õeieieieieieieieieieieieieieio õ o õ Revista Brasileira o õ para Cegos o õ Ano LXII n.o 502 o õ julho-dezembro o õ de 2004 o õ Sesquicentenário do o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral do IBC o õ Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador da RBC o õ Prof. José o õ Espínola Veiga o õ Responsável pela RBC o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca — Rio de Janeiro o õ RJ — Brasil o õ 22290-240 o õ tel: (0xx21) 2543-1119 o õ Ramal: 145 o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Editorial :::::::::::::: 1 Era Glacial ::::::::::: 2 Não Sei... :::::::::::::4 O Amor Deixa muito a Desejar :::::::::::::: 5 Eu Nasci Escrava ::::: 11 Com a Palavra, o Dalai Lama ::::::::::::::::: 16 Ser Brasileiro :::::::: 19 Os Cortadores de Ca- beça :::::::::::::::::: 25 Mãos de Cegos ::::::::: 33 Jóias da Humanidade ::: 34 Histórias Interessantes :::::::: 40 Artes :::::::::::::::::: 50 Brasil ::::::::::::::::: 52 Ecologia ::::::::::::::: 58 Lugares do Mundo :::::: 59 Ciência e Saúde ::::::: 69 Variedades ::::::::::::: 96 Informativo IBC :::::: 115 Noticiário Especializado :::::::: 121 Troca de Idéias ::::::: 126 Ao Leitor ::::::::::::: 131 :::::::::: Agradecemos Aos nossos leitores que, com a maior presteza, responderam aos questionários de nossas revistas. Esta avaliação anual ocorre por exigência do Ministério da Educação. Gostaríamos também de nos justificar pelo fato de que, nem sempre, podemos aceitar as sugestões de nossos leitores. A RBC segue determinadas normas de editoração como, por exemplo: não abordamos assuntos que constem da mídia, sendo transmitidos, quase que diariamente, através do rádio ou da TV, pois nossas revistas são editadas com bastante atraso, o que justifica a não inclusão de assuntos esportivos ou superatuais. Tentamos compensar esta falta o melhor possível, pu- blicando temas que pensamos e desejamos sejam do interesse de nossos indispensáveis lei- tores. :::::::::: Era Glacial Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos por não se adaptarem às condições do clima hostil. Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro e todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém -- vida ingrata -- os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se, por não suportarem por mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito! Mas essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que sobreviveram voltaram a se aproximar pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram e viveram. É fácil caminhar lado a la- do, difícil é reter o calor! :::::::::: Não Sei... Cora Coralina Não sei... Se a vida é curta ou longa demais pra nós, Mas sei que nada do que vive- mos tem sentido, Se não tocamos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, Braço que envolve, Palavra que conforta, Silêncio que respeita, Alegria que contagia, Lágrima que corre, Olhar que acaricia, Desejo que sacia, Amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem lon- ga demais, "Mas que seja intensa, verda- deira, pura... Enquanto du- rar." "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que en- sina." :::::::::: O Amor Deixa muito a Desejar Arnaldo Jabor Sim. O amor já teve um toque sagrado, a magia de uma inutilidade deliciosa, já foi um desafio ao dia-a-dia que nos tirava da vida comum. Hoje o amor, como tudo, está perdendo a transcendência. Não existe mais o amante definhando de solidão, nem romeus nem julietas, nem pactos de morte, não existe mais o amor nos levando para uma galáxia remota, não existe mais a simbiose que nos transportava a uma eternidade semi-religiosa. O amor tinha uma fome de bondade, de compaixão pelo outro, de proteção à pessoa amada. Isso está acabando. O amor já foi analisado por todas as ciências; a psicanálise mapeou as loucuras que estão sob sua poética, o ritmo do tempo atual acelerou o amor, o dinheiro contabilizou o amor, matando seu mistério impalpável. Hoje, temos controle, sabemos por que "amamos", temos medo de nos perder no amor e fracassar no mercado. O amor pode atrapalhar a produção. Se eu, um dia, filmar de novo vai ser para celebrar o silêncio dos amantes ou a beleza do inútil. O amor perdeu a gratuidade, as pessoas "amam" por desejo de ter um amor que não sentem mais. O amor não tem mais porto, não tem onde ancorar, não tem mais a família nuclear para se abrigar, não tem mais a utilidade do sacrifício pelo "outro". O amor ficou pelas ruas, em busca de objeto, esfarrapado, sem rumo. Não temos mais músicas românticas, nem o lento perder-se dentro de "olhos de ressaca", nem nas "pernas de Fulana", nem temos as bocas beijadas por amantes *tutti tremanti*, nem o formicida com guaraná. Não se diz mais: “Deus sabe quanto amei!...", mas "Deus" nem sabe quan- tos(as) amei..." A publicidade devastou o amor, falando na "gasolina que eu amo", "Shell que *j'aime*" no sabonete que faz amar, na cerveja que seduz. Há uma obscenidade flutuando no ar o tempo todo, uma propaganda difusa do sexo impossível de cumprir. A sexualidade total, por si só, levaria a uma assexualização desértica. A sexualidade é finita, não há mais o que inventar. Já o amor, não... O amor vive da incompletude e esse vazio justifica a poesia da entrega. Ser impossível é sua grande beleza. Claro que o amor é também feito de egoísmos, de narcisismos mas, ainda assim, ele busca uma grandeza -- mesmo no crime de amor há um terrível sonho de plenitude. Amar exige coragem e hoje somos todos covardes. Amor e sexo. Mas, hoje, o mercado exige a satisfação total no amor ou o dinheiro de volta. Como isso é impossível, deriva para o sexo ou para a sedução. O amor passa a buscar não mais uma entrega, mas um domínio. O amor vira um objeto de consumo, *fast love*, com obsolescência programada para durar pouco. O amor deixa muito a desejar. Em geral, o amor existe hoje como uma espécie de adoçante para justificar, legitimar uma tesão ou uma conquista. Os casais se permutam num troca-troca rápido e quantitativo. As próprias mulheres estão virando "Dom Juans". Estamos com fome de amor cortês, num mundo em que tudo perdeu a aura. O terrível bombardeio que a cultura americana está fazendo nos sentimentos é invisível, mas é pior que as bombas contra o Iraque. A cultura americana está criando um "desencantamento" insuportável na vida social. Tudo é tolerável, num arrasamento de mistérios. Vejam a arte tratada como algo desnecessário, sem lugar, sem uso, vejam as mulheres amontoadas na *internet*, nuas, com números -- basta clicar e chamar. Estamos com fome de infinito em tudo, na vida, na política, no sexo. Nos anos 60, liberdade sexual foi uma questão política. Hoje, podemos tudo, podemos casar até com jacarés ou macacas, sem escândalos, desde que não prejudique a produção. Mas o que invisivelmente está virando uma nova necessidade política é o amor e seus sub- produtos: compaixão, paz, justiça. Aposto que virá aí um novo desbunde, um novo movimento *hippie*, sem utilidade, mas sem melancolia autodestrutiva, vêm aí marchas pelo amor, porque ninguém está agüentando mais somente "utilidade" e "desempenho", poder e sucesso. Estamos virando coisas. Precisamos aprender a amar de novo as pedras, as árvores, as nuvens, até chegarmos a nós mesmos... E acho que isso vai surgir na América, como foi nos anos 60 -- a luta pelos direitos civis será agora a luta pela beleza do amor e dos pálidos quixotes românticos. ::::::::::

Eu Nasci Escrava Revista National Geographic Meu nome é Salma. Nasci escrava na Mauritânia, em 1956. Meus pais eram escravos, e os pais deles tinham sido escravos da mesma família. Assim que comecei a andar, fui forçada a trabalhar o dia inteiro, todos os dias. Mesmo quando ficava doente, tinha de trabalhar. Quando ainda era criança, comecei a tomar conta da principal mulher do chefe da família e dos 15 filhos dela. Mais tarde, mesmo quando um de meus próprios filhos se machucava, eu não tinha coragem de ajudá-lo, porque tinha de cuidar primeiro do filho da mulher do meu senhor. Eu era surrada com freqüência, com um bastão de madeira ou com um cinto de couro. Um dia, estavam batendo em minha mãe, e eu não consegui agüentar. Tentei fazer com que parassem. O chefe da família ficou bravo comigo, amarrou minhas mãos, queimou minha pele com um ferro incandescente e me bateu no rosto. O anel dele me cortou a pele e deixou cicatriz. Nunca tive permissão de ir à escola ou de aprender algo além dos versos e das orações do Corão. Mas tive sorte, porque o filho mais velho do senhor tinha ido estudar longe de nosso vilarejo e voltou com idéias diferentes das de seu pai. Esse filho mais velho me ensinou, em segredo, a falar francês e a ler e escrever um pouco. Acho que todo mundo pensava que ele estava me estuprando, mas, na verdade, estava me ensinando. Outros escravos tinham medo da liberdade. Tinham medo de não saber para onde ir nem o que fazer. Mas eu sempre acreditei que precisava ser livre, e acho que isso me ajudou a fugir. Tentei fugir há cerca de dez anos. Mas não sabia qual era a distância até o Senegal, e por isso caminhei durante dois dias na direção errada. Fui encontrada e devolvida, além de castigada. Amarraram meus pulsos e tornozelos e me prenderam a uma tamareira no meio do lugar onde a família morava, e ali fiquei por uma semana. O chefe da família cortou meus pulsos com uma navalha, e eu sangrei muito. Ainda tenho cicatrizes nos braços. Até que conheci um homem no mercado que me disse que o Senegal ficava do outro lado do rio. Resolvi que precisava tentar de novo. Corri em direção ao rio, onde um homem com um bote de madeira aceitou me levar até o Senegal. Lá, encontrei o caminho até a casa de um ex-escravo da Mauritânia. Fiquei no Senegal alguns anos, ganhando meu sustento com trabalhos domésticos. Mas nunca me senti segura. Sempre temia que o chefe da família pagasse alguém para me procurar e me devolver a ele. Quando cheguei aos EUA, trabalhava trançando cabelos. Na primeira vez que recebi pagamento, chorei. Nunca na vida tinha visto alguém ser pago por um trabalho. Foi difícil deixar meus filhos para trás, mas eu sabia que precisava fugir primeiro. Nesses três anos em que estou aqui, tenho trabalhado para libertar meus filhos. Paguei gente para procurá-los e levá-los ao Senegal, e agora estou pagando para que fre- qüentem a escola. Todo dia de manhã, acordo cedo, compro um cartão telefônico e converso com eles. Falam que preferem morrer na rua a voltar para a Mauritânia. Minha filha mais velha agora está nos Estados Unidos comigo. Quero muito que seus irmãos possam vir também. Na Mauritânia, eu não tinha coragem de procurar o governo, porque ninguém ia me ouvir. A legislação não é aplicada. Talvez esteja escrito em algum lugar que não existe escravidão, mas não é verdade. Agora eu até posso gritar a plenos pulmões, na frente do presidente da Mauritânia, que existe escravidão no país dele, porque sou tão livre quanto ele. Quando cheguei aos EUA, fiquei com medo de ser deportada. Mas então conheci meu advogado e um médico que me ajudaram, além de Kevin Bales, da organização *Free the Slaves*. O programa Bellevue para Sobreviventes de Tortura. O juiz da minha audiência de asilo foi honesto e cumpriu seu papel. Ele exigiu provas, mas depois escutou o que eu tinha a dizer e prestou atenção no que eu falei. Gostaria de me tornar cidadã americana, e o mesmo para meus filhos. Na Mauritânia, não existia liberdade de ex- pressão. No Senegal, eu tinha medo de falar por estar perto demais da Mauritânia. Eu precisava estar muito longe para fazer isso. Agora, posso dizer o que penso. :::::::::: Com a Palavra, o Dalai Lama Revista Vida Simples Tenzi Gyatso é o líder espiritual e temporal do povo tibetano. Aos 2 anos foi reconhecido por monges como a 14ª encarnação do Dalai Lama, a autoridade máxima do budismo tibetano. Refugiou-se em Dharamsala, na Índia, após a invasão chinesa do Tibet, em 1950. Reconhecido mundialmente por seu incansável esforço em defesa dos direitos humanos e da paz mundial, ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1989. Aqui, uma seleção de ensinamentos do mestre para superar o sofrimento em busca da felicidade: A felicidade é um estado de espírito. Se a sua mente ainda estiver num estado de confusão e agitação, os bens materiais não lhe vão proporcionar felicidade. Felicidade significa paz de espírito. Seria muito mais produtivo se as pessoas procurassem compreender seus inimigos. A- prender a perdoar é muito mais proveitoso que simplesmente tomar uma pedra e arremessá-la contra o objeto de sua ira. Fale a sua verdade, seja ela qual for, clara e objetivamente, usando um tom de voz tranqüilo e agradável, liberto de qualquer preconceito ou hostilidade. Faça de seu corpo e de seu espírito um laboratório de experiências. Empenhe-se em fazer uma pesquisa profunda a respeito de seu próprio funcionamento espiritual e examine as possibilidades de fazer mudanças positivas no seu interior. A mente humana é simultaneamente a fonte e, se orientada de forma apropriada, a solução de todos os nossos problemas. O aprimoramento da paciência requer a presença de alguém que deliberadamente nos faça mal. Esse tipo de pessoa nos dá a chance de praticarmos a tolerância. Quando somos capazes de reconhecer e perdoar atitudes impensadas que tivemos em nosso passado, nós nos fortalecemos e ficamos mais preparados para dar soluções construtivas aos problemas do presente. Os inimigos externos não são permanentes. Se lhes mostrarmos respeito, eles se tornarão nossos amigos. Mas o inimigo interno é um eterno inimigo a quem nunca devemos ceder. Devemos tentar tratar qualquer pessoa que conhecemos como velho amigo. Isso nos traz uma experiência de genuína felicidade. É a prática da com- paixão. Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior. Tudo o que fazemos produz efeito, causa algum impacto. ::::::::::: Ser Brasileiro Uma brasileira que mora na Holanda -- Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil. E realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores, porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia telefônica e -- pasmem! -- se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado. Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mão suja, entregam o pão ou a carne. Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal -- e tem fila na porta. Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador. Em Paris os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de "Como conquistar o Cliente". Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e culturas. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a Bandeira Nacional aparece e geralmente na hora em que estamos emotivos. Somos vítimas de vários crimes contra nossa pátria; crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar nossas raízes culturais. Os dados são da Anthropos Consulting: O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto GENOMA. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40 por cento do mercado na América Latina. No Brasil, temos 14 fá- bricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma. Das crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, 97,3 por cento estão estudando. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês. Na telefonia fixa, nosso país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade. No México, são apenas 300 e na Argentina 265. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos. Nosso mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano. Temos um dos mais modernos sistemas bancários do planeta. Nossas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais. Somos o país mais empreendedor do mundo e mais de 70 por cento dos brasileiros, po- bres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários. Apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados. O povo brasileiro é um povo que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem. Orgulhamo-nos de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando. É! O Brasil é um país abençoado de fato. Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos. Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques. Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente. Bendita sejas, querida pátria chamada Brasil! :::::::::: Os Cortadores de Cabeça Eduardo Petta Sarawak, 1942, Segunda Guerra Mundial. Os japoneses invadem a ilha de Bornéo. Munidos de metralhadoras avançam pela selva no Estado de Sarawak, buscando assegurar o domínio na região. Jampin, um garoto da etnia iban, esconde-se nas árvores, mimetizando a paisagem com seu cocar de penas coloridas. É quase impossível vê-lo no meio da mata. Um soldado japonês está diante de seus olhos. Ele mira a zarabatana, assopra e acerta o alvo. O veneno da seta faz efeito quase imediato. O japonês tomba. Jampin aproxima-se com a adaga e corta-lhe a cabeça. Ao chegar em casa é recebido com festa, e exibe o crânio como um troféu. Sarawak, 2002. Sessenta anos depois, na varanda da *longhouse*, a casa comunal onde vivem várias famílias ibans, o velho Jampin está reunido com dois amigos do tempo antigo. Merinat e Soren. O papo está animado por generosas doses de quat, o saquê local. Cada um conta suas incursões na mata em busca de cabeças, com mais eloqüência que o outro. Jampin já cortou três cabeças; Merinat, cinco; Soren, apenas uma. Para quem duvidar, os crânios estão lá, expostos, dependurados no ruai -- imenso corredor que une todos os cômodos da *longhouse*. “Cada cabeça é uma listra no dedo”, conta Merinat, mostrando seus cinco traços. A listra é só um rabisco, se comparada às dezenas de outras tatuagens que os ibans levam no peito, braços, pernas e costas. “Hoje os jovens ibans não vão mais atrás de cabeças", lamenta Merinat. Não é fácil explicar a arquitetura de uma *longhouse*. É uma imensa e longa casa de madeira, quase um prédio na horizontal, suspensa por palafitas a três metros do chão, na beira de um rio. O ruai, um longo corredor coberto, faz as vezes de uma sala comum, onde acontecem todas as cerimônias, como casamentos, velórios, danças, e onde os visitantes, os solteiros e os viúvos dormem. De um lado do ruai há uma varanda, que acompanha toda a extensão da casa. Do lado oposto da varanda está uma parede contínua, com portas que dão para o interior dos quartos, e em cada um vive uma família. No fundo de cada quarto fica uma cozinha. O cotidiano de uma casa como essa, não pode ser dos mais sossegados: São 40 ou mais famílias, algumas *long- houses* chegam a ter 80, repartindo o mesmo teto durante a vida inteira, o tempo todo. São crianças pulando, sogras, cachorros, gatos e galinhas passeando pela sala, cheiros de fogões diferentes, e zero de privacidade. Assim é a vida numa *longhouse*. A *longhouse* foi feita com o que a selva oferece. A fundação é de madeira nativa, as paredes são de palha de palmeiras e a varanda, de bambus. Apenas o telhado é de metal, o que garante um calor infernal dentro da casa. Mas ex- plica-se: essa casa tem só 12 anos. A outra pegou fogo quando uma mulher cozinhava, porque o telhado era de palha. Ao cair da tarde, os adultos chegam do trabalho e vão banhar-se no rio. As mulheres primeiro, depois os homens. As mulheres então vão preparar o jantar. Todos se sentam no chão, em círculo, de pernas cruzadas. Oferecem fumo e mais vinho de arroz. Logo depois, chega a comida: São pequenos embrulhos feitos de folhas de helicônia enroladas. Ao desembrulhá-las, desco- bre-se arroz, vegetais e carnes de caça. Os ibans não usam panelas; tudo é cozido no oco de bambus, que são levados à lenha em brasa. Todos seguem o protocolo e comem com as mãos. Os ibans são cheios de etiquetas. Quem não quiser alguma comida deve tocar o prato com os dedos e agradecer. Sentar de pernas esticadas com os pés apontados para a comida é muito feio; dar as costas para alguém, uma ofensa. Outra regra é não entrar na *longhouse* calçado. Tapinhas nas costas, abraços ou toques afetivos também não são recomendáveis. Mas não é preciso morrer de medo de errar: os ibans não vão cortar a cabeça de ninguém por causa de uma gafe. Ao contrário: eles são campeões em hospitalidade e farão de tudo para agradar. Terminado o jantar, todos vão para a sala comunal conversar sobre a vida. Homens de um lado, mulheres do outro, mas sem diferenças. Os ibans são uma sociedade igualitária e, embora com papéis distintos, não existe a noção de superioridade. A única exceção é quanto ao chefe da *long- house* e ao xamã, que devem ser homens. O xamã cuida da medicina e dos rituais. O chefe é responsável pela harmonia da casa. Serve para evitar brigas e solucionar conflitos, e sua palavra tem força de lei. Apesar disso, se um iban não está satisfeito com o chefe, pode mudar-se para outra *longhouse* ou construir a sua própria, desde que tenha meios para fazer isso. “As cabeças dependuradas no corredor passam de geração a geração, não podem ser vendidas e são levadas pelas famílias quando elas mudam de *longhouse*. Servem para nos proteger de maus espíritos e demonstram que somos um povo forte. Quando saímos para caçar, acendemos uma vela dentro dos crânios. Assim, nossos inimigos nos acompanham e nos protegem”, diz o chefe Jon, que trata bem as cabeças herdadas de seu pai, um grande caçador. “Elas estão sempre limpas e são alimentadas com arroz em seus dentes. Se a cabeça for negligenciada, trará má sorte”, explica Jon, chefe da *longhouse*. A existência da vida após a morte é uma crença forte na cultura iban. “Velamos nossos mortos com grandes rituais de celebração: eles são vestidos com a melhor roupa que tinham e enterrados junto com vários utensílios, como ferramentas e armas. Quando ressuscitarem na outra vida, eles vão pre- cisar de algo para começar." ::::::::::

Mãos de Cegos Carla Luzia da Silva – Poetisa Cega As mãos, para mim, são tudo. Com elas percebo o mundo; Viajo por todas as partes, Atinjo recantos profundos. Vou a lugares distantes, De difícil acesso. E com meia dúzia de pontos Tudo que se escreve, leio. Têm dom de tocar instrumen- tos, Também sabem acariciar. Com elas crio meu tempo E tudo o que se imaginar. São a base da minha vida, Descobrem coisas sem parar. Os dedos são meus olhos, Me ensinam a viver, a sonhar. Agradeço a deus por me dar Tão precioso presente Com elas vou construindo Um mundo mais conivente. :::::::::: Jóias da Humanidade Muralha da China Revista Próxima Viagem Uma passarela de pedra que atravessou os Séculos -- Longa e maciça, a Muralha da China é uma das poucas obras feitas pelo homem que podem ser vistas de uma espaçonave em órbita na Terra. Originalmente com 7.300 quilômetros de extensão -- hoje restam preservados apenas 2.500 quilômetros espalhados em fragmentos --, ela rasga o vasto território da China de leste a oeste. Sua largura também é impressionante: 5,5 metros de pedra maciça. Isso permitia ao exército chinês marchar sobre ela em fileiras de dez soldados, além de garantir uma resistência milenar. Os muros tinham, ainda, altas torres usadas para sinalizar mensagens ao longo da muralha, no caso de alguma ameaça. Foi Qin Shi Huangdi, primeiro imperador da China unificada, quem teve a idéia de construir a Grande Muralha, por volta de 220 a.C., mas a obra foi abandonada depois de sua morte e só retomada durante a dinastia Ming (1368-1644), quando ganhou o traçado atual. À época da construção da muralha, as províncias da China eram cobiçadas por suas riquezas, abastecidas pelo comércio de porcelana, seda e uma bebida que começava a ganhar o mundo: o chá. Para construir a muralha, os chineses usaram tijolos de até 12 quilos, produzidos em olarias. A muralha atravessa vales com até 70 graus de inclinação, quando se transforma numa escadaria. Em média, as paredes se elevam por 8 metros da base onde se assentam. A Grande Muralha se tornou a maior estrutura militar do mundo. A Grande Muralha, para os chineses, sempre foi motivo de orgulho. Com um desenho arquitetônico muito específico e uma rica base cultural e histórica, a Grande Muralha atrai milhares de turistas e se encontra listada, desde 1987, como patrimônio cultural da humanidade. Também chamadas de guias, as torres de sinalização eram usadas para enviar comunicações militares durante a noite, através de sinais com fogo ou lanternas, ou através de sinais de fumaça, durante o dia. Outros métodos empregados eram as bandeiras, os badalos e os tiros de armas de fogo. As torres geralmente ocupavam o topo das elevações naturais para permitir o máximo de visibilidade. Nos níveis mais baixos, havia alojamentos para os soldados, além de estábulos, currais e áreas de armazenamento. A estrutura da parede variava de lugar para lugar, conforme a disponibilidade dos materiais de construção. Foram feitas paredes de terra socada, intercaladas entre tábuas de madeira, de tijolos de argila, de uma mistura de tijolos e pedra, apenas de pe- dras e de estacas e pranchas de madeira. Em algumas áreas foram aproveitados diques já existentes e, em outras, os acidentes naturais, como os precipícios e gargantas. A Grande Muralha da China resistiu durante 2000 anos ao assédio dos guerreiros nômades, mas parece incapaz de sobreviver ao assédio dos "bárbaros modernos". O clima de vale-tudo que dá o tom do acelerado crescimento econômico do país e o desinteresse das autoridades chinesas pela preservação do patrimônio histórico contribui para acelerar a destruição da fortificação, considerada a maior obra já feita pelo homem. Dois terços da construção já viraram ruína. Uma parte considerável foi tragada pela areia do Deserto de Gobi. Outra foi depredada por camponeses, que usam as pedras cortadas há mil anos como material de construção. A situação é igualmente preocupante nos trechos mais conservados, situados em cidades próximas a Pequim. Eles foram transformados em atração turística e são administrados como se fossem parques de diversões. Em Badaling, a muralha divide a paisagem com um *shopping* de bugigangas e uma antena de recepção de celulares. Em Mutianyu, é possível subir ao ponto mais alto da construção a bordo de um teleférico e descer num tobogã. Em Huanghuacheng, uma torre de 500 anos abriga uma lan- chonete. Pichações e lixo estão em toda parte. A degradação é tão evidente que chamou a atenção de preservacionistas estrangeiros. O inglês William Lindesay, autor de vários livros sobre a fortificação, criou uma fundação em Pequim dedicada a buscar apoio no Ocidente para sua preservação. A Grande Muralha já entrou na lista dos 100 monumentos mais ameaçados do mundo, preparada por uma ONG nova-iorquina. A indicação representa uma pressão a mais sobre o governo chinês. No passado, a construção viveu longos períodos de descaso das autoridades. A decisão de transformar a muralha numa atração turística, sem respeitar normas mínimas para protegê-la, ajudou a deteriorar os trechos mais conservados. Os preservacionistas lutam agora para que trechos selvagens do interior permaneçam inacessíveis. É uma forma de impedir que o que restou da Grande Muralha siga o exemplo de outro símbolo chinês ameaçado de extinção, o panda, e desapareça de vez. :::::::::: Histórias Interessantes Uma Lição de História muito Interessante -- Abraham Lincoln foi eleito para o congresso em 1846. John F. Kennedy foi eleito para o congresso em 1946. Abraham Lincoln foi eleito Presidente em 1860. John F. Kennedy foi eleito Presidente em 1960. Ambos estiveram muito empenhados em melhorar os direitos civis. As esposas de ambos perderam filhos enquanto estavam na Casa Branca. Ambos foram assassinados numa quinta-feira. Ambos foram alvejados na cabeça. O sobrenome da secretária de Lincoln era Kennedy, e o da de Kennedy era Lincoln. Ambos foram assassinados por homens do sul dos EUA e ambos substituídos por homens do sul com o mesmo sobrenome: Johnson. Andrew Johnson, que substituiu Lincoln, nasceu em 1808. Lyndon Johnson, que substituiu Kennedy, nasceu em 1908. John Wilkes Booth, que assassinou Lincoln, nasceu em 1839. Lee Harvey Oswald, que assassinou Kennedy, nasceu em 1939. Ambos usavam e eram conhecidos pelos seus 3 nomes, algo não muito praticado na cultura norte-americana. A soma das letras dos nomes de ambos é 15. Lincoln foi assassinado dentro de um teatro de nome "Ford”; Kennedy foi assassinado num carro Ford modelo Lincoln. O assassino de Lincoln atirou nele num teatro e fugiu para um depósito, e o de Kennedy alvejou-o de um depósito e fugiu para um teatro. Booth e Oswald foram assassinados antes de serem apresentados a julgamento. *** Ulisses, o herói grego da Odisséia, grande poema épico de Homero, teve um cão fiel chamado Argos. Como a rainha Penélope, esposa de Ulisses, Argos esperou a volta do dono por mais de dez anos. Por fim, após sua longa e aventurosa viagem, quando o herói retorna disfarçado de mendigo, Argos é o único a reconhecê- -lo. A cena desse reencontro inspirou a Homero alguns dos mais belos versos de toda a obra: "Esquecido agora, na ausência do dono, diante do portal do palácio, Argos permanecia a vigiar, quase cego, coberto de sarna e pulgas. Ele reconheceu Ulisses no homem que chegava e, movendo o rabo, baixou as duas orelhas: faltavam-lhe forças para correr em direção ao dono. Ulisses o viu: ele voltou a cabeça e enxugou uma lágrima..." Ulisses combateu na Guerra de Tróia, enfrentou o gigante Ciclope, venceu os feitiços da maga Circe, resistiu ao canto das sereias. Mas apenas seu velho cão foi capaz de ar- rancar-lhe uma lágrima... *** A maravilhosa escada de São José -- Uma simples capela em estilo neogótico, e- xistente em Santa Fé, capital do Estado norte-americano do Novo México, conserva em seu interior uma extraordinária escada, que constitui para as almas católicas um alento de fé e piedade. Trata-se de algo aparentemente comum: a escada que dá acesso ao coro, de formato artístico e com ex- celente acabamento. Contudo, a técnica de sua construção foge completamente aos padrões conhecidos e chama a atenção dos estudiosos. Sua história remonta ao século XIX, quando ali chegaram as religiosas de Nossa Senhora de Loreto que, com o apoio do Bispo local, Dom Lamy, instalaram o Colégio Nossa Senhora da Luz, para a educação de meninas. Em julho de 1868, 21 anos após sua chegada, as religiosas deram início à construção da capela que, por desejo de Dom Lamy, foi concebida segundo o estilo da Sainte Chapelle de Paris. Aconteceu que, estando a capela quase pronta, veio a falecer o arquiteto, P. Mouly. Grande foi o desconcerto das religiosas quando o mestre de obras deu-se conta de um equívoco cometido na elaboração da planta: não havia sido previsto espaço para a escada de acesso ao coro. Muitos carpinteiros foram chamados a dar seu parecer, mas todos tinham a mesma resposta negativa, pois a área da capela, que mede aproximadamente 8 por 25 metros, não comportava uma escada em plano inclinado, e também por causa da altura em que se encontra o piso do coro. O que fazer? Seria necessário demolir o coro? Parecia não haver solução. As religiosas começaram então uma novena a São José, o pai adotivo de Nosso Senhor que, na Palestina, apesar de ser descendente da estirpe real de David, fora carpinteiro... Quando a novena terminou o impasse continuava. Mas, logo no dia seguinte, um homem de aparência austera e trazendo sobre um jumento os seus pertences, bateu à porta. Para a Irmã Madalena, a religiosa que o atendeu, disse ele haver sabido que o Convento necessitava construir uma escada para o coro e que ele podia fazê-la. Tinha condições para começar logo a obra, mas pedia para trabalhar sozinho, sem o trânsito de pessoas pela capela. Seu desejo foi atendido e, ao final de três meses, o carpinteiro procurou a Irmã Madalena convidando-a para ver a escada e verificar se ela satisfazia às necessidades da capela. A religiosa que o acompanhou ficou tão impressionada e contente com o que viu, que foi logo chamar as outras religiosas. Todas vieram e constataram que o pro- blema fora resolvido de um modo que superava inteiramente suas expectativas. O carpinteiro, contudo, não estava mais ali. Para fazer-lhe o pagamento devido, Irmã Madalena procurou localizá-lo na cidade: Ninguém o conhecia, ninguém o tinha visto. Entre os fornecedores de madeira, nenhum havia vendido o material utilizado na construção da escada. De acordo com o diário deixado por Irmã Madalena, as ferramentas usadas pelo hábil carpinteiro, segundo ela pôde observar, eram apenas um serrote de raro formato, um esquadro em forma de T e um martelo. Foram vistos também barris com água, onde peças de madeira eram postas de molho. A escada é circular e possui 33 degraus, fazendo duas voltas completas de 360 graus cada uma. A altura é de 6,5 metros. Arquitetos e construtores das mais diversas procedências têm examinado detidamente esta obra-prima, e todos são unânimes em reconhecer suas características inexplicáveis. Alguns são de opinião que ela se desmontaria logo no primeiro momento em que fosse usada, e no entanto, a escada mantém-se firme há mais de um século... É notável o fato de que as longas peças curvas em espiral não são simples peças de madeira encurvadas, de modo a se ajustarem às dimensões precisas requeridas. Pelo contrário, elas são constituídas de diversas secções curtas de madeira, encaixadas entre si. Sem o auxílio de lentes de aumento, ou vistas por quem não seja especialista no assunto, esses encaixes não são notados. Os degraus não têm um eixo de apoio, e tampouco apóiam-se na parede. Não há pregos ou parafusos mas apenas tarugos de madeira nas partes onde há junção de peças. Há um perfeito alinhamento dos degraus, dando a impressão de que seu autor esculpiu-a num tronco de madeira. Mesmo assim, é sur- preendente que alguém tivesse alcançado tal precisão. Mais um mistério: a madeira, bastante resistente, não é nativa do Novo México. Ao ver a escada construída em sua capela, as irmãs do Colégio Nossa Senhora da Luz rezaram novamente para agradecer, certas de que o próprio São José viera pessoalmente construir a escada que lhes estava faltando. *** Jóias da Família -- Diamantes e seres humanos são feitos de átomos de carbono. Partindo deste princípio, a companhia americana LifeGem oferece jóias feitas das cinzas de pessoas mortas. A empresa diz que, por 4.000 dólares, transforma os restos de qualquer um em belos diaman- tes. :::::::::: Artes A Bíblia nos Azulejos Diário da Terra Os 62 painéis que, desde a década de 1760, decoram a famosa Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, no Rio de Janeiro, estão sendo salvos do desaparecimento. São cerca de 10 mil e 500 azulejos com cenas bíblicas do Cântico dos Cânticos. O sal acumulado nas paredes e a lenta ação do tempo já haviam destruído uma parte da obra atribuída ao mestre Valentim de Almeida. Artífices da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, tutelada pelo governo de Portugal, trabalham na delicada restauração. "Os azulejos dialogam muito bem com a arquitetura ovalada da Glória. Eles parecem ter sido postos ali para louvá- -la." *** Tipos de Dança: Valsa – Originária de uma dança popular austríaca, a valsa espalhou-se pelas cortes européias nos séculos XVII e XVIII. O sucesso de compositores como Johan Strauss (pai e filho) ajudou a levar à população a dança da aristocracia. Tango argentino -- Com o sucesso de Carlos Gardel nos anos 40, o estilo nascido da mistura do flamenco, ritmos negros e do interior da Argentina, o tango viveu sua época áurea. Ainda hoje é dançado pelos salões do mundo. Maxixe – nascido da mistura entre o lundu africano e ritmos europeus, o precursor do samba foi proibido durante anos no Brasil. Motivo: era considerado indecente porque os pares dançavam colados. :::::::::: Brasil Rota das Missões Revista Viagem Dos 30 povoados remanescentes do período jesuítico, apenas alguns conservam as marcas de seu apogeu. Do lado brasileiro, a maior atração está em São Miguel das Missões, a 500 quilômetros de Porto Alegre. Com uma monumental fachada de 30 metros de altura, a Catedral de São Miguel Arcanjo -- ou o que restou dela – impressiona com suas arcadas de inspiração romana e colunas coríntias. Curioso é que o povoado original, chamado de Redução, fundado em 1632, mudou-se duas vezes devido aos ataques dos bandeirantes paulistas. Apenas em 1687 fixou-se no lugar onde se encontra hoje. A construção da igreja teve início em 1735 e durou cerca de dez anos. Mais de 100 operários guaranis trabalharam na obra. Nas grossas paredes du- plas do templo, duas constatações: a engenhosidade dos encaixes precisos das pedras e as dezenas de inscrições esgaravatadas pelos vândalos. Você saberá, por exemplo, que um certo Zé Pedro amava Idalina... em 1927. "Não faz muito tempo, vinha gente roubar as pedras para fazer alicerce de casa." Da planta original, há vestígios do colégio, da casa dos padres e do cemitério. Dentro do sítio arqueológico funciona o Museu das Missões. Projetado por Lúcio Costa -- o mesmo que fez Brasília --, o estilo arquitetônico imita uma habitação indígena das reduções. Ali está o maior acervo brasileiro da estatuária missioneira, verdadeiros tesouros barrocos. Próximas de São Miguel, estão as ruínas de outras três reduções: São Lourenço Mártir, São João Batista e São Nicolau que, ao lado de São Borja, São Luís Gonzaga e Santo Ângelo, formam os chamados Sete Povos das Missões. Nos três últimos, não restou pedra sobre pedra, embora Santo Ângelo -- o caçula dos sete -- abrigue uma magnífica catedral, réplica daquela que está em São Miguel, e um importante museu histórico. Na verdade, a cidade é o local mais indicado para você montar base e explo- rar a região. *** O Brasil que Vem Aí... Já que tanta coisa parece mudar em nosso país, este tex- to merece a sua atenção e a sua reflexão. Ele é de Gilberto Freyre e foi escrito em 1926! "Eu ouço as vozes, eu vejo as cores, eu sinto os passos de outro Brasil que vem aí. Mais tropical, mais fraternal, mais brasileiro. O mapa desse Brasil, em vez das cores dos Estados, terá as cores das produções e dos trabalhos. Os homens desse Brasil, em vez das cores das três raças, terão as cores das profissões e regiões. As mulheres do Brasil, em vez das cores boreais, terão as cores claramente tropicais. Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil, todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor. O preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semi branco. Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil, lenhador, lavrador, pescador, vaqueiro, marinheiro, funileiro, carpinteiro, contanto que seja digno do governo do Brasil, que tenha olhos para ver pelo Brasil, ouvidos para ouvir pelo Brasil, coragem de morrer pelo Brasil, ânimo de viver pelo Brasil, mãos para agir pelo Brasil, mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos brasis, mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e norte-americanos a serviço do Brasil, mãos sem anéis (que anéis não deixam o homem criar nem trabalhar). Mãos livres, mãos criadoras, mãos fraternais de todas as cores, mãos desiguais que trabalham por um Brasil sem Azeredos, sem Irineus, sem Maurícios de Lacerda. Sem mãos de jogadores nem de especuladores nem de mistificadores. Mãos todas de trabalhadores, pretas, brancas, pardas, roxas, morenas, de artistas, de escritores, de operários, de lavradores, de pastores, de mães criando filhos, de pais ensinando meninos, de padres benzendo afilhados, de mestres guiando aprendizes, de irmãos ajudando irmãos mais moços, de lavadeiras lavando, de pedreiros edificando, de doutores curando, de cozinheiras cozinhando, de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens. Mãos brasileiras, brancas, morenas, pretas, pardas, roxas, tropicais, sindicais, fraternais. Eu ouço as vozes eu vejo as cores eu sinto os passos desse Brasil que vem aí." :::::::::: Ecologia Um Espetáculo de Vida e Morte Golpe sem Misericórdia -- O método tradicional para o ataque é bem pouco sofisticado: uma paulada no crânio. Ele mantém intacta a pele do animal mas, por ser considerado cruel, foi proibido pelas autoridades e substituído por tiros. Como se vê, nem sempre a lei é cumprida. Esfoladas Vivas – A pancada, na maioria das vezes, não mata o animal. Por isso, muitos deles chegam ainda vivos ao estágio seguinte: a retirada da pele. Não raro, as focas ficam se debatendo em carne viva até morrer de frio. Violência Lucrativa – O motivo de tanta crueldade, mesmo com protestos furiosos de ambientalistas, é que o comércio de pele de foca é uma indústria milionária. Também são aproveitados a gordura, a carne e o pênis do animal, considerado um afrodisíaco valiosíssimo em países do orien- te. :::::::::: Lugares do Mundo Paris -- Rapsódia Boêmia Cathy Meromam O Marais, um pedaço de Paris de 125 hectares, na Rive Droite (à margem direita do rio Sena), é uma espécie de cabaré a céu aberto. As ruas estreitas e vi- brantes dessas redondezas da capital francesa compõem um palco ideal para Dominique e sua música. "Aqui você consegue tocar as pessoas com uma canção", acredita ela. "A gente cria uma relação; é quase angelical." Depois de tocar diante da Place des Vosges, ela empurra seu realejo sobre rodas pela Rue St. Antoine e o arrasta por uma escadaria acima até a pracinha diante da Igreja de São Gervásio e São Protásio. No Marais, o encanto se evola dos paralelepípedos, circunda os postes de ferro ornamentados e inunda as ruelas. Você caminha pela rua, e eis que um camelô como que tira do ar um buquê de rosas cor-de-rosa. Atrás da fachada rígida de um edifício do século XVII, se esconde um jardim aromatizado com a fragrância dos lilases. E lá está a Place des Vosges, com suas nove mansões quase idênticas em cada um dos quatro lados, com exceção dos mais grandiosos pavilhões do Rei e da Rainha, que se assentam dos lados sul e norte. Na luz doce da manhã, os tijolos tingem-se de um rosa pálido. As tílias, podadas em perfeita geometria, margeiam um jardim que posa de centro de mesa da praça. Namorados languescem no gramado, aos abraços. A história do Marais (brejo, em francês) é uma fábula do Rico-que-Virou- -Mendigo-que-Virou-Rico. Começa nos anos 1600, quando Henrique IV mandou construir a Place des Vosges, transformando-a no mais elegante endereço do reino. Quase dois séculos mais tarde, ela iniciou um declínio gradual até virar uma área de cortiços, incluindo o gueto judeu – formado espontaneamente, e não por imposição legal. Só recentemente o Marais emergiu das sombras fuliginosas para se tornar, se não ainda o bairro mais caro de Paris, com certeza um dos endereços mais chiques da capital do chique. Certas áreas do Marais são grandiosas, com suas mansões do século XVII erigidas quando o bairro era ultra-elegante. O Marais -- que incorpora a maior parte do terceiro e do quarto *arrondissements* -- não é de forma alguma assim. Na verdade, ao se atravessar a Rue de Bretagne, em direção ao vértice norte do triângulo do Marais, a vizinhança torna-se modesta e até mesmo um pouco decaída. O Marais -- tanto os setores chiques quanto os não-tão- -chiques -- é um bairro peculiar. As edificações dos séculos XVI e XVII inclinam-se sobre as ruas como se estivessem levemente bêbadas. As estreitas vias fazem curvas e caraminholas, com seus nomes estranhos, tais como Rue du Pont aux Choux (Rua da Ponte dos Repolhos) ou Rue des Mauvais Garçons (algo como Rua das Más Companhias), batizada dessa maneira em função dos muitos criminosos que viviam ali no século XIV, no Marais, um tanto bizarro; muitos dos que vivem ali também o são. Atravessar uma rua no Marais é atravessar séculos e culturas, tal é a riqueza de um lugar onde, na extensão de 40 passos de uma só via, a Rue des Ecouffes, você passa por uma sinagoga, um açougue *kosher*, dois bares *gays* e um *cibercafé*. A Ecouffes acaba na Rue des Rosiers, a espinha dorsal do bairro judeu, onde você encontra restaurantes que vendem pizza *kosher*, comida chinesa *kosher* e *sushi kosher*. Hoje, o Marais ensina tolerância. "Ele abre as mentes", resume Hervé Lourau, um juiz, diante de seu drinque. Lourau, que vive na periferia de Paris, vem ao Marais regularmente para fazer vida social. "É tão aberta a comunidade *gay* aqui! As pessoas não-*gays* vêm e se dão conta de que «eles» não são monstros, afinal de contas." Lourau atribui à comunidade homossexual boa parte da energia e do estilo que tornaram o Marais um lugar da moda. "Detesto parecer um *gay* imperialista", diz ele. "Mas eles sempre estão à frente da curva das últimas tendências; foi assim que o Marais entrou na moda." Nem sempre, porém, o Marais esteve além da curva da vanguarda. Ali pelo fim da Revolução Francesa, ele tinha ficado para trás. A trilha para a glória minguante começou em 1682, quando Luís XIV transferiu a corte de Paris para Versalhes, 15 quilômetros a oeste dos limites da cidade. Nas décadas seguintes, a nobreza migrou do Marais para a banda oeste de Paris, mais perto do ponto focal do poder. O Marais tornou-se então, segundo Louis-Sébastien Mercier, um autor do século XVIII, refúgio de famílias em declínio. À medida que os ricos partiam, a indústria chegava. A área virou ponto de pequenas manufaturas, oficinas e artesãos, que se estabeleceram nos pátios internos das dilapidadas mansões. Por volta de 1950, o Marais tinha mais habitações abaixo dos níveis adequados de habitação do que qualquer ou- tro lugar em Paris. A aragem da degradação urbana vagava inapelavelmente pelo bairro. Um terço dos edifícios carecia de água corrente. Dois terços das residências não dispunham de banheiro priva- tivo. Em 1965, o governo resolveu abrigar o Marais sob suas asas, passando uma lei de proteção que o proclamava bairro histórico. Foi a cena clássica: o pessoal do ramo imobiliário deu as caras, os aluguéis subiram, os artesãos e velhos residentes foram forçados a sair. A renovação animou a região, deflagrando a era das vigas aparentes. O Marais ficou *cult* e um pouco pretensioso. Uma padaria tradicional virou uma loja chique de sapatos. Um açougue é agora uma butique da moda. A velha ca- sa de banhos judaica, o *hammam*, quase deu lugar a um McDonald's – os empreendedores chegaram a alegar que venderiam hambúrguer *kosher* -- até que uma onda de protestos cancelou a mudança. "Você vai andando pelas ruas e tudo que vê são antiquários, como o Les Deux Orphelines, na Place des Vosges, repleto de porcelana e mobília antigas. Imagine uma camada de magia tombando em seu caminho como flocos de gelo. Um gênio da lâmpada, com um cigarro Gauloise pendendo dos lábios, outorga-nos um desejo: queremos um apartamento no Marais! Então, vamos abrir Le Figaro, o tradicional jornal conservador francês. Folheamos os classificados e encontramos a materialização de nossos sonhos: o perfeito *pied-à-terre*, como chamam os franceses o pequeno e charmoso apartamento que se mantém para temporadas. Aí vão umas dicas para se ler o anúncio: Rue animée (rua animada) indica uma barulheira tamanha que você não consegue ouvir nem seus pensamentos. *Atypique* (atípico) assinala um apartamento dos mais estranhos, talvez com quartos triangulares. *Coquet* (gracioso) é o código para um apartamento tão pequeno que você e seu gato não caberiam juntos lá dentro. E *nous consulter* (consulte- -nos sobre o preço) sugere que, se você não for beneficiário dos recursos de um sultanato, não vai conseguir comprá-lo. Por ora, vamos descobrir uma ou duas coisas do mercado imobiliário parisiense da perspectiva de alguém por dentro do assunto. O apartamento tem boas fundações e um *pedigree* impecável. Recortado de uma antiga moradia de um duque do século XVII, tem 210 metros qua- drados, dois quartos e dois banheiros e meio. Entre seus atrativos está o quarto master, do tamanho de um pequeno teatro, com revestimento de seda nas paredes, lustres derramando cristais em cascata e enormes janelas francesas que se abrem para uma estupenda vista da praça. Nada fica como está. O Marais -- na moda no século XVII, fora de moda no século XVIII, um favelão no XIX, novamente chique agora -- pode vir a perder seu brilho outra vez. Afinal de contas, "para sempre" é coisa de contos de fadas. :::::::::: Ciência e Saúde A Ginástica Cerebral -- Mantenha a atenção nas atividades diárias. Afaste as preocupações e estabeleça prioridades. Cuide da saúde. Doenças como hipertensão e diabetes, o sedentarismo e a deficiência de vitamina B12 e ácido fólico são prejudiciais à memória. Organize seu tempo. Acredite em sua capacidade de fixar novas informações. Envolva-se naquilo que está fazendo. Coloque o coração nas tarefas. Faça contas pequenas de cabeça ou no papel. Mantenha-se atualizado. Observe tudo e informe aos amigos. Participe de jogos e brincadeiras com amigos e parentes. Experimente novas vivências e novos aprendizados. Encare as dificuldades e o novo como uma oportunidade de exercitar sua flexibilidade e capacidade de encontrar novas soluções. Evite o abuso de álcool. O álcool em excesso destrói os neurônios. Tenha uma boa auto-imagem. Afaste os preconceitos. Pesquisas de Kenneth Cooper, o criador da aeróbica, mostram que meia hora de exercícios de baixa intensidade, praticados três ou quatro vezes por semana, são mais saudáveis que exercícios exaustivos e combatem melhor os radi- cais livres. *** Tecnologia -- Estudantes criam polegar artificial -- Estudantes de Cingapura criaram um polegar artificial capaz de substituir dedos perdidos em acidentes. A invenção está sendo chamada de *Mimic*. "O polegar imita o indicador. Assim, quando o indicador se mexer, o polegar mexe também", disse Adrian Lim, líder do projeto de estudantes de Engenharia Mecânica e de Produção da Universidade Tecnológica de Nanyang. Duas roldanas pequenas e um cabo de aço fino mantêm os movimentos do polegar em sincronia com o indicador, permitindo que a pessoa escreva e até mesmo pegue objetos pequenos. *** Astronomia -- Céus de outros mundos -- Qual a cor do céu nos planetas do Sistema Solar? Se, por hipótese, uma pessoa estivesse na superfície de um dos nove planetas do sistema solar, veria dali o céu da cor diferente daquela avistada da Terra. Isso porque a cor depende da composição da atmosfera do planeta e de como seus gases dispersam a luz proveniente do Sol. Na Terra, a quantidade de nitrogênio da atmosfera produz maior espalhamento da cor azul. Em Mercúrio, não há atmosfera e o céu não tem cor definida: é brilhante e amarelado na direção do Sol e escuro no lado oposto. Vênus tem atmosfera muito espessa. De sua superfície, um hipotético viajante veria um "cobertor" de nuvens amarelo-avermelhadas, por causa da presença predominante do dióxido de carbono. A atmosfera de Marte não é tão espessa, embora também seja constituída principalmente de dióxido de carbono. A poeira em suspensão torna o céu avermelhado. Júpiter e Saturno são planetas gigantes formados principalmente por gases e possuem atmosferas muito espessas e de composição variada. Predominam hidrogênio e hélio, e há traços de metano e amônia. As cores do céu dependem de altitude, composição química e local, com predominância de azul, branco, amarelo e vermelho. Em Urano o céu é azul- -esverdeado e em Netuno, azul-profundo, mas as cores variam dependendo da altitude e da presença do gás metano. Por ser pequeno e estar muito longe, Plutão é pouco conhecido. Na atmosfera predominam metano e nitrogênio. A cor do céu deve ser azulada. *** Arqueologia -- Isso é que é pão amanhecido – A maioria gosta mesmo é de pão recém- -saído do forno. Mas o arqueólogo Mark Robinson, do Museu da Universidade de Oxford, na Inglaterra, ficou felicíssimo ao topar com farelos de pão velho, encontrados em Yarnton, na Inglaterra. O valor dos pequenos nacos – com menos de 1 centímetro de diâmetro -- é que eles têm 5.500 anos. Junto deles estavam lascas de cerâmica e utensílios de cozinha, como facas e lâminas, a mais avançada tecnologia da pedra polida. "Nós sabíamos que o homem já cultivava o trigo naquele tempo", disse Robinson. "Agora esperamos descobrir como o cereal era preparado." Imagem de Zeus Supremo – Salônica, Grécia. Arqueólogos que trabalham no leito de um rio nas proximidades do Monte Olimpo, lar mitológico dos deuses gregos, descobriram remanescentes do que seria o mais antigo templo conhecido dedicado à figura de Zeus Supremo. Uma estátua de mármore, decapitada e com 2.400 anos, foi descoberta juntamente com 14 colunas decoradas com figuras de águias -- ave que é um dos símbolos da principal divindade da Grécia antiga. A descoberta é importante porque oferece uma imagem de como Zeus era representado durante um período importante de transição na religião antiga. Especialistas acreditam que o Zeus "hypsistos", ou "supremo", emergiu como uma figura mais dominante e universal na medida em que os gregos se afastavam dos cultos mais antigos, que incluíam dezenas de versões de Zeus. -- Sabemos agora como os antigos representavam Zeus Supremo -- disse o arqueólogo, que chefia escavações, há 35 anos, em Dion, localidade próxima do Monte Olimpo. -- Há uma chance de que a cabeça da estátua ainda seja encon- trada. *** Paleontologia -- Baú de ossos na Inglaterra – Uma presa de mamute, com 3 metros de comprimento e datada de 200 mil anos, está sendo considerada um verdadeiro tesouro pelos paleontólogos ingleses. Em perfeito estado de conservação, o fóssil foi encontrado numa região próxima a um afluente do rio Tâmisa, entre Oxford e Witney, no coração da Inglaterra. Esse sítio arqueológico vinha sendo ex- plorado há alguns anos, mas só nos últimos meses os pesquisadores começaram a fazer descobertas gigantescas. Presas menores de mais vinte mamutes, ossos de bisão e dentes de outros animais pré-históricos, além de ferramentas de pedra, também foram achadas. Depois de analisadas em laboratório, essas preciosidades poderão ajudar a reescrever parte da história dessa região inglesa. *** Pesquisa -- Míssil contra câncer do cólon -- Talvez inspirados nos bombardeios contra alvos iraquianos, na Guerra do Golfo, pesquisadores americanos inventaram a "pílula inteligente", capaz de atacar áreas doentes do tubo digestivo sem espalhar sua munição contra tecidos sadios. Normalmente, os pacientes com doenças dos intestinos, sobretudo colites ulcerativas e o mal de Crohn, recebem altas doses de medicamentos, que se espalham indistintamente entre células afetadas e sadias, no caso da quimioterapia. Contra o câncer do cólon há graves conseqüências, pois os remédios são altamente agressivos ao organismo como um todo. A nova pílula possui um minitransmissor de rádio capaz de mostrar aos médicos, em que parte do tubo digestivo se encontra. Esperam que ela se aproxime do trecho doente e, só então, determinem por controle remoto a abertura da cápsula. Embora atue como míssil teleguiado, a "pílula inteligente" é pouco maior que uma cápsula normal. O único problema é o preço: 500 dóla- res a unidade. *** Doenças -- A Doença de Alzheimer (D.A.) é uma enfermidade progressiva, de evolução lenta, que afeta o cérebro, sendo mais comum entre os idosos. Nos diferentes estágios da doença, observam- -se vários sintomas de incapacidade intelectual e comportamental. Até agora, o diagnóstico da doença apóia-se, principalmente, em critérios clínicos, os mesmos que levam, na maioria dos casos, os pacientes aos consultórios, cada vez mais cedo. Os sinais de alerta são: Diminuição da memória sobretudo a partir de uma certa idade -- é verdade que quase todo mundo se queixa disso, embora queixas desse tipo sejam quase sempre benignas -- nada a ver com os problemas de memória da D.A., que logo se mostram bem diferentes. Eles atingem primeiro os fatos recentes. O próprio paciente relata: "Se me contam ou explicam alguma coisa, três segundos depois já me esqueci!". Esse fenômeno leva a repetições intermináveis, cada vez mais difíceis de suportar para os que o acompanham. A dificuldade de lembrar-se de fatos recentes é acompanhada, muitas vezes e rapidamente, de problemas de memória, de fatos antigos. O paciente não consegue lembrar-se do nome da sua escola, dos colegas de turma, do presidente da República etc., etc. Desorientação temporal – a pessoa não sabe mais em que ano está. Não se trata de enganar-se no início de um ano novo e escrever 2002 em vez de 2003, mas de afirmar que o ano em curso é 1996, erro óbvio demais. A mesma desorientação ocorre em relação aos meses e aos dias; Pensamento abstrato -- a resolução de um problema simples torna-se impossível. Subitamente, a pessoa não consegue mais preencher formulários com os próprios dados, nem lidar com documentos; Problemas de avaliação -- a pessoa começa a fazer despesas impensadas, fora de suas possibilidades, quando, até então, administrava seu orçamento com responsabilidade; Problemas de linguagem -- incapacidade de nomear objetos comuns. Diante de um lápis, dirá: "Isso é para escrever", porque não se lembra mais da palavra lápis. À medida que a doença evolui, a pessoa não reconhece mais o objeto nem sabe para que serve. Não reconhece mais as pessoas, a família em particular, e nem o próprio rosto no espelho, a ponto de queixar-se de não estar só no banheiro e de pedir ao "estranho" para retirar-se. O conjunto desses sintomas não se manifesta no início, desenvolvendo-se progressiva- mente. *** Auto-ajuda -- Ser feliz é tudo que se quer -- Use uma estratégia para alcançar a felicidade. Tanto as pessoas felizes quanto as infelizes fazem coisas que criam e reforçam seu estado de espírito. As pessoas felizes permitem-se ser felizes. As infelizes continuam a fazer coisas que as aborrecem, prejudicam e contribuem para sua infelicidade. Aceite-se tal como você é – incondicionalmente. Você não é o tamanho da sua conta bancária, o bairro onde mora, a roupa que usa ou o tipo de trabalho que faz. Você é, como todo mundo, uma mistura extremamente complexa de capacidades e limitações. Goste daquilo que você tem. Valorizar o que se tem – em vez de lastimar-se pelo que não se tem ou não se pode ter -- leva a uma felicidade maior. Compreenda que a satisfação completa não existe. Se você acha que é possível ter uma vida perfeita, viverá em eterna frustração. Altos e baixos, alegria e tristeza, entusiasmo e decepção são partes integrantes da existência. Lute sempre para melhorar e alegre-se com suas conquistas. Os acontecimentos são tem- porários. O tempo realmente cura tudo. Nossas decepções são importantes e sérias, mas a tristeza passa e a vida nos leva por novos caminhos. Dê tempo ao tempo. Coma frutas todos os dias. As pessoas que comem frutas ficam satisfeitas com sua alimentação, interessam-se menos por alimentos industrializados e sentem-se melhores consigo mesmas. Não se esqueça de se divertir. Reserve, todos os dias, algum tempo para se divertir, dizer bobagens, rir. Abra-se para novas idéias. Nunca pare de aprender e se adaptar. O mundo está sempre mudando. Preste atenção. Você talvez tenha o que deseja. A tendência humana é sempre querer mais. Por isso é tão importante nos darmos conta do que temos e do que conseguimos alcançar durante a vida. Não deixe a sua vida girar em torno de uma coisa só. A vida é feita de muitas facetas diferentes. A obsessão por alguma coisa nos torna incapazes de usufruir outras e nos faz perder oportunidades de beleza e alegria. Escolha o assunto em que pensar ao se deitar para dormir. Hoje à noite, enquanto estiver escovando os dentes, escolha deliberadamente algo em que gostaria de pensar quando entrar debaixo das cobertas. Algo que seja bonito, que lhe dê ou tenha dado prazer e ale- gria. Se outros pensamentos começarem a se intrometer, reconheça-os, mande-os embora e volte ao assunto escolhido. Tenha uma boa noite de sono. Não economize sono. As pessoas descansadas sentem que trabalham melhor e chegam mais dispostas ao fim do dia. *** Infância e adolescência -- Um estudo publicado nos Estados Unidos pelo Jornal of Nonverbal Behavior concluiu que crianças retraídas e pouco sociáveis desenvolvem uma virtude compensatória: a sinceridade. Depois de oferecer suco de fruta a um grupo de meninos e meninas e perguntar se haviam gostado, os pesquisadores notaram que os mais tímidos não eram capazes de disfarçar uma opinião negativa. Os demais, ao contrário, procuravam -- e conseguiam muito bem -- simular ter apreciado a bebida, mesmo que não fosse verda- de. *** Mulher -- As mulheres são como as árvores... Elas fincam raízes no solo dos nossos corações; têm paciência e capricho com o próprio crescimento. Seus braços são poderosos e, ao abraçá-las, nossos espíritos recebem renovadas energias. Elas amam e cuidam dos seus frutos, mesmo sabendo que um dia o mundo os levará para longe. Outras -- aquelas que não dão frutos -- oferecem sua sombra àqueles que necessitam de descanso. Quando açoitadas por fortes ventos da vida, elas emanam o perfume da força e da fé, acalmando-nos, por mais assustadora que seja a noite. Sua seiva são as lágrimas de dor ou de alegria, não im- porta... Seus corações voam alto o suficiente para escutar mais de perto os recados do céu. Elas oxigenam as ruas das cidades, as avenidas, os acostamentos de estradas e as beiras de rios e até as matas... Elas entendem o canto dos passarinhos e, mais do que ninguém, valorizam e protegem seus ninhos. Suportam melhor a solidão e as dificuldades que a vida às vezes nos impõe; no mundo, elas nascem em maior número para que o verde da esperança jamais empalideça. Todas as mulheres são árvores, e que lindas florestas elas fazem! *** Zoologia -- Conforme a zoóloga canadense Amanda Vincent, durante uma cópula de poucos segundos, a fêmea do Cavalo-Marinho deposita até 200 ovos numa bolsa situada junto à cauda do macho. Cabe a ele nutrir os embriões e dar à luz uma ninhada de "cavalinhos", de mais ou menos 1 centímetro cada. A fêmea do cavalo-marinho visita o macho grávido todas as manhãs, durante a gestação, que dura em média três semanas. Os machos demoram até dois dias para parir os filhotes, que emergem dos sacos ovulares e são impelidos para a abertura da bolsa, de onde são expulsos aos jatos. Os machos, coloridos e agressivos, ficam continuamente grávidos durante a tempora- da de reprodução. *** Alimentos -- Alimentos para combater o mau humor -- Dê adeus ao nervosismo, à ansiedade e ao cansaço. Coloque em sua dieta alimentos que têm o poder de estimular o funcionamento do sistema nervoso, acabar com a irritação e espantar a tristeza. Alface: Ótima para amenizar a irritação. O talo tem lactucina, substância que funciona como calmante. Além disso é rica em fosfato. A falta desse elemento no organismo causa depressão, confusão mental e cansaço. Mel: Estimula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Espinafre: A verdura contém potássio e ácido fólico, que previnem a depressão. Além disso, o espinafre tem magnésio, fosfato e vitaminas A, C e do complexo B, que ajudam a estabilizar a pressão e garantem o bom funcionamento do sistema nervoso. Frutos do mar: Quer dar um "chega pra lá" na tristeza? Abuse das delícias que vêm do mar. Elas têm zinco e selênio que agem no cérebro, diminuindo o cansaço e a ansiedade. Também são boas fontes de proteína e gordura saudável, Ômega 3, essencial para o bom funcionamento do coração. Jabuticaba: Essa frutinha contém ferro -- que combate a anemia -- e vitamina C, que aumenta as defesas do organismo. Suas vitaminas do complexo B, agem como antidepressivos. Além disso, a jabuticaba é rica em carboidratos, que fornecem energia e, por isso, reanimam. Laranja: Rica em vitamina C, cálcio e vitaminas do complexo B, a laranja ajuda o sistema nervoso a trabalhar adequadamente. O cálcio, presente em sua composição, é relaxante muscular e combate o estresse. E essa fruta ainda é energética, hidratante e previne a fadiga. Ovos: Os nutrientes dos ovos que garantem o bom humor são a tiamina e a niacina, vitaminas do complexo B, ácido fólico e acetilcolina. A carência deles pode causar apatia ansiedade e até perda de memória. Uva: Essa fruta tem boa dose de vitaminas do complexo B que ajudam no funcionamento do sistema nervoso. A vitamina C e os flavonsides da uva, são antioxidantes que retardam o envelhecimento da pele e ajudam a combater o colesterol. Além disso, é energé- tica. *Diet* ou *Light*? -- O produto *light* é aquele que tem uma quantidade menor de determinada substância. Quando compramos a margarina *light*, por exemplo, quer dizer que adquirimos um produto que contém quantidade reduzida de gordura, mas esta não deixa de estar presente nele. Já o produto *diet* apresenta ausência total de um determinado tipo de nutriente no alimento. Quando lemos na em- balagem que um pão é *diet* em açúcar, significa que ele não contém essa substância, Esse pão é o mais indicado para quem faz regime de emagrecimento e que deseja eliminar o consumo de calorias, E é o único permitido para os diabéticos, que não podem ingerir açúcar. É importante lembrar que o produto *diet* nem sempre é adequado para todas as pessoas: ele precisa ser *diet* de alguma substância. Pode ser de gordura, de açúcar, de colesterol ou até dos três, isso deve estar especificado na embalagem. Uma pessoa que sofre, por exemplo, de colesterol alto e come um bolo *diet* em açúcar, mas que contém gema de ovo e manteiga, não resolve o seu problema de saúde. Apenas deixa de comer açúcar. O mais indicado, para ela, é o pão *diet* em colesterol. *** Remédios Caseiros -- Erva purifica o sangue -- Para aumentar a circulação e purificar o sangue, há boas opções na natureza, como as ervas algodoeiro, acelga e sete-sangrias. Para usar esta última, anote a receita do chá: ferva um copo de água filtrada e despeje-a sobre uma colher de sopa de folhas fatiadas da planta. Deixe em infusão durante 15 minutos, em recipiente tampado. Depois, coe o chá e beba três xícaras ao dia. Faça apenas a quantidade de chá que você vai utilizar naquele dia. Não guarde o chá para ser tomado no dia seguinte, porque ele perde suas pro- priedades terapêuticas e não surte os efeitos esperados. Plantas contra reumatismo – Para reduzir o ácido úrico no organismo, combater o reumatismo e a gota, pode-se utilizar plantas como o sabugueiro, a sanguinária, o chapéu- -de-couro, a erva-de-bugre e o limão. Para usar o sabugueiro, anote a receita: ferva dois copos de água filtrada e despeje-a sobre uma colher de sopa de folhas fatiadas da planta. Deixe em infusão durante 15 minutos num recipiente tampado; depois, coe a mistura e beba três xícaras do chá ao dia. É imprescindível que a pessoa mantenha uma dieta saudável. Camomila contra dor – Para aqueles que sempre têm uma dorzinha chata incomodando, tome nota de um ótimo chá que promete acabar com esse pro- blema. Use 20 gramas de camomila e 100 mililitros de água filtrada. Depois que a água ferver, despeje-a sobre a planta. Deixe em infusão por um período de 15 a 20 minutos e beba uma xícara do chá três vezes ao dia. Uma outra planta que também pode ser usada é o gengibre. Evitando o colesterol alto – Os médicos alertam para o grande inimigo do homem: o colesterol. Seu alto teor no sangue causa alterações nas paredes arteriais, levando à hipertensão e à morte. Previna-se com uma infusão de bétula. Use 50 gramas da planta e um litro de água fervente. Despeje a água sobre a bétula e deixe o recipiente tampado por 15 minutos. Coe e beba três vezes ao dia. :::::::::: Variedades Dicas Dicas para o bom uso de seu fogão -- A regulagem perfeita da chama do gás, significa menos gasto. Alguns cuidados que geram economia: Evite deixar o fogão em local com corrente de ar para não dispersar a chama; assim que a água ferver, reduza a chama; o fogo alto não elevará a temperatura da água, apenas acelerará a evaporação. Para evitar a perda de água e calor, deixe as panelas tampadas; prefira panelas de fundo largo, pois aproveitam melhor o calor da chama. Dicas para evitar cupim – Evite guardar materiais, papéis ou documentos em caixas de papelão. Procure guardar em locais arejados. Armários de banheiros e cozinhas também não são locais ideais para guardar objetos de origem de celulose. Vistorie periodicamente estantes que contenham livros, revistas e documentos. Mantenha a estante dos li- vros distante de locais úmidos, como paredes que dêem para cozinha ou banheiro, as partes mais úmidas da casa. Não junte telhas e madeiras velhas. Dicas de merendas variadas para a escola: Segunda-Feira -- cardápio 1: refresco de laranja, sanduíche de queijo, banana; cardápio 2: vitamina de maçã, pão de queijo, bananada. Terça-Feira -- cardápio 1: leite batido com chocolate, bolo de cenoura; cardápio 2: iogurte de frutas, sanduíches de presunto, uvas. Quarta-Feira -- cardápio 1: mate, pão doce, maçã; cardápio 2: suco de goiaba, pão integral com geléia, figos secos. Quinta-Feira -- cardápio 1: refresco de caju, pão com requeijão e geléia; cardápio 2: leite batido com baunilha, broa de milho, pêra. Sexta-Feira -- cardápio 1: limonada, sanduíche de presunto, quatro unidades de biscoito recheado; cardápio 2: vitamina de abacate, biscoito sem recheio, goiabada. Como evitar calos e frieiras – Andar na areia dura. Caminhar nas pontas dos pés. Juntar os pés e flexionar os dedos. Massagear com cremes o arco dos pés. Fazer exercícios giratórios com os pés para os dois lados. Deitar no chão e apoiar a ponta dos pés contra a parede. Manter os dedos sempre secos e limpos. Usar sempre unhas cortadas rentes ao limite da pele. Procurar usar sapatos arejados. Dar preferência aos sapatos de bicos arredondados. Alternar o uso de sapatos com saltos altos. *** Simpatias Para manter o emprego -- Compre uma pequena figa, de preferência de madeira, mais ou menos do tamanho do seu dedo médio. Numa sexta-feira, ao sair para o trabalho, leve a figa com você. Lá, no seu emprego, procure esconder a figa num lugar onde somente você saiba. Ao escondê-la, diga: "Esta figa é minha segurança neste trabalho. Jamais serei demitido sem uma causa justa." Para multiplicar seu dinheiro -- Num jardim muito florido, atire sete moedas do menor valor possível. Em seguida, diga em voz alta: "Crianças invisíveis, estou lhes oferecendo estas moedinhas e quero, em troca, milhões de moedas de maior valor." Contra assaltos – Faça o sinal-da-cruz antes de sair de casa, dizendo: "São Bento, Águas Bentas, Jesus Cristo no altar, o que tiver de mal neste meio, afaste para eu passar." *** Humor Um cara vinha me contando: -- minha mulher ganhou alguns presentes do chefe dela. Um anel de ouro, um colar de brilhantes e agora um carro importado último tipo. -- Ah, é? E daí? -- Daí que o chefe dela, tão bonzinho, faz aniversário. Até mandou me convidar. E eu não sei qual o presente que dou pra ele. Você pode me ajudar? -- Claro, isto é fácil. Dá uma chifrada nele. Bernard Shaw, um dos maiores escritores irlandeses, de todos os tempos, era muito conhecido por suas respostas cínicas e sarcásticas. Certa vez, numa recepção de gala, já tinha bebido além da conta e resolveu fazer um galanteio mais ousado a uma senhora muito feia. Ela, incomodada, retrucou: -- O senhor é um bêbado! Shaw, no ato, aprumou-se um pouco e retrucou: -- É, mas amanhã estarei bom. Se acupuntura resolvesse, porco-espinho não ficava doente. Anúncio no Egito antigo: para Faraó, vote em Ramsés II, os outros são umas múmias. Depois da tempestade vem a enchente. Quem ama o feio é cirurgião plástico. *** Pensamentos “Você não pode impedir que os pássaros da tristeza sobrevoem sua cabeça. Mas pode impedi-los de fazer ninho em seus cabelos.” “O medíocre discute pessoas. O comum discute fatos. O sábio discute idéias.” Provérbio Chinês. “Não importa quantos passos você deu para trás, importa quantos você vai dar para frente.” Décio Melhem. “A felicidade é a única coisa que podemos dar sem possuir.” “A paz duradoura só se faz com a paz interior." Tezin Gyatso, o Dalai Lama, líder budista tibetano. "Cada homem tem o poder que ele mesmo se confere." Carlos Albert Libânio Christo, frei Betto, dominicano e escritor mineiro. “Droga é o segundo copo de água quando o primeiro matou a sede.” Yoko Ono, cantora e artista plástica vanguardista japonesa, viúva do cantor e compositor John Lennon (1940-1980). “Não são os incomodados que têm de se mudar, mas os que incomodam.” Zuenir Ventura, jornalista e escritor mineiro. “A arte de reger consiste em saber quando se deve largar a batuta para não incomodar a orquestra.” Herbet von Karajan, maestro austríaco. “Na vida, os blocos de granito afundam; já as cascas das árvores continuam flutuando.” Pierre-Auguste Renoir, (1841-1919), pintor francês. “Ame seu vizinho, mas não derrube a cerca.” Ditado suíço. “Eduquem-se os menores e não será preciso castigar os homens.” Pitágoras. “Cada um que varra a sua porta, e, se o mundo não ficar limpo, ficará menos sujo.” Otto Lara Resende (1922- -1993), escritor e cronista mineiro. “Se me enganas uma vez, tua é a culpa. Se me enganas duas vezes, minha é a culpa.” Ana- xágoras (500-428 a.C.), filósofo grego. “Não podemos dirigir o vento, mas podemos ajustar as velas.” “Deus alimenta todos os pássaros. Ele apenas não atira a comida dentro do ninho.” “Se tudo estiver correndo contra você, provavelmente você está na pista errada.” “Você nasceu como um original. Não morra como uma cópia.” “Você pode saber mais sobre uma pessoa a partir do que ela diz dos outros, do que a partir do que os outros dizem dela.” L. Aikman. “Quando procurar por defeitos use um espelho, não um telescópio.” “Segure a mão do seu filho para que ele possa andar, solte-a para que ele possa correr e o aplauda para que possa voar.” *** História das Frases Descobriu a Pólvora -- Quem descobriu que os chineses conheciam a pólvora foi o viajante veneziano Marco Polo (1254-1324). Ao voltar da Ásia, onde ficou dezesseis anos a serviço de Kubilai Khan, encontrou Veneza derrotada pelos genoveses, tornando-se um dos seis mil prisioneiros. Tendo dividido a cela com um escritor, este o aconselhou a escrever tudo o que, maravilhado, ouvia do também deslumbrado viajante. As narrativas de Marco, muitas delas de difícil crédito para a época, mostravam um rico e imenso território, a China, com uma cultura diferente da européia e, em muitos casos, mais avançada. Com o tempo, a frase passou a ser brandida com ironia contra quem apresenta, como original, uma idéia já conhecida de todos. Marco Polo registrou suas viagens em "O Livro de Marco Polo", documento em que fala do esplendor na corte de Khan. *** Etimologia -- Mitridato: de Mitrídates VI, o Grande (132-63 a.C.), rei do antigo Ponto Euxino, na Ásia, formou-se este vocábulo para designar um contraveneno da farmacopéia antiga que teria sido inventado por esse governante, implacável inimigo dos romanos. Na época, era muito comum o envenenamento dos poderosos por seus rivais. O monarca, tendo que lutar simultaneamente contra os formidáveis exércitos romanos e as conspirações palacianas, intentou precaver-se de uns, no campo de batalha, treinando exércitos capazes de enfrentá-los e vencê-los, e de ou- tros, em seus próprios domínios, por meio da ingestão diária de pequenas doses de diversos venenos violentos, com o fim de jamais temer veneno algum, dado que seu organismo estaria preparado com os anticorpos necessários. Por ironia, vencido na última batalha que travou, Mitrídates tentou envenenar-se e não morreu. Teve que pedir a um escravo que o executasse. Não sabemos em que idioma se dirigiu ao subalterno para dar a última ordem de sua vida, uma vez que era poliglota e falava 22 línguas. *** Que Intriga... Intriga Qual é o animal que vive mais tempo? -- Em 1776, o explorador francês Marion de Fresne recolheu cinco jabutis da espécie Geochelone sumeirei em seu habitat natural -- as Ilhas Seychelles, no Oceano Índico. Dos cinco, o que viveu mais tempo morreu em 1928. com 152 anos. A espécie ficou conhecida como tartarugas Marion. "Isso não significa que todos os quelônios -- como é chamada a família das tartarugas -- cheguem aos 150 anos, mas nos dá uma boa estimativa de sua longevidade. A média de longevidade dos jabutis é de 60 a 80 anos, com grande potencial para chegar aos 100." Ao contrário dos mamíferos, os quelônios continuam crescendo a vida toda e, quanto mais velhos, mais fortes e saudáveis se tornam. As fêmeas mais velhas põem mais ovos e têm filhotes com mais saúde. Répteis vencem mamíferos e insetos. A maior idade registrada entre seres vivos foi a de uma tartaruga. A girafa não nos vem à lembrança quando pensamos em animais malcheirosos, mas quem já se aproximou dela nunca se esquece. Em 1924, um guarda- -florestal britânico no Quênia alegava que, dependendo do vento, conseguia saber da presença de girafas a 250 metros de distância. Agora, William Wood, especialista em ecologia química, descobriu o motivo. Ele encontrou 11 componentes químicos no pêlo da girafa, incluindo dois responsáveis pelo odor das fezes humanas. Os componentes podem servir para repelir carrapatos e fungos e revelaram propriedades antibióticas. "Os machos, ao emitir um odor mais pungente que o das fêmeas, talvez estejam anunciando que são saudáveis e desejáveis", especula Wood. *** Receitas Creme de Milho Ingredientes: 1 lata de milho verde; 2 copos de leite; 2 colheres de farinha de trigo; um tablete de caldo de carne. Modo de fazer: escorra o caldo da lata do milho, coloque tudo no liquidificador. Bata bastante, despeje numa panela, leve ao fogo, mexendo sempre com uma colher de pau até obter mingau consistente. Sopa da Saúde Ingredientes: duas xícaras de abóbora, uma xícara de agrião, uma xícara de inhame ou cará, uma xícara e meia de salsão, uma xícara de folhas de chicória picadas, meia xícara de proteína de soja. Modo de fazer: cozinhe todos os ingredientes por cerca de 35 minutos, mexendo sempre, e sirva quente. Creme de Laranja e Vinho Ingredientes: 1 xícara e meia de chá de suco de laranja; 2 colheres de sopa de maisena; meia xícara de chá de vinho branco; 2 ovos batidos; 8 colheres de açúcar. Modo de fazer: leve uma panela ao fogo, adicione o suco de laranja, coloque a maisena, adicione o vinho, mexa até engrossar, retire do fogo, junte os ovos e bata bem; leve novamente ao fogo baixo e mexa até começar a levantar fervura. Não deixe ferver novamente. Desligue o fogo e misture o açúcar, despeje o creme em taças individuais, leve para gelar e sirva. Manjar Branco Ingredientes: 1 lata de leite condensado; 200 gramas de ameixas pretas; 1 vidro pequeno de leite de coco; leite de vaca e 3 colheres de sopa bem cheias de maisena. Modo de fazer: misture o leite condensado com o leite de coco. Tendo como medidor a lata de leite condensado; coloque 2 latas de leite de vaca. Acrescente, em seguida, a maisena e dissolva bem. Leve ao fogo e mexa até engrossar ou desgrudar do fundo da panela. Despeje em forma molhada e deixe na geladeira por duas horas, no mínimo. Sirva com Karo e algumas ameixas. *** Utilidade Pública Licença e salário-maternidade -- A mulher que descobre que está grávida deve, imediatamente, informar à empresa onde trabalha, entregando uma cópia do exame que comprova o estado de gravidez. A estabilidade da mulher grávida no emprego se inicia quando ela informa a empresa do seu estado e termina após a licença maternidade de 120 dias. A mulher grávida será demitida somente por justa causa. Enquanto a mulher estiver em licença maternidade, ela continuará recebendo seu salário normalmente. O salário-maternidade é devido a partir do oitavo mês de gestação, comprovado por atestado médico, ou da data do parto, comprovada pela certidão de nascimento. Em setembro de 2003, o pagamento do salário-maternidade das gestantes empregadas, passou a ser feito diretamente pelas empresas, que são ressarcidas pela Previdência Social. Verifique no contracheque se os seus dados estão corretos. Confira os números do PIS, carteira de trabalho, data de nascimento e o nome. Casando-se, a mulher que alterou seu nome deve enviar a cópia da certidão de casamento ao Departamento de Pessoal. Qualquer informação errada vai dificultar o recebimento dos seus benefícios como li- cença e fundo de garantia. :::::::::: Informativo IBC Arte cerâmica estimula reablitandos e alunos do IBC -- O Instituto Benjamin Constant promove curso de cerâmica para reabilitandos e alunos. Com duração de nove meses, as aulas contam com mais de 10 alunos que iniciam-se como ceramistas. Os professores desenvolvem novas formas de transmitir à pessoa cega os ensinamentos e maneiras de usar as ferramentas adaptadas inerentes ao aprendizado: na primeira etapa apresentam materiais, novas técnicas e habilidades específicas; na segunda, deixam os alunos totalmente livres nas asas da criação. Os artistas plásticos Clara Fonseca e Jorge Baeta, criadores do projeto aprovado pelo Departamento de Estudos e Pesquisas Médicas e de Reabilitação-DMR e desenvolvido através da Divisão de Reabilitação, Preparação para o Trabalho e Encaminhamento Profissional-DRT, pretendem ir mais além do que a terapia ocupacional. "Visamos capacitar essas pessoas e auxiliar na geração de renda, proporcionando mão-de-obra qualificada que possa ser absorvida pelo mercado. Queremos produzir conhecimento para formar um grupo empreendedor capaz de alcançar a autogestão", afirma Baeta, entusiasmado. Com certeza a vontade de expandir o projeto artístico e formar novos profissionais já contagiou os alunos. Alegria, felicidade e descontração reinam durante as aulas; os alunos aprendem e se divertem manuseando a argila. "É relaxante, uma verdadeira terapia. Certamente aprenderei a produzir peças superbonitas. É importante para o cego ter essa relação manual com os objetos, pois quem não enxerga, passa a ver com a mão", diz a reabilitanda Jaqueline Fraga. Em pouco tempo de curso os resultados obtidos são excelentes. "Acreditamos desde o início que tudo seria positivo. A Sinceridade é o diferencial em sala de aula e os alunos estabelecem um compro- misso desde o início." *** Travessia de uma das maiores lagoas salgadas do mundo revela nadadores do IBC -- A equipe de nadadores do Instituto Benjamin Constant continua vencendo. Quando a prova é aquática, em mares e lagoas, a prata da casa, sem dúvida, é de ouro. Considerada a maior maratona em mar aberto da América Latina, a Travessia dos Fortes, realizada no mês de agosto, destacou a excelente colocação de vários alunos do Instituto. Mais de quatro mil atletas inscritos, traçaram um percurso de três mil e oitocentos metros, do Leme a Copacabana. Entre os destaques estão os alunos Rogério Roberto da Silva (8o. lugar), Raimundo Assunção (10o.), e Cezarino Rodrigues (12o.). Marilene Albernaz, foi a grande surpresa da prova para Portadores de Necessidades Especiais, conquistou o 1o. lugar na categoria de 40 a 45 anos. Recentemente, na décima Travessia da Lagoa de Iguaba Grande -- a segunda maior lagoa salgada do mundo --, a participação dos professores foi brilhante e cheia de êxito. Maria Margarete Andrade Figueira ganhou medalha de ouro, competindo na categoria de 40 a 45 anos, seguida por Jussara Costa de Almeida, medalha de prata. Entre os alunos, Júlio César dos Anjos e Marcos Antônio de Freitas trouxeram ouro e prata, respectivamente, nadando entre os atletas de 20 a 25 anos, e Leandro Nogueira conquistou a prata na categoria de 15 a 20 anos. A equipe do IBC, coordenada pelos professores Ramon Pereira e Cinthya Boheme, formada por deficientes visuais e videntes, conquistou o vice-campeonato no cômputo geral da travessia. Essa foi a primeira participação da Escola de Natação do IBC em uma competição dessa natureza, que foi realizada em parceria entre o Instituto Benjamin Constant e a empresa desportiva Pingo d'Água Promoções e Eventos, criada pela comunidade do bairro da Urca. Marilene Albernaz símbolo de superação -- Os nadadores do IBC mostraram que estão bem treinados e com excelente preparo físico. Essa fórmula de sucesso foi colocada em prática durante a 1ª Travessia da Praia Vermelha. A prova realizada com o apoio da vereadora Patrícia Amorim, que patrocinou os boiões, troféus e medalhas, dividiu-se em três faixas etárias: 200 me- tros até 9 anos, 400 metros de 10 a 14 anos e mil metros de 15 a 19 anos. Parceria entre IBC e Pingo d'Água Promoções e Eventos, reuniu 120 atletas e deficientes visuais. Mais uma vez, o grande destaque foi a exímia nadadora cega Marilene Albernaz que, aos 41 anos de idade competiu entre os videntes de 15 a 19 anos e conquistou o 1o. lugar. Vale frisar a colocação em 8o. lugar de Marcos Antônio de Freitas e a 9a. posição alcançada por Renan Costa, na categoria de 10 a 14 anos. :::::::::: Noticiário Especializado SOCERN – Sociedade dos Cegos do Rio Grande do Norte, acaba de lançar sua biblioteca digitalizada, ou seja, livros em disquetes, para garantir aos cegos: cultura, informação e entretenimento com qualidade. Endereço: Rua Jerusalém, n.º 87 – Quintas Natal – RN 59060-060 *** A SOCERN -- Sociedade dos Cegos do Rio Grande do Norte, promoverá, em maio de 2005, o 3º Encontro Nordestino de Cegos. Neste Encontro abordaremos temas relevantes para as pessoas cegas. Endereço: Av. Alexandrino de Alencar, n.o 411 Bairro Alecrim Natal -- RN 59030-350 Ronaldo Tavares da Silva, Presidente. *** A RBC está divulgando a ADUPE – Associação dos Deficientes Visuais de Pelotas, fundada em 13 de fevereiro de 2003, cujo endereço eletrônico é: ~,adupel@bol.com.br~, *** Coluna do ex-atleta -- Anelise Hermany: Primeira deficiente visual a conquistar medalha em Paraolimpíada. Atleta por herança e vocação, Anelise Hermany torna-se um ícone no atletismo brasileiro, sendo a primeira deficiente visual a conquistar medalha em Paraolimpíada. Sua brilhante trajetória como esportista começa no início dos anos 80, quando Anelise, estudando no Instituto Santa Luzia, em Porto Alegre, se interessa pelo atletismo. Nascida numa família de sete irmãos, dos quais quatro são atletas deficientes visuais, Anelise deslancha na carreira devido à determinação aplicada aos esportes. Com o incentivo da família e sem a ajuda de patrocínio, ela segue em frente. No primeiro grande evento do qual participa, em 1983, no Rio de Janeiro, Anelise recebe medalha de ouro em todas as cinco provas em que compete: 100 metros, 200 metros, 400 metros, salto em distância e salto em altura. No ano seguinte, Anelise é convocada para participar dos Jogos Paraolímpicos de Nova Iorque, onde sagra-se vice-campeã na prova dos 100 metros e no salto em distância e ganha medalha de bronze nos 400 metros. Em 1985, Anelise mostra o seu talento, mais uma vez, no Campeonato Latino-Americano, realizado na Venezuela, com as cinco medalhas de ouro obtidas em várias provas. Um ano depois, um acidente de moto afasta a atleta dos campeonatos. Com o pé e o fêmur fraturados, Anelise passa nove meses em recuperação. Mas nada disso a desestimula. Assim que retorna aos treinos, Anelise se dedica às Paraolimpíadas de Seul, em 1988, onde ganha duas medalhas: uma de prata, nos 800 metros, e uma de bronze, nos 400 metros. Atualmente, a atleta, que treinou por mais de uma década acumulando uma série de medalhas de ouro em seu currículo, vive em Curitiba, com a filha Iohany, de 10 anos. *** Pague suas contas de luz sem filas, com comodidade e total segurança -- Situados em locais de grande circulação e fácil acesso, os Postos de Recebimento CERJ funcionam, sempre de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas recebendo exclusivamente contas de luz. Dois deles já estão em funcionamento e outros serão inaugurados ao longo deste ano. Endereços: Niterói: Av. Visconde do Rio Branco, 429 Bairro: Centro – RJ Campos: Rua 13 de Março, 179 Centro, ao lado da Agência CERJ :::::::::: Troca de Idéias Antonio Geraldo de Araújo Rua Marcelo Santa Fé, 119 Bairro Parque São Vicente Fortaleza -- CE 60731-610 Tenho 36 anos, sou solteiro, simpático, romântico e sincero. Desejo corresponder-me com mulheres de qualquer idade, que queiram fazer amizade. Karen Cristina Moreira Rua Estefano Francischine, n.o 65 Bairro Ipiranga São Paulo – SP 04293-070 Tenho 23 anos, gosto de cantar, ouvir música e fazer novas amizades. Quero corresponder-me com pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Elizabeth Gonçalves Rua Severina Scotte Netto, n.o 52 Bairro Recanto Verde Criciúma – SC 88803-650 Tenho 19 anos, sou evangélica e gostaria de corresponder-me com pessoas de ambos os sexos, e de qualquer idade. Alexandre do Nascimento Capela Rua Visconde de Barbacena, n.o 738 Bairro Saracuruna Duque de Caxias -- RJ 25212-080 Desejo corresponder-me com moças evangélicas de 20 a 30 anos. Gilvaneide Souza Garangau Rua B, n.o 337 Bairro Jardim Centenário Aracaju – SE 49090-110 Tenho 23 anos, sou solteira, e gostaria de corresponder-me com pessoas de ambos os sexos para uma amizade sincera e duradoura. Luiz Carlos do Nascimento Rua Irmã Euzébio, 119 Bairro Lages Baturité -- CE 62760-000 Gostaria de tornar público na RBC, como forma de agradecimento, os nomes das pessoas que escreveram para ajudar-me com relação a abreviaturas em inglês: Elena Taylor, do Clube Latino Internacional -- USA; Pierre Barradat -- França; Marianela -- Argentina e Nicera -- Paraíba. Jaqueline Renata do Nascimento Rua Nossa Sra. do Carmo, n.o 31 KM 34 Bairro Bomba do Guandú Nova Iguaçú -- RJ 26357-540 Gostaria de corresponder-me com pessoas de ambos os sexos, para uma troca de idéias. Professor Aristides A. dos Santos Rua Dr. Diogo de Faria, n.o 666 ap. 22 Bairro Vila Clementino São Paulo -- SP 04037-002 Gostaria de informar que estou dando, diretamente de minha casa, com licença da escola Hadley dos Estados Unidos, curso de inglês por correspondência. Tenho que informar também que, para esse curso, vou cobrar uma mensalidade de sessenta reais, uma vez que vou ter que providenciar ao aluno a fita com a lição e a lição em braille. Esse material deverá ficar com o aluno, a fim de que ele o consulte sempre que achar neces- sário. Mario Fernandes de Lima, Rua 13 n.o 122 Bairro São Marcos Valinhos -- SP 13270-000 Desejo corresponder-me com moças de 20 a 35 anos. Sou evangélico, tenho 35 anos, sou sincero. Gostaria de as- sumir compromisso sério. Silvana Orchanheski Rua Rosa Siqueira, 1066 Bairro Vila Santana Guarapuava -- PR 85070-220 Sou solteiro, massoterapeuta e acordionista. Gostaria de corresponder-me com pessoas de toda o Brasil. Suzana das Graças Amaro Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais APADEVI Rua Bento Camargo Ribas, n.o 1970 Bairro São Cristóvão -- Núcleo Recanto Feliz Guarapuava -- PR 85063-000 Tenho 19 anos, sou solteira, muito alegre, e gostaria de corresponder-me com pessoas de qualquer idade e de todo o Brasil. :::::::::: Ao Leitor Solicitamos aos leitores abaixo mencionados que nos enviem seus endereços completos, pois suas revistas voltaram. Ana Maria Duarte R. Portela de Souza Ana Paula S. Carvalho Aníbal de Jesus S. Queirós APAG Armando Belmonte da Cruz Associação dos Deficientes Visuais -- GO Associação Santista de Ensino e Pesquisa Cirléia da Silva Dinaronge José Moraes Edílson Moura da Silva Edith de Abreu Souza Escola Municipal Amaral Silva Alves Fátima Torres de Jesus Fundação Jonathas Telles de Carvalho Gilberto Gomes Gilmar Augusto M. Rodrigues Glaudes Maria de Medeiros Araújo Gracineire da Silva Lima Grupo Valem Hauy Instituto de Cultura de Tabasco Jaqueline Parga de Jesus João Dalmagro Jocival Nogueira Ribeiro José Alberto B. M. e Castro José Carlos dos Santos José Raimundo Batista Juliana Marques dos Santos Luiz César Trevisan Manuel Couto Manuel Nascimento dos Santos Marcio da Silva Mario José Borsa Moisés da Silva Laia Nadir Valentim de Souza Nason Alves da Silva Odalea Leite Olga Palhares da Silva Paulo Roberto Rosa Pedro Calixo Borges Rosemary Martins dos Santos Sabrina Dolores Buono Tereza Pereira Santana Terezinha Macedo Lima União Profissional dos Cegos Vitorino Alves de Andrade Wacktuza Alves ::::::::::