õeieieieieieieieieieieieieieio õ o õ Revista Brasileira o õ para Cegos o õ Ano LXIII n.o 501 o õ Janeiro-Abril de 2004 o õ o õ Sesquicentenário do o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral do IBC o õ Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador da RBC o õ Prof. José o õ Espínola Veiga o õ Responsável pela RBC o õ Kate Q. Costa o õ o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca — Rio de Janeiro o õ RJ — Brasil o õ CEP: 22290-240 o õ tel: (0xx21) 2543-1119 o õ Ramal: 145 o õ Brasil um País de Todos o õ o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Editorial :::::::::::::: 1 Solte a Panela :::::::: 1 Mar Português ::::::::: 3 Mona Lisa :::::::::::: Flagrante Carioca ::::::: Vendem-se Mulheres ::::: 6 O Poder da Palavra ::: 13 Somos todos Iguais? ::::: Jóias da Humanidade ::: 19 Histórias Interessantes :::::::: 21 Artes :::::::::::::::::: 27 Brasil ::::::::::::::::: 29 Ecologia ::::::::::::::: 38 Lugares do Mundo :::::: 39 Ciência e Saúde ::::::: 50 Variedades ::::::::::::: 74 Informativo IBC :::::: 101 Noticiário Especializado :::::::: 105 Troca de Idéias ::::::: 110 Ao Leitor ::::::::::::: 115 :::::::::: “Quem Quer Passar além do Bojador Tem que Passar Além da Dor” Tem que passar além do amor, Porque o amor é dor; Além do ter, Porque ter é não ser; Além da ilusão, Apesar do coração; Só não além do saber, E esquecer Que o amor é dor. :::::::::: Solte a Panela Um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores. Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina... Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele a apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia. Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo. Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação, vai lhe dar condições de prosseguir. Solte a panela! :::::::::: Mar Português Fernando Pessoa Ó mar salgado, quanto do teu sal, São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão reza- ram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, Ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bo- jador. Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. *** E ao imenso e possível oceano Ensinar estas quinas, que aqui vês, Que o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é Português *** Ó mar anterior a nós, teus medos Tinham coral e praias e arvo- redos. Desvendadas a noite e a cer- ração, As tormentas passadas e o mistério, Abria em flor o longe, e o sul sidério Esplendia sobre as naus da iniciação. Linha severa da longínqua costa Quando a nau se aproxima er- gue-se a encosta Em árvores onde o longe nada tinha; Mais perto, abra-se a terra em sons e cores: E, no desembarcar, há aves, flores, Onde era só de longe a abs- trata linha. O sonho é ver as formas invi- síveis Da distância impressa, e, com sensíveis Movimentos da esperança e da vontade, Buscar na linha fria do hori- zonte A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte Os beijos merecidos da ver- dade. :::::::::: Mona Lisa Sérgio Miranda Quem vê seu discreto sorriso certamente não sabe pelo que passou a pobrezinha, nesses últimos 500 anos: atormentada, atacada, roubada e até seqüestrada por um ditador. Depois de tudo isso, só nos resta perguntar: “Ela está rindo de quê?" Todos os anos o Museu do Louvre, em Paris, recebe cerca de 6 milhões de visitantes. Mas todos têm a mesma certeza: é ali que está a Mona Lisa, uma pequena tela de 77 por 53 centímetros, pintada por Leonardo da Vinci há exatos 500 anos. Resguardada atrás de um vidro de segurança e afastada do público por um cordão de isolamento, a obra, que já causava admiração e espanto quando seu autor era vivo, é a mais conhecida obra de arte do mundo. A razão desse sucesso, em grande parte, deve-se à personalidade genial de Leonardo da Vinci que, ao contrário da maioria dos artistas ao longo da História, obteve o reconhecimento de sua genialidade ainda em vida. O retrato de uma mulher sentada, de vestes simples e de sorriso enigmático, foi logo reverenciado como mais um trabalho do mestre florentino e sua qualidade técnica é inquestionável. A obra já nasceu admirada pelo público, na época formado sobretudo pelos abastados cidadãos de Florença, Milão, Roma e Paris. Leonardo pintou o retrato entre 1503 e 1506. Era uma época em que os artistas nem sempre assinavam seus quadros e, na maioria das vezes, deixavam para seus assistentes a tarefa de terminar a pintura. Sobre a Mona Lisa, porém, jamais se suscitou qualquer dúvida quanto à sua autoria. Apesar de não apresentar a assinatura do artista, é exemplar na técnica criada por Da Vinci -- o *sfumato*, que elimina linhas de contornos e molda as figuras apenas com luz e sombras. Segundo Vasari, escritor, pintor, quinhentista, autor de duas biografias de Da Vinci, 1550 e 1568, foi Lisa Del Giocondo que posou para Da Vinci, daí os nomes do quadro: La Gioconda e Mona Lisa, uma derivação de Ma- donna Lisa, em italiano. Embora haja outras versões para a identidade da retratada, o nome ficou esse mesmo. Mas o próprio pai jamais falou ou se referiu à sua criação. Porém ele devia gostar da obra. Tanto que não se desfez dela. Da Vinci jamais entregou o quadro a quem quer que fosse. Nem à retratada ou a quem o encomendou -- e pagou? No livro Símbolos e Mitos na Pintura de Leonardo Da Vinci, o crítico de arte italiano Ângelo Guido defende a idéia de que a predileção do artista pela tela fosse estética. Segundo ele, Leonardo sabia ter alcançado com a Mona Lisa algo além das perfeições matemáticas que aplicava em seus trabalhos e talvez por isso tenha guardado a tela consigo e levado aonde fosse. Da Vinci viveu numa época em que os artistas peregrinavam pelas cortes européias para atender encomendas ou oferecer seus serviços. Já famoso e consagrado, em 1517 ele foi convidado à disputadíssima corte do rei Francisco I. Foi assim que Mona Lisa chegou a Paris. Mas Da Vinci não usufruiria por muito tempo da fama e da glória. Ele morreu apenas dois anos depois, no dia 2 de maio de 1519. Quase que imediatamente, seus herdeiros venderam o quadro ao próprio rei Francisco por 12 mil francos e Mona Lisa foi morar no castelo de Amboise, residência oficial do monarca. Logo depois ela seguiu para o Gabinete dos Quadros do castelo de Fontainebleau, criado especialmente para abrigar a coleção de obras de arte da casa real francesa. Em 1693 a tela passou a pertencer ao acervo pessoal de Luís XIV e, em 1709, Mona Lisa se muda com a corte para o Palácio de Versalhes. A revolução francesa e suas idéias liberais puseram o mundo de cabeça para baixo. Políticos do antigo regime foram mortos e seus símbolos, destruídos sob a onda de liberdade, igualdade e fraternidade. Durante cerca de 250 anos, o quadro só fora visto pela nobreza francesa. Agora ele teria de servir ao povo. Em 1793 -- apenas quatro anos após os primeiros gritos da revolução -- um antigo castelo, o Louvre, que foi sede do governo no tempo de Henri- que II e Catarina de Médici, foi transformado em museu e aberto ao público. Aos poucos as coleções espalhadas pelos castelos franceses foram reunidas. No entanto, antes de chegar ao Louvre, Mona Lisa sentiria a mão forte de Napoleão Bonaparte. Em 1800, o general, em ascensão rumo ao poder absoluto, tomou para si o quadro e mandou pendurá-lo em seus aposentos pessoais no Palácio das Tuileries. Napoleão se tornou imperador, travou batalhas, ganhou muitas, perdeu algumas, foi amado e odiado e nesse tempo todo Mona Lisa permaneceu à sua cabeceira, como a lhe embalar os sonhos de poder. Apenas com a queda de Napoleão, em 1815, Mona Lisa seguiu para seu definitivo lar, no Louvre. Em meio a alguns dos maiores tesouros artísticos de todos os tempos, ela parecia, enfim, ter encontrado a segurança e a tranqüilidade que uma velha senhora, afinal, merecia. E assim foi, por quase 100 anos. Até que no século XX uma outra onda de mudanças estourasse. Em vez de conturbações políticas, essa trouxe uma revolução no mundo das artes. Mona Lisa e o Louvre se tornaram símbolos da arte e do estilo que se queria superar. "Brûler le Louvre", "queimar o Louvre", se tornou um lema da geração de novos artistas, entre eles o pintor Pablo Picasso e o poeta Appolinaire. Picasso dizia que seria preciso incendiar o velho museu para que dele nascesse uma instituição mais moderna, que atendesse aos anseios dos artistas da época. Em 21 de outubro de 1911, algo pior que um incêndio aconteceu: Mona Lisa foi roubada. Picasso e Appolinaire chegaram a figurar entre os suspeitos e foram interrogados. Dois anos depois, a polícia prendeu o pintor italiano Vincenzo Peruggia quando este tentou vender o quadro para o governo italiano por 95 mil dólares. Em todo esse tempo, Mona Lisa esteve trancada em um baú, escondida no pequeno apartamento de Vincenzo, que, aliás, conhecia Picasso e morava a poucas quadras dele, em Paris. Durante o julgamento, Vincenzo disse ter sido motivado por patriotismo: queria devolver Mona Lisa à Itália. Acabou recebendo uma pena de prisão de 1 ano e 15 dias e o qua- dro foi devolvido a Paris, onde foi recebido com honras de chefe de Estado. Em 1956, acabou vítima de pelo menos dois atentados. No primeiro, um visitante jamais identificado lançou ácido sobre a tela e a parte inferior da pintura, danificada, precisou ser restaurada. Às 16 horas do dia 30 de dezembro, o estudante boliviano Ugo Unzaga Villegas jogou uma pedra na tela. O impacto descascou a pintura perto do cotovelo esquerdo de Mona Lisa. Ele foi preso e encaminhado pelas autoridades francesas para tratamento psiquiátrico. A obra foi restaurada. Mona Lisa tem sido uma das imagens mais disseminadas ao longo desses cinco séculos e, hoje, é um dos rostos mais reconhecidos em todo o mundo. E, como se ela soubesse disso, parece satisfeita, nos espiando por trás de seu risinho enigmático e malicioso. Lisa Del Giocondo, embora empreste seu nome ao quadro, não é a única que concorre ao posto da mulher que está no retrato mais conhecido do mundo. Até hoje, escritores, historiadores e curiosos formulam teorias alternativas sobre quem seria a Mona Lisa. Em 1987, a artista gráfica Lillian Schwartz criou sua própria Mona Lisa sobrepondo as imagens do desenho sobre a tinta da tela –- identificado em exames de raios X -- e o célebre auto-retrato de Da Vinci, chegou à mais imaginativa explicação sobre a identidade da moça. Ela concluiu que a tela é um retrato do ar- tista. :::::::::: Flagrante Carioca Arthur da Távola Aproxima-se da carroça de cachorro-quente, timidamente. Quase não alcança a altura onde dezenas de iguarias produzem cheiros e visões estimulantes. Espera duas pessoas receberem o cachorrão-quente e pede um, com a voz débil de menino pobre, coração aos saltos. -- Completo? -- Berra o homem. -- Quanto custa? Vê se o dinheiro dá? Entrega o contado dinheirinho dado pelo pai após muita aporrinhação. O homem nada responde e, para susto do menino, começa a cortar o pão macio. Imagina, porém, que se ele está a preparar a sonhada maravilha é porque o dinheiro dará. Ali fica, a olhar, prelibando cada passo da deslumbrante operação. Saliva ainda mais, estimulado pelo cheiro da salsicha e do molho, quando o homenzarrão abre a tampa da panela onde ambos fervem juntos. Vai olhando e salivando: a salsicha, bufando fervura, estufada, fumegante, está até pálida. É colocada com pinça gigante. Antes, o homenzarrão espalhara o molho, cebola, tomate e pimentão a comandar o odor. Depois esparrama maionese, delicadamente, pelo espaço restante. Pergunta, indiferente: -- Quétichupi? O garoto concorda, estupefato e sem ação, deslumbrado. O líquido rubro começa a mesclar-se ao amarelo-claro da maionese. O pão recebe mais conteúdo do que nele cabe. Em seguida, espalha batata palha, crocante, amarela, quase a tapar o visual da salsicha. Apesar dos modos rudes, ajeita delicadamente todo o conteúdo nos limites modestos do pão, já encharcado pelo molho farto. E quando nada mais parece caber, dá-lhe estimulante banho de ervilhas, daquelas bem verdinhas e macias. Para consagração da obra-prima, borrifa queijo ralado. Devolve o contado dinheirinho dado pelo pai. Entrega a maravilha ao menino, que parece não acreditar na possibilidade daquela dádiva. Suas mãos parecem-lhe, e são, pequenas para o tamanho do pão. Sustenta-o, contudo, e cuidadoso, afasta-se. Melando-se todo, dá a mais deliciosa e suculenta mordida. Dessas possíveis apenas na infância e naqueles cachorros-quentes transbordantes de sabor e de colesterol que só a imaginação criadora brasileira sabe criar. O homem bruto o chama: -- Vem cá, menino. Susto. Ele havia pago. Olho arregalado espera a sentença. E o barraqueiro sempre grosso: -- Toma, não precisa pagar. :::::::::: Vendem-se Mulheres Revista Marie Claire As fotos trazem apenas anotações rabiscadas no verso: Deng Xiao Ying, vendida para um agricultor por 4 mil e quinhentos yuans, Jioa Mai Hwa, vendida para um pescador por preço desconhecido; Yao chung Ching, raptada em Sichua em 1998, jamais encontrada. Os nomes e rostos catalogados ali são a mostra de mais um problema para quem nasceu mulher na China -- o comércio de garotas. Zhu, um investigador especializado em rastrear mulheres raptadas, tem arquivos sobre mais de cem pessoas, e ele mesmo já resgatou outras cem mulheres nos últimos sete anos. Ninguém sabe quantas delas foram vendidas para casamentos indesejados e de quase escravidão. Uma organização de direitos humanos ligada à ONU na China estima que seja algo em torno de 50 mil, mas há quem diga que o número é muito maior. Esse comércio de gente é conseqüência direta da chamada "política do filho único", que resultou em um desequilíbrio entre o número de homens e o de mulheres. O problema é mais grave nas áreas distantes e atrasadas do interior, onde uma filha recém-nascida é considerada "água derramada", ou seja, inútil. Os camponeses querem ter meninos para poder dar continuidade à linhagem familiar e garantir sustento quando ficarem velhos. Entre os jovens adultos, o número de homens que simplesmente não têm com quem se casar ou mesmo namorar é assustador. O censo de 1995 mostrou que, nas áreas rurais, para cada homem jovem casado existem dois solteiros. São esses agricultores sem mulher, sem instrução e desesperados por uma esposa que alimentam o comércio de mulheres. Na maioria dos casos, as vítimas têm a metade da idade dos compradores. Camponesas das regiões mais pobres e afastadas do interior são seduzidas pelas perspectivas de trabalho nas cidades, e acabam deixando o campo para tentar a vida nos centros urbanos. É ali, nos mercados de recrutamento de mão-de-obra, que as mulheres se tornam presas fáceis para quadrilhas de impostores e traficantes. "Especialista em culinária de Sichuan", diz uma tabuleta; "babá e empregada", diz outra. A maioria das mulheres aparenta ter entre 15 e 25 anos. Todas estão vestidas com suas melhores roupas, na esperança de causar boa impressão em possíveis empregadores. Miao, uma jovem camponesa, havia chegado ao mercado de Chengdu no dia anterior e, embora não soubesse cozinhar, procurava trabalho como cozinheira. Ela já havia ouvido falar dos impostores que ficavam por ali e, precavida, decidiu que não sairia do mercado com ninguém que não tivesse documentação registrada. "Sei tudo sobre esses impostores", diz ela. "Minha irmã foi vendida muitos anos atrás para um agricultor da província de Shanxi. Ela só conseguiu escapar depois de seis meses de abuso. Mas os tempos mudaram", diz, nervosamente. O desespero por trabalho parece ter sido a razão para que ela viesse procurar emprego justamente no mercado em que sua irmã foi raptada e vendida. Zheng Xiao Lan tinha apenas 17 anos quando foi se- qüestrada no mercado de Chengdu. Uma carta escrita por Zheng aos pais quando ela ainda estava nas mãos do homem que a comprou, descreve seu rapto. "Eles me enganaram na ponte do mercado e me levaram para a Mongólia chinesa. É muito longe. O homem que me comprou tem mais de 30 anos, é baixo, feio e de gênio ruim. Ele me bate sempre que fica bêbado. Quando eu escapo, a polícia me leva de volta. Eles não se importam comigo, talvez porque eu seja de outra província. Quando chego em casa, apanho até não poder mais. Tenho vontade de me matar, mas quero ver vocês de novo. Por favor, tragam policiais da nossa província para me ajudar a sair desse inferno". Zheng acabou sendo res- gatada. :::::::::: O Poder da Palavra Revista Planeta Tanto as palavras que proferimos como as que pensamos ficam gravadas num mundo sutil, denominado de akasha, e têm o poder de influenciar profundamente a nossa vida presente e futura. O poder da palavra é enorme, portanto. Ela salva e condena, ilumina e causa escuridão, faz adoecer, cura e dá esperança. O pensamento correto leva à palavra e à ação corretas, e disso surge a felicidade. Está escrito em "Provérbios" um texto bíblico que transmite grande sabedoria: "Uma resposta branda aplaca a raiva, uma palavra agressiva atiça a cólera. A língua dos sábios torna o conhecimento agradável, a boca dos insensatos destila ignorância. A língua suave é árvore da vida, mas a língua perversa quebra o coração. Os lábios dos sábios espalham conhecimento, mas o coração dos insensatos não é assim." A palavra é a unidade básica do pensamento e da fala, e sempre chega ao seu destino. Ela produz um efeito eletromagnético, independentemente de nós sabermos ou desejarmos isso. Mas a parte principal do seu efeito se volta para nós próprios. As palavras que dizemos ficam gravadas em nosso inconsciente e se misturam ao nosso destino. Esta é uma lei inevitável, e por isso nossa vida é, de fato, resultado do nosso pensamento. O Dhammapada, uma das escrituras do budismo, ensina: "Tudo o que somos hoje é resultado do que temos pensado. O que pensamos hoje é o que seremos amanhã: nossa vida é uma criação da nossa mente. Se um homem fala ou age com uma mente impura, o sofrimento o acompanha como a roda segue a pata do boi que puxa a carreta. Se um homem fala ou age com a mente pura, a felicidade o acompanha, como sua sombra inseparável." O princípio fundamental do ocultismo é que cada palavra ociosa é registrada, do mesmo modo que cada palavra sincera é plena de significado. A ética budista recomenda a prática do pensamento correto, da palavra correta, da ação correta e do meio de vida correto. Os quatro pontos são inseparáveis. :::::::::: Somos todos Iguais? Liliane Vieira Moraes Articulista Cega Percorremos os caminhos de vida: uns pela luz, outros pelo es- curo; uns pelos passos, outros pe- las rodas; mas o fato é que percorremos. Estamos em todo lugar: na escola, nas praças, no tra- balho; enfim, onde houver um limiar de vida, lá estaremos. Estaremos com nossas peculia- ridades; com nossa diversidade; com nosso direito à eqüidade e ao respeito individual. Porque não somos iguais, e nem teríamos porque sê-lo; porque ser igual é ser padro- nizado; é fazer parte de um modelo que exclui, que discrimina; Desrespeitando os limites e as reais potencialidades que nos tornam peculiares; e tão cheios de qualidades que nos fazem não apenas portadores de necessidades es- peciais, mas principalmente portadores de possibilidades especiais! :::::::::: Jóias da Humanidade La Alhambra Revista Próxima Viagem A palavra Alhambra vem do árabe al-hamra, que significa vermelho, provavelmente uma referência ao tom avermelhado que suas muralhas e prédios assumem no entardecer. O palácio de La Alhambra, na cidade de Granada, é um dos melhores exemplos da arquitetura de influência islâmica praticada no sul da Espanha entre os séculos VIII e XV, quando a região esteve sob o domínio dos mouros do norte da África. Ele foi erguido no século XIII, quando a Espanha moura atingiu seu mais alto nível de satisfação cultural. Originalmente, La Alhambra incluía o palácio real, uma fortaleza com 23 torres e uma pequena Medina. Sua arquitetura esbelta e cheia de rendilhados de pedra mostram o refinamento dos reis mouros de Granada. As salas do palácio eram ricamente decoradas e cercadas de jardins, fontes e pátios, cujas paredes eram revestidas de lajota de cerâmica colorida e esculturas de pedra. A intenção dos mouros era construir na Alhambra uma réplica do Paraíso na Terra. ::::::::: Histórias Interessantes Sinistras Coincidências -- O World Trade Center era o terceiro edifício mais alto da Terra e o maior complexo comercial do mundo, composto por sete prédios. É impressionante a relação do atentado com o número onze. Além de representar numerologicamente a força vital e a purificação, este número nos remete à guerra, devido aos dois algarismos *1* justapostos, duas espadas... A data do ataque: 11 de setembro. Sua soma 9 mais 1 mais 1 é igual a 11. 11 de setembro é o 254o. dia do ano. Sua soma 2 mais 5 mais 4 é igual a 11. Após 11 de setembro restavam 111 dias até o fim de 2001. As duas torres *Twin Towers*, edificadas lado a lado, pareciam o número 11. Com seus 110 andares em cada torre, Trade Center contém 11 letras. New York City, cujo Estado é 11o. dos EUA, possui 11 letras. George W. Bush tem 11 letras. Afeganistão tem 11 letras. O nome de Ramzi Yousef, autor do atentado contra o WTC em 2001, tem 11 le- tras. Raymond Riley e o DJ Pam, do The Coup, banda de *funk* da cidade de Oakland, EUA, mudaram a capa do CD *Parly Music*, da gravadora LP Records, assim que souberam do grande ataque terrorista. A capa do CD, criada entre maio e junho de 2001, trazia uma foto das duas torres do WTC explodindo! Na capa, o líder da banda dispara um suposto detonador de bombas. As letras do *The Coup* têm forte conteúdo sociopolítico. O disco traz uma faixa intitulada "5 Million Ways to Kill a CEO", Cinco milhões de maneiras de matar um executivo, que, segundo os autores, traz uma crítica contra o capitalismo selvagem. A capa do CD "Live Scenes From NY", da perfeccionista banda de *rock DREAM THEATER*, também prenunciava as duas torres do WTC em chamas. *** Alexandre Esteve Aqui -- Diz a lenda que uma das principais motivações de Alexandre, O Grande para conquistar o Egito no século IV a.C. era visitar o Oásis de Siwa, e ali consultar o oráculo do deus Amon. O oásis está num dos desertos mais inóspitos do planeta -- o Grande Mar de Areia, perto da fronteira com a Líbia. Antes de chegar ali, Alexandre precisou derrotar Dario III, rei da Pérsia, e submeter os egípcios, então dominados pelos persas. Aí marchou uma semana pelo escaldante Deserto Ocidental, sob o risco de ser tragado por gigantescas tempestades de areia. Como aquela que, em 525 a.C., sepultou sob as dunas, todo um exército de 50 mil homens, enviado pelo imperador persa Cambises para atacar Siwa. O lugar é tão remoto que, até no início do século XX, mantinha-se virtualmente independente do Egito. Nos séculos XVII e XVIII, poucos estrangeiros visitaram suas ruínas de vários períodos históricos. Foram apedrejados pelos moradores, que falam uma língua própria, o siwi, e odeiam forasteiros. Há até poucos anos, ir a Siwa exigia uma permissão militar, demanda ignorada pelos aventureiros. A viagem, num ônibus caindo aos pedaços que sai de Alexandria, dura 11 horas, numa estrada que já foi trilha de camelos. No caso de Alexandre, a jornada valeu a pena. O oráculo, pragmaticamente, o teria reconhecido como filho de Amon, dando ao conquistador o direito divino de ser coroado faraó do Egito. *** Durante séculos, em diferentes culturas, foi comum a figura do eunuco. A castração era feita geralmente na infância e consistia em abrir o saco escrotal e remover os testículos. Em alguns casos, também o pênis era retirado. No Império Otomano os escravos eunucos eram valiosos por serem raros, já que, a cada dez homens operados, apenas três sobreviviam. Por volta do século XIV, eles eram muito procurados pelos governantes, que lhes entregavam a administração de seus haréns. Pela confiança que inspiravam, chegavam a atingir altos postos na Corte. Na China, durante mais de 3 mil anos, os funcionários do palácio real eram eunucos. Treinados em técnicas militares, extremamente cultos e bem relacionados, em certos períodos eles tiveram mais poder que o próprio imperador. O último deles morreu em 1996, aos 94 anos. Na Itália, cantores de ópera tinham os testículos removidos para conservar o timbre agudo da voz. Os castrati surgiram no século XVI, quando as mulheres foram banidas dos palcos, e foram proibidas pelo papa Leão XIII, em 1878. Ainda hoje, na Índia, os hijra constituem uma casta de eunucos com mais de 1 milhão de indivíduos. *** Foi para a Panela -- Cientistas britânicos implantaram um aparelho de quatro mil e seiscentos dólares em um ganso para rastrear seus padrões migratórios. Utilizando satélites, seguiram o animal por 7.400 quilômetros -- da Irlanda do Norte até o Canadá -- mas, ao tentarem localizar a ave, perceberam que seu destino tinha sido a cozinha de um caçador esquimó. :::::::::: Artes A Arte do Aleijadinho no Centro de Congonhas Jornal do Brasil É impossível não se emocionar ao chegar ao centro histórico de Congonhas. Como um oásis na cidade colonial mineira que mais se descaracterizou com o tempo, o conjunto arquitetônico criado pelo gênio de Antônio Francisco Lisboa oferece espetáculo grandioso ao visitante. "Os Passos da Paixão", ladeira acima, e a sobranceira Basílica, guardada pelos "Doze Profetas", sobre um tapete de pedras cercado de palmeiras imperiais, compõem a obra-prima do Aleijadinho. Os Passos da Paixão são constituídos de cenas do calvário de Cristo, em esculturas em madeira feitas por Aleijadinho e pintadas por Ataíde, dispostas em seis capelas ao longo do Morro Maranhão, diante da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. No adro da igreja estão os Doze Profetas, esculpidos em pedra-sabão, em tamanho natural. A basílica, cuja construção começou no auge da mineração, reuniu os maiores artistas do barroco mineiro: João Antunes de Carvalho, João Nepomuceno e Francisco Xavier Carneiro, além de Ataíde e Aleijadinho. Consta que Aleijadinho esculpiu os profetas com ajuda de escravos, instrumentos amarrados nos pulsos, debilitado pela doença e pela re- pressão cruel à inconfidência de Vila Rica, movimento pelo qual teria simpatia. As obras teriam começado em 1796 e terminado alguns anos antes da morte, em 1814. Nessa versão, "Os Doze Profetas" representariam inconfidentes -- Tiradentes seria Jonas -- numa homenagem do gênio do barroco aos revolucionários. Outras atrações da cidade são a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, que tem fachada do Aleijadinho, trabalhos de douração do seu pai, Manuel Francisco Lisboa, e belas pinturas, e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a mais antiga da cidade, cons- truída por escravos. :::::::::: Brasil Maravilhas do Brasil Revista Horizonte Aparados da Serra -- Os brasileiros não têm o *Grand Canyon* a seus pés, como os americanos. Mas nem por isso temos menos desfiladeiros magníficos. Por aqui, o re- presentante dessa geografia escarpada é o Parque Nacional de Aparados da Serra. Os cânions estão localizados no nordeste do Rio Grande do Sul, na divisa com Santa Catarina. Seu nome vem da forma dos penhascos que parecem ter sido aparados por uma lâmina. Os adeptos do ecoturismo encontram nessa região, trilhas que levam a santuários ecológicos de onde se pode avistar a cascata Véu da Noiva despencando de uma altura de 700 metros. Deixar a visão se perder no horizonte é quase uma obrigação. Bonito -- A água doce pode andar escassa em muitas partes do mundo, mas não em Bonito. O lugar reserva, além de rios transparentes, centenas de cachoeiras, nascentes, riachos, lagos e lagoas. Muita dessa água está no interior de grutas esculpidas durante 600 milhões de anos, e deixa essa cidade do Mato Grosso do Sul ainda mais atraente para quem busca o turismo ecológico. A maioria das pessoas, entretanto, dispara na direção do Aquário Natural logo na chegada em Bonito. Na piscina de águas límpidas, os peixes dão um colorido que contrasta com a vegetação de verde intenso, reproduzindo um bonito cenário. Bonito não, espetacular. Cataratas do Iguaçu -- Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, já não é apenas uma porta de entrada para o Paraguai ou a Argentina. Recentemente, a estrutura turística cresceu e alcançou mais pessoas do que aquelas interessadas somente em atravessar a Ponte da Amizade para fazer compras. Com isso, as Cataratas do Iguaçu ganharam mais popularidade. Com 2.700 metros de largura, as quedas enchem os olhos -- literalmente, já que os borrifos produzidos pela água ao despencar de 70 metros de altura não deixam ninguém seco nos mirantes das trilhas. Tombado em 1986 como Patrimônio Natural da Humanidade, o parque que abriga as Cataratas é uma das maiores e mais belas reservas florestais da América do Sul. Serras Gaúchas -- Para ir à Europa sem sair do Brasil, não é preciso ser mágico, Nas Serras Gaúchas, região colonizada principalmente por italianos e alemães, os campos floridos, a culinária típica e o povo hospitaleiro fazem uma fusão perfeita entre os continentes. Gramado e Canela são duas das cidades mais famosas, mas os lugarejos menores, como Nova Petrópolis ou Novo Hamburgo, são igualmente encantadores. Em Caxias do Sul, há parreiras a perder de vista e, em Garibaldi e Bento Gonçalves, bom mesmo é apreciar o vinho local. Como o sotaque dos moradores mais antigos ainda lembra as origens, e a arquitetura colonial alemã inspirou a maioria das construções, a sensação de estar em terras mais distantes fica nítida para quem conhece o lugar. Chapada Diamantina -- O Parque Nacional da Chapada Diamantina tem cerca de 155 mil hectares e foi criado em setembro de 1985. Seja por meio de caminhadas seja por escaladas, a região precisa ser desvendada aos poucos, pois quase todos os passeios exigem um grande esforço físico dos visitantes. Para conferir, basta descer os 124 degraus principais e mais um declive de 20 metros até o Poço Encantado. A piscina azul e transparente que se forma dentro de uma gruta é uma das imagens mais bonitas da Chapada Diamantina. Mas certamente o visual do planalto escarpado é a marca regis- trada desse imenso território. *** Um Mosquito Bicentenário Revista Veja Que estranha força é esta, capaz de ameaçar um império, avançar furiosamente contra a nascente república, enfrentar regimes democráticos e ditaduras e atravessar dois séculos, como uma nuvem de medo e fúria? Traiçoeiro, ele desem- barcou no porto do Rio de Janeiro num dia quente -- o que já foi uma boa acolhida, para quem gosta de calor: 3 de dezembro de 1849, no início do reinado do jovem imperador Pedro II. Vinha no navio Navarre, apinhado de escravos. Na escala, Nova Orleans, Havana e Salvador. Dias depois, a capital do império recebia a notícia de que uma epidemia assolava a cidade baiana. Já era tarde. A febre amarela havia chegado ao Rio, onde atingiu quase 40 por cento dos 266 mil habitantes e matou mais de 4 mil pessoas. Mas a venerável Academia Imperial de Medicina jamais imaginaria que a peste tinha um único responsável: o *Stegomyia fasciata*, que 100 anos depois ganharia o mundo sob o nome de *Aedes aegypti*. Oficialmente, só em 1900 se confirmou que o transmissor da febre amarela era um inseto. O mesmo *Aedes* que atormenta o país nos dias de hoje. Como se vê, é um mosquito com história para contar. A odisséia do combate ao *Aedes aegypti* no Brasil é um romance em que os heróis vestem branco e nem se dão bem. No entanto, o sanitarista Oswaldo Cruz inicia sua batalha. O Rio de Janeiro era uma pocilga. Havia surtos de febre amarela, de peste bubônica, de cólera, de varíola. Cem anos depois, a dengue é a epidemia da vez, disseminada pelo mesmíssimo mosquito *Aedes aegypti*. Está faltando um Oswaldo Cruz para dar ao combate o caráter de guerra nacional. Em 1903 não faltou determinação. Convidado pelo recém-empossado presidente Rodrigues Alves, Oswaldo Cruz fez do Rio um laboratório de testes contra a febre amarela. O brasileiro foi um dos primeiros no mundo a reconhecer a tese de que o mosquito era o causador da epidemia. Até então, pensava-se que a causa da doença era um microrganismo e tinha relação com a atmosfera. Por isso, era combatida com fogueiras em praças públicas, ervas aromáticas e até tiros de canhão, conta o historiador Jaime Benchimol. Juntos, o *Aedes* e a febre amarela atormentaram a população e arrasaram a imagem da cidade. Entre 1897 e 1906, 4 mil ingleses, portugueses e franceses residentes no Rio, morreram por causa da epidemia. A cidade passou a ser conhecida no resto do mundo como "túmulo dos estrangeiros" ou "porto sujo", o que tornou a batalha contra o mosquito, desafio aos brios da nação. A luta ferrenha não impediu que o mal se espalhasse. Enquanto a capital era palco de algumas vitórias, o inseto demonstrava poder de fogo em outras regiões. Em 1909, Oswaldo Cruz teve de levar sua brigada a Belém. O curioso é que, apesar de tanta disposição para a briga, o *Aedes* mais parece um antivilão. Preguiçoso, voa a apenas 1 metro do chão -- outros mosquitos alcançam até 50 metros -- e só pica durante o dia. Basicamente domiciliar, também não se afasta mais de 100 metros de seu ponto original. "Ele gosta de ficar em casa, onde há água limpa e gente para picar." :::::::::: Ecologia Crueldade Revista Superinteressante Para se produzir um único casaco são mortas cerca de 70 martas ou 11 raposas. No caso das raposas a técnica utilizada é trágica: para obter uma pele livre de "defeitos", sua língua é cortada, e o animal sangra até morrer. O mesmo se aplica aos outros animais, que são mantidos em jaulas minúsculas, impossibilitando-os de se mexer, para impedir que sua preciosa pele seja comprometida. As cenas de filhotes de focas sendo abatidos com pauladas na cabeça, ainda é viva na mente das pessoas mais sensíveis. Quem desembolsa milhares de dólares por um casaco de pele, talvez nunca tenha se perguntado por que eles são tão caros. Custam caro porque são produzidos em sua grande maioria com espécies ameaçadas de extinção, que possuem poucos exemplares em vida livre na natureza. Aquelas pessoas nos anos 80 afirmavam que os ambientalistas perseguidores de recatadas senhoras com latas de tintas em *spray*, para detonar seus casacos de pele eram apenas jovens desprovidos de qualquer raciocínio. Não eram. Esses ativistas não só se mantiveram fiéis aos seus princípios, como ajudaram a criar uma nova consciência ambiental no planeta. Muitos daqueles jovens, atualmente dirigem respeitadas institui- ções ao redor do mundo. :::::::::: Lugares do Mundo As Areias da Índia Revista Caminhos da Terra A estrada retilínea parece infinita no meio da vastidão de areia. E eis que, subitamente, no coração do Deserto do Thar, surge a Fortaleza de Jaisalmer no alto de uma colina, soberana, solitária. Descrita pelos viajantes do passado como uma obra de anjos, fadas e demônios, ela emerge no horizonte como uma miragem reluzente. Tudo aqui respira à Idade Média. O forte, feito de arenito, resiste há séculos às invasões e ao tempo. E continua abrigando quase um quarto dos 40 mil habitantes da cidade de Jaisalmer. Por causa da proximidade com o Paquistão, é uma das poucas fortalezas da Índia ainda ocupadas. O comércio vigoroso traz uma vitalidade especial à cidadela. Vendedores estendem sobre qualquer superfície disponível, seus tecidos bordados. Os paredões são acortinados por tapetes que parecem prontos para nos transportar para o mundo das "Mil e uma Noites". As ruelas estreitas e sinuosas de pedra ocre são incrementadas com o laranja, o amarelo, o vermelho, o rosa e o azul dos turbantes, saias e lenços esvoaçantes. Fumaça de incensos e cheiro de comidas se misturam e se confundem. Aqui, viaja-se no tempo, nos espaços, nos aromas e na profusão de cores. A pompa da majestade medieval está em todo lugar. Sua herança se percebe nos magníficos palácios dos marajás e em templos que exibem alguns dos mais refinados trabalhos de alvenaria de Jaisalmer. Os templos jainistas, religião que tem mais de 2 milhões de adeptos na Índia, são os mais imponentes. Construídos entre os séculos XII e XV, eles são importantes centros de aprendizado, e carregam até hoje uma aura de serenidade. Mas nada bate a impressionante fortaleza que se ergue sobre a cidade. Diante do sol que se põe, suas paredes de arenito refletem um brilho que fez Jaisalmer ficar conhecida como a Cidade Dourada. Graças à sua localização estratégica no extremo oeste do Rajastão, Jaisalmer teve uma longa vida de batalhas e glórias. Quem primeiro se deixou seduzir pela região foram os invasores que, nos séculos VI e VII, empurraram os habitantes originais, das tribos Meena e Bhil, para as colinas de Aravalli. Esses invasores estabeleceram reinos pequenos e passaram a se chamar Rajputs, "filhos de príncipes". Os Rajputs eram guerreiros de castas baixas e diziam-se descendentes do Sol e da Lua, capazes de se purificar por meio de complexos rituais de fogo. Lutavam continuamente entre si pelo controle desse ponto de passagem obrigatório das caravanas de camelos que, carregadas de valiosas mercadorias, pagavam- -lhes altos impostos para atravessar o deserto a caminho da "Rota da Seda". Os descendentes dos Rajputs vivem até hoje na região, identificados pelos turbantes coloridos e pelos longos bigodes com as pontas viradas para cima. Os conflitos, porém, não se limitavam a disputas entre reinos vizinhos. Por duas vezes, nos séculos XIII e XIV, Jaisalmer foi atacada por tropas muçulmanas. Diante de uma derrota iminente, em ambas as vezes foi declarado o brutal jauhar -- um sacrifício coletivo. Esse código de honra exigia que, quando a batalha estivesse perdida, as mulheres e as crianças Rajputs se imolassem em massa numa pira gigantesca, enquanto os homens, em suas vestes cerimoniais cor de açafrão e desarmados, fossem ao encontro do inimigo e de uma morte heróica. A paz final só veio quando os muçulmanos reconheceram que os Rajputs não poderiam ser conquistados apenas pela força. Foi quando Akbar, líder do Império Mogul, casou-se com uma princesa local para cimentar uma aliança que traria um longo período de prosperidade para a região. A partir do século XVI, Jaisalmer entrou numa era de riqueza patrocinada pelas rotas da seda, do marfim, das especiarias, do índigo e do ópio. Era a rota que ligava a Índia a toda a Ásia Central. Mercadores, banqueiros e artesãos se estabeleceram e construíram suntuosas casas de arenito e madeira, os havelis. Extravagantes em seus três ou mais andares, delicados em seus entalhes rendilhados e exuberantes na beleza, os havelis são testemunha viva dessa época de glória. Era o ápice da arte dos silavats, artesãos muçulmanos responsáveis por muitas das esculturas inigualáveis exibidas até mesmo nas mais humildes lojas e residências da cidade. A beleza da arquitetura dos havelis é tão deslumbrante que leva qualquer um a pensar que só poderiam ter sido concebidos sob o efeito alucinógeno do ópio. O maior e o mais exótico é o Patwon Ki Haveli, que tem cinco andares e sessenta balcões -- uma obra que, estima-se, levou cinqüenta anos para ser concluída. Além de ostentar o *status* crescente dos ricos mercadores na sociedade e a supremacia dos marajás, todos os havelis e palácios eram construídos com um cômodo para as mulheres, a zenana. Vários projetos foram desenhados especialmente para resguardá-las dos olhares dos homens, incluindo as janelas de rótula através das quais podiam ver o mundo exterior. Embora o isolamento das mulheres -- o purdah -- fosse comum em toda a Índia, ele foi violentamente imposto pelos Rajputs e uma de suas mais fortes manifestações foi na arquitetura. Essa subjugação das mulheres por tradições machistas perdura até hoje em Jaisalmer. Velar o rosto, diante dos idosos ainda é sinal de respeito, principalmente diante da sogra. O sati é outro exemplo vivo da devoção da mulher ao marido. Quando este morria, era considerado apropriado que a esposa sacrificasse sua vida na pira funerária do marido. Essa prática foi proibida no século XIX, mas continuou a ser seguida em segredo por algumas mulheres que se recusam a continuar vivendo após a morte de seus companheiros. Apesar de viverem numa sociedade machista e excludente, as mulheres em Jaisalmer estão por toda parte. Todos os espaços parecem pertencer a elas. Sobressaem-se nas fachadas ocres entalhadas e harmonizam-se com as portas coloridas e os desenhos florais. Por todo lado, desfilam com adornos nos pés, nos braços, nas orelhas e no nariz, quase sempre carregando na cabeça cestos de areia para construção ou bacias com estrume seco de vaca, que serve de combustível. Pintam paredes, bordam e, coroadas de potes dourados, vão buscar água no Lago Gadi Sagar. Longe do burburinho dos labirintos, dos palácios dos marajás e das suntuosas casas entalhadas, o Deserto do Thar remete a tempos ainda mais antigos. Este é o deserto mais povoado do mundo, mas tudo parece vazio e em paz. A vasta planície de cascalhos se estende para além do horizonte, que- brada apenas por algumas dunas e árvores solitárias. Seria um lugar perfeitamente silencioso não fossem os pastores conduzindo o rebanho de cabras que, com seus sinos titilantes, quebram a monotonia do lugar. Vez por outra surgem as mulheres -- e aqui, como em Jaisalmer -- elas também estão por toda parte. Como se fossem deusas do deserto, parecem flutuar no horizonte, envoltas em longos véus coloridos e jóias, carregando potes de bronze ou cerâmica. Andam quilômetros para chegar até um poço. O sol é impiedoso, mas para elas é um passeio prazeroso que as tira de casa duas vezes por dia.A vida parece dura, mas as mulheres sempre cantam enquanto trabalham, seja pegando água, seja ordenhando vacas, na fiação, na colheita ou nos afazeres domésticos. Invocam deuses e deusas, pedem por chuva, pelo reencontro com o amado e, provavelmente, para terem somente filhos varões. Homens trabalham pouco e mulheres são um encargo pesado por causa do dote que implicam na hora do casamento. Com a desintegração do Império Mogul no século XVIII e o desenvolvimento do comércio marítimo pelos ingleses, as antigas caravanas que cruzavam o deserto do Thar tiveram sua morte decretada. Nos séculos seguintes, a região tornou-se apenas um ponto estagnado e isolado, distante o suficiente para que fosse prontamente esquecida. Só na década de 60 do século XX, as guerras entre a Índia e o Paquistão pela região da Caxemira devolveram à Fortaleza de Jaisalmer sua importância estratégica. A cidade saiu de seu isolamento e foi religada por uma estrada e uma ferrovia ao resto do Rajastão. Mas as glórias passadas nunca mais voltaram. Em todo o deserto, a vida ainda corre em outro tempo. Nessas terras, excluídas do mundo dos indianos das castas mais altas, dos "bem-nascidos", os descendentes das tribos que vagavam pelo deserto em épocas remotas gozam de uma liberdade desconhecida para os que se dizem privilegiados. Seguem somente as leis da natureza. A palavra contrabando não existe na cabeça deles e o conceito de fronteira não significa nada para eles. Há séculos carregam mercadorias -- especialmente ópio e heroína -- através do deserto e nunca o viram como pertencente à Índia ou ao Paquistão. O Deserto do Thar é, simplesmente, sua terra natal. E a guerra, embora próxima, parece não existir. :::::::::: Ciência e Saúde Sala de cirurgia fria pode ser um Perigo -- Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, de Nova Iorque, constataram que a combinação entre temperatura baixa da sala de cirurgia, anestesia, aplicação de fluidos intravenosos e incisão aberta podem reduzir a temperatura do paciente e provocar problemas cardíacos, a principal razão de morte na fase pós-cirúrgica. "Nós queremos a sala de cirurgia o mais quente possível, por causa dos pacientes", reclama o médico anestesista Steven Frank, do Johns Hopkins. Segundo Frank, as salas de cirurgia devem ser mantidas a no mínimo, 17 graus centígrados. *** Tecnologia -- Movido a Comida -- O protótipo de um carro esporte suíço chamado Rinspeed R One já usa combustível biológico -- um gás de metano obtido da fermentação de restos de alimento e de material orgânico. Ele percorre quase 100 quilômetros com o gás produzido por 90 quilos de dejetos e emite menos dióxido de carbono que os motores a gasolina. Os carros movidos a biogás ainda não são comercializados, mas já circulam por aí milhares de outros veículos que usam combustível à base de dejetos orgânicos. Nos Estados Unidos, mais de 200 frotas utilizam o biodiesel feito de óleo vegetal. Ele pode ser usado em qualquer motor a diesel, com a vantagem de que produz menos fuligem que o óleo normal. Cerca de 75 milhões de li- tros de biodiesel são consumidos nos EUA a cada ano -- quase 10 por cento desse total deriva de óleo reciclado de restaurantes. Um atrativo adicional, para quem aprecia: os carros que usam biodiesel emitem um odor parecido com o de batata frita. *** Astronomia -- Água do Espaço -- Cientistas da Nasa, a agência espacial dos EUA, encontraram água presa em cristais de sal em um meteorito que se chocou contra a Terra no ano passado. O achado pode ajudar a desvendar a origem dos planetas. *** Arqueologia -- O lamento de um Arqueólogo -- Em março, o Iraque começou a ser bombardeado, e veio-me à cabeça o mesmo temor que deve ter afligido todo arqueólogo que já fez pesquisas na região: o que será dos iraquianos que trabalharam conosco? No meu caso, felizmente, essa questão já tem resposta: meus colegas sobreviveram à guerra. Mas logo vi que meu segundo maior temor tornou-se realidade: grande parte da memória insubstituível da civilização mesopotâmica, que floresceu entre os rios Tigre e Eufrates há 6 mil anos, foi saqueada ou danificada. No Museu do Iraque, em Bagdá, dezenas de milhares de artefatos perderam-se durante três dias caóticos no início de abril. Nem todos foram levados por multidões de saqueadores. Alguns deles provavelmente foram roubados de maneira organizada por ladrões especializados em obras de arte. Esse esquema poderia ter sido frustrado se as tropas da coalizão tivessem ouvido as súplicas de arqueólogos de todo o mundo, no sentido de que protegessem o museu. Entre as coleções do museu estavam não apenas estátuas de divindades, tesouros de reis e rainhas, codificações de leis e textos religiosos, mas também objetos corriqueiros da vida cotidiana. Ali havia instrumentos de pedra lascada com 60 mil anos e fragmentos de esqueletos de seres humanos primitivos retirados da caverna de Shanidar, no norte do Iraque. Também lâminas de foice usadas, há 10 mil anos, por alguns dos primeiros agricultores do planeta. O museu abrigava ainda dezenas de milhares de fragmentos de objetos de cerâmica que nos ajudariam a entender a vida ao longo dos últimos oito milênios. Talvez os artefatos mais valiosos fossem os milhares de tabuinhas de argila cobertas de sinais cuneiformes, escritas entre 3200 a.C. e 75 d.C. Ainda não se sabe quantas se perderam, mas cada uma delas tem valor inestimável para os estudiosos. Todas as primeiras civilizações mantinham registros cotidianos, mas quase sempre em bases perecíveis: papiro no Egito; folhas de palmeira na Índia; madeira e bambu na China; cordões de algodão e lã no Peru. Isso não ocorre com as tabuinhas de argila. Após cuidadosa escavação, limpeza e recozimento para garantir sua preservação, elas nos revelam detalhes precisos da época. Encontrada a mais velha das Criaturas -- Cientistas da Universidade da Pensilvânia, EUA, ressuscitaram uma bac- téria de 250 milhões de anos, considerada a mais velha do mundo. Ela foi encontrada num cristal de sal numa caverna subterrânea perto de Carlsbad, Novo México. Até então, a campeã de longevidade era uma bactéria de 25 mi- lhões de anos. *** Paleontologia -- O fóssil que mudou a História -- O fossil, encontrado nas encostas do Lago Turkana, no Quênia, pela família Leakey, mudou a história da origem da Humanidade. Antes dessa descoberta acreditava-se que o homem era originário de uma evolução dos macacos chamados *Australopithecus africanus* e *Australopithecus robustus*, que teria resultado no *Homo sapiens*. Depois que os Leakey, Louis, o pai, Mary, a mãe, e Richard, o filho, desenterraram crânios de hominídeos muito mais antigos -- estima-se que viveram há dois milhões e novecentos mil anos -- as antigas teorias caíram por terra. Hoje é internacionalmente aceita a teoria de que nossos mais remotos antepassados eram *Homo habilis*, como os en- contrados no Quênia. *** Pesquisa -- Subindo pelas Paredes -- Fazer o homem grudar nas superfícies, como uma lagartixa, é o objetivo de um grupo de cientistas. Seus dias de homem-aranha podem estar próximos. Isso porque cientistas norte-americanos e ingleses conseguiram criar, separadamente, produtos que imitam o poder de aderência das patas das lagartixas. O engenheiro Metin Sitti, da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, e o pesquisador Andre Geim, da Universidade de Manchester, inventaram formas sintéticas dos minúsculos pêlos que ficam nas extremidades das patas do bicho. São esses pêlos os responsáveis pelo supergrude: eles se adaptam às formas das microcavidades das superfícies, produzindo uma força de atração. Por enquanto, os materiais ainda não agüentam o peso de um homem, mas os dois times estão trabalhando a todo vapor para torná-los mais potentes. A utilização dos inventos será variada. Eles podem gerar sapatos especiais para atletas ou atores de Hollywood, por exemplo, ou ainda pneus mais aderentes para terrenos escorregadios. Mas a intenção do americano Sitti vai além: ele quer desenvolver robôs escaladores para missões espaciais, capazes de subir em qualquer piso extra-terrestre. *** Doenças -- Dormir previne Diabetes -- A falta de sono atrapalha funções do corpo, como o metabolismo do açúcar. De acordo com endocrinologistas da Universidade de Chicago, nos Estados Uni- dos, ficar sem dormir pode provocar resistência à insulina, o que aumenta o risco de diabetes. "Várias substâncias sintetizadas durante o sono são importantes para o metabolismo", explica Walmir Cou- tinho, endocrinologista do Rio de Janeiro. Ele alerta que o problema só ocorre se a insônia for Crônica. *** Auto-ajuda -- Saudações -- Toda saudação deve basear-se em pensamentos de paz e alegria. Pense no seu contentamento quando alguém lhe endereça palavras de afeto e simpatia, e faça o mesmo para com os outros. Mobilize o capital do sorriso e observará que semelhante investimento lhe trará precioso rendimento de colaboração e felicidade. Uma frase de bondade e compreensão opera prodígios na construção do êxito. Auxilie os familiares com a sua palavra de entendimento e esperança. Se você tem qualquer mágoa remanescendo da véspera, comece o dia, à maneira do sol esquecendo a sombra e brilhan- do de novo. *** Infância e Adolescência -- Dor de ouvido? Pode ser culpa da Chupeta -- Os defensores de que a chupeta faz mal, têm agora mais um forte argumento. Pesquisadores da Uni- versidade de Oslo, na Fin- lândia. comprovaram que seu uso contínuo aumenta o risco de infecções no ouvido. Segundo o estudo, as crianças que abandonaram a chupeta ao completar seis meses, contraíram dois terços menos infec- ções do que aquelas que continuaram a utilizá-la. Os estudiosos acreditam que a chupeta bloqueia as ligações entre a boca. o nariz e os ouvidos, alterando a pressão do ar entre essas cavidades e deixan- do-as mais frágeis. *** Mulher -- Mulheres às Urnas -- Muitas mulheres ainda levam uma vida de dependência e submissão, mas, considerando que elas não lutaram pelo direito de voto até 1848, os avanços feministas são notáveis. A Declaração de Sentimentos, escrita por Elizabeth Cady Stanton e assinada na Convenção dos Direitos Femininos, realizada em Seneca Falls, Nova Iorque, não foi a primeira expressão do feminismo, mas as doze resoluções adotadas formaram uma agenda suficiente para aterrorizar muita gente. Suas defensoras foram agredidas com frutas podres, insultadas pela imprensa, ignoradas. No final do século, as sufragistas já estavam nas ruas, com uma ira diferente: "Homens, seus direitos e nada mais! Mulheres, seus direitos e nada menos!" Ainda assim, demorou até 1920 para que as americanas conquistassem o direito de voto. Na década de 1960, as mulheres marcharam de novo, em defesa de salário igual por trabalho igual e liberdade de escolha sobre a gravidez. Essas lutas continuam, mas elas agora falam com seus votos e não apenas com suas vozes. *** Zoologia -- Atração Animal -- Até onde a seleção sexual pode determinar as carac- terísticas de uma espécie? Na borboleta *Myscelia orsis*, até na cor: os dois sexos são tão diferentes que nem parecem da mesma espécie. Os machos, azulados, chamam tanta atenção que, mesmo com apenas 4 centímetros de envergadura, podem ser vistos a dezenas de metros na mata Atlântica. Eles teriam evoluído essa coloração para desestimular competidores e conquistar fêmeas. "Seu azul exuberante sinaliza que ele é jovem, saudável e vigoroso. Quem quiser invadir seu território saberá que ele não entregará seu pedaço de mata sem uma boa briga". As fêmeas, mais discretas, julgarão pela cor das asas se o macho tem bom material genético para seus filhos. Mas, assim como a cauda do pavão, o azul tem seu preço: a cor atrai a atenção dos predadores. O macho, então, tem de escolher entre se exibir com as asas abertas ou se esconder, fechando-as. De asas abertas e bico apontado para o céu das ilhas Galápagos, um albatroz macho regala uma fêmea com uma dança imemorial. Outros machos podem interromper, tentando conquistá-la. Ela escolherá seu favorito e entrará no ritual, arqueando-se e batendo as asas em resposta. Galos silvestres negros brigam por um território de acasalamento. Um faisão exibe-se num solo. O leque do pavão indica que ele é forte, ou talvez só o faça parecer *sexy* – as fêmeas preferem leque salpicado de desenhos. Para os atobás a coordenação das cores é crucial. Dois machos desfilam com seus pezões azuis espalmados. Cupido perde feio para os caracóis. Estes hermafroditas espetam uns nos outros setas calcíferas que contêm uma chave química para a entrada do esperma. Topam até um *ménage à trois*. Já as sucuris optam por orgias: numa sessão que dura semanas, uma fêmea em uma massa coleante com talvez dez machos, permitirá múltiplas inseminações, aumentando seu êxito reprodutivo total. As zebras machos batem os cascos com força no chão, depois se atacam com mordidas e coices. O prêmio: fêmeas reprodutivas. As lutas entre cascavéis são quase uma dança: os machos serpenteiam em sincronia, de cabeça erguida, depois enlaçam-se num corpo-a- -corpo até que um deles seja imobilizado. Alguns machos têm de dar para receber. Um pássaro-tecelão constrói um ninho de folhas verdes e depois se empoleira e espera a aprovação da fêmea. Um açor macho traz o jantar, uma ave, para casa e o dá à companheira. Depois ela tomará a iniciativa da cópula -- como se o premiasse por sua proeza de caçador. *** Alimentos -- vilão do envelhecimento -- Nutrólogo afirma que açúcar refinado provoca desgaste das células -- Quando falamos em açúcar a imagem que nos vem à cabeça, em geral, é de doces maravilhosos e da sensação de prazer que comer essas guloseimas provoca. Mas além de contribuir muito para o aumento de peso e problemas cardiovasculares, o açúcar refinado é o grande causador do envelhecimento precoce. O açúcar, principalmente o refinado, o mais barato e facilmente encontrado nos supermercados, provoca o envelhecimento das células. O açúcar refinado forma uma molécula pegajosa que, se ligada a uma proteína, altera a função dela no organismo. Essas alterações causam doenças nos mais diversos órgãos. Além disso, o consumo de açúcar refinado também provoca alterações no sangue, fazendo com que haja estímulo na produção de radicais livres, que, comprovadamente, levam ao envelhecimento precoce. Uma das primeiras proteínas afetadas é o colágeno, que mantém o esqueleto em pé, prende os músculos aos ossos e serve como alicerce para os vasos sangüíneos, ossos, pulmões e cartilagem. Observa-se também que cada alimento tem uma função no corpo humano. A do açúcar, assim como o de todos os ou- tros carboidratos, é fornecer energia. Esta função pode ser cumprida com a substituição do açúcar refinado por outros tipos que não tragam tantos prejuízos à saúde, como o mascavo e a frutose. O maracujá é um fruto riquíssimo em vitaminas A e C, sais minerais e fibras, e é muito utilizado para doces e sucos. Logo saiu das matas para viver nos pomares e quintais das casas brasileiras. Suas qualidades calmantes e sedativas, tanto na forma de suco, da polpa, quanto de chá, de suas folhas, são muito apreciadas. Época de Caqui – O caqui é muito recomendado contra as afecções do fígado, os transtornos intestinais, os catarros da bexiga, as enfermidades das vias respiratórias, comido com moderação. O caqui convém aos tuberculosos, desnutridos, anêmicos, descalsificados. Ao passo que o caqui imaturo é adstringente, maduro é laxativo. Os que sofrem do estômago, sendo afligidos por acidez, dores, câimbras, etc., saram comendo dois ou três caquis por dia. Por ser essencialmente alcalinizante, se recomenda aos que sofrem de acidose. Maduro, é uma fruta muito saudável e rica, tanto pelo seu conteúdo em sais e vitaminas, como pela sua taxa de hidratos de carbono. Convém especialmente às crianças e é muito indicada aos convalescentes. Berinjela contra o Colesterol -- O suco de berinjela ajuda a reduzir o colesterol e os níveis de triglicerídeos, gordura no sangue. Essa é a conclusão de especialistas da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e vem comprovar os resultados de uma pesquisa pioneira feita pelo Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu, SP. O estudo foi realizado com coelhos, que, alimentados com suco de berinjela, tiveram os níveis de colesterol reduzidos expressivamente, mesmo com alimentação inadequada. Efeitos positivos já estão sendo Conseguidos também em seres humanos. A berinjela, rica em vitaminas antioxidantes, minimiza os danos nas artérias provocados por colesterol alto. Outra explicação para o efeito positivo do legume é que ele reduziria a absorção do colesterol. Soja contra o Câncer -- Mulheres que se alimentam regularmente com soja e seus derivados, *tofu* e leite podem ganhar um brinde extra: proteção contra o câncer do endomé- trio, o tecido que recobre o útero. Estudo havaiano mostrou que a incidência do pro- blema é 50 por cento menor nas populações que se alimentam do grão. Dá-lhe Azeite -- Nos países mediterrâneos, cada indivíduo, consome, em média, 2 colheres de sopa de azeite de oliva por dia. O azeite é o óleo que mais contém gorduras monoinsaturadas, que ajudam a eliminar o colesterol ruim do sangue. Além disso, é rico em substâncias antioxidantes, capazes de combater os radicais livres e retardar o envelhecimento das células, evitando, assim, doenças degenerativas. A Canela é rica em Minerais -- A canela, tanto em pó como em casca, não é calórica porque não possui carboidratos, proteínas e gorduras. No entanto, ela é rica em minerais como cálcio, fósforo e ferro. Além disso, a canela não tem contra-indicações e pode ajudar no tratamento de hemorragias, tosse, febre, gripe, problemas digestivos e estomacais. *** Remédios Caseiros -- A artemísia é usada para atenuar ou suprimir a dor, tendo excelente efeito analgésico. Use uma colher de sopa das folhas fatiadas, para dois copos de água fervente. Deixe em infusão por 15 minutos, num recipiente fechado. Coe e beba três xícaras de chá por dia. A planta também serve como antiinflamatório e combate a diarréia. Para combater a Hipertensão -- A erva borboleta pode ser usada como purgativo, diurético, anti-reumático e ainda combate a hipertensão. Para preparar o chá, use o caule da planta, na proporção de uma colher de sopa do caule fatiado para um copo de água. Ferva durante 15 minutos num recipiente fechado. Coe e beba três xícaras do chá ao dia. Sempre-noiva contra Úlcera -- A erva sempre-noiva pode ser usada para combater pro- blemas de prisão de ventre, feridas, úlceras, além de ser um ótimo diurético. O chá da planta é fácil de ser preparado: ferva dois copos de água filtrada com uma colher de sopa de sementes de sempre-noiva, por 10 minutos, numa panela tampada. Depois, coe e beba o chá duas vezes ao dia, sendo uma xícara ao se levantar e outra, antes de se deitar. Cravo da Índia -- rico em eugenol, um óleo essencial anti-séptico que mantém a garganta limpa, evitando infec- ções. Para conseguir o efeito, pode-se deixar o cravo-da- -índia de molho e fazer gargarejos. Prefira os mais cheirosos, que têm maior concentração do princípio ativo. Atenção: como ele age sobre o aparelho genital feminino, deve ser evitado por grávidas. Clematite para Torcicolo -- A clematite um tipo de trepadeira é uma ótima erva para combater problemas de contratura muscular, dores como o torcicolo e problemas em toda a região lombar. Para fazer o chá, use duas colheres de sopa das folhas fatiadas para um copo de água fervente. Deixe em infusão durante 15 minutos num recipiente abafado. Coe a mistura, e beba três xícaras de chá três vezes por dia. :::::::::: Variedades Dicas Azulejos -- Usando álcool ou umedecendo um pano em querosene esfregue nos azulejos; isto não apenas limpa e dá brilho, como também afasta os insetos. Banheiras e Pias -- Para remover aquele amarelado das pias e banheiras velhas, lave com uma solução forte de cloro. Também ficam limpas e brilhando se forem esfregadas com um pano embebido em vinagre branco. Quando encardidas, esfregue um pedaço de limão e lave. As manchas esverdeadas deixadas pelo aquecedor de gás também saem esfregando limão e lavando em seguida. Elas vão ficar limpinhas, também, se forem lavadas com água, sabão e um pouco de bicarbonato. Desentupir Pias -- Quando a pia entupir experimente jogar no cano, um punhado de bicarbonato de sódio, em seguida jogue por cima dele meia xícara de chá de vinagre e tampe a pia por 20 minutos. Chuveiro -- Quando o chuveiro entupir desenrosque-o e passe então nos buraquinhos uma escovinha de náilon; o chuveiro ficará limpinho, e a água escorrerá bem novamente. Cortinas plásticas do Boxe -- Elas vão permanecer macias e flexíveis depois de lavadas, colocando-se um pouco de óleo mineral, Nujol, na sua última água de enxágüe. Ralos -- Uma garrafa de refrigerante tipo cola, derramada nos ralos das pias, ajuda a mantê-los desentupidos. Para evitar o entupimento dos canos da pia, despeje dentro deles, de vez em quando, a borra do café e, por cima, logo em seguida, água fervendo. Isto vai livrar o cano de gorduras acumuladas. Esponjas -- Lavar com água fervendo e caldo de limão, 1 limão para meio litro de água. Armário de fórmica -- Sujos ou manchados, limpe-os com álcool e depois esfregue um pano seco. *** Móveis de madeira -- É melhor ter móveis de ferro ou de madeira? O material de que são feitos pode influir na energia da casa? Segundo a radiestesia, técnica que identifica e neutraliza as vibrações energéticas utilizando pêndulos, o melhor material para os móveis é a madeira. Metais como ferro não são aconselháveis na mobília, pois são constantes condutores de energia. Porém, na mesa de refeições da cozinha ou da sala de jantar ou nos móveis do *living*, isso não deve ser motivo de preocupação, pois costuma-se ficar menos tempo nesses ambientes. Já a cama deve ser de madei- ra, material neutro. *** Simpatias Ampliar Círculo de Amigos -- Em noite de lua cheia, escreva seu nome completo a lápis num papel branco. Dobre a folha, coloque-a em um pires branco com um pouco de mel e deixe tudo pernoitar no sereno. Ao amanhecer, antes do sol raiar, jogue tudo em água corrente. Repita a simpatia a cada lua cheia e você estará sempre atraindo novos amigos para o seu círculo. Como atrair sorte e dinheiro com seu nhoque no dia 29 –- Separe 7 bolinhas de nhoque em um prato. Coloque debaixo dele uma nota de valor qualquer. Coma, de pé, as 7 bolinhas e faça um pedido. Pegue a nota e guarde na carteira. Ela funcionará como um amuleto até o próximo dia 29. Chamar Dinheiro – Durante as primeiras doze horas de lua nova, segure firmemente uma cédula, em direção à lua e diga: "lua nova, lua nova, esposa de São Vicente, quando fores, que voltares, traga muitas dessas sementes." Pode não trazer a riqueza sonhada, mas nunca há de faltar dinheiro em seu bolso. Dinheiro sempre na Carteira -- Durante o primeiro dia de lua nova, coloque uma moeda de qualquer valor juntamente com um pouco de açúcar em uma xícara de chá e os deixe pernoitando ao relento. Pela manhã, transfira o conteúdo da xícara de chá para uma outra menor de café e posicione a vasilha pequena dentro da grande. Quando a noite chegar, leve as xícaras, sempre justapostas, para mais uma sessão noturna de sereno. Na manhã seguinte, faça uma prece com bastante devoção e, em seguida, limpe a moeda colocando-a em sua carteira e jamais a retire de lá. *** Humor Frases Filosóficas Mulher grávida reclama de barriga cheia. Os filósofos têm um problema para cada solução. Lixo, coisas que jogamos fora; coisas, lixo que guardamos. Herói é o covarde que não teve tempo de fugir. Se você acredita em reencarnação, me dê cinco mil e lhe pago na próxima. Um chato nunca perde o seu tempo; perde o dos outros. Uma celebridade é alguém que trabalha duro, muito tem- po, para se tornar conhecida, e, depois, passa a usar óculos escuros para não ser reconhecida. Canela: dispositivo para achar móveis no escuro. A fé remove montanhas. Os ecologistas são contra. Ser canhoto é muito fácil; difícil é ser direito. Evite uma vida sendentária: Beba água. Quando era menor, pensava que dinheiro era a coisa mais importante do mundo; hoje tenho certeza. No avião, o medo é passageiro. Não sou um completo inútil... Ao menos sirvo de mau exemplo. Meu Deus dai-me paciência... Mas tem que ser já! O importante não é saber, mas ter o telefone de quem sabe. O que sabe, sabe. O que não sabe é chefe. É bom deixar a bebida. O mau é não se lembrar onde. Existe um mundo melhor, mas é caríssimo. A mulher que não tem sorte com os homens, não sabe a sorte que tem. Trabalhar nunca matou ninguém; mas... por que se arriscar? Não leve a vida tão a sério; afinal nem sairá vivo dela! O álcool mata lentamente. Não tem problema, eu não tenho pressa. Mate-se de estudar e será um cadáver culto. Há duas palavras que abrem muitas portas: Puxe e Empurre. Dinheiro não traz felicidade. Dê-me o seu e seja feliz. *** Pensamentos "Como poderá governar os demais, quem não consegue governar a si mesmo?" Confúcio, filósofo chinês. "Um Estado corrompido tem sempre muitas leis." Tácito, filósofo grego. "É coisa fácil ser bom. O difícil é ser justo." Victor Hugo, 1802-1885, escritor francês. "Uma das razões pelas quais eu não bebo é que desejo saber quando estou me divertindo." Lady Nancy Astor, 1879- -1964, *socialite* e política anglo-americana, famosa pelo humor. "Seja passado o passado. Tome-se outra vereda, e pronto." Miguel de Cervantes, 1547-1616, escritor espanhol. "Quando se ajuda o outro sinceramente, ajuda-se a si. Essa é uma das mais belas recompensas da vida." Ralph Waldo Emerson, 1803-1882, crítico, ensaísta e poeta americano. "Nas coisas grandes, os homens se mostram como lhes convém; nas pequenas, como são." Nicolas-Sébastien Chamfort, 1741-1794, escritor francês. "Os valores morais são os únicos que conservam os preços de antigamente." Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, 1923-1968, cronista, escritor e dramaturgo carioca. "Em castelos de ar é fácil encontrar refúgio. E também é fácil construí-los." Henrik Ibsen, 1828-1906, escritor norueguês. "Meu marido e eu inventamos um ótimo sistema para resolver a questão dos trabalhos domésticos: nenhum de nós faz coisa nenhuma." Dottie Archibald, escritora americana. "Consciência é a voz interior a nos advertir que alguém talvez esteja olhando." Henry Louis Mencken, 1880-1965, jornalista americano. "Quando se chega à glória, desaparece a memória." Ditado francês. "Não tenhamos pressa. Mas não percamos tempo." José Saramago, escritor português, Prêmio Nobel de Literatura de 1998. "Mentirosos precisam ter boa memória." Algernon Sidney, 1622-1683, político inglês. "A experiência é a melhor escola. Só que as mensalidades são caras." Thomas Carlyle, 1795-1881, filósofo e historiador escocês. "A esperança, muitas vezes, é um cão de caça sem pistas." William Shakespeare, 1564- -1616, poeta e dramaturgo inglês. "Cozinhar é como o amor: Deve-se entrar com total abandono ou nem chegar perto." Harriet van Horne, 1920- -1998, jornalista americana, pioneira na crítica de televisão. "A palavra convence, o exemplo arrasta." Lair Ribeiro, escritor mineiro. "Ignorância cura-se. Estupidez, não." Immanuel Kant, 1724-1804, filósofo alemão. "A vida não tem uma cor só, nem o poema um só leitor; cada página tem o seu momento." Decimus Magnus Ausonius, cerca de 310-395, poeta latino da Gália. *** História das Frases Pentear Macacos -- Essa frase, proferida como ofensa, é adaptação brasileira do provérbio português "Mal grado haja a quem asno penteia". Na tradição de Portugal, pentear burros e jumentos seria tarefa menor, quase desnecessária. Provavelmente o verbo significava escovar, um luxo para animais de carga. Mas no século XVIII o animal já havia sido substituído por bugio em Portugal e por macaco no Brasil, como aparece em documento de 1756, assinado pelo rei Dom José I, 1714- -1777, que deve ter penteado muitos macacos, pois quem exercia o poder era o marquês de Pombal, 1699-1782. A expressão está registrada por Luís da Câmara Cascudo, 1898-1986, em Locuções Tradicionais do Brasil. *** Etimologia -- Sina: do latim signa, plural de signum, sinal. De acordo com João Ribeiro, 1860-1934, passou a sinônimo de destino porque "o antigo horóscopo apresentava duas feições essenciais, a dos signos do zodíaco e a dos planetas, astros errantes" e "os signos determinavam a sorte ou o futuro do indivíduo". Os sinais espalhados por este mundo não são fáceis de deci- frar, conforme reconheceu o narrador de "O Nome da Rosa", *best-seller* do romancista italiano Umberto Eco, ele mesmo deixando-os ainda mais complexos ao inserir ci- tações de diversas línguas. *** Que Intriga... Intriga Por que plantas carnívoras comem Animais? -- A maioria das plantas carnívoras é encontrada em locais úmidos, como brejos e pântanos, ambientes inóspitos. O solo é pobre em nitrogênio, um nutriente essencial para as plantas. Para obter uma dose extra desse elemento, as carnívoras desenvolveram um mecanismo interessante: comer animais. Ao absorver as proteínas das presas, elas conseguem um suplemento extra de hidrogênio e assim fabricam suas próprias proteínas. Mas não é preciso ter medo delas: só pequenos insetos, como mosquitos e besouros, fazem parte de seu cardápio. No Brasil, elas são encontradas em terrenos alagados da Serra do Mar, nas regiões Sul e Sudeste, e em pontos do cerrado, no Centro-Oeste. Falsa Tristeza -- A ex- pressão "chorar lágrimas de crocodilo", que significa manifestar cinicamente uma falsa tristeza, possui pelo menos três explicações diferentes. A primeira hipótese, atribuída ao historiador romano Plí- nio, o Velho, 23 a 79 d.C., diz que os crocodilos que habitavam as margens do rio Nilo choravam ruidosamente e manifestavam desespero para atrair a atenção e despertar a compaixão dos passantes, que, assim que se aproximavam, eram devorados. A segunda teoria vem de uma lenda medieval, segundo a qual os crocodilos costumavam chorar após devorar alguém. A terceira explicação, a mais provável de todas, diz que quando o crocodilo mastiga suas vítimas, faz uma forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas la- crimais, o que acaba provocando o derramamento de lágrimas. *** Receita de Tricô -- Sapatinho Ferro de Engomar – Colocar 55 pontos na agulha e fazer 6 carreiras em tricô. Fazer uma carreira em meia. Para o peito do pé: fazer 26 pontos em tricô, 3 juntos; 26 pontos em tricô; uma carreira em meia no lado direito; 25 tricô, 3 juntos; 25 tricô. Fazer assim até 19 tricô, 3 juntos, 19 tricô. Fazer 2 carreiras de tricô. Fazer uma carreira de passa-fita: tricô, laçada, tricô até o final. Para a perna: 3 cordões de tricô igual a 6 carreiras em tricô. Observação: As agulhas devem ser de acordo com a linha. *** Receitas Frango agridoce: Tempere 8 sobre-coxas de frango somente com sal e coloque num pirex. Numa panela, coloque 200 gramas de manteiga; 2 colheres de mel e mostarda a gosto. Desmanche no fogo, despeje sobre o frango e coloque para assar no forno por aproximadamente 30 minutos. Caldo verde econômico -- Ingredientes: 1 kg de batata; meia colher de sopa de sal; 1 litro e meio de água; 250 g de couve-manteiga; 1 cebola cortada em tiras finas; 1 dente de alho amassado; meio copo de azeite; 500 g. de lingüiça calabresa e torradas. Modo de fazer: descasque e cozinhe as batatas em uma panela grande com água e sal. Corte a couve bem fininha e reserve. Em uma panela média, coloque a lingüiça com metade do azeite para fritar. Acrescente a cebola e o alho. Doure e reserve. Bata bem as batatas no liquidificador com um pouco da água da fervura; deixe esfriar um pouco antes de bater, para não danificar o aparelho. Volte à panela onde a batata foi cozida e acrescente a couve picadinha e a lingüiça refogada. Quando a couve estiver macia, verifique o tempero. Servir ainda quente, acompanhado das torradas. Bolo de Iogurte: Ingredientes: 1 copo de iogurte natural; meio copo de óleo; 2 copos de açúcar; 2 copos de farinha de trigo; 4 ovos; 1 colher de sopa de fermento em pó. Modo de fazer: Bata tudo no liquidificador, despeje em uma forma untada e coloque no forno preaquecido por aproxidamente 30 a 40 minutos. Observação: a medida é o próprio copo de iogurte. Coalhada fácil de fazer: Pegue o leite cru, sem ser fervido, e deixe descansando de 2 a 3 dias em lugar fechado. Está aí a sua coalhada. Para as próximas vezes, pegue apenas um pouco da coalhada pronta e adicione mais leite cru e por aí vai. Se precisar de uma coalhada de um dia para o outro, esprema meio limão no leite cru, para talhar. Se quiser uma coalhada bem consistente, junte ao lei- te alguns grãos de milho. *** Utilidade Pública Registro de imóveis, certidões e Testamentos – Quem perdeu os documentos de compra e venda de um imóvel, deve ir ao cartório onde foi feito o registro e pedir uma certidão. Quem desconhece o cartório onde lavrou a escritura pode, recorrer aos ofícios distribuidores da sua cidade, que emitem uma Certidão de Pesquisa de Bens, informando a situação jurídica do cidadão nos últimos vinte anos. Para requisitar a certidão basta informar o nome completo. O número do CPF é pedido nos casos em que o nome é muito comum. Pegue um formulário de requerimento e uma guia para o pagamento da taxa, a ser feito em qualquer agência do Banco do Brasil. Depois, volte ao posto para entregar os papéis, junto com duas fotos 5 por 7, com data, e os seguintes documentos: carteira de identidade ou certidão de nascimento, título de eleitor, com comprovante de que votou na última eleição, e, no caso dos homens, certificado de reservista. Carteira de Trabalho – O documento sai no mesmo dia. Procure um dos postos do Ministério do Trabalho espalhados pela cidade ou a Região Administrativa do seu bairro com uma foto 3 por 4, carteira de identidade ou certidão de nascimento – original ou cópia autenticada – e o número da carteira anterior, que consta, por exemplo, nos extratos do PIS ou do fundo de garantia, ou no documento de rescisão do contrato de trabalho. Quem não tiver nada disso pode solicitar uma de- claração da empresa em que trabalha com o número da carteira perdida. Para a solicitação da aposentadoria é necessário constar na nova carteira os registros de todos os lugares em que a pessoa trabalhou. Título de Eleitor – Para tirar a segunda via do título, a pessoa deve ir à zona elei- toral onde se cadastrou. ::::::::::

Informativo IBC Os cegos também Remam -- "Vou te contar; os olhos já não podem ver coisas que só o coração pode entender...", disse o inesquecível maestro Antonio Carlos Jobim em sua famosa canção *Wave*. Praias exuberantes, montanhas sinuosas e um belíssimo espelho d'água na lagoa Rodrigo de Freitas reflete toda beleza que a Cidade Maravilhosa nos oferece. Sem dúvida o Rio de Janeiro continua lindo e esse contato direto com a natureza, além da prática esportiva, já fazem parte da vida dos atletas do Instituto Benjamin Constant -- IBC que inte- gram a equipe de remo adaptado do Clube Botafogo de Futebol e Regatas. Brilhante idéia leva IBC ao remo -- A idéia de reunir um grupo formado por deficientes visuais surgiu quando o estagiário de educação física do IBC, Rafael Ceccon, aluno da Universidade Federal do Rio de Janeiro -- UFRJ percebeu a capacidade esportiva dos alunos cegos. "Se eles treinam natação, judô, futebol e *goalball*, por que não podem remar também?", disse o estagiário. No início do ano de 2003, após uma pré-seleção, oito atletas do IBC -- Felippe Silvestre, Leandro Mendes, Rodrigo Nascimento, Michael Ramos, Anderson Dias, Raimundo Assunção, Júlio dos Anjos e Francisco Rodrigues -- foram escolhidos para treinar na sede náutica do Clube Botafogo de Futebol e Regatas -- CBFR, Av. Epitácio Pessoa n.o 1561 -- Lagoa. Rafael Ceccon, idealizador do projeto é quem ensina a técnica e orienta os atletas na água. "Pratiquei remo durante muito tempo aqui no Botafogo e agora estou ensinando o que aprendi para meus alunos", lembra o estudante da UFRJ. A frutífera parceria entre o IBC e CBFR deu excelente resultado e aconteceu em uma regata promovida pela Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro, disputada em 29 de junho, na Lagoa Rodrigo de Freitas. A organização do evento abriu espaço para uma prova extra onde duas equipes do Botafogo formadas por alunos do IBC e uma outra integrada por remadores da cidade de Santos, competiram na categoria de remo adaptado para iole a quatro -- canoa estreita, leve e rápida -- Os atletas do IBC-Botafogo alcançaram as duas primeiras colocações: Anderson Dias, Júlio dos Anjos, Felippe Silvestre e Rodrigo Nascimento foram os vencedores e Michael Ramos, Raimundo Assunção, Francisco Rodrigues e Leandro Mendes, o segundo lugar. "O Botafogo teve uma iniciativa pioneira nos acolhendo e agora estamos retribuindo a ajuda que nos deram", disse o competidor Júlio. *** Benjamin Constant auxilia Juliano Moreira -- O Instituto Benjamin Constant -- IBC atendeu a solicitação feita pelo Dr. Paulo Roberto Fagundes da Silva, Diretor-Geral do Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira -- IMASJM, para capacitar na área da reabilitação visual os funcionários do hospital. O IMASJM é uma unidade psiquiátrica de longa permanência, que atualmente conta com 850 pacientes em faixa etária avançada e aproximadamente com 30 anos de internação, distribuídos em 3 nú- cleos masculinos e 2 femininos. Os dirigentes do Instituto Juliano Moreira perceberam a dificuldade da equipe assistencial e dos próprios internos em lidar com a cegueira, que atualmente atinge 7 por cento dos doentes mentais. Os cursos foram ministrados pelos professores especializados do Instituto Benjamin Constant-IBC: 15 vagas, 40 horas-aula destinadas a enfermeiros, terapeutas ocupacionais, técnicos de reabilitação e psicólogos. Os ensinamentos objetivam facilitar a locomoção, a orientação, a mobilidade, as atividades da vida diária e conseqüentemente promover melhor qualidade de vida aos pa- cientes do IMASJM. *** O dia que o ator Marcelo Serrado ficou Cego -- Sem dúvida, o Instituto Benjamin Constant-IBC atesta a sua condição de Centro de Referência Nacional no combate às causas da cegueira, trabalhando desde 1854, em prol do fortalecimento da cidadania da pessoa deficiente visual. Visando à composição de um personagem cego existente no espetáculo teatral "No Retrovisor", a produção da peça buscou os ensinamentos especializados a cargo da Divisão de Reabilitação. Preparação para o Trabalho e Encaminhamento Profissional -- DRT. O ator Marcelo Serrado fez uma pesquisa no Instituto, vivenciando o cotidiano de um deficiente visual. "Fui muito bem atendido pelo massoterapeuta Cesarino Rodrigues da Silva e pela professora Ana Helena Gonçalves Ferreira. Foi uma experiência incrível viver a realidade da pessoa cega, de fato, inesquecível", disse o artista. Dentro do IBC, o ator estudou exercícios de Orientação e Mobilidade -- OM, além de fazer as Atividades da Vida Diária -- AVD. *** Roupa Nova -- A Diretora-Geral, Érica Deslandes Magno Oliveira, promoveu recentemente a entrega dos uniformes oficiais no átrio principal do Instituto Benjamin Constant. "Esses uniformes simbolizam o valor que o esporte tem para nós. Estamos muito orgulhosos em ter nossos atletas representando o IBC e o Brasil, no Canadá", disse a diretora em seu pronunciamento. O professor de educação física e técnico da seleção de *goalball*, Paulo Sérgio Miranda, também marcou presença no evento e destacou a grande importância dos novos uniformes como uma forma de legitimar e valorizar as equipes que disputaram as provas de natação, judô, *goalball* e atletismo. Agora, sim; os atletas do Instituto Benjamin Constant-IBC estão prontos para representar a instituição em futuras competições. *** IBC traz medalhas do Canadá -- Com a participação de mais de mil atletas do mundo inteiro, competindo nas modalidades de natação, judô, *goalball*, ciclismo, atletismo e levantamento de peso, durante o II International Blind Sports Federation -- IBSA, os jogos mundiais dos cegos, realizados em agosto de 2003, o Instituto Benjamin Constant -- IBC se destacou. A equipe feminina brasileira de *goalball* trouxe para Casa uma medalha de prata, depois de acirrada disputa entre 19 equipes. O time masculino contou com Luiz Pereira da Silva, ex-aluno do IBC, e classificou-se na 6a. posição entre os 25 participantes do certame. Na piscina, o brilho ficou por conta de Gilberto Fernandes, ex-estudante do Instituto, patrocinado pela Caixa Escolar-CEIBC vencedor da medalha de bronze nos 200 metros *medley*, índice que o classifica para as paraolimpíadas de Atenas, na Grécia, em 2004. Rodrigo Machado ficou em 4º e 5º lugares nas categorias de 50 e 100 metros *crawl*, respec- tivamente. *** Pocotó Ecológico -- A peça Lembranças de um Cavalinho de Pau, escrita e dirigida pela professora Sandra Castiel e Marília Coelho, foi à cena pela primeira vez no Teatro Benjamin Constant. Celebrando a Semana do Folclore, a encenação aconteceu no dia 21 de agosto, sob a produção executiva de Fátima Berquó e Marinete Gobbi. O texto enfoca os problemas da devastação na Floresta Amazônica, visando denunciar os efeitos das queimadas e da poluição ambiental. Através de uma linguagem criativa, a montagem, com duração de 40 minutos, convoca as crianças a lutarem pela preservação da flora e da fauna. O folclore nacional é representado pelos personagens: Saci-Pererê, Mula-sem-Cabeça, Lobisomen, etc. O elenco da peça conta com 17 alunos. Os figurinos foram confeccionados pelas mães dos estudantes e a trilha sonora executada pelo pianista Rubem Monteiro Bastos, é recheada de cantigas de roda do gênero amoroso, resgatadas do cancioneiro popular do Brasil. *** Vruuuummmmm... -- Agora você não terá mais dor de cabeça! Aquela indisposição, o probleminha no joelho ou mesmo no estômago, ficarão sanados assim que você telefonar para a Drogalfa. Essa nova drogaria presta serviço apenas de *delivery* -- entrega motorizada de medicamentos em casa ou na empresa -- pois não há loja, balcão ou atendentes. As pessoas filiadas às Associações dos Servidores têm direito a descontos de 12 por cento nos similares e 20 por cento nos genéricos. A Drogalfa cobra taxa anual dos clientes cadastrados, e funciona sempre de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. O pagamento pode ser feito em dinheiro ou cheque. O telefone é 3899-3099. :::::::::: Noticiário Especializado Lei n.o 4.240 de 2003. Data da Lei 16 de dezembro de 2003. Institui em todo o território do Estado do Rio de Ja- neiro, a meia-entrada para os deficientes físicos, em estabelecimentos culturais e de lazer, e dá outras providências. A Governadora do Estado do Rio de Janeiro: Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º -- Fica instituída em todo o território do Estado do Rio de Janeiro a meia-entrada para os deficientes físicos em estabelecimentos culturais e de lazer. § 1º -- Os estabelecimentos abrangidos por esta Lei serão os destinados a diversão, espetáculos teatrais, musicais e circenses, exibições cinematográficas, eventos esportivos e outros similares nestas áreas. § 2º -- Ficam excetuados deste dispositivo os estabelecimentos que já possuem gratuidade em sua entrada, como estádios, Ginásios esportivos e Parques náuticos do Estado do Rio de Janeiro, conforme a Lei n.o 2.501, de 30 de dezembro de 1992. Art. 2º -- Não poderá haver restrição de horário para o benefício da meia-entrada para os deficientes físicos. Art. 3º -- O estabelecimento que não cumprir a presente Lei estará sujeito a sanção de multa no valor de 1.000 (mil) UFIR-RJ. Parágrafo único -- Em caso de reincidência, a multa será dobrada... Art. 4º -- Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2003. Rosinha Garotinho. Governadora Ficha Técnica Projeto de Lei n.o 534-A/99 Autoria – Armando José Data de publicação – 17 de dezembro de 2003. *** Biblioteca Braille Dorina Nowill A Biblioteca Braille Dorina Nowill foi inaugurada em 17 de maio de 1995 e sua finalidade é atender deficientes visuais no Distrito Federal. O acervo em Braille cons- ta de: Obras literárias diversas: Filosofia; Psicologia; Bíblia; Dicionário; História; Constituição Brasileira e Código Penal; Código Matemático Unificado; Material Didático (Matemática, Português, Química, Inglês) e outros. O portador de deficiência conta com empréstimo pelo prazo de 30 dias, podendo ser renovado. Endereço: Escola Classe 6 de Tagua- tinga CNB 12 AE 1 Taguatinga -- DF CEP: 72115-125 e-mail: ~,bibliobraille@ig.com.br~, horário: 7:30 às 11:30 Telefax: (061) 351-7566 *** Conselho Brasileiro Para o Bem-Estar dos Cegos O Conselho Brasileiro para o Bem-Estar dos Cegos solicita ao Conselho Nacional de Defesa dos Direitos dos Portadores de Deficiência, a devida avaliação das considerações ora feitas e, se julgadas pertinentes, as seguintes providências: 1. Denunciar ao Procurador Geral do Ministério Público Federal a utilização do nome daquele Órgão na Cartilha de Orientação Pedagógica, com interpretações jurídicas questionáveis, a juízo deste Conselho, impróprias e genéricas sobre matéria da Educação dos Deficientes, matéria de competência específica do Ministério da Educação. 2. Denunciar também à Secretária de Educação Especial do MEC a publicidade de tal Cartilha para que as universidades, escolas, e também a imprensa em geral, sejam informadas de que tal documento não tem o reconhecimento do Ministério da Educação, em razão dos equívocos, ambigüidades e impropriedades, que contém a respeito da Educação dos Deficientes. 3. Estudar e avaliar a necessidade de se ter uma regulamentação do Decreto-Lei n.o 3.956 de 2001, para não se obrigar escolas a aceitar indiscriminadamente alunos deficientes, inclusive cegos, com graves comprometimentos outros -- mental, surdez, locomotor, neurológicos etc. 4. Estudar também a possibilidade de ser argüida a inconstitucionalidade de se impedir a existência de Escolas Especiais para a educação dos cegos, que possam oferecer cursos regulares do ensino básico, a exemplo do Instituto Benjamin Constant, colégio público federal que mantém curso oficial, tendo por modelo o Colégio Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro. 5. Avaliar as repercussões negativas no atendimento educacional aos deficientes e os males que podem ocorrer, inclusive para o sistema regular de ensino, no rendimento escolar de alunos não deficientes, pela "política de inclusão", indiscriminadamente, de acordo com os fundamentos da Convenção da Guatemala, e solicitar, a quem de direito, denunciar, no todo ou em parte, tal Convenção. Por derradeiro, o CBBEC apela para esse egrégio Conselho no sentido de alertar as autoridades constituídas do país na área de Educação, para os danos irreparáveis que a coletividade das pessoas deficientes sofrerá com o atual processo de inclusão que vem sendo imposto de maneira indiscriminada. O Conselho Brasileiro para o Bem-Estar dos Cegos, na certeza de ter cumprido seu dever em defesa da educação dos cegos no Brasil, espera merecer a devida atenção para as considerações feitas e confia nas providências a serem tomadas por esse CONAD. Presidente do CBBEC José Maria Bernardo. *** Florianópolis já tem Passes Livres para Cegos – A prefeita Ângela Amin sancionou Projeto de Lei que garante o passe livre para todas as pessoas portadoras de deficiência visual, física e auditiva no transporte coletivo de Florianópolis. O projeto de lei n.o 9.483, de 2001, foi aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores e se transformou na Lei n.o 6.212, de 2003 após a sanção da prefeita, que tem seu mandato até o final de 2004. *** Transcrição do Ofício MEC, SEESP, GAB n.o 629 Brasília, 11 de setembro de 2003. À Sua Senhoria o Senhor, Antônio Alves Nepomoceno Rua Pio X n.O 3.329 Bairro São Pedro -- Centro Sul Teresina -PI CEP: 64018-150 Prezado Senhor, Acusamos o recebimento da correspondência encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República, reencaminhada ao Senhor Ministro da Educação, na qual Vossa Senhoria solicita a interiorização do sistema Braille numa ação conjunta com o Programa de Erradicação do Analfabetismo. Inicialmente, parabenizamo-lo pela sugestão que se soma aos ideais do Governo Lula de implementar uma política educacional que promova o acesso de todos os brasileiros à escola, incluindo, obviamente, as pessoas cegas que utilizam o Sistema Braille como principal meio de leitura e escrita. Assim sendo informamos-lhe que o Ministério da Educação por meio da Secretaria de Educação Especial elaborou e executará um projeto piloto intitulado "Interiorizando o Braille". Nesta primeira etapa serão contemplados municípios de cinco estados brasileiros, ou seja, TO, PB, CE, MG e RS. A perspectiva é de podermos estender, gradativamente, o projeto para todo o país, atendendo assim, todas as demandas. Atenciosamente, José Rafael Miranda Coordenador Geral de Desenvolvimento da Educação Espe- cial. :::::::::: Troca de Idéias William Araújo Rua José Domingues, 294 ap. 201 Bairro Encantado – RJ CEP: 20756-130 Tenho 31 anos, sou solteiro, tenho 2 empregos e apartamento próprio. Gostaria de fazer amizade com moças de todo o país ou países de língua espanhola, que sejam sinceras, extrovertidas e inteligentes. Rubens S. Amador Rua Mário Baldassin, 149 Bairro Conjunto Della Rocha II Itapira – SP Cep: 13970-000 Sou corredor de ultramaratona, estudo música e toco flauta doce. Desejo trocar correspondência com pessoas de ambos os sexos. Walmir de Souza Serpa Rua Estrada Velha de Itapuá Caixa Postal n.º 5 Bairro Barraras Garuava – SC CEP: 89248-000 Tenho 27 anos, sou estudante e desejo corresponder-me com moças de 23 a 30 anos, que gostem de conversar e passear. João Sidney Mendes Rua Goiânia, 826 Bairro Parapuã – SP CEP: 17130-000 Tenho 38 anos, sou solteiro e gostaria de corresponder-me com pessoas de ambos os sexos, de qualquer idade, sobre pauta musical para teclado. :::::::::: Ao Leitor Solicitamos aos leitores abaixo mencionados que nos enviem seus endereços completos, pois suas revistas voltaram. Anderson Ortega André Moraes Fróis Carlos Alves da Silva Carlos Augusto Finelli Bertolho Carlos Henrique Raisinger Claudia Maria Lazzarini -- não foi retirada sua RBC do correio, portanto voltou. Clóvis Viana Miguel -- sua RBC não coube embaixo da porta. Cruzada da Recuperação e Assistência aos Cegos Fluminenses Edgar Malitos Edith Sueli Manias Elizabete Costa Silva Elizabeth Martins Ramos Escola Especial João Paulo II Escola Estadual Dr. Maurício Anisse Cury Escuela Nacional Para Ciegos Francisco César Silva Mendes Instituto Nacional Para Cegas -- INCI -- Colômbia Irani Pires Irema Tomás Jacson Xavier Jonas Lucas Roberto José Antonio e Silva Carneiro José Nunes José Ricardo da Silva A. de Melo Luana Allen Rech Luis Eduardo Blablin Marcelo Lemos Guerra Marcos Vicente Moura Maria Angela Xavier Maria Arminda Peixoto Bolo Santo Tirso Maria Isabel de Freitas Maria Luiza Camargo Edídio Maria Salete da Silva Batista Mariluci de Freitas Miguel Guerreiro da Silva Mulher Rodrigues Ribeiro Nely Martins Figueira Patrícia Muniz da Silva Pedro Antonio e Silva -- (não coube na caixa do cor- reio) Reinaldo Tomé de Oliveira Ricardo Momana Rita Galdino Rubens R. Mashall Silva Regina Pacheco Vanda Carla Pires -- Portugal Valdenora Rodrigues Quezado Vera Lúcia Rosan Dama Vera Rita Griedeles Veridiana Kraieviski Cordeiro -- (não foi reti- rada do correio, portanto voltou) Viviane dos Santos ::::::::::