Revista Brasileira para Cegos Ano LXXIX, n.o 561, abril/junho de 2021 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Informação e Cultura Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 Urca -- Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-250 Tel.: (55) (21) 3478-4457/3478-4531 ~,revistasbraille@ibc.gov.br~, ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito

Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial: Geni Pinto de Abreu Heverton de Souza Bezerra da Silva Hyléa de Camargo Vale Fernandes Lima João Batista Alvarenga Maria Cecília Guimarães Coelho Rachel Ventura Espinheira Colaboração: Carla Maria de Souza Daniele de Souza Pereira Regina Celia Caropreso Revisão: Carla Dawidman Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~, Nossas redes sociais: Anchor: ~,https:ÿÿanchor.~ fmÿpodfalar-rbc~, Facebook: ~,https:ÿÿwww.~ facebook.comÿibcrevistas~, Instagram: ~,https:ÿÿwww.~ instagram.comÿrevistas{-~ rbc{-pontinhosÿ~, Spotify: ~,https:ÿÿopen.~ spotify.comÿshowÿ~ 1EA1x0ITAu~ UEUR5GoLU5$9y~, Youtube: ~,https:ÿÿwww.~ youtube.comÿ~ RevistasPontinhoseRBC~,

Revista Brasileira para Cegos / MEC/Instituto Benjamin Constant. Divisão de Imprensa Braille. n.o 1 (1942) --. Rio de Janeiro : Divisão de Imprensa Braille, 1942 --. V. Trimestral Impressão em braille ISSN 2595-1009 1. Informação -- Acesso. 2. Pessoa cega. 3. Cultura -- Cego. 4. Revista – Periódico. I. Revista Brasileira para Cegos. II. Ministério da Educação. III. Instituto Benjamin Constant. CDD-003.#edjahga Bibliotecário -- Edilmar Alcantara dos S. Junior -- CRB/7 6872

Sumário Editorial ::::::::::::::: 1 O Braille Nosso de Cada Dia ::::::::::::: 3 O Casamento e a Cegonha ::::::::::::::: 24 Vietnã -- Hanói vence outra vez :::::::::::::: 27 Desafios :::::::::::::::: 36 Pensamentos ::::::::::::: 39 No Mundo das Artes Alvarenga e Ranchinho ::::::::::::: 41 Maravilhas do Mundo Alter do Chão :::::::::: 49 Nossa Casa ::::::::::::: 64

Vida e Saúde Entenda a psoríase: o que é, como se manifesta e como tratá-la :::::::::: 68 Culinária Bolo de limão no liquidificador ::::::::: 76 Coxa e sobrecoxa na panela de pressão :::::: 77 Macarrão com calabresa na panela de pressão :::::: 78 Humor ::::::::::::::::::: 79 RBC *News* :::::::::::: 82 Editorial Caro leitor, As descobertas sempre nos impulsionam para frente, para o alto. São elas que fazem o mundo girar e funcionar cada vez melhor. Descobrindo vacinas, aumentamos nossa proteção, descobrindo planetas, sabemos que o universo tem muito a oferecer, desde que nos disponhamos a conhecer sem destruir. A revista pode ser um espaço de descobertas. (Que tal substituir por “novos conhecimentos”?) Vamos descobrir o valor do Sistema Braille, na opinião de Joyce Jobis, que talvez represente a opinião de tantas outras pessoas. Descobrir em Alter do Chão mais do que uma grande reserva de água a ser usada com sabedoria, mas também beleza e encanto. Descobrir que o povo do Vietnã continua bom de briga quando se une e sabe o que quer. No momento, a batalha é contra o Coronavírus e parece que eles vão dar outro olé. E como brasileiro pode perder tudo menos a piada, vamos descobrir que até a pandemia pode nos fazer rir. Vamos descobrir, ainda, encobertos por duplas mais modernas, representantes da música rural de raiz que puseram para rir e refletir a população dos anos 40 e 50, chamando até a atenção dos políticos. Quem são eles? Como sempre, nossa revista traz desafios para o leitor, depois do desafio maior que é o nosso de sempre buscar algo que seja interessante e agradável. Um desafio gostoso, que enfrentamos com alegria, esperando levar a você sempre o melhor. Curta este número do começo ao fim; faça suas próprias descobertas. Boa leitura! Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo O Braille Nosso de Cada Dia Joyce Guerra Jobis Fui alfabetizada em braille. Uma das minhas primeiras lembranças sensoriais é dos pontos passando as palavras por meio dos meus dedos e de um sentimento intangível de estar sendo integrada a um grupo muito especial: o grupo dos que leem. Lembro nitidamente do cheiro dos livros da Biblioteca da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), *advindos* do Instituto S. Manoel, de Portugal. Lembro do ritmo misterioso e *instigante* dos dedos percorrendo as linhas, o lento deslizar das palavras a serem descobertas, o rápido retornar para descobrir a linha inferior, a página que era virada com furor, com uma *languidez* quase sensual ou mesmo com uma indiferença entediada de quem lera por tempo demais. Após a maratona, os dedos ficavam mais frios que o normal, as terminações nervosas mais sensíveis. Essas lembranças estão arquivadas em local tão sagrado quanto o aconchego dos meus pais, os primeiros banhos de mar, as primeiras conchas encontradas na praia. Há quem pense que nós, cegos, temos uma vida *soturna* e opaca, tão *balda* de luz quanto nossos olhos comumente fechados. Digo-lhes com tranquilidade que não precisa ser assim. A minha infância, por exemplo, foi repleta de luz, e essa luz me entrava pelos dedos. Lembro ainda do braille escrito. O som dos pontos sendo abertos nas folhas, as regletes deslizando para atingir as outras partes do papel. Eram sete estágios de quatro linhas. Eu ainda lembro do cheiro das folhas, dos punções que deixavam cheiro de madeira nas mãos. Achava aquele cheiro adulto, diferente dos ou- tros cheiros de maçã e morango que associava a minha pessoa. Havia um certo orgulho em preencher páginas e páginas com o meu braille infantil, aprendiz, mas meu. Era algo que eu sabia fazer sozinha e que me trouxe uma sensação de pertencimento e capacidade difícil de esquecer. Foi ainda por meio do braille que soube do modo de ser de outras pessoas com cegueira e baixa visão que não as do meu convívio direto. Pela Revista Brasileira para Cegos e da Pontinhos aprendi o gosto de ler poesias, de desbravar artigos científicos e de ler sobre coisas das quais comumente não me falavam, como receitas de cozinha, por exemplo. O Instituto Benjamin Constant soava-me como um lugar mágico, cheio de história e mistério. Um lugar no qual estudavam pessoas cegas que tinham o privilégio de viver e caminhar na primeira escola feita para “gente como nós”. Claro que gostava dos lápis de cor, do seu sussurrar aveludado sobre as páginas, cheiro de caderno de espiral, de canetinha hidrocor e seu raspar que irradiava da ponta por todo corpo plástico... mas aquilo não era meu, de verdade. Não podia escrever e ser lida; não podia decifrar nenhum desenho. Era um mundo maravilhoso que condescendentemente me concedia olhar por suas janelas, mas jamais abria-me as portas. Poucos param para pensar, mas o braille de cada um tem seu estilo. Lembro de uma amiga que tive, cujo contato foi perdido nas reviravoltas que a vida dá. Embora nos falássemos quase todos os dias e embora ela enxergasse, aprendeu braille porque gostava de escrever cartas; queria também me escrever. Recebi dela umas seis cartas ao todo, no intervalo dos anos nos quais fomos próximas. Ela estava justamente naquele *limiar* entre a menina que era e a mulher em que se tornaria, e, por meio de algo em suas cartas, vi-a crescer talvez tanto quanto se pudesse visualmente visualizar as mudanças no seu corpo. O que foi? O cheiro especial do seu pulso pressionado no avesso do papel, que sutilmente mudava com o tempo? O modo como suas vírgulas eram distribuídas no texto, entre mais ou menos exclamações? Não sabia antes e não sei agora, mas aprendi a identificar o braille dos meus colegas de sala, pois cada um possuía uma caligrafia pró- pria. Embora adorasse escrever, descobri que paciência não equivalia à *diligência*. Por isso meu braille nunca foi perfeito quanto alguns cujos pontos admirava. Sempre havia um “o” que acabava virando “m”, um “s” que terminava grafado como um “p”, mas, mesmo assim, não deixava de ser uma escrita tolerável, sendo por esse sistema que pude escrever minhas primeiras histórias e crônicas. Foi através da extinta seção da “troca de ideias” da Revista Brasileira para Cegos que conheci meu esposo e pai dos meus filhos. Sua carta me chegou num dia quente e chato, dentro de um envelope pardo amarelo. Ao retirar a página, fiquei encantada com o seu braille impecável, cada ponto perfurado com uma perfeição exata, cada estágio da reglete demarcado com exatidão e segurança. Não havia bordas amassadas, nem tracejados tortos, tampouco pontos rasgados ou fora do lugar. O vocabulário preciso, as vírgulas impecáveis terminaram de me encantar. Sim, o braille dele foi a primeira coisa que nele me capturou. Sei que na atualidade muitas pessoas com deficiência não se sentem ligadas ao braille, e é disso que gostaria de falar nesse texto, e é essa minha desculpa para im- pingir-lhes aspectos tão enfadonhos da minha biografia. Preciso contar que em 2017 decidi voltar à universidade e apesar de ter um notebook “servível”, desejei muito anotar minhas matérias em braille: os pontos sempre me ajudaram a me concentrar, sempre me ajudavam a enxergar mais propósito no aprendizado. O ritual de escolher a folha, encaixar na reglete e anotar o conhecimento, ponto a ponto, sempre foi uma cura eficaz, embora temporária, para o meu vício crônico de *devanear* quando o assunto não me fisgava por completo. Entretanto qual não foi minha surpresa ao perceber que a primeira reglete que *adquiri*, embora produzida por empresa conhecida, por ter as linhas vazadas mais altas que o normal, faziam que o produto não fosse *ergonômico* e, portanto, inapto para a composição de páginas e páginas de braille. De outra empresa, obtive uma reglete que, sem sofrer qualquer atrito, entortou com menos de um semestre de uso. De outra vez, enviaram-me um punção feito com cabo de vassoura, meramente com um prego com pouco ou nenhum *limo* na ponta, cujos pontos eram rasgados e desiguais. Houve, ainda, quem adaptasse uma caneta com uma ponta perfurante. Certamente o resultado era elegante e trazia ao cego uma impressão menor de não estar escrevendo de forma incomum, mas, novamente, a ergonomia comprometia a usabi- lidade do engenho. Eram materiais muito interessantes, mas impróprios para produzir braille. Em seguida conheci a dita “reglete positiva” cuja única positividade ficou para o nome. Alegam que é mais fácil aprender braille com ela, quando o resultado é pouco legível para usuários cegos. Sim, tratava-se de um material que era ótimo para videntes aprenderem braille e conseguiam a proeza de tornar o braille uma coisinha desengonçada, pouco aprazível aos que dele realmente necessitavam. Cabe ao Brasil a discutível honra de produzir um utensílio que gerava um braille apenas acessível para quem enxerga. Na seguinte tentativa, adquiri uma reglete parecida com as que eu usara anteriormente, mas que também não me durou um bimestre sequer. Assim foi que precisei de um semestre inteiro e vários fretes desperdiçados para ter um material para escrever um braile que não me destruísse os tendões e nervos das mãos e pudesse produzir um resultado viável para ser lido. Quando vim viver no interior de Minas – casei com o rapaz das cartas de braille perfeito! – era a única braillista com fluência no sistema, aqui na cidade. Assim, algumas pessoas me procuraram para tentar “ajudar seus familiares cegos”. Foi então que conheci a resistência que muitos tinham ao sistema francês. Lembro-me de uma mulher de cidade vizinha, cujo filho nascera cego. Aos seis anos via-se cercado de tecnologias assistivas as quais não dominava, porque ninguém as conhecia para transmitir a ele. Ofereci-lhe minha folha com as “bolinhas” para que ele começasse a reconhecer os pontinhos. A família saltou em defesa: “não quero que ensinem a ele essa escrita de cego”. Fiquei confusa e, com a sutileza que não tenho bastante, indaguei: -- Desculpem, mas ele é o quê? Então me esclareceram: -- Ele tem celular, tem computador, tem *ipad*. Tudo isso lê pra ele, não lê? E, se nada disso adiantar, eu leio pra ele. Sua família será seus olhos. Embora seja incomum no meu caso, fiquei sem palavras. Eram tantos erros numa só fala, que não consegui me pronunciar. Aceitavam o filho, mas rejeitavam sua deficiência e, assim, rejeitavam-no, em vários aspectos. De outra vez, um rapaz me procurou, alegando que estudava braille há já dois anos, mas ainda não aprendera. Achava que era porque a professora enxergava. Tinha esperança de que, com uma professora cega, a coisa fluísse melhor. Com dois anos de estudo do braille, meu aluno não sabia usar uma reglete, não sabia usar um punção, passara todo o tempo treinando com caixas de ovos com seis ovos de plástico dentro. Supus, então, que ele fosse fera na lógica dos pontos, aquela descrita por Luís Braille, que didaticamente dividia o alfabeto em três linhas para uma aprendizagem mais rápida. Meu aluno jamais ouvira falar do assunto. Três meses mais tarde era capaz de ler com razoável fluência e escrever com uma *proficiência* bastante funcional. Permitam-me retificar um ponto: não é que eu tenha sido “melhor professora de braille que a anterior”; é só que eu ensinei braille a ele. Sei de aulas de braille para cegos cujas mãos dos alunos não são tocadas para as noções básicas de leitura e escrita. Suponho que partam desses dois pontos boa parte da resistência que vemos ao sistema, hoje em dia: a pessoa que não tem intimidade com o braille, não reconhecerá um material adequado ou inadequado, tampouco saberá dividir o alfabeto em linhas ou lembrará de tocar os alunos, para que possam compreender o ângulo exato com o qual o punção deverá perfurar o papel. Claro que não são as únicas razões. Na falta de professores competentes na região em que o aluno esteja, o notebook é muito mais viável que debater-se entre regletes que não funcionam ou funcionam mal e aulas que duram dois anos, mas não te permitem sequer o conhecimento de colocar o papel em condições de ser escrito. Quem opta pelo braille, tem pressa. Há ainda um outro aspecto, tão diretamente revelado pela família do meu pequeno estudante: ler e escrever braille situam o usuário como inegavelmente cego, tal como a bengala o faz, e o lugar de “cegos”, em muitos meios, é um “lugar menor”. É um lugar de impotência, menos valia, incompetência, pena aviltante e solidão, ao passo que os aparatos tecnológicos passam uma impressão visual de capacidade, integração e normalidade. Longe estaria de negar as portas inéditas que a tecnologia nos abriu. Esse jornal, por exemplo, está sendo escrito por um computador e será distribuído em um arquivo informático! Entretanto é inegável a realidade de inclusão instantânea e autonomia que o braille agrega. A possibilidade de tatear um andar dentro e fora do elevador, para localização imediata; a chance de tomar um remédio sem medo, já que o nome está escrito na caixa; o privilégio de ler um cardápio, podendo passear pelas sessões que quiser, mesmo sem aplicativo. O braille ainda é o único meio que me permite ler sem nenhuma voz intermediária, quer humana, quer sintética; é o único que nos permite um contato pri- mordial com a palavra, li- vrando-nos, assim, dos erros *crassos* de ortografia, comuns às pessoas cegas que sabem bem ouvir e escrever, mas nunca puderam ler por si mesmas. É o único sistema que nos permite tocar poesia e mais rapidamente apoderarmo-nos da ortografia de um idioma estrangeiro. Não nos referimos a “ou isto, ou aquilo”, mas ao nosso direito de ter todas ferramentas possíveis para ocupar os espaços e desenvolver inte- gralmente nossas potencialidades. Agora, com a maior intimidade do sistema do século XIX e com a tecnologia do novo milênio, fica ainda mais irresistível: por meio do braille, que pode ser inscrito nas telas de nossos *tablets* ou *smartphones*, o usuário cego ou com baixa visão poderá escrever com autonomia, sem depender dos ditados instáveis ou das mensagens de áudio, que por vezes são impossíveis de serem enviadas em alguns momentos ou são *aversivas* a tantos usuários com visão. As linhas braille, que pouco a pouco ganham espaço, permitem-nos até mesmo ler le- gendas de aplicativos como Netflix em braille, no momento em que são geradas. Permite que uma jovem tradutora trabalhe traduzindo seus li- vros sem que a editora que a emprega precise saber que ela é pessoa com deficiência. Entretanto, para usufruir de tudo isso, precisamos aprender que o braille é bom. Precisamos de material acessível e ergonômico. Precisamos de professores que realmente tenham intimidade com o sistema; precisamos de divulgação das formas de utilização do braille nas tecnologias atuais e, por fim, precisamos não nos envergonhar de utilizar a dita “escrita de cegos”. Para finalizar, sugiro a audição da música “Dizendo no Verso”, composta pelo cantor e compositor “Beto Melo”, onde ele exalta o uso do com- putador, da bengala e, sim, do braille, registrando em canção o fato de que as ditas “coisas de cego” podem ser vivenciadas com dignidade e, sim, até mesmo com alegria. A inclusão é uma tarefa árdua e necessária e, para seu êxito, toda ajuda é bem-vinda... Especialmente uma que veio de um de nós e atravessou os séculos e o oceano para todos nós. O começo do *neolítico* foi demarcado pelo *advento* da escrita. Depois dela, até as pedras falaram com as gerações vindouras e foi através do braille que as pessoas cegas e com baixa visão puderam, por fim, dar mostras duradouras do seu gênio, da sua dignidade e do seu direito à cidadania e história. Música mencionada no texto: Dizendo no verso Beto Melo Pra que eu fique na boa E a vida vire um baile Preciso estar com você Minha bengala e o braille É pelo braille que leio Pra melhorar minha escrita

Para te escrever minhas cartas Dizendo coisas bonitas Sou fera em português Compondo versos de amor E até me sinto rei Usando o computador Pra que eu fique na boa E a vida vire um baile Preciso estar com você Minha bengala e o braille Com a bengala eu ando Me meto em qualquer espaço Corro atrás do que quero E a vida desembaraço Sei muito bem que as cidades Estão longe do ideal Mas se eu ficar parado A vida passa e babau Pra que eu fique na boa E a vida vire um baile Preciso estar com você Minha bengala e o braille

Você é minha parceira Pra todo e qualquer assunto Tudo fica mais belo Quando nós estamos juntos Nosso namoro é uma festa Que vai além do depois Pois a gente se completa Igual a baião de dois Vocabulário Advento: s. m. Aparecimento, surgimento. Aversivas: adj. Repugnantes. Balda: adj. Vazia, esvaziada, pobre. Crassos: adj. Grosseiros, gritantes. Devanear: v. Sonhar. Diligência: s. f. Zelo, cuidado. Ergonomia: s. f. Estudo científico das relações entre homem e máquina, visando a uma segurança e eficiência

ideais no modo como um e outra interagem. Instigante: adj. Atraente. Languidez: s. f. Suavidade, moleza, preguiça. Limiar: s. m. Limite, fronteira. Limo: s. m. Polimento. Neolítico: s. m. Última divisão da Idade da Pedra, caracterizada pelo desenvolvimento da agricultura e a domesticação de animais. Proficiência: s. f. Competência, capacidade. Soturna: adj. Melancólica, tristonha. :::::::::::::::::::::::: O Casamento e a Cegonha Cora Coralina – do livro Histórias da Casa Velha da Ponte A festa estava armada no quintal da casa. Garrotes, porcos e frangos haviam sido mortos para encher a pança dos convidados, gente das redondezas, amigos e parentes do noivo e da noiva. E quem ali não gostava de Terezinha e Neco? Eram gente amiga de todos e, embora a notícia do casório tivesse apanhado todo mundo de surpresa, ninguém faltou. O noivo estava alegre e até tocou um pouco de acordeon. A noiva, de quadris muito largos, mal cabendo no vestido apertado, sorria todo tempo. Depois que o padre terminou a cerimônia, dançou-se de tudo. Quanto mais a cachaça corria, mais o grupo tocava e os convidados dançavam. A charrete que ia levar os noivos estava toda enfeitada de margaridas brancas e amarelas. Inhá Quirina, mãe da noiva, numa felicidade só. Tudo corria bem, quando de repente, a noiva desapareceu. Junto com ela, sumiu Inhá Quirina e, logo depois dona Chiquinha, famosa por ser boa parteira. A festa continuava, mas todo mundo naquela agonia, naquela aflição, comentando à boca pequena, para onde teria ido a noiva. De repente, um corre-corre do lado de dentro da casa e até Neco entrou na confusão. Meia hora depois, o noivo chega no terreiro e, pedindo ao grupo para parar a música, anuncia: -- Gente, junto com o casamento chegou a cegonha. Hoje, sou noivo e pai. Podem comemorar o meninão que a festa é uma só. Apareceu rojão e foguete ninguém sabe de onde e a história só acabou quando dona Chiquinha, que era também mulher muito mandona, mandou espalhar todo mundo, pois a

noiva-mãe e seu filho precisavam dormir. Vocabulário Garrote: s. m. Boi macho, já castrado. :::::::::::::::::::::::: Vietnã -- Hanói vence outra vez Uma das batalhas mais bem- -sucedidas do mundo contra o novo coronavírus Wagner Lacerda Dantas De Hai Du'o'ng Deixei Wuhan, na China, epicentro inicial da Covid- -19, uma semana antes de isolarem a cidade, no final de janeiro. Eu tinha planejado passar o feriado do Ano-Novo Chinês, no dia 25 daquele mês, em De Hai Du'o'ng, no Vietnã, na casa da minha namorada, que é vietnamita. Meu plano inicial era ficar apenas duas semanas e voltar para Wuhan, onde faço um curso de mandarim avançado na Universidade de Hubei. Estou em De Hai Du'o'ng há mais de três meses, e aqui me sinto no lugar mais protegido do mundo. Até 28 de maio, ninguém havia morrido por causa do novo coronavírus no Vietnã, onde o número de casos de contágio (até a mesma data) era assombrosamente pequeno: 327. Por que essa nação de 100 milhões de habitantes – ou seja, quase a metade da população brasileira –, encostada na China, não foi atingida pela tragédia provocada pela Covid-19? A resposta pode ser encontrada tanto nas ações rápidas do governo quanto na história e na cultura do país. O Vietnã foi palco de muitas guerras durante o século XX e saiu vitorioso do principal conflito, no qual enfrentou os Estados Unidos. Dessas lutas, os vietnamitas tiraram inúmeras lições. Uma delas é que, para vencer, é preciso estar unido. Aqui, as pessoas atribuem um alto valor à coesão social e estão inclinadas a seguir as determinações do governo socialista, que tem conseguido fazer o país crescer à taxa de 5% ao ano, em média. No início de fevereiro, quando o novo coronavírus começou a se espalhar pelo mundo, o governo do Vietnã logo tratou de fechar a fronteira de cerca de 1.200 km com a China e suspender os voos para lá, apesar dos prejuízos que traria a suspensão parcial dos laços com um de seus maiores parceiros comerciais. O governo também fechou as escolas, passou a medir a temperatura das pessoas nos locais públicos e tornou obrigatório o uso de máscara, que começou a produzir em grande escala e a distribuir gratuitamente. Em lugares estratégicos, instalou cabines de desinfecção que lançam nas pessoas uma fumaça de ozônio capaz de matar 90% dos vírus e bactérias, segundo especialistas. Para identificar rapidamente os casos positivos de contágio, criou um aplicativo no qual cada casa cadastrava o estado de saúde dos seus moradores. No início, os vietnamitas, como todos os povos, ficaram apreensivos e com medo. Uma de suas primeiras reações foi correr aos supermercados e estocar alimentos. Mas, em mensagens transmitidas a todos os celulares do país, o presidente e o ministro da Saúde, Nguy?n Phú Tr?ng, garantiram que não haveria desabastecimento e pediram calma à população. A situação nos supermercados, pouco a pouco, voltou ao normal e, de fato, não houve escassez de produtos. Em março, as autoridades fecharam vários comércios e pontos turísticos. O Exército foi convocado para distribuir alimentos aos mais necessitados, que também receberam um auxílio financeiro distribuído pelo Estado e doações da população e de empresas. Como as coisas seguiram um bom caminho no Vietnã, o governo acabou doando máscaras e equipamentos para vários países do mundo, inclusive para os Estados Unidos. Vivo atualmente num sí- tio na zona rural de Hai Du'o'ng, cidade a cerca de uma hora e meia de carro da capital Hanói. Passei a quarentena estudando pela internet, escrevendo um romance, fazendo vídeos para meu canal no YouTube (Vavalingrado) e ajudando minha namorada, Hai Du'o'ng, a cuidar da plantação de goiaba no sítio de sua família. Às vezes, vamos ao centro da cidade para fazer compras. Como não falo vietnamita, minha namorada é minha intérprete no país (nos comunicamos em chinês). É ela quem me conta o que está sendo transmitido pelos vá- rios alto-falantes instalados nos postes das ruas, um sistema antigo de comunicação, da época da Guerra do Vietnã (1955-1975), quando teve papel fundamental na luta contra os invasores norte-americanos. Até hoje serve para transmitir à população os avisos e notícias oficiais. E o faz de maneira muito eficiente, porque as pessoas não podem desligá-lo, como fariam com uma tevê, nem deletar a mensagem sem tomar conhecimento, como no celular. Quando o país implantou as medidas de proteção contra a Covid-19, era pelos alto-falantes que o governo alertava, por exemplo, sobre o uso obrigatório de máscara e a multa em caso de desobediência. Em 12 de março, tive que viajar para fora do Vietnã, a fim de renovar meu visto, que tinha duração de apenas um mês. Escolhi a Tailândia, onde brasileiros não precisam de visto e eu tenho amigos. Ao retornar, fui obrigado a permanecer catorze dias isolado num apartamento do gover- no perto da entrada de Hai Du'o'ng. Ao voltar para a casa da minha namorada na zona rural, encontrei o pai dela tomando chá ao lado de um policial, que esperava para conferir a minha temperatura e saber como eu estava. Os dois já sabiam que eu estava prestes a chegar, graças a um aplicativo chamado Zalo, parecido com o WhatsApp, por meio do qual a polícia notifica os habitantes sobre novidades na região, como a chegada de um estrangeiro. O pai da minha namorada, Du'o'ng Van Manh, me ensinou um bonito poema de H? Chí Minh, o líder revolucionário comunista que faria 130 anos em 2020 e foi responsável pela criação do Vietnã moderno (ele ficaria orgulhoso de seu país atual). O poema tem muito a dizer sobre os dias que correm: Tudo muda, a roda da grande lei gira sem pausa. Depois da chuva, bom tempo. Em um piscar de olhos, o Universo retira suas roupas sujas. Por dez mil milhas, a paisagem se estende como um precioso brocado. Luz do sol delicada. Brisa leve. Flores sorri- dentes pairam nas árvores, entre as folhas cintilantes, todos os pássaros cantam. Homens e animais renascem. O que pode ser mais natural? Depois da dor vem a alegria. O Vietnã começa agora a retomar a vida normal. As escolas já reabriram, assim como os bares, restaurantes e lojas. Mas tudo é feito com cuidado, passo a passo. O uso da máscara ainda é obrigatório. Não sei quando poderei voltar a Wuhan para o meu curso de mandarim, porque a China suspendeu os vistos de estrangeiros. Por enquanto, assisto às aulas online. Na maior parte do tempo livre, sigo vivendo como um camponês vietnamita e cuidando das

goiabeiras, que estão cada vez mais vistosas. Fonte: Revista Piauí – edição 165 – junho 2020. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Desafios 1. Descubra de quem estamos falando: a) Nasceu na cidade de Três Corações, em Minas Gerais. Consagrou-se no futebol pelo time do Santos. Ajudou o Brasil a ganhar as Copas do Mundo de 1958, 1962, 1970. b) Nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Autodidata, escreveu, consagrando-se em vários estilos literários. Idealizou e fundou a Academia Brasileira de Le- tras.

c) Nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Embora seja conhecida por outro nome, seu nome verdadeiro é Larissa de Macedo Machado. Cantou na abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. d) Escritor norte-americano. Um dos seus livros mais famosos é O Código da Vinci. Muitas de suas obras foram adaptadas para o cinema. e) Advogado de profissão, liderou o movimento para a independência de seu país. Apesar de ser reconhecido pacifista, e de ter sido indicado cinco vezes ao prêmio Nobel da Paz entre 1937 e 1948, jamais recebeu o referido prêmio. Uma de suas frases mais famosas é: “Não há caminho para a paz; a paz é o caminho.” 2. Você é bom em música? Complete a estrofe com o verso que falta: a) Olha que coisa mais linda Mais cheia de graça É ela menina que vem e que passa ..... b) Quem espera que a vida Seja feita de ilusão Pode até ficar maluco ..... c) Estava à toa na vida ..... Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor d) Vou te contar ..... Coisas que só o coração Pode entender e) A esperança dança Na corda bamba de sombrinha E em cada passo dessa linha Pode se machucar Azar, a esperança equilibrista Sabe que o show de todo artista ..... Respostas: 1. a) Pelé b) Machado de Assis c) Anita d) Dan Brown e) Mahatma Gandhi 2. a) Num doce balanço, caminho do mar b) Ou morrer na solidão c) O meu amor me chamou d) Os olhos já não podem ver e) Tem que continuar õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Pensamentos “As maiores necessidades da natureza humana são: sentir-se importante, ser reconhecido e ser valorizado.” (Thomas Dewey, 1902-1971) “Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nas- cido.” (Fernando Pessoa, 1888-1935) “Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!” (Rui Barbosa, 1849-1923) “Quando damos amor incondicional e realizamos ações genuínas de compartilhar, a alegria vem da nossa doação – não do que recebemos em troca.” (Yehuda Berg, 1972) “Quando tiver de escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil.”

(Dr. Wayne W. Dyer, 1940-2015) õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo No Mundo das Artes Alvarenga e Ranchinho Murilo Alvarenga `(1912- -1978`) e Diésis dos Anjos Gaia, o Ranchinho (1913- -1991) formaram uma dupla sertaneja, foram compositores, cantores e humoristas. Em 1928, o trapezista e cantor de tangos Murilo Alvarenga conheceu Diésis dos Anjos Gaia em uma serenata no litoral paulista. Começaram a cantar juntos em circos interpretando músicas sertanejas, o que era uma novidade na época. A dupla iniciou-se em 1933, trabalhando no Circo Pinheiro em Santos. Devido às *paródias* baseadas no governo de Getúlio Vargas, a dupla sofreu algumas perseguições. Contavam histórias, faziam *sketches* cômicos, cantavam suas músicas e logo depois eram, muitas vezes, presos. Ao assumir um estilo *caricatural* de caipira, a dupla fazia crítica aos costumes urbanos, às relações de trabalho e à política, sublimando pelo riso as tensões *latentes* na sociedade. Valendo-se de músicas populares e *jingles* tocados no rádio, construía paródias *irreverentes*. A marcha carnavalesca *Pirata da Perna de Pau*, por exemplo, recebeu duas versões, uma com o político comunista Luís Carlos Prestes e outra com o presidente Getúlio Vargas como "alvo". Ainda em 1933, apresentaram-se na Companhia Bataclã em São Paulo. Em 1934, a convite do ma- estro Breno Rossi começaram a trabalhar na Rádio São Paulo. Em 1935, formaram com Silvino Neto o trio Os Mosqueteiros da Garoa, que teve curta duração. Ainda naquele ano, venceram o concurso de músicas carnavalescas de São Paulo com a marcha "Sai feia", de Alvarenga. Trabalharam no filme "Fazendo fita" de Vittorio Capellaro, a convite do Capitão Furtado. Em 1936, dirigiram-se para o Rio de Janeiro indo se apresentar na Casa de Caboclo. Começaram a se apresentar na Rádio Tupi no programa "Hora do Guri". Naquele mesmo ano, gravaram o primeiro disco pela Odeon "Itália e Abissínia", uma moda de viola com o Capitão Furtado e o *cateretê* "Liga das Nações". Seguiram para Buenos Aires, onde se apresentaram no Teatro Smart. Em 1937, já no auge do sucesso, passaram a fazer parte do elenco do Cassino da Urca, onde apresentavam sátiras políticas além de outros gêneros. Em 1938, obtiveram seu maior sucesso carnavalesco com a marcha "Seu condutor", em parceria com Herivelto Martins. Ainda naquele ano, a dupla separou-se pela primeira vez. Voltaria a separar-se outras vezes ao longo dos 27 anos de carreira. Em 1939, a dupla se recompôs gravando novos discos pela Odeon. Ainda no mesmo ano, foi convidada por Alzira Vargas para apresentar-se para o Presidente no Palácio do Catete. Getúlio Vargas gostou das músicas da dupla e mandou suspender a perseguição às suas composições políticas. Também em 1939, excursionaram pelo Rio Grande do Sul e passaram a se apresentar na Rádio Mayrink Veiga. Receberam o título de "Os milionários do riso", graças aos cada vez mais sucedidos sketches cômicos. Em 1940, gravaram pela Odeon um de seus maiores sucessos, "Romance de uma caveira", de Alvarenga, Ranchinho e Chiquinho Sales. Em 1946, Alvarenga abriu uma boate em Copacabana, no Posto Seis, ali se apresentando por dois anos. Em 1949, gravaram "Drama da Angélica" intitulada de canto *tétrico*. Em 1950, fizeram uma excursão de um mês por Portugal apresentando-se no Cassino Estoril, em Lisboa. Em 1955, participaram do filme "Carnaval em lá maior", de Ademar Gonzaga. As sátiras da dupla não só ridicularizavam publicamente os políticos como contribuíam para a promoção de alguns, como o governador de São Paulo, Adhemar de Barros, e o presidente Juscelino Kubitschek. Já com Jânio Quadros a dupla teve problemas, quando o candidato à Presidência proibiu o disco *Alvarenga e Ranchinho e os Políticos*, de 1959, e multou as rádios que tocavam suas sátiras. Por outro lado, suas composições faziam uma caricatura da própria sociedade brasileira, que se queixava das dificuldades, mas no fim das contas preferia deixar as coisas como estavam: "Do jeito que nós vai indo / Com as coisa tudo subindo / Eu num sei como há de ser / .../ Essa vida tá um osso / Bem duro da gente roer / .../ Se recorre à greve, então / Veja a compensação / Baixa logo o cassetete / .../ Mas querem saber de uma / Queixa num dianta nenhuma / .../ É bom deixá como está / Pra ver como é que fica". (Trecho de Tudo tá Subindo, 1955) A partir de 1959, a dupla deixou de trabalhar na rádio passando a trabalhar apenas na televisão. Em 1965, Diésis dos Anjos abandonou a dupla e foi substituído por Homero de Souza, que passou a ser o novo Ranchinho. A partir dos anos 70 passaram a se apresentar quase exclusivamente no interior do país, até a morte de Alvarenga em 1978. Fonte com alteração: ~,https:ÿÿdicionariompb.~ com.brÿalvarenga-e-~ ranchinhoÿdados-artisticos~, ~,https:ÿÿenciclopedia.~ itaucultural.org.brÿ~ grupo560851ÿalvarenga-e-~ ranchinho~,

Nota: Ariovaldo Pires `(1907- -1979`), mais conhecido como Capitão Furtado, foi um compositor e cantor brasileiro. Vocabulário: Caricatural: adj. Engraçado, cômico. Cateretê: s. m. Ritmo musical marcado pela batida dos pés e mãos. Irreverente: adj. Atrevido. Jingle: s. m. Música ou canção curta utilizada em uma campanha de publicidade para divulgar um produto ou serviço. Latente: adj. Potencial. Paródia: s. f. Obra literária, teatral, musical que imita outra obra, ou os procedimentos de uma corrente artística, com objetivo jocoso ou satírico. Sketche: s. m. Produção humorística de duração muito reduzida, constituída somente por uma cena, desempenhada por um pequeno grupo de artistas ou atores. Sublimando: (sentido figurado) Disfarçando, extravasando. Tétrico: adj. Fúnebre. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Maravilhas do Mundo Alter do Chão Alter do Chão, no Pará, ganhou fama mundial depois de ter sido eleita pelo jornal *The Guardian* como um dos mais belos destinos de praia no Brasil, à frente de paraísos como Fernando de Noronha e Alagoas. Inusitado? Sim! Mas a verdade é que Alter do Chão tem mesmo praias dig- nas dos mais esplendorosos cenários do país e, vale ressaltar, tudo cercado pelo intenso verde amazônico e regado a muita água doce dos rios Tapajós e Arapiuns. Aproveite os magníficos rios paraenses e mergulhe sem medo de ser feliz! O Pará te espera com bancos de areia branquinha, banhos de rio inesquecíveis, florestas encantadoras e, claro, uma culinária espetacular! Pensar em um destino de praias na região norte do Brasil pode dar a impressão de se tratar de uma viagem muito complexa. Nada disso! Alter do Chão é bem mais fácil de conhecer do que você imagina. E para ajudar nesta viagem (que, garantimos, será uma das melhores da sua vida), preparamos um texto cheio de dicas para conhecer o lugar e seus arredores. Ex- plicamos aqui tudinho sobre como chegar; a melhor época; quais praias visitar; pousadas e hotéis para hospedagem; co- mo realizar os passeios e, claro, o que fazer em Alter do Chão. Vamos lá! Melhor época para ir Esta é a informação mais importante para quem pretende conhecer a região. Alter do Chão é o tipo de destino em que faz muita diferença a época do ano da viagem, já que a região muda completamente de paisagem a depender do volume de chuvas. A melhor época para ver as famosas praias de rio (principais atrações da região, que engloba também Santarém e Belterra) é o chamado verão amazônico, temporada seca que vai de agosto a dezembro. Já para quem busca passeios de barco em meio à floresta e quer ver muita vida animal, o mais recomendado é viajar no inverno amazônico, temporada de chuvas que vai principalmente de janeiro a julho. Durante todo o ano Alter do Chão oferece paisagens espetaculares, mas é claro que grande parte dos turistas procura a região pelas praias à beira-rio. É neste período que as hospedagens ficam mais caras e a vila mais cheia de turistas. Nos finais de semana e feriados o movimento tam- bém costuma aumentar, especialmente nas praias próximas a Alter do Chão – como a Ilha do Amor – e nas faixas de areia que oferecem infraestrutura de restaurantes. Outra data que atrai grande número de turistas é a Festa do Sairé e o Festival dos Botos, rituais tradicionais, religiosos e folclóricos que acontecem em dias diferentes a cada ano, sempre no mês de setembro.

Onde fica Alter do Chão Alter do Chão é uma vila que faz parte do município de Santarém, no Pará, e conta com pouco mais de 6.000 habitantes. Localizada a 1.350 km da capital Belém, está distante apenas 34 km do Aeroporto de Santarém (STM), principal porta de entrada para quem pretende viajar de avião a partir de todo o Brasil. Os passeios de lancha e barco para as praias saem quase todos de lá, mesmo os que visitam outras praias de Santarém e também Belterra, município vizinho. Como chegar Ao se programar para visitar um destino cercado pela riqueza amazônica e localizado em meio ao grandioso estado do Pará é comum imaginar que se trata de uma viagem bastante complexa. A chegada tanto pode ser pelo aeroporto de Santarém, com voos vindo de várias cidades, como de barco, saindo de Manaus ou Belém. Quantos dias ficar em Alter do Chão Não caia nessa de achar que a região de Alter do Chão se limita apenas à Praia da Ilha do Amor. Nada disso! Nos arredores há incontáveis praias de rio para ser feliz durante a viagem. Além das praias, o local conta com diversas outras atrações, como florestas, lagoas, *igarapés*, *igapós*, canais e comunidades ribeirinhas que enriquecem e muito a experiência da viagem. Sendo assim, quanto mais tem- po você ficar, melhor! O ideal para curtir sem correria e conhecer as principais atrações é ficar uma semana por lá. Em sete dias será possível conhecer as principais praias do Rio Tapajós e Rio Arapiuns, visitar a Floresta Nacional do Tapajós, descansar na Praia da Ilha do Amor, subir o Morro da Piraoca, passear pelo Lago Verde e ainda investir em um tour pelos canais, igapós e igarapés locais. Você terá a sensação de ter visto o principal, mas, acredite, não será o suficiente. Se quiser viajar com calma, ter tempo para voltar à sua praia favorita, fazer um passeio a pé até uma faixa de areia mais deserta e ir a atrações mais distantes, o melhor é ficar por dez dias. Com mais tempo disponível vale até fazer a viagem de barco de Santarém a Belém ou Manaus. O trajeto é espetacular e você terá um gostinho do que é viajar pelo Rio Amazonas. Se puder fazer apenas um trecho, escolha o de Santarém para Belém, no qual o barco inicia a viagem pelo encontro do Rio Tapajós com o Rio Amazonas e passa pertinho das comunidades ribeirinhas da Ilha do Marajó. Se você está na correria e tem pouco tempo para viajar, vá mesmo assim! O banho no Tapajós é maravilhoso ainda que apenas por um dia. Um feriado prolongado de três ou quatro dias é ideal para conhecer o básico da região e ficar com muita vontade de voltar! Se encontrar uma passagem baratinha, não perca a chance e corra para Alter. Para quem é recomendado Alter do Chão? Alter do Chão é o típico destino que agrada aos amantes de praias paradisíacas, mas que não necessariamente querem fazer muito esforço para chegar até elas. O acesso é fácil e o roteiro é recomendado para viajantes sozinhos, casais, famílias com crianças e idosos. Os passeios de lancha chegam a praias bem próximas da vila e também a faixas de areia bem distantes. E o grau de aventura varia de acordo com o desejo do turista, por isso Alter é para todo mundo. Viajar para Alter do Chão é ter a certeza de encontrar cenários dignos de incontáveis registros fotográficos. A região é excelente para quem busca dias de descanso e contato direto com a natureza e também para quem não abre mão de boa infraestrutura e quer apenas passar o dia relaxando sem tirar os pés da água, com direito aos melhores peixes paraenses e pratos cheios de sabor. O que fazer Além de tudo o que já foi descrito, à noite, grande parte dos turistas investe o tempo experimentando algumas iguarias locais nos restaurantes da vila. Para os mais animados, vale se jogar no *carimbó*! Quem quiser uma experiência diferente poderá até mesmo investir em uma noite sob as estrelas em uma praia deserta ou em uma boa rede nas comunidades ribeirinhas ou em meio à Floresta Nacional do Tapajós. A areia fina e clara que surge à beira dos rios Tapajós e Arapiuns no período da seca forma um maravilhoso conjunto de praias nos arredores de Alter do Chão. São tantas faixas e pontas de areia que adentram a água doce que muitas delas nem nome têm. As mais famosas, quase sempre, oferecem restaurantes ou quiosques para os turistas. Outras, mais desconhecidas, presenteiam os visitantes com ambiente rústico e a sensação de que estamos em um paraíso particular. Seja qual for o seu tipo de praia, temos a certeza de que ela será linda! E quanto a mais praias você for, mais momentos inesquecíveis irá colecionar. A Ilha do Amor é o principal destino dos turistas que chegam a Alter do Chão. Apesar do nome, a “ilha”, na verdade, é uma ponta de areia ligada ao continente, onde de um lado está o Lago Verde e do outro o Rio Tapajós. Cercada por simpáticos barquinhos coloridos e bem de frente para a vila, essa é a praia mais popular de lá. Nos finais de semana de sol ela costuma ficar bem cheia (os moradores da região também curtem a praia), mas durante a semana o ambiente é bem tranquilo e muitas vezes deserto. Especialmente interessante para quem gosta de praia com infraestrutura, a Ilha do Amor é repleta de quiosques e serviços, como o aluguel de caiaques. Para sair do movimento de turistas, basta caminhar por alguns minutos e a praia já estará deserta. Não deixe de ver o entardecer que acontece na faixa de areia voltada para o Rio Tapajós. O espetáculo está entre os mais bonitos da região. Se você já estiver na Ilha do Amor, aproveite e siga a trilha até o Morro da Piraoca. Maior morro da região, ele reina em meio à vegetação amazônica e oferece visão 360° para os arredores, de onde se pode ver o Lago Verde, o Lago das Piranhas, a Ponta do Cururu e o imponente Rio Tapajós, além, é claro, de toda Alter do Chão. A subida para o Morro da Piraoca é bem tranquila e a trilha – contando o tempo a partir da vila de Alter do Chão – leva menos de uma hora em percurso a pé. O trajeto passa pela Ilha do Amor e segue até a placa indicativa de caminho para a subida. Experimente a culinária paraense e tapajônica Os sabores do norte são autênticos e carregados de personalidade, o que faz da gastronomia uma experiência à parte na viagem. Degustar os peixes amazônicos fresquinhos, muitas vezes regados a temperos pouco comuns a quem não é da região, faz parte do pacote do viajante. Experimente o açaí paraense (bem diferente do que se tem fora da região norte), a caldeirada, o pato no tucupi, o *jambu* e todos os peixes de rio que são espetaculares, como o pirarucu, tambaqui e o namorado. Dicas finais Alter do Chão é destino para desapegar do luxo e se apegar à natureza. Aproveite cada minuto da viagem para mergulhar muitas vezes, caminhar na areia branquinha das praias, curtir a natureza exuberante da Amazônia e experimentar cada prato e peixe paraense que puder. Em Alter do Chão o ritmo é lento e você não precisa lutar contra ele. Entre no clima e aproveite para desacelerar do dia a dia. Acompanhe cada entardecer, observe atentamente a água do rio e se deixe surpre- ender com um salto dos botos que sempre aparecem para dar um alô. Veja Alter do Chão com os seus próprios olhos, ela é ainda melhor quando vista sem uma tela de celular como intermediária. Faça fotos, mas não deixe de guardar suas lembranças na memória mais eficiente que há: a sua! Boa viagem e curta muito! Fonte: ~,https:ÿÿwww.~ melhoresdestinos.com.brÿ~ alter-do-chao-para.html~, Vocabulário Carimbó: s. m. É considerado um gênero musical de origem indígena com influências da cultura negra e portuguesa. Igarapé: s. m. É um curso d'água amazônico, constituído por um braço longo de rio ou canal. Igapó: s. m. Trecho de floresta invadido por enchente, após a inundação dos rios,

onde as águas ficam acumuladas durante algum tempo. Jambu: s. m. Planta muito comum de ser encontrada no norte do Brasil, principalmente no estado do Pará. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Nossa Casa Cuidados com a casa muito importantes e que você tem que saber Para viver bem em nosso lar, alguns cuidados com a casa devem ser tomados, como organização e limpeza, por exemplo. Mas, com a rotina sempre corrida, podemos nos esquecer de detalhes que são essenci- ais, tanto para o bom funcionamento do ambiente como para a sua segurança. Por isso, sugerimos alguns cuidados com a casa que são muito importantes, e que você precisa saber.

Quer descobrir quais são? Então continue lendo! 1 – Vire sempre o colchão Uma coisa bem simples, mas que ninguém se lembra de fazer, é virar o lado do colchão na cama. Ao fazer isso, você evita que ele se deforme, por ser sempre usado de um lado só. Essa atitude também ajuda a prevenir a tão indesejada dor nas costas. Ao manter essa rotina e se organizar num período certo para rotacionar o colchão, geralmente uma vez por mês, você ainda aumenta a sua vida útil. 2 – Lave os cobertores quando o inverno acabar O inverno pede muitos cobertores e edredons quentinhos, não é mesmo? Macios e cheirosos eles nos protegem durante as épocas mais frias do ano, mas sujam assim como qualquer roupa de cama e tam- bém precisam ser lavados. Então, assim que o período de inverno terminar, antes de guardar seus cobertores e edredons, lave-os. Isso faz com que você evite o cheiro ruim e também os fungos. Lembre-se também de guardá-los em embalagens adequadas, geralmente a vácuo, para que seja possível poupar espaço. 3 – Higienize sempre estofados e tapetes A mesma dica dos cobertores pode valer para outras coisas em nossa casa, como tapetes, carpetes e estofados. É muito importante a higienização periódica, já que esses objetos acumulam muita poeira e mi- crorganismos bastante nocivos. Portanto, lave ou mande la- var os tapetes e também faça a

limpeza correta dos seus estofados. 4 – Limpe o interior da geladeira Uma coisa que poucas pessoas atentam é limpar com frequência o interior da geladeira. Esse eletrodoméstico acumula sujeira assim como qualquer coisa na cozinha e precisa ser limpo para evitar pro- blemas como o mau cheiro. Você pode limpar com detergente neutro e uma esponja macia — para não agredir a geladeira. Como se trata de um local que armazena alimentos, esse é um dos cuidados ideais com a casa até mesmo para a saúde. 5 – Tenha plantas em casa Outros agentes também podem contaminar a sua casa, como é o caso da fumaça ou do pó. Geralmente, pessoas que fumam, ou que têm lareira em casa, têm esse problema que faz muito mal à saúde: mofo, fungos, poeira, bactérias e ou- tros microrganismos que atacam, principalmente em épocas de clima mais seco. Uma solução prática para combater esses agentes nocivos, além da limpeza, é a manutenção de plantas ou até mesmo hortas em casa. Elas funcionam como um filtro que absorve poluentes. Portanto, quanto mais verde em casa, melhor! õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vida e Saúde Entenda a psoríase: o que é, como se manifesta e como tratá-la A psoríase é uma doença inflamatória, crônica, que acomete igualmente em homens e mulheres. Estima-se que de 1 a 3% da população mundial apresente a doença, ou seja, mais de 125 milhões de pessoas no mundo e mais de cinco milhões apenas no Brasil. A psoríase manifesta-se, principalmente, por lesões *cutâneas*, geralmente como placas avermelhadas, espessas, bem delimitadas, com descamação, que podem surgir em qualquer local do corpo. Existem várias formas da doença, sendo a mais frequente a psoríase em placa, que ocorre em 80% a 90% dos pacientes, com as lesões podendo surgir em qualquer parte da pele, sendo mais frequentes no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. Durante a evolução, essas lesões podem mudar de tamanho, forma e localização e, em casos excepcionais, *acometer* toda a pele (psoríase eritrodérmica). Ela também pode manifestar-se em áreas de dobras (psoríase invertida), nas palmas das mãos e plantas dos pés (psoríase palmoplantar), ou apresentar bolhas com pus (psoríase pustulosa). Também é comum o acometimento das unhas, podendo levar ao descolamento, surgimento de manchas e outras deformidades. Pode surgir em qualquer fase da vida, sendo mais frequente o seu aparecimento antes dos 30 anos ou após os 50 anos. A forma que surge mais precocemente apresenta um componente genético mais marcado, sendo mais frequente em familiares de pacientes com psoríase. A causa da psoríase é desconhecida: ela é multifatorial, ou seja, são necessários vários fatores atuando em conjunto para o seu surgimento. Sabe-se que a hereditariedade tem um papel fundamental. Aproximadamente, um terço dos pacientes apresenta parentes com psoríase, e filhos de pais com psoríase possuem maior chance de desenvolver a doença. Logo, existe uma predisposição genética para o seu desenvolvimento. Nas pessoas geneticamente predispostas, vários fatores desencadeadores ou agravantes são necessários para o desenvolvimento da doença. O estresse emocional é um fator *desencadeante* bastante conhecido e, por esse motivo, muitas vezes a psoríase é considerada uma doença puramente de fundo emocional, o que não é verdade, sendo o estresse apenas um dos fatores desencadeantes. Sabe-se que a redução da ansiedade é importante no controle da doença. Também o seu conhecimento, a troca de experiências com outros pacientes e a superação de preconceitos são atitudes que ajudam o melhor convívio com a doença, reduzindo assim o estresse por ela provocado. O trauma físico também é um fator importante. É comum o surgimento de lesões de psoríase em áreas submetidas a trauma, como tatuagens e queimaduras. É sabido há muito tempo que a exposição solar moderada melhora muito as lesões, porém, a exposição exagerada pode piorá-las. Pacientes que consomem álcool ou que fumam têm maior predisposição ao desenvolvimento da doença, sendo que a suspensão desses hábitos melhora muito o seu controle. Além desses fatores, infecções – em especial as de garganta – e alguns medicamentos, climas secos e frios e o ressecamento da pele também têm um papel importante. A psoríase não é uma doença contagiosa, logo, ninguém transmite ou adquire psoríase. Isto é importante, porque muitas vezes vemos pacientes se isolarem, deixando que a doença interfira negativamente em sua vida profissional, social, familiar e afetiva. O paciente de psoríase pode e deve conviver normalmente com outras pessoas. Até o momento não existe uma cura para a psoríase. Porém, com os tratamentos disponíveis é possível controlar os sintomas, melhorando muito a qualidade de vida dos pacientes. Os tratamentos disponíveis variam de medicações tópicas (cremes e pomadas) e fototerapia (banhos de luz) a medicações orais e injetáveis. A escolha do tratamento depende de vários fatores, como gravidade da doença, idade e sexo do paciente, localização das lesões, entre outros, sendo necessário a análise de

cada caso para essa decisão. Atualmente, sabe-se que a psoríase não acomete apenas a pele. Em torno de 30% dos pacientes podem apresentar acometimento articular, sendo fundamental o reconhecimento precoce dessa manifestação para o início do tratamento adequado. Além disso, as pessoas com psoríase têm maior chance de apresentar outras doenças, como hipertensão arterial, diabetes e obesidade. A presença dessas doenças impacta diretamente a escolha do tratamento, que deve incluir o controle das mesmas. Logo, é importante que os pacientes sejam tratados precocemente, evitando assim o agravamento do quadro e melhorando sua qualidade de vida. Com os tratamentos disponíveis, é possível ter boa

qualidade de vida e prevenir possíveis complicações. Fonte: ~,https:ÿÿwww.sbd.~ org.brÿpsoriasetem~ tratamentoÿnoticiasÿ~ palavra-de-medicoÿ~ entenda-a-psoriase-o-que-e-~ como-se-manifesta-e-como-~ trata-laÿ~, Vocabulário Acometer: v. Tomar, dominar, espalhar. Adquirir: v. Passar ou ter ou obter; ser contaminado por. Desencadeante: adj. Que rebenta, rompe, eclode. Cutâneas: adj. Relativo à pele. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Culinária Bolo de limão no liquidificador Ingredientes: 3 ovos; 2 xícara de açúcar; 2 xícaras e meia de farinha de trigo; meia xícara de óleo; 1 xícara de leite morno; 1 colher de fermento em pó; raspas de 1 limão; suco de 1 limão. Modo de fazer: Bata no liquidificador os ovos, o óleo, o leite, e o açúcar por aproximadamente 3 minutos, em seguida adicione o suco, a farinha, e as raspas de limão e bata por 1 minuto. Adicione o fermento e mexa bem até ficar homogênea. Coloque em uma fôrma redonda untada e enfarinhada e leve ao forno preaquecido a 180° por 35 a 50 minutos. ::::::::::::::::::::::::

Coxa e sobrecoxa na panela de pressão Ingredientes: 2 dentes de alho; 1 cebola média picada; 2 tomates; 2 batatas; 1 limão; 6 colheres de azeite; pimenta-do-reino; sal; colorau a gosto; 1 kg de coxa e so- brecoxa de frango. Modo de preparo: Corte e retire a pele da coxa e sobrecoxa. Em um recipiente coloque o frango e tempere com o limão, alho picado, sal, colorau, 3 colheres de azeite e pimenta-do-reino. Na panela de pressão coloque 3 colheres de azeite, as batatas descascadas e cortadas em rodelas, os tomates picados, a cebola picada, sal e pimenta. Refogue por uns minutos e acrescente o frango temperado. Mexa e tampe a panela. Deixe por aproximadamente 40 minutos, depois destampe e, se precisar, deixe mais um pouco no fogo até secar a água que vai soltar. :::::::::::::::::::::::: Macarrão com calabresa na panela de pressão Ingredientes: 1 pacote de macarrão penne, parafuso ou gravatinha; 1 caixinha de molho de tomate, se preferir um molho mais encorpado use extrato de tomate; 2 caixinhas de água (use a mesma medida da caixa do molho); 1 cebola média picada; 1 lata de creme de leite; 1 lata de milho verde; 400 gramas de calabresa cortada em cubos; 400 gramas de queijo prato ou muçarela cortados em cubos; azeite a gosto; sal a gosto. Modo de preparo: Em uma panela de pressão, refogue a cebola e a calabresa cortadas em cubos no azeite. Após dourar, coloque o molho de tomate, as duas medidas de água, o milho verde, o macarrão de sua preferência e o creme de leite. Importante: se o macarrão não estiver completamente coberto, coloque mais água até cobri-lo. Adicione sal a gosto e feche a panela. Conte 4 minutos após a panela começar a fazer pressão. Desligue o fogo e tire a pressão da panela. Coloque o queijo cortado em cubos, misture bem e transfira para um refratário. Polvilhe com queijo ralado da sua preferência e bom apetite. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Humor Piadas Da Pandemia — Troco massa, arroz e açúcar por papagaio. Preciso falar com alguém. -- Se virem que saí do Grupo, me coloquem de novo. É o desespero pra sair pra algum lado. — Nem em meus sonhos mais loucos, imaginei entrar mascarado no Banco. — Nunca pensei que minhas mãos iam consumir mais álcool que meu fígado. Nunca... — A Quarentena parece uma série da NETFLIX, quando acha que vai acabar, sai a temporada seguinte. — Eu estou gostando da máscara, no supermercado passei por dois pra quem devo dinheiro e não me reconheceram. — Se queixaram que 2020 tinha poucos feriados. Como estão agora? — Alguém sabe se a segunda quarentena se repete com a mesma família ou podemos trocar? — Não vou acrescentar 2020 a minha idade. Nem usei! — Queremos nos desculpar publicamente com 2019 por tudo o que falamos dele. — Essas mulheres que pediam a Deus que o marido ficasse mais tempo em casa... Como estão? — Minha lavadora de roupas só aceita pijamas, coloquei um Jeans... me mandou a mensagem #kficaemcasa. — Depois de passar por toda esta angústia, só nos falta dizerem que a vacina será um supositório. — Me sinto como se tivesse 15 anos de novo. Sem dinheiro na carteira, com o cabelo comprido, pensando o que fazer com a minha vida e sem permissão para sair. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

RBC *News* Caros leitores, Em 2022, a Revista Brasileira para Cegos completará 80 anos. Vamos comemorar esta data com uma Edição Especial. Mas, para isso, precisamos da colaboração de vocês. Enviem-nos textos de sua autoria abordando um dos seguintes temas: 1. Redes sociais e seus benefícios; 2. Sua viagem dos sonhos -- Como seria? 3. Tema livre (seja criativo) Cada texto deve ter, no máximo, 2 mil caracteres (cerca de 3 páginas). Coloque no texto seu nome, cidade, estado e país. Mande-nos algum contato: telefone (somente para re- sidentes no Brasil) ou e-mail para possíveis dúvidas. Os textos devem ser enviados até o dia 1º de março de 2022, e os melhores textos serão publicados em uma edição especial da RBC. E-mail: ~,revistasbraille@~ ibc.gov.br~, Endereço: IBC -- Revista Brasileira para Cegos 80 anos. Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-250 Observação: O concurso é para todos os leitores da revista, brasileiros ou não. Se você não reside no Brasil, não se esqueça de enviar seu e-mail para contato. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da obra Transcrição: Diogo Silva Müller Dunley Coordenação de revisão: Geni Pinto de Abreu Revisão braille: Elvis Filgueiras Ramos Produção: Instituto Benjamin Constant Ano: 2021