õeieieieieieieieieieieieieieio õ o õ Revista Brasileira o õ para Cegos o õ o õ Ano LXV n.o 509 o õ setembro-dezembro de 2007 o õ o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral do IBC o õ Sra. Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador da RBC o õ Prof. José o õ Espínola Veiga o õ Responsável pela RBC o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca -- Rio de Janeiro o õ RJ -- Brasil o õ 22290-240 o õ tel: (0xx21) 3478-4457 o õ o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Editorial :::::::::::::: 1 Maneira de Dizer :::::: 3 Ah! O Amor... :::::::: 5 A Fúria de Vulcano ::: 7 O Erro dos Fanáticos Religiosos ::::::::::: 16 Sobre os Sentidos ::::: 18 Professora Mayá ::::::: 20 Jóias da Humanidade ::: 24 Histórias Interessantes :::::::: 26 Artes :::::::::::::::::: 33 Brasil ::::::::::::::::: 39 Ecologia ::::::::::::::: 43 Lugares do Mundo :::::: 49 Ciência e Saúde ::::::: 58 Variedades ::::::::::::: 85 Informativo IBC :::::: 102 Noticiário Especializado :::::::: 115 Troca de Idéias ::::::: 118 Ao Leitor ::::::::::::: 120 Esclarecimentos aos Leitores Agradecemos muitíssimo aos nossos leitores a pronta resposta às avaliações de RBC e Pontinhos. Os pedidos para que publiquemos “fofocas”, assuntos esportivos e superatualizados, são muitos. Infelizmente nossas revistas não são semanais, nem mesmo mensais, e, para satisfazer a esses pedidos, seria necessário que assim fossem. Um outro agravante para não publicarmos atualidades é que o cego está bastante conectado com a mídia "rádio, TV, Internet, etc."; portanto, mais que em dia com assuntos que alguns desejam ler na RBC. Houve leitores que sugeriram a supressão de seções, como: “Simpatias” e “Troca de Idéias”. Gostaria de dizer a todos que “Troca de Idéias” é um dos artigos preferidos de parte do público-alvo da RBC. Tomamos a liberdade de sugerir aos leitores que não gostam de determinados assuntos, que os deixem de lado para que os assinantes que deles gostem, tenham a oportunidade de os ler. Agradecemos pelos incentivos dados e críticas construtivas. É importante que nossos leitores aproveitem da boa escrita e do bom português de nossas revistas, pois possuem um excelente revisor-geral, Professor Paulo F. Ferreira, conhecedor profundo da língua portuguesa. Com os nossos pedidos de desculpas por não podermos satisfazer a todos os leitores, mas com a promessa "quase impossível" de tentar agradar a todos. Esperamos, nós da

RBC, que continuem nos prestigiando. ¨::::::::: Maneira de Dizer Certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho. -- Que desgraça, senhor! exclamou o adivinho. Cada dente caído representa a perda de um parente de Vossa Majestade. -- Mas que insolente! -- gritou o sultão, enfurecido. Como se atreve a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui! Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem chicotadas. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe: -- Excelso senhor! Grande felicidade lhe está reservada. O sonho significa que haverá de sobreviver a todos os seus parentes. A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. Quando o segundo adivinho saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse, admirado: -- Como é possível? A interpretação que você fez foi idêntica à do seu colega. No entanto, ao primeiro, ele puniu com cem chicotadas e a você pagou com cem moedas de ouro. -- Lembre-se, meu amigo -- respondeu o adivinho -- tudo depende da maneira de dizer... A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém, pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvermos em delicada embalagem e a oferecermos com ternura, certamente será aceita com facilidade. ¨:::::::::: Ah! O Amor... Lia Hama “Mais encantadora que todas as outras mulheres, luminosa, perfeita. Uma estrela na linha do horizonte. Seus lábios são encantadores. Seus cabelos refulgem como a lazulita. Seus braços são superiores ao ouro em esplendor. Seus dedos fazem-me ver pétalas, as de lótus lhes são semelhantes. Suas curvas têm a forma mais adequada, seu andar é nobre. Meu coração seria um escravo se ela me envolvesse com seus braços.” O trecho acima faz parte de um poema escrito há mais de 3 mil anos, no Egito. Trata-se de um dos primeiros registros sobre o amor, de que se tem notícia na história da humanidade. Nele, o autor desconhecido fala sobre o fascínio exercido pela mulher amada, comparando-a com flores, frutas, pedras preciosas e corpos celestes. Como se vê, nada que não pudesse fazer parte, hoje, da música de Caetano Veloso: “Fonte de mel nos olhos de gueixa. Choque entre o azul e o cacho de acácias (...) Areias e estrelas não são mais belas”. A verdade é que nosso vocabulário amoroso é muito parecido com o dos antigos egípcios, que, por sua vez, não pensavam tão diferente assim dos antigos chineses, gregos e romanos. Como explicar que as imagens usadas para descrever o amor hoje, sejam as mesmas dos nossos ancestrais? Há uma predisposição para o amor prefigurada em nosso sistema nervoso, em nossos hormônios, na diferenciação biológica do masculino e do feminino. Essa característica está presente em todas as culturas, nos mais diferentes povos. Em outras palavras, o amor é universal ¨:::::::::: A Fúria de Vulcano Revista História O dia 24 de agosto de 79 d.C. amanheceu em Pompéia sem qualquer prenúncio de anormalidade. O comércio abriu suas portas às 8 horas, como de costume, mas os negócios estavam abaixo do normal. É provável que muita gente ainda estivesse dormindo, já que na noite anterior os moradores da cidade, como de todo o Império Romano, haviam ido às lutas de gladiadores, peças de teatro e tomado muito, muito vinho: tudo em celebração de Vulcano, deus do fogo -- uma mera e incrível coincidência com os fatos que ocorreriam a seguir. Situada no pé do monte Vesúvio, às margens do que hoje conhecemos como baía de Nápoles, Pompéia era uma cidade próspera, com cerca de 20 mil moradores. Toda murada, tinha uma área urbana -- onde se concentravam residências e casas comerciais como padarias, bares, lavanderias e banhos públicos -- e uma rural, ocupada por grandes propriedades dedicadas à agricultura. O porto às margens do mar Mediterrâneo garantia a saúde econômica de Pompéia. Barcos chegavam o tempo todo trazendo comerciantes estrangeiros, sobretudo fenícios. Podia-se comprar de tudo no porto de Pompéia, desde macacos africanos e canela-da-Índia até escravos e escravas orientais, famosas por seus truquezinhos sexuais. E circulava muito dinheiro por ali. Ricos e pobres, todos se achavam abençoados por morar em Pompéia. Eles acreditavam que a fertilidade da terra era um presente dos deuses e não desconfiavam que o solo tinha tanta qualidade por causa de antigas erupções do Vesúvio. Aliás, eles nem sabiam o que era um vulcão. Tanto que, na época, sequer havia uma palavra em latim para designar o vulcanismo. Para eles, o Vesúvio era apenas uma bela montanha: um calado e amistoso vizinho. Por isso, o mar agitado dos dias anteriores àquele 24 de agosto e o leve tremor de terra que fez o vinho balançar dentro dos cálices na festa de Vulcano, não foram interpretados como sinais de perigo. A quinta-feira era apenas mais um dia de calor. Passava das 10 horas quando um forte estrondo foi ouvido, seguido de um abalo. No horizonte, uma densa nuvem preta se ergueu sobre o Vesúvio. Hoje se sabe que a última erupção do Vesúvio, antes daquela manhã, havia ocorrido por volta de 1800 a.C. Mas em breve não haveria mais dúvida de que algo único estava acontecendo. Em poucos minutos, a ensolarada manhã virou noite. A espessa e escura fumaça liberada pelo Vesúvio, subiu para a atmosfera e bloqueou completamente o sol. Plínio, o Jovem -- sobrinho do Velho, que estava com ele em Miceno e foi o autor do principal documento sobre a erupção do Vesúvio --, testemunhou a cena: “Dificilmente podíamos ver as coisas; parecia noite, não como quando desaparece a Lua ou fica nublado, mas como em um lugar fechado e sem luz”, escreveu numa carta enviada para o amigo e historiador Tácito. Impressionado com a noite no meio do dia e com o barulho, o povo saiu às ruas para ver o espetáculo. Pouca gente -- ou ninguém -- deve ter-se dado conta do risco que corria. É que aquela nuvem negra não era só fumaça. Junto com as cinzas, o Vesúvio lançou na atmosfera toneladas de rochas a uma altura tão grande -- algumas devem ter atingido 10 mil metros -- que elas só começaram a cair minutos depois da explosão inicial. As primeiras vítimas devem ter sido atingidas pela chuva de pedras e, em seguida, com o acúmulo de detritos so- bre os telhados, pelos desabamentos. Quando as pedras começaram a cair do céu, Julius Polibius mandou reunir toda a sua família na parte de trás de sua casa, que passava por uma reforma. Filho de um escravo liberto e cheio de ambições políticas, Polibius tornara-se um próspero comerciante. Naquele ano, ele era candidato ao cargo de *aedile*, uma espécie de vereador, responsável por conservar os bens públicos. Polibius chamou a mulher, filhos e escravos e se puseram a rezar. Não deu certo. Junto com as pedras, caiu sobre a cidade uma nuvem de gases tóxicos. Assim, nas casas afastadas e resistentes, o Vesúvio matou por asfixia. Dos 13 corpos encontrados na residência de Polibius, 15 séculos depois, alguns estão abraçados, há um casal deitado na mesma cama, outro ajoelhado. Se Polibius e a família preferiram ficar e rezar, por causa de sua mulher em adiantada gravidez, outros resolveram seguir a opção aparentemente mais óbvia: correr. Não adiantou. Muita gente deixou suas casas, percebendo o risco que corriam lá dentro. Os vestígios arqueológicos indicam que homens, mulheres, crianças e idosos saíram com colchões e almofadas sobre as cabeças, tentando se proteger das rochas ferventes que caíam do céu. Muitos levavam consigo todos os seus bens: jóias, moedas, estátuas, prataria e a chave da porta da frente. Uma mulher, de cerca de trinta anos, morreu do lado de fora de um hotel. Levava consigo uma certa quantidade de jóias, incluindo um bracelete de ouro com a inscrição: do mestre para sua escrava. Um homem de negócios, que carregava pelas ruas uma bolsa cheia de ouro, morreu sentado, encostado em uma pilastra. Uma rica e elegante senhora, usando jóias caras, foi soterrada no galpão em que moravam os gladiadores. Estranho lugar para encontrar uma jovem patrícia. O que ela fazia lá? As especulações dos arqueólogos são de que era uma das mulheres entediadas que, à procura de aventura, prestava certos favores aos gladiadores. A nobre dama teria sido surpreendida pela erupção, numa de suas visitas clandestinas. Ou, quem sabe, vendo-se condenada pelo vulcão, escolheu essa, como a melhor forma de morrer. Quem sabe? Em Pompéia a chuva de pedras já durava pelo menos 12 horas e praticamente toda a cidade estava soterrada sob 4 metros de rochas vulcânicas, quando o pior aconteceu. À escuridão das sombras das nuvens de cinzas, juntou-se o negrume da noite. Por isso e porque não restassem muitas testemunhas no local, talvez ninguém tenha visto quando a parte mais letal da erupção se aproximou. Viajando a uma velocidade superior a 120 quilômetros por hora, uma avalanche de cinzas e rochas superquentes, com temperaturas que ultrapassavam os 500 graus Celsius, desceu sobre a cidade. No total, 4 quilômetros cúbicos de material foram ejetados pelo Vesúvio. Na manhã do dia 25, o Vesúvio ainda não havia cansado. Antes das 7 da manhã, uma nova nuvem atingiu Pompéia. Quem ainda estava lá e não morreu queimado atingido pelas rochas incandescentes, acabou sufocado pelos gases. Não se sabe exatamente quantas pessoas morreram em Pompéia, Herculano, Estábia e redondezas. É impossível precisar quantas pessoas conseguiram fugir por mar ou que sobreviveram ao inferno provocado pela erupção do Vesúvio. A simples recuperação de corpos, indicaria um número entre 2 mil a 4 mil vítimas. Mas outra linha de pesquisadores, que toma como base os registros de moradores que viviam na região, acredita que os mortos poderiam chegar a 17 mil. ¨:::::::::: O Erro dos Fanáticos Religiosos Dr. Luiz Alberto Py Os cientistas da criação, propagam suas afirmações como absolutamente certas e imutáveis. Eles afirmam que a Bí- blia deve ser aceita literalmente. No século XVII, os antigos criacionistas sofre- ram uma dura derrota quando tiveram de admitir que a Terra não é o centro do universo e que o Sol não gira em torno do nosso planeta. Na época, eles se baseavam na idéia de que Josué teria sido capaz de parar o movimento do Sol, conforme narra a Bíblia, para condenar os que afirmavam que a Terra girava em torno dele. Os fanáticos religiosos radicais têm o grave problema de procurar usar a força e o ódio para defender suas visões preconceituosas. A história tem sido testemunha das inúmeras guerras e genocídios apoiados em pretextos religiosos. E, ainda hoje em dia, vemos líderes cristãos, muçulmanos e judeus que, além de confundir crença com verdade, pregam a violência como fórmula de impor suas crenças e rejeitar as dos outros em uma lamentável atitude de intolerância. Não há pecado mais grave do que falar em nome de Deus para justificar intolerância e fanatismo. Somente com a denúncia e a aversão a essa gravíssima doença é que o desejo de paz e o respeito às crenças alheias se consolidarão como o

objetivo maior de todas as religiões. ¨::::::::: Sobre os Sentidos Voltaire É muito verídico que os nossos sentidos se enganam com freqüência; mas que se entende por isso? Temos apenas um sentido, por assim dizer: o tato; a visão, a audição, o olfato nada mais são que o tato dos corpos intermediários que partem de um corpo afastado. Só tenho a idéia das estrelas pelo contato; e, como esse contato da luz que vem atingir os meus olhos, depois de percorrer mil milhões de léguas, não é palpável como o contato de minhas mãos, e como ele depende do meio que esses corpos atravessaram, esse contato é o que se chama impropriamente de falacioso. Ele não me faz ver os objetos em seu verdadeiro lugar; não me dá nenhuma idéia de sua espessura; nenhum desses contatos, que não são palpáveis, me dá sequer a idéia positiva dos corpos. Na primeira vez em que sinto um cheiro sem ver o objeto de onde ele vem, meu espírito não encontra nenhuma relação entre um corpo e esse cheiro; mas o contato pro- priamente dito, o fato de meu corpo se aproximar de um outro, independentemente dos meus outros sentidos, me dá a idéia da matéria: porque, quando toco um rochedo, sinto efetivamente que não posso colocar-me em seu lugar e que, por conseguinte, há algo ali de extenso e impenetrável. Assim, supondo-se (pois o que é que não se pode supor?) que um homem tivesse todos os sentidos, afora o tato propriamente dito, esse homem poderia muito bem duvidar da existência dos objetos exteriores, e talvez até ficasse muito tempo sem ter uma idéia deles; mas aquele que ficasse surdo e cego, e conservasse o tato, não poderia duvidar da existência das coisas que lhe fizessem sentir a dureza, e isso porque não está na essência da matéria que um corpo seja colorido ou sonoro, porém que seja extenso e impenetrável. ¨:::::::::: Professora Mayá A homenagem à prof.a Mayá Devi de Oliveira, referente aos 50 anos de dedicação ao Instituto Benjamin Constant, proporcionou momentos de muita emoção, ao som do piano do prof. Severino Campelo. O evento realizado no Teatro Benjamin Constant, contou com a presença da diretora-geral substituta, prof.a Maria da Glória de Souza Almeida, do presidente da Associação de Docentes, Hercen Rodrigues Torres Hildebrandt, de professores, estudantes, servidores técnico-administrativos e muitos ex-alunos da estimada mestra. “Há 50 anos, Mayá começou no IBC como professora. Aposentou-se, mas aqui permaneceu”, disse o professor Hercen na abertura da cerimônia. A prof.a Maria da Glória, muito emocionada, falou da qualidade do caráter que personifica Mayá Devi: "Ela é competência, cultura, pessoa ímpar. Se existisse um hino para expressar sua grandeza, seria "Se Todos Fossem Iguais a Você", de autoria do inesquecível poeta Vinícius de Moraes. Muitos alunos decidiram cursar faculdade de História por sua influência. Ela enfeitou a minha adolescência com seus versos, sensibilidade e emoção.” A ex-aluna de Mayá frisou ainda que a grande mestra não se despediu e jamais o fará, porque é parte integrante do IBC. Maria da Glória ressaltou, também, que hoje o Instituto Benjamin Constant se põe, humildemente, aos pés da prof.a Mayá. Durante a cerimônia, além das professoras Lúcia Zenun e Ana Cristina Hildebrandt, a aluna Gláucia Nogueira de França, da 6a. série, e o prof. Victor Alberto Marques, leram quatro poemas da poetisa Mayá Devi de Oliveira: "Vamos", "Esfera Desconhecida", "Medos e Cena do 107". A homenageada disse, em seu discurso, que vivia um dos momentos mais importantes da sua existência e que não esperava uma reverência pelo seu trabalho. “A nossa vida tem dias históricos, e hoje é um que jamais esquecerei. Faço tudo com amor, não espero nada em troca. Fico feliz com as pessoas que convivem comigo e reconhecem meu trabalho. Este momento não é uma homenagem informal, é uma homenagem de carinho, por ser feita com sinceridade e de coração.” As lágrimas não vieram, entretanto; a emoção era explícita em sua face e nas palavras. “Esse carinho me dará mais força para eu prosseguir nesta Casa, aumentar o meu amor por esta Escola, que é uma família de ouro. Vocês estão contribuindo para eu perceber onde estou falhando e me renovar. Este é um dia revigorador!”, finalizou, sensibilizada, a professora. A história de Mayá Devi de Oliveira, no IBC, iniciou-se nas salas de aula, como aluna, onde, também, seria consagrada, alguns anos depois, como a querida professora de História do Ensino Fundamental. Em 1997, ao completar 42 anos de serviços ininterruptos, aposentou-se, mas continuou um trabalho voluntário no IBC. Atualmente, a eterna professora Mayá, é responsável pela recepção de visitantes à Instituição, tarefa que desempenha incansavelmente, com dedicação e com carinho. ¨:::::::::: Jóias da Humanidade Misteriosos Moais Revista Próxima Viagem Imponentes e misteriosos, os moais são enormes figuras humanas esculpidas em pedra. Com alturas entre 5 e 12 metros e até 80 toneladas de peso, estão espalhados pelas praias da Ilha de Páscoa -- uma pequena ilha chilena de formato triangular, perdida no meio do Oceano Pacífico, a 3 mil e setecentos quilômetros da costa do Chile. A hipótese mais aceita é a de que os moais eram homenagens aos chefes mortos. Os nativos da ilha acreditavam que essas estátuas mantinham a energia vital de seus antepassados, protegendo-os dos perigos e dos inimigos. Os nativos de Páscoa são descendentes dos polinésios e chamam sua ilha de *Te Pito* ou *Te Henua*, que significa “umbigo do mundo”. O principal mistério diz respeito ao transporte dos moais. Esculpidos nas encostas do vulcão Rano Raraku, localizado em um dos vértices da ilha, eram transportados por até 20 quilômetros, até as praias. Com até 12 metros de altura, os 870 moais catalogados na ilha, estão espalhados por

300 plataformas cerimoniais, chamadas de ahu. ¨:::::::::: Histórias Interessantes Livros Eram Encapados com Pele Humana -- Isso é que é levar às últimas conseqüências a expressão “estar na pele de alguém”. Guardados em coleções esquecidas de bibliotecas ou em acervos particulares, alguns livros, de aparência inocente, têm uma característica no mínimo curiosa: foram encapados com couro humano. Não se sabe ao certo a origem dessa prática, mas já no, século XVII, havia livros feitos com peles curtidas de homens e mulheres. Em meados do século XX, o historia- dor americano Walter Hart Blumenthal escreveu um livro que versava sobre cerca de duas dúzias de obras com essa particularidade. Apesar da curiosidade da prática, ela nunca foi amplamente difundida. Sabe-se apenas de alguns casos porque os autores deixavam escrito, no próprio livro, que a capa era de pele humana. Segundo Laura Hartman, pesquisadora de livros raros da Biblioteca Nacional de Medicina, em Maryland, Estados Unidos, há registro de uso de pele humana como capa de livros em diversas cidades americanas, como Filadélfia, Nova York e Chicago, no século XIX. Os médicos tiravam a pele de corpos submetidos a autópsia e curtiam o couro nos porões dos hospitais. “Em alguns casos, o uso das peles foi uma espécie de memorial para as pessoas de quem elas vieram e que ajudaram na pesquisa médica”, diz Laura, citando o caso de uma mulher de 28 anos da Filadélfia que, no século XIX, morreu de triquinose, uma doença causada pela ingestão de carne infectada com um parasita. O médico John Stockton Hough, que a atendeu, fez uma extensa pesquisa sobre a doença -- era o primeiro registro de triquinose na cidade -- e escreveu um livro. Três volumes foram encapados com pedaços da pele do “objeto de pesquisa”. Já Joseph Leidy, médico que escreveu o importante Tratado Elementar de Anatomia Humana, encapou um dos volumes da obra com a pele de um soldado da guerra civil americana. Como ele trabalhou como médico naquela guerra, é possível que a pele tenha vindo de um dos seus pacientes. De acordo com Laura, além dessas “homenagens”, livros de memórias e até livros sagrados, como a Bíblia, pertencentes a pessoas religiosas, ganharam capas parecidas. Não eram só os livros que tinham a “honra” de serem encapados com pele humana. Em Nova Iorque, no fim do século XIX, os médicos iam ao distrito têxtil da cidade com pedaços de couro e pediam que eles fossem usados para a manufatura de valises. O tecido vinha de pacientes mortos ou de membros amputados -- uma fonte de couro barata e um material bom para revestimentos. “O couro humano é durável e razoavelmente à prova d'água”, diz Laura Hartman. O processo de tratamento da pele seria, provavelmente, parecido com o de qualquer outra pele de animal. Segundo Stephen Nonack, chefe dos bibliotecários do acervo particular Boston Athenaeum, a pele, em estado bruto, era uma bagunça ensagüentada e mal- cheirosa -- parecida com a pele de outros animais, só que sem pêlos. Ela era mergulhada em substâncias de origem vegetal, depois tingida. Se o curtidor suspeitava de que aquele não era um pedaço de couro animal, disso não há registro algum. ¨ *** O choro da menina-loba -- Como os lendários irmãos Remo e Rômulo, Kamala e Amala, de Midnapore, também foram criadas por lobos -- o tipo de bicho que mais acolhe humanos. Em 1920, o reverendo Joseph Singh viajava numa missão espiritual pela Índia quando soube da lenda de duas meninas que viviam com uma matilha daqueles animais. Intrigado, partiu atrás delas. Ao encontrá-las, ficou impressionado: ambas andavam de quatro e, antes de sair da caverna em que se escondiam, colocavam só a cabeça para fora e olhavam desconfiadas para os lados. Capturadas, foram encaminhadas para o orfanato da cidade indiana de Midnapore. O reverendo Singh, que as criou junto com sua mulher, era o diretor da instituição. Kamala tinha cerca de 8 anos e Amala, apenas 1 ano e meio. Carnívoras, bebiam água lambendo e tinham horror à luz. Passavam o dia todo arredias, mas, à noite, uivavam e grunhiam. A menor sobreviveu dez meses longe dos bosques e morreu, um ano depois, de nefrite -- inflamação nos rins. Foi quando Kamala chorou pela primeira vez desde que chegara ao orfanato. “Ela teria chorado se Amala tivesse morrido na selva? Ou será que, no tempo em que conviveu com os humanos, a menina aprendeu a chorar?”, questiona a professora Luci. “São perguntas sem respostas. Mas Kamala pode, sim, ter aprendido. O choro e o riso não são apenas reflexos do ser humano. São construídos socialmente”. A menina mais velha ainda viveu por nove anos. Na época em que morreu, com a mesma doença da irmã, Kamala era uma adolescente de 17 anos. Havia passado a andar ereta e adquiriu um vocabulário de 50 palavras. Chamava a senhora Singh de “mamá” e chorava com sua ausência. Conversava com todos, inclusive com os médicos. Sua evolução, conseguida com os cuidados do casal Singh, levou o sociólogo francês Lucien Malson, autor de "As Crianças Selvagens", a concluir que Kamala não tinha nascido com problemas mentais. “Pelo contrário, a comparação entre seu nível mental aos 8 anos e o que chegou a demonstrar mais adiante, manifesta, com toda a evidência, que devia sua triste condição à falta de uma vida familiar em sua infância.” ¨ *** Combustível Real -- Nunca as múmias do Egito sofreram tanto como no século XIX. Os saques viraram rotina: as de reis e faraós iam parar nos museus da Europa, outras eram picotadas e vendidas à indústria de papel. O escritor Mark Twain costumava contar que durante sua visita ao país, em 1872, múmias eram usadas nas locomotivas a vapor. Uma vez, testemunhou que um maquinista, não conseguindo a pressão desejada na caldeira, disse a seu assistente: “Ao diabo com esses plebeus que não valem nem para lenha! Passe-me um rei”. ¨:::::::::: Artes Chambord, Morada de Nobres Jornal do Brasil A obra do mais imponente castelo do Vale do Loire, Chambord, começou em 1519, por ordem de Francisco I, que jamais o viu pronto. As últimas construções foram financiadas pelo rei Luís XIV, o Rei Sol, em 1685. A cerca de duas horas de carro a partir de Paris -- distante 200 quilômetros --, Chambord fica próximo a Orleans. A estrada que dá acesso à propriedade do castelo, não permite que se perceba sua magnitude, plantado no centro de uma floresta. Somente depois que se deixa o estacionamento é possível perceber algumas de suas torres antes que se depare, ao longe, com seus 156 metros de fachada. É o primeiro impacto. O segundo vem quando se entra na construção de 440 quartos. Chambord foi habitado por Francisco I, seu filho Henrique II, o irmão de Luís XIII, Gastão d'Orleans e Luís XIV, além de outros nobres -- como Maurice de Saxe, marechal que recebeu o castelo de Luís XV como reconhecimento por sua vitória em Fontenoy e que comandou os dias mais festivos do local. O castelo viveu épocas de intensa atividade -- entre temporadas de caça, festas ou apresentações como a estréia de Le Bourgeois Gentil- -homme, de Molière, na corte de Luís XIV -- ou do mais absoluto abandono. Seus traços mais fortes são medievais, pois Francisco I inspirou-se ao comandar a construção do prédio central, na arquitetura italiana. Todo o prédio é marcado pelo F do nome do rei e pela salamandra, seu símbolo. Destaca-se a escada em espiral dupla, cujo projeto original é atribuído a Leonardo da Vinci, no centro da cruz grega que divide quatro alas idênticas em cada um dos três andares, incluído o térreo. É a ligação entre o céu e a terra e uma das obras-primas da Renascença francesa. Cada braço da cruz tem dois apartamentos: um com sete quartos na área quadrada e outros cinco nas torres que limitam a primeira construção. As últimas obras foram comandadas pelo arquiteto Jules Hardouin-Mansart, cujo nome ficou definitivamente consagrado na França, batizando as mansardes, o sótão comum às construções parisienses do século XVII, desenhadas por ele. De dentro, percebe-se a razão de tantas torres: são dezenas de chaminés de lareiras, fundamentais para se manter uma temperatura razoável no inverno francês, somadas às tapeçarias que cobriam paredes inteiras. Pode-se visitar os aposentos de Luís XIV -- inúmeros quartos com uma infinidade de portas que evocam mais escapadelas reais do que a preocupação com sua segurança e privacidade. Eles ocupam toda a parte central e dois braços da cruz grega. A etiqueta francesa, à época, mandava que os aposentos do rei ocupassem a parte central da fachada do castelo. Luís XIV ocupou o castelo de 1669 a 1685. Alguns aposentos ganharam móveis e decoração posteriores. O quarto de Luís XIV, por exemplo, foi redecorado por Maurice de Saxe, em 1748. Mas a restauração devolveu as características reais, com base em desenhos originais e quadros da época. Podem-se visitar ainda os quartos da rainha Maria Tereza, da Áustria e os aposentos de Francisco I, estes redecorados exatamente como eram em 1547, na torre norte. No quarto do Conde de Chambord, pode-se ver sua coleção de miniaturas de canhões. Todo o segundo andar foi transformado em um Museu de Caça e da Arte Animal, pertencente à Fundação da Casa da Caça e da Natureza, repleto de tapeçarias, quadros, esculturas e armas que evocam a tradição de Chambord. Acima, o terraço permite que se veja de perto a ousadia arquitetônica, uma mistura de estilos do século XV, entre o gótico francês e o clássico italiano. No centro está a torre-lanterna, ponto mais alto da escada em espiral dupla, cuja forma lembra a flor de liz real apontando para o céu. Ao redor, a vista magnífica do gramado que cerca o prédio e os bosques de Sologne, onde a nobreza caçava, além dos canais do rio Cosson que davam acesso e forneciam água para a corte de Francisco I. A visita pode ser feita em uma hora, no mínimo. ¨ :::::::::: Brasil Sabará, uma Pérola entre as Minas Revista História Viva Reunindo, em suas muitas igrejas, as diversas fases do Barroco brasileiro, a cidade de Sabará é um convite a um só tempo obrigatório e imperdível. As montanhas escondem minas, e as ruas revelam tesouros. Assim é a delicada Sabará, encravada no vale, formado pelo encontro do rio das Velhas com o outro que dá nome à cidade. Tanto para o turista comum como para o que estuda o barroco brasileiro, a Sabará das obras do Aleijadinho, distante 23 quilômetros de Belo Horizonte, é um convite irrecusável e um roteiro obrigatório, cuja atração principal é a arquitetura das igrejas, elas todas espelho das diversas fases do barroco. Ao lado disso, outras construções antigas, assim como vários instrumentos rudimentares utilizados na extração do ouro, compõem um retrato fiel de um dos períodos mais fascinantes da história do Brasil. Quanto ao começo, nada é muito definido. Não se sabe exatamente quando os primeiros exploradores portugueses chegaram à região. O certo é que os aventureiros eram atraídos pela fama das riquezas da região. Expedições como as de Martim Afonso de Souza (1531), Vasco Rodrigues (1561), Sebastião Fernandes Tourinho (1572), Antonio Dias Cardoso (1574), André de Leão (1601), Marcos de Azeredo (1646) não chegaram a descobrir as famosas riquezas. Até que, em 1674, partiu de São Paulo a bandeira organizada por Fernão Dias Pais, com o propósito de encontrar a lendária Sabarabuçu, que os índios descreviam como uma serra fantástica, formada por ouro e pedras preciosas. Se o ouro motivou conflitos, intrigas e vaidades, também proporcionou uma cidade histórica com preciosidades arquitetônicas: o Teatro Municipal, a Capela de Nossa Senhora do Ó, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, com as valiosas obras do mestre Aleijadinho, e o Museu do Ouro, sobre a mineração do século XVIII. Atualmente, a economia da cidade baseia-se na indústria siderúrgica, no extrativismo do minério de ferro e de ouro, originado principalmente da Mina do Cuiabá. E também no turismo, graças aos preciosos monumentos da memória histórica e cultural e às festas tradicionais. Outros eventos também animam a vida da alegre Sabará ao longo do ano: o delicioso Festival da Jabuticaba, a Festa da Cachaça, o Festival Gastronômico de Ora-pro-Nóbis, o Festival de Música, o Festival de Teatro de Palco e Rua e a festa junina. Motivos de sobra, para ver, sentir e se embevecer. ¨ *** Mensalão de Silvério -- Mestre José Murilo de Carvalho, o historiador, descobriu outra: numa das 13 “Cartas chilenas”, de 1789, Tomás Antônio Gonzaga já denunciava um mensalão no Brasil. Seria pago a Joaquim Silvério dos Reis. As “Cartas chilenas” são poemas satíricos, que Gonzaga espalhou em Vila Rica, pouco antes da Incofidência Mineira. Nelas, sob o pseudônimo de Critilo, denunciava corrupção e desmandos do governo. ¨:::::::::: Ecologia Eu Moro nesta Árvore Revista Terra “Escalei o tronco desta sequóia gigante em dezembro de 1997 e, a partir daí, vivo numa plataforma próxima de seu topo, que está a 60 metros de altura. Não sei o que é pisar em terra firme desde o dia em que resolvi ocupar a árvore. As pessoas me trazem frutas, legumes e água, os quais puxo com uma corda. Tenho um pequeno fogareiro para cozinhar e fazer chá, e, graças à tecnologia, esse telefone celular, que funciona com energia solar e me deixa conectada ao mundo -- como agora, falando com o Brasil. Passo o dia com meus livros, exercito-me descendo e subindo nos galhos, escrevo poesias, rezo para que as árvores tenham a proteção e o respeito que merecem. À noite ligo o rádio e me enrolo num saco de dormir. Já me acostumei aqui no alto e não tenho planos de descer tão cedo. Pelo menos enquanto não tiver certeza de que não vão derrubar esta árvore.” Julia Hill é uma garota bonita, nascida em Arkansas, no sul dos Estados Unidos. Tem 25 anos e mora num endereço insólito: os galhos altíssimos de uma sequóia gigante, com altura equivalente a um prédio de vinte andares e enraizada numa floresta próxima da cidade de Eureka, na Califórnia. Do alto do tronco, escondida entre as folhagens e acomodada numa tenda de 2 metros quadrados, Julia tem-se tornado o símbolo da antiga batalha entre ambientalistas e madeireiras. "O ato de ocupar uma árvore que estava prestes a ser derrubada por uma madeireira", diz ela, "é um protesto solitário contra a devastação de florestas nos EUA, onde sequóias seculares -- cada vez mais raras -- diariamente são postas ao chão pela voracidade das motosserras". A árvore onde a ambientalista está vivendo -- apelidada de Luna -- tem presumíveis 1000 anos e hoje seria um amontoado de tábuas, não fosse a ação repentina do *Earth First*, um grupo de ecologistas radicais que, em vez de simplesmente denunciar os maus-tratos à natureza, prefere agir: bloqueia estradas que levam a indústrias poluidoras, invade propriedades particulares onde ocorrem desmatamentos e liberta animais usados para experiências em laboratório. O grupo não tem regras pró- prias, líderes organizando manifestações ou escritórios, mas está presente em uma dúzia de países, principalmente europeus. Em dezembro de 1997, depois de uma invasão noturna a um trecho de floresta a 400 quilômetros ao norte de São Francisco, pertencente à Pacific Lumber Company, uma das maiores madeireiras dos Estados Unidos, ativistas do *Earth First!* detectaram que a tal árvore milenar seria cortada, pois seu tronco estava pintado com um *x* -- a indicação que os homens das motosserras procuram no meio da mata para iniciar o trabalho de derrubada. Julia se ofereceu para acampar no alto da sequóia, uma tática para impedir que a árvore tão idosa viesse ao chão. Mas ela não imaginava que aquele manifesto iria tão longe. "Daqui eu não saio." Logo no começo da ocupação vieram as represálias. Um helicóptero enviado pela Pacific Lumber sobrevoou a sequóia durante dias para amedrontar a ambientalista; potentes holofotes foram dirigidos para o alto com o propósito de não deixá-la dormir e promoveu-se uma barulheira infernal com buzinas e cães latindo por horas seguidas. Como Julia não se moveu dos galhos, seguranças da empresa ficaram a postos para impedir que ela recebesse comida, trazida por moradores que já simpatizavam com o protesto corajoso. Não demorou para que o caso chamasse a atenção da opinião pública e, em poucos meses, fotógrafos, repórteres dos jornais The New York Times e do Los Angeles Times, além de outros profissionais de redes de rádio e televisão norte- -americanas e européias, encarassem duas horas de escalada da árvore colossal para ouvir as palavras de Julia Hill em defesa da natureza. A Pacific Lumber está movendo uma ação contra Julia por invasão de propriedade, o que poderá levá-la para a cadeia. “Sei que infringi a lei, mas não é por causa de leis que deixaremos de lutar pela preservação de árvores que, além de milenares, como esta, são raras. Só desço quando tiver garantia legal de que esta e outras sequóias milenares na vizinhança serão protegidas. É uma questão de justiça com a vida." ¨ :::::::::: Lugares do Mundo Costa Amalfitana, o Paraíso Terrestre Revista Planeta Banhada pelas águas mais turquesas do Mediterrâneo, abençoada por um clima de eterna primavera, não é fácil encontrar no mundo um lugar que reúna tanta beleza natural, incrementada por obras feitas pela mão do homem. Quando se visita a Costa Amalfitana, no litoral do Mar Tirreno, entre as cidades italianas de Salerno e Sorrento, fica fácil entender por que, ao longo da história, os seus cento e poucos quilômetros de praias e de falésias escarpadas despertaram tantas paixões avassaladoras. Muitos visitantes, seduzidos, não resistiram: chegaram e ficaram, sem coragem de partir. Dentre eles, um monte de gente célebre: Wagner, Grieg, Victor Hugo, Ibsen, Gorki, Boccaccio, André Gide, D. H. Lawrence, Jean Cocteau, Escher, Picasso, Massine, Nureyev, Greta Garbo, Jacqueline Kennedy Onassis, Zefirelli e até o revolucionário Lenin são apenas alguns dos vips que compraram casas por lá. Esse fascínio vem de longe. Já nos tempos greco-romanos a Costa Amalfitana tinha fama de Jardim do Éden. Amalfi, uma das suas principais cidades, tem origem mítica. De acordo com a tradição, Hércules, o possante semideus grego, apaixonou-se perdidamente por uma ninfa de nome Amalfi, mas seu amor foi curto. Assustada com os ímpetos sensuais do herói, a moça saiu correndo, caiu num precipício e morreu. Hércules decidiu sepultá-la no mais belo lugar do mundo e, para imortalizá-la, deu a esse lugar o nome dela. Naqueles mesmos tempos antigos, quem passou pela Costa Amalfitana foi o navegador Ulisses. Dizem que foi ali que ele e seus marinheiros ouviram o canto sedutor das sereias que atraíam os homens para o fundo do mar. Depois, nos tempos históricos, foi um vaivém de povos distintos que invadiram a região e tentaram manter a posse dela -- gregos, romanos, bizantinos, normandos, árabes, sarracenos, espanhóis, italianos. A última leva de invasores é a dos turistas modernos, que sobem e descem as encostas de pedra escarpada da Costa Amalfitana em busca das suas muitas atrações. Amalfi, no ano de 850, transformou-se na primeira república italiana independente, mantendo essa condição por vários séculos. Foram tempos de ouro -- literalmente falando -- para os amalfitanos. Eles dominavam o comércio naval entre a Itália, Constantinopla e o norte da África. Viviam num luxo e opulência do qual as igrejas, palácios, casarões e monumentos dão até hoje um bom testemunho. Dedicado a Santo André, o Duomo, catedral de Amalfi, data do século IX e é simplesmente de tirar o fôlego. A fachada e a torre, revestidas de mosaicos multicoloridos, com predominância do ouro vivo, são exemplos clássicos de como os estilos bizantino, românico e sarraceno podem conviver em harmonia. De resto, Amalfi é um labirinto de ruas e escadarias medievais estreitas, esculpidas nas encostas das montanhas de pedra. Aqui e ali se abrem pequenas praças ensolaradas que, como os peitoris das janelas das casas, costumam estar sempre enfeitadas com vasos de flores. Há trattorias -- pequenos restaurantes -- por todo lado, especializadas nos muitos pratos à base de frutos do mar, que são a especialidade de Amalfi. As refeições terminam sempre com uma dose generosa e supergelada de limoncello, licor de limão produzido no lugar, em geral ofertado pela casa para ajudar a digestão. Positano, por seu lado, tem sido nas últimas décadas, o lugar mais mundano da Costa. Tem apenas uma rua que vai serpenteando desde a pequena praia, lá embaixo, até o topo da montanha. O resto são escadas que levam de terraço a terraço, onde cada metro quadrado é ocupado por casas que, vistas de longe, parecem suspensas no ar. Positano, há 30 anos, é a capital da moda de praia que a Itália exporta para o mundo. A cidadezinha de Ravello é, sem dúvida, a jóia mais rara de toda a região. Pousada como ninho de águia sobre rochedos altíssimos, ela proporciona aos visitantes, panoramas de assombro. “O lugar mais belo que já pude ver no mundo é o panorama do Belvedere de Villa Cimbrone num dia brilhante de inverno, quando o céu e o mar são tão vivamente azuis, que se torna impossível distinguir um do outro”, escreveu o escritor norte-americano Gore Vidal, morador de Ravello há quase 30 anos. Villa Cimbrone é um dos muitos palácios de Ravello, cada um deles com histórias que dariam para escrever um romance. Em Villa Cimbrone, Greta Garbo viveu uma tórrida história de amor com o maestro Leopold Stokovski. Em Villa Rufolo morou Richard Wagner, que ali compôs todo o segundo ato da ópera "Parsifal". Em homenagem a Wagner, todos os anos, durante o mês de julho, realiza-se um importante festival de música no interior de Villa Rufolo. Como se não fosse suficiente, a Costa Amalfitana oferece ainda muitas outras atrações. O fiorde Furore, a poucos quilômetros de Amalfi, é um fiorde mesmo, como aqueles que se vêem na costa da Noruega. De repente, a costa de pedra se parte num precipício profundo e o mar entra por ele, aos vagalhões. No fundo do fiorde, até onde as águas chegam, há uma praia minúscula e, depois dela, algumas casas de pescadores, que permanecem intactas desde a Idade Média. Nas paredes do desfiladeiro, há muitas grutas pré-históricas, e uma espécie de vegetal e fóssil vivo, uma samambaia da Era Terciária que, não se sabe como, conseguiu sobreviver até hoje unicamente no fiorde de Furore. Na cidadezinha de Minori, há uma outra raridade, a Villa Romana -- romana mesmo --, construída entre os anos 14 e 37 da Era Cristã, na época do Imperador Tibério. O casarão pertencia a uma família patrícia romana, e seu andar térreo permanece quase intacto, cheio de afrescos da época, que podem ser visitados. Perto de Conca dei Marini, está a Gruta Esmeralda, que a TV norte-americana filmou e definiu como a "Oitava Maravilha do Mundo". Foi descoberta há apenas 70 anos, por um pescador local. Ao passar de barco, na maré baixa, pela entrada pequena e estreita, dá-se de cara com um lago verde-esmeralda. Ao redor do lago, há numerosas estalagmites parecidas com colunas egípcias, que sobem das águas até o teto, dando à caverna um ar de imenso templo misterioso. Após visitar a Costa Amalfitana, antes da explosão turística, e ciumento desse canto de céu que encontrara, o escritor norte-americano John Steinbeck não hesitou em escrever: “Se eu disser o que acho deste lugar, ele vai se encher de turistas que estragarão tudo; os habitantes vão começar a viver de turismo, e vou ter de dizer adeus à minha bela descoberta. Melhor ficar quieto.” Mas Steinbeck certamente escreveu isso com inevitável bom humor. Pois, como disse seu colega, o escritor italiano A. Cutolo, “Deus estava num dia de excelente humor quando resolveu criar a Costa Amalfitana”. ¨:::::::::: Ciência e Saúde Água ou Coca-Cola? Revista Prana Um copo de água corta a sensação de fome durante a noite para quase 100 por cento das pessoas em regime. É o que mostra um estudo na Universidade de Washington. Falta de água é o fator número um da causa de fadiga durante o dia. Estudos preliminares indicam que de 8 a 10 copos de água por dia poderiam aliviar significativamente as dores nas costas e nas juntas em 80 por cento das pessoas que sofrem desses males. Uma mera redução de 2 por cento da água no corpo humano pode provocar incoerência na memória de curto prazo, problemas com matemática e dificuldade em focalizar um monitor de computador ou uma página impressa. Beber 5 copos de água por dia diminui o risco de câncer no cólon em 45 por cento, pode diminuir o risco de câncer de mama em 79 por cento e em 50 por cento a probabilidade de se desenvolver câncer na bexiga. Você está bebendo a quantidade de água que deveria, todos os dias? Coca-Cola -- Em muitos estados, nos EUA, as patrulhas rodoviárias carregam dois galões de Coca-Cola no porta-bagagens para serem usados na remoção de sangue na estrada, depois de um acidente. Se você puser um osso numa tigela com Coca-Cola, ele se dissolverá em dois dias. Para limpar banheiros: despeje uma lata de Coca-Cola dentro do

vaso e deixe a “coisa” decantar por uma hora e então dê descarga. O ácido cítrico na Coca-Cola remove manchas na louça, Para remover pontos de ferrugem dos pára-choques cromados de automóveis, esfregue o pára-choques com um chumaço de papel de alumínio -- usado para embrulhar alimentos -- molhado com Coca-Cola. Para limpar corrosão dos terminais de baterias de automóveis, despeje uma lata de Coca-Cola sobre os terminais e deixe efervescer sobre a corrosão. Para soltar um parafuso em- perrado por corrosão, aplique um pano encharcado com Coca- -Cola sobre o parafuso enferrujado por vários minutos. Para remover manchas de graxa das roupas, despeje uma lata de Coca-Cola dentro da máquina com as roupas com graxa, adicione detergente. A Coca- -Cola ajudará a remover as manchas de graxa. A Coca- -Cola também ajuda a limpar o embaçamento do pára-brisa do seu carro. Para sua informação: o ingrediente ativo na Coca-Cola é o ácido fosfórico. Seu PH é 2,8. Ele dissolve uma unha em cerca de 4 dias. Ácido fosfórico também rouba cálcio dos ossos e é o maior contribuinte para o aumento da osteoporose. Há alguns anos, fizeram uma pesquisa na Alemanha para detectar o porquê do aparecimento de osteoporose em crianças a partir de 10 anos, pré-adolescentes. Resultado: excesso de Coca-Cola, por falta de orientação dos pais. Para transportar o xarope de Coca-Cola, os caminhões comerciais são identificados com a placa de Material Perigoso, que é reservado para o transporte de material altamente corrosivo. Os distribuidores de Coca-Cola têm usado a Coca para limpar os motores de seus caminhões há pelo menos 20 anos. Mais um detalhe: A Coca Light tem sido considerada, cada vez mais, pelos médicos e pesquisadores como uma bomba de efeito retardado, por causa da combinação Coca mais Aspartame, suspeita de causar lúpus e doenças degenerativas do sistema nervoso. A pergunta é: “Você gostaria de um copo de água ou um de Coca-Cola?“ Vamos todos beber água!... ¨ *** Tecnologia -- Soldado do Futuro -- Daqui a uma década, quando os Estados Unidos invadirem algum país, seus soldados poderão estar vestidos de computadores superleves que vão deter estilhaços, transmitir dados e até mimetizar o sujeito no front, à moda dos camaleões. A promessa é do maior centro de pesquisa tecnológica do mundo, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts -- MIT --, que acaba de criar um grande projeto dedicado a desenvolver roupas para os militares. E isso não é blablablá. O MIT recebeu a bagatela de 80 milhões de dólares do Pentágono para criar o Instituto de Nanotecnologia para Soldados. É o bastante para termos certeza de que uniformes mais modernos são prioridade para os americanos. A idéia é colocar em uso algumas tecnologias que já se mostraram viáveis no laboratório. Os fios do tecido conduziriam eletricidade, o que permitiria que diversos sistemas eletrônicos funcionassem dentro do uniforme: desde um computador no capacete, com a viseira servindo de monitor, até sensores por toda a pele para monitorar sinais vitais e detectar ferimentos. Esses dados poderiam ser transmitidos por rádio para um centro de comando, onde um general manejaria suas forças como quem joga um videogame de estratégia. Tecidos super-resistentes protegeriam os soldados contra balas. O fio seria revestido de cristal líquido, o que o faria mudar de cor, para camuflagem. O MIT pesquisa até um avançado sistema de microtubos escondidos na trama do tecido no qual circularia um fluido cheio de partículas de ferro. A um sinal químico, o ferro todo se agregaria por atração magnética, transformando a roupa numa armadura -- ou numa tala para amparar membros fraturados. Ou seja, tudo indica que a superioridade bélica americana sobre todo o resto do mundo vai continuar se ampliando, e que, em dez anos, é bem provável que os maiores inimigos dos Estados Unidos continuem atacando com rifles de caça e protegendo as cabeças com capacetes de plástico. ¨ *** Astronomia -- Mais sete luas ao redor de Júpiter -- Astrônomos da Universidade do Havaí anunciaram, em março, ter conseguido avistar mais sete luas em Júpiter, elevando para 47 o número de satélites naturais conhecidos ao redor do planeta. As novas luas foram detectadas pelas duas maiores câmeras digitais do mundo, que ficam acopladas a dois telescópios gigantes no observatório de Mauna Kea, construído sobre um vulcão extinto no Havaí. Dos sete satélites avistados, dois orbitam no mesmo sentido da rotação de Júpiter, e os outros cinco têm órbitas retrógradas. Equipamentos menos sofisticados não haviam conseguido detectar as luas antes porque elas são muito pequenas, com tamanhos variando de 2 a 4 quilômetros de diâmetro. Júpiter é o planeta do Sistema Solar com maior número de luas. O segundo lugar é de Saturno, que tem 30 satélites naturais. ¨ *** Arqueologia -- Perdida e recuperada -- Pesquisadores ingleses e amantes da música, se reuniram para construir uma réplica de um dos mais antigos instrumentos musicais conhecidos. A cítara original foi descoberta em 1929, no atual Iraque, numa tumba que pertencia à rainha Puabi. A Lira de Ur, como era chamada, tinha quase 5 mil anos de idade e pertence à família real da Suméria. A peça foi destruída durante a atual guerra do Iraque, fato que motivou a construção da réplica nos materiais originais: ouro, madeira de cedro, lápis-lazúli e calcário rosa. A peça já está sendo exibida em concertos. ¨ *** Paleontologia -- Sapatos têm pelo menos 26 mil anos -- Não é desde o início da Humanidade que as mulheres são apaixonadas por sapatos. Um antropólogo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, descobriu que o hábito dos seres humanos de usarem calçados de forma generalizada começou entre 26 mil e 40 mil anos atrás. Esta foi a época, segundo o especialista Erik Trinkaus, em que os dedos dos pés -- com exceção do dedão -- começaram a ficar mais finos e fracos, uma mudança que ele atribui à invenção de sapatos mais resistentes. Dedos mais grossos serviam para dar equilíbrio -- As conclusões de Trinkaus foram apresentadas em um artigo na revista especializada “Journal of Archaelogical Science” e foram tema de reportagem na BBC. Ele estudou uma grande quantidade de fósseis de ossos humanos, concentrando-se na análise dos ossos dos pés. Entre 26 mil e 40 mil anos atrás, segundo ele, os seres humanos parecem ter deixado de precisar de dedos do pé fortes e flexíveis, que eram usados para manter o equilíbrio e aderir ao chão. Isso indicaria que eles haviam começado a utilizar calçados que cumpriam esta função. Os cientistas têm dificuldade para estabelecer exatamente quando os seres humanos pararam de andar descalços em algumas partes do planeta, pois os materiais usados para fazê-los eram altamente perecíveis. Segundo Trinkaus, a mais antiga amostra já encontrada tem nove mil anos e foi achada na Califórnia. Mas ele diz ter conseguido determinar a época em que houve a transição, por meio da análise dos ossos de seres humanos modernos -- Homo sapiens -- e homens de Neandertal -- Homo neanderthalensis --. Os últimos viveram entre 40 mil e cem mil anos atrás e tinham dedos mais grossos e fortes nos pés do que os primeiros, de acordo com o pesquisador. Uma vida desprovida de calçados tende a deixar os dedos dos pés mais fortes, porque os dedos tendem a buscar, por reflexo, uma melhor aderência ao solo. Uma vez que os pés começaram a ser protegidos, os dedos deixaram de exercer esta função e perderam força e flexibilidade. Para explicar a teoria, o antropólogo comparou os ossos dos pés de povos nativos das Américas, que andavam descalços, e de inuits do Alasca, que usavam pesadas botas de pele de foca. Os primeiros tinham dedos mais grossos que os inuits. ¨ *** Pesquisa -- Gordura -- Cientistas ingleses anunciaram o desenvolvimento de um creme capaz de combater as camadas de gordura localizada, excedente. O creme, criado na Universidade de Strattford, contém aminofilina -- substância usada no combate à asma --, que dissolve a gordura. ¨*** Bem viver Viva como as Flores -- Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas e ainda sofro com as que caluniam. -- Pois viva como as flores, advertiu o mestre. -- Como é viver como as flores? Perguntou o discípulo. -- Repare nestas flores, continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco; entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo mal- cheiroso tudo que lhes é útil e saudável; mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo o mal que vem de fora. Isto é viver como as flores. ¨*** Infância e Adolescência De boca Aberta Para muitas crianças, respirar pela boca tem conseqüências drásticas: elas mastigam mal, comem pior, falam errado, se cansam ao praticar esportes, têm pé chato e, para coroar, são vítimas de cirurgias para retirada de adenóides e amígdalas que não resolvem a maioria dos problemas. É o que verifica o dentista Jayme Friedman, especialista em cirurgia bucomaxilofacial, que compara o respirador bucal a um carro com pouco combustível: -- Pela má posição da língua dentro da boca, a criança não consegue coordenar mastigação e respiração. Outros problemas podem ser a idade óssea menor que a cronológica, o chamado peito de pombo e as deficiências posturais. Cerca de 80 por cento dos respiradores bucais têm pés chatos. Segundo Friedman, após a cirurgia de adenóides e amígdalas, o respirador bucal passa a ter, ao invés de amigdalites, faringites freqüentes. De tanto puxar o ar pela boca, a criança acaba sofrendo alteração da estrutura óssea maxilar, o que prejudica a arcada dentária. A solução para esses casos, diz, é o tratamento ortopédico funcional dos maxilares, técnica européia que usa aparelhos móveis, ainda na primeira dentição, para corrigir a respiração. ¨ ***

Mulher Há séculos os homens vêem a *lingerie* como arma de sedução. O que poucos sabem é que a escolha das roupas de baixo reflete também a atitude de quem as usa. E é nessas peças que ninguém vê que cada mulher manda no corpo da maneira que deseja. A apreciação das formas femininas já passou por mudanças radicais. As cinturas, os seios e quadris tidos como belos já variaram entre todos os tamanhos possíveis. A relação com o erotismo também se alterou. Nos anos 1960, mulheres casadas e com filhos usavam calcinhas grandes, "respeitáveis". Hoje, nem mesmo a sexualidade das avós é tabu, e as rendas estão disponíveis também a elas. Algumas transformações estão ligadas a evoluções da in-

dústria da moda, mas a trajetória da *lingerie* confunde-se com a da mulher. As peças íntimas -- práticas, corretivas ou simplesmente belas -- sempre estiveram relacionadas à sua identidade e ao seu papel em cada época. A *lingerie* acompanha a mulher desde o segundo milênio a.C., quando as cretenses usavam espartilhos que sustentavam a base dos seios e os empurravam para cima e para fora, corajosamente nus. As coisas ficaram um pouco mais suaves durante a Idade Média. A moda eram seios pequenos e firmes, apertados por modeladores que os seguravam firmemente. Já pelo fim da Renascença, as regras pediam silhuetas com barriga chata, cintura estreita e seios cônicos. O espartilho se tornaria uma espécie de camisa-de-força, dando às mulheres formas não-naturais. No século XVIII, o corpo continuava governado por ele, que ficava mais e mais requintado, ornado com laçarotes, rendas e fitas de veludo. Os modelos reinantes comprimiam a área sob os seios, fazendo com que parecessem prontos para escapar. Isso servia para separar as nobres das plebéias, que usavam simples camisas amarradas. Mas, em 1770, com a Revolução Francesa já pelos ares, um movimento foi lançado pela abolição dessa "prisão do corpo". Espartilhos com barbatana foram proibidos. A idéia de que o corpo precisava de suporte, porém, estava tão assimilada que eles logo reapareceram e, por volta de 1840, a forma das mulheres era completamente distorcida, escondida por mangas enormes e minúsculas cinturas confinadas. A situação chegou a tal ponto que, no fim do século XIX, as mulheres já não podiam se curvar. Um novo tipo de sutiã -- leve, pequeno, desenhado para dividir os seios de uma maneira natural -- surgiria em 1913. A Primeira Guerra Mundial viria a decretar o fim do espartilho como roupa íntima cotidiana, com as mulheres sendo forçadas a ir às fábricas enquanto os homens estavam nos campos de batalha. Os anos 1920 trazem sutiãs redutores para dar ao peito efeito achatado. A tecnologia revoluciona a vida das mulheres mais uma vez na década seguinte, quando o látex é inventado. Os sutiãs ganham taças ajustadas e alças elásticas. Surgem peças que acomodam corpos de tamanhos e formatos variados. Cada vez mais, as diferenças são valorizadas e os estilos e materiais são intermináveis. O corpo fica livre, assim como a expressão da sexualidade. ¨ *** Zoologia -- Como o Jacaré Choca seus Ovos? -- Quando vai botar ovos, a fêmea do jacaré prepara um ninho de folhas e lama. Depois disso, fica sempre por perto, tomando conta dos ovos. As folhas apodrecem e geram calor, pois o corpo do jacaré é frio e não produz calor suficiente para chocar. ¨ *** Alimentos -- Fibras -- Elas não têm nutrientes, mas são essenciais à saúde. Uma alimentação rica em fibras -- o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos recomenda de 20 gramas a 35 gramas por dia -- protege o nosso corpo de doenças, como o excesso colesterol, complicações gastrointestinais e ainda retardam a absorção da glicose dos alimentos. Adultos e crianças obesos, portadores de diabetes, propensos a problemas cardíacos ou com histórico de câncer na família, não devem prescindir das fibras. As fibras são naturalmente encontradas nas verduras, legumes e frutas, especialmente nas cascas, bagaços, folhas, caules e polpas. O trigo está entre as fontes mais ricas de fibras, daí a variedade de produtos industrializados, à base de fibras, disponíveis hoje no mercado. São biscoitos doces, salgados, dietéticos ou naturais; tabletes de doces fibrosos; flocos de cereais, geléias, pães e torradas, todos ricos em fibras. Esses produtos são uma saída para as pessoas que têm uma alimentação deficiente. O ideal é ingerir os vegetais naturais, que são a melhor fonte de fibra de que dispomos. Eles costumam exercer as mesmas funções no organismo, mas é preciso ficar atento à quantidade de fibra ingerida. Fibra demais também não é bom. Pode causar irritação no intestino e provocar diarréias -- é suficiente a ingestão de 15 gramas de fibras por dia. ¨*** Remédios Caseiros Indicação das plantas medicinais e produtos naturais para males mais freqüentes Ácido úrico -- eliminação: Chás de alcachofra, estigma de milho, dente-de-leão, erva- -pombinha composta, chapéu-de- -couro e salsaparrilha. Afecções da próstata: Chás de cavalinha, antiinflamatório M e jatobá. Afrodisíacos -- impotência sexual: Chás de catuaba e marapuama. Amigdalite -- inflamações de garganta: Chás de malva e sucupira. Anemias: Chás de alecrim, mielga composta, carqueja, ipê-roxo e jurubeba. Antidiabético: Chás de pata-de-vaca e stévia. Antigripal -- gripes e resfriados: Chás de assa-peixe, eucalipto, guaco. Anti-reumático -- reumatismo: Chás de caiapó, chapéu-de-couro, dente-de-leão, marapuama, salsaparrilha, arnica, ipê-roxo, sete-sangrias, sucupira e sassafrás. Antitussígeno -- tosse, asma e bronquite: Chás de angélica composta, assa-peixe, alfavaca, confrey, guaco, malva, mulungu, eucalipto, erva-cidreira, funcho, jatobá, alecrim, alfazema, sabugueiro e urucum. Apetite -- inapetência: Chás de mielga composta, alecrim, alfafa, boldo, carqueja, cipó-cravo, cravo- -da-Índia, jurubeba, sálvia e quina. Bexiga -- infecções, cistite: Chás diuréticos, antiinflamatório abacateiro, cana- -do-brejo, cavalinha, chá-de-bugre e bardana. Calmante -- insônia, sedativo, estados nervosos: Chás hipotensor e calmante, de: angélica, camomila, mulungu, passiflora, erva-doce, artemísia, erva-cidreira, malva, macela e parietária. Carminativo -- gases intestinais, flatulência: Chás de artemísia, alecrim, anis-estrelado, cipó-cravo, erva-doce, espinheira-santa, funcho, hortelã, macela, alfavaca, alfazema, capim-santo, guaraná e sene. Circulação: Chás de carqueja, castanha-da-Índia, parietária e arnica. Clareante dos cabelos -- uso externo: Chás de camomila e macela. Colesterol alto: Chás de stévia composta e alcachofra. Cólicas -- antiespasmódicos: Chás de agoniada, algodoeiro, artemísia, alfazema, erva-doce, macela, capim-santo, hortelã, anis-estrelado e canela-da-china. Para que pode servir o vinagre? Melhorar a saúde dos cabelos. Aliviar as cãibras noturnas das pernas. Acalmar músculos cansados. Combater a osteoporose pelo cálcio. Ajudar dores de cabeça a desaparecer. Aliviar os calos. Acalmar as erupções cutâneas e as micoses. Aliviar as picadas de insetos. Remediar certos problemas urinários. Ajudar no tratamento da tosse. Destruir os micróbios dos alimentos. Remediar certas infecções dos olhos. Melhorar os problemas do coração e da circulação. Reduzir a hipertensão. Especial: A pesquisa nos centros ao redor do mundo chegam às mesmas conclusões que os antigos curandeiros já conheciam há milênios -- que o vinagre é um espetacular remédio para uma vida saudável. Desde a antigüidade, uma dose diária de vinagre de maçã era ingerida para controlar o peso e manter o bem estar. Até mesmo os samurais do tradicional Japão confiavam em uma bebida à base de vinagre para garantir sua força e poder. Um tônico que você mesmo pode preparar em sua cozinha. ¨ ::::::::::

Variedades Dicas Da despensa para o seu Corpo -- Mau cheiro nas axilas: Borrifar um pouco de vinagre branco nas axilas, reduz o mau cheiro e serve para tirar manchas de desodorantes das blusas. Hidrate cotovelos secos e escamosos: trate-os com uma mistura de suco de limão siciliano e bicarbonato de sódio. Elimine odores das mãos: Você acaba de preparar um prato de camarão com alho e agora suas mãos estão malcheirosas? Esfregue pó de café nas mãos; o óleo da borra absorve o mau cheiro. Desodorante para tênis: se seus amigos desmaiam quando você tira os tênis, está na hora de agir. Encha duas meias velhas com areia sanitária desodorizada para gatos, amarre-as e coloque-as dentro dos tênis durante a noite. ¨*** Humor Plantação Uma pesquisadora do IBGE bate à porta de um pequeno sítio perdido no interior. Encontrando o proprietário, começa a perguntar: -- Essa terra dá mandioca? -- Não senhora, responde o capiau. -- Dá batata? -- Também não, senhora! -- E feijão? -- Nunca deu! -- Arroz? -- De jeito nenhum! Nunquinha! -- E milho? -- Nem brincando! -- Quer dizer que por aqui não adianta plantar nada? -- Ah! Se plantar é diferente... Cegonhas Três cegonhas estão voando, e uma pergunta à outra: -- Para onde vai você? -- Vou visitar um casal que, há dez anos, está tentando ter um filhinho. -- Que bom! -- E você? -- Eu vou à casa de uma senhora que nunca teve filhos. Levo um lindo menininho. -- Que bom! Ela vai ficar muito feliz! -- E você? -- perguntam as duas à terceira cegonha. -- Eu? Eu vou a um convento de freiras. Nunca levo nada, mas sempre dou um susto danado nelas!!! O sargento que se atrapalhava em tragédias Num acampamento do Exército, o comandante recebe a informação de que a mãe de um de seus recrutas havia morrido. O comandante chama o Sargento Baltazar ao seu escritório e diz: -- Esta manhã, quando for alinhar as tropas, vai precisar comunicar ao soldado Damasceno que a mãe dele morreu. -- Sim, senhor! Na mesma manhã, quando os soldados se alinham, Baltazar grita: -- Esquerda volver! Damasceno, sua mãe morreu. Damasceno desaba e tem um ataque do coração. Um mês depois, o comandante chama Baltazar ao seu escritório: -- Baltazar, você precisa contar ao soldado Peçanha que mãe dele morreu. Mas, desta vez, use alguma tática. Não quero perder mais outro bom recruta. -- Sim senhor! -- Baltazar responde. Após alinhar os soldados, Baltazar grita: -- Atenção! Todos os homens que possuem as mães vivas dêem um passo à frente! Você não, Peçanha! ¨*** Pensamentos "Árvores são poemas que a terra escreve para o céu. Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio." Kalil Gibran, (1883-1931) poeta libanês "Os elogios tornam os bons melhores e os maus piores." Thomas Fuller (1608- -1661), escritor inglês "A delicadeza nas palavras gera a confiança; a delicadeza no pensamento cria a profundidade; a delicadeza no dar produz o amor." Lao-tsé (séc. VI a.C.), filósofo chinês "Sempre dizem que o tempo muda as coisas, mas quem tem de mudá-las é você." Anaïs Nin, (1914-1977), escritora americana "A maior dor do vento é não ser colorido." Mário Quintana, (1906-1994), poeta gaúcho "Só se perdoa o imperdoável, pois o perdoável já está perdoado." Jacques Derrida, (1930-2004), filósofo francês, nascido na Argélia "Nada pode ser dito de tão absurdo que um filósofo não o diga." Platão (427-347 ou 348 a.C.), filósofo grego, autor de O Banquete e outras obras "A natureza lhe deu o rosto dos seus vinte anos. Cabe a você merecer o que terá aos cinqüenta." Coco Chanel (1883-1971), estilista francesa "Entre as dificuldades se esconde a oportunidade." Albert Eistein (1879-1955), físico alemão "Saber, no momento certo, já é metade do sucesso." Maurice Couve de Murville (1907-1999), político francês "A vida é como andar de bicicleta: quando está difícil e devagar, você está indo para cima; quando vai rápido e fácil, você está descendo; e, quando não se move... você está fora dela!" "Se quiser ser uma pessoa inteligente, terá que aprender a fazer perguntas inteligentes, a ouvir atentamente, a responder de forma tranqüila e a parar de falar quando não houver mais nada a dizer." Leon Nikollevich Tolstoi (1828-1910), escritor russo "O verdadeiro amigo é aquele que sabe tudo sobre você... e, mesmo assim, o ama." "Em vez de apontar um dedo crítico, estenda a mão que auxilia." "Há dois jeitos de se chegar ao topo de uma árvore: pegar o primeiro galho e subir, ou encontrar uma semente saudável, sentar em cima e esperar..." "O caráter de um homem é formado pelas pessoas com quem escolheu conviver." Sigmund Freud, (1856-1939) neuropsiquiatra austríaco criador da psicanálise "O amor entra nos corações pela convivência; pela convivência se extingue." Ovídio (43 a.C.-16 d.C.), poeta latino "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." Chico Xavier (1910-2002), médium "Não olhes donde vens, olha para onde vais." Beaumarchais (1732-1799), escritor francês "O que eleva a alma, ao invés da recompensa, é o trabalho que se realizou para merecê-la". Eduard Douwe Dekker, o Multatuli, (1820-1887), escritor holandês ¨*** História das Frases A Ver Navios Esta expressão surgiu em 1578, quando o príncipe português, dom Sebastião, desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, contra os árabes, no norte da África. Como o monarca não tinha descendentes, o trono de Portugal acabou nas mãos de Filipe II, rei da Espanha. Os sebastianistas -- os portugueses que não aceitaram a morte de dom Sebastião, já que o corpo do príncipe nunca foi encontrado -- iam freqüentemente ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa, aguardar a vinda da nau que traria o futuro rei desaparecido. Ficavam, portanto, “a ver navios”. ¨*** Etimologia Cantor: do latim cantor, aquele que pratica o *cantum*, canto, do verbo *canere*, cantar. É uma das palavras mais antigas da língua portuguesa e seu primeiro registro deu-se em 1265. O cantor, conhecido também como cantador, no século XIII dispensava os palcos, apresentando-se em ruas e tabernas. Seu repertório mudava de acordo com o local. Nas ruas, popularizava feitos heróicos de grandes personagens. No Brasil, durante séculos, os cantores divulgaram, sozinhos, sua arte, ofício assim definido pelo cantor e compositor Milton Nascimento: “Com a roupa encharcada e alma repleta de chão, todo artista tem de ir aonde o povo está. Se foi assim, assim será, cantando me desfaço e não me canso de viver, nem de cantar.” ¨*** Que intriga... intriga Isso pega! Não é novidade: bocejar é contagioso. Mas agora cientistas descobriram que as pessoas gentis são mais suscetíveis à transmissão. Estudos mostraram um vídeo com uma pessoa bocejando a um grupo de 65 estudantes. Os que abriram a boca diante da tela apresentaram maior pontuação num teste psicológico medindo a empatia. Os estudantes imunes ao contágio eram, por outro lado, menos predispostos a reconhecer que um insulto pode ofender outra pessoa. O bocejo é uma forma de comunicação. Ele pode até ter uma função fisiológica -- a de mandar mais oxigênio para o corpo -- mas, inegavelmente, serve para sinalizar o tédio. Ao ver pessoas gargalhando, você também começará a sorrir. É uma tendência natural do ser humano imitar, agir como outra pessoa. Outra hipótese: se alguém vir um político de quem gosta bocejando, fará o mesmo. Se for um político que não aprecia, ficará impassível. Ou seja, a tendência é copiar pessoas com quem nos identificamos, como uma expressão de solidariedade. A teoria confirma por que autistas e esquizofrênicos não bocejam: por viverem em um mundo psíquico isolado e distante do contato com outras pessoas. ¨*** Receitas Sopa de cebola Ingredientes: 400 gramas de cebola; 1 colher e meia de sopa de margarina; 1 litro de caldo de galinha; 100 gramas de queijo parmesão ralado; 1 colher de sobremesa de farinha de trigo; 1 lata de creme de leite; sal e pimenta-do-reino a gosto; 1 colher de chá de erva-doce. Modo de fazer: Cortar a cebola em rodelas bem, fininhas e dourá-las na margarina; juntar a farinha de trigo; mexer bem até que comece a dourar; despejar o caldo, aos poucos, mexendo sem parar, para não formar grumos; ferver em fogo brando durante 20 minutos; juntar a metade do queijo ralado; apagar o fogo; juntar o creme de leite e a erva-doce, o sal e a pimenta-do-reino a gosto; colocar numa vasilha própria para sopa; polvilhar o restante com o queijo ralado. Torta salgada Ingredientes para a massa: 2 ovos; 1 xícara de chá de óleo; 1 xícara de chá de leite; 1 xícara de chá de farinha de trigo; meia xícara de chá de maisena; 1 colher de sopa de fermento em pó; meia colher de chá de sal. Ingredientes para o recheio: 100 gramas de presunto; 100 gramas de mozarela; 100 gramas de azeitonas verdes; 1 colher de chá de orégano. Modo de fazer: Bater todos os ingredientes no liquidificador, até que fiquem homogêneos; espalhar metade da massa numa assadeira pequena, untada e polvilhada; distribuir os ingredientes do recheio por cima; cobrir com o restante da massa; assar em forno quente por 30 minutos. Pavê com muito chocolate Ingredientes: 1 lata de leite condensado; a mesma medida de leite de vaca; 3 ovos; biscoito cham- pagne; 3 colheres de sopa cheias de chocolate em pó; 1 xícara de café de água; 3 colheres de sopa de açúcar; 1 lata de creme de leite. Modo de fazer: Ponha no fogo para cozinhar o leite condensado, o leite de vaca e as gemas; assim que engrossar um pouco, despeje em um pirex e cubra com os biscoitos champagne; regue esses biscoitos com o chocolate em pó dissolvido na xícara de água; bata as claras em neve com o açúcar, junte o creme de leite e cubra os biscoitos. Coloque no refrigerador. Faça esta receita de véspera. Biscoitos deliciosos da Vilma Ingredientes da massa: 500 gramas de amido de milho; 1 ovo; 200 gramas de manteiga sem sal; 100 gramas de açúcar; 1 xícara de chá de coco ralado fresco. Ingrediente do recheio: 200 gramas de gotas de chocolate. Modo de fazer: Misture todos os ingredientes numa tigela, amassando bem com as mãos, até obter uma massa homogênea; modele bolinhas e no meio coloque gotinhas de chocolate; arrume-as numa assadeira, lado a lado, e achate-as levemente com um garfo, para que fiquem frisadinhas na superfície. Asse em forno médio preaquecido por 10 a 20 minutos Rendimento: 120 a 150 biscoitos. ¨*** Utilidade Pública Licença e Salário Maternidade A mulher que descobre que está grávida deve imediatamente informar a empresa onde trabalha, entregando uma cópia do exame que comprova o estado de gravidez. A estabilidade da mulher grávida no emprego se inicia quando ela informa a empresa do seu estado e termina após a licença maternidade de 120 dias. A mulher grávida será demitida somente por justa causa. Enquanto a mulher estiver em licença maternidade, ela continuará recebendo seu salário normalmente. O salário-maternidade é devido a partir do oitavo mês de gestação (comprovado por atestado médico) ou da data do parto (comprovado pela certidão de nascimento). Em setembro de 2003, o pagamento do salário-maternidade das gestantes empregadas passou a ser feito diretamente pelas empresas, que são ressarcidas pela Previdência Social. Verifique no contra-cheque se os seus dados estão correios. Confira o número do PIS, carteira de trabalho, data de nascimento e nome. Em caso de casamento, a mulher que alterou seu nome deve enviar a cópia da certidão de casamento ao Departamento Pessoal. Qualquer informação errada vai dificultar o recebimento dos seus benefícios como licença e fundo de garantia. ¨:::::::::: Informativo IBC União Latino-Americana de Cegos Reverencia IBC -- Mais uma vez, o Instituto Benjamin Constant fez jus a uma grande homenagem ainda referente ao sesquicentenário. A pioneira escola de cegos do país recebeu a Comenda Enrique Elissalde, conferida pela União Latino-Americana de Cegos-ULAC, que é uma das mais importantes entidades de cegos do mundo e atualmente congrega mais de 19 países de toda a América Latina. A solenidade aconteceu no dia 19 de abril, no teatro Benjamin Constant, na Av. Pasteur, 350-368, Urca, bairro da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. O evento reuniu mais de 200 pessoas da área educacional, parlamentares e personalidades da sociedade carioca, ocasião em que o cubano José Monteagudo, atual presidente da ULAC, entregou a honraria à diretora-geral do IBC, Érica Deslandes Magno Oliveira. Vale ressaltar o minuto de silêncio realizado por todos os presentes em homenagem à memória do advogado e grande educador Edison Ribeiro Lemos, falecido recentemente. O presidente da ULAC, José Monteagudo, falou: “O IBC está para a América Latina assim como o Instituto de Cegos de Paris está para a Europa. O IBC foi a primeira escola a educar cegos utilizando o sistema Braille, e afirmo que é quase impossível enumerar as benfeitorias realizadas ao longo desses 150 anos, sempre proporcionando ensinamentos que elevam a capacidade intelectual e social do portador da deficiência visual.” A necessidade de integrar os deficientes visuais e o desenvolvimento das atividades coordenadas pela ULAC fizeram parte da fala de Monteagudo. Ao receber a Comenda Enrique Elissalde, a diretora-geral do IBC, visivelmente emocionada, retribuiu: “Nosso objetivo é o mesmo: o trabalho em prol da pessoa cega. Sinto-me bastante feliz com mais esta homenagem à Instituição e agradeço em nome de todos os que me auxiliam nesta luta.” ¨ *** Surdocegos brasileiros atraem professores ingleses -- Ainda sob o clima das comemorações do sesquicentenário da escola pioneira na América Latina, no ensino do aluno deficiente visual, o Instituto Benjamin Constant recebeu, no dia 8 de abril, do Reino Unido, 15 visitantes interessados em conhecer o Programa de Atendimento e Apoio ao Surdocego-PAS, realizado há 12 anos pelo IBC. A visita da comissão e da intérprete Laura Ancilloto ao Instituto foi promovida pelo Grupo Brasil, organização composta por uma rede estrutural de apoio ao surdocego e ao múltiplo deficiente sensorial, sediada em São Paulo. Ciceroneados pela professora Margarida Aguiar Monteiro, responsável pelo trabalho, os ingleses viram de perto o benefício prestado aos estudantes. Os profissionais estiveram na horta cultivada pelos alunos e depois apreciaram os trabalhos de cerâmica feitos pelos artesãos; registraram imagens e receberam cadernos produzidos com papel reciclado. Entre as principais curiosidades demonstradas pelos estrangeiros estão a origem do dinheiro destinado à manutenção dos projetos, a faixa etária dos estudantes, quantos são atendidos e se conseguem uma vida independente. “Recebemos apenas verbas do Governo Federal; temos 10 alunos e colocamos em prática programas variados na área da comunicação, estimulação auditiva e visual, ensino do sistema Braille, orientação e mobilidade, atividades da vida diária, ocupação profissional, artesanato, reuniões de orientação e apoio, recreação e lazer, educação física e entrevistas de orientação a pais e familiares,” respondeu a prof.a Margarida Aguiar. Após tomar contato direto com o PAS, a comissão inglesa reuniu-se com a direção geral do IBC para obter mais detalhes sobre os problemas que afligem os portadores de deficiências no país. Durante o encontro, souberam das dificuldades do ingresso no mercado de trabalho e da necessidade de formar professores capacitados para atuar junto aos surdocegos. O ponto culminante do encontro aconteceu durante o depoimento, na linguagem de sinais dos surdos, do aluno Carlos Jorge Rodrigues, de 45 anos: “Sou surdo de nascença e comecei a perder a visão com 10 anos. Estudei Braille, informática e massoterapia; aprendi a nadar no Instituto Benjamin Constant e, com muita auto-estima, fui o primeiro surdocego a participar de um campeonato nacional de mergulho. Por tudo isso, sugiro à comissão que traga surdocegos da Inglaterra para conhecer o inestimável trabalho feito pela prof.a Margarida Aguiar”, enfatizou emocionado. De acordo com Aleson Walker, porta-voz do grupo, todos gostaram do que presenciaram: a eficácia do projeto, a limpeza, o bucólico jardim e a bela produção dos livros ecológicos. ¨ *** Estande do IBC e um enorme galpão escuro causaram muita curiosidade em exposição no Riocentro. A Expo Interativa -- Ciência para Todos, realizada recentemente no Centro de Convenções Riocentro, na Barra da Tijuca, propiciou a centenas de pessoas a oportunidade de conhecer o dia-a-dia dos deficientes visuais. A convite do Ministério da Ciência e Tecnologia-MCT, o Departamento Técnico-Especializado-DTE, do Instituto Benjamin Constant, através da Divisão de Pesquisa e Produção de Material Especializado-DPME montou um estande para expor a produção de materiais didáticos adaptados à aprendizagem de pessoas cegas. Crianças e adultos conheceram livros em Braille, mapas, calendários e outros acessórios utilizados pelos alunos do IBC. “A maioria das pessoas desconhecia o sistema Braille e tinha curiosidade em saber como o cego estuda”, disse Denise Pereira, do DPME. Com certeza o estande do IBC e a exposição Diálogo no Escuro foram os mais procurados. Esta instalação superinteressante, criada há 15 anos na Alemanha, por Andreas Heinecke, visa proporcionar às pessoas que enxergam, uma jornada fascinante por ambientes diversos, mas totalmente escuros. Os cegos passam a ser guias dos que estão no ambiente para o qual não se prepararam. Com a imersão no escuro total, percepções, preconceitos e hábitos tradicionais são questionados. Fora a visão, outros sentidos são explorados e o visitante é levado a redescobrir, em novos moldes, a audição, o tato e o olfato, enquanto realiza atividades do cotidiano, como, por exemplo, freqüentar um bar, sentar no banco da praça e andar entre vegetações. Um dos guias do passeio foi o atleta paraolímpico Rodrigo Machado, 25 anos, estudante do Instituto Benjamin Constant. “Foi uma experiência inusitada, pois dentro daquela enorme caixa preta, eu enxergava, e os visitantes, não. Eles andavam desengonçados, receosos, com passos curtos, e não conheciam o local. Rapidamente eu consegui reconhecer todo o espaço. Certamente, quem entrou no Diálogo no Escuro aprendeu uma lição de vida, e alguns não conseguiram controlar a emoção e até chegaram às lágrimas”, disse o atleta campeão. Diálogo no Escuro já percorreu 60 cidades, em 13 países diferentes, totalizando mais de 700 mil visitantes. Em Hamburgo, na Alemanha, a atividade vinculou-se a um programa de integração de portadores de deficiência visual ao mercado de trabalho. Recentemente a exposição foi inaugurada no Heureka, Museu de Ciência da Finlândia, na cidade de Helsinki. ¨ *** Virgínia Vendramini mostra seus tapetes no CCBB -- Ex-aluna e ex-professora do IBC, destacou-se na exposição Arte, Diversidade e Inclusão Sociocultural, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil. A exposição reuniu deficientes de todo o país: artistas plásticos, dançarinos, músicos, atores e escultores. Virgínia, artista multimídia que incursiona pela tapeçaria, cerâmica e poesia, expôs quatro tapetes, com temas abstratos e geométricos. “Gosto mais dos abstratos, porque cada vez que se olha, percebe-se algo diferente. Não gosto de tapetes de flores, não gosto de figurativo. O abstrato permite viajar tanto na confecção quanto na visualização." Muito elogiada durante a exposição, a tapeceira causou admiração pelo fato de superar as limitações físicas e por apresentar um belíssimo trabalho. “Não há nada mais bonito que isso. Ela harmoniza tudo muito bem”, disse, encantada, a professora mato-grossense Flora Tomé, em visita à exposição. Cega desde os 16 anos, Virgínia Vendramini nasceu em 1945, na cidade paulista de Presidente Prudente e encontrou na arte de tecer novas formas de expressão. Rejeitando a idéia de apenas fazer tricô e buscando a originalidade, a artista do IBC começou a produção de tapetes quando ainda lecionava no Instituto. A conclusão de um trabalho demora aproximadamente dois meses e requer de 10 a 12 horas ininterruptas por dia. “As artes possibilitam uma forma de criação e expressão infinitas”, afirmou. Com todas as cores dos novelos de lã identificados em Braille, Virgínia faz o mesmo com as tintas que utiliza para a composição de quadros. Fatos inusitados também acontecem nesse ofício; por ter nascido com um resíduo visual, Vendramini tem boas noções de cores: “Certa vez, fui obrigada a livrar-me de um tapete porque o vendedor da loja em que eu comprava lã forneceu a cor errada”, disse. Um dos seus trabalhos mais solicitados é o "Arco-Íris" e, devido à imensa procura de seus compradores, já confeccionou três peças. O tapete é espesso, utiliza 12 quilos de lã e tornou-se uma referência do tempo em que enxergava. “Aos nove anos, via o reflexo do sol no vidro da janela do meu quarto; a imagem formava um arco-íris, e eu passava horas olhando para ele”, lembrou, sentindo saudades da infância. ¨:::::::::: Noticiário Especializado Livros, apostilas etc. em Braille -- A União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo -- Intermunicipal de Campinas -- Rua Felipe dos Santos, 105 -- CEP 13073-270 Campinas, SP criou um Departamento de Divulgação e Difusão Doutrinária para Deficientes Visuais. É dirigente do departamento a confreira Marilza Oliveira. Todos os sábados, há uma reunião para leitura e estudo das obras de Allan Kardec e outros livros transcritos para o Braille. São obras doadas pela SPLEB -- Sociedade Pró-Livro Espírita em Braille -- Rua Tomás Coelho, 51 -- Vila Isabel -- CEP 20540-110 Rio de Janeiro, RJ -- tel.: (0xx21) 2288-9844. Os livros fazem parte do acervo da "Biblioteca Wilson Ferreira de Mello". ¨ *** O sistema Braille no Brasil -- A produção de livros em Braille no Brasil iniciou-se com a criação de uma oficina tipográfica, em 14 de agosto de 1857, no prédio onde funcionava o Instituto Imperial dos Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant, no bairro da Gamboa, no centro da cidade do Rio de Janeiro. À época, eram utilizados tipos em relevo trazidos da França; para suprir a carência de textos, importavam-se livros em Braille no idioma francês, durante o século XIX. Em 1890, o cargo de ditante-copista era ocupado por um profissional de visão normal encarregado de ditar para alunos, repetidores e professores cegos o material inerente aos estudos. Com três volumes, a primeira obra aqui produzida, em 1863, foi a História Cronológica do Imperial Instituto dos Meninos Cegos; a segunda, a Constituição Política do Império do Brasil, em 1865, existindo ainda um exemplar no acervo do Instituto. Mesmo com o advento das primeiras máquinas de estereotipia na Europa e nos Estados Unidos, em fins do século XIX, foi ainda assim mantido o velho processo de impressão por tipos até a década de 30, quando foram importadas quatro máquinas da França. ¨ ::::::::::

Troca de Idéias Antonio Martins Rua Guilherme CH -- Neto, 66 Bairro Jardim Esplanada Marília -- SP 17521-280 Gostaria de corresponder-me com pessoas de ambos os sexos, de qualquer idade, e de todas as partes do país. Tenho 71 anos, estou de bem com a vida, solteiro, tranqüilo e feliz, apesar da idade. Marlene Aparecida Caetano Rua Andaraí, São Cristóvão II Guarapuava -- PR 85060-070 Tenho 28 anos, sou solteira, baixa visão, gosto de ler e quero fazer amizades com pessoas de todo o brasil. Ricelli Santos da Costa Rua 21, n.o 513, Q 33 Bairro Dr. Silvio Botelho Boa Vista -- RR 69314-480 Desejo manter correspondência com pessoas do Brasil e do exterior. Luzia Nogueira da Silva Rua J, n.o 148 Bairro Maracazinho Maracanaú -- CE 61900-000 Tenho 22 anos e gostaria de corresponder-me somente com pessoas espíritas. Sônia Graça Peixoto Rua João Bacurau, 57 Centro 63100-000 Sou viúva, funcionária pública, e pretendo corresponder-me com rapazes a partir de 45 anos, para uma amizade sincera. ¨ ::::::::::

Ao Leitor Solicitamos, aos leitores da RBC abaixo mencionados, que nos enviem seus endereços completos, para evitar que suas revistas voltem. Favor verificar se estão retidas no correio. Muitas revistas estão voltando por não caberem na caixa do correio. Airton Leão Alejandro Iglesias Campos Ângela Vigolo Antônio Dionísio Cunha Armindo João Amaral Associação dos Deficientes Visuais do MS Associação Linense de Instrução para Cegos CAP -- CE Rua Idelfonso Albano CAP -- MS Rua José Antonio CAP -- SC Av. Rio Branco Centro Louis Braille Centro Municipal Integrado de Educação Especial -- RR CEPROCAMP -- SP CINDEP -- SP Colégio Estadual Cel. Benjamin Guimarães Cremildes Duarte Ramos Egildo José Souza Filho Elieser Tavares de Oliveira Elson Ganassoli Emmanuel da Costa Jurema Escola José Álvares de Azevedo -- RS Escola Municipal Lions Club Bandeirantes -- GO Fátima Gomes Ferreira Francimar Torres Maia Francisco Medeiros Quarta Morada Geraldo Morilla Guiliana Fartur Ilma Maria Cardoso Magno Instituto Helen Keller Internacional João Manuel Ribeiro Fernandes João Thomaz Coelho Joanete Rosa Pereira Jonys Ribeiro da Silva José carvalho Bispo Mara Ramos Maria de Lourdes Rodrigues Maria do Sameiro Machado Rodrigues Néri Rodolfo Bento Odete Fiúza Rozana de Jesus Souza Barreto Suely Cristina Carvalho de Souza Suely Souza Lopes Vanderlei Werner Vânia Alves de Souza Virgolina da Silva Cabrita Wilson Rodrigues Pereira