros de mármore por baixo do revestimento das construções. Eles são uma herança dos tempos em que os marinheiros da ilha navegavam até a desolada Delos, antigo centro religioso daqueles mares, em busca das ruínas das casas e dos templos ali construídos nos tempos de sua glória. Como ocorre nas outras ilhas do Egeu, não se encontram muitas árvores em Mikonos, e as poucas que existem estão no centro urbano. Por serem tão raras, elas assumem, junto com as fontes e os poços, um papel muito relevante nos costumes da cidade. Na praça Tria Pigadia -- Três Poços -- isto pode ser comprovado. Ali é o ponto de encontro das moças casadoiras que, segundo o costume da ilha, devem beber um pouco de água de cada poço da praça para arranjar um marido. Depois da praça avista-se um aglomerado de casas que quase se precipita no mar, e, mais bonito do que isto, só mesmo as antigas mansões de Enetia -- Veneza -- com seus balcões de madeira que se projetam sobre um braço de mar. Os famosos moinhos de Mikonos ficam nos montes localizados atrás da cidade, mas atualmente eles servem apenas como atração turística, já que os cereais são moídos no continente. Deste ponto tem-se também uma das mais belas vistas da ilha: além da cidade avista-se a baía de Lurlo, com uma única ilhota, aparecendo adiante a histórica Delos coroada pelo monte Cintus. Para aqueles que desejarem ter uma vista ainda mais deslumbrante das ilhas vizinhas, aconselha-se um passeio até o cume do monte Elias, que pode ser alcançado depois de uma pitoresca, porém cansativa, caminhada no lombo de um burrico. Dali pode-se apreciar toda a Mikonos, além das ilhas de Delos e Rinia ao sul e Tinos no horizonte norte. Navios e barcos pequenos estão sempre navegando no mar agitado pelo vento, e o canal de Mikonos aparece eternamente coberto por pequenas ondas brancas formadas pela corrente que desce do norte. ¨:::::::::: Ciência e Saúde Fora, estresse! Permita-se “dar um tempo” em local tranqüilo, para se escutar. Quinze minutos diários de silêncio e quietude já ajudam: a ausência do ruído externo nos permite ouvir o próprio interior, os sentimentos. Procure se expressar por meio de uma atividade criativa que lhe dê prazer. Nada que alguém disse que faz bem, mas que de fato se afine com sua natureza: pintar, costurar, dançar, viajar, namorar... Organize-se: o caos agrava o nível de estresse. Tarefas adiadas e papéis empilhados não ajudam a ter bom sono, ainda mais em momentos de crise, quando é preciso ter a real dimensão dos problemas. Distribua os afazeres pelos dias da semana, para não sacrificar o sagrado descanso. Ar puro de vez em quando é fundamental: quem vive nos centros urbanos precisa se reequilibrar, fazendo contato com a natureza. Vá sempre a locais afastados de redes elétricas, antenas, TVs, celulares e poluição. Respeite os sinais ou os seus sensores: antes de manifestar uma doença, o corpo emite alertas. Não deixe de se escutar: o sinal pode retornar mais forte depois. Tente se sentir sempre à vontade. Há situações que emitem sinais claros de desconforto, como estar em ambientes enfumaçados ou de energias muito densas. É natural depois sentir necessidade de tomar um banho, lavar a cabeça, trocar a roupa... Faça isso! ¨ *** Doenças -- Edema de Reinke, doença cujo sintoma básico é rouquidão -- Essa doença se caracteriza por inchaço nas pregas vocais. A causa é uma irritação provocada pelo tabagismo. Parece que atinge mais as mulheres e em geral não causa grandes problemas. Mas parte delas tem a voz tão alterada que fica parecida com a masculina, o que as incomoda muito. Além disso, o inchaço pode fechar totalmente a laringe e levar à insuficiência respiratória. O tratamento do edema de Reinke consiste, de início, em parar de fumar, tratar do refluxo e reeducar a voz com fonoaudiólogo. Depois, é fundamental fazer fonoterapia. São exercícios com fonoaudiólogo que estimulam a absorção do líquido pelo organismo. O objetivo, nesse último caso, é controlar a doença, ou seja, interromper sua progressão, já que ainda não existe um tratamento clínico que elimine totalmente o edema. Utiliza-se cirurgia, finalmente, nos casos de edema muito grande, que pode fechar a laringe, ou quando a voz da mulher ficou “masculinizada”,

desagradável, a ponto de interferir em sua auto-estima. ¨ *** Tecnologia -- Do espaço para as pistas -- A mais nova investida tecnológica da Agência Espacial Européia (ESA) não está no espaço, mas sim nas pistas de corrida. A equipe francesa de automobilismo Pescarolo Sport acaba de construir um carro usando os mesmos materiais dos foguetes espaciais Ariane e dos satélites europeus, tanto na carenagem, para reduzir o peso, quanto no cockpit, para aumentar a segurança em caso de colisão ou incêndio. “O carro ficou 29 quilos mais leve que os demais graças a isso”, diz o piloto e chefe de equipe, Henri Pescarolo, um veterano das pistas de Fórmula 1 dos anos 70. “Essa é uma demonstração prática de que a tecnologia espacial pode ser usada no dia-a-dia para melhorar a vida de todos”, filosofa o esportista. ¨ *** Astronomia -- Planetas -- O Brasil se juntou na busca por vida extraterrestre com o lançamento do satélite Corot, cuja missão principal é procurar planetas semelhantes à Terra fora do sistema solar que tenham condições de abrigar alguma forma de vida. O satélite foi lançado pela França, em parceria com a Agência Espacial Européia, a Alemanha, a Espanha, a Bélgica e o Brasil. Até hoje, já foram descobertos 209 planetas em 170 sistemas, mas a maioria deles é formada por gases. O menor desses planetas é cinco vezes maior que a Terra. De acordo com as estimativas da missão, em dois anos e meio devem ser detectadas cem mil estrelas e, pelo menos, uma centena de planetas rochosos, além de aproximadamente mil corpos gasosos. ¨ *** Arqueologia -- Galeria de arte nas paredes da caverna -- É um dos mais excitantes achados arqueológicos da década: numa caverna nos arredores da cidade de Vallon-Pont- -d'Arc, na região de Ardèche, sul da França, o guarda Jean-Marie Chauvet e dois amigos descobriram uma coleção de obras de arte da era Paleolítica -- há cerca de 20.000 anos --, que talvez seja a mais antiga já encontrada. No fundo de uma estreita fenda escondida sob um depósito de terra, eles toparam com uma rede de galerias subterrâneas cheias de ossos de ursos. As paredes da gruta estão cobertas por mais de trezentas ilustrações de animais e sím- bolos, como mãos. É a amostra mais bem preservada da arte dos caçadores paleolíticos que se conhece. ¨ *** Antropologia -- A pré-história da corrida -- A corrida teve um papel crucial na evolução da espécie humana. Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista Nature, uma das mais prestigiadas do meio científico. Segundo eles, o fato de o homem ter aprendido a correr, para caçar e fugir dos predadores, há cerca de 2 milhões de anos, ajudou a determinar o formato do corpo humano como o conhecemos hoje. Entre outras características, o *Homo erectus* desenvolveu pernas mais longas e dotadas de tendões resistentes -- inclusive o tendão-de-aquiles --, pélvis reforçada e bumbum protuberante -- necessário para estabilizar o tronco quando o corpo se lança para a frente ao correr. Em ancestrais do *Homo erectus*, estas características não existiam ou encontravam-se pouco desenvolvidas -- como prova a ossada fóssil de Lucy, o australopiteco de 3,5 milhões de anos descoberto na Etiópia em 1974. "Sem o desenvolvimento proporcionado pela corrida, os humanos seriam muito mais parecidos com os chimpanzés, com pernas curtas, cabeça menor e uma postura curvada para a frente." ¨ *** Bem Viver -- Bagunça engorda -- O excesso de coisas também pode estar ligado ao excesso de peso. Velharias podem engordar as pessoas. Excesso de peso, muitas vezes, tem a ver com "entupimento" emocional. Da mesma forma que você não consegue soltar seus sentimentos ao armazenar peças de lembranças, também seu corpo segura o metabolismo, emitindo o comando "acumular". Além disso, as velharias que acumulamos durante a vida freiam o desenvolvimento das pessoas porque, com freqüência, os objetos guardados estão ligados a lembranças, prendendo-as ao passado. Pense nas pessoas que estão ligadas aos objetos. Guarde uma lembrança particularmente bonita ou significativa e dê o resto. ¨ *** Terceira idade -- Cientistas holandeses descobriram que mulheres mais velhas têm mais agilidade mental que homens da mesma idade. Segundo os pesquisadores da Universidade de Leiden, ao Norte de Haia, as mulheres estão menos propensas a sofrer de doenças cardiovasculares. Por isso, elas teriam uma melhor circulação de sangue no cérebro. Os cientistas analisaram quase 600 homens e mulheres com mais de 85 anos, moradores de Leiden. O grupo foi submetido a um pequeno teste, e quem obtivesse mais de 18 pontos passava para uma outra etapa, na qual foram avaliadas agilidade e memória. As mulheres se saíram melhor que os homens. No quesito memória, elas tiveram uma média de 41 por cento de acertos contra 29 por cento dos homens. Elas ganharam também em agilidade e rapidez. ¨ *** Mulher -- Cuidados com os seios -- Auto-exame mensal e consulta anual com um mastologista são atitudes fundamentais para garantir a saúde das mamas. Mas só isso não basta, alerta a presidente da seção fluminense da Sociedade Brasileira de Mastologia, Maria Helena Vermot. Segundo ela, os seios precisam de cuidados diários para ficarem bonitos e não desenvolverem doenças que podem ser evitadas com uma higiene adequada. Limpeza -- O sutiã é uma peça íntima e deve ser trocado e lavado diariamente, como a calcinha, pois a mama também libera secreções. Para manter a tonicidade da pele, é preciso hidratar os seios todos os dias. Sustentação -- A mama não tem músculo; portanto são os ligamentos que a sustentam. Logo, sem o uso de um sutiã adequado, ela cairá. Por outro lado, amamentar não faz os seios caírem e muito menos leva a aumento de peso. Segundo pesquisas, a amamentação protege a mulher contra o câncer de mama. Cuidados -- Antes de fazer qualquer cirurgia plástica de mama -- retirada de seio, redução ou colocação de próteses -- é necessário realizar uma mamografia. As peles das mamas e do colo também pedem cuidados especiais, como o uso freqüente de filtro solar: trata-se de tecido tão fino quanto o do rosto e que está propenso ao câncer de pele. TPM -- Durante o período de tensão pré-menstrual, evite o consumo de café, chás, refrigerantes de cola e chocolate. São bebidas que contêm xantina, conhecida por estimular as dores mamárias. Prefira frutas, legumes, nozes, castanhas, soja e feijão. Prevenção -- A partir dos 20 anos a mulher deve se habituar a fazer ao menos uma consulta anual com o mastologista, e realizar o auto-exame das mamas todo mês. Depois dos 40 anos, é recomendável fazer mamografia anualmente. Quem tem casos de câncer de mama na família deve redobrar a atenção. ¨ *** Zoologia -- Um exército implacável -- Milhões de mandíbulas capazes de triturar até concreto, manejadas por pequenos seres que penetram por frestas quase invisíveis e cujo propósito aparente é destruir tudo que é valioso. Estamos falando de um inseto bastante conhecido: o cupim. Mais organizados que um exército, os cupins de solo devoram desde obras de arte a arquivos. Espalharam-se principalmente na década de 70, quando as árvores começaram a ser podadas de maneira indiscriminada, fora do período do quarto minguante, quando produzem uma seiva protetora que evita a instalação de cupinzeiros nos troncos. São ótimos gourmets -- eles preferem madeiras mais macias, como o pinho, por exemplo -- e o fator que rege biologicamente a predileção pela celulose consiste em protozoários -- em algumas espécies, bactérias -- que o inseto possui no intestino, capazes de transformar o alimento em energia. Apesar de triturarem o concreto, eles não o comem, apenas retiram o cimento, grão a grão, abrindo caminho até a madeira que um dia foi molde para as vigas. Os cupins são insetos que vivem em sociedades tão organizadas quanto as formigas e abelhas, ou mais organizadas que elas. As colônias são subterrâneas, ou ficam em árvores, dentro da madeira. O rei e a rainha vivem na chamada câmara real e dedicam-se exclusivamente à reprodução, para a formação de novas colônias. Estima-se que a rainha ponha cerca de 5 a 10 mil ovos por dia, embora algumas espécies possam colocar 50 mil ovos diariamente. Isso costuma ocorrer após o vôo de dispersão, que acontece entre agosto e setembro. Os operários constroem os ninhos e cuidam da obtenção de alimentos para o cupinzeiro. Eles dão comida na boca, tanto do casal real como dos indivíduos de uma outra casta -- a dos soldados, que possuem mandíbulas afiadas e não conseguem comer sozinhos. Os soldados tomam conta da colônia e a defendem de seus inimigos naturais --- pássaros, tamanduás, etc. -- Já o rei e a rainha fazem parte da casta dos reprodutores. No caso da morte de um destes, existem os reprodutores secundários, que podem substituí-los. Na fase alada os cupins são denominados siriris ou aleluias. Feromônios, chaves da locomoção -- Da maioria dos ovos colocados pela rainha saem operários e soldados, que são estéreis. Cada ovo recebe da rainha uma dose de feromônio, espécie de hormônio que determina a casta do novo cupim. A substância também vai permitir aos operários e soldados, mesmo sendo cegos, se locomover e informar qualquer ocorrência dentro da colônia. Dependendo da informação -- morte de vários cupins, por exemplo -- poderá haver aceleração ou não do processo de reprodução do rei e da rainha. Existem mais de duas mil espécies de cupins. Só no Brasil, elas são cerca de 200. O combate químico é a maneira mais rápida de exterminá-los. Mas, atualmente, pesquisadores estão trabalhando numa técnica nova. A idéia é atrair os cupins, aspergir sobre eles um veneno que não os mate imediatamente e devolvê-los à colônia. Eles agiriam, assim, como um Cavalo de Tróia -- quando fossem passar a comida boca a boca, acabariam por envenenar os outros indivíduos da sociedade. A vantagem do novo método é a possibilidade de atingir o centro da colônia, inclusive o rei e a rainha dentro de sua câmara real. ¨ *** Alimentos -- Arde, mas é bom -- Assim como a pimenta, a cebola tem um ardido que é um bálsamo para a saúde, especialmente para o coração. Seu ardor acentuado indica uma maior concentração de flavonóides e fenólicos, substâncias atuantes contra as doenças cardíacas. A cebola é muito boa para as artérias, ajudando no equilíbrio da pressão arterial. Apesar de ser muito gostosa cozida, deve-se levar em conta que o calor do cozimento interfere na ação dos compostos benéficos da cebola. Portanto, a pedido do seu coração -- não do seu namorado ou da sua namorada --, encare. Arde, mas é bom. Fibras e câncer -- As pessoas que fazem dieta rica em fibras têm menos risco de sofrer câncer de boca e de garganta, segundo estudo publicado no International Journal of Cancer. Os autores descobriram que o grande consumo de frutas, verduras e cereais previne tumores de boca, faringe e esôfago. Uma das hipóteses é que a fibra ajuda o organismo a se livrar de partículas cancerígenas. ¨ *** Remédios Caseiros -- Uma taça de vinho tinto para ouvir melhor -- Cientistas acabam de dar mais uma boa-nova sobre o rei das bebidas, o vinho tinto. Após descobrir que o consumo moderado do vinho tinto combate o colesterol e tem efeitos benéficos sobre a coagulação do sangue, verificaram que a bebida também pode atenuar a perda de audição associada ao envelhecimento, à exposição freqüente a ruídos muito altos ou a antibióticos. Ele é tudo de bom, se tomado com moderação. O estudo da Escola de Medicina da Universidade de Michigan mostrou que o resveratrol, abundante no vinho, protege o ouvido da ação dos radicais livres, acumulados normalmente ao longo de nossa vida ou em resposta a sons altos e a antibióticos. ¨:::::::::: Variedades Dicas Garrafas -- Grãos de feijão ou de milho e um pedacinho de sabão introduzidos pelo gargalo, juntamente com um pouco de água, sendo em seguida bem agitados, limpam qualquer garrafa. Pode-se, tam- bém, usar fubá no lugar dos grãos. Mamadeira -- Ficarão limpíssimas e isentas de odor, se, para lavá-las, você colocar dentro delas um punhadinho de sal grosso, um pouco de água, sacudir muito bem e enxaguar. Panelas de alumínio -- Logo que desocupar uma panela, encha-a com água quente (se estiver engordurada), para facilitar o trabalho, ou com água fria (se estiver suja de leite ou ovo). As sujas de leite ou de ovo devem ser sempre lavadas com água fria. Aquelas em que se cozinhou feijão, ficarão bem limpas se, após terem sido lavadas com água e sabão, forem cheias com água fervendo e um pouco de vinagre, deixando ficar assim por alguns minutos. Nunca limpe suas panelas com soda ou potássio, pois o alumínio ficará manchado de verde. Uma boa maneira para deixar suas vasilhas e panelas de alumínio brilhando é esfregá-las com uma rolha de cortiça e detergente em pó. ¨ *** O poder da respiração -- Em situações de estresse, ansiedade, raiva ou tristeza, procure acalmar a sua respiração e tenha em mente que as dificuldades são passageiras. Respirar fundo ajuda a equilibrar seu estado emocional, faz você perceber a vida com atenção e permite que tome decisões mais acertadas. Faça o seguinte exercício pelo menos três vezes por dia: Vá para um local tranqüilo, sente-se com a coluna ereta -- pode ser numa cadeira. Feche os olhos e preste atenção na sua respiração. Inspire o ar pelo nariz e sinta-o entrando em seus pulmões. Segure o ar por alguns segundos e solte-o pela boca -- repita isso três vezes. Perceba os batimentos do seu coração, seus pensamentos, suas emoções. Volte para os seus afazeres mais disposta e pronta para enfrentar o que der e vier. ¨ *** Humor O menino pergunta à mãe: -- Manhê! Foi a cegonha que me trouxe para o mundo? -- Sim, meu filho! -- E é Jesus que nos dá o pão de cada dia? -- Sim, meu amor! -- É Papai Noel que dá os brinquedos no Natal? -- É isso mesmo! -- Então para que serve o papai? O garoto pergunta para sua mãe durante uma cerimônia de casamento: -- Mamãe, mamãe... Por que a noiva está vestida de branco? -- Porque é o momento mais feliz da sua vida. -- Ah... E por que o noivo está vestido de preto? -- Cala a boca moleque! O delegado diz para o genro da vítima: -- Eu não consigo entender como é que o senhor, ao ver um homem agredindo a sua sogra, pôde permanecer de braços cruzados! -- Eu até que estava com vontade de fazer alguma coisa, mas... -- Mas o quê? -- Achei que dois caras batendo numa velhinha seria muita covardia! Três esposas conversavam sobre seus maridos. A mais jovem falou: -- Que saco! Eu tenho um marido CD. A quarentona não entende e pergunta: -- Marido CD? -- É o marido que só come e dorme. E a outra: -- Eu é que sofro. Eu tenho um marido DVD. A quarentona de novo: -- Marido DVD? -- Deita, vira e dorme. As duas então perguntam para a terceira: -- E você, que tipo de marido tem? -- Ah! O meu é VHS. -- E como é? -- É bom demais! Quando a gente deita, são várias horas de sono. Na noite de núpcias, a morena se vira para o marido e desabafa: -- Tenho uma coisa muito importante para dizer... -- Fala! Estou curioso! -- Eu não sou virgem! -- Francamente, Sophia... Isso é hora de falar em horóscopo? Um bêbado entra em um bar e pede: -- Seu Luiz, me dá seis copos de pinga. Ele vira os seis copos e pede mais. -- Agora me dá quatro copos de pinga. Bebe tudo de uma vez e continua... -- Agora eu quero dois copos de pinga. Toma os dois copos como se fosse água, fica tonto e comenta: -- Eu não entendo. Quanto menos eu bebo, mais de porre eu fico. ¨*** Pensamentos “Eles ergueram a Torre de Babel -- Para escalar o céu, -- Mas Deus não estava lá! -- Estava ali mesmo, entre eles, -- ajudando a construir a torre.” Mário Quintana (1906-1994), poeta gaúcho. “Um bom romance diz-nos a verdade sobre seu herói; um romance ruim diz-nos a verdade sobre seu autor.” Gilbert Keith Chesterton (1874-1936), escritor e ensaísta inglês. “O que há num simples nome? O que chamamos rosa, com ou- tro nome não teria igual perfume?” William Shakespeare (1564-1616), dramaturgo e poeta inglês. “Faço com os meus amigos o que faço com os livros: guardo-os onde posso encontrá- -los.” Ralph Waldo Emerson (1803-1882), poeta e ensaísta norte-americano. “Não possuir algumas coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade.” Bertrand Russell (1872-1970), filósofo inglês. “Se você tem lágrimas, não deixe de derramá-las.” William Shakespeare (1564-1616), dramaturgo e poeta inglês. “Para desfrutar por inteiro a felicidade, é preciso ter alguém com quem dividi-la.” Mark Twain (1835-1910), escritor norte-americano. “O amor? Começa com grandes palavras, continua com palavrinhas, termina com pala- vrões.” Édouard Pailleron huxley (1834-1899), poeta francês. “A sabedoria não é conveniente em todas as ocasiões; às vezes é preciso ser um pouco tolo com os tolos.” Menandro ê340-292 a.C.), poeta grego. “Os fatos não deixam de existir por serem ignorados.” Aldous Huxley (1894-1963), escritor inglês. “O homem ocioso é como água parada: corrompe-se.” Nicholas Valentin de Latena (1790-1864), magistrado francês. “Ser livre é com, freqüência, estar sozinho.” W. H. Auden (1907-1973), poeta inglês. “Se pudéssemos ensinar os homens a falar e as mulheres a ouvir, a vida em sociedade seria muito mais civilizada.” Oscar Wilde (1854-1900), escritor inglês. “Se tens um jardim e uma biblioteca, tens tudo.” Cícero ê106-46 a.C.), orador e político romano. “Nunca tive um dissabor que uma hora de leitura não aliviasse.” Montesquieu (1689-1755), filósofo político francês. “Ler é beber e comer. O espírito que não lê emagrece como um corpo que não come.” Victor Hugo (1802-1885) escritor francês. “Na fábrica produzimos cosméticos. Na loja vendemos esperança.” Charles Revson (1906-1975), empresário norte-americano, criador da Revlon Cosméticos. “A beleza salvará o mundo.” Fiodor Dostoievski (1821-1881), escritor russo. “O ódio dos fracos não é tão perigoso quanto a sua amizade.” Marquês de Vauvenargues (1715-1747), ensaísta francês. “A vida não é um bem nem um mal: é um campo para o bem e para o mal.” Sêneca ê4-65 d.C), filósofo. “As pessoas não morrem, ficam encantadas.” João Guimarães Rosa (1908-1967), escritor mineiro. “Vencer o vencido não é coragem, é covardia.” Michel de Montaigne (1533-1592), filósofo francês. ¨*** História das Frases “São farinha do mesmo saco” -- Esta frase, que tem o fim de desmascarar pessoas que fingem ser o que não são, nasceu de uma metáfora que compara os homens ao trigo e seus derivados. A farinha de boa qualidade é posta em sacos separados para não ser confundida com a outra. Quando indivíduos falsos se arrogam em críticos de outros de quem podem ser na verdade cúmplices, sócios ou amigos, surge esta frase para dar conta de que

não há diferenças entre eles. Apareceu, originalmente, em latim: “Homines sunt ejusdem farinae” -- São homens da mesma farinha. O escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850) usa muito a expressão em seus romances: ”Ce sont des gens de la même farine”, que foi traduzida com uma leve alteração. ¨*** Etimologia Alfarrábio: de *Alpharabus*, do nome latino do grande filósofo árabe *Abu Nasr Mohammad Ibn al-Farakh al-Farabi* (870-950), é livro velho ou antigo. O pensador era assim chamado por ter nascido numa aldeia próxima a Farab, no Turquistão, em território hoje pertencente ao Irã. Filho de general de origem persa, fez seus primeiros estudos em Farab e em Bukhara, transferindo-se depois para Bagdá, capital do atual Iraque. Ali aprendeu diversas línguas, especializando-se nos escritos de Aristóteles ê384-322 a.C.). Sua vasta obra, que inclui Medicina, Matemática, Filosofia e Música, passou a ser invocada como conjunto de livros a serem consultados diante de qualquer dúvida, e a freqüência com que era citada ao longo do tempo acabou transformando seu nome em sinônimo de livro velho. Existem inúmeros sebos denominados alfarrábios. ¨*** Que Intriga... Intriga Mamífero também põe Ovo -- Mas somente dois: os ornitorrincos, que parecem um castor com bico de pato, e as equidnas, que lembram um ouriço com um bico parecido com o do tamanduá para comer formiga. Eles pertencem à ordem dos monotremados e vivem na Austrália. ¨*** Receitas Bolo pão de queijo Ingredientes: 3 ovos; meia xícara de chá de óleo; meia xícara de chá de leite; 250 g de polvilho doce; 1 colher de sopa de fermento em pó; 1 colher de café de orégano; 200 g de queijo parmesão ralado e sal. Modo de preparar: Bater todos os ingredientes no liquidificador; despejar em forma untada e levar para assar em forno préaquecido a 180 graus por vinte minutos. Desenformar e servir. Molhos para saladas De maracujá -- 1 maracujá azedo; 1 pote de iogurte desnatado; 1 colher de café de mel; 1 colher de chá de tempero para salada; sal a gosto. Modo de preparar: misture todos os ingredientes e sirva. Este molho combina com saladas que levem frutas. De iogurte picante -- 1 pote de iogurte natural; 2 colheres de chá de maionese light; pimenta-do-reino a gosto; molho inglês a gosto. Modo de preparar: Mexa bem todos os ingredientes e sirva. Rosê light -- 200 gramas de ricota; meia xícara de chá de iogurte; 4 colheres de sopa de ketchup; 1 colher de chá de molho inglês. Modo de preparar: Bata os ingredientes no liquidificador até ficar uma consistência cremosa e sem grumos. De laranja agridoce -- 2 colheres de sopa de suco de laranja; 2 colheres de sopa de geléia light de laranja; 2 folhas de hortelã picadas; 1 pote de iogurte desnatado; sal a gosto; 3 colheres de chá de maionese light. Modo de preparar: Misture todos os ingredientes e sirva. Fica perfeito em saladas com pedaços de frango. Bolo de granola Ingredientes: 2 xícaras de chá de granola; 2 xícaras e meia de chá de farinha de trigo integral; 1 xícara de açúcar mascavo; 1 maçã descascada e ralada; 1 xícara de chá de suco de laranja; 50 g de nozes ou castanha de caju; 2 colheres de chá de fermento em pó. Tempo de preparo: 2 horas e 30 minutos. Modo de preparar: Misture bem todos os ingredientes secos, menos as nozes, junte a maçã ralada e o suco de laranja; unte com manteiga uma forma redonda vazada e coloque no fundo as nozes ou castanhas de caju. Despeje a massa e coloque para assar por 30 minutos em forno alto e mais 15 minutos em forno moderado. Deixe esfriar, antes de desenformar. Bolo prático cremoso Ingredientes: 2 xícaras de açúcar; 4 gemas; meia xícara de manteiga; 2 xícaras de leite; 2 xícaras de fubá; 1 xícara de queijo de minas em pedaços; 2 colheres de sopa de farinha de trigo; 1 colher de sopa de Pó Royal e 4 claras em neve. Modo de preparar: Coloque todos os ingredientes, com exceção das claras, no liquidificador, e bata até obter uma mistura homogênea. Junte as claras delicadamente para não perder o volume; coloque a mistura em forma untada e leve ao forno para assar por aproximadamente 35 minutos ou até dourar. ¨*** Utilidade Pública Direitos do Consumidor garantidos por lei: Proteção da vida e da saúde: produtos e serviços perigosos e nocivos que ofereçam riscos, como inseticidas ou álcool, devem apresentar informações necessárias sobre uso, composição, antídoto e toxicidade. Escolha de produtos e serviços: o consumidor é livre para decidir o que e onde comprar, valendo o mesmo para a contratação de serviços. Informação: todo indivíduo tem direito à informação sobre quantidade, características, composição, preço e riscos que porventura o produto possa apresentar. Contra publicidade enganosa e abusiva: a publicidade é enganosa quando contém informações falsas sobre o produto ou serviço e é abusiva quando gera discriminação ou violência, induz a um comportamento prejudicial à saúde e à segurança, entre outras coisas. Tudo o que for anunciado deve ser cumprido. ¨:::::::::: Informativo IBC Intercâmbio -- O Instituto Benjamin Constant recebeu a visita de cinco representantes do governo angolano. A Estimulação Precoce e a Imprensa Braille foram os setores que mais chamaram a atenção dos professores. "A educação especial no Brasil é melhor do que em nosso país. Para nós, é muito bom seguir novos exemplos para criarmos futuros projetos. Voltaremos em breve para adquirir mais experiências." Cena aberta -- As cortinas do Teatro Benjamin Constant abriram-se novamente. Valeu a pena esperar três meses de reformas estruturais, avaliadas em 249 mil reais. O principal auditório do IBC possui um novo teto e melhorias nos sistemas de segurança, iluminação e acústica. Construído em meados dos anos 30, o espaço manteve suas características: 225 poltronas; palco, boca de cena e profundidade, com 10 metros cada; 13 de urdimento e 6 camarins. "A cultura ajuda muito no engrandecimento do ser humano, pois cria expectativas, transforma a vida e oferece um mundo novo de possibilidades. É isso que desejamos!", declarou Maria Odete Duarte, diretora do Departamento de Planejamento e Administração do IBC. ¨ *** IBC recebe visita do Colégio Notre Dame -- Estudantes do Instituto Benjamin Constant receberam 54 audiolivros produzidos e gravados pelos alunos da 7ª série do Colégio Notre Dame, tradicional estabelecimento de ensino localizado em Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro. Durante a entrega, o grupo, formado por oito alunos da escola carioca, representou os 116 jovens que participaram da confecção dos livros infanto-juvenis: "Menino Maluquinho", "20 Mil Léguas Submarinas", "Chapeuzinho Vermelho", etc. ¨ *** Escultores cegos expõem no Centro do Rio de Janeiro -- Agora o Instituto Benjamin Constant tem espaço garantido na Feira do Rio Antigo, evento cultural que acontece sempre no primeiro sábado de cada mês, de 10 a 17 horas, na Rua do Lavradio. A barraca da oficina IBC-Cerâmica faz parte da programação desde setembro, expondo esculturas produzidas pelos alunos e reabilitandos. Criado pelo Departamento de Estudos e Pesquisas Médicas e de Reabilitação-DMR e desenvolvido através da Divisão de Reabilitação, Preparação para o Trabalho e Encaminhamento Profissional-DRT, o projeto visa ir além da terapia ocupacional: auxiliar na geração de renda e propiciar mão-de-obra qualificada que será absorvida pelo mercado. ¨:::::::::: Noticiário Especializado No dia 04 de janeiro de 2009 será comemorado o bicentenário de nascimento de Louis Braille, aquele que foi, sem dúvida, o maior benfeitor das pessoas cegas de todo o mundo. A União Mundial de Cegos -- UMC -- atua como assessora junto às agências da ONU para assuntos relacionados à cegueira, representando 180 milhões de pessoas de 600 organizações, distribuídas em 158 países, associada a uma comissão nacional constituída na França; assumiu a liderança nas comemorações e está incentivando organizações e pessoas cegas de todo o mundo a promoverem celebrações alusivas a Louis Braille e a seu sistema de escrita e leitura. Com esse objetivo, a UBC -- União Brasileira de Cegos -- instituiu, por meio da Resolução n.o 02-2007, a Comissão Brasileira para o Bicentenário de Louis Braille -- CBBLB --, integrada por um grupo de pessoas profundamente envolvidas com as diversas áreas de aplicação do Sistema Braille. A Comissão, que tem como Presidente de Honra a professora Dorina de Gouvêa Nowil, já iniciou os seus trabalhos e estabeleceu que as comemorações terão início no dia 04 de janeiro de 2009, estendendo-se até o dia 04 de janeiro de 2010. Além de coordenar as celebrações em âmbito nacional, a CBBLB apoiará as celebrações locais e, para isso, espera contar com a colaboração de todos aqueles que reconhecem no Sistema Braille o principal instrumento para a educação, a reabilitação e a profissionalização das pessoas cegas. Entre as principais celebrações previstas pela CBBLB, podemos destacar: Instituição, em 2009, da Semana Nacional do Braille. Criação do Dia Nacional do Braille. Emissão de um selo e de uma moeda comemorativos do Bicentenário. Edição de livros e revistas comemorativos. Incentivo à intitulação de ruas e/ou outros logradouros públicos com o nome de Louis Braille. ¨ *** AMASSO -- Associação Brasileira de Massoterapia dos Deficientes Visuais Profissionais da Saúde. Com o lema Saúde em Nossas Mãos, nasceu em 2003, fundada por Omar Pinho Filho. Atualmente, reúne 13 massagistas formados através do Curso de Massoterapia -- estética, relaxante, desportiva e terapêutica -- do Instituto Benjamin Constant -- IBC. Visando capacitar e reintegrar as pessoas cegas no mercado de trabalho, a AMASSO, através de seus profissionais, também oferece terapias alternativas: shiatsu, reiki, reflexologia, massagem indiana aiurvédica, drenagem linfática e alongamento. Empresas e pessoas interessadas nos serviços da associação, mantenham contato pelos telefones (21) 2482-1102 ou 9628-7801. Sem dúvida, a AMASSO é o toque que faltava no seu dia-a-dia. ¨ *** Cinema para cegos -- A sala de cinema do Centro Cultural Banco do Brasil foi adaptada para receber 40 fones sem fio, com um sistema que descreve as cenas dos filmes para deficientes visuais. A tecnologia foi desenvolvida pelo Centro de Produção de Legendas, e a estréia foi no dia 1º de setembro, com a

exibição do filme “O Invasor”, de Beto Brant. ¨ *** Ouça a bula -- Os portadores de deficiência visual poderão consultar sozinhos todas as informações sobre os remédios que utilizam. O lançamento da primeira bula em áudio é uma inovação do Laboratório Aché, e a iniciativa, que faz parte do processo de inclusão social da empresa, favorecerá também os idosos e analfabetos, visando garantir direitos iguais a todos os seus consumidores. A gravação em CD substitui aquelas “terríveis” letrinhas do impresso e explica tudo sobre o medicamento: composição, posologia, contra-indicação, etc. Com mais este benefício para facilitar o dia-a-dia, as pessoas cegas não precisarão mais do auxílio de terceiros para conhecer o conteúdo prescrito. Para a solicitação da bula em áudio, o paciente precisa ter em mãos a receita médica e telefonar para 0800-7016900, Central de Atendimento a Clientes-CAC. O CD é grátis e chega a domicílio pelo correio. ¨ *** Braille On-line -- Este ano entra em fase final de testes um projeto criado na Dinamarca e desenvolvido também em Portugal, Itália, Reino Unido, Irlanda e Chipre, que permitirá a usuários transformar, em instantes, textos comuns em arquivos para impressão em Braille ou em arquivos de áudio em MP3, lidos por voz mecânica. Basta enviar e-mail com o texto anexado e esperar alguns minutos. Atualmente o Robobraille -- ~,www.robobraille.org~, -- traduz textos nos formatos txt, rtf, html e doc; em breve suportará pdf. As traduções são em inglês, italiano, grego, dinamarquês e português. Logo funcionará em francês e lituano. Para receber um texto Braille em português, manda-se o e-mail para ~,textoparabraille@~ robobraille.org~, O arquivo de resposta pode ser usado numa impressora Braille ou num Braille eletrônico, dispositivo composto por pinos que se movem para imitar o código Braille e é ligado ao micro. Para converter um texto para áudio, o endereço é ~,textoparavoz@~ robobraille.org~, A resposta é um link para um arquivo de MP3 com a leitura do texto, que pode ser gravado. O sistema processa cerca de 500 pedidos por dia, mas suporta até 14 mil, capacidade que pode ser aumentada. O Centro de Inovação para Deficientes-CIDEF, de Portugal, faz parte do consórcio. Segundo o coordenador João Guerra, muitos brasileiros já usam a ferramenta. “De momento não temos contato com nenhuma instituição brasileira, mas seria possível adaptar o sistema para o Português do Brasil sem grande dificuldade, caso existisse interesse nisso por parte de uma instituição, dado que, da parte dos utilizadores, já temos tido esse pedido”, diz João, por e-mail. O Robobraille recebeu cerca de 1 milhão de dólares da União Européia para os testes finais e continuar gratuito para pessoas físicas e organizações sem fins lucrativos a partir de 2008, quando será lançado. Demais empresas pagarão pelo uso. ¨ *** Leitura para deficientes Visuais -- A Biblioteca H. N. Bialik, em parceria com a Federação Israelita do Rio de Janeiro -- FIERJ, está lançando um projeto de leitura para pessoas com deficiência visual, podendo utilizar livros de sua preferência ou do acervo da própria biblioteca. Quem estiver necessitando de apoio, favor entrar em contato com Esther, das 10:00 h às 16:00 h, através dos seguintes meios: Tel.: (21) 2552-2948 E-mail: ~,bibliotecabialik@~ ig.com.br~, Endereço: Rua Fernando Osório, 16 Bairro: Flamengo 22230-040 -- Rio de Janeiro -- RJ ¨ ::::::::::

Troca de Idéias Edna de Fátima Aleixo Rua Franscisco Haberman, 595 Leme -- SP 13610-000 Desejo corresponder-me com evangélicos pentencostais em português, para tratar de assuntos importantes. Leandro Santos de Souza Av. Paraguassu, 1593 Centro Capão da Canoa -- RS 95555-000 Tenho 25 anos, sou solteiro, gosto muito de ler, escrever poesias e ouvir música. Quero corresponder-me com mulheres de 18 a 30 anos, para uma grande amizade ou algo mais, pois estou à procura de um grande amor. ¨ ::::::::::

Ao Leitor Solicitamos, aos leitores da RBC abaixo mencionados, que nos enviem seus endereços completos, para evitar que suas revistas voltem. Favor verificar se estão retidas no correio. Albano Mesquita Gonçalves Alfredo Rodrigues Amaro Nunes Pontes Ana Jurema Ribeiro da Silva Antônio Henrique Rangel Associação Integrada de Deficientes e Amigos Associação de Cegos do Sul da Bahia Centro Educacional DELF. LMPA Claudia Beniter Pina Escola de Ensino Fundamental Jorge Amado Fernando Andrade Francisco de P. Rodrigues da Silva Gabriel dos Santos Gilzete Maria Magalhães Novaes João Marques S. Silva Jonys Ribeiro da Silva José Álvaro Paim Guimarães Juliano dos Santos Lauro Jung Luiz Cláudio Agostinho da Silva Luís Sérgio Calábria Maria do Socorro C. de Melo Nercina Aparecida Olegário Ortiz Nuno Cruz Odair Rodrigues Sales Odete Fiúza Raul Jimenez Rodriguez Rosilene Navarro Wanek ¨ ::::::::::