SUMÁRIO Editorial ,,,,,,,,,,,,,,1 A Violeta ,,,,,,,,,,,,,2 A Lição do Rio ,,,,,,,6 O Nome do Primeiro "Dono" do Brasil ,,,,9 No Dia em que Deus criou a Mãe ,,,,,,,,,,13 E se os Nazistas Ti- vessem vencido? ,,,,,,,16 O que foi a Rota da Seda ,,,,,,,,20 Telefone Amigo ,,,,,,,,22 As gueixas ,,,,,,,,,,,,,30 Alpinista Cego Escala o Everest ,,,,,,,,,,,,32 Histórias Interessantes ,,,,,,,,37 Brasil ,,,,,,,,,,,,,,,44 Ecologia ,,,,,,,,,,,,,,,46 Lugares do Mundo ,,,,,,49 Ciência e Saúde ,,,,,,,51 Variedades ,,,,,,,,,,,,,78 Informativo IBC ,,,,,,93 Noticiário Especializado ,,,,,,,,94 Troca de Idéias ,,,,,,,104 ::::::::::
Provavelmente, caro(a) lei-
tor(a), quando você estiver
lendo o editorial desta RBC,
ela já fará parte de um passado
remoto, salvo se mudanças estruturais
ocorrerem no IBC.
Contamos com tais mudanças,
mas nos questionamos se um dia
elas virão.
:::::::::
A Violeta
(Khalil Gibran)
Havia num bosque isolado uma bonita violeta que vivia insatisfeita
entre suas compa-
nheiras.
Certa manhã, levantou a cabeça e viu uma rosa que se balançava acima
dela, radiante e orgulhosa. Gemeu a violeta dizendo:
-- Pouca sorte tenho eu entre as flores! Humilde é meu destino! Vivo
na terra e não posso levantar a face para o sol como fazem as rosas.
A Natureza ouviu e disse à violeta:
-- Que te aconteceu, fi-
lhinha? As vãs ambições apoderaram-se de ti?
-- Suplico-te, ó mãe poderosa, -- disse a violeta: -- Transforma-me
em rosa, por um dia só que seja.
-- Tu não sabes o que estás pedindo, -- retrucou a Natureza. -- Ignoras
o que se esconde de infortúnios atrás das aparentes grandezas.
-- Oh! transforma-me numa rosa esbelta e alta, -- insistiu a violeta.
-- E tudo o que me acontecer será a conseqüência dos meus próprios
desejos e aspirações.
A Natureza estendeu sua mão mágica, e a violeta tornou-se uma rosa
suntuosa.
Na tarde daquele dia, o céu escureceu, e os ventos e a chuva devastaram
o bosque. As árvores e as rosas foram abatidas.
Somente as humildes violetas escaparam ao massacre. E uma delas,
olhando em volta de si, gritou às companheiras:
-- Hei, vejam o que a tem-
pestade fez das grandes plantas que se
levantavam com orgulho e impertinência.
Disse outra:
-- Nós nos apegamos à terra; mas escapamos à fúria dos furacões.
Disse uma terceira:
-- Somos pequenas e humildes; mas as tempestades nada podem contra nós.
Então a rainha das violetas viu a rosa que tinha sido violeta, estendida
no chão como morta. E disse:
-- Vejam e meditem, minhas filhas, sobre a sorte da violeta que as
ambições iludiram. Que seu infortúnio lhes sirva de exemplo!
Ouvindo essas palavras, a rosa agonizante estremeceu e, apelando
para todas as suas forças, disse com voz entrecortada:
-- Ouvi vós, ignorantes, satisfeitas, covardes. Ontem, eu era como
vós, humilde e segura. Mas a satisfação que me protegia também me limitava.
Podia continuar a viver como vós, pegada à terra, até que o inverno
me envolvesse em sua neve e me levasse para o silêncio eterno sem que
soubesse dos segredos e glórias da vida, mais do que as inúmeras gerações
de violetas, desde que houve violetas. Mas escutei no silêncio da noite
e ouvi o mundo superior dizer a este mundo: o alvo da vida é atingir
o que há além da vida. Pedi então à Natureza -- que nada mais é do
que a exteriorização de nossos sonhos invisíveis -- para transformar-me
em rosa. E a Natureza atendeu ao meu desejo. Vivi uma hora como rosa.
Vivi uma hora como rainha. Vi o mundo pelos olhos das rosas. Ouvi a
melodia do éter com o ouvido das rosas. Acariciei a luz com as pétalas
das
rosas. Pode alguma de vós vangloriar-se de tal honra? Morro agora,
levando na alma o que nenhuma alma de violeta jamais experimentara.
Morro, sabendo o que há atrás dos horizontes estreitos onde nasci.
É esse o alvo da vida.
::::::::::
A Lição do Rio
(Henfil)
E o Rio corre sozinho.
Vai seguindo seu caminho.
Não necessita ser empurrado.
Pára um pouquinho no remanso.
Apressa-se nas cachoeiras.
Desliza de mansinho nas bai-
xadas.
Precipita-se nas cascatas.
Mas, no meio de tudo isso
vai seguindo seu caminho.
Sabe que há um ponto de
chegada.
Sabe que seu destino é para a
frente.
O rio não sabe recuar.
Seu caminho é seguir em
frente.
É vitorioso, abraçando ou-
tros rios, vai chegando no
mar.
O mar é sua realização.
É chegar ao ponto final.
É ter feito a caminhada.
É ter realizado totalmente
seu destino.
A vida da gente deve ser
levada do jeito do rio.
Deixar que corra como deve
correr.
Sem apressar e sem represar.
Sem ter medo da calmaria e
sem evitar as cachoeiras.
Correr do jeito do rio, na
liberdade do leito da vida,
sabendo que há um ponto de
chegada.
A vida é como o rio.
Por que apressar?
Por que correr se não há
necessidade?
Por que empurrar a vida?
Por que chegar antes de
partir?
Toda a natureza não tem
pressa.
Vai seguindo seu caminho.
Assim é a árvore, assim são
os animais.
Tudo o que é apressado perde
o gosto e o sentido.
A fruta forçada a amadurecer
antes do tempo, perde o gos-
to.
Tudo tem seu ritmo.
Tudo tem seu tempo.
E então, por que apressar a
vida da gente?
Desejo ser um rio. Livre dos
empurrões dos outros e dos
meus próprios.
Livre das poluições alheias
e das minhas.
Rio original, limpo e livre.
Rio que escolheu seu próprio
caminho.
Rio que sabe que tem um ponto
de chegada.
Sabe que o tempo não inte-
ressa.
Não interessa ter nascido a
mil ou a um quilômetro do
mar.
Importante é chegar ao mar.
Importante é dizer "cheguei".
E porque cheguei, estou rea-
lizado.
A gente deveria dizer: não
apresse o rio, ele anda so-
zinho.
Assim deve-se dizer a si mes-
mo e aos outros: não apres-
se a vida, ela anda sozinha.
Deixe-a seguir seu caminho
normal.
Interessa saber que há um
ponto de chegada e saber
que se vai chegar lá.
É bom viver do jeito do rio!
"Se não houver frutos, valeu
a beleza das flores;
se não houver flores, valeu
a sombra das folhas;
se não houver folhas, valeu
a intenção da semente."
::::::::::
O nome do
Primeiro "Dono" do Brasil
(Revista Época)
Fernando de Noronha, mais
do que conhecido, é um nome
repleto de ressonâncias mági-
cas para virtualmente todos os
brasileiros. Trata-se, todos
sabem, de um paraíso insular
em meio ao Atlântico -- o an-
tigo destino favorito de mi-
nistros, viajando nas asas da
FAB a nossa custa e em nos-
sas costas; o reino encantado
de surfistas endinheirados, de
mergulhadores -- _yuppies e de
golfinhos -- todos com sorriso
de comercial de dentifrício.
Mas o verdadeiro Fernando
de Noronha -- o homem cujo
nome foi usado para batizar
aquela ilha de fantasia --
praticamente ninguém conhece.
Embora por vezes ele seja
mencionado em livros didáti-
cos, ninguém nos conta que,
durante cerca de dez anos, Noronha
foi praticamente "dono"
do Brasil. Noronha, não:
Loronha. Mais precisamente,
Fernão de Loronha. Cris-
tão-novo, mercador e banquei-
ro, Fernão de Loronha era
um dos homens mais ricos de
Lisboa no século Xvi.
A primeira menção ao nome
de Fernão de Loronha nos ar-
quivos portugueses surge em
março de 1498, numa "carta de
quitação de débitos", assinada
pelo rei dom Manuel, que de-
clara o comerciante livre de
todas as dívidas com a Coroa.
No início do segundo semestre
de 1502, ao ser informado por
Américo Vespúcio de que o território descoberto por Cabral,
apesar de não possuir
"coisa de metal al-
gum", era recoberto por uma infinidade de
árvores de pau-
-brasil, dom Manuel
resolveu privatizar a
exploração do Brasil. Em
julho daquele ano, firmou um
contrato de arrendamento com
um grupo de cristãos-novos liderado por Fernão de
Loronha.
Por três anos, Loronha obteve o monopólio da
comercialização do pau-brasil. Em
troca, comprometia-se a cons-
truir uma fortaleza e explo-
rar 1.800 quilômetros de
litoral por ano. No primeiro
ano, estava isento do pagamen-
to de impostos. No segundo,
pagaria um sexto do valor to-
tal da mercadoria à Coroa, e,
no terceiro ano, um quarto.
No início de 1504, como
reconhecimento por seus bons
serviços, Loronha tornou-se
também donatário da primeira
capitania hereditária concedi-
da pelo rei, no Brasil: uma
belíssima ilha vulcânica que
se erguia em meio à imensidão
azul do Atlântico. A ilha
(descoberta por Vespúcio em
1502) chamava-se então São
Lourenço. Em breve, seria
conhecida pelo nome do donatá-
rio.
O contrato entre o rei e o
grupo de Noronha foi renovado
em duas ocasiões. Desse modo,
por quase dez anos -- de 1502
a 1511 --, o Brasil pouco
mais foi que uma imensa fazen-
da extrativista da qual gran-
des quantidades de pau-brasil
(cerca de duas mil toneladas por
ano) eram levadas para Portugal.
O dono dessa fazenda era
Fernão de Loronha. Ele continuou vivendo em Lisboa, sem
jamais ter visitado sua enorme
propriedade além-mar. Morreu
por volta de 1530 -- com toda
certeza sem imaginar que seu
nome, transfigurado em Fernando
de Noronha, iria adquirir um
significado idílico para os brasileiros.
::::::::::
No dia em que Deus
criou a Mãe
No dia em que Deus criou a mãe (e já vinha virando dia e noite
há seis dias) um anjo apareceu-lhe e disse:
-- Por que esta criação está lhe deixando tão inquieto Senhor?
E o Senhor Deus respondeu-lhe:
-- Você já leu as especificações desta encomenda? Ela tem que ser
totalmente lavável, mas não pode ser de plástico. Deve ter 180 partes
móveis e substituíveis, funcionar à base de café e sobras de comida.
Ter um colo macio que sirva de travesseiro para as crianças. Um beijo
que tenha o Dom de curar qualquer coisa, desde um ferimento até as
dores de uma paixão, e ainda ter seis pares de mãos. O anjo balançou
lentamente a cabeça e disse-lhe:
-- Seis pares de mãos Senhor? -- Parece impossível!!!!
-- Mas o problema não é esse, falou o Senhor Deus, e os três pares
de olhos que essa criatura tem que ter?
O anjo, num sobressalto, perguntou-lhe:
-- E tem isso no modelo padrão?
O Senhor Deus assentiu:
-- Um par de olhos para ver através de portas fechadas para quando
se perguntar o que as crianças estão fazendo lá dentro (embora ela
já saiba); outro par na parte posterior da cabeça para ver o que não
deveria, mas precisa saber e, naturalmente, os olhos normais, capazes
de consolar uma criança em prantos, dizendo-lhe:
-- "Eu te compreendo e te amo!" -- sem falar uma palavra.
E o anjo, mais uma vez, disse-lhe:
-- Senhor... já é hora de dormir. Amanhã é outro dia.
Mas o Senhor Deus explicou-lhe:
-- Não posso, já está quase pronta. Já tenho um modelo que se cura
sozinho quando a-
doece, que consegue alimentar uma família de seis pessoas
com meio quilo de carne moída e consegue convencer uma
criança de nove anos a tomar banho...
O anjo rodeou vagarosamente o modelo e falou-lhe:
-- É muito delicada, Senhor!
Mas o Senhor Deus disse entusiasmado:
-- Mas é muito resistente! Você não imagina o que esta criatura pode
fazer ou suportar!
O anjo, analisando melhor a criação, observou:
-- Há um vazamento ali Senhor...
-- Não é um simples vazamento, é uma lágrima! E esta serve para expressar
alegrias, tristezas, dores, solidão, orgulho e outros sentimentos.
-- Vós sois um gênio, Senhor! -- disse o anjo entusiasmado com a
criação.
-- Mas, disse o Senhor, isto eu não coloquei, apareceu assim...
::::::::::
E se os Nazistas
Tivessem Vencido?
(Denis Russo Burgihman)
A idéia de que Adolf Hitler pudesse concretizar seus planos megalomaníacos,
hoje soa absurda. Mas os alemães estiveram a milímetros de ganhar a
guerra. Tanto que o historiador inglês Stephen Ambrose atribui a derrota
dos nazistas a um meteorologista escocês. Ele chamava-se J. M. Stagg
e fazia a previsão do tempo para as tropas aliadas. No dia 5 de junho
de 1944, apesar da tempestade que castigava a costa francesa, Stagg
garantiu que o céu acabaria abrindo mais tarde.
Foi um chute, já que o clima naquela região é tão instável que até
hoje os satélites erram metade das previsões. Mas Stagg acertou. Se
a chuva não parasse, os soldados que desembarcaram na França na manhã
seguinte -- o Dia D -- chegariam à praia enjoados, incapacitados
para lutar. Também não haveria visibilidade para soltar paraquedistas
ou bombas. Toda a operação para libertar a França teria sido um fiasco.
Por outro lado, o historiador militar inglês John
Keegan acredita que
Hitler perdeu sua chance de vencer, três anos antes, em 1941. Nessa
época, quase toda a Europa estava em suas mãos ou na de seus cúmplices
italianos e simpatizantes espanhóis. Animado com o sucesso, o ditador
encarou de frente a Rússia. Acabou derrotado pelo inverno.
Keegan argumenta que Hi-
tler poderia ter optado por uma invasão indireta.
Ele entraria fácil na Turquia e de lá estenderia seus tentáculos pelo
Oriente Médio. Garantiria, assim, um suprimento inesgotável de petróleo
para mover seus tanques e aquecer suas tropas. Depois, tomaria o sul
da União Soviética, onde o inverno não é tão cruel. Desse jeito, deixaria
Stálin sem suas principais reservas petrolíferas. Daí para a frente,
seria fácil conquistar a Rússia e, depois, a Índia, então colônia inglesa.
E não pararia por aí. A Inglaterra é pouco populosa e pobre em recursos
naturais. Sem suas colônias, viraria presa fácil. Resultado: antes
mesmo de 1950, o império nazista já teria se estendido pela Europa,
Ásia e África -- mais do que os impérios romano e mongol somados. Seria
um mundo de duas classes. Os arianos, considerados superiores, mandariam.
Eslavos, negros e asiáticos virariam cidadãos de segunda classe. Outros
povos, como os judeus e os ciganos, seriam exterminados.
É bem possível que nem assim o Estado nazista sossegasse. Continuaria
invadindo país após país. "Podemos ter um século de luta à nossa frente",
disse Hitler certa vez. "Antes isso do que ir dormir."
Chegaríamos ao ano 2000 nos reerguendo dos destroços. É bem possível
que a ciência estivesse estagnada, depois de décadas torrando todo
o di-
nheiro em bombas e projéteis. A informática seria ainda bem primitiva.
Na próxima vez que você navegar na rede mundial de com-
putadores, agradeça, portanto, àquele sortudo meteorologista escocês.
::::::::::
O que foi a Rota da Seda?
(Revista Superinteressante)
Famosa pelos relatos do veneziano Marco Polo, ela foi a maior e mais
antiga estrada que a humanidade conheceu. Surgida em meados do século
Ii a.C., a Rota da Seda atravessava todo o continente asiático.
Até o século Xv d.C., apenas a China sabia fabricar a seda, vendida
a peso de ouro para o Império Romano. As caravanas que transportavam a
luxuosa mercadoria não foram, porém, as responsáveis pela criação do caminho.
Desde a mais remota antigüidade, a China sofria invasões de cavaleiros
bárbaros das estepes, como os citas, os hunos, os mongóis e os turcos.
Isso fez com que o imperador Wu-Ti enviasse um emissário aos i-
nexplorados territórios a leste, para espionar os inimigos e buscar
alianças com tribos dissidentes. Esse agente se-
creto, Chang-Ch'ien, logo foi feito prisioneiro e só conseguiu fugir
dez anos depois -- mas trouxe de volta um relato completo dos costumes
desses povos e das rotas comerciais utilizadas por eles através da Ásia
Central.
Chang-Ch'ien se valeu da localização das cidades-estado estrategicamente
erguidas nos oásis dos desertos de areia e pedra do caminho. Também indicou
os melhores trajetos para transpor a cordilheira do Himalaia e chegar aos
ricos reinos da Índia e da Pérsia.
Estabelecida a rota, os produtos que conseguiam chegar a Constantinopla,
na entrada do Mediterrâneo, eram levados por mercadores árabes até Roma.
A Rota da Seda foi uma ponte importantíssima entre o Oriente e o Ocidente.
Não só para mercadorias, como também para idéias e credos. O próprio
budismo só ganhou força no Extremo Oriente graças a essa estrada. Hoje
resta apenas um resquício da grande via: a Karakoram Highway, que liga a
China ao Paquistão.
::::::::::
Telefone Amigo
(Revista Seleções)
Quando eu era criança meu pai comprou um dos primeiros telefones
da vizinhança. Lembro-me bem daquele velho aparelho preto, em forma
de caixa, bem polido, afixado à parede.
O receptor brilhante pendia ao lado da caixa. Eu ainda era muito
pequeno para alcançar o telefone, mas costumava ouvir e ver minha mãe
enquanto ela o usava, e ficava fascinado com a cena! Então, desco-
bri que em algum lugar dentro daquele maravilhoso aparelho existia uma
pessoa maravilhosa, e o nome dela era
"Informação, por favor"
e não havia coisa alguma que ela não soubesse. "Informação por favor"
poderia fornecer o número de qualquer pessoa e até a hora certa.
Minha primeira experiência pessoal com esse "gênio da lâmpada" aconteceu
num dia em que minha mãe foi à casa de um vizinho. Divertindo-me
bastante mexendo nas coisas da caixa de ferramentas no porão, machuquei
meu polegar com um martelo. A dor foi horrível, mas não parecia haver
qualquer razão para chorar, porque eu estava sozinho em casa e não
tinha ninguém para me consolar. Comecei a andar pelo porão, chupando
meu dedão que pulsava de dor, chegando finalmente à escada e subindo-a.
Então, lembrei-me: o telefone! Rapidamente peguei uma cadeira e usei-a
para alcançar o telefone. Desenganchei o receptor,
segurei-o próximo ao ouvido como via minha mãe fazer e disse:
"Informação, por favor!"
Alguns segundos depois, uma voz suave e bem clara falou ao meu ouvido:
"Informação."
Então, choramingando, disse: "Eu machuquei o meu dedo..."
Agora que eu tinha platéia, as lágrimas começaram a rolar sobre o meu
rosto.
"Sua mãe não está em casa?" veio a pergunta.
"Ninguém está em casa a não ser eu" falei chorando.
"Você está sangrando?" ela perguntou.
"Não." Eu respondi. "Eu machuquei o dedão com o martelo e está doendo
muito!"
Então a voz suave, do outro lado falou:
"Você pode ir até a geladeira?"
eu disse que sim. Ela continuou, com muita calma:
"Então, pegue uma pedra de gelo e fique segurando firme sobre o
dedo."
E a coisa funcionou! Depois do ocorrido, eu chamava "Informação, por
favor" pra qualquer coisa. Pedia ajuda nas tarefas de geografia da
escola e ela me dizia onde Filadélfia se localizava no mapa. Ajudava-me
nas tarefas de matemática. Ela me orientou sobre qual tipo de comida
eu poderia dar ao filhote de esquilo que peguei no parque para criar
como bi-
chinho de estimação. Houve também o dia em que Petey, nosso
canário de estimação, morreu. Chamei "Informação, por favor" e contei-lhe
a triste história. Ela ouviu atentamente, então falou-me palavras de
conforto que os adultos costumavam dizer para consolar uma criança.
Mas eu estava inconsolável naquele dia e perguntei-lhe:
"Por que é que os passarinhos cantam de maneira tão bela, dão tanta
alegria com sua beleza para tantas famílias e terminam suas vidas
como um monte de penas numa gaiola?"
Ela deve ter sentido minha profunda tristeza e preocupação pelo fato
de haver dito calmamente:
"Paul, lembre-se sempre de que existem outros mundos onde se pode
cantar!"
Não sei o porquê, mas me senti bem melhor.
Numa outra ocasião, eu estava ao telefone:
"Informação, por favor."
"Informação," disse a já familiar e suave voz.
"Como se soletra a palavra consertar?" perguntei.
Tudo isso aconteceu numa pequena cidade da costa oeste dos Estados
Unidos. Quando eu estava com nove anos, nos mudamos para Boston, na
costa leste. Eu senti muitas saudades de minha voz amiga!
"Informação, por favor" pertencia àquela caixa de madeira preta afixada
na parede de nossa ou-
tra casa; e nunca pensei em tentar a mesma experiência com o novo telefone
diferente que ficava sobre a mesa, na sala de nossa nova casa.
Mesmo já na adolescência, as lembranças daquelas conversas de infância
com aquela suave e atenciosa voz nunca saíram de minha cabeça.
Com certa freqüência, em momentos de dúvidas e perplexidade, eu me
lembrava daquele sentimento sereno de segurança que me era transmitido
pela voz amiga que gastou tanto tempo com um simples menini-
nho.
Alguns anos mais tarde, quando eu viajava para a costa oeste a fim
de iniciar meus estudos universitários, o avião
pousou em Seattle,
região onde eu morava quando criança, para que eu pegasse um outro
e seguisse viagem. Eu tinha cerca de meia hora até que o outro avião
decolasse. Passei então uns 15 minutos ao telefone, conversando com
minha irmã que na época estava morando lá. Então, sem pensar no que
estava exatamente fazendo, disquei para a telefonista e disse:
"Informação, por favor."
De um modo milagroso, eu ouvi a suave e clara voz que tão bem
conhecia!
"Informação."
Eu não havia planejado isso, mas ouvi a mim mesmo dizendo:
"Você poderia me dizer como se soletra a palavra consertar?"
Houve uma longa pausa. Então ouvi a tão suave e a-
tenciosa voz responder:
"Espero que seu dedo já esteja bem sarado agora!"
Eu ri satisfeito e disse:
"Então, ainda é realmente você? Eu fico pensando se você tem a mínima
idéia do quanto você significou para mim durante todo aquele tempo
de minha infância!"
Ela disse:
"E eu fico imaginando se você sabe o quanto foram importantes para
mim as suas ligações!"
E continuou:
"Eu nunca tive filhos e ficava aguardando ansiosamente por suas ligações."
Então, eu disse pra ela que muito fre-
qüentemente eu pensava nela durante todos esses anos e perguntei-lhe
se poderia telefonar para ela novamente quando eu fosse visitar minha
irmã.
"Por favor, telefone sim! É só chamar por Sally."
Três meses depois voltei a Seattle. Uma voz diferente atendeu:
"Informação."
Eu perguntei por Sally.
"Você é um amigo?" ela perguntou.
"Sim, um velho amigo". Respondi.
Ela disse:
"Sinto muito dizer-lhe isto, mas Sally esteve traba-
lhando só meio período nos últimos anos porque estava adoentada. Ela morreu há um
mês." Antes que eu desligasse ela disse:
"Espere um pouco. Seu nome é Paul?"
"Sim". Respondi.
"Bem, Sally deixou uma mensagem para você. Ela deixou escrita caso
você ligasse.
Deixe-me ler para você."
A mensagem dizia:
"Diga pra ele que eu ainda continuo dizendo que existem outros mundos
onde podemos cantar. Ele vai entender o que eu quero dizer".
Eu agradeci emocionado e muito tristemente desliguei o telefone.
Sim, eu sabia muito bem o que Sally queria dizer.
::::::::::
As Gueixas
(O Globo)
As Gueixas, literalmente, "pessoas das artes," surgiram
no que ficou conhecido como "quarteirões dos prazeres" -- áreas criadas
no Japão do século Xvii para tirar das ruas, indigentes, prostitutas
e artistas. Acabaram se transformando em oásis de diversões para quem
queria fugir da rígida estrutura da sociedade japonesa e era ali que
os mercadores gastavam seu ouro.
Mas para ser uma gueixa, ou seja, apenas apresentar-se tocando ou
cantando alguma coisa, nem era necessário ser mulher. Originalmente,
homens faziam isso. As primeiras gueixas mulheres surgiram em 1750.
As cortesãs eram especialistas nas artes do amor e desprezavam as
gueixas, que se dedicavam à dança e à música.
As prostitutas acabaram perdendo seu reinado com a a-
bertura dos portos japoneses e o início da modernização do Japão. As
gueixas eram mais livres, mais chiques e menos envolvidas em intrigas.
Atingiram o auge no século Xix, quando os quarteirões onde viviam, atraíam
homens de todas as partes. Chegavam às casas de chá que as contratavam,
muito meninas para serem treinadas e lá perdiam a virgindade. Algumas se
dedicavam a a-
penas um cliente -- ou patrão -- que lhes garantia uma vida financeira
estável. A decadência começou na década de 30, quando as mulheres passaram
a ver quimonos, penteados elaborados e dedicação às artes como atraso
de vida. Com a Segunda Guerra Mundial e o aumento do nacionalismo,
as gueixas voltaram a ser respeitadas como mantenedoras da tradição.
::::::::::
Alpinista Cego
Escala o Everest
(Revista Time -- Traduzido
por Márcia Clayton)
Assim que escorregou em uma avalanche, Erik começou a especular
qual seria a sua sorte. Por um momento, todos a-
queles clichês sobre o que as pessoas cegas deveriam fazer -- tornarem-se
afinadores de piano ou vendedores de lápis -- passaram pela sua cabeça, e
ele achou que estes estereótipos tinham razão de existir. Pessoas cegas,
certamente, não deveriam estar ali, vagueando sobre campos de gelo que
estão sempre se movendo, medindo distâncias de mais de 300 m de profundidade
em fendas de geleiras com bastões (de esqui), e pulando literalmente
"sobre" e "no" desconhecido.
Erik Weihenmayer, 33 anos, não é somente um outro alpinista que teve
alguns problemas em sua escalada no Himalaia. Cego desde os 13 anos
de idade, vítima de uma doença rara na retina, começou a escalar quando
tinha 20 anos.
Os cegos estão acostumados com padrões. Aprendem a identificá-los
em seu ambiente, e a confiar neles em seu caminho pelo mundo. Numa
avalanche não há sistema, repetição ou ritmo nas camadas de terra congelada.
Mas Erik possui em abundância uma qualidade indispensável em qualquer
grande montanhês: resistência mental, ou seja, a habilidade para agüentar
uma quantidade considerável de desconforto, frio, dores físicas, tédio,
insônia, comida e conversa ruins.
Quase 90 por cento daqueles que almejam chegar ao topo do Everest,
fracassam. Muitos, pelo menos 165 desde 1953, nunca retornaram aos
seus lares e seus corpos permanecem em lugares onde caíram.
Para Erik, a chave da sobrevivência foi a aceitação, não transcendê-la,
mas entendê-la profundamente de maneira a encontrar capacidade para
superá-la.
Depois de ter escalado o Kilimanjaro na África e o Aconcagua na Argentina,
en-
tre outros picos, Erik acre-
ditava que o Everest seria impossível.
Escalar com Erik requer um sino na mochila para que ele siga o som
e prossiga sem bastões especiais ao longo da trilha. Seus companheiros
o alertam diante dos perigos. Ele é rápido, e muitas vezes mais ligeiro
que alpinistas experientes.
Para a grande empreitada, foi montado um time que reunia alpinistas
veteranos do
Everest, amigos confiáveis de Erik. Para ele, que já tinha
numerosos patrocinadores de roupas e aparelhagens, este e-
ra o grande desafio de sua vida. Se fracassasse, estaria desapontando não
só a si pró-
prio, mas a todos os cegos, confirmando a teoria de que certas
atividades são estritamente para as pessoas de visão normal.
Ironicamente Erik levou alguma vantagem sobre os demais, assim que
começou a se aproximar do topo. Naquela altitude, todos os alpinistas
tinham que usar máscaras de oxigênio e óculos escuros especiais, restringindo
a visão tão severamente, que não conseguiam ver, sequer, seus próprios
pés, uma condição a que Erik já está bastante
habituado. A escalada final iniciou-se
ao cair da tarde,
o que acarretou uma subida acompanhada
de escuridão total, sendo que a única iluminação provinha das
lanternas de mineiros usadas na testa.
Com uma caída vertical de 3.000 m adentrando o Tibete, de um lado,
e 2.100 m em direção ao Nepal, do outro, o "South Summit" (Pico Sul)
a 8.765 m, com ventos que podem exceder a 160 km por hora, obriga
muitos alpinistas, a contragosto, darem a volta e desistirem.
Graças a uma mudança no tempo para melhor, a expedição de Erik chegou
ao "Hillary Step" (Degrau de Hillary), uma rocha de 12 m, que é o
maior obstáculo antes de se chegar ao cume. Dali, subiram mais 45 minutos
até o ponto mais alto.
"Olhe em volta", disse um de seus companheiros a Erik, quando finalmente
se encontraram no topo do mundo.
É uma conquista única, prova de quanto o homem é capaz de ampliar
os seus limites. Erik pode ser considerado o símbolo contemporâneo
para os deficientes da visão.
De volta à civilização, os únicos empecilhos na vida de Erik têm
sido os "brinquedos novos" de sua filha de um ano, Emma. E Erik caçoa,
afirmando: "em se tratando de obstáculos fatais, o Himalaia não representa
nada em comparação com uma criança que engatinha."
::::::::::
Histórias Interessantes
Leonardo da Vinci foi um dos maiores gênios da Humanidade. Um
pequeno manuscrito seu foi arrematado por 30 milhões de dólares.
O documento, que tem apenas 18 folhas dobradas em quatro e formando
folheto de 72 páginas, foi apresentado ao pú-
blico em exposição realizada no Museu de História Natural de New York,
tomadas as precauções de conservação.
As folhas foram acondicionadas em caixas de vidro climatizadas, iluminadas
por luz especial intermitente para não prejudicar o papel e a tinta;
terminais de computador permitiam que os visitantes vissem "de perto"
os originais e ouvissem a tradução em inglês, enquanto monitores realizavam
as experiências descritas. Os cuidados eram compreensíveis porque aquele
folheto continha manuscritos e desenhos relativos a especulações e
experiências científicas. Algumas delas antecipavam conhecimentos
descobertos muito depois, como a causa do brilho da Lua, a tênue luminosidade
das pontas do crescente lunar e, mais importante, a teoria das ondas,
que só seria formulada 200 anos mais tarde por Christian Huygens. Mas a
grande paixão científica de Leonardo era a água, que modelava a Terra, que
o gênio comparava ao organismo vivo, antecipando de séculos a recente hipótese
Gaia.
Leonardo conhecia tudo e a respeito de tudo criava teorias, corretas,
em sua maioria. Ele fundia e integrava a ciência na arte. Em suas paisagens,
as pedras e plantas tinham precisão geológica e botânica. No manuscrito
não se encontram vistosos dese-
nhos, mas esboços ou rascunhos necessários para explicar o texto, escrito
da direita para a esquerda, para ser lido a-
través do espelho.
***
Os Jardins Sagrados -- Sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos,
o Monte Carmelo -- uma montanha de 546 m na cidade portuária de Haifa,
norte de Israel -- agora servirá à peregrinação de outro grupo de religiosos,
os bahais (pronuncia-se barrais). Essa congregação inaugurou um tem-
plo chamado Patamares do Monte Carmelo, com dezenove jardins que se
intercalam até o topo da montanha. Monte Carmelo tem valor histórico: por
lá passaram o filósofo grego Pitágoras, a caminho do Egito, e o profeta Elias,
que morou em cavernas no local. Foi também nessa monta-
nha que viveu o profeta iraniano Bahá'u'llah no final do século Xix,
criador da fé bahai, a mais recente das religiões monoteístas do mundo.
Bahá'u'llah, é considerado por seus fiéis (há 7 milhões deles no mundo,
50.000 no Brasil) o último dos mensageiro de Deus, depois de Krishna, Buda,
Jesus Cristo e Maomé.
***
Quando foi construído O Arco do Triunfo? -- Em 1805, a cidade de
Austerlitz, República Tcheca, foi o palco de uma das mais importantes
vitórias militares de Napoleão. Os seus 68 mil soldados derrotaram 90 mil
combatentes da Rússia e da Áustria, que formavam uma coalizão contra seu
império. A vitória deixou Napoleão eufórico a ponto de prometer a seus
soldados a mesma glória dada aos exércitos romanos: voltar para casa sob
arcos triunfais. No ano seguinte, em Paris, foi lançada a primeira pedra
do monumento, mas o imperador francês não durou a ponto de vê-lo terminado.
As obras foram concluídas em 1836, no reinado de Luís Felipe. Napoleão,
ironicamente, passou sob seu monumento triunfal apenas uma vez: no
seu cortejo fúnebre, em 1840.
O arco ganhou novo significado quando a Primeira Guerra Mundial acabou
e o vito-
rioso exército francês marchou debaixo dele. Para homenagear
os heróis da guerra, o corpo de um soldado foi enterrado no subsolo.
A marcha vitoriosa se repetiu em 1944, liderada pelo general De Gaulle,
para comemorar a libertação de Paris do controle alemão na Segunda
Guerra Mundial.
***
Mulher sobrevive em um carro submerso -- Uma americana de 86 anos
foi protagonista de um episódio insólito. Wanda Irene Mckinnis
sobreviveu quase 48 horas em seu automóvel submerso em um arroio
graças a uma bolha de ar. Moradora da cidade de Achille, no estado
de Oklahoma, ela viajava de carro até Dallas, no Texas, para buscar
seu marido no aeroporto. Como não o encontrou, resolveu voltar para
casa.
Às 23 h, Wanda se perdeu e acabou caindo num arroio. O carro virou
de cabeça para baixo. Para tentar se salvar, Wanda movimentou-se
até que sua cabeça parou dentro do que ela identificou como uma bolha
de ar. "Foi incrível. Ela não está ferida, apenas um pouco enjoada",
contou a enfermeira do hospital onde Wanda estava internada.
Wanda chegou a desmaiar várias vezes e teve algumas alucinações.
Pessoas que passavam no local a avistaram e a-
visaram à polícia.
***
Jovens são enforcados por parentes na Índia -- Uma história de amor
que repete o trágico destino de Romeu e Julieta. Vishal e Sonu, um
casal de namorados adolescentes, de castas diferentes, foi enforcado por suas
respectivas famílias, que eram contrárias ao relacionamento. Eles
foram flagrados durante um encontro, numa cidade do estado de Uttar
Pradesh. As famílias, revoltadas com o relacionamento, levaram os dois para
o te-
lhado de uma casa e os enforcaram.
Seis pessoas foram presas, inclusive quatro membros da família do
jovem Sonu -- o pai, a mãe e dois irmãos. Os parentes de Vishal conseguiram
fugir.
::::::::::
Brasil
Nos Passos de
Machado de Assis
(Revista Caminhos da Terra)
O padeiro chega cedo, anunciado pela buzina de sua bici-
cleta. Aos
domingos, é a vez do verdureiro percorrer as vielas, batizadas com
nomes que parecem extraídos das crônicas de Machado de Assis sobre
o Rio do século Xix: Rua do Escorrega, Rua Jogo da Bola, Ladeira João
Homem. Machado, aliás, morou e se inspirou na região. Em dias mais
quentes, cadeiras são postas nas calçadas das casas geminadas, para
um ar fresco e um dedo de prosa. Os moradores, não mais do que 1.000,
se conhecem há gerações. A batida na porta nunca representa ameaça
-- é o vizi-
nho pedindo uma xícara de açúcar, ou convidando para uma festa.
Estamos num morro do Rio de Janeiro -- uma cidade em que morros significam
encrenca. E a apenas alguns degraus da Praça Mauá, uma das zonas mais
degradadas da cidade. O Morro da Conceição é um oásis no Rio das balas
perdidas.
Quando as riquezas do café começaram a migrar para o Rio, em meados
do século Xix, o Rio passou a ocupar os morros da região central, na
zona do cais, onde desem-
barcavam os imigrantes. Os portugueses, preferencialmente, subiram para o
Conceição -- onde, em 1713, foi cons-
truída a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição. Boa parte dos habitantes
de hoje é descendente dos pioneiros. E não quer outra vida. Mas o morro da
Conceição está sem-
pre aberto. Os turistas estão descobrindo o morro, mas o morro, embora
receptivo aos visitantes, não tem vocação para o turismo convencional. Além
de uma vendinha, não há comércio, nem restaurantes. E se você acha que morro
é sinônimo de violência, suba à noite. E continue se imaginando numa crônica
de Machado.
Milagre? Bem, a fortaleza citada acima é hoje um quartel do Exército,
onde cada praça é um "boa-praça". Como convém ao Morro da Conceição.
::::::::::
Ecologia
Casca de Arroz Vai
Iluminar as Cidades
(Folha de São Paulo)
Sobra do beneficiamento, a casca do arroz será utilizada por produtores
gaúchos para a produção de energia elétrica.
A tecnologia está sendo levada para a região de Uruguaiana (Rio Grande
do Sul).
O projeto envolve ainda uma das maiores beneficiadoras de arroz do
país, a Zaeli Alimentos.
A casca, que representa cerca de 23 por cento do volume do arroz
e não tem até agora nenhuma utilidade, será usada como combustível
das caldeiras em uma usina instalada em terreno cedido pela Zaeli.
O vapor resultante da queima da casca nas caldeiras, movimentará
as turbinas, que a-
cionarão os geradores de energia.
A lógica é a mesma da queima do bagaço da cana.
A usina de Uruguaiana te-
rá capacidade para gerar 8 _megawatts,
processando cerca de 9 toneladas de casca por hora.
Isso é suficiente para abastecer uma cidade de até 60 mil habitantes.
Outras duas unidades estão sendo construídas no Estado. A primeira
será instalada no município de Capão do Leão (300 quilômetros de Porto
Alegre), e a segunda, em Dom Pedrito, a 400 quilômetros.
O Estado tem capacidade para abrigar cerca de dez usinas como essas.
Com isso, o potencial de produção seria de até 100 _megawatts, o
suficiente para atender uma cidade de 650 mil habitantes.
***
Estrume Pode
Movimentar Geradores
Instalações que permitem processar materiais orgânicos, os biodigestores
não têm o mesmo potencial de geração de energia que possui a queima
do bagaço da cana e da casca do arroz.
Eles podem, no entanto, ser uma alternativa para pequenas propriedades
rurais, segundo o professor Jorge de Lucas Júnior, da Unesp de
Jaboticabal (SP).
No caso de fazendas de produção de leite, por exemplo, as fezes dos
animais poderiam contribuir para acender algumas lâmpadas.
O biodigestor extrai dos dejetos o biogás, que pode movimentar motores
a combustão, que, nesse processo, fariam o papel de uma turbina. A
turbina, finalmente, movimenta o gerador de energia elétrica.
É um processo ainda pouco utilizado, mas que é economicamente viável.
::::::::::
Lugares do Mundo
A cidade mais antiga
dos Estados Unidos
(O Dia)
Situada na costa leste do Estado da Flórida, Saint Augustine é a cidade
mais antiga dos Estados Unidos.
Foi fundada pelos espanhóis em 1565. Através do Tratado de Paris, passou
ao domínio dos ingleses, que perdurou de 1763 a 1783, quando a cidade
retornou ao domínio dos espa-
nhóis. As tradições dos espa-
nhóis e dos ingleses, resultaram em uma rica herança cultural que faz de
Saint Augustine uma cidade histórica com grande potencial turístico.
Por ser a cidade mais antiga dos Estados Unidos, Saint Augustine tem
importantes marcos históricos. A cidade abriga o local onde, em 1565, foi
rezada a primeira missa católica do país. Esse local é denominado Mission
of Nombre de Dios, e está marcado com uma Cruz de bronze. Em Saint Augustine
está também o forte mais antigo dos Estados Unidos, construído pelos
espanhóis entre 1672 e 1695, denominado Forte Castillo de San Marcos.
Essa fortaleza nunca foi dominada pelos inimigos. A cidade tam-
bém abriga a cadeia mais antiga do país, datada de 1891, assim como o
local onde, em 1865, foi fundada uma das primeiras comunidades negras dos
Estados Unidos, ante-
riormente chamada Little Africa (pequena África).
::::::::::
Ciência e Saúde
Perigos do Cafezinho -- Que o café causa estresse e aumenta a pressão
arterial, muita gente já sabe. Mas o hábito de tomar cafezinhos durante
o expediente esconde um outro mal: aquecido, o plástico dos copinhos
descartáveis libera uma substância química semelhante ao hormônio feminino
estrogênio: o xenoestrogênio.
Ao entrar no organismo junto com a bebida, o xenoestrogênio ocupa
os receptores desse hormônio, aumentando a chance de as mulheres terem
câncer de mama ou útero. Já os homens, ficam mais predispostos ao câncer
de próstata, à infertilidade e à diminuição do número de espermatozóides.
"Estamos o tempo todo ex-
postos ao xenoestrogênio, que é liberado por todos os derivados de petróleo.
Por isso, devemos evitar os copos plásticos para o café", alerta a médica
ortomolecular Tâmara Mazaracki.
O copinho descartável não é o único material a liberar o xenoestrogênio,
mas torna-se uma das principais fontes, na medida em que o cafezinho
costuma ser ingerido várias vezes ao dia. "As vasilhas plásticas que
são levadas ao micro-
ondas e qualquer material que contenha derivados de petróleo, ao serem
aquecidos, tam-
bém liberam xenoestrogênios", adverte a médica Tâmara
Mazaracki.
Ela diz que ambientes com carpete e pisos colados também
são grandes emissores de xeno-
estrogênios.
As pessoas vão se envenenando aos poucos. Devemos mudar nossos hábitos,
tomando café em xícara de louça ou vi-
dro. O mesmo vale quando u-
sarmos o microondas.
Como Cuidar da Voz
(Evandro Abelin -- médico cego) -- Falar, cantar, gritar ou até mesmo
dar uma sonora gargalhada, só se torna possível enquanto nossas duas
cordas ou pregas vocais vibram produzindo a voz; e cuidar faz-se necessário,
principal-
mente na falta da visão, em que a voz tem que substituir a linguagem
do olhar e dos gestos.
Para isso, aqui vão medidas simples, mas muito produtivas:
Evite abusar do álcool e do fumo, e fuja dos paliativos como a ingestão
de conhaque, balas de menta, em nome da "boa voz".
Beba bastante água, que é a bebida única e verdadeiramente natural
acessível que ainda e-
xiste.
Se sentir que vai ficar rouco, faça vaporização pela boca, apenas
com água bem quente, pois as gotículas ab-
sorvem o muco que envolve as cordas; isso em se tratando de gripes.
Se o caso for mais grave como calo, pólipo ou edema, só um
otorrinolaringologista poderá tomar a medida adequada: tratamento
com fonoaudiologia ou cirurgia.
Há casos de rouquidão que são causados por refluxo gástrico, um mal
do estômago. Isto acontece quando a pessoa come muito à noite e dorme
em seguida. Por isso, depois de comer, espere no mínimo duas horas
para se deitar.
O tratamento para quem tem refluxo é feito através de antibiótico
receitado -- repito -- só pelo otorrino. Na verdade, o refluxo é quando
o suco gástrico forma um gás e envolve as pregas vocais.
Para gargarejar use água morna e sal. Se preferir, junte algumas
gotas de própolis.
Lembre-se: a sua voz é você. Ela é a sua personalidade traduzida
em sons.
***
Tecnologia -- Pele de rã ajuda a tratar queimadura -- O Pronto Socorro
de Queimados, o Hospital de Goiânia e a Universidade do Rio Grande
do Norte (UFRN) estão utilizando pele de rãs como cobertura temporária
da pele humana em casos graves de queimadura. Com a técnica desenvolvida
pelo cirurgião plástico Nelson Piccolo em Goiânia, o tempo de cicatrização
é reduzido a mais da metade, pois a pele de rã é rica em antibióticos,
antiinflamatórios e analgésicos naturais.
A pele de rã também é usada em pequenas queimaduras, mas a principal
utilização é nos grandes queimados. O pronto socorro de queimados
benefi-
ciou-se da existência de inúmeros ranários em Goiânia, que exportam
a carne, mas costumavam jogar fora a pele da espécie Rana catesbiana Shaw.
No Brasil, cerca de 300 mil pessoas sofrem queimaduras por ano, das quais
50 mil são internadas, necessitando de cuidados intensivos. A pele de rã é
colocada sobre a queimadura, depois da remoção da pele queimada (excisão),
como curativo biológico, e trocada a cada dois dias. Em um tratamento de
duas semanas, são usadas de 500 a mil unidades de pele de rã.
Em 1998, a clínica de Goiânia recebeu o principal prêmio internacional
na área de queimados da Fundação Internacional de Queimaduras, no congresso
mundial em Jerusalém.
***
Astronomia -- Quanto a luz viaja em uma hora? Quanto tempo a luz
do sol leva para chegar a Marte? E por que lá a temperatura oscila
tanto? -- A luz viaja pelo espaço vazio à impressionante velocidade
de 300 mil quilômetros por segundo, o que equivale a mais de 1 bilhão
de quilômetros por hora. Em função desse valor finito da velocidade
da luz, sempre que vemos algo, na verdade estamos olhando o passado,
ou seja, como esse objeto era no momento em que a luz foi emitida.
No nosso dia-a-
-dia, isto não faz muita diferença, porque a velocidade
da luz é muito grande. Um raio de luz que deixasse New York, por exemplo,
demoraria apenas 25 milésimos de segundo para chegar ao Rio de Janeiro.
Já em relação às es-
trelas, essas distâncias são tão grandes que, de
fato, estamos vendo um passado longínquo. A estrela Rigel Kent, também
conhecida como Alfa Centauro, é a mais próxima do Sol. Sua luz demora
pouco mais que quatro anos para chegar até nossos olhos. Por isso,
pode-se dizer que ela está a quatro anos-luz de distância, ou algo
em torno de 40 trilhões de quilômetros. Já o planeta Marte está a 228
mi-
lhões de quilômetros do Sol, em média. Viajando com sua velocidade
típica, a luz do Sol (e seu calor também) demora quase 13 minutos para
chegar até a superfície do planeta vermelho. Para a Terra, esse tempo
é de oito minutos. E para Plutão, o planeta mais distante do Sol, a
luz da estrela demora cerca de cinco horas e meia. Quanto às temperaturas,
Marte, de fato, apresenta variações en-
tre 200 e 1.400 graus centígrados. Um dos principais motivos é porque sua
atmosfera é muito tênue, ou seja, pouco densa. Em outras palavras, ele se
aquece e se resfria muito rapidamente. Mas, quando se fala em variação de
tem-
peratura em planetas, nenhum outro ganha de Mercúrio. Ele quase não
possui atmosfera. Durante o dia faz 3.500 graus centígrados, mas, à noite,
a temperatura despenca para 1.700 graus centígrados.
***
Arqueologia -- Pinturas Rupestres -- Situado numa região de difícil
acesso a 400 quilômetros ao norte de Belo Horizonte, um conjunto de
56 sítios arqueológicos repleto de pinturas rupestres está sendo pesquisado
sistematicamente desde 1990 por uma equipe de arqueólogos, biólogos
e geólogos do Instituto de Arqueologia Brasileira. São 900 quilômetros
quadrados de belezas naturais e exuberância ecológica, na serra do
Cabral, situada na cidade mineira de Buenópolis, que, segundo o arqueólogo
Paulo Seda, guarda em suas cavernas as maiores pinturas rupestres já
descobertas no Brasil, registros deixados por índios que habitavam
o atual Estado de Minas Gerais há mais de 2.000 anos.
Cidades no fundo do mar no Egito -- Arqueólogos desco-
briram relíquias e ruínas de cidades antigas no fundo do mar, na costa do
Egito. Segundo uma equipe de especialistas franceses e egípcios, as cidades
de Menouthif e Herakleion, submersas há mais de 1.000 anos, estão a cerca
de seis quilômetros de Alexandria, no Mediterrâneo. As duas cidades eram
famosas na Antigüidade por causa de sua arte e riqueza. Dois anos de
exploração trouxeram à tona estátuas, jóias e moedas de ouro da Era Bizantina.
Os cientistas também identificaram duas outras cidades sub-
mersas na mesma área -- Canopus e Thonis.
***
Paleontologia -- Crânio africano revela novo gênero humano -- Um
crânio humano inteiro de 3 a 3,5 milhões de anos foi descoberto no
norte do Quênia (leste da África). Pesquisadores informaram que o crânio
pertence a um gênero e a uma espécie totalmente novos, sendo impossível
classificar sua origem, devido à surpreendente mistura de características.
O crânio foi descoberto pela equipe de paleontólogos dirigida por
Meave Leakey, do Museu Nacional do Quênia, em Lomekwi (margem oeste
do lago Turkana). Devido à sua característica mais marcante, recebeu
o nome científico de Kenyanthropus platyopus (homem de cara plana do
Quênia). Por algumas de suas características, em particular o pequeno cérebro,
o Kenyanthropus assemelha-se a um chimpanzé. Já os dentes parecem com
os de duas espécies de australopitecos (Australopithecus afarensis,
de 3,2 milhões de anos e Australopithecus anamensis, de entre 3,9 e
4,2 milhões de anos). O rosto lembra uma espécie muito mais jovem,
o Homo rudolfensis (2 a 2,5 milhões de anos).
***
Pesquisa -- Homem teve cérebro dividido ao meio -- Um tratamento
radical para a epilepsia está ajudando cientistas a conhecer melhor
o funcionamento do cérebro. O professor Michael Gazzaniga, está pesquisando
a concentração da inteligência, a partir de uma cirurgia que rachou
ao meio o cérebro de um homem. O britânico Joe (cujo sobrenome não foi
divulgado) teve todas as principais conexões entre os hemisférios esquerdo
e direito de seu cérebro cortadas e separadas. O cérebro continua funcionando,
mas como se fossem duas entidades independentes. Joe consegue, por e-
xemplo, desenhar objetos com-
pletamente diferentes ao mesmo tempo, cada um com uma das mãos e usando
parte do cére-
bro.
Com a calosotomia parcial, como a cirurgia é conhecida, é possível
diminuir a influência que o hemisfério do cérebro doente tem sobre o outro
e, conseqüentemente, as crises que são alimentadas por essa ligação.
Segundo o neurologista brasileiro Hélcio Alvarenga, a técnica já é
conhecida e usada no Brasil. Mas há restrições. Ela só é indicada em casos
extremos, em que o pa-
ciente epiléptico sofre ataques diários e com intervalos pequenos. E quando
nem mesmo a ação de remédios consegue controlar a doença.
Os males da maconha -- Estudos recentes realizados na Universidade
de Iowa, nos Estados Unidos, mostram que os consumidores habituais
de maconha podem sofrer uma diminuição de fluxo sangüíneo em certas
áreas do cérebro. Segundo os pesquisadores, esse efeito da droga tende
a afetar funções cerebrais importantes, como a coordenação de movimentos
e a capacidade de atenção e memorização, mesmo depois de horas de abstinência.
Os u-
suários que foram objetos da pesquisa apresentaram uma diminuição
de até 18 por cento no fluxo sangüíneo do cerebelo posterior.
***
Doenças -- Diabetes: vantagens da atividade física -- Os exercícios
físicos aumentam consideravelmente a sobrevivência dos diabéticos.
É o que mostra uma nova pesquisa, realizada em Dallas, nos Estados
Unidos. O estudo avaliou 1.263 homens com diabetes do tipo 2, que foram a-
companhados por nada menos de 12 anos. De acordo com os pesquisadores,
os diabéticos com pouca ou nenhuma atividade física apresentam probabilidade
de morte 2,1 vezes maior do que os demais.
O risco diminui à medida que melhora o condicionamento físico. A
recomendação dos estudiosos é que os diabéticos façam, no mínimo, 30
minutos de atividade física moderada por dia.
***
Auto-Ajuda -- Propostas para querer-se mais -- Para tratar-se bem,
é importante oferecer-se diariamente momentos de bem-estar pessoal.
Estas são algumas propostas que você pode incorporar ao seu dia-a-dia.
Tente oferecer a você a oportunidade de comer bem uma vez ao dia,
pelo menos. Uma comida saudável, variada e equilibrada, de que você goste
e sabe que lhe fará bem. Coma sem pressa, desfrutando. Se tiver uma
boa companhia, amigos ou familiares que seja, a refeição será melhor.
Proponha-se praticar com regularidade alguma atividade física
que lhe reconecte com seu corpo. Para algumas pessoas, pode ser útil
uma ginástica ou algum esporte; para outras, uma dança ou a ioga; ou,
ainda, incorpore a massagem à sua vida. Esses hábitos já trarão uma
mudança significativa na auto-estima.
Conceda-se um espaço pró-
prio em sua casa, para ter sempre à mão objetos que você ame. Pode ser
uma estante onde coloque seus livros favoritos e alguns objetos. O essencial
é que sinta perto de você aqueles objetos que lhe ajudam a ser quem você é,
e que você sinta orgulho em mostrar aos demais.
Comumente fazemos coisas seguindo um hábito cuja origem já esquecemos.
Para que isso não nos atrele, é indispensável mudar de vez em quando
a rotina diária. Por exemplo, dê um passeio pelas ruas sentindo a
movimentação, ouvindo as vozes das pessoas, o ruído do trânsito ou talvez
você prefira sentar numa praça ouvindo o canto dos pássaros. O principal é
que você ajude a vida a lhe surpreender.
Se dê um presente de vez em quando. Pode ser uma entrada para um
espetáculo, um livro, uma massagem ou uma excursão de fim de semana.
O importante é que a escolha seja feita com a mesma atenção e carinho
que você colocaria na escolha de um presente para uma pessoa a quem você quer
bem e admira. Como se trata de você mesmo, quem poderia conhecer melhor o
que lhe faz feliz?
Ofereça-se a oportunidade de perder tempo. Quase sempre tentamos fazer
com que o tempo "renda", mas também é aconse-
lhável utilizá-lo em atividades "não produtivas". Observar o céu, passear
por um parque ou simplesmente reservar um período para não fazer nada, traz
um benefício muito grande para nossa saúde emocional.
Inclua todos os dias um tempo para pessoas fora do seu círculo
habitual de amizades. Uns minutos de bate-papo com o jornaleiro, com
um vizinho, ou alguém que você não conheça, pode aportar um saudável grau
de novidade e contato com os semelhantes.
***
Infância e Adolescência -- As principais dúvidas -- Umbigo -- Cuidar
do umbigo do recém-nascido, é uma das dúvidas mais freqüentes. Após o banho,
enxugue com cuidado o umbigo do neném com uma toalha limpa e macia (coloque
uma fralda por dentro da toalha para não arranhar a pele do bebê). Envolva
o umbigo com uma gaze limpa embebida em ál-
cool. Não usar cinteiros, moedas ou faixas.
Banho -- O bebê pode tomar banho desde o primeiro dia de vida. O
umbigo pode ser mo-
lhado sem problema algum. A água do banho deve ser
fervida, mas a temperatura tem que ser morninha (só para quebrar a
friagem). Nada de água quente. A mãe deve passar um braço por trás
do ombro do bebê, segurando-o pelo braço. A cabecinha da criança deve
estar apoiada para não entrar água nos ouvidos.
Banho de sol -- Depois da primeira semana de vida, o neném já pode
tomar banho de sol. No primeiro mês, é aconselhável pegar sol na varanda
ou no quintal de casa. Depois do primeiro mês, já pode sair para passear.
Mas atenção: o sol deve ser até às 8 h ou o de depois das 16 h.
Arrotar -- Colocar o neném para arrotar é obrigatório. A mãe deve
pôr o bebê em pé no colo de dez a 15 minutos depois de cada mamada.
Se o neném não arrotar, corre o risco de broncoaspirar o leite, que
pode ir para o pulmão e provocar pneumonia ou parada cardí-
aca.
Frio ou calor? -- O recém-
-nascido sente a mesma temperatura que o
adulto. Se estiver calor, não há necessidade de agasalhar a criança.
Ar condicionado também é permitido. Se a mãe estiver com frio, deve
vestir o bebê com roupas mais quentinhas; caso contrário, não.
Intervalo das mamadas -- No início, pode ser de duas em duas horas.
Depois do primeiro mês, já dá para espaçar mais um pouco (de três em
três horas). Oferecer cada peito por 15 minutos é suficiente para matar
a fome do bebê. Cada mamada duraria então cerca de meia hora.
Como deitar -- A mãe deve colocar a criança de lado na hora de dormir.
De barrigui-
nha para cima, aumentam as chances de o bebê broncoaspirar o leite.
Alternar a posição também é importante. Colocar para o lado direito,
depois para o lado esquerdo.
Cólica -- É normal que o neném tenha cólica até o terceiro mês. Bebês
que não mamam só no peito podem ter mais cólicas porque, dependendo
da posição da mamadeira, a criança engole ar. Massagear o bebê dobrando
e esticando suas perninhas por cima da barriga, ajuda muito. Outra dica
é colocar o bebê sobre a mãe (barriga com barriga). O calor do corpo
alivia a cólica. Evitar bolsa de água quente porque a pele do bebê
é muito fininha.
Fraldas -- As fezes do recém-nascido normalmente são moles, o que
não significa que ele esteja com diarréia. Muitos evacuam cinco ou
seis vezes por dia. Isso é normal. Outros bebês tendem a ter prisão
de ventre. Até 48 horas, a mãe pode esperar. Depois disso, ela deve
estimular a evacuação com um supositório de glicerina. Mas não introduza
o supositório, apenas passe-o no ânus do neném.
***
Mulher -- Receitas que ajudam a controlar a TPM (tensão pré-menstrual) --
O médico Eliezer Berenstein chama de "crueldade hormonal" a queda dos
níveis de progesterona após a ovulação quando deveria estar em alta,
aguçando o lado maternal feminino. Nesses casos, a mulher torna-se agressiva
e às vezes violenta. Há quatro características distintas (ansiedade,
depressão, compulsão por comida e inchaços) que podem vir todas juntas
na época da TPM.
A receita contra a TPM, é evitar laticínios, fazer muita
atividade física e sexual. O orgasmo, libera ocitocina,
substância semelhante à endorfina que eleva o bem-estar.
***
Zoologia -- Libélulas altamente machistas -- Pela teoria da seleção
natural, não basta apenas sobreviver. É preciso deixar descendentes.
"Entre as libélulas, essa te-
se é confirmada com determinação", diz o biólogo Cláudio Patto,
doutorando em ecologia na Unicamp, SP. A fêmea armazena o esperma do macho
até a fecundação, que acontece apenas no momento em que ela bota os ovos.
E, na briga en-
tre os machos para fecundar o maior número possível de ovos, vale tudo.
Os machos das libélulas têm um aparato usado como uma espátula
para raspar a cavidade interna onde a fêmea guarda o esperma. A idéia é
remover o esperma de outro macho que tenha eventualmente fecundado a fêmea
antes dele e, com isso, garantir que os ovos serão os de sua descendência.
É também comum ele segurar a fêmea pelo pescoço com uma pinça abdominal,
até ela pôr os ovos. Tudo para não correr o risco de outro vir, retirar seu
esperma e colocar o dele no lugar. O professor Paulo de Marco Jr., da
Universidade Federal de Viçosa, MG, lembra que al-
gumas espécies de libélulas
usam uma tática ainda mais interessante: São machos que preferem controlar
as fêmeas ovuladas voando sobre elas e permitindo assim infidelidades como
acasalar com outras fêmeas que passem por ali.
***
Alimentos -- Guaraná em pó é uma droga? -- O guaraná em pó é utilizado
como estimulante do sistema nervoso central e energético. Ele é composto
basicamente por cafeína e teo-
bromina -- substância presente no chocolate. Portanto, não faz mais mal
do que uns cafezinhos ou umas trufas, nada que se compare a estimulantes
mais nocivos, como a cocaína. "Mas, embora não dê para dizer que o guaraná
vicie, o organismo com certeza se acostuma com ele e reclama quando falta",
afirma José Carlos Nassut, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da
Universidade do Estado de São Paulo, em Araraquara. É que a cafeína e a
teobromina ativam as dopaminas, neorotransmissores cerebrais que deixam a
pessoa mais agitada e acordada. O uso prolongado faz com que o cérebro passe
a precisar de uma quantidade cada vez maior de dopamina. "Além disso, pessoas
que sofrem de epilepsia, Mal de Alzheimer, de Parkinson, ou que já são muito
nervosas, devem evitar o guaraná em pó em quaisquer circunstância", diz
José Carlos.
Açaí previne doença da próstata -- A polpa do açaí protege contra
a hiperplasia (crescimento da próstata), revelou estudo da Faculdade
de Farmácia da UFRJ. A pesquisa descobriu que a fruta tem propriedades
antioxidantes, antimicrobianas e pode ser usada no combate ao caramujo
transmissor da esquistossomose.
O rato está certo -- O queijo ajuda a prevenir a formação de cáries,
segundo um estudo da Universidade de Newcastle, na Inglaterra. O consumo
do alimento facilita o acúmulo de cálcio nos dentes, fortalecendo-os.
Uma pesquisa da Sociedade Americana do Coração, revelou que quatro
colheres de aveia por dia reduzem a quantidade de gordura no sangue.
O alimento contém fibras que envolvem as moléculas de gordura como
uma capa, impedindo que elas se fixem às artérias.
***
Remédios Caseiros -- Erva contra o esquecimento -- Quem anda sentindo
dificuldades de memorização e vive esquecendo compromissos, pode usar
o chá de alecrim e centelha asiática. A receita do chá é fácil de preparar
e também combate cansaço físico e mental. Ferva dois copos de água
e despeje sobre uma colher de sopa de folhas fatiadas das duas plantas
misturadas. Deixe em infusão por 15 minutos, num recipiente tampado.
Coe e beba três xícaras do chá ao dia.
Depressão -- Para a de-
pressão, a chinesa Hu Pao Yu recomenda chá composto por 10 gramas de boldo,
10 de hortelã e 10 de pétalas de rosa (compradas em qualquer florista).
O chá, como todos os das receitas da fitoterapia chinesa, deve ser feito
em panela de barro e bebido três vezes ao dia.
Lilás para o colesterol -- Pegue duas colheres de sopa das folhas
de sete-sangria, uma colher de sopa de bardana e deixe ferver em
250 mililitros de água durante 20 minutos. Coe e beba duas xícaras
de chá ao dia para melhorar sua taxa de colesterol. Outra opção é juntar
uma porção de flores de lilás para um copo de água quente. Após 15
minutos filtre e beba.
::::::::::
Variedades
Dicas
De Saúde -- Sorria!!! Sem Medo
1) Controle a ingestão de alimentos ricos em enxofre, como alho, bebidas
alcoólicas, cebola e gordura animal, que podem levar ao mau hálito.
2) Escove a língua geralmente esquecida no processo de escovação.
3) Use escova de dente e fio dental regularmente.
4) Evite ficar em jejum. A falta de atividade na boca diminui a salivação
e favorece a proliferação de bactérias que estão associadas ao mau cheiro.
5) Beba bastante água para estimular a produção da saliva.
Etiqueta:
1) Quando se sentar à mesa, ponha o guardanapo no colo. Segure
a taça de vinho pela haste. No final, coloque os talheres juntos. Nunca
os cruze.
2) Palito de dente não deve ser usado nunca. Se algo ficou preso
entre seus dentes, peça licença, vá ao banheiro e tire. Bem escondido.
3) É feio falar alto no celular, ainda mais em restaurantes. Ninguém
tem de ouvir sua conversa, principalmente quando está comendo.
Para dormir bem:
1) Leite morno -- a tradicional receita da vovó.
é ótima. Quando aquecido, o leite libera uma substância que é um indutor
fisiológico do sono.
2) Música suave -- qual-
quer recurso que tranqüilize e relaxe ajuda
a dormir e a manter a pessoa num sono tranqüilo e reparador.
3) Sexo -- antes de dormir é um eficiente sedativo. Relaxa e tranqüiliza.
Evidentemente, o sexo ruim funciona ao contrário.
4) Acordar em horários regulares -- ter uma hora certa para acordar,
disciplina e ajuda a regularizar o sono, assegurando um descanso mais
eficiente.
5) Só deitar com sono -- ir para a cama quando ainda não se está
pronto para dormir, estimula e aumenta o período da insônia do início
do sono.
***
Os signos e suas Pedras --
Áries: Ametista, cornalina, ágata, granada, turmalina rosa, topázio;
Touro: água-marinha, esmeralda, kunzita, lápis-lazúli, quartzo rosa, safira;
Gêmeos: ágata, crisocola, crisoprásio, safira, topázio;
Câncer: crisoprásio, esmeralda, turmalina verde, pe-
dra-da-lua, opala,
rodocrosita, turmalina rosa;
Leão: cornalina, citrino, ágata, granada, turmalina
rosa, rubi, topázio;
Virgem: amazonita, cornalina, citrino, safira;
Libra: água-marinha, esmeralda, fluorita, pedra-da-lua, opala, safira,
turmalina rosa;
Escorpião: água-marinha, esmeralda, granada, turmalina verde, rubi,
malaquita, pedra-da-lua, obsidiana;
Sagitário: ametista, azurita, lápis-lazúli, turmalina rosa, sodalita,
rubi, topázio;
Capricórnio: ametista, cornalina, turmalina verde, rubi, safira;
Aquário: água-marinha, crisoprásio, granada, opala, lápis-lazúli;
Peixes: ametista, crisoprásio, fluorita, turmalina verde, pedra-da-lua.
Pedras para qualquer signo: turquesa, quartzo fumê, quar-
tzo rosa, quartzo branco, malaquita azurita, diamante, jade e ametista.
Como limpar e energizar sua pedra:
1) Deixar a pedra em recipiente de vidro transparente, por 24 horas, com
2 centímetros de sal marinho (sal de churrasco).
2) Passar em água corrente durante 5 minutos.
3) Colocar no sol por 2 horas, também pode ser na chuva, à luz da lua ou
na chama de vela.
4) Fazer um pedido, repetindo-o três vezes com as mesmas palavras.
5) Usar a pedra ou colocá-la num espaço destinado a ela.
***
Simpatias
Simpatia para trazer de volta um grande amor: peça a uma criança
de 7 anos para chamar três vezes pelo nome do seu amor. Faça isso com a
porta aberta, pedindo com fé: "Fulano (dizer o nome), pelas mãos
de Santo Antônio, volte para mim que tanto te amo." Reze um Pai-nosso
e três ave-marias e ofereça ao seu anjo da guarda do seu amor.
Simpatia para saldar dívidas:
Num papel branco sem pauta escreva os nomes de todas as pessoas a
quem você deve. Leve esse papel a uma igreja e coloque aos pés do(a) santo(a)
de sua devoção, pedindo para que abra seus caminhos e você possa
pagar os compromissos assumidos. Na igreja acenda uma vela para as
almas auxiliadoras e outra para as progressistas. Faça esta simpatia
numa segunda-feira, Dia das Almas Benditas.
Simpatia para proteger seu animal de estimação: vá a uma igreja que
tenha a imagem de São Francisco de Assis, levando um objeto ligado
ao seu bicho (ou o próprio). Ponha-o aos pés da imagem e peça com fé:
"Ó, São Francisco de Assis, protetor dos animais, abençoe meu (dizer
o nome do animal), para que ele(a) tenha saúde e vida longa. Amém."
Pegue um pouco de água benta e salpique sobre o objeto (ou animal).
No caso de ter usado um objeto, em casa coloque-o junto do bicho.
***
Humor
Os dez mandamentos
do preguiçoso
1) Viva para descansar.
2) Ame a sua cama; ela é o seu templo.
3) Se vir alguém descansando, ajude-o.
4) Descanse de dia para poder dormir à noite.
5) O trabalho é sagrado; não toque nele.
6) Nunca faça amanhã o que pode fazer depois de amanhã.
7) Trabalhe o menos possível: o que tiver para ser feito, deixe que
outra pessoa
faça.
8) Calma! nunca ninguém morreu por descansar.
9) Quando sentir desejo de trabalhar, sente-se e espere que ele passe.
10) Não se esqueça: trabalho é saúde. Deixe o seu para os doentes.
***
Pensamentos
"Orar não é pedir. Orar é a respiração da alma. Como o corpo que
se lava não fica sujo, sem oração se torna impuro." -- (Gandhi, 1869-aidh --
lutou pela independência da Índia)
"O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza e o tédio."
(Voltaire, 1694-aggh -- filósofo, historiador e ensaísta)
"Em todos os seus sonhos mais belos o homem nunca soube inventar
coisa mais bela do que a natureza." (Lamartine, 1790-ahfi)
"Não há progresso sem mudança. E quem não consegue mudar a si mesmo,
acaba não mudando coisa alguma." (Bernard Shaw)
"O que um príncipe aprende melhor é a equitação, porque o seu cavalo
não o lisonjeia." (Plutarco, 46-abj -- filósofo grego)
"O mundo é um livro, e quem fica sentado em casa lê somente uma página."
(Santo Agostinho, 1354-adcj -- teólogo e filósofo cristão)
"Sendo o fim doce, que im-
porta que o começo amargo fosse?" (Shakespeare, 1564-afaf -- dramaturgo e
poeta inglês)
"A mais fiel de todas as companheiras da alma é a esperança." (Padre
Antônio
Vieira, 1608-afib -- orador sacro e missionário português)
"Um homem acomodado é um ser estacionado na contramão." (ditado popular)
"Confessar que nos enganamos é saber que temos um erro a menos."
(ditado popular)
"Cada desconhecido é um amigo que ainda não encontramos." (ditado
popular)
"Quem deixa para fazer depois o que pode fazer hoje, perde o que
nunca mais encontrará: o tempo." (ditado popular)
"Um objeto, mesmo que não tenha sido adquirido por meio de roubo,
deve ser, no entanto, considerado furtado se o possuímos sem dele precisarmos."
(Gandhi, 1869-aidh -- político e religioso indiano)
"Às vezes, ouço passar o vento: e só de ouvir o vento passar, vale
a pena ter nascido." (Fernando Pessoa, 1888-aice -- poeta português)
"Nada agrava mais a pobreza do que a mania de ser rico." (Marquês
de Maricá, 1773-
-1848 -- político brasileiro)
"Só trabalha quem não sabe fazer coisa melhor." (Carlito Maia, 1928 --
escritor e pu-
blicitário mineiro)
"Não precisa correr, basta caminhar." (Kenneth Cooper)
"A cortesia é o artifício dos inteligentes para manter os importunos
à distância." (Ralph Emerson, 1803-ahhb -- crítico e poeta americano)
"Seja forte! Não como uma onda que tudo destrói, mas como uma rocha
que tudo suporta."
"Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo e fazer
bem-feito." (Pitágoras, século Vi ou V a.C. -- filósofo e matemático grego).
***
História das Frases
"O Poder corrompe"
Essa frase é um dos mais célebres aforismos sobre o poder. É de John
Emerich Edward Dalberg, mais conhecido como Lord Acton (1834-aijb).
Ele combateu todo tipo de autoritarismo, democrático ou socialista,
e tinha sobre o poder uma visão cheia de cinismo, esse conceito tão
inglês. A frase foi escrita numa carta: "O poder tende a corromper
absolutamente." Apesar de inglês legítimo, leva também o nome de sua mãe,
da linhagem de respeitável nobreza alemã. Membro do Parlamento,
notabilizou-se por seu silêncio em plenário.
***
Etimologia
Virtude: do latim _virtute, declinação de _virtus, força própria do
homem, que em latim é vir. Tornou-se sinônimo de disposição para a
prática do bem. Os antigos e os escolásticos prescreviam como virtudes
naturais a prudência, a temperança, a fortaleza e a justiça, às quais
foram acrescentadas as teologais: fé, esperança e caridade. Também
aí dominou a mística do número sete.
***
Receitas
Supremo de frango
Ingredientes: meio quilo de sobrecoxa, suco de meio limão, 2 dentes
de alho amassados, sal a gosto, 2 colheres de sopa de azeite, 1 cebola média
ralada, 1 tomate picadi-
nho, 1 colher de sopa de gengibre ralado; 2 colheres
de sopa de manjericão e alecrim.
Modo de fazer: lave os pedaços de frango, tempere-os com o alho,
sal, limão, gengibre, manjericão e o ale-
crim. Aqueça o azeite e doure os pedaços de frango, adicione a cebola,
o tomate e refogue ligeiramente. Coloque meia xícara de água, tampe a
panela e, assim que iniciar a fervura, abaixe o fogo e cozinhe por cerca de
5 minutos. Sirva quente com salada ou arroz branco.
Torta salgada
Ingredientes: 2 xícaras (chá) de leite, 3 ovos, 1 xícara (chá) de óleo,
1 xícara e meia (chá) de farinha de trigo, 1 colher (sopa) de fermento
em pó, 1 colher (sobremesa) de sal.
Modo de fazer: coloque todos os ingredientes no liquidificador ou
misture-os bem em uma tigela. Para montar a torta, unte uma forma. Despeje
metade da massa, em seguida o recheio e por fim o restante da massa. Leve
para assar até que esteja dourada.
Recheio: utilize folhas de beterraba, brócolis, rabanete, nabo, couve-flor,
etc. bem lavadas e refogadas com tomate, óleo, cebola, alho e sal.
Suspiros de Amor
Ingredientes: uma lata de creme de leite, uma lata de leite condensado,
a mesma quantidade da lata, de leite de vaca, três gemas, 150 gramas de
suspiros (comprados na padaria).
Em uma panela coloque o leite de vaca, o leite cndensado e as três gemas.
Leve ao fogo, mexendo sempre até engrossar. Espere esfriar, adicione o
creme de leite, despeje em um pirex e coloque os suspiros. Por cima de
tudo adicione a calda de chocolate e leve à geladeira.
Modo de fazer a calda de chocolate: 1 colher de sopa de margarina,
2 colheres de sopa de chocolate em pó, 1 copo de leite; leve ao fogo até
formar uma calda encorpada.
Bolo sem farinha
Bata no liquidificador o seguinte: uma lata de leite condensado,
três ovos inteiros, um pacote de coco ralado ou 100 gramas de coco
fresco e uma colher de margarina.
Leve ao forno preaquecido em forma untada.
***
Utilidade Pública
Os advogados esclarecem que, de acordo com o artigo 396 do Código Civil,
"os parentes podem exigir uns dos outros os alimentos de que necessitem
para subsistir." O artigo 397 estabelece que "o direito à prestação
de alimentos é recíproco entre pais e filhos e extensivo a todos os
ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau." E o artigo 401
diz: "Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
reclamante e dos recursos do reclamado."
::::::::::
Informativo IBC
Convênio dá novo impulso
a projeto
O Instituto Benjamin Constant, ao longo de 147 anos de existência,
firmou-se como um norteador das atividades médicas, educacionais e
sociais para a pessoa cega. Reconhecido internacionalmente por sua
grande contribuição nessa luta, o IBC mantém um convênio com o
Instituto
Helen Keller International do Brasil, cuidando da oftal-
mologia infantil e realizando operações de catarata em maiores de 50 anos.
::::::::::
Noticiário Especializado
Inventor cego cria bengala
com rodinha
Cansado de levar tombos no Centro do Rio de Janeiro, o afinador cego Dilson
Mattos, de 60 anos, desenvolveu e patenteou uma bengala de aço inoxidável
com rodinha na ponta.
A rodinha permite que o cego modifique para rotação, em espaços
curtos à sua frente, o costumeiro movimento de toque longo, com a bengala
oblíqua ao chão. Mattos afirma que o invento resiste mais aos impactos,
evita a tendinite e permite que o cego mapeie melhor seu espaço.
"Nada melhor do que um cego para saber as necessidades de outro", destaca
Mattos.
O uso de bengala só foi necessário na década de 80, aos 40 anos, quando
a visão de Mattos já estava totalmente comprometida. A partir daí, ele
passou a experimentar as bengalas nacionais e importadas disponíveis no
mercado. "Recebia muitos esbarrões na rua e as bengalas amassavam, chegando
até a envergar. Também não conseguia mapear direito meu espaço e caía em
buracos", conta ele.
A primeira tentativa de invenção aconteceu em 89, quando Mattos
adaptou uma rodinha em bengala de alumínio de um amigo, cego de nascença,
porém, sem muito sucesso. "Queria testar o produto em uma pessoa que já
nasceu cega porque este público não tem memória visual. Só assim saberia
se o invento cumpriria completamente sua função: dar segurança mesmo a
quem não tem os contornos e vultos gravados na memória", diz.
Em 97, retomou o invento. O primeiro passo foi escolher um material mais
resistente que o alumínio, o aço _inox. Depois, cuidou de adaptar ao invento
as rodinhas de cadeiras de escritório.
Para concretizar sua idéia, transformou um quarto de sua casa em
oficina, com direito a cortador, lima, serra, furadeiras e tornos.
As bengalas têm cinco gomos (dobram cinco vezes). O pró-
prio Mattos testou e aprovou o invento. "Parei de sentir medo de sair
à rua", diz ele.
As peças estão disponíveis em quatro tamanhos: 1 metro e 8 centímetros;
1 metro e 18 centímetros; 1 metro e 23 centímetros;
e 1 metro e 28 centímetros. Mattos também aceita pedidos por encomenda.
Endereço: Rua Dr. Xavier Sigaud, 215, casa 6, frente -- Urca --
Rio de Janeiro -- RJ
CEP 22290-ahj tel.: (xxba) 2295-bedc, 9131-ebbj,
_site: www'afinador'cjb'net
***
Instituto dos Cegos
da Paraíba Adalgisa Cunha
(Lusia Maria de Almeida
-- atual diretora)
Fundado em 1944 por D. Adalgisa Duarte da Cunha, o Instituto passou
a ostentar o nome de sua fundadora a partir de 1961.
Ninguém sabe ao certo que motivos levaram esta senhora a criar o
Instituto dos Cegos. O que podemos afirmar, sem medo, é que, numa época
em que a educação de pessoas cegas ainda era um desafio no
Brasil, e estas eram, na sua grande maioria, vistas como um estorvo para
suas famílias, uma senhora da sociedade acreditou que nelas havia um
potencial adormecido e resolveu mostrar aos descrentes que, incentivadas, as
pessoas cegas seriam capazes de superar suas próprias limitações.
D. Adalgisa iniciou seu intento com muita ousadia: rompeu inúmeras
barreiras, a-
prendeu o sistema braille, escreveu os primeiros livros
para seus alunos cegos, e a seu exemplo de coragem e determinação,
juntaram-se outras pessoas. Falecida em 15 de novembro de 1971, deixou
sua obra firmada em bases sólidas, legando, também, um patrimônio físico que
garantiria a continuidade das ações beneméritas.
O Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha é uma entidade filantrópica,
de direito privado e sem fins lucrativos. Reconhecido como de Utilidade
Pública Estadual e Municipal, está registrado no Conselho Nacional
de Assistência Social, no Conselho Estadual de Educação, nos Conselhos
Municipais de Assistência So-
cial, de Saúde, da Criança e do Adolescente. Ele se mantém mediante convênios
com instituições governamentais, assim como por doações da sociedade civil.
Atualmente, visando prestar assistência a crianças, adolescentes,
jovens e adultos portadores de deficiência visual, nas áreas de educação,
reabilitação, profissionalização, cultura, esportes e lazer, funciona
como escola, até a quarta série do ensino fundamental, nos regimes
de internato, semi-internato e ex-
ternato. Como internos, são admitidos
os deficientes visuais na faixa etária dos cinco aos dezessete anos.
No setor reabilitatório, o Instituto ministra cursos de Orientação
e Mobilidade (OM), Atividades da Vida Diária (AVD), Técnicas de Braille
e Sorobã, Datilo-
grafia Braille, Escrita Cursiva, Iniciação à Mi-
croinformática e à Música. Na área desportiva, desenvolve as modalidades
de atletismo, futebol de salão, natação e golbol, num trabalho de parceria
com a Associação Paraibana de Cegos --
APACE.
Em 2000, tivemos setenta alunos matriculados e, frente à complexidade
do mundo moderno, aos avanços técnico-científicos na área da deficiência
da visão, bem como às conquistas sociais das pessoas cegas, o Instituto
está construindo o seu projeto político-pedagógico voltado à Escola
Inclusiva.
Gostaria, portanto, de que este meu relato provocasse nas pessoas, uma
vontade férrea de vencer, sobretudo, naquelas portadoras de deficiência
visual. Que ele as encorajasse a enfrentar desafios e a tomar conta,
com responsabilidade, dos destinos das entidades que nos representam.
***
Brasil e Portugal celebram protocolo de colaboração nas áreas de
uso e modalidades de aplicação do sistema braille na língua portuguesa
A Comissão de Braille, criada pelo Despacho Conjunto número 348-ig,
de 6 de outubro, dos Ministérios da Educação, da Solidariedade e Segurança
Social e da Cul-
tura, representada pelo seu presidente, Dr. Orlando Monteiro e a Comissão
Brasileira do Braille, criada pela Portaria 319, de 26 de fevereiro de 1999,
representada pela sua presidente, Professora Marilene Ribeiro dos Santos,
Secretária de Educação Especial do Ministério da Educação;
Conscientes de que o braille
constitui um meio fundamental para a alfabetização, para um percurso
escolar bem sucedido e para o desenvolvimento cultural das pessoas com
deficiência visual, imprescindíveis ao pleno exercício do direito de
cidadania;
Considerando que o braille, pelas contingências inerentes à sua própria
natureza, requer um esforço permanente de a-
companhamento, adaptação e regulamentação;
Atendendo à necessidade de que o braille se afirme como um instrumento
facilitador da comunicação, nas suas múlti-
plas formas, entre as pessoas com deficiência visual; decidiram em reunião
realizada em Lisboa, na data de 25 de maio de 2000, celebrar o documento
intitulado "Protocolo de Colaboração nas Áreas de uso e Modalidades de
Aplicação do Sistema braille na Língua Portuguesa". Este documento é
constituído por cláusulas afirmativas de cooperação mútua visando o
desenvolvimento de políticas públicas, pesquisas e outros fomentos para a
uniformização da grafia braille, sua aplicação e uso no idioma português.
ABEDEV -- Rua Rui
Barbosa, 1961 -- apto. 14 -- bl. B --
Campo Grande -- MS.
CEP 79004-dca
fax: (67) 782-aeha
e-mail: abedevãstarbox'com'br
***
Visão de futuro
Associação Laramara reabilitando deficientes visuais
A Laramara (Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual)
trouxe nova luz ao tratamento de três mil crianças e jovens nos seus
nove anos de atividade.
Brinquedoteca, jogos e corredor sensorial são alguns recursos dos quais
seus profissionais lançam mão para reabilitar as crianças. Para os jovens,
são oferecidos cursos de informática e de _telemar-
keting, focando a colocação
dos deficientes visuais no mercado de trabalho. Já os oftalmologistas da
Laramara têm à sua disposição equipamentos de última geração cujos exames,
em consultórios particulares, chegam a custar até quatrocentos reais cada.
A Laramara é mantida graças a taxas pagas pelas famílias associadas
-- que possuem renda acima de quatro salários mínimos -- e donativos.
O telefone para entrar em contato com a associação é (11) 3660-fdjj
e o site,
www'laramara'org'br
::::::::::
Troca de Idéias
Antonio Martins
Rua Guilherme Schefer Neto, 66, Jardim Esplanada, Marília -- SP
CEP 16521-bhj
Tenho 66 anos, sou solteiro e desejo corresponder-me com pessoas
de ambos os sexos e de qualquer parte do
Brasil.
Antenor Gomes de Castro Filho
Rua Bom Jesus, 62,
Vila Embratel, São Luís -- MA
CEP 65080-adj
Solicito, se possível, por empréstimo, a quem o possuir, o livro
"Torne feliz sua vida familiar," em 5 volumes. Ficarei agradecido e
prometo devolvê-lo assim que termine a leitura.
Mayara Meirelles
Rua Dr. Cícero de Alencar, 250, Butantã -- São Paulo -- SP
CEP 05580-jhj
Tenho 16 anos, gostaria de fazer novas amizades e trocar receitas
culinárias.
Cristina Varela
Rua Família Marques, 69 Brejos de Azeitão -- Azeitão -- Portugal
-- 2088
Desejo trocar correspondência e experiência de vida para uma futura
amizade.
Maria do Socorro de Souza
Rua Antônio Veronese, 149-A, Vila América -- Penápolis -- SP
CEP 16300-jjj
Tenho 36 anos, gostaria de corresponder-me com pessoas de ambos
os sexos para fazer novas amizades.
Cristiane Ramos dos Santos
Rua São João Ii, 51, Feitosa -- Maceió -- AL
CEP 57043-ahj
Gostaria de corresponder-me com pessoas de qualquer idade do Brasil e
do exterior para fazer novas amizades.
Luiz Antônio O. Fadel
Rua Monsenhor Topp, 233 Centro -- Florianópolis -- SC
CEP 88020-ejj
Gostaria de corresponder-me com moças entre 22 e 35 a-
nos, solteiras, para compromisso sério.
Divanete Rocha Barbosa
Rua Mário Baltaiola, 501, bloco E-1, ap. 1, Nova Marina -- Marília
-- SP
CEP 17523-jbj
Gostaria de corresponder-me com pessoas de ambos os sexos da Espanha,
Portugal e
Brasil.
Clair Sergio Figueiredo
Rua Juarez Martins Lustosa, 788, Xarquinho 3 -- Guarapuava -- PR
CEP 85010-igj
Desejo receber correspondência em português ou espanhol de qualquer
pessoa.
José Narciso Mendes
Rua Heliotrópio, 126-B Edgar Pereira -- Montes Claros -- MG
CEP 39400-afi
Tenho 59 anos e gostaria de corresponder-me com pessoas de mais de
30 anos, para trocar idéias.
Luciano Augusto Ferreira
Nuzedo de Cima 5320-aic -- Tuizelo Vinhais -- Portugal
Gostaria de corresponder-me com moças de qualquer idade e de qualquer
país para fazer boas amizades.
Luciano de Jesus Matias
Rua José Juvêncio Sacramento, 74, Santa Tereza -- Caxambu -- MG
CEP 37440-jjj
Gostaria de corresponder-me com pessoas de ambos os sexos. Tenho 27
anos.
Ricardo Aparecido de Souza
Rua Augusto Germano Garcia, 335, Parque Esperança -- Poços de Caldas
-- MG
CEP 37700-jjj
Tenho 24 anos, sou romântico e gostaria de corresponder-me com moças
de todo o Brasil.
Jacqueline Pedroso
Instituto Agronômico do Paraná -- Morretes -- PR
CEP 83350-jjj
Tenho 27 anos, sou romântica, extrovertida e gostaria de corresponder-me
com pessoas de todos os lugares do mundo, que falem português.
Maria Josileide Soares dos Santos
Rua Tiradentes, 121 Centro -- Santa Luzia do Norte -- AL
CEP 57130-jjj
Tenho 31 anos e gostaria de corresponder-me com pessoas evangélicas.
Cristiane Machado
Rua Francisco Figueiredo, 193 Galo Branco -- São Gonçalo -- RJ
CEP 24421-gej
Tenho 30 anos, sou romântica e gostaria de corresponder-me com pessoas
de ambos os sexos, a fim de fazer amizade, principalmente com rapazes
de 25 anos em diante.
Gilka Franzmann
Rua Goiás, 631 Água Verde -- Curitiba -- PR
CEP 80610-abj
Gostaria de que me escrevessem pessoas de ambos os sexos e de qualquer
idade para uma amizade sincera.
::::::::::