õeieieieieieieieieieieieieieio õ o õ Revista Brasileira o õ para Cegos o õ Ano LXI n.o 499 o õ Julho-Setembro de 2003 o õ o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ o õ Diretora-Geral do IBC o õ Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador da RBC o õ Prof. José o õ Espínola Veiga o õ Responsável pela RBC o õ Kate Q. Costa o õ o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca — Rio de Janeiro o õ RJ — Brasil o õ CEP: 22290-240 o õ tel: (0xx21) 2543-1119 o õ Ramal: 145 o õ o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o

Sumário Editorial ::::::::::::::: 1 Folha de Papel em Branco ::::::::::::: 2 Coragem por trás do Véu :::::::::::::::: 3 Sabedoria Zen ::::::::: 10 O Castelo de Kronborg ::::::::::::: 11 Chamas Milenares :::::: 16 Definições ::::::::::::: 18 Sem Perdão :::::::::::: 20 A Casa Indígena :::::: 26 Aos Pequeninos :::::::: 30 Histórias Interessantes :::::::: 32 Artes :::::::::::::::::: 37 Brasil ::::::::::::::::: 39 Ecologia ::::::::::::::: 46 Lugares do Mundo :::::: 48 Ciência e Saúde ::::::: 53 Variedades ::::::::::::: 69 Informativo IBC :::::: 86 Noticiário Especializado :::::::: 87 Troca de Idéias :::::: 100 Ao Leitor :::::::::::: 107 Esclarecimentos Em primeiro lugar, queremos agradecer aos nossos leitores a presteza de suas respostas ao questionário de avaliação da RBC. Recebemos inúmeras sugestões, as quais passamos a ex- plicar a razão do não atendimento de algumas. Quando o leitor nos pede que publiquemos "fofocas" sobre artistas da TV ou do rádio, não podemos atendê-lo porque, como todos sabem, nossas revistas não são mensais e, assim sendo, as "fofocas" já estariam ultrapassadas na época de sua publicação. Quanto a fatos esportivos, seguem na esteira das "fofocas", sem que os possamos publicar pelos motivos acima expostos. Tem razão o leitor quando diz que não nos referimos regularmente à informática. O motivo é que, sendo esta uma revista em braille, cujo objetivo primordial é justamente incentivar a leitura neste sistema, achamos que a informática se basta a si própria. Ainda sobre a divulgação de profissionais cegos que obtiveram sucesso em suas profissões, somos os primeiros a noticiar tais fato, só deixando de fazê-lo quando os mesmos não chegam ao nosso conhecimento. Portanto, queremos informar aos nossos leitores que estaremos sempre dispostos a aceitar a colaboração de todos, esperando contar com a sua compreensão e a certeza de que continuarão a nos prestar o necessário apoio, de maneira a levar aos companheiros cegos momentos de entretenimento e leitura em braille. ::::::::: Folha de Papel em Branco Khalil Gibran Disse uma folha de papel em branco: — Pura fui criada e pura permanecerei para sempre. Antes ser queimada e convertida em brancas cinzas, do que suportar que a negrura me toque ou o sujo chegue junto de mim. O tinteiro ouviu o que a folha de papel dizia, e riu-se em seu escuro coração. Mas não ousou aproximar-se dela. E os lápis multicoloridos ouviram-na também, e nunca se aproximaram dela. E a folha de papel, branca como a neve, permaneceu pura e casta. Para sempre, pura, casta... e vazia... :::::::::: Coragem por trás do Véu Revista Marie Clair "Às vezes, quando os homens me vêem com uma câmara na mão, eles me empurram ou me xingam", diz a jornalista Ameeda. Quando fotografa nas ruas de Cabul, esta mulher incomoda muita gente, sobretudo os homens, que se acostumaram a enxergar o sexo feminino apenas como um bando de seres cobertos por uma burca azul, sem voz nem iniciativa. Os tempos mudaram, desde a queda do regime Taliban, e as mu- lheres estão, pouco a pouco, recuperando seus direitos, mas Ameeda continua usando a burca. Assim como procurar a melhor luz ou o melhor ângulo, levantar o véu de algodão azul faz parte dos seus gestos antes de fazer uma foto. Com o véu levantado e dobrado para trás, ela enquadra e aperta o botão da câmera. Foto tirada, Ameeda se cobre novamente, e só se descobre outra vez quando entra no carro. Quando seu rosto está à mostra, vê-se que ela está maquiada e muito sorridente: "É preciso mais que esse tipo de pressão para me impedir de testemunhar sobre o que as mulheres sofreram durante os anos do regime Taliban." Ameeda faz parte das cerca de 60 jornalistas que retomaram seus trabalhos nos jornais, nas rádios e nas agências de notícias desde o anúncio da queda do Taliban. Elas trabalham muito, freneticamente, como se estivessem querendo compensar os anos em que se viram forçadas a ficar em silêncio. Mas esse silêncio não foi total. Durante esse período sombrio, muitas delas resistiram, escreveram reportagens que levavam para o Paquistão embaixo das burcas, produziram jornais caseiros, escritos a mão, montaram esco- las clandestinas para seus fi- lhos e filhas. Para as mulheres afegãs, isoladas durante décadas pela guerra e por um regime de opressão, cada publicação ou aparição na TV ainda é um pequeno milagre. Há apenas um ano, Cabul não tinha televisão, rádio, jornais, música, teatro, cinema... Hoje, na cidade em ruínas, 125 publicações acabam de surgir ou ressurgir, e pelo menos cinco delas são para mulheres. Mas muitas afegãs ainda vivem reclusas e não têm acesso a nenhum tipo de informação. Atingir essas mulheres é o maior desafio dessa imprensa que está renascendo. "Por enquanto, o que as afegãs têm em comum é um enorme sofrimento. Nossa idéia é que esse sofrimento se torne um elo, uma força", explica Jamila Moujahed, redatora-chefe de "Malalai", a primeira revista feminina afegã publicada desde o fim do taliban. Essa revista assumiu uma missão que pareceria simples num outro país, mas é muito complexa no Afeganistão: tornar as mulheres novamente visíveis. Em 13 de novembro de 2001, enquanto a milícia Taliban fugia de Cabul, dois jornalistas ex-colegas de Jamila foram procurá-la e a escoltaram até os estúdios da rádio recém-libertada. Queriam que ela anunciasse a libertação. Jamila é a jornalista mais conhecida da TV e do rádio no país, e tinha sido demitida pelo Taliban. "Eles não tinham certeza se eu aceitaria", lembra. "A situação em Cabul ainda estava muito tensa, mas nem passou pela minha cabeça recusar o convite. Fui com eles até a emissora na mesma hora." Naquele 13 de novembro de 2001, diante do microfone, ela retirou a burca e, emocionada, vestiu um véu rosa. "A primeira coisa que eu fiz foi incentivar as mulheres a voltar ao trabalho. Várias me telefonaram em prantos. É para elas que eu quis criar uma revista, para que as mulheres não sejam esquecidas na reconstrução do Afeganistão", diz. Malalai, a revista de Jamila, é uma homenagem ao nome de uma grande resistente afegã do século XIX. Embora o apoio material seja imprescindível, o fator decisivo para a existência e o sucesso de Malalai é a cora- gem e a energia de quatro mu- heres: Ameeda; Jamila, Parvana e Malalai, que tem o mesmo nome da revista e é a mais velha da equipe. Ameeda se juntou a Jamila no dia seguinte à libertação. Parvana, 27 anos, discreta, está sempre de *jeans* e descalça, com as unhas pintadas sob a burca. A todo instante, e às vezes sem se dar conta disso, essas quatro jornalistas reinventam o lugar das mulheres no Afeganistão de amanhã, enfrentando problemas de todo tipo: indo a pé a reuniões, quando os transportes coletivos não funcionam, ou então passando por cima da regra tácita segundo a qual uma mulher não fala com um homem que não conheça, olhando-o nos olhos. "As mulheres precisam reaprender a falar, a sair de casa", diz Ameeda. "O sol faz bem para a pele!" insistem as jornalistas de Malalai. As pioneiras da era pós-Taliban, como as novas mulheres que se sentaram na Loya Jirga, Assembléia Democrática, são destaques na revista, sím- bolos de uma sociedade que está renascendo. O maior meio de difusão de informações ainda é boca a boca, mesmo que não exista qualquer espaço pú- blico de encontro. Mas talvez isso mude logo: o recém-criado Ministério do Direito das Mulheres prometeu uma dezena de Casas da Mulher em Cabul. Enquanto não surgem esses pontos de encontro, é nos salões de beleza que acontecem as maiores reuniões de mulheres. É nesses lugares que as afegãs se sentem mais à vontade para criticar as imposições a que são submetidas e para discutir os direitos femininos, já que é um espaço fre- qüentado exclusivamente por mulheres. Assim, os salões são duplamente "subversivos": ali, as mulheres dizem o que pensam e, audácia das au- dácias, cuidam de sua beleza. :::::::::: Sabedoria Zen Revista Planeta Estrada Lamacenta — Tanzan e Ekido estavam, uma vez, viajando juntos por uma estrada lamacenta. Uma chuva forte caía persistentemente. Numa das curvas da estrada, eles encontraram uma moça adorável, vestida com um quimono de seda, que não conseguia atravessar o cruzamento. "Venha cá, menina", disse Tanzan. Levantando-a em seus braços, ele carregou a moça através da lama. Ekido não falou mais nada até aquela noite em que eles chegaram a um templo com pousada. Ele então não pôde mais se conter. "Nós, monges, não nos aproximamos de mulheres", disse ele a Tanzan, "sobretudo não das jovens e graciosas. É perigoso. Por que você fez aquilo?" "Eu deixei aquela menina lá", disse Tanzan. "Você ainda a está carregando?" :::::::::: O Castelo de Kronborg Revista Caminhos da Terra Há quatro séculos uma dúvida paira sobre o reino da Dinamarca. William Shakespeare esteve, ou não, na cidade de Helsinfor, no norte do país escadinavo, visitando o castelo de Kronborg, antes de escrever Hamlet? Afinal, como o dramaturgo inglês poderia ter descrito detalhes da vida nesse majestoso castelo sem tê-lo conhecido pessoalmente? Não há provas de que Shakespeare tenha ido à Dinamarca no final do século XVI, mas sua peça sobre as angústias do jovem príncepe Hamlet leva a crer que a famosa obra foi inspirada entre as muralhas desse castelo. Um livro escrito pelo his- toriador dinamarquês Saxo Grammaticus no século XIII, relatava a história real do príncipe Amleth, que fingiu estar louco, para vingar o assassinato de seu pai, Horwendil. O crime foi come- tido pelo tio Fengo, que casou-se com sua mãe, Gerutha. É possível que Shakespeare tenha tido acesso ao livro de Grammaticus, e também ao relato de atores da companhia Lord Chamberlains's Men, da qual ShaKespeare fazia parte, que voltaram a Londres após apresentações nos salões do Kronborg. No retorno, relataram como era a vida no castelo. A história de Kronborg começa em 1427, quando Erik da Pomerânia, rei da Dinamarca, Suécia e Noruega, mandou construir o castelo no promontório que estrategicamente avança sobre o Canal de Oresund, o qual separa em apenas 4 quilometros, a Dinamarca da Suécia. O objetivo de Erik era cobrar pedágio das embarcações que navegavam em direção ao mar Báltico. Essa primeira fortaleza chamava-se Krogen, "gancho" em dinamarquês, e não deixava dúvidas sobre a intenção de interceptar todos os navios que passassem por ali. Mais tarde, em 1577, o dinamarquês Frederico II resolveu ampliar o castelo para fortalecer a defesa contra os suecos, que se haviam separado do reino. Aumentou as mura- lhas e as torres, mas também o embelezou ao estilo renascentista holandês, que predominava na época, usando esculturas, portas de madeira talhadas com figuras mitológicas, além de telhados de cobre. O rei mandou ainda construir o maior salão de baile de todo o norte da Europa. Os interio- res foram decorados com inúme- ros quadros e tapeçarias, retratando a vida de reis e de personagens da mitologia es- candinava, em detalhes de ex- trema delicadeza. Nos subter- râneos, um complexo de galerias podia abrigar um exército de 1000 soldados nos períodos de guerra, quando o castelo tinha que suportar longos meses em estado de sítio. As casamatas, palavra de origem latina que significa "casa na escuridão", eram deploráveis: homens e animais conviviam lado a lado na escuridão completa. Nessas galerias escuras e úmidas, está atualmente a estátua de um herói lendário da Idade Média, Holger Dansk, um robusto viking dinamarquês, que foi um dos 12 cavaleiros do imperador Carlos Magno, no século VIII. A fama de sua força incomparável espalhou-se entre os povoados medievais por meio da "Canção de Rolando", um poema cantado em trova que narrava as aventuras dos cavaleiros de Carlos Magno. Conta a lenda que, quando terminaram as batalhas, Holger caminhou até a distante Dinamarca e morreu ao deitar-se para descansar. Dizem que ele ainda habita os sub- terrâneos do castelo e, se o povo dinamarquês precisar de sua ajuda, o acordará para defendê-lo. Quando os alemães invadiram a Dinamarca, durante a Segunda Guerra Mundial, a resistência adotou o nome de Holger Dansk. Até mesmo o escritor Hans Christian Andersen o fez personagem de uma de suas histórias. Só que, dessa vez, para o mundo de fantasia das crianças. Um incêndio em 1629 quase acabou com o esplendor de Kronborg. Mas o rei Christian IV recuperou-o, e acrescentou mais luxo além do que já havia. Com o passar dos anos, as restaurações su- cessivas iam descobrindo novas histórias que estavam im- pregnadas em cada parede do castelo. :::::::::: Chamas Milenares Revista Caminhos da Terra A incineração dos mortos, comum entre os indianos atuais, mas controvertida no resto do mundo, é uma prática milenar. Gregos e romanos antigos a utilizavam. Há notícias dela mesmo nos primórdios da cultura celta, entre cinco e sete séculos antes de Cristo. Os celtas colocavam os cadáveres em piras de ma- deiras, guarnecidas por lenha e palha. Quando ateavam fogo, os servos mais fiéis do defunto não raro se lançavam às chamas, para acompanhar seu amo até o reino do além. No século XIX de nossa era, a cremação foi abertamente recomendada por médicos. Recebeu também o endosso dos maçons, em atitude frontalmente contrária à doutrina cristã, que por muito tempo acom- panhou a tradição judaica, ainda hoje refratária a essa prática. Os maçons chegaram mesmo a recomendar a industrialização das cinzas ou seu aproveitamento na iluminação pública e adubação da terra. Naquela época, a Igreja a proibiu de modo terminante, mas, com o passar do tempo, foi-se tornando mais flexível. Embora preferindo o sepultamento dos mortos, já é capaz de aceitá-la por motivos de higiene ou economia, como já vêm fazendo, por força das premências urbanas, os habi- tantes de Xangai. Cerca de 8 milhões de chineses morrem a cada ano, esse número cresce devido ao envelhecimento progressivo da população. Dois terços desse total ainda são enterrados, por causa da crença de que a alma só ficará em paz se o corpo estiver no chão. Só que esse imperativo cultural está custando cada vez mais caro. :::::::::: Definições Mário Prata Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue. Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo. Angústia é um nó muito aper- tado bem no meio do sos- sego. Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento. Indecisão é quando você sabe muito o que quer, mas acha que devia querer outra coisa. Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido. Pressentimento é quando passa em você o *trailler* de um filme que pode ser que nem exista. Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora. Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja. Interesse é um ponto de exclamação ou interrogação no final do sentimento. Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado. Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração. Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma. Amizade é quando você não faz questão de você e se em- presta pros outros. Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia. Lucidez é um acesso de loucura ao contrário. Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato. Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele. Paixão é quando, apesar da palavra "perigo", o desejo chega e entra. Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não, amor é um exagero... também não. Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descon- trole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tem explicação, esse ne- gócio de amor não sei ex- plicar. :::::::::: Sem Perdão para a Mãe O Globo "A herança que minha mãe me deixou foi um fardo impossível de ser carregado na adolescência: uma montanha de ideologia, ódio, assassinatos, violência, luto." Para Bettina, filha da líder terrorista alemã Ulrike Meinhof, não há perdão possível. Nem para sua mãe — que nos anos 70 ater- rorizou o país comandando se- qüestros e mais de 30 assassinatos em nome da derrubada do Estado alemão — nem para os remanescentes do grupo, aos quais não dá trégua. O acerto de contas está em seu livro de memórias. Bettina e a irmã gêmea são filhas de jornalistas, estrelas da esquerda européia. Educadas em colégios de elite, tiveram todo o conforto que a robusta economia alemã da época proporcionava. O drama delas começa em maio de 1970, quando a mãe, ainda repórter da revista "Konkret", junta-se a um advogado e empreende o audacioso resgate de um terrorista preso, Andreas Bãder. O episódio é considerado ato de fundação da Fracção do Exército Vermelho, conhecida como Bãder Meinhof. Para Bettina, uma ferida que jamais fechará. "Quando fiz 7 anos, minha mãe entrou para a clandestinidade, tornou-se terrorista e me abandonou, junto com minha irmã." Já no dia seguinte ao resgate, por toda a Alemanha brotaram cartazes de "procura-se" com o retrato da mãe. O pai das gêmeas, já divorciado de Ulrike, procura pelas meninas na casa onde moravam, mas chega tarde demais. Elas tinham sido levadas clandestinamente para a Sicília, enquanto a mãe permaneceu na Alemanha comandando atentados. Foram quatro meses de isolamento e abandono para Bettina e a irmã. Quando estavam prestes a ser despachadas para um campo de treinamento palestino no Oriente Médio, foram resgatadas pelo jornalista Stefan Aust, hoje chefe de redação do semanário "Der Spiegel". As gêmeas tinham 13 anos quando ouviram pelo rádio que a mãe se suicidara numa cela da prisão de Stammheim. Foram proibidas de ir ao enterro por medida de segurança. "Ela sequer nos deixou uma carta. Era a segunda vez que nos abandonava — desta vez para sempre — o que me leva a perguntar: será que nunca chegou a nos amar?", indaga Bettina, hoje com 42 anos, e jornalista como a mãe. Sem perdão para o Pai Na noite de 14 de março de 1974, o fundador de uma das editoras mais nobres da Eu- ropa morreu estraçalhado ao tentar acionar uma bomba numa torre de transmissão perto de Milão. Acabava a vida de um homem singular. No papel de Osvaldo, codinome que usava quando submergia na clandestinidade, ele foi o patrono do terror italiano. Como Gian Giacomo Feltrinelli, herdeiro de um império que incluía tecelagens, empreiteiras, indústrias químicas, bancos e fornecimento de energia elé- trica para metade da Áustria, foi um homem de letras que fez história. Apesar de comunis- ta, afrontou a URSS para contrabandear e publicar no ocidente um dos grandes ro- mances do século XX, "Dr. Jivago", de Boris Pasternak. Carlo, o filho de Feltrinelli, tinha 10 anos quando viu nos jornais a foto do pai terrorista estraça- lhado. Sua infância foi no mínimo, disfuncional, crescen- do à sombra desse pai ausente. Mas Carlo cresceu e amadu- receu em paz. Tendo herdado o gosto pelas letras, pôs-se a escrever. O resultado está nas 344 páginas de *Feltrinelli,* uma história de riqueza, revolução e morte violenta, ainda não editado no Brasil. Ao mesmo tempo con- tido e isento, o livro reconstrói sem complacência a trilha quase demente percorrida por Feltrinelli. Um dos episódios narra como "Osvaldo" planejava formar uma força revolucionária com um bando de criminosos da Sardenha para transformar numa "Cuba Mediterrânea" uma das regiões mais conservadoras da Itália. Feltrinelli era fascinado pela experiência cubana. Renato Curcio, o fundador das Brigadas Vermelhas financiadas por Feltrinelli, descreve uma reunião na qual o terrorista editor, sugeria que todo militante tivesse sempre à mão uma mochila contendo mu- da de roupa, documentos fal- sos, sal e charutos. Curcio: "Mas estamos em Milão e se pode comprar sal em qualquer esquina." Feltrinelli: "Pode ser, mas sal é uma tradição da guerrilha e vamos mantê-la." Curcio: "E os charutos?" Feltrinelli: "Che já disse que o melhor amigo de um guerrilheiro na hora da solidão é um charuto." :::::::::: A Casa Indígena Revista Bons Fluidos Entardece a tarde. Passarinho pousa, vento voa, bicho berra. No centro da mata, a aldeia. No centro da aldeia, o fogo. Ao redor do fogo, o homem. Venha sentar-se aqui também. Vamos ouvir cantos e contos de sabedoria, histórias que vieram do princípio do mundo. Vamos aprender a ser -- nós, que estamos cansados só de ter. Conviver, ter tempo e prazer, temperar a casa com cheiros e sonhos, amar a terra, simplificar a vida, olhar a alma das coisas. Esses in- gredientes, fundamentais na casa indígena, poderiam também ser levados para as nossas — que temos tanto ainda a aprender. Nas aldeias, a casa grande abriga muitas famílias. Casa linda, arredondada como o mundo. Ali, nem o espaço nem o coração têm divisão. Na cidade, a família se dispersa em distrações eletrônicas, não se conhece, não compartilha. Ao contrário, o fogo no centro da oca convida ao encontro. À noite, ao seu redor, cada um conta a sua história, expressa o seu sentimento. Juntos, fazem brincadeiras, ou ficam em silêncio profundo. A casa não é o mais importante — a vivência do espaço, sim. Ter tempo para relacionar- -se, sonhar, brincar e descan- sar, melhora a qualidade de vida. O tempo indígena é adaptado a um ritmo mais próprio da vida humana. Tempo não é só para ganhar dinheiro. Isso adoece a pessoa. O tempo para ouvir histórias e sabedorias desenvolve a atenção, o hábito de observar, a imaginação e enriquece as relações pessoais. O melhor da casa é o ar de poeira limpa. A casa é de ma- deira e palha, o piso é de terra e tudo tem cheiro de flor. Os aromas exprimem a "alma das coisas", estimulam a ação -- ou os sonhos. O sonho vida vivida, o que traduz harmonia entre razão e intuição. O sonho mostra o caminho que devemos seguir. É um portal do espírito. Por isso, a casa é também um templo espiritual, pois, os sonhos nos trazem inspiração para as tarefas do dia. A casa não é feita para durar, pois a mudança é necessária para que a casa se renove. Isso se chama sustentabilidade: garantir que os descendentes tenham acesso aos recursos naturais. A poluição é a grande doença do homem moderno. Principalmente a poluição interna, do próprio ar ou do pensamento, das próprias águas ou das emoções, do próprio fogo ou da vontade, da própria terra ou do corpo. Por amor ao lugar e a si mesmos, em todos os milênios de sua existência, os índios nunca poluíram e sempre preservaram o ambiente. Na aldeia, não existe desperdício, nem se acumulam bens, o que traz uma grande tranqüilidade de viver. Nós enchemos a casa de coisas que não precisamos. E sofremos por possuí-las, pois exigem conserto, ou ficamos tristes se as perdemos. Para os índios, herança é o conhecimento que garante a continuidade da vida. Nas terras indígenas, desfruta-se de maior abundância e igualdade, e a violência é menor. Para eles Deus é tudo, tudo é Deus. "Lembre-se sempre da sua essência. Isso, por si só, pode curá-lo." Para o índio, toda ação é dirigida, primeiro, ao espiritual. Por isso, na casa, nada é gratuito e tudo tem significado. A casa é uma entidade viva. Cada objeto também. A madeira da construção expressa flexibilidade e força. As penas do gavião lembram os vôos do espírito. Nas panelas, são pintadas histórias. Cuidado com aquilo que se leva para casa, porque sempre nos influencia. Índio é atrasado? Incompleto? Incapaz? Puro preconceito da colonização. Índio é espelho que a gente não quer ver. Espelho de tudo o que ainda não conseguimos ser. :::::::::: Aos Pequeninos Elizabeth Cachón de Rabasa Poetisa mexicana surdo-cega Pequenos querubins que Deus envia ao mundo, E são a esperança da humanidade. Pequenos querubins que alegram o mundo Com cantos e risos plenos de felicidade. Anjinhos brancos qual flocos de neve, Anjinhos negros qual noite estival, Anjinhos de pele amarela como as espigas que a brisa nos campos move, Anjinhos morenos como produto do cacau. O pequinino pobre é o anjo que a sofrer aprende nos arredores O pequenino rico é o que cresce rodeado de prazeres e comodidade. O pequenino adoentado é como um passarinho Que desfrutar não pode de sua liberdade. Pois leva às costas, pobre garotinho, A pesada cruz de sua enfermidade O pequenino morto é o anjinho que ao céu voltou. Como lembrança nos deixou uma estrela. Que no firmamento Jesus colocou. Por isso deveis consolar-vos quando virdes uma estrela Pois é o presente que este pequenino vos deixou. :::::::::: Histórias Interessantes Por que, na Inglaterra, se dirige pela esquerda? — Essa convenção de trânsito é seguida não apenas no Reino Unido, Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda, mas também em várias de suas ex-colônias, como Índia, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia, e no Japão. Sua origem remonta à era medieval, quando a circulação a cavalo se dava pela esquerda para deixar a mão direita, a mesma que a maioria das pessoas usava para manusear a espada, livre em caso de luta. Para completar, em 1300 o papa Bonifácio VII determinou que todos os peregrinos com destino a Roma deveriam se manter no lado esquerdo da estrada, para organizar o fluxo. Esse sistema prevaleceu até o século XVIII, quando Napoleão inverteu tudo, supostamente por ser canhoto, mas também para facilitar a identificação de tropas inimigas à distância. As regiões dominadas pelo imperador da França aderiram ao novo modelo de tráfego, enquanto o império britânico permaneceu fiel ao sistema medieval. Desde então, dirigir pela pista da esquerda tornou-se uma questão de honra para a Inglaterra, tanto que, em 1859, um ministro inglês, em viagem ao Japão, conseguiu convencer o país a adotar o sistema de trânsito de seu país. Já os Estados Unidos, ansiosos para se desfazerem da herança cultural dos antigos colonizadores, adotaram o lado direito. Com o domínio mundial da indústria automobilística americana, o modelo napoleônico tornou-se padrão em quase todo o planeta. O último país a fazer a mudança foi a Suíça, em 1967. *** Buda Renasce -- Os budistas começam o ano com boas notícias. Enquanto o governo afegão se dispõe a restaurar duas estátuas de Buda de Bamiyan, com 38 e 53 me- tros, destruídas pelos Talibans, numerosas outras, menores, foram descobertas por arqueólogos chineses em grutas espalhadas ao longo do rio Jinghe, em locais próximos à antiga Rota da Seda. *** Sobrenomes — "Fato pouco conhecido da História do Brasil foi a onda nacionalista de mudança de nomes de família de origem lusitana para brasileira, ocorrida na época da nossa independência. Assim, muitos brasileiros que tinham sobrenomes como Abreu, Almeida, Cabral, Gusmão, Mendes, Nunes, Oliveira, Soares, trocaram o nome para Acaiaba, Baraúna, Canguçu, Caramuru, Carijó, Imbiara, Itapicuru, Jatobá, Murici, Paraguaçu, Piratininga, Tamandaré, Tamoio, Tapajós. Em 1823, Francisco Gomes Brandão Montezuma mudou seu nome para Francisco Gê Acaiaba Montezuma. Foi um dos primeiros negros a inte- grar a nobreza do Império, com o título de "Visconde de Jequitinhonha", 1854. Eis a história dos sobrenomes de origem nativista que persistem até hoje." *** A professora Karen Strier não podia acreditar no que via, bem ali na árvore à sua frente. Depois de seis meses de incursões diárias nas matas da Fazenda Montes Claros, em Caratinga, MG, e milhares de horas observando a população de muriquis que habita a floresta, ela estava diante de uma cena que desafiava os limites da objetividade científica. Um grupo de quatro fêmeas ameaçava com gritos irritados um macho que, segundos antes, havia tentado expulsar Karen do local. Assumindo a defesa da cientista, as macacas só sossegaram depois de botar o intruso para correr. Quando ele desapareceu entre a folhagem, elas comemoraram com uma profusão de abraços e estenderam as mãos para Karen, convidando-a a entrar na roda. *** História da Terra do Fogo — De acordo com relatos do século XVIII, quando o inverno se tornava muito intenso e a comida acabava, os índios iamana, da Terra do Fogo, pegavam a mulher mais velha da tribo e a asfixiavam até a morte sobre uma fogueira. "Eles, então, devoravam cada partícula da carne", segundo o diário de bordo do navio Beagle, registrando o relato de Jemmy Button, um dos qua- tro iamana levados para a Inglaterra em 1830, depois da primeira expedição daquela em- barcação a essa região inós- pita. O Beagle retornou à Terra do Fogo em 1833 com Charles Darwin, o primeiro explorador europeu de renome a visitar a Baía de Ushuaia, onde os iamana haviam morado em paz, caçando leões marinhos, por seis mil anos. :::::::::: Artes O Homem de La Mancha Revista Época Diz-se que Dom Quixote de la Mancha, a história cômico-romântica de Miguel de Cervantes Saavedra, foi traduzida para mais línguas que qualquer outro livro, exceto a Bíblia. Considerado por muitos o primeiro romance moderno e protótipo de boa parte da ficção mundial, o conto do perturbado Dom Quixote, que se lança a realizar os feitos romanceados da cavalaria, prende a imaginação dos leitores desde que foi publicado, em 1605. Cervantes, nascido em 1547, filho de um médico pobre, teve escolaridade limitada e serviu como soldado na Itália. Foi ferido na batalha de Lepanto, aprisionado em 1575 na volta à Espanha, escravizado em Argel e, por fim, resgatado em 1580. Nos vinte anos seguintes, escreveu várias peças e um romance, todos fracassados. Em 1605 saiu a primeira parte de Dom Quixote, com uma popularidade imediata que nunca mais se desfez. Tal como outros gigantes como Thomas Malory, Geoffrey Chaucer e John Milton, Cervantes captou a essência de seu tempo. Ao contrário deles, porém, sua narração e linguagem são facilmente com- preendidas pelos leitores mo- dernos. :::::::::: Brasil A Arquitetura que Conta Histórias O Globo Pirenópolis é uma pequena e agradável cidade histórica, fundada em 1727 pelos bandeirantes. Fica a 150 quilômetros de Brasília e a 130 de Goiânia. Suas atrações são os edifícios históricos de arquitetura colonial, as inúmeras cachoeiras e as festas populares tradicionais. As cachoeiras, mais de vinte, localizam-se à cerca de 15 quilômetros da cidade. Dentre as festas populares, destaca-se a Festa do Divino Espírito Santo, que acontece 45 dias após a Semana Santa e, com suas cavalhadas, é considerada uma das maiores atrações folclóricas da América do Sul. Há também a Romaria à Serra dos Pireneus, na #,.a semana de julho. Outros edifícios históricos, além da Igreja Matriz, são: a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, de 1750, a Igreja e Museu de Nossa Senhora do Carmo, o Teatro Pirenópolis, de 1899, entre outros. O Santuário Ecológico Vagafogo, a seis quilômetros da cidade, é um local que abriga grande variedade de pássaros e animais silvestres. Vale a pena ser visitado. A cidade já se chamou Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte. "Meia Ponte" porque metade de sua ponte, sobre o rio das Almas, foi levada por uma enchente. Passou a se chamar Pirenópolis em 1890, por estar entre duas grandes elevações que formam a Serra dos Pireneus. Aliás, outro ponto turístico é justamente o pico central dos Pireneus, com 1.385 metros de altura, e que fica a apenas 18 quilômetros. Arraial minerador e centro da economia do Centro-Oeste brasileiro no Século XVIII, Pirenópolis mantém ainda o bucolismo, as tradições e folclore. A cidade histórica, tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, IPHAN, conserva seus casarões, ruas e igrejas de arquitetura colonial. A natureza exuberante propiciou a formação do Parque Estadual da Serra dos Pi- reneus, local de pesquisas sobre a fauna e a flora tí- picas do cerrado brasileiro, repleta de animais, flores, plantas, nascentes, rios e cachoeiras. A cidade vive do turismo, do artesanato e das pedras, quartzito branco. A pedra de Pirenópolis é a única que tem brilho, as outras são foscas. *** Outras Influências Antonio Olinto Membro da Academia Brasileira de Letras A história do Brasil sempre esteve, por todos os motivos, ligada a Portugal. Da carta de Caminha até hoje, o país se fez, e continua se fazendo, com base na língua portuguesa. Com ela nascemos, pensamos, amamos, gritamos, xingamos, fazemos poemas e mensagens de amor. Ao longo de nossa caminhada, porém, outras influências nos atingiram e nos ensinaram a ver o mundo circundante. E é precisamente no verbo "ver" que um povo impôs sua marca no período de formação da nacionalidade que hoje é nossa. Foi aí que o holandês, em chegando ao Brasil, que outro bem não nos tivesse feito, nos ensinou a ver nossa terra, a reproduzi-la, transformá-la em imagens eternas. Aos 33 anos, chegava a Pernambuco, na alta função de governador do Brasil, o holan- dês, o conde João Maurício de Nassau-Siegen. Estávamos em 1627. Ao ser escolhido para o cargo, preocupou-se Nassau em trazer ao novo continente um grupo de sábios e artistas. Por pouco não teria vindo com ele o filósofo Descartes. Imagine-se, hoje, se Descartes houvesse concor- dado com o convite que Nassau lhe dirigiu, e tivesse vindo fazer pousar a lucidez de seu pensamento em terras do nor- deste brasileiro! Não veio Descartes, mas, ao pisar em terras de Pernambuco, Nassau trazia: médicos, astrônomos, um latinista, um poeta e os pintores Franz Post e Albert Eckhout. Em datas posteriores, Nassau contou ainda com o serviço de um humanista, de cartógrafos e de um desenhista e do arquiteto Pieter Post. Foi como se, pela primeira vez, uma universidade européia se houvesse transferido para o Brasil. Passamos, a partir de então, a ter imagens de nós mesmos. Franz Post pintou a "Vista de um Engenho de cana-de-açúcar", que está no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, e a "Paisagem da Várzea", com suas pequenas casas, suas figuras de gente branca e negra, as árvores, os rios, tudo o que faz um chão em que se vive, em que se busca o amor e a morte. Foi quando nos tornamos guardiães de nossa memória visual, quando preservamos a visão de nossas casas, de nossa gente, de nossas frutas, de nossas árvores, folhas, bichos, daquela mistura que se acentuava então, de navios, da terra com os ibéricos, os africanos e os holandeses. A permanência das imagens que Franz Post criou dá-nos uma outra unidade, não-lingüística, uma unidade que nos entra pelos olhos e também nos segura. Nosso chão e nosso horizonte. Além de Descartes, Nassau pensara em Rembrandt, que parece não haver dado atenção aos acenos do conde. Nassau teria dito a seu avô: -- Lembrei-me então de Franz Post e seu irmão arquiteto, para fazerem parte de meu séquito de intelectuais. A unidade brasileira, elaborada por Franz Post e seu irmão Pieter e por Albert Eckhout, como que se valorizou desde as comemorações dos 500 anos do descobrimento. Por muito que se esqueça que a terra e suas plantas são a nossa base, cada quadro de Franz Post e seus companheiros de brasilidade nos obriga a pensar na preservação do

solo que nos faz sonhar. :::::::::: Ecologia Olha que Loucura Jornal do Brasil A reciclagem de uma única lata de alumínio, economiza energia suficiente para manter um aparelho de TV ligado durante três horas! Outra loucura: um único minuto de chuveiro elétrico na posição inverno, equivale a 40 lâmpadas de 100 *watts* acesas ao mesmo tempo!!... *** Nova Embalagem — A mandioca poderá ser utilizada na produção de embalagens biodegradáveis. Testes realizados por pesquisadores paulistas mostraram que o produto pode substituir as embalagens feitas de isopor ou papelão. A embalagem tem textura rígida e, ao ser jogada no lixo, é degradada em menos de um mês. Para se ter uma idéia, o isopor leva, pelo menos, cem anos para se decompor. *** Essa eu não Engulo! Revista Superinteressante O arroz contém carboidratos, minerais e vitaminas essenciais ao organismo. Mas não é só isso: a sua casca é feita de silício -- o mesmo elemento usado na fabricação dos *chips* -- com o qual é possível produzir cimento da mais alta qualidade. A tecnologia está pronta e paten- teada. Foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo, em São Carlos, que resolveram vários problemas de uma tacada só. Assim, essa mesma casca, que hoje é um resíduo agrícola poluente, se transformará em matéria-prima útil e barata. Outra vantagem: o silício mineral tem de ser extraído do solo, de depósitos que, naturalmente, vêm se tornando escassos com o tempo. Já o que vem do arroz é renovável, daqui para a frente, será como se o cimento fosse "plantado" e "colhido" a cada safra. E que safra! Hoje são produzidas no país 10 milhões de toneladas de arroz e 2 mi- lhões de toneladas de casca, que rendem cerca de 400 mil toneladas de sílica, mais do que suficiente para abastecer as fábricas brasileiras de cimento. ::::::::: Lugares do Mundo Roma -- Cidade Eterna Revista Superinteressante História, beleza, paixão, tudo isto é a capital italiana ainda hoje, como no século XVIII, quando Chateaubriand tão bem a descreveu. O que foi um dia um grande império ainda impressiona, embora freqüentemente com alguns monumentos em obras de restauração. Hoje pode-se apreciar Roma dando um passeio por suas praças esplêndidas, contemplando as fascinantes vitrinas das lojas e bebendo o refrescante vinho Frascati. Na verdade, seria preciso uma eternidade para descobrir-se tudo o que há para admirar na Cidade Eterna, com suas mais de 350 igrejas, uma dúzia de obeliscos e centenas de museus, monumentos e fontes. Desde que Rômulo e Remo foram criados por uma loba e, segundo a lenda, sobreviveram para fundar essa formosa cidade, muitas civilizações deixaram ali seus tesouros. A história transpira nas ruínas etruscas, gregas e romanas; a arquitetura antiga, a medieval, a da Renascença, a barroca e a moderna enfeitam as ruas; a arte pagã e a católica adornam suas edificações. Roma é uma cacofonia de sons, com cor, arte e uma beleza sem igual em qual- quer lugar do mundo. Em seu apogeu, Roma foi o centro mundial das artes, da música, da literatura e do teatro, assim como a capital das finanças e da religião. A magia da cidade não se desfez, e ainda hoje ela compete com outras capitais européias. De fato, Roma está florescendo, ao colocar maior ênfase na restauração do seu passado. Talvez o melhor momento para admirar a cidade seja ao anoitecer, quando, graças a um novo projeto municipal, muitas ruínas e vários monumentos, museus e igrejas permanecem banhados em luz e abertos ao público. Uma curta caminhada pela rua principal, Corso Vittorio Emmanuele, o levará ao Campo de'Fiori, ou "campo das flores" embora ele tenha menos flores do que costumava ter. Bem ao lado do Campo de'Fiori encontra-se a Piazza Farnese, caracteriza- da por dois imponentes chafarizes formados por antigas tinas de banho. Os fantasmas daqueles que, em tempos distantes, andavam por lá, parecem rondar a Via dei Fori Imperiali, que é ladeada pelos foros de vários imperadores: Trajano, César, Augusto, Nerva. Entre a Piazza Farnese e a central Piazza Venezia encontra-se a Piazza della Rotonda, mais conhecida como a Praça do Panteão, um antigo templo "dos deuses" e o monumento mais antigo que se conserva em Roma. A imponente estrutura data do século II, e o imperador Adriano dese- nhou a cúpula com uma abertura circular que deixa entrar a luz. Quando chove, as gotas caem através do "olho" num círculo perfeito. Na Idade Média essa edificação foi transformada em igreja e agora aloja as sepulturas dos reis da Itália moderna e do pintor Rafael. Uma reforma recente acrescentou holofotes à base do Panteão, criando um efeito mágico todas as noites. Embora quase toda praça ou rua, mesmo não tendo fama, seja um lugar delicioso para se começar um passeio por Roma, há algumas que não devem ficar de fora. A Piazza Navona, no coração do centro histórico, é talvez a praça mais encantadora do mundo. Construída sobre as ruínas do amplo Estádio Diocleciano, a praça é dominada pelo Chafariz dos Quatro Rios -- Fontana dei Fiumi -- de Gianlorenzo Bernini. A Igreja de Santa Cecília em Trastevere, edificada sobre a moradia dessa mártir do século III, que é a pa- droeira da música. Junto ao altar fica a escultura de Maderno, baseada em desenhos do corpo de Santa Cecília, totalmente intacto ao ser desenterrado em 1599. Roma está cheia de magia: concertos noturnos nas ruínas do antigo Teatro Marcelo, passeios ensolarados pelas antigas Terme di Caracalla, refeições ao ar livre na Via Appia Antica, sob o céu profundamente azul e pinheiros romanos, o Campidoglio, palácio do governo, cuja praça, encimada por uma antiga estátua eqüestre de Marco Aurélio, foi desenhada por Michelangelo e abriga museus esplêndidos. Antes de partir é preciso visitar a Fontana de Trevi. À parte sua impressionante beleza, esse chafariz oferece também uma promessa, pelo menos assim afirmam os romanos: se você jogar uma moeda dentro d'água, com a mão direita, arremessando-a por cima do ombro esquerdo, terá garantida a sua volta à Cidade Eterna. :::::::::: Ciência e Saúde Atividades físicas de rotina podem fazer tão bem quanto a malhação na academia. Especialistas ingleses provaram, por um estudo recente, que todos devem ser incentivados a subir as escadas em vez de pegar o elevador. Segundo a nova pesquisa, atividades rotineiras num curto espaço de tempo, traz tantos benefícios à saúde quanto uma hora dedicada ao exercício. O estudo, publicado no Jornal Americano de Medicina Preventiva, descobriu que dois minutos subindo as escadas algumas vezes ao dia, pode baixar o colesterol, aumentar o HDL, colesterol bom, e melhorar a capacidade respiratória de pessoas sedentárias. Estas melhorias podem ter implicações importantes na saúde da mulher, ajudando a melhorar a capacidade car- diorrespiratória e prevenindo doenças do coração. É uma medida importante para o público feminino, que vem morrendo mais de doenças do coração, provocadas pelo aumento do consumo do cigarro. *** Tecnologia -- O Transporte do Futuro — O segredo guardado a sete chaves, é, na verdade, um patinete movido a eletricidade — Mantida em segredo durante um ano, a invenção que causou expectativa no mundo da alta tecnologia foi anunciada. Trata-se de um patinete motorizado com auto-equilíbrio chamado *Segway Human Transporter*. Seu inventor promete que o patinete vai revolucionar os meios de locomoção individual. Ele funciona a bateria e é extremamente econômico. Por dia, o usuário gasta menos que cinco centavos de dólar para abastecê-lo. "O patinete é recomendado para substituir os carros nos grandes centros urbanos, nos trajetos de curta distância." O invento do sistema computadorizado de auto-equilíbrio da máquina, torna impossível a queda do motorista, além de permitir andar sobre o gelo e transpor degraus. Para andar no novo patinete, basta o motorista deslocar o corpo na direção que deseja seguir. A máquina possui um guidom movido a sensores, capaz de responder aos comandos corporais e de equilíbrio do corpo humano. A velocidade máxima é de 24 km por hora. A máquina age como uma extensão do corpo. Estará disponível para venda no fim de 2002, em dois modelos: um industrial, com velocidade e habilidade para cargas, e outro com pequenas rodas, para ambientes cheios de pedestres. O preço deve ser de 3 mil dólares. A bateria pode ser recarregada em qualquer tomada. *** Astronomia — Sinais de um oceano no solo de Marte — Hoje coberto de areia e pedregulhos, Marte já foi um lugar bem mais aprazível, há cerca de 2 bilhões de anos. O planeta vermelho teve, nessa época, pelo menos um grande oceano. A prova de que boa parte do pólo norte marciano já foi mar, está no solo dessa região: ele é suave e liso, como se tivesse sido aplainado pela erosão de grande quantidade de água no passado. As marcas no terreno indicam que ele já foi um vasto leito oceânico. *** Arqueologia -- Um Porto Engenhoso — Herodes, rei da Judéia, levou apenas sete anos para construir o porto de Cesaréia, um afamado centro de comércio na Antigüidade, mas usou técnicas tão engenhosas que, quase dois mil anos depois, especialistas da Universidade do Colorado precisaram de 14 anos para desvendar o que tornava o porto tão seguro e como ele se manteve relativamente intacto até hoje, mesmo depois de ser engolido pelas marés; atualmente está no fundo do mar. Uma equipe de arqueólogos especializados em sítios submarinos, foi ao local perto da cidade de Haifa, em Israel, e descobriu que as pilastras utilizadas na sustentação do quebra-mar do porto, haviam sido construídas de uma maneira bem interessante: os tijolos que formavam as pilastras, ora eram preenchidos com um tipo de cimento feito com cinzas vulcânicas, ora eram deixados vazios, de modo que as próprias marés os en- chessem de areia do leito dos oceanos, quando houvesse alguma tempestade; elas não eram nada incomuns no lugar. Segundo os arqueólogos, a técnica proporcionou ao rei uma tremenda economia de tempo e dinheiro. Detalhe: os arquitetos eram romanos. Cesaréia foi um porto suntuoso, com colossais estátuas de bronze, presumivelmente do Imperador Augustus; mas floresceu apenas até o sé- culo IV a.C. ***

Paleontologia — Vômito Jurássico — O vômito fossilizado de um ictiossauro, ocorrido há cerca de 160 milhões de anos, foi descoberto por paleontólogos da Universidade de Greenwich. O mal-estar do réptil marinho pode dar dicas curiosas sobre a alimentação dos dinossauros e companhia limitada; no vômito, encontrado numa pedreira ao norte da Inglaterra, existem amostras de conchas pré- -históricas com marcas micros- cópicas de ácido estomacal, que serão analisadas pela "fe- lizarda" equipe britânica. *** Pesquisa — A Droga Vinda da Terra -- A droga que diminuiu a rejeição nos trans- plantes de órgãos, foi achada em um monte de terra. Desde os anos 50, os laboratórios farmacêuticos pediam a seus funcionários que, ao viajar, trouxessem porções de solo, uma fonte de microrganismos que poderiam revelar antibióticos. Em 1970, o biólogo Jean Borel, do laboratório Sandoz, na Suíça, ao analisar um material escavado em Wisconsin, nos Estados Unidos, encontrou uma nova variedade de fungo, produtor de uma substância que batizou de ciclosporina. No começo, parecia outro fracasso. Os testes em animais mostraram que ela não funcionava como antibiótico. Mas, sem saber, Borel desenterrara outro tipo de medicamento. Investigando a substância, descobriu que ela tinha sur- preendente efeito sobre o sistema imunológico responsável pela rejeição de órgãos. Em 1983 a ciclosporina foi aprovada para uso comercial. Graças a ela, os transplantes viraram rotina. *** Auto-Ajuda — Melhorar -- Melhore sempre as suas condições pessoais, pelo trabalho e pelo estudo, a fim de que você possa melhorar a vida em derredor de você. Obrigação cumprida será sempre o nosso mais valioso seguro de proteção. Amplie, quanto puder, a sua exportação de gentileza. Fazer "algo mais que o próprio dever", em benefício dos outros, é criar um gerador de simpatia, em nosso auxílio. Esqueçamos o que não serve para o bem, a fim de que se realize o melhor. Reclamar é ferir-se. Se você deseja vencer, aprenda a sorrir, além do cansaço. O grupo familiar recorda a terra que produz para nós, segundo a nossa própria plantação. Esperança vitoriosa é aquela que não deixa de trabalhar. Guarde as suas impressões infelizes para não prejudicar o caminho dos outros. ***

Infância e Adolescência — Mãe carinhosa ajuda bebê a desenvolver Linguagem — Segundo um estudo publicado na revista Science, o modo tipicamente carinhoso de a mãe falar com seu bebê, ajuda-o a desenvolver a linguagem. É o que demonstrou uma pesquisa feita com mães nos Estados Unidos, Suécia e Rússia, que revelou, ainda, que nesse processo os bebês "analisam" a fala de suas mães e não a re- produzem como meros gravadores apenas. Talco — Não dá para entender por que a indústria farmacêutica ainda insiste em fabricar talco infantil. Há consenso, hoje, entre os pediatras, de que o produto é coisa do passado. Em primeiro lugar, o talco resseca a pele do bebê, o que é ruim. Cremes e pomadas, além de serem mais eficazes no tratamento antiassadura, não expõem o bebê ao risco dos problemas respirató-

rios que o talco pode causar. *** Mulher — Aclamada por várias gerações como "a mulher de verdade", Amélia dos Santos Ferreira morreu aos 91 anos, em sua casa, em Realengo, vítima de pneumonia. Amélia foi a musa inspiradora da canção "Ai, que Saudade da Amélia", composta por Mário Lago e Ataulfo Alves. A mulher que "achava bonito não ter o que comer" simbolizou, até os dias de hoje, a submissão feminina. Amélia trabalhava como lavadeira na casa da cantora Aracy de Almeida. O irmão da cantora, Almeidinha, costumava brincar que Amélia é que era mulher de verdade, pois "lavava, passava e cozinhava". Mário Lago e Ataulfo Alves acreditaram que a brincadeira dava samba e fizeram a canção. Em 1941, Ataulfo gravou o samba após a recusa de vários cantores. "Ai, que Saudade da Amélia", acabou estourando no Carnaval de 1942, dividindo o prêmio de melhor samba com "Praça Onze", de Herivelto Martins e Grande Otelo. Amélia, que "não tinha a menor vaidade", foi sepultada no Cemitério de Inhaúma. Amigos e parentes cantaram seu hino como última homenagem. Mário Lago, que soube da morte de Amélia por jornalistas, afirmou que "qualquer pessoa apaixonada é como a Amélia". *** Zoologia — Curiosidades — Cavalos-marinhos. Os cavalos-marinhos são peixes famosos, muito apreciados pela sua beleza e graciosidade. A sua forma inconfundível é caracterizada pela típica cabeça de cavalo, cauda de macaco, olhos de camaleão e uma armadura de placas ósseas que os protege contra os inimigos. Existem cerca de 25 espécies de cavalos-marinhos, que vivem em águas salobras dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, normalmente em zonas de pouca profundidade e ricas em vegetação. Uma característica extremamente curiosa desses animais diz respeito à forma como se reproduzem; depois de uma parada nupcial, em que entrelaçam as caudas, a fêmea deposita os ovos numa bolsa ventral, semelhante à dos cangurus, que o macho possui. Aí se desenvolvem os embriões, durante aproximadamente três semanas, nascendo depois, com cerca de 1 cm de comprimento e aspecto muito semelhante aos adultos. *** Remédios caseiros — Erva Combate Pneumonia — A *leonorus* combate dor de estômago, reumatismo, gripe e pneumonia. Ferva um copo de água e despeje-a sobre uma colher de sopa de folhas fatiadas. Abafe por 15 minutos. Coe e beba uma xícara do chá ainda morno, antes das refeições. Chás para a digestão — Os chás de erva-doce, espinheira santa, erva-cidreira e camomila não contêm cafeína e sua ação é útil nos processos digestivos, relaxando as vísceras. A espinheira santa é também cicatrizante e pode combater infecções. A camomila age no controle da digestão. Folhas para rachaduras — Para rachaduras da pele, nos lábios, dedos ou nos seios, pode-se usar uma infusão das folhas de agrimônia. Para cada 100 gramas da erva, usa-se um litro de água filtrada. Deixe em contato por 25 minutos e faça aplicações nos locais. As extremidades floridas da cavalinha silvestre, também funcionam. Deixe-as na água por 15 minutos e depois coe ou filtre. *** Alimentos -- As frutas curam e previnem Doenças — Além de nutritivas, elas pos- suem propriedades terapêuticas que podem auxiliar na prevenção e tratamento de diversos problemas de saúde. Cereja -- Pode ajudar a ativar o metabolismo e a circulação sangüínea; a cereja previne a arterioesclerose. Também alivia casos de reumatismo. Damasco -- O fruto seco estimula a contração das mucosas do tubo digestivo, ajudando a combater a flacidez na região abdominal. Mas, para que tenha efeito, é preciso que o damasco seja bem ácido. Goiaba -- Rica em vitamina C e nutritiva, a goiaba é indicada na recuperação de pessoas debilitadas fisicamente. O chá com folhas de goiabeira ajuda a combater a diarréia. Laranja -- O chá de folhas de laranja é um excelente calmante, ajudando a combater os casos de insônia, agitação excessiva e espasmos musculares. O fruto combate a prisão de ventre e é diurético, auxiliando assim o tratamento de artrites e outros processos inflamatórios. Também rica em vitamina C, combate resfriados e gripes de repetição. Maçã -- É uma fruta completa. Além de possuir os cinco sabores básicos: ácido, amargo, salgado, picante e doce, ela possui nutrientes bem equilibrados e pode ser consumida por todos. Por ser rica em potássio, ajuda a reduzir o colesterol. É calmante e antiinflamatório. O chá de maçã seca é digestivo, diurético e calmante. Sushi — Iguaria reduz o risco de Câncer — o sushi, que significa peixe cru, ajuda os fumantes a reduzir o risco de câncer de pulmão. A clara do ovo é uma fonte muito boa de proteína, mas a gema é rica em gorduras saturadas. Cada ovo tem 274 mg de colesterol. Portanto, quem tem propensão a doenças cardiovasculares ou apresenta distúrbio no metabolismo da gordura deve-se controlar. :::::::::: Variedades Dicas Como Previnir o Mau Hálito Boca: Na maioria dos casos, o mau hálito tem origem na boca. Portanto, fazer uma boa higiene bucal ajuda a prevenir o problema. Água: Dentistas e médicos dizem que beber muita água evita a halitose. Jejum: Evite ficar muitas horas sem comer ou beber. Medicamentos: Antidepressivos, tranqüilizantes, anti- -histamínicos, descongestio- nantes e anti-hipertensivos podem causar halitose, porque reduzem o fluxo de saliva. Alimentos: Café, chá preto, alho, cebola, condimentos cítricos, feijão, repolho, frituras e gorduras podem desencadear mau cheiro na boca. Onde há Fumaça há Cheiro: Depois de uma festa ou reunião, ficam as lembranças e um insuportável cheiro de cigarro. Para que esse cheiro desapareça totalmente, pegue uma esponja de cozinha embebida em vinagre branco, coloque dentro de um pratinho e deixe num canto da sala. Depois de algum tempo, o vinagre terá agido, absorvendo todo o cheiro da fumaça do cigarro. Bem-Estar que vem das Flores: Manter um vaso com rosas ou lírios frescos perto da cama aumenta o relaxamento e o bem-estar; estas flores contêm feniletilamina. A substância, responsável pelo perfume, estimula o organismo a liberar endorfina, hormônio que produz sensações de prazer. Não é à toa que o aroma das rosas está ligado ao amor e à alegria, e o dos lírios à receptividade. A medida só não é recomendável a quem tem alergia. Bacalhau: Quando houver urgência de comer um bacalhau, retire-lhe o sal, juntando na água em que o mesmo está de molho, um punhado de farinha de mesa. Azeite: Para melhorar o gosto do azeite nacional, coloque-o numa garrafa de gargalo largo e junte algumas azeitonas pretas: após dez dias estará pronto para ser consumido. Azulejo: Para que os azulejos das paredes não fiquem gordurosos, passe um pano untado em querosene. Depois, passe outro pano seco e o brilho aparecerá. Não pega bem no Escritório: Falar com a recepcionista que está atendendo alguém; espera-se a vez. Mascar chiclete ao conversar com o público, com os chefes ou com os colegas. Prolongar um telefonema enquanto alguém aguarda por você. Se a ligação for importante, faça, com delicadeza, um sinal para que o outro espere um pouco mais. Usar perfumes fortes. Receber parentes e amigos para conversar. Fazer pedidos de ordem pessoal a contínuos, telefonistas e faxineiras. *** Natureza Mística Algumas plantas têm o poder de trazer para perto de você vibrações benéficas e estimular ações positivas. Saiba quais são elas e inunde sua casa com essas energias naturais. Plantas do bem: Alecrim — Considerado um poderoso estimulante natural, o alecrim também favorece as atividades mentais, expande a vitalidade para o trabalho e fornece ânimo para a execução das tarefas diárias. Arruda — Uma das mais populares armas contra os sentimentos invejosos, a arruda ainda cria uma atmosfera de prosperidade e positividade em um lar. Comigo-ninguém-pode — Sua principal função é afastar os fluidos negativos e proteger o lar contra vibrações ruins, que possam entrar sem ser convidadas. Apenas é preciso ter um certo cuidado com essa planta, pois ela possui substâncias tóxicas. Espada-de-são-jorge — Ela evoca a coragem e determinação, características à realização dos seus objetivos. A espada-de-São-Jorge também requer cuidados especiais, pois é outra planta que traz substâncias tóxicas. Guiné — Muito utilizada em banhos de energização, essa planta tem o poder de criar um forte campo magnético ao seu redor. Ela bloqueia a ação de energias negativas, desperta o otimismo em seus atos e atrai mais sorte para a sua vida. Outro benefício propiciado por essa planta é o bem-estar que ela espalha, em qualquer ambiente em que estiver. Manjericão — Atua diretamente sobre o estado de espírito, proporcionando paz e tranqüilidade. É indicado, também, para acalmar as tensões do dia-a-dia, afastar os pensamentos negativos e evitar a depressão. Pimenta — O poder estimulante dessa planta auxilia em casos de falta de ânimo e desmotivação. A planta protege contra o mau-olhado, espanta os fluidos negativos e espalha vibrações benéficas. Açafrão — Protege a saúde e estimula o amor. Alho — Atrai proteção e beneficia a saúde. Babosa — Ativa o amor e "chama" a sorte. Camomila — Purifica os ambientes e traz prosperidade. Erva-Cidreira — Estimula o sucesso e desperta sentimentos afetivos. Girassol — Colabora na realização de projetos e incentiva sabedoria. Rosa — Espalha o amor pelos ambientes e atrai ótimas vibrações. *** Humor Casamento Única sentença de prisão perpétua que pode ser can- celada por mau comportamento. Situação em que nenhuma mulher tem o que esperava e nenhum homem espera o que tem. Matematicamente: soma de afeto, subtração de liber- dade, multiplicação de responsabilidade e divisão de bens. Considerado a principal causa do divórcio. Processo químico pelo qual uma laranja se transforma em limão. Catalizador da engorda. Filosofia de Estrada — Seja paciente na estrda para não ser paciente no hospital. Por uma morena, escovo urubu até ficar branco. Burro não amansa, acostuma. Malandro é sapo, que casa e leva a mulher para o brejo. Alegria de poste é estar no mato sem cachorro. Se você está com pressa, por que não veio antes? Para quem está afundando, jacaré é tronco. Se ferradura desse sorte, cavalo não puxava carroça. Existo porque insisto. *** Pensamentos Provébios "A aparência das coisas é fácil de ver; mas seu princípio é difícil de conhecer." "Quando a lesma baba, não lhe pergunte o motivo." "O vazio de um dia perdido jamais será preenchido." "O homem vê apenas o momento presente; o Céu abrange o distante futuro." "Até que hoje se torne amanhã, não se conhecerá os benefícios do presente." "O sábio e o insensato são formados pela mesma matéria." "Quem tem uma idéia justa do que é providência, não se detém perto de um muro que ameaça cair." "A sombra se move de acordo com os caprichos do sol." "Nada chega sobre essa terra que o Céu não traga de volta em seu ciclo de revoluções." "Nada abrevia a vida tanto quanto os passos perdidos, as palavras ociosas e os pensamentos inúteis." "Palavras não cozinham o arroz." "Não há rosas que durem cem anos." "Inútil sacar vossa espada para cortar a água; a água continuará a correr." "Para que serve crer no Céu como numa bússola se a consciência não controla o leme?" "É mais fácil variar o curso de um rio do que o caráter de um homem." "Crianças pequenas batem no ventre da mãe. Crianças grandes, no coração." (Ditado alsaciano). "Quanto mais leis, menos justiça." (Ditado alemão). "Quando o dinheiro fala, até a verdade se cala." (Ditado russo). "Livros são navios que percorrem os vastos mares do tempo." Francis Bacon (1561-1626), estadista e filósofo inglês. "Julga-se um homem tanto por seus inimigos quanto por seus amigos." Joseph Conrad (1857-1924), escritor de língua inglesa nascido na Polônia. *** História das Frases É nas horas difíceis que conhecemos os Amigos — Essa frase, que destaca o valor da amizade, sobretudo em momentos adversos, consagrou-se como provérbio ao longo do tempo. Sua procedência pode ser rastreada em diversas culturas, mas um dos primeiros a registrá-la em suas obras foi o orador, filósofo e político Marco Túlio Cícero (106-43) a.C., no seu famoso tratado Sobre a Amizade: *Amicus certus in re incerta cernitur*. A expressão original, dada a economia vocabular do latim, dá um sentido ligeiramente alterado: "O amigo certo é conhecido na questão incerta." O famoso homem público sabia do que estava falando. Depois de abandonado por diversos amigos, sofreu o exílio e morreu assassinado. ***

Etimologia Escol: redução de escolha, por sua vez formada a partir de escolher, do latim *excolligere*, joeirar, dar preferência, escolher. Designa elite, grupo ou estamento, de destacada posição so- cial, cultural, profissional. *** Que Intriga... Intriga Amor Penoso -- Chamados para investigar problemas na reprodução de avestruzes em cativeiros, pesquisadores britânicos concluíram que as aves que não conheciam sua mãe se apaixonavam pelos criadores e evitavam contato com os de sua espécie. O cão que ri — Patricia Simonet, de Sierra Nevada College, Estados Unidos, conseguiu gravar a risada de um cachorro. É uma respiração curta, semelhante a um suspiro. Quando a pesquisadora toca o som gravado, os animais correm para morder seus brinquedos ou se aproximam de seus locais de diversão. *** Receitas Torta Salgada: Ingredientes da Massa: 150 g de ricota, 1 xícara e meia de chá de farinha de trigo, 150 g de manteiga ou margarina, 1 colher de sopa de fermento em pó, 2 colheres de sopa de leite, 1 colher de chá de sal. Ingredientes do Recheio: 150 g de queijo ralado, 3 ovos, 1 lata de creme de leite, 1 colher e meia de chá de sal. Modo de preparo: Amasse a ricota e acrescente os demais ingredientes da massa. Amasse bem, até ela não grudar nas mãos. Divida a massa em duas partes iguais. Reserve uma das partes. Abra a outra metade numa forma redonda média, untada com manteiga ou margarina. Fure-a com um garfo e reserve. À parte, prepare o recheio, misturando o queijo ralado com as gemas, o creme de leite e o sal. Acrescente as claras em neve delicadamente. Despeje sobre a massa na forma reservada. Cubra com a outra metade da massa, que também estava reservada. Pincele com gema. Leve ao forno moderado preaquecido por aproximadamente 30 minutos. Rendimento: 8 porções. Tempo de preparo: 40 minutos. Calorias: 363 por porção. Dica: Sirva imediatamente, para não murchar. Vai bem com Frango. talharim vegetariano — Ingredientes: 1 dente de alho picado; 3 colheres de sopa de azeite; 1 cebola picada; 2 tomates picados, sem sementes; 1 pimentão amarelo e 1 vermelho, sem sementes, cortados em cubos; 1 xícara e meia de chá de azeitonas pretas, sem caroço, cortadas ao meio; 8 folhas de manjericão; 1 co- lher e meia de sopa de orégano; 1 colher e meia de chá de pimenta calabresa, sal a gosto; 3 xícaras de chá de folhas de rúcula, em pedaços, 300 g de macarrão talharim, queijo parmesão ralado a gosto. Modo de fazer: Coloque 3 litros de água para ferver numa panela grande. Enquanto isso, prepare o molho: frite o alho e a cebola no azeite, até se tornarem macios. Junte os tomates e cozinhe por 5 minutos. Acrescente os pimentões e cozinhe por mais 4 minutos. Misture as azeitonas, as ervas, a pimenta calabresa e cozinhe em fogo baixo, mexendo de vez em quando, por mais 5 minutos. Tempere. Cozinhe o talharim até ficar macio, mas firme, *aldente*. Escorra e misture ao molho quente. Sirva polvilhado com queijo parmesão ralado. Brigadeiro de Abóbora — 2 latas de leite condesado, 2 colheres de margarina, 1 xícara de chá de coco ralado, 1 xícara de chá de abóbora cozida. Leve todos os ingredientes ao fogo em uma panela de fundo grosso, até que desprenda da panela, em média 10 minutos em fogo baixo. Deixe esfriar em um prato untado com margarina. Depois de frio, faça bolinhas e passe em açúcar cristal. Importante: a panela tem que ser grossa; caso contrário o doce queimará. Geléia de morango com Maçã — 500 g de morangos lavados e sem os cabinhos; suco de 1 limão pequeno; 2 maçãs descascadas e cortadas em cubinhos; 1 xícara de mel Karo; 5 gotas de anilina vermelha. Modo de fazer: Coloque todos os ingredientes em uma panela grande com fundo grosso, cozinhe em fogo baixo por 30 a 40 minutos, mexendo com uma colher de pau de cabo comprido, até obter o ponto de geléia. Nota: recomenda-se que as maçãs sejam verdes. *** Utilidade Pública Se a roupa de alguém pegar Fogo -- Se for você mesmo, role pelo chão para abafar as chamas. Se for outra pessoa, deite-a no chão de qualquer modo. Cubra a área em chamas com um tapete, um cobertor, um casaco ou uma camisa, para que isole as chamas do ar. Ao fazer isso, proteja o rosto da vítima e o seu próprio, usando o casaco ou cobertor como escudo. Se se tratar de uma criança, impeça-a de correr, tomada de pânico, já que isso aviva as chamas. Enrole-a num cobertor e isole as chamas, conforme descrito acima. As roupas escaldadas não devem ser tocadas, porque os tecidos quentes vão piorar os danos causados à pele do paciente. Chame uma ambulância. Se a pessoa não estiver gravemente queimada, leve-a imediatamente para um hospital. Jamais tente remover as roupas carbonizadas ou queimadas de uma pessoa; deixe essa operação para o pessoal especial- mente treinado. :::::::::: Informativo IBC Os benefícios do Tae Kwon Do para os alunos do IBC — Professor Roberto Cardia — Faixa Preta #;o Dan. — Tenho observado nos alunos de Tae Kwon Do do Instituto Benjamin Constant, que o esporte vem imbuindo-os de tranqüilidade e cortesia. Também demonstram preocupação com a integridade física do companheiro, que é um fator de grande valia entre eles, pois sabem que é um esporte que envolve o combate corpo a corpo e que dependem do outro para treinar. Repercute também na autoconfiança em seus afazeres, munindo-os de coragem e fortalecendo-os como integrantes no meio social. Contato: ~,robertocardia@ig.com.br~, :::::::::: Noticiário Especializado Deficientes no mercado de trabalho — Deficientes físicos podem garimpar um lugar no mercado de trabalho, com o auxilio de escritórios como o Suporte Assessoria e Consultoria Empresarial, que formula gratuitamente currículos e direciona candidatos a vagas abertas no mercado. A empresa conseguiu, nos últimos seis anos, ocupar 800 delas com trabalhadores que possuem algum tipo de deficiência, de acordo com Açucena Calixto Bonanato, diretora da instituição. Para receber auxílio da Suporte, os interessados devem mandar currículo por e-mail ~,suporte@rhsuportetotal~ com.br~, ou passar por telefone nome e número para contato. Todos os atendimentos são com hora marcada, pelos tels. (0xx11) 3275-3006 e (0xx11) 3272-9496. A segunda etapa é fazer uma entrevista no escritório, onde são avaliadas as habilidades dos candidatos. Por fim, a instituição faz indicações dos trabalhadores para as empresas. *** Rebaixamento de calçadas para deficientes começa pelo Centro — Portadores de deficiência física já podem cruzar as avenidas Ipiranga e São João. A esquina mais famosa da capital foi a escolhida para marcar o início do plano de rebaixamento de calçadas. *** Correio abre licitação para instalar agências em todo o Comércio — Os Correios estão realizando uma série de licitações para a abertura de novas agências em lojas e estabelecimentos comerciais, a que deverão ter acesso por- tadores de deficiência. *** Produtos à venda na APEC — Associação Pernambucana de Cegos — Guia em alumínio com suporte antederrapante tamanho ofício para escrita cursiva. Assinador em alumínio com suporte antederrapante em borracha. Punção com bico em aço inoxidável. Bengala dobrável em alumínio com cabo e ponteira em náilon Bengala inteiriça em alumínio com cabo e ponteira em náilon Reglete de bolso em alumínio 15 celas e 4 linhas Reglete de bolso em alumínio 20 celas e 4 linhas Ponteira emborrachada para bengala. Reglete de bolso em alumínio 27 celas e 4 linhas Reglete de mesa em alumínio, com prancheta, 27 celas e 4 linhas. Reglete de mesa em alumínio, sem prancheta, 27 celas e 4 linhas. Sorobã em madeira de 21 eixos com contas esféricas coloridas. Sorobã em fórmica de 21 eixos com contas esféricas coloridas. Bolsa em náilon com bolso e zíper para cada componente, com dispositivo de uso, mãos, costas e tiracolo. Praça professor Barreto Campelo, n.o 1238 Bairro: Torre Recife — PE Cep: 50710-290 Tel e Fax: (0xx81) 3227-3000 E-mail: ~,apec@iteci.com.br~, ***

Centro Cultural Louis Braille de Campinas Atua como entidade filantrópica no segmento de deficientes visuais desde 1969. "Procuramos, no transcorrer desses anos, desempenhar um trabalho voltado para a formação intelectual e humanística para um público com necessidades especiais, de Campinas e mais dezenas de cidades de nossa região. Sempre tivemos o apoio irrestrito da comunidade, bem como dos órgãos públicos, notadamente da Federação das Entidades Assistenciais de Campinas, FEAC e da Prefeitura Municipal de Campinas. Os nossos dispêndios, ou seja, quase 41 por cento, advêm de recursos próprios, por receitas diretas, sócios contribuintes, eventos por nós organizados e doações. O restante, ou seja, 59 por cento, é provido pelo poder público -- Município, Estado, Federação. Realizamos muitos procedimentos, temos muito a realizar, mas cremos que não fizemos nem muito, nem pouco, fizemos o possível. Há de se registrar a abnegação de nossos funcionários, em todos os escalões, que nunca mediram esforços na consecução de seu trabalho, bem como nosso reconhecimento ao corpo de voluntários que doam o seu bem mais precioso, sua atenção e seu tempo." *** Um vinho para todos os Sentidos — O vinho Cyan Crianza 1999, está sendo o primeiro vinho espanhol a ser comercializado com etiqueta em escrita braille em sua garrafa. Um dos proprietários da vinícula declarou que: "Esta foi uma maneira simples de contribuir com a supressão de barreiras e com a luta pela integração de pessoas com deficiência visual, que são cidadãos consumidores que têm o mesmo direito de identificar os produtos que são oferecidos pelo mercado." *** Sorocabano desenvolve programa de e-mail Falado — Deficiente visual há cerca de oito anos, o aposentado Ricardo da Costa Alba, ex-professor de informática, desenvolveu em conjunto com o primo Ismael Alba Rocha Vieira, o "E-Vox", um programa inédito para envio de men- sagens faladas via e-mail. Convivendo com apenas 3 por cento da visão do olho direito, Ricardo tinha dificuldade para se comunicar via Internet por causa da digitação. Pensando inicialmente no seu benefício próprio, começou a desenvolver este novo *software* para conversar com o primo, programador, que mora em Maringá, no Paraná. "Com o passar do tempo, fomos aperfeiçoando o E-Vox e hoje já estamos comercializando-o por meio de nossa *home page*. Começamos a desenvolvê-lo em julho do ano passado e, em janeiro deste ano, concluímos a versão profissional, que já está disponível. O principal é que estamos fornecendo gratuitamente para portadores de deficiência visual que utilizam os programas de leitura de tela Virtual *Vision*, desenvolvido pelo Bradesco, ou DOSVOX, desenvolvido pela UFRJ", explicou Ricardo. De acordo com ele, o programa é inédito e de muita utilidade para os deficientes visuais. Gravando áudio em formato MP3 em tempo real, o E-Vox permite que o usuário grave sua mensagem com a utilização de um microfone comum. Para enviar a mensagem é muito simples: basta enviar seu arquivo de voz por e-mail. A outra pessoa poderá ouvir por meio do programa executável ou por programas como o Midia *Player* ou Real *Player*. A intenção dos programadores é comercializar o E-Vox, principalmente via *home page*. Entretanto, segundo Ricardo, se alguma empresa ou provedor se interessar em comprar a versão executável, uma nova forma de mídia está sendo desenvolvida para que haja retorno para o investidor. Os únicos requisitos para sua utilização são um microcomputador *Pentium* 133 ou superior, recomendável *Pentium* 300, com 32 MB de memória RAM, no mínimo, e 1 MB de espaço em disco, além, é claro, de um microfone comum. O sistema operacional deve ser o *Windows* 98 ou superior. *** Caro Aluno: Mostre este texto ao seu professor Como apoiar o estudante cego. Os estudantes com deficiên- cia visual não têm a mesma posibilidade que os seus colegas em tirar apontamentos das aulas, recorrendo à gravação. Caso o docente se oponha, deverá fornecer, antecipadamente, ao estudante, elementos referentes ao conteúdo de cada aula. Nas aulas deverão ser evitados termos como "isto" ou "aquilo", uma vez que não têm significado para um estudante que não vê. Quando utilizar o quadro, o docente deverá ler o que escreveu para que, ao ouvir a gravação da aula, o estudante tenha a noção do que foi escrito. Se usar transparências, o docente poderá proceder do seguinte modo: antes do início da aula fornecer ao estudante uma cópia em braille, ou em caracteres ampliados ou mesmo em suporte digital e, se isso não for possível, fornecer no final uma cópia; durante a apresentação, identificar e ler o conteúdo da transparência. Quando recorrer a quadros, figuras ou *slides*, deverá descrever o seu conteúdo. Alguns estudantes que não nasceram cegos, que ainda conservam algum resíduo visual, têm uma memória residual de objetos, figuras, etc. *** Comunicamos que foi formada a Associação dos deficientes Visuais de vacaria — ADEVIVA: Rua: Cavalcante Tristão, 114 Bairro — Jardim dos Pampas Vacaria — RS CEP: 95200-000 Cotatos com Vanda Lima Michelon *** O presente questionário tem como objetivo principal coletar dados para a elaboração de um projeto de um jornal em braille, coordenado por Jean Schutz, Fábia Carolina Hafermann e Vanessa Espíndola Martinelli, alunos do curso de Comunicação Social da UNISUL — Universidade do Sul de Santa Catarina. Sua colaboração é bastante importante! 1. Nome. 2. Idade. 3. Qual é o seu grau de deficiência visual? Total ou Parcial? 4. Você trabalha atual- mente? Em que área? 5. Você tem acesso à Internet? O que você mais acessa na rede? 6. Qual é o seu endereço de correio eletrônico? 7. Você freqüenta alguma associação de cegos? Qual? 8. Qual o meio de comuni- cação que você mais usa para ficar informado? Por quê? 9. Você conhece algum jor- nal em braille no Brasil? Qual? 10. Qual a importância de um jornal em braille? 11. O que você gostaria de ler em um jornal em braille? 12. Qual a periodicidade que você acha que o jornal deveria ter? 13. Qual o nome que você sugere para o jornal? 14. Você gostaria de par- ticipar, de alguma forma, da elaboração deste jornal? 15. Dê suas considerações finais e sugestões para o projeto. A pesquisa respondida deve ser enviada pelo endereço: ~,jeansc@saci.org.br~, Se preferir, mande-a em braille para: Jean Schutz Rua: Laurindo Januário da Silveira, 1728 A Bairro: Canto da Lagoa Florianópolis — SC CEP: 88062-200 Desde já, agradecemos pela sua colaboração. Atenciosamente, Jean Schutz, Fábia Carolina Hafermann e Vanessa Espíndola Martinelli. *** Atenção Estamos abrindo vagas na área administrativa para pessoas portadoras de deficiência, pessoas com necessidades especiais. ~,drcarvalho@santander.~ com.br~, São aproximadamente 75 vagas na área administrativa. :::::::::: Troca de Idéias Liene Cristina da Costa e Silva Rua Quatro, n.o 160 Bairro: Colina Verde Pouso Alegre -- MG CEP: 37550-000 Não sou deficiente visual mas gostaria de corres- ponder-me com pessoas que queiram fazer amizade. Martonio Torres Carneiro Av. Contorno Norte, 531 Bairro: Conjunto São Cristovão -- Mercejana Fortaleza — CE CEP: 60066-190 Gostaria de manter correspondência com pessoas de ambos os sexos, que estu- dem, ensinem ou gostem de falar e escrever em inglês, e pessoas que sejam de outros países, mas falem português. Martin Felinto da Silva Rua Monsenhor Severiano, 302 Bairro: Cruz das Almas João Pessoa — PB CEP: 58085-510 Sou surdo-cego, espírita e gostaria de corresponder-me com moças de 30 a 45 anos, para compromisso sério. Manoel Clemente da Costa Zimas Bairro: Salazar, 12 Telheiro Barreira 2410-023 Leiria — Portugal Gostaria de corresponder-me com brasileiros e portugueses, para troca de idéias. Jussara da Silva Mota Rua 7 de Setembro, 1710 Bairro: Santa Helena Lages — SC CEP: 88504-241 Gostaria de manter correspondência com pessoas de ambos os sexos, para fazer novas amizades, e também com alguém especial, para um futuro compromisso. Shirley Grasielly Pereira Fernandes Rua Alberto Bosco, 775 Bairro: Vila Padre Anchieta Campinas — SP CEP: 13068-009 Tenho 21 anos e gostaria de corresponder-me com pes- soas de ambos os sexos, de qualquer idade, mas, em especial, que sejam evangélicas Vanda Carla Mendes Pires Pinheiro Quinta da Brasileira Lote 10 Benavente Portugual 2130-999 Sou casada e gostaria de corresponder-me com pessoas de ambos os sexos, para uma bela amizade. Carlos A. de Oliveira Av. Georgeth B. Leite, 185 Bairro: Quatis — RJ CEP: 27430-000 Gostaria de corresponder-me com pessoas de 20 a 37 anos. Luiz Carlos do Nascimento Rua Irmã Euzébio, 133 Bairro: Lages Baturité -- CE CEP: 62760-000 Gostaria de corresponder-me com pessoas que possam me orientar sobre as abrevia- turas em inglês, ende- reços de revistas em lín- gua inglesa e como devo proceder para ser assinante destas revistas. Se, por acaso, alguns colegas souberem como e onde eu poderia encon- trar livros e revistas em in- glês, por favor me informem. Érica de Souza Cerqueira Qd. 612 Conj. 03 casa 03 Samambaia Norte Brasília — DF CEP: 72305-120 Tenho 20 anos e quero corresponder-me com pessoas de ambos os sexos, entre 20 e 30 anos de idade, das regiões Sul e Suldeste, para que possa fazer novas amizades e também encontrar minha cara-metade. Márcia Aparecida Apel Rua Carlos Gomes, 343 Canadá II Sete Lagoas -- MG CEP: 35701-399 Desejo corresponder-me com pessoas de ambos os sexos, para fazer mais amigos. Evânio e Delvânia de Oliveira Rua José Brasil, 06 Bairro: Novo Brasil Funilândia -- MG CEP: 35709-000 Queremos fazer novas amizades. Claudio Schaly Rua Francisco do Vale Jostim, 252 Bairro: Gralha Azul Araucária -- PR CEP: 83709-070 Tenho 26 anos, gosto de música sertaneja, futebol, passear, etc. Quero corres- ponder-me com moças entre entre 27 e 35 anos, para namorar. Valdete Amarante de Luz Rua Frei Caneca, 343 Bairro: São Miguel Lages -- SC CEP: 88525-220 Tenho 37 anos, solteira, sou muito alegre e gostaria de fazer novas amizades ou ter um compromisso sério.

Manoel Barbosa da Silva Rua Sítio Otizeiro de Baixo Bairro: Coité do Noia Arapiraca -- AL CEP: 57325-000 Gostaria de coresponder-me com garotas de 15 a 34 anos, para uma bela amizade. Rebeca Campos Rua Santa Isabel, 105 Porto -- Portugal 4050-536 Quero corresponder-me com rapazes e moças que possam se transformar em novos e bons amigos. Orivaldo de Bitencourt Rua Presidente Kennedy, 401 Vila Santa Rosa Guarujá -- SP CEP: 11431-000 Sou solteiro, tenho 41 anos e gostaria de correspon- der-me com pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, a fim de manter uma boa troca de idéias. :::::::::: Ao Leitor Gostaríamos de informar aos senhores leitores de troca de idéias que o Sr. Sergio Manuel Cunha não se inscre- veu para esta seção. Quem o fez em seu nome usou de má-fé. Gostaríamos também de dizer que esta seção foi criada para que houvesse comunicação e amizade entre os seus participantes. Sendo assim, não aceitamos esse tipo de brincadeira. ::::::::::