õeieieieieieieieieieieieieieio õ o õ Revista Brasileira o õ para Cegos o õ Ano LXI n.o 500 o õ Outubro-Dezembro o õ de 2003 o õ o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral do IBC o õ Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador da RBC o õ Prof. José o õ Espínola Veiga o õ Responsável pela RBC o õ Kate Q. Costa o õ o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca — Rio de Janeiro o õ RJ — Brasil o õ CEP: 22290-240 o õ tel: (0xx21) 2543-1119 o õ Ramal: 145 o õ Brasil um País de todos o õ o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Editorial :::::::::::::: 1 A Ostra e a Pérola ::: 2 Alvíssaras ::::::::::::: 3 Ser Diferente... :::::: 8 Guerra: Uma História sem Trégua ::::::::::: 13 No Tempo de Jesus :::: 25 Duas Mulheres: Duas Histórias :::::: 31 Os Intocáveis ::::::::: 35 As três Peneiras :::::: 41 Paz, não Armistício ::: 43 Jóias da Humanidade ::: 47 Histórias Interessantes :::::::: 51 Artes :::::::::::::::::: 58 Brasil ::::::::::::::::: 59 Ecologia ::::::::::::::: 64 Lugares do Mundo :::::: 65 Ciência e Saúde ::::::: 70 Variedades ::::::::::::: 87 Informativo IBC :::::: 106 Noticiário Especializado :::::::: 110 Troca de Idéias ::::::: 120 Ao Leitor ::::::::::::: 124 :::::::::: RBC n.o 500 Chegamos ao número 500 da RBC. Afloram-nos diversos sentimentos, tanto de alegria quanto de frustração. Reconhecemos, no entanto, que os momentos positivos superam os negativos, como os que compartilhamos com nossos ledores- -voluntários, ajudando-nos, com sua preciosa colaboração, na pesquisa incessante de temas que mereçam a atenção de nossos leitores. Momentos de plena realização, diante das inúmeras cartas recebidas, dando-nos apoio e incentivando-nos a prosseguir, buscando sempre o melhor texto, o melhor artigo. Momentos de satisfação ao constatarmos quão dedicados e competentes são os que trabalham conosco: nossa transcritora e nossa revisora, nossos impressores e encadernadores, finalmente, nosso revisor geral, professor Paulo F. Ferreira, que, voluntariamente, contribui com seus vastíssimos conhecimentos para o bom andamento de nossas revistas. Assim, de emoção em emoção, vamos dividindo com os companheiros esses "momentos" que nos unem através das mensagens enviadas, e do retorno sempre tão carinhoso dos leitores da RBC. A todos, os nossos mais sinceros agradecimentos. :::::::::: A Ostra e a Pérola As pérolas são feridas curadas; pérolas são produtos da dor, resultado da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada... Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo? Você já sofreu os duros golpes do preconceito? Então, produza uma pérola!!! Cubra suas mágoas com vá- rias camadas de amor. :::::::::: Alvíssaras Frei Betto Assim que possível, fecharei a minha caixa de Pandora e farei passarinhar todos os bons propósitos que desafiam a minha fé. Recolherei num jardim de tulipas, essa tristeza d'alma que definha o meu ego arrastado pela vaidade. Soterrarei de perdões o meu mal-querer e de afagos a sórdida tendência de apostar na desgraça alheia. Erguerei a minha taça à vitória do outro e brindarei de louvores as conquistas dos que invadem a minha reserva de caça. Serei dom, e não dor. Fecharei as asas da ambição e, vazio de desejos, cavarei túneis no mais profundo de mim mesmo para deixar fluir as águas da plenitude. Desviarei o olhar da lascívia que esgarça o meu espí- rito. Não buscarei senão os odores suaves da brisa matinal e darei ao meu paladar o que amarga a língua e adoça o espírito. Porei em prática sábias lições de vida: pão que se guarda endurece o coração. O contrário do medo não é a coragem, é a fé. Sairei à rua repleto de silêncio, pleno do ser que me transfigura em morada divina. Segredarei aos peregrinos os três aforismas de meu bem-viver: Deus tem sabor de justiça; a vida trafega a bordo do paradoxo; a morte é verbo e não se conjuga no presente, é sempre pretérito ou futuro. Espalharei em meu peito sementes de girassol e cobrirei a cabeça com ervas aromáticas para que a minha pele transpire luz e a minha boca profira perfumes. Não me privarei de suculentas alegrias e só darei a meu corpo o que empanturra o espírito. Cultivarei cada um de meus cabelos brancos, e preservarei, cioso, as rugas que maquiam de sabedoria o meu rosto. Serei belo como o tronco nodoso de uma velha castanheira que, retorcida de braços, abraça o Sol para em seus pés irradiar sombras. Tratarei o semelhante com a reverência dos anjos e lavarei as portas de minha cidade para acolher em festa os que trazem boas novas. No contorno dos dias, amarrarei fitas brancas e escovarei a boca da noite até limpar a garganta de sonâmbulas aflições. Não permitirei à língua servir de passarela ao mal-dizer, nem darei ouvidos a quem insiste em violar meu silêncio. Voarei sereno como os albatrozes que, todas as manhãs, impedem que o fragor das ondas fira a pele porosa das praias. Não me deixarei iludir pelos profetas da desgraça; ficarei atento ao olhar perplexo cravado no rosto encardido dos que suplicam uma côdea de pão e um gole de paz. Trocarei minhas horas preciosas por horas ociosas e, recostado num banco de parque, darei milho aos pombos e cantarei com os mendigos que, deitados na grama, escarnecem da agonia do tempo. Banharei a minha pele na lagoa pontilhada de moedas faiscantes de prata e, boca aberta sob o chafariz, beberei até embriagar-me de insensatez. Violarei todas as regras da civilidade torpe que me engravata de cabrestos e rasgarei as etiquetas que me fazem perder horas em cuidados supérfluos. Arrancarei do pulso as algemas do relógio que me escravizam ao ritmo implacável de minutos e segundos. Serei irresponsavelmente feliz, liberto dessa onipotência que recobre de fúria a minha excessiva fragilidade. Confessarei a mim mesmo os meus pecados e, crucificado numa roda-gigante, ressuscitarei com a inocência das crianças que sorriem prenhes de vertigens. Tomarei para o governo da cidade um cavaleiro que chegue montado num burrico e tenha as mãos calosas como quem cavou as entranhas da terra. Não darei lugar aos príncipes revestidos de palavras vãs, nem porei a minha confiança nos arautos surdos ao clamor dos desvalidos. Farei de Deus o meu pai e o meu pão, e abrirei em laços o meu abraço, até transmutar solitários em solidários. Amarei sobre todas as coisas, para que a minha riqueza, despojada de bens, seja farta em afetos. Fecharei os olhos para ver melhor e, ao crepúsculo, serei consumido e consumado pelas chamas que ardem no lado aves- so do meu ser. :::::::::: Ser Diferente... Ralph Viana Creio que esta necessidade de estar na moda, brote de nosso desejo de estar incluído em um grupo, por isto é um fenômeno tão forte na adolescência. Mas este sentimento vai sendo manipulado com ofertas, das mais diversas: se você usar esta bolsa X, que todos sabem que custa 50 vezes mais que a outra da mesma qualidade, sem as letrinhas estampadas, você se inclui no grupo das pessoas que têm dinheiro sobrando. Mesmo que você não tenha, o que vale é o sentimento que oferece aquela aparência. E determinado produto pode ter a marca da exclusividade: quem o usar, depois de ter comprado caro, claro, passa a ser um ser especial, único, exclusivo, como todos os demais que estão neste ginásio lotado, entende? A imagem do produto é de tal forma forte que, mesmo estando todos iguais, todos se sentem únicos e originais dentro daquele modelito. Chega a ser engra- çado. A questão da individualidade e da expressividade de nosso ser -- de como somos ou estamos nos sentindo -- não é pensada, valorizada. A massificação, a uniformização e a globalização, são vendidas em mil embalagens, das toscas às hipersofisticadas, mas todas formatam os indivíduos em clones, semelhantes em seus desígnios de consumir igual, pensar igual e se expressar igual. Até os próprios corpos são moldados para assumir a forma da moda. Agora todas querem ser peitudas. Quem não tem bração, pernão malhadão, não tá com nada. Ao preço que for, inclusive da saúde, é cada vez mais imperioso que todos sejam diferentes, igual a todo mundo. Por outro lado, que bom se nos incentivássemos a mostrar aquele nosso lado original, aquela essência tão única -- e por isso especial -- que todos temos e que satisfaz tanto nosso ser quando tem a chance de aparecer. Que ótimo é quando o que visto expressa o que realmente sou e sinto, coincidindo ou não com o que a moda diz para vestir. Que bom não ter que seguir essas regras externas e poder ser e expressar o que se é, e conviver com outras pessoas assim. Acho que o nome disso é também liberdade, que, com certeza, rima com criativi- dade. Situações -- primeira: fui a uma festa e, ao reparar nas moças, me dei conta de que absolutamente todas estavam vestidas de preto – aquele conhecido pretinho básico. Em outras épocas eu poderia brincar dizendo que estava num velório dançante, mas agora constatava uma moda praticamente hegemônica. Pensei que, pelo fato, emergisse aquele sentimento que rola quando encontramos uma pessoa com a roupa exatamente igual à nossa. Mas não, as moças de preto pareciam contentes. Com seus uniformes de festa sentiam-se, talvez, originais... Segunda: fui a uma academia experimentar uma aula de ginástica. Coloquei um *short*, uma camiseta e um tênis e pensei que estava adequado para a ocasião. Pobre de mim. Literalmente: pobre. Olhares de desdém, enfado e mesmo recriminação foram lançados em minha direção. Afinal, todos vestiam roupas do material XYZ *board*, com desenhos de um mesmo estilo, e, fundamental: portavam tênis importados da mesma marca, totalmente, evidente, hiperdesenhados, *over* aeróbicos, superergométricos e, suponho, pra lá de caros. E eu ali, com aquele meu tênis nacional branco, somente competente, destoante do ambiente... Terceira: o filho deseja fazer uma tatuagem enorme e seu pai argumenta que não se deve fazer nada de que depois se arrependa e não tenha como desfazer; que uma teia de aranha pode ser legal agora, aos 16 anos, mas que talvez com 30, já não seja a mesma coisa e que, além do mais, pode ser que aquele desenho acabe enchendo o saco, depois de tantos anos. E pergunta, com delicadeza, por que ele quer instaurar aquela marca tão forte, indelével, no corpo? O filho responde com candura: -- Pai, você não entende? Eu quero ser diferente, igual a todo mundo. Moda é um conceito estatístico e significa o conjunto predominante num universo. É aquele pico mais alto, comum naquela população. Portanto, andar na moda significa ser o mais comum possível. :::::::::: Guerra: Uma História sem Trégua Celso Araújo O cálculo é recente: entre 3600 a.C. e a guerra do Iraque, ou seja, cerca de 5.600 anos, o homem só experimentou 292 anos de paz. Mas há controvérsias. Para muitos historiadores, nesses cinco milênios, em algum ponto do globo, o homem nunca deixou de estar num campo de batalha. Dizem que, neste século XXI, a briga pela água é líquida e certa. De qualquer modo, a guerra contemporânea é potencialmente muito mais cruel do que todas as outras que a antecederam. Não há mais nenhum ponto do planeta que um míssil ou um jumbo descontrolado, não possam alcançar. Pior: as novas guerras produzem cada vez menos heróis e cada vez mais vítimas civis. Nesse cenário, a paz tem alguma chance? A história das guerras se inicia em relatos bíblicos e se perpetua a partir da mitologia. Mas a célebre Guerra de Tróia, por sua complexidade, estratégia e beleza poética, é a pedra fundamental dessa crônica milenar de conflitos entre os homens. Ainda hoje se buscam bases históricas para ela -- a Guerra de Tróia realmente ocorreu? "Se non è vero, è ben provato". O episódio semimitológico tem a estrutura de uma ópera trágica. No século XII a.C., o rapto de Helena por Páris, príncipe de Tróia, leva os guerreiros gregos de Agamenon a tentar resgatá-la a todo custo. O cerco a Tróia durou 10 anos -- até que um cavalo de madeira quebrou a resistência inimiga. Os guerreiros -- fossem eles Ajax, Aquiles, Heitor ou Ulisses -- tratavam de obter a glória, cada um por si. Não havia entre eles um planejamento de ações. Cada valente tratava de colher seus louros individualmente, sem levar em conta o andar geral do entrevero. Mas faziam questão de exigir saber contra quem eles traçavam as espadas. A um herói dos tempos aristocráticos, repugnava a idéia de ter que enfiar a lâmina nas carnes poluídas de um plebeu, alguém sem eira nem beira. Para evitar o dissabor de sujar o bom ferro de suas espadas em "sangue ruim", é que os cavaleiros medievais desenhavam seus brasões nos seus escudos, mostrando a todos que eles eram da melhor linhagem. A primeira cidade na Antigüidade que se voltou inteiramente para a guerra foi Esparta; situada no vale do rio Eurotas, no Peloponeso, e cercada por inimigos que lhe devotavam ódio de morte. As chamadas leis de Licurgo, aplicadas a partir do século IX a.C., transformaram todo cidadão espartano num soldado. Os espartanos implantaram o mais longo serviço militar da história: apresentando-se aos 18 anos de idade, o cidadão só era liberado aos 60 anos! Na verdade, tornavam-se escravos do Estado. O que não os impediu, apesar da notória bravura, de serem derrotados na batalha de Leuctras, em 371 a.C. pelos tebanos do Batalhão Sagrado de Pelópidas, formado inteiramente por casais de homossexuais. Numa estranha e rara aliança da filosofia com a estratégia, o pensador Aristóteles foi o mentor de Alexandre, o Grande, jovem rei da Mace- dônia, o conquistador da Ásia. Verdadeira máquina de guerra formada por infantes muito bem treinados e disciplinados, portando enormes sarissas, lanças de mais de 6 metros, a falange macedônica conferiu a Alexandre o título de maior senhor da guerra de todos os tempos. "Trabalho, disciplina, obediência" eram pilares do poder romano materializado na Legião -- corpo militar que superou tudo o que se conhecia na Antigüidade. As legiões romanas foram capazes de cavar 40 quilômetros de trincheiras para cercar os gauleses na batalha de Alésia, obrigando Vercingetórix a se render a César, no ano de 52 a.C., erguendo pontes portáteis sobre o rio Reno, assegurando ao general, bater os germânicos, pegos de surpresa no seu próprio território. Jamais, como em Roma, a engenharia associou-se com tanta eficácia à estratégia militar. O compasso e o esquadro do engenheiro eram tão fundamentais como a disposição das legiões no campo de batalha. Essa estupenda organização devia-se à coesão do Estado romano, impressionante estrutura jurídico-administrativa capaz de abrigar um território que estendia-se das fronteiras do Irã até às ilhas Britânicas, e das beiradas das florestas da Germânia, ao norte, até o deserto do Saara, ao Sul. Essa incrível máquina de guerra só entrou em dissolução depois de 600 anos de domínio. Com escassas noções de disciplina, dados à anarquia e ao saque, politicamente confusos e desorganizados, os bárbaros guerreavam como... bárbaros. A grande nuvem mongol, parecendo uma tempestade de gafanhotos, escureceu os destinos da Rússia, que ocuparia por mais de dois séculos, destruiu Bagdá, massacrando 100 mil habitantes, e chegou até a Palestina, ainda parcialmente ocupada pelos cavaleiros cruzados. O norte da Índia foi a próxima vítima. A horda era impressionante: uma massa de cavaleiros de pequena estatura, com lanças curtas, galopando velocíssimos pôneis, como uma praga de locustos, zunindo em todas as direções. Incansáveis, poucas vezes desmontavam, alimentando-se na sela mesmo, sob a qual guardavam porções de carne guisada com alho e cebola, daí o bife "à tartar". Foram as crescentes dificuldades de assediar os castelos na Idade Média, que levaram ao uso inovador da pólvora. Para muitos, entretanto, a introdução da pólvora era coisa do demônio. Além disso, ela afetava a ética cavalheiresca. Considerou-se ignóbil estraçalhar-se alguém à distância. Vários nobres deixaram de lado os canhões porque os viam como instrumentos de covardia. Um homem, diziam os cavaleiros, tem direito a morrer de perto, se possível vendo os olhos de quem o tres- passa. No entanto, a pólvora e o chumbo, por sua vez, agiram a longo prazo, mais em favor da igualdade do que todos os discursos dos revolucionários, pronunciados até hoje. No final da Idade Média, como descreveu Cervantes, com o declínio da cavalaria ferida de morte, a guerra passou a ser assunto das poderosas monarquias nacionais que surgiram por toda a parte, enquanto Dom Quixote, o último dos bravos, galopava enlouquecido nas terras de La Mancha. Napoleão, por sua vez, ao contrário de Dom Quixote, enfrentou batalhas reais, comandando os exércitos das multidões postos em ação pela Revolução Francesa. Não se tratava mais de comandar 50 ou 60 mil homens, mas verdadeiros oceanos de cidadãos armados – como os 600 mil homens, de várias nacionalidades, que invadiram a Rússia em 1812. Conjugou o entusiasmo e a racionalidade com espantoso sucesso. Durante quinze anos, Napoleão foi o senhor da Europa, lançando as bases do que hoje vemos organizar-se como União Européia. O filósofo Hegel, que o viu desfilar em 1806, disse ter presenciado “o destino a cavalo”. Ninguém como ele lutou em tantos territórios e climas tão distintos. Apesar de todos os esforços dos diplomatas do século XIX em estabelecer um sistema de equilíbrio entre as potências européias, em julho e agosto de 1914, deu-se então a mais violenta colisão jamais imaginada na história da humanidade: a Primeira Guerra Mundial. Promoveu o maior emprego da tecnologia bélica até então vista, mas, em conseqüência direta disso, forçou seus soldados a viverem praticamente enterrados durante os qua- tro anos em que durou. Jogados nos fundos das trincheiras, assustados pelo ribombar da artilharia, os guerreiros voltaram a ser trogloditas lutando por sua sobrevivência. A articulação da metralhadora com o canhão foi a principal responsável pelo número espantoso das baixas havidas na Primeira Grande Guerra: 8 milhões e 500 mil mortos, mais de 21 milhões de feridos e mutilados. Só a Batalha de Verdun, entre alemães e franceses, provocou 700 mil baixas. Também foi a guerra onde se introduziram as armas químicas. O gás de mostarda, testado contra um regimento colonial argelino, era uma fumaça densa que desgraçava a pele, os olhos e os pulmões. Tudo o que se apresentou na Primeira Guerra Mundial em matéria de tecnologia bélica, pareceu embrionário, tosco e primário se comparado ao que foi empregado na Segunda Guerra Mundial. No final do conflito, Hitler dinamizou a fabricação de artefatos autopropulsores, as bombas V-1 e V-2, precursoras dos mísseis de hoje, lançadas do litoral francês contra Londres -- mas já era tarde. Depois da rendição dos alemães, as duas bombas atômicas atiradas sobre o Japão em agosto de 1945, que mataram mais de 180 mil civis instantaneamente, dariam à arte da guerra, nos 50 anos seguintes -- nova e aterrorizante dimensão: a de que a energia nuclear é uma arma de guerra que faz vítimas mesmo quando não é usada – na forma de irradiação ou de chantagem bélica. Entretanto há também cenários de guerra bem delimitados como os confrontos entre civis de etnias diferentes. Vinte países da África vivem hoje sob esse tipo de conflito. Da Bósnia e Herzegovina ao Camboja e Ruanda, novos e antigos Estados se digladiam em ruas de terra e vilarejos. Crianças e mulheres tornam-se vítimas preferenciais. Nos conflitos étnicos da Bósnia e da Croácia, o estupro em massa é a arma mais cruel do arsenal bélico – nada a ver com as demonstrações de honra em combate dos primórdios da guerra. Será que um dia o ho- mem vai viver em paz? ::::::::::

No Tempo de Jesus Revista dos Curiosos Quando Jesus nasceu, por volta de IV a.C. as antigas terras de Israel eram dominadas pelo Império Romano e divididas em várias sub-regiões. Esse controle, porém, respeitava uma certa autonomia das leis judaicas. Roma nomeava um procurador, que manipulava a eleição do Sumo sacerdote judeu para cuidar da região. Na verdade, os judeus mais poderosos eram aliados dos romanos, enquanto os mais pobres eram explorados, tendo que pagar impostos aos governantes sobre tudo aquilo que produziam. A família de Jesus era uma dessas. Jesus levava uma vida simples, sustentando-se da agricultura e aprendendo o ofício de José. Além de seguir a profissão do pai e ajudar nos trabalhos domésticos, foi educado em casa mesmo -- os meninos eram ensinados aos 6 anos, e as meninas, em geral, não recebiam educação formal, como todas as crianças judias. À medida que crescia, Jesus passava a questionar a hipocrisia dos líderes religiosos, que também controlavam a economia da região. Com isso, começou a pregar, nas redondezas, a necessidade de os pobres buscarem uma mudança de vida. Era um militante que viajava para pregar sua mensagem. O idioma falado em Israel na época de Jesus era o aramaico, uma espécie de hebraico popular, do cotidiano. Além do aramaico, Ele talvez soubesse falar grego, que era a língua do comércio e da literatura. Hoje, o aramaico é falado em aldeias da Palestina, da Síria e entre os curdos na Turquia. Nas cidades da região, havia suntuosos imóveis construídos ao estilo romano. Tinham vários andares, como se fossem prédios, nos quais cada família vivia em seu apartamento. Mas esse tipo de imóvel não era o da maioria. Como todos os camponeses judeus, Jesus morava em uma casa rudimentar: um grande bloco de forma cúbica pintado de cal, só com uma porta, cujos batentes eram ornamentados por gravações com os mandamentos de Deus. Essa, aliás, era a única entrada de luz. Lá dentro havia um só cômodo, dividido em dois ambientes: um lado ficava para o gado, o outro para a família, que o usava ao mesmo tempo como cozinha, sala de jantar e quarto para dormir. Num canto, havia uma despensa para conservar o vinho. Existiam ainda algumas casas mais primitivas, revestidas de paredes calcárias. O piso era de terra batida. A arca era o móvel principal, usado para guardar as roupas e as provisões. Os mais pobres comiam sobre ela ou sobre um tubo de medição de grãos, emborcado. O hábito nômade de sentar-se no chão para comer e prosear era mantido em muitas famílias -- para isso esticavam tapetes de pele animal. No entanto, já se conheciam cadeiras, tamboretes e poltronas feitas de suportes de madeira entrelaçados por palha ou tecido. Para dormir, havia esteiras de palha superpostas, que eram estendidas à noitinha sobre o chão. No inverno, as pessoas se enrolavam em seu próprio manto ou, se tivessem, numa coberta. A cabeça era apoiada sobre um pedaço de pau ou uma pedra. Alguns faziam travesseiros com pele de cabra. Quando acordavam, as pessoas enrolavam tudo isso e colocavam em um canto da casa. Os utensílios básicos constituíam-se de potes e panelas de barro. Existiam também recipientes de pedra para armazenar todo tipo de comida. Se fizesse muito frio, acendia-se uma fogueira com carvão de madeira. As casas judias precisavam de muita luz. Por isso, as pessoas faziam luminárias pequenas com lâmpadas alimentadas por azeite de oliva rançoso, o que dava o cheiro característico da casa. Para mantê-la iluminada, as lâmpadas queimavam dia e noite. Entre as bebidas, consumia-se leite de cabra, coalhada, vinho e suco de uvas frescas. Os judeus não viviam muito dentro de casa por causa do calor. Exceto no inverno. Certas casas possuíam varandas que se estendiam sobre a rua. O telhado era um lugar muito usado. Na verdade, era um terraço plano com mureta, como se fosse uma laje, um pouquinho inclinado. Para chegar a ele havia escada externa. Lá em cima ficavam guardadas as ferramentas de trabalho, estendiam-se as roupas, refrescava-se durante as noites abafadas e, no verão, podia-se até dormir. Alguns chegavam a erguer tendas, onde rezavam e meditavam. Este cômodo externo aparece, inclusive, em dois Evangelhos e Atos 1-13. Foi num deles que Jesus, na quinta-feira santa celebrou a última ceia com os apóstolos. A água era um recurso natural raro e não chegava diretamente às casas, a não ser as mais suntuosas, já que a maior parte do ano o clima é seco. As pessoas tinham que apanhá-la nas fontes, nos poços, no rio Jordão ou nos pequenos rios da região. Para carregar, usavam jarros de barro ou cerâmica e cantis de pele de cabrito. Às vezes, armazenava-se em cisternas a água das chuvas que escorria pelos telhados. Mas, dessa forma, ela se contaminava. Longas viagens e peregrinações eram comuns na Terra Santa. Para deslocarem-se de um lugar ao outro, as pessoas não dispunham de recursos. Por isso, muitos viajavam a pé mesmo. Outros montavam em burros e cavalos. Entre os veículos, as charretes já eram comuns. Os romanos construíram um sistema eficiente de estradas para conectar as províncias a Roma. Algumas delas, inclusive, existem ainda hoje. Em Israel, elas cruzavam o território de norte a sul e de leste a oeste. Entre as principais rotas destacavam-se a estrada de Jerusalém a Jericó -- onde aconteceu a história do bom samaritano -- e a de Jerusalém a Damasco, onde Paulo foi convertido. :::::::::: Duas Mulheres: Duas Vidas Paulo Nogueira Chiang Ching e Eva Perón poderiam ser personagens de "Vidas Paralelas", o grande clássico no qual o escritor grego Plutarco (46-120) cotejou personalidades históricas de perfil parecido, como Júlio César e Alexandre Magno. Chiang Ching e Evita Perón eram ambas atrizes. Ambas pobres de nascimento. Ambas atraentes e ambiciosas. Cada qual conquistou o homem mais poderoso e mais influente de seu país: o chinês Mao Tsé-tung e o argentino Juan Perón. As duas excederam amplamente o papel habitual de primeiras-damas. Elas utilizaram a influência sobre o marido como arma de poder político. Fizeram, tal como cortesãs, da cama seu principal instrumento de ascensão. As duas são figuras de extremo relevo e fascínio na história recente de seus países. Chiang Ching sobreviveu a Mao, mas seu sonho de substituí-lo no comando chinês, terminou em pesadelo. Tão logo Mao morreu, em 1976, sua sorte mudou, e para pior. Em vez do palácio, a prisão, onde passou os últimos 15 anos de vida no ofício de fazer bonecas para exportação. Ao longo de seus dias, Chiang Ching acumulou inimigos, dos quais apenas a presença de Mao a protegia. Morto ele, seus sucessores acertaram velhas contas com a viúva. Ela foi uma das peças centrais num dos episódios mais sangrentos dos tempos modernos, a chamada Revolução Cultural chinesa. Milhões de chineses foram assassinados pelo regime de Mao em nome da preservação do comunismo. Comunistas devotados à causa e ao maoísmo, mas alvos da desconfiança paranóica e mortal de Mao e de sua mulher, não escaparam. Chiang Ching fez o que pôde para manter o prestígio perante Mao, com quem foi casada por 38 anos. Quando ela já não mais o atraía sexualmente, conta-se que arrumava resignadamente amantes para o velho marido lascivo. Pouca gente, além de seu punhado de seguidores, chorou a queda de Chiang Ching. E nisso ela se distingue extraordinariamente de Eva Perón. Porque os argentinos choraram, e ainda choram, por Eva, a Santa Evita dos Descamisados, como eram chamados os pobres argentinos que a veneravam como uma mistura de mãe e deusa. Evita morreu jovem, de câncer, aos 33 anos, em 1952. O pungente e duradouro lamento argentino encontrou uma doce expressão musical na canção "Don't Cry For Me Argentina", da ópera-rock inspirada em Evita. Loira, bonita, vivaz, Evita trouxe um charme exuberante ao governo de seu marido, Juan Perón, um caudilho populista. Perón daria, ele também, um personagem de "Vidas Paralelas" ao lado do brasileiro Getúlio Vargas: mesma época, mesmo apelo, mesma inclinação fascista. Tudo aconteceu muito rápido para Evita: o nascimento humilde, o esplendor palaciano, a adoração dos descamisados, a doença e a morte. O único item na vida de Evita que parece desafiar a passagem do tempo é o incansável pranto do povo argentino. :::::::::: Os Intocáveis Revista National Geographic Nascer hindu na Índia é entrar para o sistema de castas, uma das mais antigas formas de estratificação ainda em vigor. Arraigado na cultura indiana há 1,5 mil anos, o sistema segue um preceito básico: todos são criados desiguais. A hierarquização da sociedade hindu originou-se de uma lenda na qual os quatro principais grupos, ou varnas, emergem de um ser primordial. Da boca, vem os brâmanes -- sacerdotes e mestres. Dos braços, os xátrias -- governantes e soldados. Das coxas, os vaixás -- mercadores e negociantes -- e, dos pés, os sudras -- trabalhadores braçais. Cada varna, por sua vez, abrange centenas de castas e subcastas hereditárias, cada qual com hierarquia própria. Um quinto grupo consiste nas pessoas que são achuta, ou intocáveis. Não vieram do ser primordial. Eles são os ex- cluídos -- pessoas demasiado impuras para classificar-se como seres dignos. O preconceito define sua vida, particularmente nas áreas rurais, onde vivem quase três quartos da população indiana. Os intocáveis são evitados, insultados, proibidos de freqüentar templos e casas de castas superiores, obrigados a comer e beber em utensílios separados em lugares públicos e, em casos extremos mas não incomuns, são estuprados, queimados, linchados e baleados. O antigo sistema de crença que criou os intocáveis prepondera sobre a lei moderna. Embora a Constituição da Índia proíba a discriminação de castas e especificamente tenha abolido a condição de intocável, o hinduísmo, religião de 80 por cento da população da Índia, governa a vida diária com suas hierarquias e seus rígidos códigos sociais. Um pai ou uma mãe intocável geram filhos intocáveis, marcados como impuros desde o momento em que começam a respirar. Mas eles não têm aparência diferente da dos outros indianos. Sua pele é da mesma cor. Não andam esfarrapados, não são cobertos de feridas. Andam pelas mesmas ruas e freqüentam as mesmas escolas. Mas, apesar desses sinais exteriores de normalidade, os intocáveis nem precisam usar uma tatuagem escarlate na testa para anunciar sua condição. "Casta não se consegue esconder", garante Sukhadeo Thorat, docente da Universidade Jawaharlal Nehru, em Nova Délhi, um dos poucos intocáveis na Índia com PHD em economia. "Dá para tentar disfarçá-la, mas muitos são os modos de trair-se. Um hindu não se sente confiante para estabelecer um relacionamento social sem conhecer as origens da outra pessoa. Antes de dois meses, a casta se revelará". Nome de família, endereço na aldeia, linguagem do corpo -- tudo fornece pistas. O mais revelador, porém, é a ocupação. Os intocáveis executam o "trabalho sujo" da sociedade -- atividade que requer contato físico com sangue e excrementos humanos. Os intocáveis cremam os mortos, limpam latrinas, cortam cordões umbilicais, removem animais mortos da rua, curtem couro, varrem sarjeta. Esses trabalhos e a condição de intocável são transmitidos aos descendentes. Mesmo os numerosos intocáveis que exercem serviços "limpos", principalmente trabalhos agrícolas mal remunerados em terras de grandes proprietários, são considerados impuros. Em uma sociedade livre só na aparência, os intocáveis estão atrelados à base de um sistema incapaz de funcionar sem discriminação. Muita gente argumentaria que as formas mais brutais de discriminação já desapareceram, resultado de movimentos reformistas esporádicos. É verdade que, pelo menos na esfera pública, os intocáveis fizeram progresso desde o tempo em que eram espancados se sua sombra tocasse alguém de casta superior, usavam sinos para alertar de sua aproximação e levavam baldes para que não contaminassem o chão ao cuspir. Eles não podiam entrar em escolas nem sentar-se em nenhum banco perto de alguém com casta superior. O próprio Mahatma Gandhi liderou uma das primeiras e mais audaciosas campanhas para eliminar a condição de intocável, no "ashram", ou comunidade. A mudança fundamental, quando, e se vier, será traumática. Acontecerá de aldeia em aldeia onde os primeiros passos serão atos de desafio. Como o passo dado por Babulal Bairwa, dono de terra na aldeia de Chakwara, no Rajastão. Certa manhã, Bairwa decidiu banhar-se na lagoa da vila, não freqüentada por intocáveis. À noite uma turba cercou sua casa e ameaçou matá-lo. Ele deu queixa à polícia e a um grupo de defesa dos direitos humanos. Agora Bairwa nunca anda sozinho. Ele tem esperança de que seu apelo à Justiça acabe levando à abertura da lagoa para todas as castas. Mas, enquanto isso, vive do único modo que lhe é possível. "Sou limpo. Não fumo, não bebo nem como carne. Trabalho muito. Faço tudo direito. Por que então sou intocável?" Porque nasceu intocável. Há 160 milhões de indianos que cumprem essa sentença vi- talícia. :::::::::: As três Peneiras Um rapaz procurou Sócrates, dizendo-lhe que lhe precisava contar algo muito importante sobre uma determinada pessoa... Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou ao rapaz: -- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras? -- Três peneiras? Que três peneiras? indagou, surpreso, o rapaz. -- A primeira peneira é a da Verdade. O que você quer me contar é um fato? Caso você só tenha ouvido falar, a coisa deve morrer por aí mesmo. Mas..., mesmo supondo que o que você vai me contar seja uma verdade..., ainda assim, o seu conto deverá passar pela segunda peneira, a da Bondade. Trata-se de uma coisa boa? Ajudará a construir, ou a destruir, o caminho, ou a fama de alguém, ou da própria pessoa de quem você me quer falar? Agora..., mesmo que o que você quer me contar seja uma verdade e uma coisa boa, ela deverá passar, ainda, por uma terceira peneira: pela peneira da Necessidade... Diante disto tudo, você acha que ainda convém me contar? Pense: o que você me falará, apesar de verdadeira, de boa e de necessária, ela resolverá alguma coisa? Ajudará a comunidade? Melhorará o planeta? Ao final, arremata Sócrates: -- Se o seu caso passar por essas três peneiras, conte-me! Pois, tanto eu, quanto você, o seu irmão e a pessoa de quem você me quer falar se beneficiarão... "Caso contrário", aduz Sócrates, -- Esqueça o assunto e enterre tudo. Será, desta forma, uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos. E mais: Pense muito, antes de tecer qualquer comentário sobre lá o que seja, e nunca se esqueça de que devemos ser, sempre, a estação terminal de qualquer comentário infeliz. :::::::::: Paz, não Armistício Luiz Antonio Millecco Escritor Cego Jamais se ouviu, como agora, tão intenso clamor pela paz. Paradoxalmente, como incêndio, ele irrompe de todos os lados e em todas as direções, mormente depois da guerra do Iraque. A sede de paz, no entanto, acompanha o homem praticamente desde que o mundo é mundo. Por que, então, não se chegou a este ideal até hoje? A nosso juízo, desde as origens do ser humano vivemos sob o signo das guerras com alguns intervalos entre um conflito e outro. Talvez, o mais longo desses intervalos tenha precedido o nascimento do Cristo, sob o reinado de César Augusto. Percebemos, então, que o mundo jamais conheceu a paz. Viveu sim, e ainda vive, alguns armistícios. Essa palavra significa “suspensão provisória das armas”. Os armistícios sempre foram tensos e precários. Por exemplo: após a Primeira Guerra Mundial, o tratado de Versailles pisoteou e esmagou a nação vencida, a Alemanha. Resultado: sofrimento e revolta a desembocarem no nazismo de Adolph Hitler e na Segunda Guerra Mundial. Atualmente, a “vitória” norte-americana sobre o Iraque, ao invés de promover a paz, tende a incendiar o Oriente Médio e não se sabe até onde nos conduzirá esse incêndio. Não muda a sociedade, se não muda o homem; não muda o homem, se não muda a socie- dade. Se queremos paz, é necessário que abramos duas frentes simultâneas de luta contra a guerra: uma dentro, outra fora de nós. A primeira frente de luta consiste em mergulharmos nas profundezas de nosso ser, em conhecermos a nós mesmos. Nessas regiões abissais e ao mesmo tempo luminosas, toparemos com duas surpresas, com duas realidades opostas: Primeira, nosso próprio lado sombrio. Bin Laden, Saddam ou Bush, são projeções de nossa agressividade e de nosso autoritarismo. O traficante, que nos ameaça em pleno dia, personifica nossa própria ambição. Em outras palavras: a diferença entre nós e essas personalidades é quantitativa, não qualitativa. Não somos tão desequilibrados quanto eles, mas, dentro de nós, estão igualmente alguns germens do desequilíbrio e da loucura. Segunda, a outra e gloriosa realidade a descobrirmos dentro de nós é o que Gustav Jung chama “imago Dei” ou “self” ou seja, a imagem de Deus dentro de nós. As religiões já a tinham proclamado. A psicologia, a partir de Jung, começa a descobri-la. Para que não nos percamos no labirinto de nós mesmos, a noção da presença de Deus em nossa alma, funciona como o “fio de Ariadne”: ela nos ajuda a perceber que nossas potencialidades são ilimitadas e nossa mudança interior é sempre possível. A segunda frente de luta, ou seja, a externa, consiste em protestarmos, veementemente, contra toda atividade belicista, venha de onde vier. Aqui não valem quaisquer atitudes violentas, porque isso significaria tentarmos apagar o fogo. Nossa atividade deve consistir no apoio ou na promoção de todas as ações coletivas contra a guerra: denúncia de seus verdadeiros objetivos, atos públicos, passeatas e, para os que crêem, oração, profunda oração. Pode parecer que nada disso tenha valor em razão da posição empedernida dos poderosos e belicistas. Que isso não nos desanime, porque todos esses empreendimentos acabarão por levar-nos à vitória, se acreditarmos ne- les e em nós mesmos! :::::::::: Jóias da Humanidade Taj Mahal Revista Próxima Viagem e Pesquisa da RBC O Taj Mahal, o mais famoso monumento da Índia, é, na verdade, uma tumba construída pelo imperador mongol Shah Jahan para abrigar os restos mortais da princesa Mumtaz Mahal, que significa “Eleita do Palácio”, sua segunda e mais querida esposa, que morreu ao dar à luz o seu #,ÿo filho. Às margens do Rio Yamuna, na cidade de Agra, antiga capital mongol, o prédio é um poema feito de mármore, jade, rubi e corais. Construído a partir de 1631 por mais de 20 mil operários ao longo de 22 anos, o monumento fica sobre uma plataforma de mármore em forma de octógono, que o protege da cheia do rio. Em frente do prédio, um espelho-d'água reflete os contornos do grande domo branco e da mesquita que guarda o mausoléu. Quatro minaretes de 40 metros de altura enfeitam o templo, considerado uma das maiores provas de amor de todos os tempos. Para embelezar o Taj Mahal, foram trazidos materiais de várias partes do mundo. Da china vieram o vidro e o jade; do Egito, o translúcido calcedônio; a turquesa veio do Tibet; os corais, da Arábia; e o âmbar veio da Síria. Dizem que o imperador ficou tão satisfeito com a obra-prima que mandou decepar a mão do mestre-de-obras, para que ele jamais pudesse construir uma réplica. Em 1658 um de seus filhos, Aurangzeb, deu um golpe de estado e prendeu seu pai no forte de Agra, onde veio a falecer em 1666. Diz a lenda que, Shah Jahan, já muito doente, não conseguindo chegar até à janela, via o reflexo do Taj Mahal através de espelhos posicionados em vários ângulos de sua cela. O Taj Mahal fica perto da capital indiana, Nova Delhi e, há quase 350 anos, vem sobrevivendo a guerras e terremotos. Ultimamente, a poluição de 1.500 fábricas e uma refinaria de petróleo estão acabando com o monumento. Ele está amarelado, o mármore branco está manchado e se descamando. Os seus entalhes estão sendo danificados pelos turistas, que sempre procuram uma lembrancinha do lugar para levar. Há dez anos, o advogado M. C. Mehta está lutando junto à Suprema Corte para fechar ou mudar para outro local as fundições de ferro, fábricas de vidro e autopeças e a refinaria de petróleo que cercam o túmulo. Atualmente, está tentando conseguir um abaixo-assinado para obter um milhão de assinaturas do mundo todo, a fim de fechar tais indústrias. Por influência de Mehta, a Suprema Corte mandou o Ministério do Meio Ambiente plantar 36 mil árvores, formando um cinturão verde em volta do mausoléu, na tentativa de proteger um pouco o Taj Mahal de uma tonelada de dióxido sulfúrico nocivo que a refinaria joga no ar a cada hora. :::::::::: Histórias Interessantes Amizade à Prova de Abalos -- Quando Albert Einstein vivia na Alemanha, um de seus bons amigos era o sismólogo Beno Gutenberg. Por causa do nazismo, os dois foram morar nos EUA, mas pas- saram longo tempo sem se ver: Einstein estava em Princeton, no leste, enquanto Gutenberg se instalara em Pasadena, no oeste. Ali, o Cal Tech dispunha de um grande laboratório para o estudo de terremotos. Um dia finalmente, aconteceu o muito aguardado reencontro. Os dois amigos saíram a passeio pelos jardins do Cal Tech. Absortos na conversa, não perceberam que as pessoas estavam todas muito agitadas. Quando chegaram ao clube dos professores, foram recebidos à porta por um colega não menos excitado. Voltando-se para Gutenberg, festejou: "Até que enfim você pôde saber como é um terremoto de verdade." Einstein e o amigo arregalaram os olhos: "Terremoto? Houve um terre- moto?" *** Atos e Gestos -- Numa noite chuvosa estava uma senhora negra, americana, ao lado de uma estrada, no estado do Alabama, enfrentando um tremendo temporal. O carro dela tinha enguiçado, e ela precisava, desesperadamente, de uma carona. Completamente molhada, ela começou a acenar para os carros que passavam. Um jovem branco, parecendo que não tinha conhecimento dos acontecimentos e conflitos dos anos 60, parou para ajudá-la. O rapaz a colocou em um lugar protegido, procurou ajuda mecânica e chamou um táxi para ela. Ela parecia estar realmente com muita pressa, mas conseguiu anotar o endereço dele e agradecer. Sete dias se passaram quando bateram à porta da casa do rapaz. Para a surpresa dele, uma enorme TV colorida, com o console e tudo, estava sendo entregue em sua casa, com um bilhete junto, que dizia: "Muito obrigada por me ajudar na estrada naquela noite. A chuva não só tinha encharcado minhas roupas como também meu espírito. Aí, você apareceu. Por sua causa eu consegui chegar ao leito de morte do meu marido antes que ele falecesse. Sinceramente, Mrs. Nat King Cole." Nat King Cole, cantor e pianista de jazz norte-americano, foi considerado um músico excepcional e sua voz encantou multidões mundo a fora. Nat King Cole deixou canções inesquecíveis, que emba- laram e embalam muita gente. *** Histórias e lendas -- A história do café é cercada de mistérios, romances e lendas. Ela começa no ano de 850, na Etiópia, quando um pastor de cabras chamado Kaldi, ao observar que seu rebanho ficou inquieto depois de comer uns frutos pequenos, informou o ocorrido aos monges de um mosteiro próximo ao local onde se encontrava. Os monges provaram, eles mesmos, os frutos e também sentiram certa agitação. Passaram então a utilizar a planta nas noites de vigília e orações, divulgando o seu uso para outros mosteiros. No século XVI o café já era bastante conhecido no Oriente. A bebida, como conhecemos, surgiu na Pérsia, hoje Irã, quando os grãos foram torrados pela primeira vez. A Itália foi o primeiro país do Ocidente a conhecer o café, isso em 1665, quando chegaram ao país algumas mudas provenientes da Turquia. Por ser uma bebida de origem muçulmana, a Igreja proibiu o seu uso aos cristãos, até que o Papa Clemente VIII, após experimentar a infusão, liberou seu uso para os católicos. Após receber a bênção papal, o café se expandiu pelo mundo. Na Europa, surgiram muitas casas especializadas que ficaram famosas, como o Café De Foy, o La Régence e o Lembrin, em Paris, onde Robespierre, Danton e seu grupo se reuniam antes da Revolução Francesa. Outros freqüentadores famosos dos cafés parisienses foram Voltaire, Rousseau e Diderot, entre outros. Mas, nenhum deles era tão amante da rubiácia quanto o compositor alemão Johann Sebastian Bach que, em 1732 compôs "A Cantata do Café", Kaffekantate, em sua homenagem. A chegada do café ao Brasil aconteceu em 1727, trazido de Caiena, capital da Guiana Francesa, pelo Sargento-Mor do Maranhão e Grão Pará, Francisco de Mello Palheta. Diz a lenda que Palheta e a esposa do governador daquela colônia se apaixonaram e ela, quando ele se despedia para voltar ao Brasil, colocou em seu bolso algumas sementes de café para servir de lembrança; e também que ele plantou as sementes no Pará para recordar a amada ao ver as mudas. Entretanto, existe uma versão afirmando que Palheta, na verdade, participou de uma missão secreta oficial destinada a trazer mudas de café, cujo valor comer- cial já era conhecido. *** Madrugada Genial -- O matemático francês Évariste Galois teve uma vida curta e trágica. Seu pai suicidou-se quando ele era muito jovem. Teve dificuldades para entrar na universidade. Mandou três vezes suas teorias à Academia de Ciências, sem sucesso. Tímido, pálido e com idéias republicanas, em uma França monarquista, foi perseguido pela polícia política e preso. Meteu-se em encrencas por causa de uma mulher e foi desafiado para um duelo. Não sabia segurar uma pistola. Tomou um tiro na barriga. Conduzido ao hospital, morreu de peritonite no dia 31 de maio de 1832. Tinha 20 anos. Na madrugada antes do duelo, escreveu uma carta, seu testamento intelectual. À margem, anotou várias vezes que não tinha tempo para resolver problemas menores, que seriam solucionados mais tarde. A carta, um documento genial de poucas páginas, continha nada menos que as bases da teoria dos conjuntos, uma das partes fundamentais da matemá- tica moderna. :::::::::: Artes Ópera de Viena Revista Superinteressante Maior templo cultural da cidade, a Ópera de Viena já apresentou obras dos principais mestres da música e da dança de todos os tempos. Construída entre 1861 e 1869, ela foi parcialmente destruída durante os bombardeios da Segunda Guerra Mundial, necessitando de quatrocentos milhões de xelins austríacos para ser totalmente reconstruída. Mas as atrações não estão apenas no palco. O seu interior é ricamente decorado com mármore e ouro, além de tapetes e obras de arte. Visitá-la é um espetáculo que poucos esquecem. No *foyer*, nos intervalos, a sociedade vienense se reúne para tomar uma *flûte* do melhor champa- nha. ::::::::::

Brasil Brasil Místico Revista Bom Astral As montanhas são sagradas: abrem caminho para o divino, inspiram à meditação. Por isso, a Chapada Diamantina, uma região montanhosa de 152 mil hectares, situada no sertão da Bahia, transformou-se num conhecido centro místico. Lá são encontradas plantas consideradas fósseis vivos, que existem desde o começo da vida humana. Há também marcas de civilizações muito antigas deixadas em pinturas rupestres, inscrições feitas nas paredes de grutas e cavernas. Além disso, escondido no meio da Chapada Diamantina, o Vale do Capão é uma atração esotérica à parte. Entre cachoeiras e cavernas, está reunida a maior concentração de comunidades alternativas. Outro passeio místico é o da Cachoeira da Fumaça, a maior queda d'água do Brasil, 340 metros. E uma experiência inesquecível é desfrutar do silêncio, da escuridão e do mergulho dentro de si mesmo durante a travessia de algumas cavernas. As grutas da Lapa Doce têm 850 metros subterrâneos, e as da Torrinha, únicas no mundo, são grandes atrações. Já, visitar Xique Xique do Igatu, uma vila em ruínas, é se sentir na Machu Picchu brasileira. Chapada dos Veadeiros -- Por apresentar um subsolo recheado de cristais, abriga a maior jazida do País; a cidade de Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros, é considerada um ponto de concentração de energia. É bastante procurada por esotéricos em busca de um contato direto com a natureza. É comum ver casas com formato de pirâmides, e várias pousadas oferecem serviços ligados a terapias alternativas. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, com área de 65 mil hectares, apresenta cachoeiras, montanhas, *canions* e corredeiras que formam piscinas naturais. Não deixe de conhecer o Jardim de Maytrea, divindade budista, que, segundo a população local, tem grande força energética de cura; e o Morro da Baleia, com sua vista deslumbrante, que é um centro de meditação. São Thomé das Letras – A cidade mineira de São Thomé das Letras é outro local que exala misticismo por todos os lados; um cenário de grande concentração de energia. A Pirâmide é o local onde as pessoas se reúnem para contemplar a paisagem. Visitantes afirmam que o local, que serve como um mirante de onde se tem uma ampla vista, atrai forças mágicas e é um portal para outras dimensões, além das aparições de OVNI~s, "Objetos Voadores não Identificados". Há também a Gruta do Carimbado, perto da Ladeira do Amendoim. Moradores acreditam que, se alguém entrar nela e seguir caminhando, chegará a Machu Picchu, no Peru. *** Onde Foram Parar as Riquezas de Minas Revista Superinteressante Pois é! Entre os meados do século XVII e o fim do século XVIII – o auge da mineração no Brasil Colonial – foram extraídas da capitania de Minas Gerais 128 toneladas de ouro, que hoje equivaleriam a 2,8 bilhões de reais. Além disso, foram garimpadas ali, cerca de 2,8 toneladas de diamantes – que renderiam, nos valores atuais, 1,1 trilhão de reais. Conforme a pureza das pedras, essa quantia poderia ser até dez vezes maior! Moral da história: daria para pagar toda a dívida externa brasileira, avaliada em 511 bilhões de reais, e ainda sobraria mais da metade da grana! Como a pirataria e o contrabando eram intensos, esses valores devem ter sido muito maiores; o verdadeiro destino dessa bolada descomunal é um mistério, porque não há documentos históricos sobre o assunto. Boa parte certamente foi usada para sustentar o luxo da corte portuguesa, incluindo o pagamento de dívidas para com as maiores potências da época: Inglaterra e Holanda. Outro tanto foi para a construção e a decoração de igrejas. A riqueza mineral de Minas, também contribuiu para a reconstrução de Lisboa, após o terrível terremoto de 1755. Só uma pequena parcela ficou na colônia, aplicada na compra de escravos, na agropecuária e nas nossas igrejas. :::::::::: Ecologia O Concreto que Come Fumaça Revista Incrível Uma firma japonesa desenvolveu um novo tipo de material para pavimentação, capaz de livrar o ar dos óxidos de nitrogênio, que estão entre os principais poluentes contidos na fumaça de escape de veículos. Trata-se da poderosa *Mitsubishi Materials Corp.*, que assegurou que o novo material, em teste de laboratório, conseguiu absorver 80 por cento das emissões de nitrogênio. Os blocos de concreto mágico são recobertos por uma camada de óxido de titânio, que sofre uma reação catalítica em contato com raios solares, permitindo, dessa forma, a eliminação do nitrogênio. Atualmente já estão instalados 50 metros quadrados do material, na ci- dade de Osaka. :::::::::: Lugares do Mundo Uma Cidade -- dois Mundos Martha Medeiros Ainda que a capital da Turquia seja Ankara, é de Istambul que todos falam e para onde todos querem ir, atraídos por sua singularidade: uma metrópole cortada pelo Estreito de Bósforo, ficando uma de suas metades na Ásia e a outra, na Europa. Essas duas metades, no entanto, se confundem. Nas ruas, garotas de vestido decotado caminham ao lado de mulheres enfurnadas em burcas, mesmo a uma temperatura de 37 graus. O verão é muito quente e úmido. No inverno, neva. O clima é apenas um de seus extremos. A suntuosidade dos palácios, das mesquitas e basílicas contrasta com a sujeira das ruas e a humildade do povo: não se vêem sultões andando de BMW pelas avenidas. Depois de ter sido a cidade mais rica do mundo cristão, quando ainda se chamava Constantinopla, hoje o luxo de Istambul está confinado em locais como o Topkapi, antiga residência imperial formada por diversos pavilhões e pátios internos. Lá estão, abertos à visitação, os tesouros do Império Otomano: jarros incrustados com pedras preciosas, adagas de ouro e esmeraldas que humilhariam os anéis de Elizabeth Taylor, e o harém onde o sultão guardava outras jóias: suas roliças e fogosas concubinas. Grande parte do Topkapi é hoje um parque público, com jardins bem cuidados, situado na área conhecida como Região do Palácio do Sultão. Poucos quarteirões adiante fica Sultanahmet. De frente uma para a outra e separadas apenas por uma pequena praça, a Mesquita Azul e a Basílica de Santa Sofia competem em majestade. A primeira, com seus seis minaretes esguios apontados para o céu, é internamente recoberta de azulejos e de silêncio: entra-se sem os sapatos, mas não sem respeito. De maio a setembro, assim que começa a escurecer, turcos e turistas se reúnem na pracinha defronte para assistir ao espetáculo de som e luzes projetadas sobre a mesquita. Deixando um pouco de lado as obras monumentais, há vida prosaica em Istambul. No bairro de Beyoglu, do outro lado do mítico e plácido braço de mar chamado "Golden Horn", "Chifre de Ouro", está a Torre de Gálata; recomenda-se uma subida para apreciar a vista de 360 graus da cidade, e a larga avenida Istiklal Caddesi, um calçadão onde você descobre que nem só de tapete vive o comércio do país. No final da avenida Caddesi chega-se à praça de Taksim, o coração cosmopolita de Istambul. Um perímetro mais comum a nós, cem por cento ocidentais, se é que se pode chamar de comum, um lugar em cujos *outdoors* e placas, boa parte das palavras começa com cedilha. Ainda nos arredores da Istiklal Caddesi, pipocam atrações. Em uma de suas travessas situa-se o lendário hotel Pera Palas, que hospedava os passageiros mais ilustres do trem Orient Express, e ficou ainda mais conhecido depois que se tornou uma espécie de segundo lar da escritora inglesa Agatha Christie, a rainha dos romances de mistério. Mas nada como se hospedar numa antiga mansão otomana, restaurada para não fugir do espírito da cidade. Na pequena e tranqüila rua de pedra Sogukçesme Sokagi, junto à praça Sultanahmet, há uma série dessas casas que se transformaram nos chamados hotéis de licença especial. Istambul é uma cidade toda atapetada. Tem tapetes nas calçadas, nos bares, em cima de mesas e cadeiras, saindo pelas janelas. É tapete pra tudo quanto é lado -- e o efeito visual é bonito à beça. Ao bater em retirada carregando seus oito tapetes, suas cinco capas de almofada, seus dois conjuntos de chá, seus sete castiçais e seus 11 pratinhos de porcelana, não esmoreça e dirija-se ao Bazar Egípcio, ou das Especiarias, não muito longe dali, para acrescentar à sua bagagem, vários chás e temperos. É uma cidade que já vem com trilha sonora: há sempre um som exótico ou misterioso saindo de algum lugar. Seja dos minaretes, cujos alto-falantes convocam a população às orações do dia, seja uma música de rua, há sempre o que ouvir. E, se você ficar apenas três ou quatro dias, vai ser pouco. Istambul é grande, como já foi dito. São dois continen- tes numa cidade só. :::::::::: Ciência e Saúde Doença da gengiva afeta Coração -- Cerca de 70 por cento das pessoas, sofrem de doenças da gengiva que, se não forem tratadas, provocam desde a queda gradual de todos os dentes até problemas cardiovasculares e pulmonares ou partos prematuros. Um simples auto-exame pode identificar os primeiros sintomas, que são: mau hálito, sangramento e gengivas avermelhadas ou inchadas. Quando a doença é detectada no seu estágio inicial, o tratamento é simples, rápido e eficaz. Para prevenir problemas nas gengivas, recomenda-se que sejam feitas visitas periódicas ao dentista, escovação correta dos dentes, pelo menos três vezes ao dia e uso de fio dental, diariamente, especialmente à noi- te, antes de dormir. *** Tecnologia -- Tarefa para Robô -- Os cientistas têm a seu dispor mais um recurso tecnológico: um robô com três câmeras -- uma comum, uma de infravermelho e uma microcâmera -- montadas num braço mecânico que permite retirar fósseis de lugares difíceis sem danificá-los. É dessa maneira que os pesquisadores pretendem recuperar, do fundo de uma gruta, em Altamura, na Itália, um esqueleto quase inteiro que, segundo as estimativas, pode ter entre 100 mil e 400 mil anos de idade. E todo cuidado é pouco, pois ele está encravado em meio a rochas calcárias. Saber onde terminam os ossos e começa o calcário é a tarefa do robô. Além de um fóssil do *homo erectus* e outro do homem de Neanderthal, não existe nenhum outro esqueleto de homem primitivo inteiro. Por isso, os estudiosos não vêem a hora de usar o novo robô para desvendar os segredos do esqueleto na gruta e, quem sabe, lançar novas luzes nas teorias sobre a evolução humana. *** Astronomia -- Nasa Confirma água em Marte -- Astrônomos da Nasa confirmaram ter encontrado indícios convincentes de que há água na superfície de Marte, tornando mais provável que alguma forma de vida possa existir ou tenha existido no planeta. Imagens obtidas pela nave Mars Global Surveyor, mostrando canais e desmoronamentos que só poderiam ser formados por grandes quantidades de água, vazaram e foram parar na Internet. Formações relativamente novas em Marte, vistas em imagens de alta resolução, sugerem a presença de fontes de água em estado líquido em baixas profundidades, quase na superfície. *** Arqueologia -- Assinatura de Cleópatra -- Um papiro que ficou quase um século esquecido, tornou-se foco das atenções da comunidade científica, depois de um estudo mais aprofundado, realizado por arqueólogos alemães. Encontrado em 1904, na região de Abusir El Masek, ao sul do Cairo, no Egito, o papiro contém determinações administrativas. Até aí, nada de anormal. A grande novidade é que o documento é assinado por ninguém menos que Cleópatra, uma das mais famosas figuras da história antiga. É a primeira vez que se identifica a rubrica da rainha egípcia. O papiro, que está no Museu Egípcio de Berlim, é datado do ano 33 a.C. e concede benefícios e privilégios econômicos a um cidadão romano chamado Publius Canidius. Ele estaria sendo recompensado por se recusar a obedecer às ordens do general romano Marco Antonio. Apenas a própria soberana tinha poder para tal ato, o que comprova a veracidade da descoberta. Cleópatra, que viria a ter um romance com Marco Antonio, suicidou-se três anos depois de escrever o "cumpra-se" no papiro. De Olho nos Inimigos -- A fortaleza mais antiga de que se tem conhecimento foi descoberta em Israel, no ano de 1993, durante escavações para ampliar uma auto-estrada ligando Hadera a Afula. Datada de cerca de 4000 a. C., a muralha erguia-se a 1,20 m do solo e tinha como objetivo proteger os habitantes das povoações situadas ao longo de uma estrada estratégica. O trecho descoberto mede cerca de 21 metros e contém uma torre de observação. *** Paleontologia -- Primos Distantes -- A 32 quilômetros de Johannesburgo, África do Sul, há um sítio arqueológico chamado Drimolen, mas conhecido como "Berço da Humanidade". O apelido deve-se à descoberta de fósseis de oitenta diferentes espécies de hominídeos, desde 1992. Nenhum deles se compara, contudo, ao que foi anunciado por paleontólogos da Universidade de Witwatersrand. Numa caverna de Drimolen foi achado o crânio completo de um *Paranthropus robustus*, com idade estimada entre 1,5 milhão a 2 milhões de anos. Não se trata apenas do fóssil em melhor estado já visto da espécie, como também é o primeiro de uma fêmea. Como ao lado estava a mandíbula inferior de um macho, as ossadas receberam os nomes de Eurídice e Orfeu, em homenagem aos amantes da Grécia antiga. Os Paranthropus robustus eram vegetarianos e, supõe-se, já usavam ossos de animais como ferramentas. Não se trata de ancestrais diretos do homem moderno, mas de uma linha de hominídeos extinta há 1 milhão de anos. Os cientistas suspeitam que o desaparecimento da espécie tenha sido causado pela dominação de: primos mais próximos dos homens atuais. Eurídice e Orfeu formam agora uma das mais preciosas pistas sobre o processo evolutivo da humanidade. *** Pesquisa -- Aranha -- Um cientista da Universidade de Wyoming EUA, conseguiu copiar o gene das aranhas que determina a produção da substância que forma a teia, o material mais elástico conhecido. Produziu também uma pequena quantidade da substância, usando engenharia genética. A descoberta poderá facilitar a criação de um tipo de fibra especial para cirurgias. *** Auto-Ajuda -- Recomeçar -- Não importa onde você parou... Em que momento da vida você cansou... O que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar". Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo... E renovar as esperanças na vida é o mais importante... Acreditar em você de novo. Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado... Chorou muito? Foi limpeza da alma... Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia... Sentiu-se só por diversas vezes? É porque você fechou a porta até para os anjos... Acreditou que tudo estava perdido? Era O início da sua melhora. Pois é... Agora é hora de reiniciar... De pensar na luz... De encontrar prazer nas coisas simples, de novo. Está se sentindo sozinho?! Tem tanta gente que você afastou com o seu "Período de isolamento"... Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu, para "chegar" perto de você. Que tal um corte de cabelo arrojado... Diferente? Um novo curso... Ou aquele velho desejo de aprender a falar inglês... Dominar o computador... Ou qualquer outra coisa... Olhe quanto desafio... Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus lhe esperando. Quando nos trancamos na tristeza... Nem nós mesmos nos suportamos... Ficamos horríveis... O mau humor vai comendo nosso fígado... Até a boca fica amarga. Recomeçar; hoje é um bom dia para começar novos desafios. Aonde você quer chegar? Ir alto... Sonhe alto... Queira o melhor do melhor... Queira coisas boas para a vida... Pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos... Se pensarmos pequeno... Coisas pequenas teremos... Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor... O melhor vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental... Jogue fora tudo que o prende ao passado... Ao mundinho de coisas tristes... Fotos, peças de roupa, papel de bala... Ingressos de teatro, bilhetes de viagens... E toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados... Jogue tudo fora... Mas principalmente... Esvazie seu coração, fique pronto para a vida... Para um novo amor... Lembre-se, somos apaixonáveis... Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes... Afinal de con- tas... Nós somos o "Amor"... *** Infância e Adolescência -- Desaconselhado celular para Jovens -- Segundo pesquisa britânica, crianças que usam telefone celular, correm risco de sofrer de falta de memória, desordens do sono e dores de cabeça. Gerard Hyland e sua equipe do departamento de Física da Universidade de Warwick, fizeram crescer o medo dos aparelhos de telefone celular. Eles acreditam que antes dos 18 anos de idade, as pessoas são mais vulneráveis devido à fragilidade de seus sistemas imunológicos. *** Mulher Você já ouviu falar em Johana Doberheiner? É provável que não. Johana viveu praticamente ignorada pela imprensa. Não participou do *Big Brother*, não casou com jogador de futebol, nem brilhou nas passarelas. Johana foi uma cientista. Pesquisou uma bactéria que fixa o nitrogênio ao solo. Seu trabalho permitiu expandir a cultura da soja ao cerrado, aumentando enormemente o potencial agrícola do país. Exportamos cerca de 6 bilhões de dólares anuais de soja e pesquisas como a de Johana e de outros cientistas, notadamente da EMBRAPA, aumentaram, e muito, a eficiência e qualidade da agroindústria, responsável, hoje, por 25 por cento do PIB e por 40 por cento da mão-de-obra brasileira. Johana já morreu e merecia pelo menos uma estátua, mas só ganhou esquecimento. Querem um exemplo? Vão ao *Google*, a ferramenta de consulta mais popular da Internet e digitem "Johana Doberheiner". Na tela do micro aparecerá uma única referência a ela. Associem com "inteligência" ou "inteligente" e verão que não há registro na Internet. Experimentem teclar "Fernandinho Beira-Mar". Surgirão 10 mil e 200 referências a esse bandido, 1.120 das quais associadas à "inteligência" e 521 à expressão "inteligente". É óbvio que há algo de errado e me pergunto sempre se o jornalismo, se nós, os jornalistas, não estamos na raiz desse problema. Muitos leitores já me perguntaram sobre a nossa predileção por bandido, por crime e sobre nossa ignorância em torno de , e pessoas importantes. Sempre respondo que a imprensa vive do excepcional, mas reconheço que é um pobre argumento. Certo; o bandido que atende pelo diminutivo carinhoso e familiar -- por que tratá-lo assim e não pelo nome? -- É fora do comum, mas Johana não seria muito mais excepcional? Ela expandiu a fronteira agrícola, gerou divisas, renda, e matou a fome de milhões. O feito mais excepcional da vida do traficante foi comandar, pelo celular, o esquartejamento de um rival no amor. Se é que a palavra *amor* cabe nesse contexto. *** Zoologia -- Metendo os Pés pelas Mãos -- A fama de mau começou com os antigos gregos, no século III a.C., que espalharam o mito de um polvo gigante capaz de virar barcos e esmagar homens com seus tentáculos. Puro boato. Em geral, o polvo gosta é de paz. Não briga nem por uma bela fêmea. Na hora de procriar, se existe uma única parceira receptiva na área, os machos fazem um acordo de cavalheiros. Ou melhor, fazem fila. O maior, na frente. A cerca de um metro deste, o segundo fica à espera. O menor de todos se coloca a uns três metros de distância. Eventualmente, surge um quarto candidato, mas logo desiste. Percebe, por instinto, que até chegar a sua vez, terão se passado quatro dias e a fêmea já não estará tão disposta ao sexo. Caseiro, o molusco escolhe uma brecha nos recifes para morar e não costuma trocar de endereço sem um bom motivo. Geralmente, só sai de um lugar porque cresceu e não cabe mais ali. Confusão mesmo, só arruma quando outro polvo quer viver no mesmo canto. Então, o maior pode engolir o menor. Não é, contudo, um comportamento muito comum. Mais do que atacar, essa espécie é especializada em se defender. A astúcia faz com que os polvos não percam tempo diante de um inimigo. Apesar de serem surdos, como todos os membros da família cefalópode, eles enxergam com impressionante nitidez. Seus olhos possuem 50 mil receptores de luz por milímetro quadrado, o que lhes dá uma visão melhor do que a humana, porque eles vêem até no escuro. Os adversários também são reconhecidos pelo olfato. *** Alimentos -- Casca de ovo Fortalece os Ossos -- Caminhar sob o sol da manhã e praticar hidroginástica são alguns dos exercícios para proteger contra a osteoporose. Outra dica é consumir uma colher de chá de casca de ovo cru ao dia, bem triturada, misturada às refeições, ao leite ou a qualquer outro líquido, para melhorar a reposição de cálcio no organismo e aumentar a densidade da massa óssea. Dieta contra Câncer – Mulheres que abusam de alimentos industrializados, carne vermelha, doces e alimentos gordurosos, têm maior risco de câncer de cólon. Estudos sugerem que a dieta rica em frutas, vegetais, frango e peixe, ajudam a diminuir o risco desse tipo de câncer. A maçã e a Respiração – comer três maçãs por semana ajuda a evitar a falta de ar em pacientes com doenças pulmonares. Rúcula também tem Ômega 3 – Esta hortaliça é extremamente saudável também por ser rica neste ácido graxo. Não só os peixes de água fria são ricos em ômega 3. A rúcula é riquíssima neste ácido graxo, capaz de diminuir os triglicerídeos das artérias. *** Remédios Caseiros -- Tintura para a Cólica -- A tintura de batata-de-purga pode ser uma ajuda para as mulheres que sofrem as cólicas e irregularidades menstruais. Use cem gramas da raiz triturada da planta em um litro de álcool de cereal a 80 graus Celsius. Deixe em maceração durante dez dias. Depois filtre a mistura e tome uma colher de café diluída em meio copo de água, uma vez ao dia. Guarde em vidro escuro longe do sol. Erva contra os Vermes -- A erva cordão-de-frade ajuda a combater os vermes, como a solitária. Podem-se utilizar os frutos, as folhas e as flores da planta. Ferva um copo de água e despeje sobre duas colheres de sopa de flores da Planta. Deixe em infusão durante cinco minutos, em recipiente tampado. Depois, coe a mistura e beba duas xícaras ao dia. Mururé para Reumatismo -- A planta mururé é usada para combater os problemas reumáticos, as dores musculares. É também indicada para o tratamento da úlcera. Para fazer o chá, use uma colher de sopa da casca fatiada. Junte dois copos de água. Deixe ferver durante 15 minutos num recipiente fechado. Coe e beba duas xícaras de chá por dia até os sintomas desaparecerem. Faz bem ao intestino -- A segurelha pode ser usada para combater os distúrbios intestinais e acabar com os gases. É ainda um ótimo estimulante. A receita é simples: use duas colheres de sopa das folhas fatiadas para dois copos de água fervida. Deixe em infusão por 15 minutos em recipiente fechado. Coe e beba três xícaras por dia. É também um ótimo fortificante. :::::::::: Variedades Dicas Manchas na Pele -- Algumas manchas escuras, não as de nascença, que aparecem na pele podem ser clareadas ou desaparecer, passando diariamente e suavemente no local a pomada Minâncora. Sardas -- O excesso de sol provoca o aparecimento de sardas, principalmente nas pessoas de pele clara. Por isso elas não devem abusar do sol. Mas, para atenuá-las, procure passar leite cru todos os dias. Aplique também uma mistura de suco de agrião com mel, em partes iguais. Suor nas axilas e Pés: cortar meio limão, deixar envelhecer, ficando meio embolorado; esfregar nas axilas, deixando secar por 20 minutos. Usar antes do banho, e só repetir a operação quando achar necessário. Poderá também usar o limão fresco, embora seja menos eficaz que o outro. Usar pela manhã, após o banho, e à noite, leite-de-colônia nas axilas, deixar secar sem lavar. Aplique então polvilho anti-séptico, que tira completamente o desagradável cheiro de suor. Usar diariamente, ou quando necessário. Este também é ótimo para ser usado nos pés, diariamente, pois além de neutralizar seu odor, também evita frieiras, quando passado entre os dedos dos pés. Se tiver o odor muito pronunciado nos pés, use desinfetante puro ou então mergulhe os pés numa bacia contendo água bem quente misturada a uma boa quantidade de desinfetante, mantendo os pés na água por um bom tempo. Uma boa, também, é passar no local leite de magnésia, deixar secar bem. Sabonetes -- Não jogue fora as sobras de sabonete. Em um vidro refratário de boca larga, desses que se usam para compota, deposite todos os pedaços de sabonete, colocando água até a metade do recipiente; acrescente umas gotinhas de amônia. Quando atingir a quantidade que você achar suficiente, coloque o vidro em banho-maria, mexendo de vez em quando com uma colher de pau, até que esteja todo dissolvido em pasta. Junte então, aos poucos, 2 colheres de sopa de glicerina, misturando muito bem. Despeje em vasilha ou tabuleiro retangular, não muito grande, para que fique um pouco alto; depois de frio, corte as barrinhas de sabão para usá-las no seu próximo banho. Se preferir colori-lo, é só misturar anilina enquanto estiver ainda bem quente. Cabelos brancos ou Amarelados -- Para tirar o amarelado dos cabelos brancos: depois de lavados, enxágüe-os com um pouco de água e 1 colher de sopa de bicarbonato. Derrame nos cabelos e deixe secar. Mas, se preferir seus cabelos brancos, com tonalidade azul, é só enxaguar com água de anil bem diluído, e deixar secar. Tingir -- Se você não gosta de ficar com os cabelos brancos, mas tem alergia a tinturas de cabelo, pode ficar mais alegrinha, porque seus cabelos podem até ficar alourados; e é muito simples: depois dos cabelos lavados, enxágüe-os com um chá bem forte feito com folhas de nogueira, que são encontradas em casas de ervas. Caspa -- Nada melhor para eliminar as caspas do que o limão puro. Depois dos cabelos lavados e limpos, esprema neles o sumo de 2 limões grandes, esfregando bem por todo o couro cabeludo, e deixe ficar por uns 15 minutos. Então, é só enxaguar com água pura. Chicletes nos Cabelos -- Para retirar chicletes que ficaram grudados nos cabelos de sua filha, faça o seguinte: primeiro umedeça a parte atingida com óleo mineral, pode ser óleo de bebê, e espere alguns minutos. Depois, com calma, vá soltando o chiclete, que ele sairá todinho, sem choros nem gritos. Piolho -- Quando a cabeça de seu filho estiver infestada de piolhos, nada de passar querosene ou inseticidas, que podem intoxicar ou envenenar seu filho. Experimente fazer o seguinte: ferva 1 litro de vinagre com um punhadinho de sal; quando o vinagre estiver morno, passe na cabeça dele e lave. Repita isso, umas 2 vezes ao dia, por uns 2 a 3 dias. *** Escolha sua árvore da Felicidade Se você precisa de: Paz de espírito -- ametista ou sodalita Proteção espiritual -- gra- nada ou jaspe vermelho Mais inspiração -- ônix Maior capacidade intui- tiva -- água-marinha Maior poder de comuni- cação -- quartzo azul Clareza espiritual -- topázio Sorte para tudo -- âmbar ou pirita Sucesso profissional -- ci- trino Sucesso financeiro -- olho- -de-tigre Energia na vida amorosa -- quartzo rosa Saúde física e mental -- hematita Onde comprar: lojas de pre- sentes, esotéricas e feiras artesanais. *** Simpatia Para emagrecer: Quarta-feira, pela manhã, coloque meio copo d'água e dentro dele o número de grãos de arroz correspondentes aos quilos que você deseja perder. Não coloque grãos a mais que você deseja, pois os quilos perdidos não serão recuperados. À noite, beba a água, deixando os grãos, e complete novamente com meio copo d'água. Quinta-feira: pela manhã, em jejum, beba só a água deixando os grãos e completando novamente com meio copo d'água. Sexta-feira: Pela manhã, em jejum, beba a água e, desta vez, com os grãos de arroz junto. Importante: Não faça regime, pois a simpatia é in- falível. *** Humor Dúvidas Jurídicas, Legislativas e Executivas Quem é canhoto pode prestar vestibular para direito? Levar a secretária eletrônica para a cama é assédio sexual? Dizer que gato preto dá azar é preconceito racial? Com a nova Lei Ambiental, afogar o ganso passou a ser crime? Pessoas de má fé são aquelas que não acreditam em Deus? Seria patrocínio o assassinato de um patrão? Cabe relaxamento de prisão nos casos de prisão de ventre? Provocar o Judiciário é xingar o juiz? Será que a Câmara dos Deputados possui *flash* automático? Para que ocorra um tiro a queima roupa, é preciso que a vítima esteja vestida? Analogia é a ciência que estuda a vida das Anas? Leis concretas são aquelas elaboradas por pedreiros? Bens móveis são os fabricados em marcenarias? Direito penal é aquele que trata das relações entre aves? Signatários são os caras que inventaram o horóscopo? Para que ocorra uma prisão de ventre, é necessário haver flagrante? *** Pensamentos "Um preconceito é opinião que deixou de ser submetida à razão." François Marie Arouet, Voltaire ê1694- -1778ã, filósofo e historiador francês. "Não se encontra a solidão, nós a fazemos." Marguerite Duras (1914-1996), escritora francesa. "O mais perigoso dos doces que se pode comer é o bolo de casamento." Ditado americano. "Tudo crer é de um ingênuo. Tudo negar é de um tolo." Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), escritor francês. "É a habilidade, a força, que governa o navio." Thomas-Foller (1654-1734), médico e escritor inglês. "O ódio espuma. A preguiça se derrama. A gula engorda. A avareza acumula. A luxúria se oferece. O orgulho brilha. Só a inveja se esconde." Zuenir Ventura, escritor e jornalista mineiro. "Quem chega atrasado só encontra ossos." Ditado latino. "Nós construímos a realidade que nos constrói." Edgard Morin ê75 anosã, filósofo francês. "As máquinas, um dia, talvez venham a pensar. Mas nunca terão sonhos." Theodor Heuss (1884-1963), político alemão, foi presidente da Alemanha Federal. "Pode ser difícil superar o vento, o frio e a falta de oxigênio, mas é muito mais difícil superar-se." Waldemar Niclevicz ê32 anosã, alpinista paranaense. "Olha duas vezes se procuras a verdade. Olha uma só vez se procuras a beleza." Henri Frédéric Amiel (1821-1881), escritor suíço. "O demônio tenta todos os homens, exceto os preguiçosos; estes, tentam o demônio." Ditado turco. "Em Minas a gente não briga, mas também não faz as pazes." Tancredo Neves (1910-1985), político mineiro eleito indiretamente presidente do Brasil em 1985. "É melhor saber para onde ir, sem saber como, do que saber como e não saber para onde ir." Gillo Pontecorvo ê79 anosã, cineasta italiano. "A poesia tira o homem da realidade, mas o devolve mais enriquecido." Ernst Fischer (1899-1972), crítico austríaco. "Preza este momento precioso. É o único fruto da vida." Omar Khayam (1050-1123), poeta e matemático persa. "Liberdade é tudo aquilo que o indivíduo tem o direito de fazer e a sociedade não tem o direito de proibir." Benjamin Constant, político brasileiro ê1837--1891ã. "Desligue a TV, ligue a vida." *Slogan* da organização americana, EUA. "Quanto mais cedo é feito, melhor o favor." Ditado egípcio. "Muitas palavras nunca indicam muita sabedoria." Tales de Mileto. Filósofo grego pré-socrático. *** História das Frases Santo do Pau Oco -- Foi provavelmente no Brasil Colonial do século XVIII, auge da mineração no país. Acredita-se que as imagens de santos esculpidas em madeira oca eram recheadas de ouro e pedras preciosas, para passar pelos postos de fiscalização da Coroa Portuguesa. Assim evitava-se o pagamento de impostos altíssimos. Como não foi encontrado nenhum registro preciso de um caso como esse, as estatuetas com aberturas nas costas, típicas dessa época, são a única pista de que a prática tenha realmente existido -- Além, é claro, da tradição oral. A expressão -- ainda hoje é muito usada para se referir a pessoas hipócritas ou mentiro- sas. *** Etimologia -- Magnífica: do latim magnificat, engrandece. Segundo os relatos do evangelista Lucas, século I, após receber a visita do anjo Gabriel, encarregado de fazer o anúncio de sua gravidez por obra do Espírito Santo, a jovem Maria foi visitar Isabel, sua prima, também grávida, que morava na aldeia de Ain-Karim, atualmente São João da Montanha, a cerca de 7 quilômetros de Jerusalém. Ao se encontrarem, as duas começaram a cantar. Isabel entoou pela primeira vez os versos que depois se tornariam célebres na oração Ave Maria: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre". E Maria cantou o Magnificat, uma das canções mais bonitas da liturgia cristã, assim chamada por causa da abertura: "Magnificat anima mea Dominum". A minha alma engrandece o Senhor. *** Que Intriga... Intriga Crocodilo guarda reserva de alimento na cauda – Nos seres humanos o alimento ingerido em excesso é armazenado em forma de gordura para ser absorvido caso a pessoa deixe de comer por um longo período de tempo. No restante da natureza ocorre processo muito semelhante. O curioso no caso do crocodilo é que o alimento a mais vai direto para a sua cauda – um lugar estranho para armazenar alimento! Ali, ele guarda comida o suficiente para que fique sem refeição por até dois anos. Está Chovendo Rã! -- Sim, você leu direito: existe mesmo chuva de rãs. O fenômeno deixou muita gente impressionada na Antigüidade, quando chegou a ser considerado uma maldição divina. Hoje, porém, já se sabe que ele ocorre graças à força dos furacões. Estas violentas massas de ar em movimento sugam tudo o que vêem pela frente, inclusive a água de lagoas e pântanos com seus moradores habituais -- rãs, sapos e outros animais. Quando perdem a força, elas começam a "devolver" os anfíbios à terra firme, dando a impressão que vieram diretamente das nuvens. *** Receitas Sanduíche Natural -- Ingredientes: 4 fatias de pão integral; 100 gramas de ricota; 1 copo de iogurte desnatado; 2 colheres de sopa de folhas de salsão picadas; 1 colher de cafezinho de sal; 8 colheres de sopa de cenoura crua ralada; 8 colheres de sopa de beterraba crua ralada. Modo de fazer: Amasse a ricota com iogurte. Adicione as folhas de salsão e sal, passando nas fatias de pão. Distribua harmoniosamente a cenoura e a beterraba sobre os pães e sirva com alface pi- cada. Purê de Cenoura -- Raspe a casca de meio quilo de cenouras, lave-as e cozinhe-as na água, juntamente com uma colher de café rasa de açúcar, sal e pimenta-do-reino a gosto, até que fiquem bem macias. Coloque-as no liquidificador com 1 xícara da água em que foram cozidas; 2 tabletes de caldo de galinha e 1 xícara de leite. Bata até obter um purê e adicione margarina ou manteiga a gosto. Aqueça bem, sem deixar ferver e sirva. Rendimento: 4 a 6 porções. Pudim de Ricota -- Ingredientes: 180 gramas de ricota peneirada; 1 quarto de xícara de açúcar; 3 ovos levemente batidos; 1 quarto de xícara de suco de laranja; raspas de laranja e limão; 1 colher de chá de essência de baunilha; 1 pitada de noz-moscada e canela. Modo de fazer: Preaqueça o forno em temperatura moderada. Unte com um pouquinho de óleo, uma forma de pudim de 2 litros, refratária. Numa tigela, misture todos os ingredientes e despeje na forma. Asse em banho-maria por, aproximadamente, 50 minutos. Pudim de Pão -- Numa vasilha, coloque 3 pães dormidos embebidos em leite. Amasse bem estes pães e esprema-os até formar uma massa homogênea. Junte 1 ovo; 1 colher de sopa de manteiga; o caldo de uma laranja; 100 gramas de passas sem caroço; 1 xícara de chá de açúcar; 100 gramas de ameixa sem caroço. Modo de fazer: Bata tudo no liquidificador sem as passas nem as ameixas. Coloque em forma ou tabuleiro untado com manteiga, adicionando as passas e as ameixas. Leve ao forno por mais ou menos 35 a 40 minutos. Depois de pronto, adicione Karo como substituto da cal- da. Bom apetite! *** Utilidade Pública Fique atento para as mudanças do Código Civil! -- Com o Braille Notícias você vai conhecer os principais pontos de mudança: Sobrenome: o homem poderá acrescentar ao seu nome o sobrenome da mulher. Mulher: acaba a possibilidade de anulação do casamento se o marido descobrir que sua mulher não é mais virgem. Emancipação: a maioridade civil passa de 21 para 18 anos. Com isso, acaba a necessidade de autorização para casamento, abertura de empresas e compras a crédito, com assinatura de promissórias. Mas a maioridade legal permanece aos 18 anos. A emancipação, no entanto, passa para os 16 anos e ela poderá ser concedida tanto pelo pai quan- to pela mãe. :::::::::: Informativo IBC A Diretora-Geral, Sra. Érica Deslandes Magno Oliveira, objetiva uma política de portas abertas visando mostrar aos olhos da sociedade o verdadeiro IBC; indubitavelmente, uma das principais metas é oferecer à Instituição a imagem de uma estrutura moderna, ágil e correta, para avançar cada vez mais nas relações com todo o público, estabelecendo-se uma transparência que assegurará positivo intercâmbio de idéias. Dessa forma, o IBC será tão ou mais forte quanto for o grau de conhecimento, cooperação, compreensão e respeito entre todos, pois a comunicação interna refletirá a disposição do Instituto, de lidar com seus colaboradores, de informá-los sobre o que faz e pretende. Com certeza a gestão da diretora-geral buscará recolher expectativas, sugestões, críticas e angústias que possam auxiliar o Instituto Benjamin Constant a processar as reformulações necessárias para um crescimento con- tínuo. *** Curso IBC 2004 -- #,o Semestre: Técnicas de leitura e escri- ta no sistema braille. Atividades da vida diária. Orientação e Mobilidade. #;o Semestre: Arte em Educação para Defi- cientes visuais. Deficiência Múltipla. Atividades da Vida Diária. Educação Infantil. Estimulação Precoce. Baixa Visão. Alfabetização em Braille. Dificuldades de Aprendizagem Educação Física. *** Quem Lê Viaja -- Rodas de leitura animam o pátio -- As rodas de leitura despertam a atenção de quem circula nas imediações da Biblioteca Louis Braille, do Instituto Benjamin Constant-IBC. É o projeto Conto e Poesia no Pátio, idealizado pelo jornalista Rubeny Goulart e coordenado pela professora Ana Fátima Berquó, titular da Divisão de Atividades Culturais e de Lazer-DAL. Programa inovador, os encontros visam estimular a leitura coletiva. As reuniões acontecem sempre às sextas- -feiras a partir das 14 horas e têm duração de até 90 minutos. A motivação das pessoas é empolgante e conta com nove participantes. "É uma iniciativa superinteressante e o grupo está muito satisfeito com o resultado dos encontros", afirma a coordenadora do evento. O projeto consiste na leitura dos grandes clássicos da literatura brasileira. A interpretação é feita pelo próprio Rubeny que depois da atividade, promove um debate com os participantes. O objetivo da biblioteca é expandir o projeto e atender aos alunos das #=a e #"a séries do IBC. "A maior dificuldade no momento é encontrar um horário que não atrapalhe as atividades dos estudantes. Queremos que o projeto Conto e Poesia no Pátio avance sempre, pois é uma ótima idéia a ser trabalhada e desenvolvida", afirma a professora Ana Fátima Berquó. *** Românticos na Urca -- Mesmo quem não tinha namorado divertiu-se a valer no dia 12 de junho. Rodopiando pelo salão, os pares dançaram em clima de muita alegria e felicidade ao som de vários estilos musicais. O Baile dos Namorados, produzido pelo Grêmio Estudantil do Instituto Benjamin Constant-GEIBC, sob a presidência do estudante Leonardo Dias, reuniu alunos, professores e servidores. O início da festa foi às 19 horas no saguão principal do IBC e contou com a presença da Diretora-Geral, Érica Deslandes Magno Oliveira, e da Chefe de Gabinete, Maria da Glória de Souza Almeida. O lanche foi distribuído gratuitamente e o sorteio de prendas variadas causou grande expectativa entre todos. :::::::::: Noticiário Especializado Centro Cultural Luis Braille de Campinas O Centro cultural Luis Braille, em suas inúmeras atividades, vem se consolidando como formador educacional no ensino da escrita braille, preparo de material didático, reforço escolar, acompanhamento psicológico, locomoção, assistência social, educação física, arte e lazer. Nos esportes, nossa equipe de *Futsal* participou do Campeonato Brasileiro de *Futsal* para Cegos, em Belo Horizonte-MG e em Niterói-RJ. Em natação, tivemos participação vitoriosa nas competições em que atuamos. O esporte para nós é de vital importância, pois complementa a área educacional. O Boletim Braille, na sua edição, está se consolidando, e procuramos fazê-lo de forma interativa e instrutiva: com notícias de nossas atividades, bem como assuntos de interesse do público alvo. Um fato marcante foi o recebimento do Diploma de Mérito Herbert de Souza, Betinho, no dia 14 de dezembro de 2002, outorgado pela Câmara Municipal de Campinas, em reconhecimento pelos serviços prestados à comunidade de Campinas. Av. Antonio Carlos Salles Junior, 600 Bairro: Jardim Proença Campinas -- SP Cep: 13096-010 Tel.: (0xx19) 3252-6265 *** Nova Promessa de Visão para Cegos -- Cientistas americanos podem estar próximos de tornar realidade um sonho de longa data. Estão a trabalhar para conseguir um implante que devolva a visão a pessoas cegas. Os investigadores do Sandia National Labs, desenvolveram um *chip* que pode substituir a retina. Essa retina artificial foi desenvolvida para aqueles que perderam a visão devido à inflamação da retina, em que as células sensíveis à luz pararam de trabalhar, mas em que os nervos não foram danificados. Financiado pelo departamento de pesquisa biológica e ambiental dos Estados Unidos, o projeto consumiu 9 milhões de dólares, e é conduzido em parceria por universidades e o governo americano. "O objetivo é permitir que deficientes visuais voltem a ler e cuidar dos afazeres domésticos", disse Kurt Wessendorf, líder do projeto no Sandia National Labs. "Não conseguirão conduzir automóveis, pelo menos num futuro próximo. As imagens começarão a aparecer lentamente e amareladas, mas os cegos conseguirão ver." O sistema envolve múltiplos componentes colocados fora e dentro dos olhos. Uma câmera capta o vídeo, que é processado e transmitido para dentro dos olhos através de rádio. Aí, um *chip* recebe o sinal e extrai os dados que estimularão os nervos da retina. Muitos problemas e dúvidas permanecem, como, o melhor formato de onda para estimular os nervos, a melhor maneira de envolver o *chip* para que se consiga a sua melhor conservação e o olho saudável, e como transmitir as imagens coloridas. Resultado de uma pesquisa feita por John Hopkins e as Universidades da Carolina do Norte, da região sul da Califórnia e outros laboratórios norte-americanos, que estão a testar novos materiais, o projeto deve ser concluído em 2004, quando, conforme espera a equipe, será disponibilizado como tratamento da ce- gueira. *** Acesso Facilitado para Deficientes às Instituições Financeiras -- As pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, poderão ter garantia de acesso facilitado aos bancos e equipamentos de auto-atendimento. Essa é a determinação do Projeto de Lei 185 de 2003, do deputado Maurício Rabelo, PL, Tocantins, que obriga as instituições financeiras bancárias a implementar modificações físicas nas áreas destinadas ao atendimento do público. A proposta indica também a utilização de soluções técnicas nos equipamentos de auto-atendimento para os deficientes visuais. Essas modificações incluem obras e reformas necessárias para a eliminação de qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso aos guichês de caixa e aos terminais de auto-atendimento, a liberdade de movimento e a circulação com segurança. O projeto sugere ainda soluções técnicas nos equipamentos, com alterações necessárias nos *softwares* e *hardwares* para o uso de portadores de necessidades especiais ou de pessoas com difi- culdade de locomoção. *** Novo Dispositivo para Visualização de Imagem em Braille -- O NFB -- National Federation of the Blind, em conjunto com o NIST -- National Institute of Standards and Technology, anunciou que trabalharão juntos no desenvolvimento de uma tecnologia de leitor de tela de computador, permitindo que pessoas cegas ou com sérios problemas visuais possam visualizar imagens do mesmo modo que conseguem ler textos em braille. O meio pelo qual os usuários poderão visualizar as imagens, será através de pinos que subirão e descerão de acordo com o contorno de um desenho que estiver na tela do computador. O *Tactile Graphic Display*, como foi batizado, já está em fase de testes e futuramente será co- locado no mercado. *** O Senado Federal Apresenta suas Publicações Editadas em Braille: Constituição de 1988. Código de Defesa do Consu- midor. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei de Doação de Órgãos. Constituições Estaduais. Essas obras estão à disposição de Bibliotecas, escolas, associações e interessados cadastrados. Conheça e divulgue o mais novo sentido da cidadania. Informações: Senado Fe- deral -- tel.: 0800-612211 *** Infoglobo -- Empresa de comunicação, líder em seu segmento, está formando seu banco de dados de: Portadores de Deficiência ou Beneficiários da Previdência Social. Requisito básico: Ensino médio completo. Os interessados deverão encaminhar currículo com pretensão salarial para: Rua: Irineu Marinho, 70 #;o andar RH Bairro: Cidade Nova Rio de Janeiro -- RJ Cep: 20230-901 Sob o código "cadastro 2003" ou para o endereço eletrônico ~,cv.port.def@infoglobo.~ com.br~, mensionando em "assunto" o código "cadastro 2003". *** Associação Promotora do Ensino dos Cegos, Instituto Antônio Feliciano de Castilho, Instituição Pri- vada de Solidariedade Social. Fundada em 1888. Assunto: Aquisição de bengalas para cegos. Sendo a Associação Promotora do Ensino dos Cegos uma Instituição que pugna pela integração dos deficientes visuais, quer em nível social, quer em nível profissional, vimos, por este meio, divulgar a nossa Oficina de Bengalas, na qual só trabalham pessoas com deficiência visual, apelando à vossa solidariedade, pois desta forma todos juntos poderemos contribuir para que os deficientes visuais sejam mais autônomos, visto esta ajuda técnica ser imprescindível para locomoção e independência na via pública e nos seus deslocamentos cotidianos. Assim, vimos oferecer este produto, a preço convidativo, quinze euros por unidade, tendo em conta que somos a única empresa que desenvolve esta atividade em Portugal. Ao participarem deste projeto, estarão contribuindo para que as pessoas cegas possam ter à sua disposição uma bengala, indispensável para a sua vida diária. Gratos pela atenção dispensada, subscrevemo-nos com os nossos melhores cumprimentos. Pela Direção da APEC- -IAFC, a presidente Maria Antónia Oliveira Martins de Mesquita. "A conquista da vida fez-se pelo saber." A. F. de Castilho *** Faço manutenção de Perkins Brailler, Blita, Dinamar- quesa, etc... Configuro impressoras: Juliet, Pro 60, ET, Thomas, Classic, Express 100 e 150, Romeu 25 e 50, Marathon, Braille Blazer, Basic, Everest e Estereoti- pia. Maurício dos Santos Agostinho Travessa Pascoal, 277 Bairro Engenhoca -- Niterói RJ CEP: 24110-150 Tel.: (0xx21) 2720-0012 E-mail: ~,msagostinho@bol.com.br~, :::::::::: Troca de Idéias Marcos Aurélio Ribeiro Barcelos Travessa Custódio Gonçalves dos santos, 232 Bairro Centro Guarapari -- ES Cep: 29200-280 Gostaria de encontrar uma pessoa que morou em Guarapari, há 7 anos atrás, de nome Mariuza. Peço que entre em contato comigo. José Ricardo M. M. Lima QNP 15 -- Conjunto T -- casa, 39 Setor P. Norte Ceilândia -- DF Cep: 72240-100 Tenho 25 anos e gostaria de corresponder-me com moças que queiram ter um relacionamento sincero e verdadeiro. Heloana Haick Rua São Rocha, 1307 apt. 302 Edifício Vila Rica Bairro Centro Guarapuava -- PR Cep: 85010-270 Tenho 30 anos e gostaria de fazer amizade com pessoas de todas as idades. Faço faculdade de Letras em Guarapuava. João Carlos de Oliveira Rua Riscala Chacur, 473 Bairro Jardim Proença Várzea Paulista -- SP Cep: 13220-000 Tenho 24 anos e gostaria de corresponder-me com moças de 16 a 26 anos, para uma linda amizade, e quem sabe, um compromisso sério. Cleonildes Santos Nascimento Av. Zacki Narchi, 629 -- Bl. 22 -- apt. 33 Bairro Carandirú -- SP Cep: 02029-000 Tenho 56 anos, sou evangélica e gostaria de corresponder-me com senhores, de preferência evangélicos, de 47 a 65 anos, para manter uma ami- zade sincera. Rodrigo da Silva Santos Rua Urussanga, 344 Novo Horizonte Itumbiara -- GO Cep: 75532-250 Tenho 21 anos, estudo Biologia, tenho visão normal e gostaria de corresponder-me com deficientes visuais de todas as idades e países de língua portuguesa e espanhola. David Bahia da Costa Rua Professora Leolinda Bacelar, 353 Bairro: Kalilândia Caixa Postal: 21891 Feira de Santana -- BA Cep: 44100-000 Tenho 21 anos, gosto muito de música e de conversar sobre a Bíblia. Sou evangélico e desejo fazer novas amizades. Luzia Mascarenhas de Almeida Av. Maria Quitéria, 2090 Bairro: Kalilândia Feira de Santana -- BA Cep: 44025-250 Tenho 21 anos, sou evangélica, gosto muito de ler e ouvir música. Sou sincera e alegre. Desejo fazer novas amizades. Midian Rodrigues Moreira Rua Doutor João Mangabeira, 216 Bairro: Serraria Brasil Feira de Santana -- BA Cep: 4475-070 Tenho 21 anos, gosto muito de música, sou alegre e bem humorada. Sou evangélica e gostaria de fazer novas ami- zades. Roberto Pinto de Oliveira CIR -- Papuda -- DF Pátio 4 Cep: 71619-970 Gostaria de corresponder-me com pessoas deficientes visuais, evangélicas e que gostem de música. Sou compositor evangélico; quero uma amizade sólida e verdadeira. :::::::::: Ao Leitor Solicitamos aos leitores abaixo mencionados que nos enviem seus endereços completos, pois suas revistas voltaram. Ana Cristina Mendonça da Costa Angelin do Sul (sua RBC não coube na caixa do cor- reio) Anselmo Miguel Dias Associação de Pais e Amigos Pró-DV Camila P. P. Gonçalves Elaus Dietes Shiltuke Gracimeire da Silva Lima Helênio Willy dos Santos Ferreira Iara Silva Schimit Idelino Willy dos Santos Ferreira Irene Tomás Jorge de Paula Monteiro Júnior Luzia Teixeira Maria da Conceição Baião Maria das Graças Dias Maria Luiza Camargo Nelson Infante Olinda Barcelo Patrícia da Silva machado (sua RBC não coube na caixa do correio)

Shirley Regina Simões de Souza Vinícius Alencar de Carvalho Wagner Costa Soares Manoel Guerreiro da Silva ::::::::::