õeieieieieieieieieieieieieieio õ o õ Revista Brasileira o õ para Cegos o õ o õ Ano LXV n.o 508 o õ Maio-Agosto de 2007 o õ o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral do IBC o õ Sra. Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador da RBC o õ Prof. José o õ Espínola Veiga o õ Responsável pela RBC o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca -- Rio de Janeiro o õ RJ -- Brasil o õ 22290-240 o õ tel: (0xx21) 3478-4457 o õ o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Editorial :::::::::::::: 1 Em Família :::::::::::: 2 Três Coisas ::::::::::: 5 Os Gladiadores Romanos :::::::::::::: 5 Da Bomba-Limpa aos Homens-Bombas ::::::: 9 Dois Pesos e uma Vontade :::::::::::::: 13 Janelas da Alma ::::::: 17 Jóias da Humanidade ::: 19 Histórias Interessantes :::::::: 24 Artes :::::::::::::::::: 27 Brasil ::::::::::::::::: 28 Ecologia ::::::::::::::: 33 Lugares do Mundo :::::: 34 Ciência e Saúde ::::::: 40 Variedades ::::::::::::: 63 Informativo IBC :::::: 85 Noticiário Especializado :::::::: 89 Troca de Idéias ::::::: 95 Ao Leitor ::::::::::::: 96 Convivência “As flores amam todas as flores no leito dos ventos. Só o homem constroi a sua solidão.” Saint Exupéry Quão difícil é a convivência harmoniosa entre os homens... As guerras eclodem a todo momento, não importando se entre povos inimigos ou irmão, como é o caso dos povos do Oriente Médio que fazem parte do mesmo tronco biológico. Em nome da religião, da posse de terras, do poder hegemônico, muito se mata. A convivência pacífica entre todos deveria ser Lei Universal, capaz de banir da Terra o agressor. Mas como desejar este convívio fraterno entre as pessoas se o conflito entre membros da mesma família é eterno... Utopia é a palavra certa para o desejo de paz entre as nações? Talvez, somente talvez, em nome da beleza de um pôr-do- -sol, do canto dos pássaros, do riso de uma criança, se desarmem os corações. Talvez... ¨:::::::::: Em Família Uma cotovia e uma águia encontraram-se num rochedo situado no alto de uma montanha. A cotovia disse: "Bom dia para a senhora." E a águia, baixando os olhos, respondeu: "Bom dia." E a cotovia disse: "Espero que tudo esteja bem com a senhora." "Sim", disse a águia, "tudo está bem comigo. Mas você não sabe que sou a rainha das aves, e que só deve dirigir-me a palavra depois que eu tenha falado?" A cotovia replicou: "Parece-me que somos da mesma família." A águia olhou de soslaio para ela, demonstrando desprezo, e falou: "Quem foi que disse que eu e você somos da mesma família?" A cotovia respondeu: "Lembro-lhe do seguinte: posso voar tão alto quanto a senhora e cantar e dar prazer às outras criaturas da Terra. E a senhora não dá prazer nem deleite." A águia, então, ficou possessa e gritou: "Prazer e deleite! Minúscula criatura presunçosa! Com um só golpe do meu bico, eu poderia destruí-la. Você é apenas do tamanho do meu pé." Nesse momento, a cotovia esvoaçou e pousou nas costas da águia, começando a bicar-lhe as penas. A águia ficou irritada e voou rápido e alto para livrar-se da avezinha. Mas não o conseguiu. Por fim, voltou para aquele mesmo rochedo sobre o alto monte, mais brava do que nunca, com a pequena criatura ainda nas costas, e amaldiçoando sua sorte. Então, naquele momento, chegou uma tartaruga e pôs-se a rir do que via, e riu tão alto que quase virou de costas. E a águia olhou para a tartaruga, e disse: "Ó coisinha lenta que se arrasta pela terra, está rindo de quê?" E a tartaruga disse: "Acho graça porque vejo que virou um cavalo e tem uma avezinha cavalgando seu costado; e a pequenina ainda se está saindo melhor." E a águia redarguiu: "Vai cuidar de sua vida. Isto é um assunto de família, entre eu e minha irmã, a cotovia." ¨ ::::::::::

Três Coisas Fernando Pessoa De tudo, ficaram três coisas: A certeza de que estamos sempre começando... A certeza de que é preciso continuar... A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar... Portanto, devemos: Fazer da interrupção um caminho novo... Da queda um passo de dança... Do medo, uma escada... Do sonho, uma ponte... Da procura, um encontro... ¨:::::::::: Os Gladiadores Romanos Fabiano Onça Glória e vergonha nunca andaram tão juntas quanto na época dos gladiadores em Roma. A maioria desses lutadores era de escravos, que haviam sido aprisionados nas campanhas romanas, ou criminosos e endividados, que terminavam como escravos e eram enviados para as academias de gladiadores -- justamente por serem fortes ou habilidosos. Pertenciam, assim, à classe dos *infamis*, ou seja, pessoas em desgraça. Embora a vida deles não fosse fácil, já que eram submetidos a constantes treinamentos, eles não podiam reclamar. “Geralmente não eram acorrentados nem açoitados e não lutavam mais do que três vezes por ano. Melhor do que ser um escravo comum." A glória ficava por conta da adoração que os romanos tinham pelos gladiadores. Os mais famosos faturavam prêmios, eram idolatrados pelas mulheres e eventualmente ainda ganhavam uma espada de madeira -- chamada rudis -- no fim da carreira. Ela simbolizava a liberdade. Nem sempre os gladiadores enfrentavam outros guerreiros. Havia uma classe especializada na luta contra os animais, os bestiarii -- uma espécie de segunda divisão, sem tanta fama. Seus espetáculos, porém, eram muito aguardados, principalmente quando algum animal exótico para os romanos, como um tigre ou rinoceronte, era colocado na arena. Não era só o povão que delirava com as lutas. Vários imperadores romanos piravam, como Adriano, Tito, Calígula e Comodus. Os dois últimos até lutaram como gladiadores -- e sempre venceram. O imperador ainda patrocinava a maioria das lutas e decidia se o gladiador que perdia, seria morto. Gladiadores populares eram tão famosos quanto o Ronaldinho hoje. Inscrições nos muros de Pompéia diziam coisas como: “De noite, Crescens captura mocinhas em sua rede”; ele era gladiador. O poeta Juvenal (55-127 d.C.) diz em um de seus livros que Eppia, esposa de um senador, fugiu para o Egito com seu amante, um gladiador. Quando o povo queria salvar um gladiador, levantava o polegar e, para matá-lo, apontava esse dedo para baixo, certo? Mas não há evidências concretas disso. Se um gladiador estivesse diante da morte, esperava-se que ele aceitasse seu fim sem choradeira. Após o golpe fatal, seu corpo era removido por um homem vestido como caronte -- o barqueiro mitológico que conduzia as almas para o inferno -- que saía do Coliseu pela Porta Libitinensis -- Libitina era a deusa da morte. ¨:::::::::: Da Bomba-Limpa aos Homens-Bombas Arnaldo Jabor Os nazistas eram loucos, matavam em nome do ideal psicológico e “estético” de “reformar” a Humanidade para o milênio ariano. As bombas americanas foram lançadas em nome da “Razão”. Na luta pela democracia, rasparam da face da terra os “japorangas”, seres oblíquos que, como dizia Truman em seu diário: “São animais cruéis, obstinados, traidores. Seres inferiores de olhinho puxado podiam ser fritos com *shitakes*.” Enquanto os burocratas alemães contavam os dentes de ouro e óculos que sobraram nos campos, a bomba A foi rápida e eficiente como um detergente, um mata-baratas. Ainda hoje é fascinante ver as racionalizações que a América militar inventou para justificar seu crime nuclear. Truman escreveu: “Eu queria nossos garotos de volta e ordenei o ataque para acelerar essa volta.” Diziam também que Hitler estava perto de conseguir a bomba, o que é mentira. A destruição de Hiroshima foi “desnecessária” militarmente. O Japão estava de joelhos, querendo preservar apenas o imperador Hirohito e a monarquia. Uma das razões reais era que o presidente e os falcões da época queriam também testar o brinquedo novo. Truman fala dele como um garoto: “Uau! É o mais fantástico aparelho de destruição jamais inventado!!... no teste, fez uma torre de aço de 60 metros virar um sorvete quente!...” Escrevo isso porque vivemos a era inaugurada por Hiroshima: um tempo em que a morte, ou melhor o suicídio da Humanidade, virou uma escolha político-militar, os computadores do Pentágono oscilam na possibilidade estratégica: valerá ou não a pena continuar atômicos? Sim. Tanto é que estão recauchutando dez mil bombas “velhas”, para que rejuvenesçam e durem mais. Podem destruir o mundo 40 vezes o que tira dos homens o mistério, o destino desconhecido regido por deuses, e obviamente, desestimula qualquer esperança de razão, projeto, cultura. O holocausto ainda tinha o desejo sinistro de produzir um “sentido” para a matança, um futuro milênio ariano. Com Hiroshima, inaugurou-se a “guerra preventiva” de hoje. Vivemos dois campos de batalha sem chão; de um lado a máquina americana comandada pela lógica de um turbo-capitalismo que raspará qualquer obstáculo a seu desejo. Do outro lado, temos os homens-bombas multiplicados por mil, graças à América também. Um dia eles chegarão às bombas nucleares, principalmente no Paquistão. Não há mais objetivos ideológicos ou humanos no comando. No lado ocidental, quem manda são as Coisas. A fim de proteger a lógica do petróleo, do poder de controle, de paranóia antiterrorismo, qualquer arrasamento de terreno será possível. Sem o Humano no comando supremo, as bombas desejam explodir. A loucura americana -- encarnada pelo embaixador das Coisas, o Bush -- está mais exposta. O avião que largou a bomba A em Hiroshima tinha o nome da mãe do piloto na fuselagem -- "Enola Gay" -- esse gesto de carinho batizou de fogo 150 mil pessoas. Essa foi a mãe de todas as bombas, parindo um feto do demônio que exterminou 40 mil crianças em 15 segundos. Estamos assim: de um lado, a Coisa, do outro, Alá. A pulsão de morte e o desejo de mercado se encontram finalmente. Quem vai controlar? ¨:::::::::: Dois Pesos e uma Vontade Douglas H. Chadwick No norte da Tailândia, duas criaturas de forte personalidade, ambas do sexo feminino, compartilham uma cabana na floresta, construída sobre estacas. Uma delas, chamada Jokia, tem 42 anos e pesa 3 toneladas. A outra, Sangduen, também está pelos 40 anos e pesa 43 quilos. São duas vidas estreitamente unidas -- a da elefanta e a da mulher. Enquanto Sangduen prepara a comida, Jokia levanta sua tromba, que vai arrastando no chão de bambu como uma cobra, até que Sangduen lhe dá algumas verduras ou frutas. Antes de as duas se conhecerem, Jokia trabalhava numa madeireira ilegal, onde era obrigada a arrastar troncos, mesmo estando grávida, e subir encostas íngremes puxando pesadas cargas. Como resultado de tanto esforço, sofreu um aborto e resolveu fazer greve. Seu tratador, ou *mahout*, passou a atirar pedras nela com um estilingue para fazê-la levantar-se e andar -- prática que chamam de “controle remoto”. Certo dia ele errou o alvo -- e a pedrada deixou-a cega do olho esquerdo. A depressão de Jokia aumentou. Quando seu dono veio tratar da situação, ela quebrou-lhe o braço com um movimento da tromba. Como vingança, ele atirou uma flecha no outro olho da elefanta, e depois a colocou de volta para trabalhar, acorrentada, arrastando toras de madeira em plena escuridão. Numa visita ao local onde a madeireira cortava as árvores de teca, Sangduen viu-a sendo espancada pelos tratadores porque Jokia caminhava dando encontrões nas árvores. Quando lhe contaram a história da elefanta, Sangduen viu que jamais teria descanso enquanto não tivesse dinheiro para comprá-la. Ao lembrar das batalhas do século XVI, que usavam manadas de elefantes contra a arqui-rival Mianmar (ex-Birmânia), os tailandeses costumam dizer que seu país conquistou a liberdade no dorso desses animais. Mas essa reverência não se coaduna em nada com as atuais condições dos paquidermes que trabalham na Tailândia. A agricultura e o desmatamento roubaram dos animais selvagens cerca de três quartos das florestas do país e colocaram os domesticados na fila do desemprego, já que a maioria trabalhava na indústria madeireira. E os domesticados, ao contrário dos selvagens, não estão protegidos pela Lei da Conservação, assinada em 1992. Em vez disso, são classificados como algo próximo a gado. Isso significa que os pro- prietários, obrigados a conservar animais que não mais produzem renda, mas consomem cerca de 230 quilos de alimentos e 230 litros de água por dia, têm o direito de vendê-los para serem abatidos -- ou para o consumo da carne ou, no caso dos machos, para extração das presas de marfim. ¨:::::::::: Janelas da Alma Luiz Chagas As irmãs Barbosa -- Maria (ou Lia ou Maroca), a mais velha, Regina (ou Poroca) e Conceição (ou Indaiá), a caçula -- nasceram cegas e começaram a esmolar ainda crianças enquanto cantavam e tocavam ganzá, instrumento de percussão composto por um cilindro de metal com areia ou arroz dentro. Sem reclamar, as três chegaram a sustentar 14 pessoas de sua família, tornando-se conhecidas em festas e feiras de todo o Nordeste, principalmente em Campina Grande, Paraíba, onde moram até hoje. Quando o diretor carioca Roberto Berliner e o roteirista Maurício Lissovsky as contrataram, em 1997, para a série de televisão "Som da Rua", as irmãs estavam aposentadas e não tinham nem ganzá para tocar, Berliner comprou os instrumentos e acabou fazendo o documentário de seis minutos, batizado com uma frase delas, "A pessoa é para o que nasce", sendo premiado no Brasil e no exterior. Durante a produção, as três irmãs se mostraram muito faladeiras, contando histórias de amor, morte e sofrimento. Mas sempre se mostrando esperançosas. O curta, então, acabou virando um média-metragem. Planejado para estrear em 2000, o trabalho foi interrompido assim que chegou um convite de Gilberto Gil e Naná Vasconcelos para que as irmãs participassem do festival de percussão PercPan. Berliner e sua equipe filmavam as apresentações em Salvador e em São Paulo quando tiveram de enfrentar algo insólito. Maria, a única que se casara -- sendo duas vezes viúva e mãe de uma menina, Maria Dalva --, tinha se apaixonado pelo diretor. Dessa forma, o longa-metragem final, com 84 minutos, em cartaz no Rio de Janeiro e em São Paulo, mostra a alteração que o cinema provocou na vida de Maria, Poroca e Indaiá. E como todos acabaram sendo afetados. Brilhantemente musicado por Hermeto Pascoal, que cria melodias com o falar cantado das irmãs, o resultado comove ao revelar a entrega das três, que se desnudam, literalmente inclusive, para as câmeras. ¨:::::::::: Jóias da Humanidade Templos Sagrados Catedral de Cuenca, na Espanha, onde se diz que o Cálice Sagrado está escondido numa das colunas. A Catedral em estilo gótico, é uma das maiores da Espanha, e foram necessários três séculos para que ficasse pronta. Catedral de Santiago de Compostela, na cidade do mesmo nome, é para onde todos os peregrinos se dirigem e rezam no túmulo de São Tiago. Catedral de Assis, na Itália, onde viveu São Francisco de Assis. Monte Saint-Michel, na França, abadia erguida no local em que o arcanjo Miguel teria feito uma aparição no ano de 708. Catedral de Lyon é iluminada por 182 vitrais, que cobrem uma área de 1.800 metros quadrados. Borobudur, construção de três mil milhões e quinhentas mil toneladas em forma de mandala e tem 432 estátuas de Buda: é o maior templo, budista do planeta e fica no meio da selva javanesa, na Indonésia. O Doi Suthep, em Chiang Mai, Tailândia, guarda parte das cinzas do próprio Buda. Suntuoso Potala em Lhasa, Tibete, palácio de mais de 1.000 aposentos construído para servir de moradia aos dalai-lamas. Pagode de Schewdagon, em Yangun, Mianmar, a antiga Birmânia: com forma de sino, tem 100 metros de altura e está coberto por 700 quilos de ouro. Kyaikhtiyo, conhecido como o Rochedo de Ouro, fica a 200 quilômetros de Yangun, e equilibra-se no alto de uma colina de 1.000 metros. Os birmaneses juram que ele é preso por um fio de cabelo de Buda. Na região de Katmandu, no Nepal, há quase mais templos do que casas. Entre os mais famosos estão o Pashupatinath -- o templo de Shiva -- e o Swayambhu, também conhecido como o Templo dos Macacos. O Tanah Loth, em Bali, Indonésia, é considerado o mais bonito entre os 22 mil templos da ilha. Porém o mais sagrado é o Besakih. Na verdade, trata-se de um complexo de 23 construções, na encosta do Vulcão Agung. Mesquita de Meca, na Arábia Saudita. O maior e mais importante templo para os muçulmanos. No centro dele, fica a Caaba, um cubo onde está guardada a pedra negra sagrada -- segundo a tradição, é a morada de Alá. Domo da Rocha, em Jerusalém, foi construído no exato ponto onde Maomé ascendeu aos céus. A imensa Mesquita de Hassan II, em Casablanca, Marrocos, é um dos raros templos islâmicos abertos a não-muçulmanos. A Mesquita Azul e a Mesquita Suleymaniye, em Istambul, Turquia, são belíssimas, com seus vitrais coloridos. Catedral de São Basílio, na Praça Vermelha, em Moscou -- Rússia, com seu conjunto único de nove capelas, de cores e formas diferentes. Catedral do Cristo Redentor, réplica do templo destruído em 1931 por Stalin, consumiu 25 milhões de dólares. Catedral de São Isaac, em São Petersburgo, domina a paisagem com seu domo dourado. Catedral de Santa Sofia, em Kiev, Ucrânia, de estilo bizantino, foi durante séculos o palco de cerimônias de coroação, assinatura de tratados importantes e onde eram recebidos os dignitários estrangeiros. Mosteiro de São João Evangelista na Ilha de Patmos, na Grécia, um importante lugar de adoração dos fiéis ortodoxos e dos cristãos ocidentais, por ser ali que o apóstolo João escreveu o Livro do Apocalipse. Na Grécia, em Meteora, região da Tessália, ficam os espetaculares mosteiros construídos no topo de rochedos. Muitos só são alcançados por escadas de corda. ¨:::::::::: Histórias Interessantes Graças à crescente fama do menino, a família do pequeno Wolfgang Amadeus Mozart é chamada pela casa real francesa para ir ao Palácio de Versalhes para uma apresentação. Como era fim de ano, todos são convidados para o jantar de Ano Novo. Com apenas 8 anos, Mozart faz um concerto para o rei Luís XV. Era o dia 1.o de janeiro de 1764 na França. ¨ *** A Dieta do Mosteiro -- O uso de remédios naturais para emagrecer, já estava em voga na Idade Média. É o que mostra uma descoberta feita no mosteiro de Soutra Aisle, ao sul de Edinburgo, Escócia. Pesquisadores encontraram vestígios de que os monges agostinianos que viviam lá no século XII usavam uma planta da família Mathyrus linifolius para criar uma poção que, de acordo com relatos medievais, fazia "esquecer de comer e beber por semanas e, às vezes, por meses". O monastério teria sido um centro médico, capaz de realizar partos e tratar de pessoas envenenadas. ¨ ***

Ricardo só visitou três vezes a Grã-Bretanha -- Um verdadeiro mito na história da Inglaterra, Ricardo Coração de Leão, além de não falar inglês, passou no total cerca de seis meses no país, durante os 10 anos de seu reinado. Segundo o historiador Ricardo da Costa, da Universidade Federal do Espírito Santo, o rei esteve na principal ilha britânica apenas três vezes em todo seu reinado: em sua coroação, em 1189, ao voltar da #:a Cruzada, em 1194, e quando morreu, em 1199. Sua imagem de herói está ligada especialmente à liderança da 3.a Cruzada, em 1190. Na empreitada, quase conquistou Jerusalém por duas vezes e conseguiu uma trégua com o líder árabe, Saladino. O monarca, que antes de ocu-

par o trono, guerreou contra os irmãos e o próprio pai, o rei Henrique II (1154- -89), é mais conhecido na França por seu gosto pela arte e poesia, além das brigas com seus amantes (de ambos os sexos). ¨:::::::::: Artes Impressionante Mistura de Estilos Revista Superinteressante No Rio de Janeiro, o castelo provoca a curiosidade e o cenário lembra reis e rainhas. Chamar atenção para o prédio era o objetivo do sanitarista Oswaldo Cruz, que o projetou em parceria com o arquiteto Luiz Moraes Júnior. Depois de percorrerem o trajeto da entrada do campus até as escadarias do castelo em um trenzinho, os visitantes aprendem com os guias que o imóvel, em estilo neomourisco, começou a ser erguido em 1905. Numa época em que a cidade sofria com epidemias de peste bubônica, febre amarela e varíola, ali seriam fabricados soros e vacinas. É difícil não se impressionar com a mistura de materiais que adornam o castelo. Com influência portuguesa, inglesa e sobretudo árabe, a sede da Fundação Oswealdo Cruz, onde hoje se fabricam dezenas de medicamentos, tem pisos em mosaicos de cerâmica, arcos em forma de ferradura, trechos cobertos de azulejos e paredes e tetos revestidos com trabalhos de baixo-relevo. ¨:::::::::: Brasil Outro jeito de ser Maravilhosa Niterói, a 13 quilômetros do Rio de Janeiro, na baía de Guanabara, se destaca pelo patrimônio cultural -- com 500 mil habitantes e 430 anos de muitas histórias, Niterói é o município que mais investiu em preservação do patrimônio histórico e artístico no país nos últimos 12 anos. Seu conjunto arquitetônico reúne uma dezena de igrejas, erguidas, na maioria, nos séculos XVII e XVIII, fortes e um prédio notável pela beleza: o do Teatro Municipal João Caetano, construído no início do século XIX e totalmente restaurado e equipado com o que existe de mais moderno em matéria de tecnologia cênica. Entre as igrejas, o visitante não pode deixar de conhecer a de São Lourenço dos Índios, dos começos do século XVII, com um retábulo do século XVI, provavelmente a primeira grande obra de arte do Brasil; a igreja de Nossa Senhora da Conceição; a de São Francisco Xavier; e a igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, também do século XVII, situada no alto da ilha da Boa Viagem. Ao passar pelo centro da cidade, é possível voltar no tempo, observando o conjunto arquitetônico da praça da República, composto pelos prédios da Câmara Municipal, do Liceu Nilo Peçanha, do Palácio da Justiça, da antiga Secretaria da Justiça e da Biblioteca Pública. Para representar outra faceta da história, a militar, há os fortes, que têm todos como pano de fundo, belas paisagens. Desses, um destaque é o do Gragoatá, construído entre os séculos XVII e XVIII; já os fortes do Imbuhy e do Barão do Rio Branco, na praia de Fora, têm como origem um observatório construído em 1567; a Fortaleza de Santa Cruz foi erguida no século XVI para proteger a baía de Guanabara. A azulejaria portuguesa é bem representada no Solar do Jambeiro, edifício em que as fachadas e beirais, constituídos por telhões de louça, reúnem um dos mais importantes conjuntos de azulejos portugueses do século XIX existentes no Brasil. Ao lado desse patrimônio histórico, convivem obras de vanguarda, como o MAC -- Museu de Arte Contemporânea -- do mestre Oscar Niemeyer, construído no Mirante da Boa Viagem, local privilegiado que se debruça sobre o mar e leva o olhar do visitante até o outro lado da baía, onde estão o Corcovado e o Pão de Açúcar. Graças à sua arquitetura arrojada, o museu é considerado um referencial turístico mundial. ¨ *** O nosso primeiro grande turista foi o imperador D. Pe- dro II, um curioso por natureza e que se tornou o primeiro brasileiro a falar em um telefone -- em 1876 -- D. Pedro foi também um dos pioneiros proprietários de um instrumento indispensável a qualquer turista que se preze: uma máquina fotográfica. Foi ele quem, provavelmente, introduziu em nossa língua o terno *touriste*, em francês mesmo, já que as cortes imperiais da época eram todas aparentadas entre si e só se comunicavam na língua de Rousseau. ¨ ::::::::::

Ecologia À Prova de Tsunami Revista Galileu Vegetação costeira, como mangues, impediram que o tsunami que atingiu a Ásia em 2004 causasse tragédias ainda maiores. Um estudo publicado na revista “Science” mostra que áreas protegidas pela vegetação sofreram visivelmente menos danos do que áreas desprotegidas. Os autores do trabalho usaram fotos de satélites tiradas antes e depois do tsunami, no distrito de Cuddalore, no sudeste da índia, além de inspeções no terreno, para chegarem à conclusão. A pesquisa confirmou experimentos de laboratórios anteriores que mostraram que 30 árvores por metro quadrado podem reduzir a inun-

dação causada pelo tsunami em mais de 90 por cento. ¨:::::::::: Lugares do Mundo Labirinto das Arábias Revista Caminhos da Terra Tão logo entrei na Medina de Fès, um labirinto pouco iluminado de 9.700 ruelas sem placas ou nenhuma outra indicação, cercado por uma muralha de 16 quilômetros, tive a sensação de estar na Idade Média, Fès parece ter parado no tempo, mas sua beleza rude atrai como ímã. E o que parece incômodo no primeiro im- pacto -- gente demais, aglomerações, pobreza, falta de higiene, sujeira e os diversos odores -- aos poucos torna-se fascinante. Encontrar o caminho de volta neste lugar caótico é uma missão quase impossível. É por isso que muitos garotos se oferecem, por poucos dirrams, para indicar a saída aos visitantes não acostumados a tamanha confusão. É fácil se perder no meio desse formigueiro de ruazinhas, pequenas lojas, portas e janelas de casas e ateliês escondidos, que, aliás, formam o maior centro de artesanato de todo o Marrocos. Além das 200 mil pessoas que aqui moram e trabalham, todos os dias circulam por esses milhares de ruelas de terra batida ou de paralelepípedos, cerca de 50 mil visitantes, que compram, tomam, chá e falam alto num árabe incompreensível. É um movimento incessante de homens, mulheres, crianças e burricos, muitos burricos. “Balak! Balak! Balak!” É preciso estar atento a esse grito que ecoa a cada dez segundos: são os comerciantes, aos berros, conduzindo os tais burricos carregados de peles, sacos de tomates, estrume, lixo, tábuas, aves abatidas, condimentos, ervas raras e artesanatos. Com exceção de bicicletas e motos, não há outro meio de transporte que passe pelas ruas estreitas da medina. Em seu interior estão os souks -- as feiras onde se encontram os mais exóticos artesanatos e especiarias. Ali se reúnem costureiros, padeiros, marceneiros, tecelães, entalhadores, serralheiros, perfumistas, açougueiros, barbeiros, joalheiros, tatuadores e todo tipo de gente que faz algum trabalho manual que renda dinheiro. Diante de tamanha diversificação, o ar é impregnado por misturas de cheiros que mudam a cada esquina. Tanto podem ser agradáveis, como o leve perfume de incensos, quanto extremamente repulsivos, como o odor dos curtumes onde são tingidas as peles de animais recém-sacrificados. O jeito para escapar do mau cheiro é esfregar folha de hortelã debaixo do nariz. Os fassis, como são chamados os habitantes de Fès, orgulham-se de possuir um verdadeiro tesouro cultural enclausurado na mais autêntica medina do mundo árabe. Fès, que até o século XVI era a capital do Marrocos, foi declarada patrimônio da humanidade pela Unesco. Muitos monumentos famosos, palácios, medersas -- escolas corânicas -- e, é claro, numerosas mesquitas, podem ser visitados nessa medina. O mais importante desses prédios é Karanouine, fundado no longínquo ano de 857 e que consta como a primeira universidade do mundo ocidental. A entrada, porém, só é permitida a muçulmanos. Embora a maior parte dos habitantes da medina sofra com dificuldades -- falta água e é preciso conviver com a multidão desde as primeiras horas do dia -- há gente rica vivendo nesses labirintos. Mas é impossível identificar suas casas. Afinal, um dos princípios do islamismo reza que não se deve ostentar posses aos vizinhos. Muitas construções surpreendem: do lado de fora, exibem aquele aspecto sombrio, sem adornos, com uma pequena e velha porta de entrada feita de madeira; na parte interna das residências, porém, pode reinar a opulência, com valiosos móveis e tapeçarias, além de soberbas fontes de água, marcas de uma autêntica casa marroquina. Mas há lugares repugnantes, que não são aconselháveis para quem possui estômago sensível. O souk dos curtumes, o Chouara, é um deles. É preciso coragem para chegar perto daqueles imensos casulos onde o couro é tratado: deles emana um cheiro putrefato, originário das tintas extraídas de ervas que servem para colorir a pele dos animais. Sem falar nos restos de animais que, muitas vezes, permanecem por ali durante dias. Os homens que trabalham nesses casulos, remexendo os líquidos coloridos com imensas pás, certamente já perderam o olfato. Caminhar pela medina significa que você invariavelmente será abordado por um vendedor. O marroquino é um comerciante nato. Ele está sempre pronto para fisgar um freguês. Quando o turista entra numa loja e começa a olhar, rapidamente ele se aproxima e tenta empurrar alguma coisa, não importa o quê. A partir do instante que se pergunta o preço -- que nunca está afixado em lugar algum -- começa a negociação: o vendedor pede um valor absurdo, que, obviamente, nem espera que seja aceito. No Marrocos é assim mesmo: nunca se paga o preço pedido. Negociar é uma arte -- que os locais manejam com destreza. Por isso, sempre comece com 10 por cento do valor pedido. E boa sorte no pingue-pongue! O jogo, que pode durar horas, regado a chá de hortelã; faz parte da tradição marroquina. Um hábito, aliás, tão exótico como é o próprio Marrocos -- um país multicolorido, repleto de cheiros e tão misterioso quanto a fantástica medina de Fès. ¨:::::::::: Ciência e Saúde O que são os anabolizantes e que mal fazem ao organismo? -- Anabolizantes ou esteróides anabólicos são substâncias sintéticas parecidas com um hormônio natural do organismo, a testosterona, fabricada pelos testículos. Descobriu-se que essas substâncias estimulam o crescimento dos músculos e melhoram o desempenho dos atletas e, por isso, passaram a ser consumidas indiscriminadamente pelos esportistas. No entanto, os anabolizantes têm efeitos colaterais muito graves e seu uso implica questões éticas e de saúde. Foram, portanto, proibidos em competições esportivas. Segundo o professor Paulo Zogaib, da Unifesp, os anabolizantes podem provovar sobrecarga no fígado, retenção de água, inchaços, pressão alta, diminuição da produção da testosterona natural -- o que gera esterilidade e atrofia de testículos -- desenvolvimento de mama no homem, e, no caso da mulher, sua masculinização. ¨ *** Tecnologia -- O que diria Padre Feijó? -- Radar desvenda o que há no subsolo de São Paulo -- Quando se fala em sítios arqueológicos, é comum pensar em escavações em áreas longe da civilização. Mas essas atividades podem acontecer também no meio da cidade. Arqueólogos paulistas estão constatando isso graças ao georradar, um equipamento que permite descobrir objetos com centenas de anos, enterrados embaixo do asfalto. O georradar parece um cortador de grama, mas na verdade tem seis poderosas antenas, que fazem uma espécie de tomografia computadorizada do solo. “Ele está ajudando a definir a estratégia de pesquisa no Sítio do Capão”, conta o arqueólogo Paulo Zanettini, da IDS Brasil, empresa que comprou o aparelho na Itália. O local pesquisado pela IDS, na Zona Leste de São Paulo, foi tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal. Abriga uma casa do século XVIII, que foi sede da fazenda do Padre Feijó -- regente do país em 1835, após a renúncia de D. Pedro I. ¨ *** Astronomia -- Um planeta com 3 sóis -- Teoricamente, ele não poderia existir. No entanto, o planeta com três sóis é uma realidade. Por enquanto, seu nome de batismo é complicado: AD1 88753 AB. Ele se encontra na constelação do Cisne, a 149 anos-luz da Terra. Iluminado por três sóis, esse planeta é um enorme corpo gasoso similar a Júpter. Um dos sóis tem as dimensões do nosso Sol, e os outros são duas estrelas menores que giram ao redor da primeira. Foi descoberto pelo astrônomo Maciej Konacki, do Instituto de Tecnologia da Califórnia. A descoberta não tem precedentes e fascinou os cientistas. Eles agora querem entender como foi possível surgir um planeta num campo gravitacional tão complexo quanto aquele formado pelas três estrelas. ¨ *** Arqueologia -- Mais surpresas no Mar Morto -- Estudiosos da religião, preparem-se: arqueólogos americanos e israelenses descobriram restos de um mausoléu na Palestina, no sítio arqueológico de Qumram. Foi nesse mesmo local que, em 1947, foram encontrados, por acaso, os manuscritos do Mar Morto -- uma série de relatos escritos pelos essênios, uma seita judaica contemporânea de Jesus Cristo. Os manuscritos trouxeram inovações aos estudos bíblicos, acrescentando dados que alteravam a interpretação tradicional dos textos sagrados. Agora, utilizando sofisticados instrumentos de sondagem, a equipe comandada pelo arqueólogo americano Dennis Walker, da Universidade do Estado da Califórnia, teve acesso a uma nova caverna. Os primeiros objetos analisados indicam se tratar do túmulo de uma figura importante, mas a exploração ainda está no começo. Os cientistas esperam achar mais documentos históricos. ¨ *** Paleontologia -- Achados na China, mais de dez mil ovos de dinossauro -- Um grupo de pesquisadores chineses anunciou a descoberta de uma das maiores áreas de procriação de dinossauros. Ela está localizada na bacia do Xixia, na província central de Henan. Os especialistas acreditam que o número de ovos seja superior a dez mil. Segundo eles, os ovos estão praticamente intactos, e sua idade é de aproximadamente cem milhões de anos. Nessa época, o planeta estava repleto das mais variadas espécies desses animais pré-históricos. Em cada um dos ninhos de dinossauro há de 12 a 30 ovos. Os menores têm aproximadamente cinco centímetros de diâmetro, enquanto os maiores chegam a ter 50 centímetros. O maior dos ovos tem diâmetro de 60 centímetros. Os cientistas disseram que a descoberta ajudará a conhecer melhor os hábitos reprodutivos desses animais já extintos. As condições ambientais da época, segundo os pesquisadores, também poderão ser melhor compreendidas. Um exemplo: o grau de inclinação da camada subterrânea onde foram encontrados os ovos, é de cerca de 50 graus -- em relação à superfície terrestre. Ela parece ter sido provocada pelas mesmas forças que deram origem ao Himalaia e aos Alpes. Por isso, os dados permitem ter uma idéia mais clara dos movimentos das placas tectônicas. O achado foi feito por uma equipe do Instituto de Paleontologia e Paleantropologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais. O que mais impressionou os pesquisadores foi o estado dos ovos: as sucessivas camadas de terra criaram uma proteção tão eficiente, que apenas pequenas rachaduras podem ser observadas. ¨ *** Pesquisa -- sedentarismo e morte precoce -- Aumento do sedentarismo causa 250 mil mortes prematuras e custa 1 trilhão de dólares em tratamentos médicos a cada ano nos Estados Unidos. O cálculo é de um estudo da Universidade do Missouri. Os pesquisadores atribuem o crescimento da inatividade física registrado nos últimos cem anos aos avanços tecnológicos. Dirigimos em vez de andar. Usamos elevadores em vez de subir escadas. Até as compras já podem ser via Internet. Os efeitos do uso do computador e de outras tecnologias em nossas vidas foi positivo, mas para a saúde, em casos como estes, é prejudicial -- disse o chefe da pesquisa. ¨*** Bem Viver Preceitos de Saúde Guarde o coração em paz, à frente de todas as situações e de todas as coisas. Todos os patrimônios da vida pertencem a Deus. Apóie-se no dever rigorosamente cumprido. Não há equilíbrio físico sem harmonia espiritual. Cultive o hábito da oração. A prece é luz na defesa do corpo e da alma. Ocupe o seu tempo disponível com o trabalho proveitoso, sem esquecer o descanso imprescindível ao justo refazimento. A sugestão das trevas chega até nós pela hora vazia. Estude sempre. A renovação das idéias, favorece a sábia renovação das células orgânicas. Evite a cólera. Enraivecer-se é animalizar-se, caindo nas sombras de baixo nível. Fuja à maledicência. O lodo agitado atinge a quem o revolve. Sempre que possível, respire a longos haustos e não olvide o banho diário, ainda que ligeiro. O ar puro é precioso alimento e a limpeza é simples obrigação. Coma pouco. A criatura sensata come para viver, enquanto a criatura imprudente vive para comer. Use a paciência e o perdão infatigavelmente. Todos nós temos sido caridosamente tolerados pela Bondade Divina milhões de vezes e conservar o coração no vinagre da intolerância é provocar a própria queda na morte inútil. ¨*** Infância e Adolescência Camas Separadas -- Bebês que dormem na cama de pais fumantes estão mais expostos à síndrome da morte súbita, revela um estudo de pesquisadores do Royal Hospital for Children, da Inglaterra. A síndrome, principal causa de mortalidade entre bebês até 1 ano, provoca falta de ar e parada cardíaca durante o sono e ainda não tem origem totalmente esclarecida. Após analisar 325 casos e constatar que 23 por cento dos bebês que morreram eram filhos de mães fumantes que dormiam com a criança, os pesquisadores consideram fundamental aconselhar a elas que deixassem de fumar ou que pelo menos não partilhassem a mesma cama com seus filhos. ¨*** Mulher Madre Teresa de Calcutá Bharati Mukherjee Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 1910 numa família de albaneses católicos, em Skopje, município na então Província turca, mais tarde República iugoslava e atualmente o Estado independente da Macedônia. Quando tinha 7 anos, seu pai foi assassinado. Bojaxhiu preferiu o exílio ao ativismo político. Aos 18 anos, entrou como noviça para o convento das Irmãs de Loreto, ordem dedicada à instrução, na Irlanda. Em 1929, apesar do seu inglês precário, foi enviada a Bengala, na Índia. A primeira vez que vi Madre Teresa foi no verão de 1951, quando comecei a estudar na escola da Casa de Loreto, em Calcutá. Durante o domínio britânico, poucos indianos foram admitidos nessa ordem. Quando cheguei, a maioria dos estudantes era bengali hindu, mas o corpo docente era constituído, em sua maior parte, de freiras nascidas na Irlanda. Nessa época, Madre Teresa não estava mais afiliada às Irmãs de Loreto, mas, de vez em quando, visitava nossa escola. Havia deixado de lecionar três anos antes para, como ela dizia, "seguir Cristo nos bairros miseráveis". No início da década de 50, nós, estudantes não-cristãos da Casa de Loreto, desconfiávamos das motivações de Madre Teresa ao ajudar crianças de rua. Achávamos que ela tentava salvá-las para poder convertê-las. Somente quando ela fundou uma casa para doentes de hanseníase nos arredores de Calcutá, num terreno cedido pelo governo indiano, comecei a enxergá-la como uma pessoa idealista. Os hansenianos estavam por toda a Índia, em cada canto de Calcutá, mas ninguém os ajudava. Quando criança, achava que bastava apenas tocar um lugar onde um hanseniano havia roçado, para contrair a infecção. O terror maior era o medo do pobre, do moribundo e, usando um termo bíblico, do pestilento. A partir de então, nunca mais duvidei de sua causa. Madre Teresa não era mais uma evangelizadora cristã. O seu trabalho com os hansenianos mudou a mentalidade de muitos habitantes de Calcutá. Deixei a Índia quando era adolescente e voltei em 1973 para encontrar uma cidade apaixonada por Madre Teresa. As mulheres com quem convivi na Casa de Loreto -- que, nos anos 70, haviam se tornado esposas de homens influentes e assistentes sociais voluntárias -- eram devotas de Madre Teresa e de seus projetos, principalmente a casa dos hansenianos. As pessoas que empreendem cruzadas morais, ficam expostas a acusações de hipocrisia ou de arbritariedade na escolha de suas causas. Os detratores de Madre Teresa a acusavam de exagerar a pobreza dos moradores de Calcutá e de obrigar os indefesos a se converter. Diziam que entrava apenas em batalhas que sabia que iria vencer. Mas as críticas ao seu trabalho, não destroem suas realizações. O teste maior é saber se ela inspirou seus seguidores, céticos e até mesmo adversários, a realizar atos de bondade. Como a igreja precisa de provas cabais de um milagre para canonizar uma pessoa, a transformação de muitos corações poderia ser aquilo que se procura. ¨ ***

Zoologia A Preguiça Um dos mais antigos animais vivos, a preguiça faz da lentidão uma arma para fugir de seus predadores. À sua frente, o alto tronco de uma umbaúba. Uma escalada de cerca de 20 metros. À sua volta, um mundo cheio de perigos e ágeis predadores. Mas nada a perturba: ela se ergue levemente e, em câmara lenta, levanta um braço que aos poucos abraça a árvore. Depois, é a vez do outro braço. Os movimentos são tão lentos e harmoniosos como os de um chinês praticando tai chi chuan. Numa velocidade entre os 2 e 4 metros por minuto, a preguiça levará cerca de 20 morosos minutos até alcançar o topo, onde encontrará seu alimento

predileto: folhas e frutos da umbaúba. De lá, ela só irá descer dentro de quatro dias, para defecar e urinar no chão. Não precisa nem deixar a árvore para abastecer-se de água. O orvalho e a umidade que encontra nas folhas, são suficientes. Para quem vê a cena da escalada, parece incrível que a preguiça, sendo tão lenta e indefesa, tenha sobrevivido desde o Período Terciário, dezenas de milhões de anos atrás. Contando-se os perigos de uma floresta infestada de velozes habitantes, seria lógico que os bichos com mais chances de sobreviver, fossem aqueles cuja evolução lhes proporcionou uma certa destreza e habilidade. Os mamíferos mais lentos, por exemplo, estariam extintos. Mas a preguiça, que tem demonstrado uma enorme capacidade de adaptação e resistência, apenas agora corre perigo. É que seu pior predador, o homem, além de caçá-la e comê-la, vem devastando rapidamente seu habitate: as florestas da América do sul e da América Central. ¨*** Alimentos Óleo de Linhaça tem coloração alaranjada e sabor levemente amargo. Como notável antioxidante e imunoestimulante, previne doenças degenerativas, cardiovasculares e apresenta excelentes resultados no tratamento da tensão pré-menstrual e menopausa e na redução dos riscos de câncer de mama, próstata e pulmão. O óleo de Linhaça contém Lignana, uma substância responsável pelo restabelecimento do Hormônio Sexual, estrogênio que cai bruscamente na menopausa. Semente de linhaça. A semente de linhaça é um alimento e um poderoso desintoxicante. Contém: glico-proteína -- combinação de açúcar com proteína -- pequeníssima quantidade de açúcar, o que não engorda -- ácidos graxos polissaturados. Ação: reidrata o intestino, bom para diverticulite, alcalinizante, refrescante. Não tem contra indicação, não engorda. Uso: duas colheres de sopa da semente podem ser trituradas e misturadas com suco ou água; ou deixar na água durante a noite e beber de manhã. Contém também: glicérido sólido e líquido, ácido linolêico ou linólico, sais e albuminas. Não contém carboidratos. Medicinal: em todos os casos de inflamações do estômago e intestinos, nas inflamações dos rins e da bexiga, nos espasmos da bílis e do sistema urinário, nas doenças dos órgãos da respiração é a linhaça extraordinária. Considerada um dos melhores remédios naturais na regularização das funções intestinais, além de seu milagroso efeito sobre a flora intestinal. Contém também a específica vitamina F, explicando-se assim a resistência contra as doenças da epiderme. Nas pedras do fígado e rins, é mais vantajoso o uso do óleo de linhaça que é de grande valor alimentício, porém, como não há no Brasil em forma comestível utiliza-se a semente moída, tendo o cuidado de mantê-la sob refrigeração, a fim de evitar que fique rançosa. Fortificante e curativo. Encontra-se na linhaça a vitamina K, a qual se diz conter grande valor nutritivo e curativo. A carência desta vitamina faz com que o sangue não coagule com a rapidez normal, possibilitando assim, as hemorragias, bem como, diminuindo o poder de resistência das membranas vasculares. A linhaça substitui ou se iguala aos cereais e, se necessário, também às nozes, por seu conteúdo natural de albuminas e azeite. Encontra-se à venda em casas de produtos naturais. ¨*** Remédios Caseiros Asma -- Faça uma vaporização com óleo de pinho, tome 1 colher de chá de mel por dia. Fazer uma inalação com camomila, eucalipto ou alfazema, durante ou após um ataque de asma. Coloque uma compressa com álcool no peito e deixe por algum tempo, beba o suco de cebola ou gengibre crua com mel ou suco de limão puro. Azia -- Mastigue bem e engula em seguida algumas folhas de broto de goiabeira, ou então coloque uma colher de chá de bicabornato de sódio num copo de suco de laranja e beba, ou tome um copo de leite ou coma fatias de mamão. Se a azia continuar, tome um chá com 3 folhas de louro e suco de meio limão e bastante mel. Gripe -- tome muita canja de galinha, beba bastante suco de frutas; infusões com limão e gengibre fazem bem; porém evite açúcar e alimentos gordurosos -- uma infusão ou gemada com folhas de eucalipto e canela em pó, ajuda a melhorar a gripe. Faça um banho para os pés com sálvia, tomilho, alecrim, óleo de pinho, óleo de eucalipto e 1 colher de sopa de mostarda em pó. Para promover uma transpiração e ajudar na cura da gripe, faça uma infusão com 1 colher de chá de gengibre em 1 xícara de chá de água, acrescente mel e beba o quanto for preciso. ¨:::::::::: Variedades Dicas Para afiar as faquinhas do liquidificador, bata algumas cascas de ovos, sem ter sido cozido, e elas ficarão afiadas. Para que os gatos não subam nos sofás, espalhe algumas bolinhas de naftalina entre as almofadas; eles não chegarão perto. Nunca use limão em mármores antigos, porque o limão os corrói, danificando-os. As colheres de pau, depois de muito tempo de uso, costumam ficar enegrecidas, com cara de velhas. Ao invés de jogá-las fora, faça o seguinte: cada vez que terminar de usá-las, lave-as bem com esponja de aço e sabão de coco, enxágüe bem e só guarde depois que elas estiverem bem secas. Aos poucos elas vão voltando à sua cor de madeira e com cara de novas. Frigideira -- quando uma frigideira com gordura quente for tomada pelo fogo -- no caso de quando se faz bife -- não tente apagá-lo jogando água, apague imediatamente o gás ou abafe o fogo com uma tampa maior do que a frigideira. Portas pintadas a óleo -- muito bom para sua limpeza é usar um limpa-móveis que, além de tirar todas as manchas, conserva também a pintura. Limpeza de tapete sujo de doces ou açúcar: esfregar uma esponja molhada numa solução de água e álcool. Para tirar mancha ou ferrugem dos tecidos, aplicar no local, sal e suco de limão, expondo o tecido ao sol, ou esfregar leite azedo. Frascos de remédios -- A maioria dos invólucros, frascos ou vidros que contenham remédios, devem ser guardados em lugares frescos e secos, protegidos da luz, principalmente se os frascos forem de cor escura. Diarréia -- Em um copo grande com água filtrada, esprema bastante suco de limão, ou seja, faça uma limonada bem forte e nela misture uma colher de chá cheia de maisena. Mexa bem e deixe ficar um pouco parado, para assentar o pó. Tome em seguida. Para crianças, pode colocar um pouquinho de açúcar. Vá tomando aos goles como se fosse um soro caseiro. Verruga -- Passar sobre a verruga, várias vezes ao dia, um pincel molhado em suco de cebola, até que a verruga caia. ¨*** Relaxe com Toques nos Pés Ansiedade e desânimo podem ser combatidos com a reflexologia, técnica que relaciona as emoções à sola dos pés. Para sentir os efeitos, segundo a especialista Valéria Pasta, de São Paulo, deve-se pressionar estes pontos com os polegares: Ponta dos dedos: age no cérebro. Libera substâncias que dão uma sensação de profundo relaxamento. Planta -- logo abaixo dos dedos -- se relaciona aos ombros. Alivia a tensão concentrada nessa região. Meio do pé -- equilibra os sentimentos. Acalma quem está agitada e energiza quem se sente sem ânimo. Calcanhar -- estimula a região pélvica. Com isso, aumenta a predisposição para o sexo. ¨*** Simpatias Proteção da casa -- pela manhã, antes de sair de casa, pare em frente à porta por onde irá sair, ainda do lado de dentro, benza-se e diga: “cada casa tem um canto, cada canto tem um anjo, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém.” Tenha sempre dinheiro à mão -- Arrume uma muda de trevo de quatro folhas e regue-a todos os dias. Assim que o trevo for crescendo, a sua sorte com dinheiro também aumentará.

Fique em harmonia com todo o mundo -- Costure um saquinho de pano e coloque dentro dele o salmo 75 escrito em papel azul, 1 galho pequeno de arruda e as pétalas de um girassol. Feche com uma fita azul, pingue algumas gotas do seu perfume preferido e reze um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Credo. Carregue esse patuá sempre na sua bolsa. ¨ ***

Humor Dicionário das Loiras Abreviatura -- ato de se abrir um carro de polícia Adversário -- dia de nascimento do fanho Açucareiro -- revendedor de açúcar que vende acima da tabela Alopatia -- dar um telefonema para tia Amador -- o mesmo que masoquista Bacanal -- reunião de bacanas Caatinga -- cheeiro ruuim Cálice -- ordem para ficar calado Caminhão -- estrada muito grande Canguru -- líder esperitual de cachorros Catálogo -- ato de se apanhar coisas rapidamente Combustão -- mulher com peito grande Depressão -- espécie de panela angustiante Destilado -- aquilo que não está do lado de lá Detergente -- ato de prender indivíduos suspeitos Determina -- prender uma garota Esfera -- animal feroz amansado Evento -- constatação de que realmente é “vento, não furacão, tornado...” Fornecedor -- empresário dedicado ao ramo de agradar os masoquistas Genitália -- órgão reprodutor dos italianos Homossexual -- sabão utilizado para lavar as partes íntimas Leilão -- Leila com mais de 2 metros de altura Jurisprudência -- diz-se do grupo de jurados que declara inocente o filho do bicheiro que, em legítima defesa da honra e apenas levemente embriagado, bombardeou o asilo de velhinhos cegos, Nossa Senhora do Amparo Novamente -- diz-se de indivíduos que renovam sua maneira de pensar Obscuro -- “OB” na cor preta Psicopata -- veterinário especialista em doenças mentais de patas Razão -- lago muito extenso porém pouco fundo Rodapé -- aquele que tinha carro, mas agora roda a pé Saara -- muulher de jaaco Sexólogo -- sexo apressado Simpatia -- concordando com a irmã da mãe Sossega -- mulher desprovida de visão Talento -- característica de alguma coisa devagar Típica -- o que o mosquito nos faz Trigal -- cantora baiana elevada ao cubo Unção -- erro de concordância muito freqüente -- o correto é *um é* Vatapá -- ordem dada por prefeito da cidade esburacada Vidente -- dentista falando sobre seu trabalho Viúva -- ato de ver uva Volátil -- sobrinho avisando aonde vai Zunzunzum -- na fórmula 1, momento em que o espectador percebe que os três líderes da prova acabaram de passar à sua frente Zoológico -- reunião de animais racionais ¨*** Pensamentos “Não há melhor fragata que um livro para nos levar a terras distantes.” Emily Dickinson. “A Academia Brasileira de Letras se compõe de 39 membros e um morto rotativo.” Millôr Fernandes. “Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes.” Gilberto Keith Chesterton, escritor inglês “Muitas pessoas são educadas o bastante para não falar com a boca cheia, porém não se preocupam em fazê-lo com a cabeça oca.” Orson Welles cineasta americano “Mais que máquinas, precisamos de humanidade.” Charles Chaplin “É preciso atravessar a ponte do medo para chegar do outro lado.” Kate Winslet, atriz inglesa “Fanático é quem não muda de idéia nem de assunto.” Winston Churchill ê1874-1965ã, estadista inglês “É mais fácil lutar por princípios do que aplicá-los.” Alfrad Adler (1870-1937), psiquiatra e psicoterapeuta austríaco “Levo minha mulher para tudo quanto é canto, mas ela continua achando o caminho de volta”. Henny Youngman (1906-1998), comediante anglo-americano “Árvores e pedras ensinam o que não se pode aprender com os mestres.” São Bernardo de Clairvaux (1090-1153), monge cisterciense francês “Todo cais é uma saudade de pedra.” Fernando Pessoa (1888-1935), poeta português “Inimigos da democracia não argumentam, gritam e atiram.” William Ralph Inge (1860-1954), escritor inglês “Vá o homem aonde for, encontrará apenas a porção de beleza que levou consigo.” Ditado inglês “O destino mistura as cartas, nós jogamos.” Arthur Schopenhauer (1788-1860) filósofo alemão “A voz é um segundo rosto.” Gerard Bauer (1888-1967), escritor francês “O que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” Cora Coralina “Não tenhamos pressa. Mas não percamos tempo.” José Saramago, escritor português, Prêmio Nobel de Literatura de 1998 “Onde enterrei a minha toga não estão as cinzas, mas as sementes.” Hortênsia Allende, chilena, diante do túmulo do marido, Salvador Allende (1908-1973), ex-presidente do Chile “Se conhecimento pode trazer problemas, não é sendo ignorante que poderemos solu-

cioná-los.” Isaac Asimov, escritor americano ¨*** História das Frases Fazer fiasco -- é uma frase que nasceu nos meios teatrais italianos e, originalmente, foi grafada *far fiasco*, cuja tradução literal é fazer fiasco. Tudo teria começado quando um comediante se meteu a fazer graças e volteios risíveis utilizando uma garrafa -- fiasco, em italiano. Tendo sido mal sucedido, dali em diante certos fracassos cotidianos passaram a ser identificados com esta frase. O escritor francês, nascido na Suíça. Henri Stendhal (1783-1842) foi um dos primeiros a registrar esta expressão. Henri Stendhal: em seus livros, como "O Vermelho e o

Negro", o autor descreve as paixões violentas. ¨*** Etmologia Juiz L. A. R. Ápio Uma das hipóteses para o surgimento dessa palavra vem da República romana ê509- -31 a.C.). Na época, os pretores eram os magistrados com mais poder em mãos. Reza a lenda que um deles, Lucius Antonius Rufus Appius, decidia suas sentenças a favor de quem melhor o subornasse. O juiz acabou cunhando a palavra “larápio”, derivada de sua assinatura: L. A. R. Appius. ¨*** Que intriga... Intriga Parem os Coalas As fêmeas de coalas australianos terão agora que usar métodos anticoncepcionais. Foi a solução encontrada para barrar o crescimento populacional dos bichos, que estão devorando os eucaliptos do país, seu principal alimento. Se nada for feito, os administradores do Parque Nacional de Mount Eccles, a 300 quilômetros de Melbourne, temem que as árvores desapareçam em cinco anos -- então, os coalas morreriam de fome. Um implante de hormônios será colocado sob a pele dos animais. ¨ *** Receitas Assado de cascas, talos e folhas Ingredientes: Cascas, talos e folhas bem lavados, picados e aferventados; quatro xícaras de chá de pão amanhecido, molhado no leite ou água; uma colher de sopa de óleo; uma cebola média picada; dois ovos batidos; duas colheres de sopa de queijo ralado -- não é obrigatório; cheiro-verde e sal a gosto. Modo de preparo: Bata as cascas, talos e folhas cozidas no liquidificador ou passe em peneira. Coloque a pasta obtida numa tigela e misture o restante dos ingredientes. Unte um pirex ou tabuleiro com óleo, despeje a massa e leve ao forno para assar até que esteja dourada. Sirva quente. Dicas: Use para este prato, cascas de abóbora, chuchu, folhas de beterraba, cenoura, nabo, rabanete, caruru, couve, brócolis, agrião, picão, tanchagem, espinafre, com seus respectivos talos. As folhas devem ser refogadas ou aferventadas em pouca água. Um alimento forte, nutritivo, que reduz ou até anula gastos com farmácia. Salada refrescante Ingredientes: 2 batatas em cubinhos cozidas com sal; 1 cenoura em rodelas cozidas com sal; 50 gramas de azeitonas pretas picadinhas; 1 copo de iogurte natural; 1 colher de sopa de gengibre ralado; 1 lata de ervilha; 1 lata de milho escorrida; 1 colher de sopa de mostarda; folhas de um pé de alface para decoração. Modo de fazer: Em uma bacia média misture todos os ingredientes; reserve; em uma saladeira arrume as folhas de alface; coloque a mistura delicadamente; leve à geladeira por 20 minutos. Bolo do céu Ingredientes: 2 colheres de sopa de fermento em pó; 4 xícaras de chá de farinha de trigo; 3 xícaras de chá de açúcar; 5 ovos; 2 colheres de sopa de manteiga em temperatura ambiente; 2 xícaras de chá de leite; 1 colher de sopa de casca de limão ralada. Modo de fazer: Bater bem o açúcar com a manteiga; colocar as gemas, uma a uma, sempre batendo; peneirar a farinha e o fermento juntos; adicionar, aos poucos, a farinha de trigo e o fermento, intercalando com leite; bater as claras em neve firme e misturar a casca do limão; ao colocar as claras, não bater mais a massa; misturar levemente; colocar em assadeira untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo; levar ao forno quente, por mais ou menos 40 minutos. Receita de pavê simples e barato Ingrediente: 200 gramas de manteiga sem sal; 2 xícaras de chá de açúcar; 1 lata de creme de leite gelado e sem soro; 2 xícaras de chá de chocolate em pó; meia xícara de chá de café forte solúvel; meio quilo de biscoito champanhe. Cobertura: 1 tablete de margarina; 4 colheres de sopa de chocolate em pó; meia xícara de chá de café forte solúvel; 1 xícara de chá rasa de açúcar. Modo de fazer: Bata a manteiga com o açúcar e vá juntando o creme de leite e o chocolate até ficar um creme leve, claro e liso; ponha o creme na geladeira e reserve; prepare o café solúvel e deixe amornar; retire o creme e vá molhando os biscoitos no café e arrumando em um pirex; em camadas alternadas de biscoito e creme até terminar com uma de creme. ¨*** Utilidade Pública É possível mudar o nome? A Lei Federal dos Registros Públicos n.o 6.015, de 1973, que trata dos registros civis, diz que o prenome é imutável. “Há, no entanto, poucas exceções em que ela permite que uma pessoa troque de nome”, explica o jurista Décio Sanches, de São Paulo. Em seu artigo 58, a Lei admite a sua substituição por apelidos públicos notórios -- como fez Lula, o Presidência da República, que mudou seu nome para Luiz Inácio Lula da Silva. Outra razão em que o nome pode ser mudado é no caso dos pais registrarem “prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores”. Segundo o artigo 55, parágrafo único, o próprio oficial do cartório tem o poder de recusar. Quando os pais insistirem, este submeterá o caso à decisão do juiz competente. Outro dia, segundo ele, um pai, queria dar o nome ao filho de “Ix”. "Recusei porque as duas letras juntas representam o número nove em algarismos romanos.” A terceira exceção prevista nessa Lei, conforme os artigos 109 e 110, fala dos erros de grafia. “Se alguém for registrado como Nerso, no lugar de Nelson, pode mudar também.” Há ainda 3 situações especiais que definem uma mudança de nome: quando houver adoção, o uso do programa de Proteção à Testemunha, e no caso de transexuais. Sobre os transexuais, no entanto, a justiça ainda discute o que fazer. “Ela não traz uma solução definitiva.” Como exemplo, ele cita um caso em que um transexual masculino, que tinha características anatomicamente femininas, pediu para mudar de nome e sexo, mas não conseguiu. ¨:::::::::: Informativo IBC IBC e ONCE restauram o estúdio do Livro Falado -- Um convênio firmado entre o Instituto Benjamin Constant e a Organização Nacional de Cegos de Espanha, maior e mais importante entidade do mundo, de apoio aos deficientes visuais, viabilizou a construção do Estúdio José Espínola Veiga. Graças ao recurso de 83 mil reais disponibilizados pela organização, o espaço foi inaugurado em setembro na comemoração de 152 anos de aniversário do IBC. O ambiente com cerca de 70 metros quadrados foi totalmente reformado e ganhou três cabines, revestimento acústico, quatro computadores e sistema de refrigeração. A restauração representa um grande avanço para o setor, que hoje possui um acervo de 400 registros fonográficos -- CDs e fitas -- para atender a um público formado por estudantes, ex-alunos e reabilitandos. ¨ *** Reabilitandos fazem arte com papel Jornal -- Para muita gente, nada é mais desnecessário que o jornal de ontem. Entretanto, para os reabilitandos do IBC as folhas de papel impresso são úteis. A arte da cestaria, além de ser uma boa fonte de renda, desenvolve também a coordenação motora e o tato, tornando-se uma excelente terapia ocupacional. No IBC, o curso ministrado há mais de uma década pela professora Maria de Lourdes Natividade Matos Pereira, acontece duas vezes por semana, com turmas de oito alunos e duração de 2 anos. Através das folhas de jornais, diversas peças são confeccionadas diariamente por alunos de 20 a 85 anos. É um serviço em grupo, mas com atendimento individual, pois cada reabilitando tem um ritmo de trabalho e qualidades diferentes. ¨ *** Brinquedoteca faz a alegria e diversão da garotada -- Para felicidade dos estudantes do Instituto Benjamin Constant, o Departamento de Educação-Ded inaugurou, no dia 19 de Setembro de 2006, a Brinquedoteca, um grande espaço multicolorido repleto de atrações e entretenimento para os alunos de 7 a 14 anos do educandário. Instalado em mais de 400 metros quadrados, a área divide-se em duas partes, uma coberta e outra ao ar livre, proporcionando um verdadeiro mundo mágico para as crianças. Na parte exterior a recreação fica por conta de grandes módulos que reúnem brinquedos de uma prâcinha. Dentro do antigo salão vermelho do IBC há castelinho, piscina de bolas, trenzinho e casa de boneca. Além das aulas de arte e música, tem vários jogos de tabuleiro e passatempos educativos que vão do bingo em braille às bonecas, um lugar super especial de aprendizado e alegria. A videoteca é um cantinho aconchegante para a garotada -- lugar de assistir filmes, cantar no karaokê, ler e ouvir histórias, sempre orientadas por uma professora. A grande novidade é a pista sensorial, um caminho de 16 metros de comprimento por 1 e meio de largura, que proporciona às crianças, muitas sensações ao tocar várias texturas e substâncias naturais. A trilha objetiva ensinar através do contato direto com elementos que compõem a mata atlântica estimulando a audição, o tato, a sonoridade e equilíbrio. ¨:::::::::: Noticiário Especializado A Sociedade Assistencial para cegos “Bom Jesus” -- É uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que foi fundada em 25 de maio de 1975 com o objetivo de manter um Internato Feminino de Deficientes Visuais. O objetivo desta Instituição sempre foi amparar as deficientes visuais, com idade superior a 18 anos, que não têm família ou não podem estar morando com seus familiares por diversas razões. A Instituição só consegue manter este trabalho assistencial graças ao apoio da população em geral, participando das campanhas de Arrecadação, pois não recebe nenhuma ajuda governamental, apesar de estar registrada em todos os órgãos competentes. Infelizmente até hoje a Instituição não conseguiu uma sede própria; onde está localizada é alugada. Nossa meta principal é conseguir recursos para construção de uma sede própria, para assim ampliarmos nossos atendimentos. Nossa instituição tem o orgulho de poder estar prestando assistência a deficientes visuais há quase 30 anos, sempre mantendo sua idoneidade, apesar das dificuldades financeiras que estamos enfrentando. Observação: Salientamos que toda a assistência prestada por nossa Instituição é totalmente gratuita. Estamos com uma lista de espera de pessoas precisando de uma vaga em nosso Internato, mas infelizmente não temos condições de abrigar mais ninguém na atual casa, pois é muito pequena. Precisamos conseguir uma casa maior, mesmo que seja alugada, para podermos atender a todas as pessoas necessitadas que nos procuram. Sede: Rua Alexandre Petta, 248 Bairro: Vila Norma São Miguel Paulista -- SP 08062-150 Tel.: (0xx11) 6141-2988 E-mail: ~,sociedadebom~ jesus@globo.com~, ¨ *** Site: ~,www.ronaldotavares~ .rg3.net~, trata do movimento de cegos no Estado do Rio Grande do Norte. ¨ *** A American Airlines está oferecendo vagas para Portadores de deficiência nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro em várias áreas dispondo de excelentes benefícios. As pessoas interessadas deverão encaminhar seus currículos aos cuidados de Regina Corsini via e-mail ou fax. E-mail: ~,Regina.corsini@aa.com~, Fax: (0xx11) 4502-2260 ¨*** A ABEDEV A ABEDEV, Associação Brasileira de Educadores de Deficientes Visuais é uma sociedade civil com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de duração indeterminada, fundada em 14 de novembro de 1968 na cidade de Brasília -- DF, e tem sede e foro no local do domicílio de seu Presidente. A ABEDEV é uma organização de assistência social de âmbito nacional registrada no Conselho Nacional de Assistência Social do Ministério da Previdência e Assistência Social CNAS-MPAS n.o 28983000109/95-39 e é considerada organização de interesse público na forma do Art. #,o da Lei n.o 9.790 de 23 de março de 1999. Conforme seu estatuto social e demais registros, a ABEDEV é uma organização técnico-administrativa, constituída por profissionais que atuam nas áreas de educação, de reabilitação e assistência social de pessoas com deficiências visuais e desenvolve ações em todo o Território Nacional. Sede: Rua Rui Barbosa, 1961 Bl. B Campo Grande -- MS 79004-431 Tel: (0xx67) 382-1581 E-mail: ~,abedev@terra.com.br~, ¨ *** Brasília -- O conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência aprovou a resolução que determina que as empresas emissoras de cartão de crédito devem identificar a bandeira do cartão, em Braille em campo dinstinto da tarja magnética. A decisão foi publicada, no Diário Oficial da União, pela Resolução 47. A partir de agora, as empresas que emitem os cartões para deficientes visuais e auditivos devem instalar também postos de auto-atendimento com circuito sonoro de fone de ouvido, para viabilizar o acesso à senha alfanumérica de localização na tela. No caso do deficiente auditivo, as empresas emissoras devem registrar a condição de pessoa surda ou com deficiência auditiva no cadastro do cliente e nas telas de operação de teleatendimento “para possibilitar que outra pessoa faça as operações necessárias a pedido do usuário”. ¨:::::::::: Troca de Idéias Francisco Vidal da Silva Rua Valparaíso n.o 156 Condomínio Sagrada Família, Bl. B ap. 203 Bairro Janguruçu Fortaleza -- CE 60870-440 Quero corresponder-me com moças de 40 a 50 anos de idade, para fins de amizade. José Geraldo Martins Filho Vila Evelina Marajá Limeira Rua Rangel Travassos, s-n.o -- Rangel João Pessoa -- PB 58070-120 Gostaria de corresponder-me com pessoas de ambos os sexos, no afã de fazer amizade. ¨ :::::::::: Ao Leitor Solicitamos, aos leitores da RBC abaixo mencionados, que nos enviem seus endereços completos, para evitar que suas revistas voltem. Favor verificar se estão retidas no correio. Aldedonio Luiz Mazon Ana Maria C. S. de Souza CAP -- CIEP dona Neusa Brizola CAP -- Florianópolis Cícero Luiz dos Santos Elieser Tavares de Oliveira Fátima do Couto França Francisco Medeiros Geraldo Diniz Moreira Heider Campos Pinheiro Jacqueline da Cunha Vieira Jamile Pires Ferreira João Sérgio de Andrade Job José Galdino Jorge Luiz da Silva José Danúzio Correia Barros José R. Gonçalves da Fonte Josué Leandro da Rosa Coelho Juliana da Silva Fernandes Lúcia Aparecia Neves do Nascimento Luciene dos Reis Breder Luis Claudio do Nascimento Cardoso Luiz Fernando da Cunha Abreu Luzia Guimarães Maria do Sameiro Machado Rodrigues Mercedes Mariano Pereira NAPPB -- BA Feira de Santana Nilze César dos Santos Rafael Miranda da Silva Regina Fátima C. de Oliveira Rosa Takae Furuzawa Rozendo Fernandes Silvania M. da Conceição Silvia Regina Pacheco Virgolina da Silva Cabrita ¨ :::::::::: Solicitamos aos nossos assinantes que, se possuírem algum ou alguns números da RBC, cuja lista citamos abaixo, por favor enviem-nos, pois esses números estão faltando no Cadastro Geral da RBC. N.o 3 -- maio de 1942 N.o 5-6 -- agosto a novembro de 1942 N.o 8 -- dezembro de 1942 N.o 11 a 14 -- fevereiro a julho de 1943 N.o 16 a 19 -- agosto a dezembro de 1944 N.o 24 -- julho de 1947 a janeiro de 1948 N.o 26 -- agosto de 1948 a dezembro de 1951 N.o 29 -- janeiro de 1953 a abril de 1953 N.o 34 a 36 -- novembro de 1953 a março de 1954 N.o 44 a 46 -- de 1955 N.o 61 -- setembro de 1956 N.o 274 -- julho de 1974 N.o 307 a 309 -- março de 1977 a abril de 1978 N.o 422-423 -- julho a outubro de 1987 N.o 448 a 453 -- setembro de 1989 a abril de 1990 Setembro de 1985 Abril-maio 1987 Junho-julho de 1987 Pontinhos: Abril a junho de 1988 Julho a agosto de 1988 ¨ :::::::::