Revista Brasileira para Cegos Ano LXXII, n.o 532, Janeiro/Março de 2014 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Informação e Cultura Editada na Divisão de Pesquisa, Documentação e Informação Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-240 Tel.: (55) (21) 3478-4458 E-mail: ~,rbc@ibc.gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.~ gov.br~,

Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito País Rico É País sem Pobreza

¨ I Diretora-Geral do IBC Maria Odete Santos Duarte Comissão Editorial Ana Paula Pacheco da Silva João Batista Alvarenga Leonardo Raja Gabaglia Maria Cecília Guimarães Coelho Vitor Alberto da Silva Marques Colaboração Daniele de Souza Pereira Marlene Maria da Cunha Paula Rianelli Paulo Felicíssimo Ferreira Publicação e Distribuição em Braille, conforme Lei n.o 9.610 de 19/02/1998 e Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braille, MEC/SEESP, 2006.

Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.~ brÿ?itemid=381~,

¨ III Sumário Editorial :::::::::::::: 1 O último herói ::::::::: 8 Eu tenho um sonho :::::: 24 Pensamentos :::::::::::: 39 No Mundo das Artes "Poeta completo", Vinicius de Moraes ::::::::::::::: 40 Maravilhas do Mundo *Montes Milford Sound* ::::::::::::::: 50 Tributo Homenagem a Maria Salete Semitela de Alvarenga :::::::::::: 52 Direitos de Todos Veja como evitar as pegadinhas mais frequentes dos bancos :::::::::::::::: 63 Acessibilidade e Inclusão Pessoas com deficiência denunciam falta de acessibilidade em agências bancárias :::: 71 IBC em Foco Grupo de Teatro Corpo Tátil :::::::::::::::: 75 RBC Informa :::::::::: 79 Nossa Casa :::::::::::: 82 Vida e Saúde Dançar melhora saúde e combate o estresse :::: 89 Os benefícios da acupuntura :::::::::::: 91 Culinária :::::::::::::: 97 Humor :::::::::::::::::: 105 Espaço do leitor ::::::: 107 Vocabulário :::::::::::: 109 Editorial A desconstrução da Inclusão Desta vez, fomos estimulados a nos deter neste tema bastante efervescente, em função das controvérsias que tem provocado, ante o confronto aberto entre diferentes visões. Pode se constatar que o processo inclusivo adquire múltiplas facetas: a inclusão escolar, a profissional e a social, que engloba as demais, porquanto, sem ela, as outras ficam comprometidas. O setor acadêmico do MEC tem discutido, exaustivamente, a inclusão escolar, havendo já optado pela matrícula obrigatória das crianças com deficiência, desde os 4 anos de idade, nas chamadas escolas regulares, reservando as denominadas escolas especiais para os programas de Atendimento Educacional Especial (o conhecido AEE), que incluiriam aquelas com deficiências severas. Já há algum tempo, o IBC foi classificado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), vinculada ao MEC, inicialmente nesta categoria de atendimento escolar, o que provocou forte reação dos pais, de grande parte dos professores e parcela significativa da opinião pública, levando-os a se mobilizarem na defesa do IBC e do INES como escolas de currículos comuns aos das demais, apenas com as preocupações e especificidades do Ensino para as crianças cegas, de baixa visão ou surdas. A desconstrução desta ideia de inclusão escolar deve ser a prioridade natural de quem pensa uma educação de qualidade para todos, indistintamente. Tanto o IBC e o INES, como Instituições Federais de Ensino, quanto as entidades privadas, que desempenham idêntico papel no oferecimento da escolaridade às pessoas com deficiência, devem ser preservados, pelo respeito ao direito de as famílias escolherem o ambiente educacional desejável para os filhos, garantindo-se, assim, seu espaço próprio e permitindo a coexistência pacífica dos dois modelos escolares, igualmente importantes. Como se pode depreender do exposto, não basta matricular uma criança com deficiência numa escola regular; ela terá de sentir-se incluída em suas dependências e com os colegas de classe. Recentemente, a Associação dos Ex-Alunos e a Associação de Docentes do Instituto Benjamin Constant, a Sociedade Pró-Livro Espírita em Braille e o Conselho Brasileiro para o Bem-Estar do Cego subscreveram e enviaram à Senhora Diretora-Geral do Instituto, Maria Odete Santos Duarte, também Presidente do Conselho Diretor, órgão colegiado da Instituição, documento informativo sobre o atual projeto político para a educação inclusiva, solicitando-lhe fosse ele reenviado ao referido Conselho, para um posicionamento quanto à importância e abrangência de seu conteúdo. O Conselho, partilhando a preocupação das entidades de cegos, elaborou com elas um documento encaminhado aos senadores da República, propondo a preservação das escolas especializadas, tendo em vista a proximidade da votação da Meta 4, integrante do Plano Nacional de Educação (PNE), a vigorar até o ano de 2020. Um outro ponto abordado na produção do texto foi o de alterar a faixa etária de quatro para zero ano, já que este período é essencial para o início do processo do desenvolvimento educacional de toda e qualquer criança, sem excluir aquela com deficiência visual. Propôs-se, ainda, que seja mantida na redação final, transcrita no parágrafo seguinte, a expressão "preferencialmente nas escolas regulares", relativamente às matrículas. Meta 4: "universalizar, para a população de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, o atendimento escolar aos(às) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, preferencialmente na rede regular de ensino, garantindo o atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou comunitários, nas formas complementar e suplementar, em escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados." O texto foi aceito no Senado com a expressão "preferencialmente em escolas regulares", porém com faixa etária a partir dos 4 anos. Aguardamos, para 2015 e com muita expectativa, a votação desta matéria na Câmara, onde por certo será objeto de grande embate político pelos que fazem contraponto à proposta já aprovada. Há um princípio basilar a ser acentuado no processo de inclusão das pessoas com deficiência: Uma Escola Inclusiva reclama uma sociedade igualmente inclusiva. O Instituto Benjamin Constant não tem feito outra coisa, ao longo de sua trajetória educacional, senão incluir suas crianças e seus adolescentes, seja na escola dita regular, forjando futuros cidadãos, seja no mercado de trabalho, como profissionais, consumidores e contribuintes, seja na vida em comunidade. A inclusão, bem o sabemos, é um direito, fruto de conquista, jamais uma concessão e muito menos um modismo. Todos nós propugnamos por ela, sempre respeitando, democraticamente, a diversidade e a pluralidade de ideias. A Comissão editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

O último herói Com a morte do extraordinário líder sul-africano que implodiu o *apartheid*, desaparece também um personagem cada vez mais raro em nosso tempo: alguém capaz de mudar o mundo ao lutar por uma ideia, mesmo que as circunstâncias conspirem contra ela Nelson Mandela ê1918- -2013ã -- Em 1983, o diretor da cadeia de Pollsmoor, em Cape Town, na África do Sul, fez a seguinte declaração sobre um de seus prisioneiros: "De tão imponente, ele parece ter uns três metros de altura. É impossível não notar os ombros firmes, o olhar penetrante, a postura ereta. Fica a maior parte do tempo em silêncio, mas quando fala dá a impressão de dizer coisas importantes. Não se assemelha a nenhum outro homem que eu jamais tenha visto, e acho que nunca conhecerei alguém como ele. Lembra mais um chefe de Estado. Um rei, para dizer a verdade." O preso em questão, identificado pelo número 46.664, atendia pelo nome de Nelson Rolihlahla Mandela e já era, mesmo no cárcere, a principal voz da humanidade contra a segregação racial. Ao implodir o *apartheid*, o regime de exclusão concebido pela minoria branca da África do Sul, Mandela se tornaria algo ainda maior: ele foi provavelmente o último herói de nosso tempo. Morto na quinta-feira (5 de dezembro), aos 95 anos, num momento em que o mundo em geral e o Brasil em particular gritam por mudanças, o ex-detento sul-africano provou, com seu perene combate contra o racismo, que vale a pena lutar por uma ideia, mesmo que as circunstâncias conspirem contra ela. Como será o mundo sem Mandela? O extraordinário na biografia de Mandela é que ele se tornou uma voz mundial, embora tenha passado 27 anos dentro de um presídio, período equivalente a quase um terço de sua vida adulta. O fantástico na trajetória de Mandela é que ele venceu a guerra contra o racismo sem o uso da violência, e eis aqui um ponto em comum com as pregações pacíficas do indiano Mahatma Gandhi. O espetacular na vida de Mandela é ser eleito presidente aos 76 anos sem jamais ter ocupado outro cargo público e lançar a partir daí as bases de uma nova democracia. "Mandela mostrou para o mundo que a humanidade é capaz de superar os desafios mais intransponíveis", disse à ISTOÉ o cientista político sul-africano Ralph Mathekga. "Ele viveu de acordo com os ideais mais elevados." O que distingue Madiba, o nome tribal pelo qual Mandela era conhecido em seu país, de outros mitos? Para começo de conversa, ele deixou uma obra acabada e não a meio caminho, como sucedera a tantos ícones. O argentino Che Guevara morreu antes de realizar a utopia de uma América sem diferenças. Símbolos da luta antirracial, os americanos Martin Luther King e Malcolm X desapareceram cedo demais para levar adiante o sonho de uma sociedade igual para brancos e negros. Entre os vivos, não há substitutos nem sequer candidatos à altura de Mandela. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou-se como um revolucionário em um país de alma conservadora, mas hoje é uma decepção até para os negros. Na África do Sul, ninguém ousou lançar-se como sucessor de Mandela, nem mesmo nos altos escalões políticos, nem mesmo no seu universo familiar. Ao sacrificar uma vida inteira pelo ideal da igualdade, o ex-prisioneiro foi tão verdadeiro quanto único e a dimensão de seu legado talvez só se compare, na era moderna, à de outro gigante, o indiano Mahatma Gandhi, mártir da independência de seu país. Como Gandhi, Mandela ganhou, em vida, a aura de santo, mas aqui é preciso fazer uma ressalva. Mais do que um ser político, Gandhi era um líder espiritual, propagador de uma corrente que defendia o amor extremo pelo próximo e a busca implacável pela verdade suprema. Seus discursos carregados de mensagens filosóficas conquistaram milhões de seguidores, e não só na Índia. Gandhi parecia ser e agia, de fato, como um santo -- e foi assim que ele fundou o Estado moderno indiano. Mandela jamais teve intenções religiosas e não estava preocupado em salvar a alma de ninguém. Sua abordagem era outra: o combate incansável contra a segregação racial na África do Sul -- e no resto do mundo. Longe de ser santo, Mandela foi um homem de contradições. O jornalista americano Richard Stengel conviveu com o sul-africano durante três anos e dessa experiência nasceu o livro "Os Caminhos de Mandela". A obra é fascinante por desnudar o líder antirracista. Adepto tenaz da não violência, Mandela defendeu na juventude a resistência armada contra os brancos opressores. Na vida privada, o ex-presidente era frio com pessoas próximas, embora fosse sensível com todos os outros. Como pai, economizava sinais de afeto, mas com desconhecidos era capaz de demonstrar rara gentileza. Oferecia a mão a qualquer um que o abordasse e exibia genuíno interesse pela pessoa, só que jamais soube o nome dos seguranças que zelavam pela sua vida enquanto era chefe de Estado. Era um homem do povo e ao mesmo tempo desfrutava da companhia de celebridades. Ao visitar aldeias isoladas, não se importava em comer com as mãos, mas em almoços com líderes mundiais ofuscava os convivas com sua postura aristocrática. Passar 27 anos na prisão deixa marcas indeléveis em qualquer um, inclusive em gigantes como Mandela. Até adoecer, conservou manias adquiridas no cativeiro. Acordava sempre antes do amanhecer e então se dedicava a duas horas de exercícios físicos. Depois, revigorava-se com um banho de sol. Antes dessa rotina, arrumava meticulosamente a cama, mesmo que estivesse hospedado em hotéis que pagam camareiras para fazer esse tipo de serviço. Quando perguntado sobre os motivos que o levavam a dobrar cobertores e colocar travesseiros e lençóis em ordem, respondeu que era "apenas um homem habituado a disciplinas". O efeito mais perverso da prisão, declarou anos depois de ganhar a liberdade, foi ter sido privado da convivência com crianças. Mandela tinha verdadeira adoração por elas. Gostava de ouvi-las sobre os assuntos da nação e pedia a assessores que agendassem visitas a escolas. Ao fim de uma conversa com um jovem estudante, despedia-se sempre da mesma forma: "Estou muito honrado em conhecê-lo." Era um sentimento sincero de quem foi privado, pelos brancos que o mantiveram cativo, de conviver com os próprios filhos. A magia de Mandela está, em boa medida, em sua retidão moral, e de novo vale lançar a pergunta: há alguém no mundo de hoje que mereça tal reconhecimento? A resposta é provavelmente não. Um dado maravilhoso na vida de Mandela é sua recusa em se vingar de seus opressores. Coloque-se na pele de alguém que passou quase três décadas na cadeia apenas por defender uma ideia e você certamente pensará em destruir os tiranos que arruinaram a maior parte dos seus dias. Mandela não pensava dessa maneira. Ao sair da cadeia e iniciar a caminhada rumo à Presidência, ele resistiu aos insistentes pedidos de membros radicais do partido Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), que exigiam a desforra contra os brancos racistas. "Não é hora de guerra, é chegado o momento da paz", pregava o maior líder negro de todos os tempos, numa linguagem messiânica que o marcaria para sempre. Mas Mandela não falava isso, digamos, apenas por ter a alma pura. Dotado daquele tipo de sagacidade que só os grandes líderes possuem ("Mandela é mais esperto que todo o Congresso americano junto", disse, meio de brincadeira, meio a sério, o ex- -presidente americano Bill Clinton, quando questionado sobre o que achara do presidente sul-africano, em 1995), Mandela percebeu que, quisessem os negros ou não, ele precisava do apoio dos brancos para chegar ao poder, e foi assim que acalmou os ânimos mais exaltados. "A importância de Mandela está no fato de levar toda uma nação a se reconciliar com o seu passado e não fazer julgamentos com base na cor da pele", afirmou à ISTOÉ Georgina Alexander, pesquisadora do Instituto Sul-Africano de Relações Raciais. "Ele mostrou que uma pessoa pode perdoar àqueles que lhe fizeram mal, e nisso acho que serviu de exemplo para o mundo inteiro." Em uma entrevista concedida logo após se tornar o primeiro presidente negro da África do Sul, Mandela foi questionado sobre o que o manteve firme no propósito de jamais abandonar a luta contra o *apartheid*. "Mais de uma vez, me ofereceram a liberdade, desde que eu entregasse o passaporte e fugisse para outro país, para nunca mais voltar para a África do Sul", contou Mandela. "Eu poderia ter ficado metade do tempo que passei na cadeia, mas estaria traindo meus irmãos. Traição é uma palavra que na minha aldeia não existe." Por mais que tenha ganhado o mundo, Mandela jamais deixou de ser um homem, enfim, apegado a raízes tribais. Ele nasceu no pequeno vilarejo de Mvezo, na província de Cabo Oriental, filho de um conselheiro importante da comunidade. O mais inteligente de 12 irmãos, seu caminho inevitável era virar chefe da aldeia, mas a clareza de ideias e propósitos o levou a posições mais elevadas. Aos 7 anos, entrou na escola e se tornou o primeiro membro da família a ser alfabetizado -- numa sina espetacular, ele foi quebrando barreiras e passou a ser, como que empurrado pelo destino, pioneiro em diversas fases da vida. Foi o primeiro negro de Cabo Oriental a entrar na universidade (matriculou-se no curso de direito) e, já formado, o primeiro a trabalhar em uma firma de advocacia. Desde cedo, Mandela jamais aceitou a condição de cidadão de segunda classe imposta pelos brancos. Em 1943, aos 25 anos, deparou-se com uma cena que mudaria sua vida para sempre. Em Johannesburgo, viu, num final de tarde, um aglomerado de negros diante de um açougue, à espera de restos de carne que seriam arremessados pelos brancos. Nesse dia, teve a certeza de que seu papel no mundo seria fazer o impossível para acabar com aquele horror. Ingressou no Congresso Nacional Africano, partido que prega o fim do *apartheid*, e logo se viu que Mandela seria um líder brilhante. Fez discursos, organizou encontros, angariou simpatizantes para a luta contra o racismo. Apesar da disposição beligerante de alguns de seus parceiros, recusou-se a adotar a violência como estratégia válida. Mas fez isso até certo ponto. "Nós adotamos a atitude de não violência só até onde as condições permitiram", lembraria Mandela anos depois. "Quando as condições foram contrárias, abandonamos essa posição." Por condições contrárias, entendam-se os atentados perpetrados pelos brancos, que culminaram na morte de inúmeros colegas seus. Decidido a partir para o tudo ou nada, Mandela viajou para a Etiópia, onde recebeu treinamento militar durante dois meses. De volta à África do Sul, planejou ações de sabotagem contra alvos militares, mas seus projetos fracassaram. Em 1964, foi preso sob a acusação de trair o país e sentenciado à prisão perpétua. Na prisão, Mandela jamais se submeteu aos opressores. Recusou-se a entregar os nomes de militantes do CNA e, por isso, sofreu constantes ameaças de morte. De simples rebelde, seu nome passou a ser celebrado como um destemido defensor dos negros, mas com uma diferença notável em relação ao discurso dos outros: Mandela enxergou na paz -- e no respeito mútuo entre brancos e negros -- a única saída para o futuro da África do Sul. "Assim, Mandela passa a ser tão aclamado por aqueles que estão no poder quanto pelos oprimidos", diz Thabo Mpakanyane, analista político sul-africano. Nesse aspecto, Frederik de Klerk, o último branco a presidir o país, teve um papel exemplar. Ele percebeu a posição ao mesmo tempo firme e moderada de Mandela e viu nele um possível sucessor para ceifar as tensões raciais. Em 1990, depois de forte pressão internacional, Mandela deixou a prisão. Em 1993, ganhou o Nobel da Paz por sua defesa do diálogo permanente, a despeito da cor da pele. Em 1994, foi eleito o primeiro presidente negro da história da África do Sul, reforçando a sina de ser um pioneiro em vários momentos da vida. Como líder máximo da África do Sul, Mandela cumpriu a promessa de sepultar a segregação e com isso consolidou uma democracia plena, algo ainda hoje incomum no continente africano. Alguns meses antes de morrer em sua casa em Johannesburgo, para onde havia sido levado no dia 1º de setembro após passar quase três meses internado para tratamento de uma infecção pulmonar, Mandela afirmou que não temia o fim. "Fiz tudo o que podia para o meu país", disse o maior herói de nosso tempo. O que, verdade seja dita, não foi pouco. Amauri Segalla Fonte: ISTOÉ -- Edição 2.299, 06 de dezembro de 2013. :::::::::::::::::::::::: Eu tenho um sonho Cinquentenário de discurso de Martin Luther King expressa a vitalidade da retórica na cultura A retórica surgiu no horizonte ocidental na Antiguidade, quando ninguém contava com tantos modos de análise como os que temos agora. Continuará longe do esgotamento porque nunca se dirá tudo que há para dizer e o que já foi dito até agora nunca estará isento de revisão. A cultura ocidental é discursiva, põe em campos de debate quem acredita que há um sentido para a vida, o significado último "escavável" na essência das coisas, e quem desconfia da arrogância das certezas e percebe a vida como significados transitórios. Nos lapsos em que a cultura não aceita mais como natural a confiança numa verdade redentora e numa validade universal para as certezas, ardemos à força do discurso. "Eu tenho um sonho", de Martin Luther King ê1929- -1968ã, aniversariou 50 a- nos como raro artefato do século XX a motivar a ação e também a inspirar o silêncio prévio ao pensar. Pronunciado em 28 de agosto de 1963, em Washington, foi marco do movimento pelos direitos civis nos EUA. Confira a seguir a íntegra desse discurso memorável: "Estou feliz por estar hoje com vocês num evento que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nosso país. Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro.

Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação. Cem anos mais tarde, o negro ainda vive numa ilha isolada de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro ainda definha nas margens da sociedade americana estando exilado em sua própria terra. Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramatizar essa terrível condição. De certo modo, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitetos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória da qual todo americano seria herdeiro. Essa nota foi uma promessa de que todos os homens teriam garantia aos direitos inalienáveis de ‘vida, liberdade e busca da felicidade’. É óbvio que a América de hoje ainda não pagou essa nota promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar esse compromisso sagrado, a América entregou ao povo negro um cheque inválido devolvido com a seguinte inscrição: $"Saldo insuficiente$". Porém recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça abriu falência. Recusamo-nos a acreditar que não haja dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidade desse país. Então viemos para descontar esse cheque, um cheque que nos dará à vista as riquezas da liberdade e a segurança da justiça. Viemos também para este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é hora de se dar ao luxo de procrastinar ou de tomar o remédio tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da democracia. Agora é hora de sair do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é hora de retirar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a sólida rocha da fraternidade. Agora é hora de transformar a justiça em realidade para todos os filhos de Deus. Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência desse momento. Esse verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará até que chegue o revigorante outono da liberdade e igualdade. Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. E aqueles que creem que o negro só precisava desabafar e que agora ficará sossegado, acordarão sobressaltados se o país voltar ao ritmo normal. Não haverá nem descanso nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir os alicerces do nosso país até que o resplandecente dia da justiça desponte. Há algo, porém, que devo dizer a meu povo, que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça: no processo de ganhar o nosso legítimo lugar não devemos ser culpados de atos errados. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio. Devemos sempre conduzir nossa luta no nível elevado da dignidade e disciplina. Não devemos deixar que o nosso protesto criativo se degenere na violência física. Repetidas vezes, teremos que nos erguer às alturas majestosas para encontrar a força física com a força da alma. Esta nova militância maravilhosa que se engolfou na comunidade negra não nos deve levar a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois muitos dos irmãos brancos, como se vê pela presença deles aqui, hoje, estão conscientes de que seus destinos estão ligados ao nosso destino. E estão conscientes de que sua liberdade está intrinsecamente ligada à nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder. Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: $"Quando é que ficarão satisfeitos?$". Não estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos indescritíveis horrores da brutalidade policial. Jamais poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com as fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso aos hotéis de beira de estrada e das cidades. Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Não podemos estar satisfeitos enquanto nossas crianças forem destituídas de sua individualidade e privadas de sua dignidade por placas onde se lê $"somente para brancos$". Não poderemos estar satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos e só estaremos satisfeitos quando $"a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente$". Eu sei muito bem que alguns de vocês chegaram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês acabaram de sair de pequenas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde a sua procura de liberdade lhes deixou marcas provocadas pelas tempestades de perseguição e pelos ventos da brutalidade policial. Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Luisiana, voltem para as favelas e guetos das nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, essa situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no vale do desespero. Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho de que, um dia, essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: $"Consideramos essas verdades como autoevidentes: todos os homens são criados iguais.$" Eu tenho um sonho de que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho de que um dia, mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho de que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje. Eu tenho um sonho de que, um dia, o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de $"interposição$" e $"anulação$", um dia, bem lá no Alabama, meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho de que um dia $"todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente$". Essa é a nossa esperança. Essa é a fé com a qual eu regresso ao Sul. Com essa fé nós poderemos esculpir na montanha do desespero uma pedra de esperança. Com essa fé poderemos transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de fraternidade. Com essa fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser livres. Esse será o dia, esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: $"Meu país é teu, doce terra da liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada lado das montanhas ressoe a liberdade!$" E se a América quiser ser uma grande nação, isso tem que se tornar realidade. E que a liberdade ressoe então do topo das montanhas mais prodigiosas de Nova Hampshire. Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque. Que a liberdade ressoe das elevadas montanhas Allegheny da Pensilvânia. Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado. Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia. Mas não só isso; que a liberdade ressoe da montanha Stone da Geórgia. Que a liberdade ressoe da montanha Lookout do Tennessee. Que a liberdade ressoe de cada montanha e de cada pequena elevação do Mississippi. Que de cada encosta a liberdade ressoe. E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção espiritual negra: $"Finalmente livres! Fi-

nalmente livres! Graças a Deus Todo-Poderoso, somos livres, finalmente$"." Fonte: ~,http:ÿÿrevistalingua.uol.~ com.brÿtextosÿ97ÿeu-tenho-~ um-sonho-300978-1.asp~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Pensamentos "Nunca se pode concordar em rastejar, quando se sente o ímpeto de voar." Helen Keller (1880-1968). "Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir e chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir." Cora Coralina (1889-1985). "Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende." Leonardo da Vinci (1452-1519). "O pessimista reclama do vento; o otimista espera que ele mude; o sábio ajusta as velas." John Maxwell (1947). õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo No Mundo das Artes "Poeta completo", Vinicius de Moraes Luís Augusto Fischer comenta a trajetória do artista em entrevista ao *Correio do Povo* Foi em uma madrugada chuvosa no Rio de Janeiro que veio ao mundo Marcus Vinitius da Cruz e Mello de Moraes, ou, simplesmente, Vinicius de Moraes, que, se estivesse vivo, completaria 100 anos em 19 de outubro (de 2013). Parafraseando um de seus versos mais famosos, o escritor, se não chegou a ser imortal, foi infinito enquanto vivo. "Um poeta completo", como descreve o professor Luís Augusto Fischer, patrono da Feira do Livro de Porto Alegre deste ano. Não à toa. Ao longo de seus 66 anos de vida, Vinicius de Moraes destacou-se de muitas formas e para muitos públicos. O carioca passou pela literatura, teatro, cinema e música. Bacharel em Letras, também se graduou em Direito. Foi escritor, dramaturgo, letrista, poeta e diplomata. "Ele operou em várias faces. Escreveu pra gente culta e erudita, como ele, até o cara que não entendia nada, que não tinha leitura, como é a maior parte do povo brasileiro", salienta Fischer. "E até para crianças", destaca o professor, lembrando a "Arca de Noé". Um início sério -- O "poetinha" -- como ficou conhecido -- foi criado em um ambiente musical. Embora não fosse músico, o pai, funcionário da Prefeitura do Rio de Janeiro, também era poeta e violinista amador, assim como a mãe pianista amadora. A vocação artística foi demonstrada desde cedo. Publicou o primeiro livro -- "Caminho para a Distância" -- em 1933, quando tinha 20 anos. Um texto sério, que nada se assemelha com o jeito boêmio e descontraído que o marcaria décadas depois. "A coisa mais notável é que no começo da carreira ele era um poeta filosofante, metafísico e publicou livros naquele clima dos poetas católicos do Rio de Janeiro", explica Fischer. "Mas depois ele fez algo que ninguém esperava: uma conversão em direção a uma linguagem diferente. E virou letrista. A primeira grande imagem que tenho de Vinicius de Moraes é essa. A de um poeta que tinha atingido um estágio de poesia erudita e resolveu levá-la a uma direção mais popular", pondera. Considerado um dos maiores sonetistas do Brasil, Vinicius de Moraes é autor de estrofes que até hoje embalam casais e paixões. Em sua obra, fez da sua cidade natal um cenário para os encontros e desencontros da vida. Com a mesma genialidade, descreveu belas mulheres, apresentou ao mundo a "Garota de Ipanema" e tantas outras que observou passar pela orla carioca. Poeta da Paixão -- José Castello, um de seus biógrafos, o descreveu como "Poeta da Paixão", opinião compartilhada pelo amigo Chico Buarque, que ressaltou no documentário "Vinicius" que o amigo buscou -- mas não necessariamente encontrou -- o amor. O apaixonado Vinicius casou-se nove vezes e teve cinco filhos. "Ele cantou muito os vários estados de paixão, de enamoramento. Não era um poeta do cotidiano. Por outro lado, ele tem vários poemas da dor da paixão, como a separação", lembra Luís Augusto Fischer. "Tudo nele era muito na ponta, no extremo, vibrado. Tanto para a aproximação entre o amador e a amada, quanto na separação do casal", detalha o patrono da Feira do Livro. Parcerias de sucesso -- Além da vasta obra literária, o "poetinha" colaborou para cri- ar a bossa nova, ao compor "Chega de Saudade", na década de 50, em parceria com João Gilberto e Tom Jobim -- com quem assinou alguns de seus principais sucessos, como "Garota de Ipanema", "Eu Sei Que Vou Te Amar", entre outros. "Seria impossível imaginar a canção brasileira sem a bossa nova. Vinicius de Moraes faz parte do eixo principal da grande virada positiva que a música brasileira teve e que é conhecida no mundo todo", afirma Fischer. Tom Jobim, porém, não foi a única parceria marcante de Vinicius. A partir dele, o poeta passou a trabalhar ao lado de nomes como Baden Powell -- com quem criou os "Afro-Sambas" --, Edu Lobo, Carlos Lyra e, mais próximo ao fim da vida, Toquinho, quando já havia sido demitido pela ditadura militar do cargo de diplomata do Itamaraty, onde trabalhou de 1943 a 1969, representando o Brasil em diversos postos pelo mundo. Infinito enquanto durou -- Com uma vida intensa e desregrada, Vinicius de Moraes passou a ter complicações de saúde. Em abril de 1980, o poeta sofreu uma cirurgia para instalação de um dreno cerebral para conter um derrame. A recuperação não foi completa. Na noite de 9 de julho de 1980, morreu aos 66 anos em sua casa, no Rio. No entanto, após mais de 30 anos, sua obra segue sendo lembrada e revisitada. E assim continuará, acredita Fischer: "Vinicius jamais será esquecido, não tem jeito. Os poemas impressos, mesmo sem música, são inesquecíveis. Ele foi capaz de fazer sínteses muito poderosas que sempre serão lembradas".

Na edição de 10 de julho de 1980, o *Correio do Povo* dedicou uma página inteira ao poeta. Com direito a homenagem de outro grande nome da literatura, Mario Quintana, que assim lamentou a morte do colega: "À última hora, a morte de Vinicius! Não adianta dizer que a sua poesia aqui está conosco. Fazia bem à gente, enquanto escrevia, saber que Vinicius não poderia ler. Porque ele era um poeta que lia os outros poetas. Que nos incentivava, nos assistia, fazendo-nos acreditar em nós mesmos como nós acreditávamos nele. Obrigado, Vinicius, pela tua grande poesia e, principalmente, pela tua grande vida.” Fonte: ~,http:ÿÿwww.correiodopovo.~ com.brÿArteAgendaÿ?~ Noticia=510220~, Soneto de Fidelidade (Vinicius de Moraes) De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama

¨ Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Fonte: ~,http:ÿÿwww.releituras.~ comÿviniciusm{-~ fidelidade.asp~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Maravilhas do Mundo *Montes Milford Sound* As mais famosas montanhas da Nova Zelândia representam a perfeita união da terra com o mar. A base de *Milford Sound* é encoberta pela água salgada, formando um dos mais majestosos fiordes do mundo -- um exemplo da generosidade da natureza *Milford Sound* é um fiorde -- vale esculpido por geleiras e depois inundado pela água do mar -- surgido há cerca de 10 mil anos. Suas características peculiares constituem um espetáculo tão grandioso que, diante dele, até mesmo um inglês perdeu a tradicional fleuma que caracteriza esse povo: "É a oitava maravilha do mundo", afirmou, estupefato, o escritor Rudyard Kipling ê1865- -1936ã, após conhecer o fiorde. Logo na entrada de *Milford Sound*, dando boas vindas aos visitantes, o Monte Mitre domina a paisagem, com seus 1.695 metros de altura. Mais para o interior, densas florestas, de árvores muito altas, são habitat de animais raríssimos, como o takehe, uma ave que não voa. Trilha privilegiada Esse fiorde localiza-se no sudoeste da Ilha Sul da Nova Zelândia -- o país divide-se entre as ilhas Norte e Sul --, no Parque Nacional Fiordland. *Milford Track*, chamada de "a mais bela caminhada do mundo", atravessa florestas, lagos, quedas- -d'água e vales da região por mais de 50 km. O solo é muito fértil, graças à enorme quantidade de chuva que cai o ano todo. A água da chuva, acrescida de material orgânico do solo, quando chega ao fiorde, não se mistura com a água salgada -- por ser menos densa, forma uma grossa camada na superfície. Em seu conjunto, *Milford Sound* é tão belo que poucos ousariam discordar de Kipling. Fonte: Maravilhas do Mundo. São Paulo: Editora Klick, 2001. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Tributo Homenagem a Maria Salete Semitela de Alvarenga Maria Salete chegou ao Brasil em 31 de julho de 1962 -- Salete, fale-nos o porquê da sua vinda para o Brasil e como foi esta época? Bem, minha vinda para o Brasil se deu em razão de meu pai já viver aqui há alguns anos. Sabe, era comum, naquela época, os portugueses tentarem uma vida melhor aqui. Depois de sete anos, meu pai voltou para buscar a família. Este fato marcou muito a minha infância, pois tendo que me afastar de meus avós e minha tia (irmã caçula de minha mãe), sofri bastante. Some- -se a isso, o choque de enfrentar um país diferente, uma cidade grande (Rio de Janeiro), sendo eu oriunda de uma aldeia na qual, somente à época da minha viagem para o Brasil, inaugurava sua energia elétrica nas ruas. Nas residências, nem pensar. Iniciou suas atividades escolares no Instituto Benjamin Constant, em 05 de setembro do mesmo ano. Começou, nessa data, o processo de sua alfabetização -- Quem foram seus primeiros professores? Quando cheguei ao IBC, o chefe da Seção de Ensino (hoje DEN) era o prof. Antonio dos Santos. Foi ele quem me recebeu com todo carinho e chamou a profa. Iza de Oliveira (que após alguns anos receberia o sobrenome Millecco, em virtude do casamento), para que a mesma me iniciasse nas primeiras le- tras, já que eu nada sabia. Permaneceu como aluna do IBC até 1969, quando concluiu o curso ginasial. Em 1970, iniciou o ensino médio no colégio Mallet Soares, o qual foi concluído em 1972 -- Fale-nos de sua experiência no Mallet Soares: quais as dificuldades e quais os facilitadores? Quando iniciei o ensino médio, eu já havia tido experi- ência como aluna na que chamam hoje "escola inclusiva" porque frequentei a Cultura Inglesa desde 1966, quando iniciei o curso ginasial (hoje sexto ano). O engraçado é que os especialistas falam em "escola inclusiva", como se fosse uma descoberta dos tempos modernos, o que é uma mentira, pois ela sempre existiu. É claro que dificuldades sempre existiram, no entanto, nós, os cegos, éramos preparados, quer pelas famílias ou pelo próprio IBC (e muitas vezes pelos dois segmentos), a enfrentar as barreiras. Os problemas que enfrentei acredito serem os mesmos que os deficientes continuam encontrando: preconceito em relação ao nosso potencial e, acima de tudo, um sistema educacional falho que não proporciona aos profissionais uma base sólida. Daí, termos educadores despreparados que, num curso de Pedagogia, por exemplo, o Braille e outros conteúdos relativos a nós são relegados a plano inferior, isso quando existem na grade dos cursos. Apesar dos entraves citados, posso dizer que os fatores que facilitaram o meu sucesso na Inclusão foram: 1- Uma enorme vontade de ter uma vida útil, para não ser, no futuro, um peso morto para a família; 2- Consciência dos meus deveres e direitos; 3- Durante o processo, foi de suma importância encontrar pessoas que, apesar de aparentemente despreparadas, me ajudaram bastante procurando ouvir-me, quanto à melhor maneira de ajudar-me. Explico melhor: Na Cultura Inglesa, a professora nunca havia tido contato com um cego, muito menos como aluno, basta dizer que, no primeiro dia de aula, ela chorou quase o tempo todo. No entanto, tornou-se uma excelente professora para mim porque tinha boa vontade e humildade para aprender sobre cegos. O que percebo hoje são os ditos especialistas falando por nós. Em 1973, foi aprovada no vestibular de Letras da Universidade Santa Úrsula, graduando-se em Língua Portuguesa e Literatura em 1976 -- Por que escolheu este curso? Quais auxílios recebeu para conclui-lo? Em verdade, escolhi esse curso ao apagar das luzes do ensino médio, mais exatamente no terceiro ano. Esta escolha se deu em função de uma professora que tive no Mallet Soares, desde o primeiro ano: Dona Talita. Essa professora despertou em mim o gosto pela língua e literatura. Tanto na Cultura Inglesa, quanto no Mallet Soares, recebi o auxílio imprescindível de muitas ledoras, essas incansáveis voluntárias que, até hoje, apesar de toda a tecnologia, continuam desempenhando seu papel, ainda que realizando atividades compatíveis com os novos tempos. Em 1979, foi aprovada em concurso público para o IBC, para o cargo de professora de primeiro e segundo graus, começando a desempenhar sua atividade profissional no Educandário em 1980, onde permaneceu até 2007, quando se aposentou -- Fale-nos sobre a experiência de 27 anos de magistério no IBC, da importância do Braille e dos recursos tecnológicos hoje oferecidos a nós, cegos e deficientes visuais. O que pensa sobre a escola inclusiva e a escola especializada? Minha experiência profissional no IBC marcou, de maneira indelével, a minha vida. Ao longo de 27 anos, ensinei e aprendi muito. Aprendi que tão importante quanto passar conteúdos é perceber, em cada educando, suas vivências e, partindo delas, auxiliá-lo a conscientizar-se de sua cidadania. Muitos alunos passaram e muitos permaneceram como amigos. Não há maior realização para um professor que ter notícias de alguém que um dia foi seu aluno e hoje, é independente, tem autonomia para dirigir sua vida. Sei de muitos que passaram por mim e estão trabalhando em diversos locais. No próprio IBC, há alguns concursados que foram meus alunos: Rachel Maria, Lílian, Ana Cristina Hildebrandt e outros que sei estão na lista para serem chamados. Faz-se indispensável dizer que os nomes acima citados são um produto da escola especializada, ou seja, foram alunos do IBC. Por que estou destacando este fato? Porque os "especialistas" teimam em classificar as escolas especi- alizadas como "guetos". Que "guetos" são esses que trabalham para a inclusão do deficiente na sociedade? Em vista da minha atuação como professora em escola especializada, percebi que a dita inclusão ainda constitui uma figura de retórica: Quando aqui chegavam educandos oriundos de escolas inclusivas, visando matricular-se em uma quarta série, por exemplo, não raro constatávamos que eles não eram sequer alfabetizados. No caso de deficientes visuais totais, nem o Braille sabiam. Então, os alunos eram matriculados em uma série bem inferior (porque também não tinham conteúdo), e ao longo do ano letivo, era feito um trabalho intensivo. Pelo exposto, concluo que ainda não podemos prescindir da escola especializada, uma vez que o nosso sistema educacional não consegue atender os ditos normais. Por muito tempo ainda, penso que escola especializada e inclusiva devem coexistir, deixando aos pais a opção de matricular seu filho onde bem entenderem. Ressalte-se que, embora tenhamos uma gama de recursos tecnológicos que facilitam a nossa independência (isto é indiscutível), o sistema Braille é insubstituível, porque a criança que não cultiva o hábito da "leitura" será sempre analfabeta, por mais que ela "leia" no computador, valendo-se dos leitores de tela. O mesmo se dá com os adultos: aqueles que só fazem uso de leitores de tela perdem o contato com a grafia, o que os leva a escrever muito mal. Portanto, devemos usufruir de

todo tipo de leitura: nenhum é excludente. Algumas palavras Maria Salete é exemplo de força, espírito de justiça, responsabilidade. No dia a dia, com os colegas de trabalho e com os seus alunos, sempre mostrando coerência entre ideias e atitudes, atributos que lhe valeram o reconhecimento e o respeito de todos. Sua experiência de vida nos encoraja a reunirmos nossas forças e seguirmos rumo aos objetivos desejados. Sua longa e profícua trajetória intelectual (iniciada como aluna e concretizada como professora do IBC) inclui, ainda, matrícula na Cultura Inglesa, conclusão do Ensino Médio e licenciatura no Curso de Letras da Universidade Santa Úrsula, numa demonstração de que, salvo pelo surgimento de umas poucas tecnologias acessíveis às pessoas com deficiência visual, a dita "inclusão" nada trouxe de novo e substancial à geração de nossos dias. Obrigado, Salete, pelo esforço de oferecer sempre o melhor de si! João Batista Alvarenga õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Direitos de Todos Veja como evitar as pegadinhas mais frequentes dos bancos Facilidades anunciadas acabam funcionando como armadilhas para os clientes Alguns serviços oferecidos pelos bancos parecem uma maravilha: crédito pré-aprovado, prêmios em dinheiro, pagar todas as contas numa só data, etc. Porém, essas ofertas -- que chegam aos clientes por telefone, anúncios, cartas e em conversas com gerentes -- podem esconder armadilhas. Jovenildo Fernandes, de 34 anos, caiu numa pegadinha e adquiriu um título de capitalização, pensando que teria um retorno financeiro e seria sorteado: -- Paguei R$100 por 60 meses. Para resgatar, foi uma dificuldade. Ou seja, deixei o dinheiro preso, sem lucro. Economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), Ione Amorim diz que os bancos são muito criativos -- e apelativos -- na hora de convencer o cliente a contratar produtos e serviços: -- Os gerentes dizem que não atingiram uma meta e pedem ajuda. O cliente não pode se basear na amizade para ter uma ligação com o banco. A supervisora institucional da Proteste -- Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, Sonia Amaro, lembra que o cliente deve sempre redobrar os cuidados na hora de aceitar crédito: -- Parece algo simples, mas as reclamações mostram que não é. Coordenadora da área de educação sobre consumo do Procon Carioca, Mariana Ferraz diz que o mais importante é se informar: -- Os bancos omitem os custos dos serviços. Por isso, leia o contrato com atenção. Como reclamar Primeiro passo: o cliente deve entrar em contato com o SAC do banco. Segundo passo: se não resolver, a queixa deve ser registrada na ouvidoria da instituição e no Banco Central. Terceiro passo: quem ainda se sentir lesado pode denunciar o problema ao Procon e entrar com uma ação no Juizado Especial Cível. Atenção com o lero-lero õo Promessa: dez dias sem juros no especial. Pegadinha: se o cliente não quitar a dívida até o 11º dia, é cobrado retroativamente pelos tais dez dias. õo Promessa: sorteios com prêmios incríveis de até R$5 milhões por mês. Pegadinha: na verdade, os bancos oferecem um título de capitalização, em que o cliente se compromete a pagar uma taxa por até 84 meses, mas não há rendimento como na poupança.

õo Promessa: cartão de crédito sem anuidade. Pegadinha: de acordo com os especialistas, as taxas cobradas por outros serviços costumam ser muito caras para compensar a gratuidade. õo Promessa: oferta de crédito direto no caixa eletrônico. Pegadinha: as taxas e os juros cobrados costumam ser mais altos do que outros tipos de empréstimos. Na Caixa, por exemplo, variam entre 1,80% a 3,51% ao mês. õo Promessa: publicidade de parcelamento da fatura de cartão de crédito. Pegadinha: anexa à fatura, o cliente recebe uma publicidade mostrando como parcelar o valor em várias vezes. Ganha tempo para pagar a dívida em parcelas menores, mas os juros são maiores.

õo Promessa: pagamento de contas de água, luz e telefone no cartão de crédito. Pegadinha: cada conta de serviço paga pelo cartão tem um custo que varia de R$3 a R$16, segundo o IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). õo Promessa: pacote de serviços como seguro e títulos de capitalização. Pegadinha: na verdade, alguns funcionários impõem a contratação de um determinado produto na compra de outro. A prática pode ser considerada venda casada, que é proibida. õo Promessa: envio de cartões de crédito sem solicitação do cliente. Pegadinha: também proibida, essa prática é considerada abusiva pela Justiça. õo Promessa: caixas 24 horas ou 30 horas. Pegadinha: apesar do nome, muitos terminais de autoatendimento só funcionam das 6:00 às 22:00 h. õo Promessa: juros reduzidos no cartão de crédito, no cheque especial e no empréstimo pessoal. Pegadinha: quando o cliente atrasa o pagamento de uma dessas "facilidades", acaba sendo cobrado com juros retroativos mais altos do que os prometidos. õo Promessa: cheque diretamente no caixa eletrônico. Pegadinha: apesar de vendido como uma facilidade, muitos bancos limitam o número de cheques que o cliente pode pegar por mês. õo Promessa: programa de bônus em cartões de crédito, com trocas por passagens aéreas e ingressos de cinema. Pegadinha: muitas vezes, o cliente acaba não aproveitando os benefícios, e esses cartões

têm anuidades até três vezes mais caras do que os simples. õo Promessa: o banco não entrega o contrato na hora da contratação de um serviço. Pegadinha: o cliente acaba ficando sem o documento que comprova o combinado com a instituição financeira. õo Promessa: antecipação do 13º salário. Pegadinha: o cliente precisa pagar juros mensais, que variam de acordo com o banco, e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), na contratação. No Itaú, por exemplo, a taxa mínima é de 2,17%. Fonte: Jornal Extra -- 08 de setembro de 2013. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Acessibilidade e Inclusão Pessoas com deficiência denunciam falta de acessibilidade em agências bancárias Fazendo o mais que possível. O tempo todo com você. Feito para você. Compromisso com você. Perfeito para você. Bom para todos. Os anúncios publicitários das principais instituições bancárias brasileiras parecem sugerir um atendimento exemplar para todos os seus clientes e, portanto, também para os correntistas com deficiência. A realidade, porém, é distante da anunciada nos *slogans*: a pessoa com deficiência precisa ultrapassar as barreiras comunicacionais, estruturais e arquitetônicas em agências de todo o país. O problema se torna ainda mais grave quando o próprio governo federal lança o Programa "BB Crédito acessibilidade", mas nem o próprio Banco do Brasil garante, em suas agências, o pleno acesso para as pessoas com deficiência. "A falta de acessibilidade compromete diretamente a independência da pessoa com deficiência, que precisa ficar dependente de terceiros para a realização de simples transações, como se sempre estivéssemos pedindo um favor para o outro", avalia João Carlos Farias, sociólogo do IBDD. Ele aponta a porta giratória como o principal entrave arquitetônico para o cadeirante. "Na maior parte das agências, sempre é necessário pedir a ajuda de algum funcionário para a entrada por conta das portas giratórias que impossibilitam o acesso. Muitas vezes, é preciso esperar um tempo enorme para que algum funcionário apareça para nos auxiliar", conta. O acesso às edificações e serviços das instituições financeiras deve seguir os preceitos estabelecidos nas normas da ABNT. Entre as exigências, estão os espaços e instalações acessíveis; os assentos de uso preferencial sinalizados; admissão e permanência de cão-guia para a pessoa com deficiência visual; sinalização tátil das teclas numéricas; tamanho, textura, espaçamentos e força de acionamento das teclas adaptados para a pessoa com deficiência visual; serviços de atendimento para pessoas com deficiência auditiva prestado por intérpretes ou pessoas capacitadas em Língua Brasileira de Sinais (Libras), dentre outros. "Nunca encontrei um banco que disponibilizasse um intér- prete de Libras. Já assinei contratos em que considerei ter escolhido a melhor opção por não ter entendido com clareza a explicação do gerente.", reclama Paulo Vieira, deficiente auditivo, que já entrou com processo judicial contra três instituições bancárias. A advogada Priscilla Selares, deficiente visual, tam- bém aponta que poucas agências disponibilizam teclas em Braille e/ou dispositivos de áudio para acesso aos terminais de autoatendimento. "Já morei no Rio e em Porto Alegre, e os problemas são semelhantes. A maior parte dos caixas possui tela *touchscreen* sem fones de ouvido ou possui caixas eletrônicos sem teclas em Braille. Me incomoda bastante também o sistema de senhas de chamada para os guichês de atendimento convencional. Pelo *display*, não consigo saber quando é minha vez e para qual caixa devo me dirigir", relata Priscilla. "A pessoa com deficiência deveria ter o direito de acessar suas contas e realizar todas as operações bancárias da mesma maneira que os outros clientes sem deficiência o fazem. Isso sim é realmente estar presente na vida de seus correntistas, isso sim é $"estar com você$"", conclui Paulo Vieira. Fonte: Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo IBC em Foco Grupo de Teatro Corpo Tátil O grupo de teatro Corpo Tátil surgiu em maio de 2003 com a montagem de “O Mágico de Oz”, livre adaptação da obra de L. Frank Baum. Inicialmente, contava com oito crianças (cegas e de baixa visão), alunos do Instituto Benjamin Constant. A peça ficou dois anos em cartaz, sendo apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil, Teatro Carlos Gomes, Teatro Mário Lago, PUC, SESC de Niterói, Unirio, UFRJ, entre outros lugares. Atualmente o grupo é formado por nove atores e dois músicos, sendo seis cegos e cinco com baixa visão. A faixa etária atual é de 12 a 21 anos. O grupo conta ainda com uma diretora cênica e uma diretora musical, uma preparadora corporal e um operador de luz. A proposta do grupo é trazer ao público um espetáculo de qualidade, dinâmico, com muita música, dança, movimentação e expressão corporal. A intenção é que o foco não esteja na deficiência, mas na encenação. É importante que o público, durante o espetáculo, esqueça-se de que os atores são cegos e os encarem apenas como atores, bons atores. A deficiência para o grupo é uma questão secundária e não fundamental. Durante o processo de trabalho, realizamos exercícios de expressão corporal e vocal, além de Laboratórios de vivência do texto, das situações e das personagens envolvidas. A preocupação é que o ator não apenas decore o texto, mas vivencie esse texto através do corpo. Ainda são realizados exercícios de orientação espacial. Nos ensaios, em determinados momentos, são utilizadas pistas sonoras e táteis (a voz do outro ator ou mesmo um simples objeto estrategicamente colocado pode servir de referência). Uma dificuldade que encontramos, às vezes, é trazer para a compreensão do ator cego coisas que não fazem parte da realidade dele (um pássaro voando, em “O Mágico de Oz”, ou uma pescaria de um pirarucu, em “O Auto da Compadecida”, por exemplo). Outra dificuldade é apresentar a peça em espaços diferentes, quando temos pouco tempo para ensaiar. Como a peça tem sempre muita movimentação, torna-se necessário conhecer o espaço de apresentação pelo menos uma hora antes. Atualmente, apresentamos a peça “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna. A encenação conta com músicas e sonoplastia criadas pelo grupo.

Um desejo do grupo é poder apresentar a peça em vários teatros e espaços, podendo divulgar ainda mais o trabalho. Marlíria Flávia Coelho da Cunha -- professora do Instituto Benjamin Constant. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo RBC Informa Audioteca Sal e Luz A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros). Mas o que é isto? São livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita. Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos, que incluem literatura, obras religiosas, textos e provas corrigidas, voltados para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita cassete, CD ou MP3. Para acesso a este acervo, basta associar-se em nossa sede, situada na Rua Primeiro de Março, 125 -- Centro -- Rio de Janeiro-RJ. Não precisa ser morador local. Em face das dificuldades de locomoção das pessoas com deficiência, há, também, a alternativa de escolher o livro em nosso site ~,www.~ audioteca.com.br~, e solicitá-lo por telefone, enviaremos gratuitamente pelos Correios. A nossa maior preocupação reside no fato de que, apesar de o governo estar ajudando

imensamente, é necessário apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir, e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Fale do nosso trabalho, Divulgue!!! Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros. Horário de atendimento: de segunda a sexta, das 08:00 às 16:00 h. Endereço: Rua Primeiro de Março, 125 7º andar -- Centro -- Rio de Janeiro-RJ -- CEP: 20010-000. Tel.: (55) (21) 2233-8007.

E-mail: ~,audioteca@~ audioteca.org.br~, Fonte: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.~ br~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Nossa Casa Vencidos ou em dia? Preparamos uma lista com a duração média de 15 produ- tos para você saber a hora certa de aposentá-los em casa Seguir as instruções de uso, os procedimentos de lavagem e guardar da maneira adequada são hábitos que prolongam o tempo de duração de qualquer produto. Mas, como saber a hora certa de tirar da cama aquele travesseiro querido e fofinho, quase da família? A primeira coisa, quando se compra qualquer item para casa, é jogar a embalagem fora e, em seguida, colocá-lo em uso. E é aí que mora o pro- blema. Todas as informações preciosas, de como cuidar do produto e até quando ele vale, se perdem junto com o pacote. A partir daí, só dá para avaliar no olhômetro. Ruan Schayder, mordomo-governante que presta consultoria para artistas e celebridades, como a modelo Ana Beatriz Barros, lembra que um travesseiro de fibra siliconada, por exemplo, tem um tempo útil menor do que um de viscolástico. O primeiro não chega a dois anos, enquanto o segundo pode durar até cinco anos, desde que seja protegido por uma capa. -- Para saber a diferença entre um e outro, consulte na embalagem, antes de comprar. Vale a pena ter esse cuidado

-- orienta Ruan. Caso a pessoa não se lembre de quando comprou o produto, deve ficar atenta à conservação, para saber se o prazo está excedido. Tecido desgastado e cores desbotadas são indicativos, segundo a *First Class*, fabricante de produtos de cama, mesa e banho. O tempo recomendado pela empresa para troca do enxoval é de cinco anos. Dicas Travesseiro: dois anos, se tiver uma boa capa de proteção. Jamais coloque o produto para lavar, só a capa. Edredom: de três a dez anos. Deve ser usado sempre com capa. A durabilidade depende do cuidado com o produto. Toalha de banho: quatro anos. Por serem mais grossas, duram em torno de 40 lavagens. Prefira produtos de limpeza menos agressivos. O cloro não é indicado. Deve ser substituído por um tira-manchas. Toalha de rosto: quatro anos. Para a lavagem, vale a mesma regra das toalhas de banho. Colchão: dois anos. As capas protetoras ajudam a mantê- -lo bom por mais tempo. Para não deformar, deve ser virado a cada quatro meses. Capa de sofá: cinco anos. Se optar pelos tecidos de algodão, como brim, poderá lavá-la em casa. Se optar por seda ou veludo, o ideal é levar para uma lavanderia. Cobertor: até dez anos. Como a grande maioria é feita de material sintético, o produto dura mais que os outros. A lavagem duas vezes por ano é suficiente. Manta: dois anos. Os produtos de microfibra duram mais, pois sofrem pouco desgaste. Pano de prato: até dois anos. Por ser lavado com produtos mais fortes, capazes de tirar a gordura, dura menos. Avental: de três a cinco anos. Assim como o pano de prato, seu prazo de validade é pequeno, devido aos produtos usados na lavagem. Colher de pau: de seis a oito meses. Se for usada a longo prazo, ela pega o gosto da comida. Outro problema é que a madeira desfia, soltando fiapos nos alimentos. Tábua de carne: de seis a oito meses, pelos mesmos motivos da colher de pau. O ideal é ter uma para cada tipo de alimento: carne, legumes e queijo. Panelas de teflon: de cinco a dez anos. Com o desgaste próprio do uso, o fundo vai descolando, o que altera o sabor da comida. E o material faz mal à saúde. Panelas de pressão: de 12 a 15 anos. A borracha que fica em volta da tampa e a válvula estragam com mais facilidade. Devem ser trocadas, quando perdem a aderência. Lençol: dois anos. Pode ter, em média, 250 lavagens. O cloro não é um bom produto para ser usado nas peças brancas, porque as destrói. Lençóis com mais fios duram mais 180 fios: o mordomo-governante Ruan Schayder destaca que, antes de comprar lençóis, deve se avaliar o tempo de uso. A durabilidade dos lençóis de 180 fios, por exemplo, é pequena: "Como a qualidade é baixa, é normal aparecerem bolinhas antes dos primeiros quatro meses, inde-

pendentemente de se seguir as dicas corretas de lavagem". 200 fios: no caso de um lençol de 200 fios, o prazo já muda consideravelmente, segundo o especialista. "O tempo de durabilidade pode ultrapassar dez anos facilmente, se forem levadas em consideração suas dicas de manutenção: usar sabão neutro, alvejante sem cloro, etc.". A diferença entre um e outro pode passar de R$50. Fonte: *Jornal Extra* -- 14 de setembro de 2013. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vida e Saúde Dançar melhora saúde e combate o estresse Entregue-se ao prazer de acompanhar o ritmo da música. Esse é o remédio que garante saúde física e mental, com um efeito colateral dos bons: diversão garantida Tonificação muscular, combate às gorduras extras, aumento da flexibilidade, melhora da coordenação motora, da postura, da memória e do controle da respiração, mais disciplina... A lista de benefícios que a dança proporciona parece não ter fim. E é, em primeiríssimo lugar, a preocupação com a saúde que leva muita gente a arriscar seus primeiros passos em diferentes coreografias. Dançar conforme a música não faz bem apenas ao corpo. Piruetas, rodopios e afins são puro deleite. "Tudo isso motiva os praticantes a prosseguirem com as sessões na maior animação", acredita o fisiologista e médico do esporte, Antonio Claudio Lima da Nóbrega, da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Outro incentivo que fideliza os dançarinos é a possibilidade de conhecer gente e de espantar o estresse. "Durante as aulas fica fácil deixar os problemas de lado", enfatiza o professor de dança de salão, Willamy Natan, de São Paulo. Quem se interessa pela dança, mas acha que não leva o menor jeito para a coisa está enganado. "Todo mundo consegue aprender", garante a professora de dança de salão Paula Domingues, de São Paulo. "Pena que poucos sabem do que o corpo é capaz." O ortopedista Ricardo Cury, da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, só faz uma ressalva: "A turma que tem problema nas articulações do joelho deve consultar um especialista antes". Fonte: ~,http:ÿÿsaude.abril.~ com.brÿedicoesÿ0283ÿcorpoÿ~ conteudo{-218841.shtml~, :::::::::::::::::::::::: Os benefícios da acupuntura Para a Medicina Tradicional Chinesa, a má distribuição de energia vital é a causa das enfermidades. Assim, a acupuntura estimula alguns dos cerca de mil pontos existentes no corpo para reequilibrar o organismo Quando um órgão está debilitado, determinados pontos da pele manifestam maior sensibilidade. Observando esse fenômeno, há mais de 3 mil anos, os chineses concluíram que cada órgão possui um correspondente ponto específico que, uma vez estimulado, pode aliviar a dor, prevenir e até tratar doenças. Assim nasceu a acupuntura, uma das mais importantes técnicas da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), introduzida no Brasil há mais de 40 anos. Considerada terapia complementar, desde 1995 é também reconhecida como especialidade médica. Em 2006, o Ministério da Saúde incluiu a técnica entre as Práticas Inte- grativas e Medicinas Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS). Como funciona Segundo a médica Gislaine Cristina Abe, especialista em acupuntura e responsável pelo ambulatório de Medicina Tradicional Chinesa do Setor de Investigação de Doenças Neuromusculares da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o mecanismo de ação da terapia ainda não foi totalmente elucidado: "Sabe-se que existe uma relação muito estreita com o sistema nervoso e o movimento da água no organismo.” Já o médico Dirceu de Lavôr Sales, presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA), explica que, quando um ponto é estimulado, uma espécie de mensagem é enviada pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central (medula e cérebro). Essa ação provoca "a liberação de substâncias químicas conhecidas como neurotransmissores, desencadeando uma série de efeitos importantes: analgésico, anti-inflamatório, relaxante muscular; além de uma ação moduladora sobre as emoções, os sistemas endócrino e imunológico e várias outras funções orgânicas". Como o ponto forte da acupuntura é a prevenção de doenças e ela não tem contraindicação, muitas pessoas se submetem à prática visando apenas ao bem-estar e ao equilíbrio. Quem pode fazer Os especialistas garantem que a técnica é indicada para todos, até mesmo para as crianças. "Há uma exceção quanto à técnica com agulhas, pois ela não deve ser usada por pessoas que apresentem alterações na coagulação sanguínea. Doenças crônicas, em fase avançada, também devem ser avaliadas com cuidado no aspecto risco/benefício", informa a médica Gislaine Abe. A única particularidade é que, de acordo com os fundamentos da MTC, o paciente deve ser avaliado de forma integral: mente e corpo são partes de uma mesma unidade. Assim, o médico o escutará, perguntará e fará o exame físico, que inclui a verificação de seu pulso (parte fundamental do diagnóstico), bem como sua língua. Exames complementares podem ser solicitados. Os tipos mais comuns A Organização Mundial da Saúde incentiva a prática da acupuntura sistêmica. Mas existem técnicas que usam pontos auriculares ou regiões cerebrais, indicada para sequelas de AVC. Cuidados com as agulhas: as agulhas devem ser descartáveis; a inserção deve ser feita em uma profundidade adequada e compatível com a estrutura do paciente e do local a ser estimulado; a assepsia (limpeza) é imprescindível. Doenças tratáveis: a terapia é indicada para: cefaleia, dores agudas, musculares e osteomusculares, além de náuseas, vômitos pós-quimioterapia, dependências químicas, asma, etc. Riscos mínimos: surgimento de dor e/ou sangramento. Riscos mais graves são infec- ções de estruturas externas e quebra de agulhas, mas são raros. Efeitos colaterais: se praticada por profissionais rigorosamente treinados, a técnica é segura. Por isso é importante obter informações sobre as credenciais do terapeuta. As complicações da má prática são muitas e variadas: desmaios, perfuração do pulmão,

infecção auricular, meningite, encefalite, mastoidite, etc. Fonte: ~,http:ÿÿrevistavivasaude.~ uol.com.brÿbem-estarÿos-~ beneficios-da-acupunturaÿ~ 1150ÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Culinária Torta de morango Ingredientes para a massa: 1 gema; 1 colher de sopa de fermento; 2 colheres de sopa de manteiga; 2 colheres de sopa de açúcar. Ingredientes para o recheio: 1 lata de leite condensado; 1 lata de leite de vaca (meça na lata do leite condensado); 1 gema; 1 colher de sopa de maisena; 1 caixa de morango. Modo de preparo da massa: misture todos os ingredientes e, aos poucos, vá acrescentando a farinha. Faça isso até a massa soltar das mãos. Unte um pirex, distribua a massa com as mãos, como se estivesse forrando, e leve para assar em forno médio. Cuidado para não deixá-la amarelar. Espere esfriar. Modo de preparo do recheio: dissolva a maisena no leite, junte os outros itens e leve ao fogo para engrossar. Deixe esfriar. Montagem: corte os morangos e distribua sobre a massa. Polvilhe com um pouco de açúcar. Sobre eles espalhe o recheio. Cubra com a mistura feita com 1 lata de creme de leite sem soro e 2 colheres de sopa de açúcar. Se quiser, use morangos para decorar.

Panqueca verde Ingredientes: 1 xícara de chá de talos de couve cozidos; 7 colheres de sopa de farinha de trigo; 1 xícara de leite; 2 ovos; meia colher de chá de sal; 1 colher de sopa de margarina. Modo de preparo: bata, no liquidificador, os talos com o leite. Depois, acrescente o restante dos ingredientes. Misture até a massa ficar homogênea. Pegue uma frigideira, aqueça um fio de óleo, coloque uma concha da massa e retire quando estiver soltando. Use o recheio de sua preferência. Nega maluca Ingredientes para a massa: 3 ovos; 1 xícara de óleo; 2 xícaras de açúcar; 2 xícaras de farinha de trigo; 1 xícara de chocolate ou achocolatado; 2 colheres de sopa de fermento; 1 xícara de água fervendo. Ingredientes para a cobertura: 3 colheres de sopa de açúcar; 3 colheres de sopa de chocolate (ou achocolatado); 1 colher de café de manteiga; 2 colheres de sopa de leite. Modo de preparo da massa: misture todos os ingredientes na ordem em que aparecem na receita até ficar homogêneo. Coloque no tabuleiro untado e enfarinhado e asse em forno quente. Modo de preparo da cobertura: junte todos os itens numa panela e leve ao fogo. Assim que ferver, cubra o bolo já pronto. Fonte: *Toda Extra* -- 07 de setembro de 2013.

Salada de grão-de-bico com frango Ingredientes: 500 gramas de peito de frango (sem osso); 500 gramas de grão-de- -bico; 1 pimentão verde; 1 pimentão vermelho; 1 pimentão amarelo; 1 xícara de azeitonas verdes picadas; 1 xícara de palmito picado; 1 cebola média picada; 2 tomates sem sementes picados. Modo de preparo: Deixe de molho o grão-de-bico por 1 hora, escorra a água e cozinhe em outra água na pressão por 40 a 50 minutos depois que pegar pressão, escorra e reserve. Cozinhe e desfie o frango e reserve. Pique os pimentões, a cebola, a azeitona, o palmito, o tomate, a salsa e coloque em uma vasilha e junte o grão-de-bico e o frango. Tempere com azeite,

sal, pimenta do reino e vinagre. Leve à geladeira tampado até o momento de servir. Fonte: ~,http:ÿÿtvg.globo.~ comÿreceitasÿsalada-de-~ grao-de-bico-com-frango-~ 4e3dc75ec63e5601c~ 3000089~, Água de coco com kiwi e melão Ingredientes: 1 fatia de melão sem sementes; 1 kiwi; 1 xícara de chá de água de coco; 1 colher de sopa de mel; folhas de hortelã a gosto. Modo de preparo: Descasque o kiwi e o melão e corte-os em pedaços. Ponha todos os ingredientes no liquidificador e bata até ficarem homogêneos.

Se quiser, sirva com algumas pedras de gelo. Rendimento: 1 porção. Fonte: ~,http:ÿÿmdemulher.~ abril.com.brÿculinariaÿ~ receitasÿreceita-de-agua-~ coco-kiwi-melao-589166.~ shtml~, Salpicão de frango Ingredientes: 1 peito de frango grande cozido; 1 pacote de batata palha; 1 lata de milho verde (escorra a água); 1 lata de ervilha (escorra a água); 1 cenoura ralada; 1 pote pequeno de maionese de preferência *light*; uvas-passas a gosto; sal a gosto; 1 tablete de caldo de galinha ou temperos a gosto para o frango; salsinha; cebolinha; 1 cebola e meia. Modo de preparo: Coloque, em uma panela com água suficiente para cozinhar o frango, o caldo de galinha e uma pitada de sal, mas cuidado com a quantidade deste último, pois o caldo de galinha já salga bastante a comida. Enquanto o frango está cozinhando, misture em um recipiente o milho, a ervilha, a cenoura, as uvas, a salsinha, a cebolinha e a cebola, temperados com um pouco de sal. Uma vez o frango cozido, desfie-o e junte-o aos outros ingredientes do recipiente, depois, adicione a batata palha e a maionese e vá misturando, até alcançar a quantidade necessária. Uns gostam de um salpicão mais molhadinho, que leva mais maionese; outros, mais sequinho, que leva menos, isso vai do gosto de cada um. Caso prefira servir o salpicão quente, ele pode ser levado ao forno por cerca de 5 a 10 minutos. Há, também, a possibilidade de adicionar presunto ou peito de peru à receita, que a deixa mais suculenta. Caso esteja preocupado com a retenção de líquidos e a ingestão de sódio, substitua o caldo de galinha por temperos naturais, como açafrão e um pouco de limão. Ao final, para ficar bem vistoso, decore com folhas de alface e cascas de tomate. Fonte: *Jornal Posto Seis* -- Ano 18 -- número 373 -- 1ª quinzena de novembro de 2013. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Humor O caipira na caminhonete que bateu numa BMW O caipira estava indo para a cidade entregar uma encomenda de cachaça, numa caminhonete ano 79, quando, num momento de distração, bateu de frente numa BMW. O sujeito da BMW saiu bravo e veio para cima do caipira, que foi logo se defendendo. -- Calma, foi só uma batidinha. -- Calma, nada! Você acabou com a frente da minha BMW. -- Mas se acalme! Vocês da cidade são muito nervosos, estressados. Tente se acalmar. Vou pegar uma pinga na minha caminhonete, eu mesmo que faço em minha propriedade. Logo o caipira volta com uma garrafa. -- Toma, toma só um golinho, pra vê se passa esse teu nervosismo. Depois do primeiro gole, o caipira pergunta: -- Acalmô? -- Que nada, você acabou com a frente do meu carro! -- Então toma mais um gole. Depois do segundo gole, o caipira pergunta: -- Acalmô? -- Você destruiu o meu carro! -- Então toma mais um gole aqui. E assim foi até chegar à metade da garrafa. -- E agora, acalmô? -- pergunta o caipira. -- Sim, agora já tô mais calmo. -- Agora sim, vamos sentar aqui e esperar até a polícia chegar para fazer o bafômetro. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Espaço do Leitor Correspondências "Eu sou José Antonio Patalona, de Portugal; gostaria de chatear no *skype* com leitores da RBC." Endereço eletrônico:

~,antoniopatalona@hotmail.~ com~, Pedido: “A quem tenha livros em Braille ou em fita cassete, que já não necessite e me possa ceder, agradeço. Podem ser livros de literatura ou didáticos.” "Meu nome é Sandra Aurélia Galvão. Gostaria de fazer contato com deficientes visuais acima de 30 anos.” Endereço: Rua Costa do Marfim, 284 -- Vila Vitória -- Campinas-SP -- CEP: 13056-758. "Meu Nome é Fernando José Branco. Gostaria muito de me corresponder com rapazes e moças de qualquer idade, casados ou solteiros, que sejam divertidos, alegres e abertos ao diálogo para comigo trocarem ideias sobre qualquer assunto."

Endereço: Avenida da Dinastia de Bragança, n.o 19 -- Bragança -- Portugal -- CEP: 5300-399. "Meu nome é Francisco Domingos da Silva. Gostaria de me corresponder com outros leitores." Endereço: Rua Paulo Húngaro, 4-22 -- Pousada da Esperança I -- Bauru-SP -- CEP: 17022-098. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vocabulário Auricular: adj. 2g. Relativo à orelha ou ao ouvido. Beligerante: adj. 2g. Aquele que faz guerra. Ceifar: v. Extinguir. Deleite: s. m. Sensação ou sentimento de intenso prazer, de grande satisfação.

Depreender: v. Compreender, concluir. Desforra: s. f. Vingança. Efervescente: adj. 2g. Que provoca discussão. Encefalite: s. f. Inflamação do encéfalo, causada principalmente por infecção. Engolfar-se: v. Penetrar em. Erudita: adj. f. Que revela vasto saber acadêmico. Estupefato: adj. m. Pasmado, atônito. Fleuma: s. f. Frieza, domínio das emoções. Genuíno: adj. m. Verdadeiro, sincero. Gradualismo: s. m. Método que defende a atuação gradual, com resultados cumulativos, para alcançar algum fim. Imprescindível: adj. 2g. Indispensável. Inalienável: adj. 2g. Que não se pode tomar de alguém. Indelével: adj. 2g. Inesquecível. Infecção auricular: Infecção referente à aurícula ou à orelha. Intrinsecamente: adv. Diretamente ligada a. Juros retroativos: Juros cobrados desde a data da compra ou da prestação do serviço. Mastoidite: s. f. Infecção do osso mastóide do crânio, que fica localizado logo atrás da orelha. Metafísico: adj. Que vai além dos limites da experiência física. Meticulosamente: adv. De modo cuidadoso. Perene: adj. 2g. Contínuo, incessante, ininterrupto. Prescindir: v. Dispensar. Procrastinar: v. Deixar para depois; adiar. Profícua: adj. f. Proveitosa, útil. Propugnar: v. Defender.

Retidão: s. f. Qualidade do que é reto, íntegro. Retórica: s. f. Arte ou qualidade de se expressar bem por palavras. Sagacidade: s. f. Agudeza de inteligência, de percepção e de compreensão. Sonoplastia: s. f. Técnica de produção de efeitos sonoros para cinema, teatro, programas de rádio e televisão. Tela *touchscreen*: Tela sensível ao toque. Tenaz: adj. 2g. Firme, constante, obstinado. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra