Revista Brasileira para Cegos Ano LXXIV, n.o 549, abril/junho de 2018 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Informação e Cultura Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-240 E-mail: ~,rbc@ibc.gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.~ gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito Governo Federal: Ordem e Progresso

Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial Carla Maria de Souza Heverton de Souza Bezerra da Silva João Batista Alvarenga Regina Celia Caropreso Revisão Hylea Vale Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610, de 19/02/1998. Distribuição gratuita segundo a Portaria Ministerial n.o 504, 17 de setembro de 1949. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~,

¨ I Sumário Editorial ::::::::::::::: 1 Regionalidades -- Um diálogo do cardápio brasileiro ::::::::::::: 5 Ostra feliz não faz pérola ::::::::::::::::: 14 A feira Rio Antigo :::: 19 Tirinhas :::::::::::::::: 23 Desafios :::::::::::::::: 29 Pensamentos ::::::::::::: 33 No Mundo das Artes Jacob do Bandolim :::::: 34 Maravilhas do Mundo Aparecida do Norte ::::: 40 Nossa Casa ::::::::::::: 51 Vida e Saúde ::::::::::: 54 Culinária ::::::::::::::: 63 Humor ::::::::::::::::::: 67 Espaço do Leitor ::::::: 70

Editorial Na contramão de nosso último editorial (RBC 548), lembremo-nos, agora, de um outro hábito que nós, seres humanos, temos e que pode nos custar caro: o da procrastinação, ou seja, deixar tudo para depois, adiar ao máximo todas as coisas. Quantas vezes prometemos a nós mesmos: "Amanhã, escrevo aquele texto" ou "Na semana que vem, visito meu irmão", mas o tempo passa e nada fazemos porque, simplesmente, dizemos essas coisas, mas não nos organizamos para fazê-las. Para que amanhã possamos fazer o trabalho a que nos dispusemos, é preciso que nos estruturemos. Devemos, hoje, verificar se teremos as condições necessárias para tal, porque, se só cuidarmos disso amanhã, o mais provável é que encontremos uma série de impedimentos e acabemos adiando mais um pouco o compromisso, o que poderá gerar mais problemas, já que o prazo vai ficando curto e isso nos deixa estressados. Muitas vezes, a procrastinação pode acontecer por falta de foco. Queremos fazer uma coisa, porém há uma série de outras que nos atraem no caminho e desviamos nossa atenção para elas. Com isso, o mais comum é começarmos tudo e não concluirmos nada. Temos um texto para escrever, mas, quando ligamos o computador, não podemos deixar de dar uma olhadinha no Facebook. Lá, encontramos um vídeo engraçadíssimo e temos que enviá-lo para todos os nossos amigos, ou nossa prima lançou aquela fofoca que vai abalar a família, e não podemos deixar de comentar. Afinal, de que adianta você saber uma fofoca e não ajudar a espalhar? E por aí vai. Quando nos damos conta, o tempo já passou e... o que é que íamos fazer mesmo? Bem, a internet nos tomou tanto tempo que agora não vai dar mais para fazer o que realmente era importante, e nos sentimos aborrecidos e pressionados. Quando procrastinamos no intuito de nos organizarmos para alguma coisa, isso pode dar bons resultados. Se decido visitar meu irmão na próxima semana porque ele mora longe, e eu terei uma folga do meu trabalho, então poderei fazer aquele bolo que ele adora, levar para ele e passaremos o dia todo conversando e relembrando nossa infância. Tenho um projeto para isso. Vou me preparar para este dia, e ele acontecerá e será maravilhoso.

No entanto, procrastinar apenas empurrando para a frente, e quando a próxima semana chegar, inventar outro motivo para não fazer a visita, adiando-a mais uma vez, confunde nossa vida, faz nossos dias renderem pouco, não permite que cumpramos nenhuma meta porque sempre saímos do foco. E, no caso do contato com entes queridos, pode resultar em culpas complicadas. Muita gente adiou tanto as visitas a parentes e amigos que não teve tempo de fazê-las. A morte não procrastina. Planejar, organizar atividades, eleger uma lista de prioridades são coisas importantes para que nossa vida siga seu rumo. Contudo nada pode ser em excesso: nem a pressa para fazer tudo, nem a procrastinação a todo momento. Se você notar que há alguma coisa que está sempre ficando para o dia seguinte, fique atento. Pense a respeito e priorize um pouco essa tarefa, pois boa parte de nossos pro- blemas pode ser evitada ou diminuída com menos procrastinação. Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Regionalidades -- Um diálogo do cardápio brasileiro -- Moço, é farofa de abóbora? -- Não. É farofa de jerimum. -- Achei que fosse de abóbora. -- O que o senhor chama de abóbora, nós aqui chamamos de jerimum. -- Ah, então é a mesma coisa... -- Não. É jerimum.

-- Uhm... ok. Eu vi passando uma carne seca com aipim, eu queria aquilo. -- Não temos isso no cardápio não. -- Mas eu vi passando! Olha ali aquele garçom carregando, junto com a farofa de abóbora! -- Aquilo ali é carne de sol com macaxeira, arroz de coco e farofa de jerimum. -- Ah... então macaxeira é aipim? -- Se o senhor está dizendo, então é... -- E carne seca aqui chamam de carne de sol? -- Não. Carne seca é uma coisa, carne de sol é outra. -- E qual é a diferença? -- Moço, o senhor conhece Google? Dá uma procurada, eu não posso explicar agora, porque tenho que servir as outras mesas, fora a sua...

-- Tá... entendi a indireta. Traz então a carne de sol como aquela que passou ali. -- Sim, senhor. -- Querido, você ainda vai arranjar encrenca aqui com essa sua mania de ficar discutindo com o garçom. -- Que discussão, Valentina? Parece que estou em outro país! E não tem nem tecla SAP nos cardápios ou nos garçons! Sou obrigado a saber que aqui aipim é macaxeira e abóbora é jerimum? -- Ainda estamos na hora do almoço, e essa é a segunda encrenca que você arruma por causa de comida. -- Você está falando do café da manhã? Aquilo era canjica, e a moça me disse que não, que era mungunzá. E o outro era curau, e ela me disse que era canjica! Acho que estão tirando um sarro da minha cara, só pode ser isso. -- Meu amor, eu já te disse que quando criança morei em Santos, no litoral paulista, não disse? Pois bem, lá chamam o pão francês de “média”. Quando fomos morar em São Paulo, minha mãe me mandou comprar três pãezinhos na padaria. Eu cheguei lá e pedi: “me dá três médias, por favor”. O português, dono da padaria, me disse: “pra você?” Eu respondi que sim, claro. Ele me mandou para o outro balcão, e me serviram três copos de café com leite. Para eles, média era isso, para mim era o pão francês. Mas rapidamente me acostumei e nunca mais tive esse tipo de problema. A gente mora num país continental, com várias influências e sutilezas regionais e, consequentemente, várias diferenças. E você sabe disso. Quando fomos para aquele roteiro dos vinhos no Sul, você quase se atracou com o gaúcho que te ofereceu polenta e você disse que não tinha ido para lá para comer angu. -- Aquilo era angu, e o gaúcho estava de marra comigo porque tirei sarro da roupa dele. -- Que também não tinha motivo para isso, era um traje típico local, e elegantíssimo por sinal. -- Aquela calça fofa amarrada nas pernas? Aquela faixa na cintura? Aquele lenço no pescoço? Parecia uma fantasia de carnaval! Você já me imaginou naqueles trajes? -- Uhm... melhor não. O gaúcho era alto e magro, você não é alto e está um pouco “cheinho”. -- Tá bom. Tá bom. Primeiro dia oficialmente casados e já me chamou discretamente de preconceituoso, baixo e gordinho. -- Calma, meu amor. Eu gosto de você assim, meio fofinho... -- MAS EU NÃO GOSTO! E odeio ser chamado de fofinho! Deixa eu pedir mais alguma coisa, pois parece que essa carne de sol vai demorar. GARÇOM?! -- Pois não, senhor. -- Eu queria esse cuscuz de entrada. -- Com leite, ou com queijo? -- Como assim? -- O senhor quer cuscuz com leite, ou queijo manteiga? -- Mas que raio de queijo manteiga é esse? Ou é queijo, ou é manteiga! -- Aqui temos o queijo manteiga. O senhor quer ou não? -- Mas cuscuz com camarão, palmito, ervilha e... leite? Queijo? Que gororoba esquisita...

-- Que camarão? Que ervilha? Que palmito? Não tem nada disso no cuscuz. -- Mas que raio de cuscuz é esse? -- É o cuscuz tradicional. De milho, cozido no vapor. Serve-se e come-se com leite, leite de coco ou queijo manteiga. Prato ancestral de nossa culinária. -- Tradicional é o cuscuz paulista, com camarão, peixe, ervilha, palmito e farinha, não essa farinha amarela cozida no vapor com um queijo bipolar, que não sabe se é queijo ou manteiga! -- Bipolar é o seu comportamento, meu senhor. Ou preciso lembrá-lo que estamos em Olinda, uma das mais antigas cidades do país, fundada em 1535? E de que os portugueses desembarcaram na costa da Bahia, e não no litoral carioca... -- MAS QUE GARÇOM ABUSADO! -- Eu não sou garçom. Na verdade, sou modelo e estudo gastronomia, mas estou trabalhando como garçom. -- Era o que me faltava. -- Gustavo, meu amor, deixa o moço em paz. -- E você, Valentina, pare de olhar para esse dublê de modelo/garçom/futuro participante do Masterchef. Já estou meio estressado com esse cardápio aqui. O cuscuz é doce. A paçoca está na parte dos salgados, a... -- Claro, é paçoca de carne de sol, senhor. -- Uhm??? Carne de sol com amendoim e açúcar? -- Não, que é isso? Carne de sol socada com farinha de mandioca. Posso trazer uns pasteizinhos de festa para vocês, por conta da casa, para justificar o atraso do seu prato? -- O que são pasteizinhos de festa? -- Pastéis de carne, bem temperadinha com cominho, cebola, e depois de fritos são passados no açúcar. -- Pastel de carne com açúcar? É entrada, prato principal ou sobremesa? -- Meu senhor, não pude deixar de ouvir sua adorável esposa falar sobre as diferenças regionais. E ela tem razão. Estamos no berço da cultura canavieira, o açúcar foi um elemento modificador da vida do pernambucano. Nada mais natural de que estivesse presente em um grande número de pratos da nossa gastronomia. Esse pastel é mais do que uma expressão da culinária local, é um elemento fundamental para entender a cultura de nossa região. E é por isso também que nossos doces são tão doces. -- Talvez por isso também é que vocês são tão doces... -- Valentina, se comporte! E você, senhor garçom/modelo/professor de história, vou querer os pastéis sim. Mas quero um outro garçom, de preferência baixinho, gordo e invocado. -- Assim como o senhor? Autor: Wair de Paula Jr. Fonte: Revista *Casa Shopping Magazine* :::::::::::::::::::::::: Ostra feliz não faz pérola Ostras são moluscos, animais sem esqueleto, que fazem a delícia dos gastrônomos. Podem ser comidas cruas, com pingos de limão, com arroz, *paellas*, sopas... Sem defesa, são animais mansos. Seriam uma presa fácil dos predadores. Para que isso não aconteça, a sua sabedoria lhes ensinou a fazer casas, com placas duras, dentro das quais vivem. Pois bem, havia num fundo de mar uma colônia de ostras, muitas ostras. Eram felizes. Sabia-se que eram felizes porque de dentro de suas con- chas, saía uma delicada melodia; música aquática, como se fosse um canto gregoriano. Todas cantando a mesma música, com exceção de uma ostra solitária, que fazia um solo solitário. Diferente da ale- gre música aquática, ela cantava um canto muito triste. As ostras felizes se riam dela e diziam: -- Ela não sai da sua de- pressão. Não era depressão; era dor, pois um grão de areia havia entrado em sua carne e doía, doía, doía, e ela não tinha jeito de se livrar dele. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para livrar-se da dor que o grão de areia lhe proporcionava, em virtude de sua aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê- -lo em uma substância lisa, brilhante, redonda. Assim, enquanto cantava o seu canto triste, seu corpo fazia o trabalho por causa da dor que o grão de areia lhe causava. Um dia, passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a rede, e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou. Levou-as para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa. De repente, deliciando-se com a sopa, seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro de uma ostra. Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola! Uma linda pérola! Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele a tomou, deu-a de presente para sua esposa. Isso é verdade para as ostras e é verdade para os seres humanos. No seu ensaio sobre a tragédia grega a partir do espírito da música, Nietzsche (1844-1900) observou que os gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não existia para eles, como existe para os cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em comédia. Ele se perguntou, então, por que os gregos, sendo dominados por esse sentimento da vida, não sucumbiram ao pessimismo? A resposta que encontrou foi a mesma da ostra que fez a pérola: eles não se entregaram ao pessimismo porque foram capazes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve ser, simplesmente, gozado. Ela não cria, não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza para parar de sofrer. Esses são os artistas. Beethoven -- como é possível que um homem completamente surdo tenha produzido uma obra que canta a alegria? Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa... Autor: Rubem Alves -- do livro *Ostra feliz não faz pérola* -- 2008. Observação: Vincent Willem Van Gogh ê1853-1890ã: Pintor holandês considerado uma das figuras mais famosas e influentes da história da arte ocidental. Cecília Meireles ê1901- -1964ã: Jornalista, pintora, poetisa e professora brasileira. Fernando Pessoa ê1888- -1935ã: Poeta e escritor português. Vocabulário Paella: s. f. Prato conhecido e popular da gastronomia espanhola. Predador: s. m. Diz-se de animal que se alimenta de outro animal. Sucumbir: v. Ser dominado pelo desânimo, abater-se. :::::::::::::::::::::::: A feira Rio Antigo João Batista Melo Rio de Janeiro é berço da cultura brasileira cidade maravilhosa gente muito hospitaleira mas o meu assunto agora se resume a uma feira Junto à Praça Tiradentes na Rua do Lavradio inaugurou-se uma feira que parece desvario hoje narrar sua história é meu grande desafio (...) Logo encontrei a saudade pela rua sem abrigo entre juras de amor resolveu ficar comigo para que eu pudesse falar desta feira Rio Antigo É desse lugar histórico centro do Rio de Janeiro que essa feira vem mostrar até para o estrangeiro que muitas coisas antigas valem mais do que dinheiro (...) Os antiquários dali entraram logo em ação puseram peças antigas espalhadas pelo chão na rua esburacada para chamar atenção A Prefeitura e o Estado viram logo àquela altura que deviam fazer obras naquela infraestrutura pois governo inteligente sempre investe na cultura Quando se gasta em cultura têm-se menos delinquentes menos pedintes na rua menos pessoas carentes menos crianças chorando e mais homens competentes (...) E os bares do local atendendo com carinho bolinhos de bacalhau sorvete ou bom churrasquinho e nunca deixam faltar o *chopp* de colarinho Quatro ou cinco mil pessoas visitam cada edição ficam das nove às dezoito na maior animação e muitos ali dançando resolvem fazer “serão” Hoje a Lavradio é referência brasileira produtos de qualidade programação de primeira expositores e público são a alma desta feira A feira acontece aos sábados todo primeiro do mês tudo de bom tem ali para agradar ao freguês este modesto poeta é quem convida vocês Rio de Janeiro Brasil cidade cosmopolita verdes matas tropicais praias e gente bonita foi nessa cidade linda que essa história foi escrita Vocabulário Desvario: s. m. Procedimento enlouquecido ou insensato; desatino; insensatez. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Tirinhas A tira de jornal ou tirinha, como é mais conhecida, é um gênero textual que surgiu nos Estados Unidos devido à falta de espaço nos jornais para a publicação de passatempos. O nome "tirinha" remete ao formato do texto, que parece um "recorte" de jornal. Estrutura-se em enunciados curtos e traz um conteúdo em que predomina a crítica, com humor, a modos de comportamento, valores, sentimentos, destacando-se, portanto, nessa composição, códigos verbais e não verbais. Tirinhas do Recruta Zero Mort Walker (1923-2018) criou as tiras do Recruta Zero em 1950. Personagens Zero: preguiçoso, indolente, está sempre armando formas de fugir do trabalho. Costuma estar com boné ou capacete co- brindo os olhos. Sargento Tainha: um brutamontes sem jeito com as mulheres, guloso e solitário e que sempre age de forma hostil com seus soldados. Platão: é o intelectual da trupe. Sempre fazendo citações de livros e falando como se estivesse apresentando uma tese de doutorado. É um dos amigos do Zero. Dentinho: o oposto do Platão. Dentinho é um personagem, digamos, limitado intelectualmente, e seu nome é uma ironia a dois de seus dentes crescidos. Cosme: é viciado em jogatina. Nunca perdeu uma partida sequer de pôquer para o Zero. Faz um comércio informal em seu "cantinho do Cosme", onde vende de tudo. Este personagem foi quase esquecido nos anos 80. Roque: é o revoltado. Vai contra as instituições, é escritor e administra o jornal clandestino do quartel, se mobiliza por qualquer causa atual. Quindim: faz as vezes de mulherengo e galanteador dentro do quartel Swampy. Nem

sempre tem sucesso. Em geral, uma em cada cinquenta de suas cantadas dá certo. É o principal amigo de Zero. General Amos Dureza: é a inépcia em pessoa. Pensa mais no golfe que na administração do quartel. Como se não bastasse, tem problemas de alcoolismo (toma muitos Martínis) e obedece cegamente à mulher, Martha. Vive com esperanças de receber uma carta do Pentágono, que sequer lembra-se da existência deste quartel. Vocabulário Indolente: adj. 2 g. Diz-se de quem não é dado a fazer esforço, preguiçoso. Inépcia: s. f. Falta de inteligência; idiotismo, imbecilidade.

_`[{tirinha "Recruta Zero" em dois quadrinhos; adaptada a seguir_`] 1ºã General Dureza deitado em um divã. A seu lado, sentado em uma cadeira, está o terapeuta, que faz anotações em um bloquinho. O terapeuta diz: “Diga à sua mulher quem é que manda!” General Dureza diz: “Hum... Ok.” 2ºã General Dureza e sua mulher, Martha, sentados à mesa para o café da manhã. Ele diz: “Você é quem manda!” _`[{tirinha “Recruta Zero” em um quadrinho; adaptada a seguir_`] Em um acampamento militar, três barracas se destacam. Nessas barracas, veem-se apenas pés para fora, sugerindo que há pessoas dormindo nelas. Encostados nas árvores estão: Zero, Platão, Roque, Quindim e Dentinho. Sargento Tainha chega, furioso, e diz: “Venha aqui, seu vagabundo!” Zero diz: “Ele vai ter que ser mais específico que isso.” _`[{tirinha “Recruta Zero” em três quadrinhos; adaptada a seguir_`] 1ºã Quindim e Zero caminham numa floresta, cada um com uma arma na mão. Quindim pergunta: “Numa guerra, você acha que conseguiria matar alguém?" Zero responde: “Se ele tentasse me matar, acho que sim.” 2ºã Quindim pergunta: “E se ele não quisesse, mas fosse forçado a isso?” 3ºã Quindim está de pé com a arma apontada para o chão, e Zero, sentado no chão, encostado numa árvore. Zero responde: “Ei! Se as pessoas se juntassem e falassem sobre isso não haveria nenhuma guerra!” õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Desafios 1- Escolha a alternativa correta: a) Cento e cinquenta dólares são suficientes para as diárias no exterior. b) Cento e cinquenta dólares é suficiente para as diárias no exterior. 2- Escolha a alternativa correta: a) Para maiores informações, entre em contato com a Central de Atendimento. b) Para mais informações, entre em contato com a Central de Atendimento. 3- Escolha a alternativa correta: a) Na reunião, discutiu-se a cerca de corte de gastos. b) Na reunião, discutiu-se acerca de corte de gastos. 4- Escolha a alternativa correta: a) O segmento de mercado mostrou-se propício a investimentos. b) O seguimento de mercado mostrou-se propício a investimentos. 5- Escolha a alternativa correta: a) Participei da reunião em que (ou na qual) foram tomadas várias decisões sobre os benefícios dos trabalhadores. b) Participei da reunião onde foram tomadas várias decisões sobre os benefícios dos trabalhadores. 6- Escolha a alternativa correta: a) Quando você ver seu extrato, identificará o estorno do valor. b) Quando você vir seu extrato, identificará o estorno do valor. 7- Escolha a alternativa correta: a) O gerente não respondeu o meu e-mail. b) O gerente não respondeu ao meu e-mail. 8- Escolha a alternativa correta: a) A reunião se estendeu além do tempo previsto. b) A reunião se extendeu além do tempo previsto. Respostas 1- Letra *b*. O verbo ser é invariável quando indicar quantidade, peso, medida ou preço. 2- Letra *b*. “Maior” é comparativo, portanto não se aplica a esse caso. 3- Letra *b*. “Acerca de” significa a respeito de. “A cerca de” indica aproximação. Ex.: A empresa fica a cerca de 5 km daqui. 4- Letra *a*. “Segmento” é sinônimo de seção, parte. “Seguimento” é o ato de seguir. Ex.: O projeto de implantação da ciclovia não teve seguimento. 5- Letra *a*. A palavra “onde” é um advérbio de lugar e, portanto, só deve ser usada referindo-se a lugar. Em outros sentidos, utilize a expressão “em que” ou “no(a) qual”. 6- Letra *b*. “Vir” é a flexão do verbo ver na 3ª pessoa do singular do futuro do subjuntivo.

7- Letra *b*. A regência do verbo responder, no sentido de dar a resposta a alguém, exige a preposição “a”. 8- Letra *a*. O correto é estender, que significa prolongar, alongar, alargar. Extender não existe. Fonte: ~,https:ÿÿsearch.app.~ goo.glÿka84~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Pensamentos “Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende!” Cora Coralina ê1889-1985ã “O cansaço físico, mesmo que suportado forçosamente, não prejudica o corpo, enquanto o conhecimento imposto à força não pode permanecer na alma por muito tempo.” Platão ê427 a.C.-347 a.C.ã “Podes conhecer o espírito de qualquer pessoa, se observares como ela se comporta ao elogiar e receber elogios.” Sêneca ê4 a.C.-65ã “Às vezes, uma ou duas palavras amáveis são suficientes para ajudar alguém a desabrochar como uma flor.” Thich Nhat Hanh ê1926ã “Não existe nada de completamente errado no mundo. Mesmo um relógio parado consegue estar certo duas vezes por dia.” Paulo Coelho ê1947ã õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo No Mundo das Artes Jacob do Bandolim Jacob Pick Bittencourt, mais conhecido como Jacob do Bandolim ê14-02-1918 a 13-08-1969ã, foi um músico, compositor e bandolinista brasileiro de choro. Filho do capixaba Francisco Gomes Bittencourt e da judia polonesa Raquel Pick, morou durante a infância no bairro da Lapa, Rua Joaquim Silva, 97, no Rio de Janeiro. Começou a cantar no coro do colégio onde fez o primário. Mais tarde aprendeu a tocar gaita de boca e, aos 12 anos, ganhou da mãe um violino, mas, não se adaptando ao instrumento, preferiu o bandolim, presente de uma amiga da família. Aos 15 anos, apresentou-se na Rádio Guanabara, acompanhado por três amigos e no ano seguinte tocou violão em um programa da Rádio Educadora, e em uma audição de fados, no Clube Ginástico Português. Continuou a se aprimorar no bandolim no seu grupo composto por dois violões, cavaquinho, pandeiro e ritmo, com o qual participou, em 1934, do Grande Concurso dos Novos Artistas, na Rádio Guanabara, recebendo a nota máxima dos jurados. A partir daí, junto com o conjunto, passou a acompanhar, os cantores da Rádio Guanabara e, como revezasse com o conjunto de Benedito Lacerda, Gente do Morro, seu grupo ficou sendo conhecido como Jacó e sua Gente. Seu trabalho como músico, porém, dependia de outros empregos como vendedor pracista, prático de farmácia e corretor de seguros. Jacob chegou a ser dono de uma farmácia. Em 1940, tornou-se escrevente juramentado da Justiça do Rio de Janeiro, chegando a escrivão titular do juízo da 11ª Vara Criminal, cargo que ocupou até morrer.

Em 1942, integrou o Conjunto da Rádio Ipanema, sob a direção de Mário Silva, ao lado de César Faria, Claudionor Cruz (violões), Leo Cardoso (afoxê) e Candinho (bateria). No mesmo ano com seu bandolim, participou da gravação de Ataulfo Alves de "Ai, que saudades da Amélia" (Ataulfo Alves e Mário Lago), e em 1947 participou da gravação de "Marina" (Dorival Caymmi), feita por Nelson Gonçalves. O fato de seu nome não sair nos discos de que participava não o incomodava. Em 1947, gravou o primeiro disco, pela Continental, com o chorinho "Treme-treme", de sua autoria, e a valsa "Glória" (Bonfiglio de Oliveira). No ano seguinte, lançou o seu segundo disco, acompanhado pelo Regional de César Faria, tocando a valsa de sua autoria "Salões imperiais" e o chorinho de Bonfiglio de Oliveira, "Flamengo". O sucesso dos dois discos fez ressurgir o interesse pelo bandolim. Também em 1948, fez outro disco, com o chorinho "Remelexo" e a valsa "Feia", ambos de sua autoria. Em 1949, gravou seu último disco para a Continental, interpretando o seu chorinho "Cabuloso" e a valsa "Flor amorosa" (Joaquim Calado). Nesse mesmo ano, transferiu- -se para a Victor, onde ficou até o fim da vida, gravando os discos "Choros evocativos" (1957), "Valsas e choros evocativos" (1962), "Assanhado" (1966) e "Era de Ouro" (1967). Em 1966, organizou o conjunto Época de Ouro, com o qual gravou "Chorinhos e chorões" e "Vibrações".

São de sua autoria clássicos do choro como "Doce de Coco", "Noites Cariocas", "Assanhado" e "Receita de Samba". Com Elisete Cardoso e Zimbo Trio, realizou em 1968 um espetáculo de sucesso no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, gravado ao vivo e lançado em álbum de dois LPs pelo MIS, do Rio de Janeiro. Morreu de ataque cardíaco pouco tempo depois. Teve um casal de filhos, sendo que um deles era o jornalista polêmico e compositor Sérgio Bittencourt, que era hemofílico e faleceu com apenas 38 anos em 1979. A sua filha Elena Bittencourt, cirurgiã dentista, que fundou e presidiu o Instituto Jacob

do Bandolim, faleceu em 2011, por problemas cardíacos. Fontes, com alterações: ~,https:ÿÿeducacao.uol.com.~ brÿbiografiasÿjaco-do-~ bandolim.htm~, ~,https:ÿÿpt.wikipedia.orgÿ~ wikiÿJacob{-do{-Bandolim~, Vocabulário Vendedor pracista: Vendedor que anda na praça por conta própria ou por conta de alguma casa comercial. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Maravilhas do Mundo Aparecida do Norte A história da cidade de Aparecida se confunde e se mistura com a história da Santa Padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Teve seu início em meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, Dom Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela pequena Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto. Entre outras providências, era necessário que pescadores da região trouxessem do Rio Paraíba quantos peixes lhes caíssem na rede, a fim de promoverem o banquete que deveria servir ao ilustre visitante e à sua comitiva, composta por auxiliares e muitos escravos. Mesmo não sendo boa época para a pesca, pescadores foram convocados, entre eles Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso. Colocaram suas canoas no Rio Paraíba, jogaram a rede várias vezes sem sucesso. Pararam desanimados e abatidos pelo cansaço. Numa última tentativa, João Alves jogou mais uma vez sua rede e sentiu algo pesado ao puxar as primeiras malhas. Surpreendeu-se ao puxá-la e encontrar uma imagem sem cabeça, com anjos esculpidos ao redor dos pés. Espantado, lançou novamente a rede e o que veio à tona foi a cabeça da imagem, que se ajustava perfeitamente ao corpo anteriormente encontrado. Após encontrar e reunir, o corpo e a cabeça da imagem de Nossa Senhora da Conceição, os peixes surgiram em abundância, para os três dedicados pescadores. Durante quinze anos, a imagem foi protegida por Filipe Pedroso e sua família, em sua casa, onde se reuniam vizinhos e parentes para rezar e adorar a Santa, que se tornava conhecida pelos milagres que realizava. Atanásio Pedroso, filho de Filipe, construiu um oratório para a Santa, que logo se tornou pequeno, devido ao grande número de devotos que por ali passavam. Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá, com autorização do Bispo do Rio de Janeiro, construiu a Capela do Morro dos Coqueiros, inaugurada em 26 de junho de 1745 e aberta à visitação pública. Como o número de devotos aumentava, exigiu uma igreja maior, cuja construção teve início em 1834 e foi concluída em 1888, sendo elevada à Basílica Menor, em 29 de abril de 1908. O Distrito de Aparecida foi criado pela Lei Provincial n.o 19, em março de 1842, recebendo foros de Vila. Em 17 de dezembro de 1928, a Vila que se formou ao redor da Capela do Morro dos Coqueiros tornou-se município, emancipando-se de Guaratinguetá, pela Lei n.o 2.312. Em 1929, Nossa Senhora foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial, por determinação do Papa Pio XI. O crescente aumento do número de romeiros e de devotos a Nossa Senhora da Conceição Aparecida fez com que surgisse a necessidade de construir-se um templo bem maior. Por iniciativa dos Missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o maior Santuário Mariano do mundo. A planta, elaborada pelo arquiteto Benedito Calixto de Jesus, reúne um conjunto arquitetônico em forma de cruz

de Santo André. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo II, recebendo o título de Basílica Menor. Foi declarada oficialmente, em 1984, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil -- CNBB -- Basílica de Aparecida Santuário Nacional. Pontos turísticos 1- Santuário Nacional de Aparecida O templo, o maior do país, abriga a imagem de 36 centímetros de Nossa Senhora Aparecida. O local, em Aparecida (SP), também é o maior santuário do mundo dedicado à Maria, por onde passam 12 milhões de romeiros ao ano, sendo um dos principais

pontos de peregrinação no Brasil. São 140 mil metros quadrados de área construída. Imponente, pode ser vista da Via Dutra. A Basílica, além da imagem, tem ainda uma Capela das Velas, onde os fiéis rezam. Na Sala das Promessas, estão milhares de objetos e fotografias de devotos que relatam milagres. 2- Matriz Basílica Igreja no centro de Aparecida, também conhecida como Basílica Velha, era o ponto de encontro dos romeiros antes da construção do Santuário Nacional. As duas igrejas são ligadas hoje por uma passarela. O local também abrigou a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

3- Passarela da Fé A estrutura, que tem 392 metros de extensão e chega a uma altura de 35 metros em seu ponto mais elevado, liga o Santuário Nacional de Aparecida (SP) à Basílica Velha. O local é um tradicional ponto de peregrinação dos romeiros. Muitos atravessam de joelhos para pagar promessas feitas a Nossa Senhora Aparecida. A passarela oferece ainda uma vista panorâmica do maior templo católico do Brasil. 4- Morro do Cruzeiro Fiéis sobem em procissão o Morro do Cruzeiro para relembrar a via-sacra, que tem representadas as 14 estações relembrando os últimos passos

de Jesus Cristo até o calvário. O morro tem 900 metros de extensão e 83 metros de altura. Em 1925, o local teve uma cruz cravada no cume e virou ponto de peregrinação. A primeira celebração religiosa oficial aconteceu no local em 1948. A procissão mais tradicional ocorre todos os anos na sexta-feira da Paixão de Cristo. 5- Porto Itaguaçu Itaguaçu quer dizer "pedra grande" em tupi-guarani. Nesse local, antigamente conhecido como bairro das Pedras, na curva do Rio Paraíba do Sul, foi encontrada a imagem de Aparecida. O local também é ponto de peregrinação. O Porto Itaguaçu possui uma área de 129 mil m², com uma capela, inaugurada em 1926, como lembrança da pesca milagrosa, e um serviço de barco para passeio pelo Rio Paraíba do Sul. Os embarques nas balsas ocorrem todos os dias da semana, das 7 h às 17 h, sendo que são necessárias 15 pessoas para iniciar o passeio, que tem 20 minutos de duração e é monitorado. 6- Memorial da Devoção O Memorial da Devoção Nossa Senhora Aparecida é um complexo turístico no pátio do Santuário Nacional. O local tem um cinema, um museu de cera com mais de 60 peças e um espaço para exposições. 7- Teleférico O veículo, inaugurado em 2014, liga o Santuário Nacional ao Morro do Cruzeiro. De acordo com a Basílica, a média é de 2 mil visitantes por dia. O serviço opera com 47 cabines que comportam até seis pessoas. O trecho percorrido pelo bondinho tem extensão aproximada de 1.170 metros e passa sobre a Via Dutra. A altura é de 115 metros. Fontes: ~,http:ÿÿwww.~ portalvale.com.brÿ~ cidadesÿaparecidaÿ~ historiadeaparecida.php~, ~,https:ÿÿg#a.globo.comÿ~ spÿvale-do-paraiba-regiaoÿ~ aparecida-300-anosÿ2017ÿ~ noticiaÿg1-lista-dez-~ atracoes-imperdiveis-em-~ aparecida-sp-confira.ghtml~, Vocabulário Cume: s. m. Parte mais alta ou ponto culminante de montanha, monte; topo. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Nossa Casa Superdicas Engrossar o caldo do feijão: se você gosta do feijão com o caldo mais encorpado, mas não consegue esse efeito no cozimento, retire da panela uma concha do feijão cozido e amasse os grãos. Depois, devolva a pasta para a panela, mexa bem e deixe ferver por mais alguns minutos. Evitar o ressecamento da carne assada: antes de culpar o seu forno pelo ressecamento de um frango assado, preste atenção ao tempero usado na carne! O vinagre e o limão acrescentados antes da carne ir ao forno podem deixá-la ressecada. Laranja e abacaxi são boas substituições para esses ingredientes.

Desentupir ralos: essa dica é ideal para desentupir ralos da pia da cozinha e do banheiro. Coloque no ralo uma xícara de bicarbonato de sódio e depois acrescente duas xícaras de vinagre branco de álcool. Quando a mistura não estiver mais efervescente, despeje água fervente e evite abrir a torneira por cerca de 30 minutos. Prolongar a limpeza do box do banheiro: lavar o banheiro é uma das atividades mais temidas do cotidiano. Mas, é possível prolongar um pouco mais o efeito da faxina, impedindo o crescimento de fungos nos rejuntes e evitando man- chas por mais tempo. Para isso, basta borrifar vinagre branco de álcool na área a cada dois dias.

Limpar forno queimado: resquícios de comida queimada podem se tornar resistentes rebeldes na hora da limpeza. Para facilitar, coloque um pano umedecido com amônia líquida no forno quente e deixe agir por algumas horas. Depois disso, os pedaços queimados terão se soltado e você pode fazer a limpeza normal no forno. Remover mancha de caneta do sofá: até o menos desastrado dos seres humanos pode acabar manchando com a caneta o que não deveria ser riscado. Para remover riscos de tinta de um estofado de tecido, basta aplicar vinagre branco de álcool em uma esponja e esfregar até sair. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vida e Saúde Colombianas cegas usam as mãos para detectar câncer de mama Assistentes de exame tático foram treinadas por método testado na Alemanha e na Áustria A colombiana Leidy enxergava tudo, antes de ir dormir numa noite de 2011. Naquela época, Francia já estava cega. Duas doenças diferentes anularam a visão nas duas mulheres, mas afiaram outro sentido: o toque, que agora ajuda ambas a detectar o câncer de mama em pacientes de seu país. Leidy García e Francia Papamija são duas das cinco mulheres cegas ou com visão limitada que foram treinadas na cidade de Cáli, no oeste da Colômbia, a cerca de 460 quilômetros da capital, Bogotá, para combater o câncer de mama. A doença tem alta incidência no país, com 7 mil novos casos e 2,5 mil mortes por ano. Essas jovens mulheres foram instruídas, em 2015, com um método do médico alemão Frank Hoffmann, que há uma década disse que os cegos têm facilidade para detectar nódulos, o agrupamento de células que pode ser a primeira manifestação do câncer de mama. "As pessoas com deficiência visual têm um aumento na sua sensibilidade, há uma maior sensação de toque e maior discriminação dos elementos", disse o cirurgião Luis Alberto Olave, coordenador do projeto "Hands that Save Lives", no Hospital San Juan de Dios em Cáli, Colômbia. Cerca de 71 mil novos casos da doença são detectados no mundo todos os anos. Com o apoio do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o método desembarcou em Cáli, após testes na Alemanha e na Áustria. Quatro colombianas e uma mexicana, com idades entre 25 e 35 anos, e sem problemas vasculares ou neurológicos que alterassem sua sensibilidade, foram selecionadas para o projeto. Depois de receber treinamento, elas se formaram como assistentes de exame tátil. Desde então, elas avaliaram mais de 900 pacientes. "Estamos quebrando um paradigma das pessoas que acham que porque temos uma deficiência então não podemos pensar ou ser autônomos", disse Francia, que perdeu a visão aos 7 anos devido a um descolamento de retina. No hospital, descobriram-se que os exames das auxiliares obtiveram resultados sensoriais melhores do que uma avaliação usual. "O exame clínico realizado por elas é mais elaborado e requer mais tempo. Isso gerou em nossos pacientes uma sensação de bem-estar e conforto que não encontraram com o médico tradicional", explica Olave. Em Cáli, a experiência alemã foi repetida. Enquanto uma mulher no autoexame detecta massas entre 15 e 20 milímetros e um médico de 10, as cegas encontram nódulos de oito milímetros. Fonte: ~,https:ÿÿoglobo.~ globo.comÿsociedadeÿ~ saudeÿcolombianas-cegas-~ usam-as-maos-para-detectar-~ cancer-de-mama-22190573#~ ixzz51Fsv4XIM~,

Vocabulário Paradigma: s. m. Padrão que serve como modelo a ser imitado ou seguido. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Doença de Parkinson Doença neurológica, crônica e progressiva, sem causa conhecida, que atinge o sistema nervoso central e compromete os movimentos. Quanto maior a faixa etária, maior a incidência da doença de Parkinson. De acordo com as estatísticas, na grande maioria dos pacientes, ela surge a partir dos 55, 60 anos e sua prevalência aumenta a partir dos 70, 75 anos. Sintomas Os sintomas da doença de Parkinson variam de um paciente para o outro. Em geral, no início, eles se apresentam de maneira lenta, insidiosa, e o paciente tem dificuldade de precisar a época em que apareceram pela primeira vez. A lentificação dos movimentos e os tremores nas extremidades das mãos, muitas vezes notados apenas pelos amigos e familiares, costumam ser os primeiros sinais da doença. A diminuição do tamanho das le- tras ao escrever é outra característica importante. Outros sintomas podem estar associados ao início da doença: rigidez muscular, acinesia (redução da quantidade de movimentos), distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura e distúrbios do sono, respiratórios, urinários.

Causas A principal causa da doença de Parkinson é a morte das células do cérebro, em especial, na área conhecida como substância negra, responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor que, entre outras funções, controla os movimentos. Tratamento O tratamento pode ser medicamentoso, psicoterápico e até cirúrgico em alguns casos. O tratamento medicamentoso é feito à base de drogas neuroprotetoras que visam a evitar a diminuição progressiva de dopamina, neurotransmissor responsável pela transmissão de sinais na cadeia de circuitos nervosos.

O tratamento psicoterápico ocorre em função da depressão, perda de memória e do aparecimento de demências e pode incluir a prescrição de medicamentos antidepressivos e de outros psicotrópicos. Recomendações Procure um médico tão logo perceba um ligeiro tremor nas mãos ou tenha notado que sua letra diminuiu de tamanho (micrografia). Mantenha a atividade intelectual; leia e acompanhe o noticiário. Não atribua ao passar dos anos a perda da expressão facial e o piscar dos olhos menos frequentes. Pratique atividade física. Fazer exercícios físicos re-

gularmente ajuda a preservar a qualidade dos movimentos. Publicado em 12/04/2011. Revisado em 03/08/2017. Fonte: ~,https:ÿÿdrauziovarella.~ com.brÿdoencas-e-sintomasÿ~ doenca-de-parkinsonÿ~, Vocabulário Insidiosa: Fig. Diz-se de mal ou enfermidade que não parece muito perigosa, mas que de maneira, às vezes imperceptível, torna-se grave. Psicotrópicos: adj. Diz-se de qualquer substância, medicamento ou planta capaz de alterar o estado psíquico, a percepção ou o comportamento de um indivíduo. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Culinária Quiche vegetariana Tempo de preparo: 90 minutos. Ingredientes para a massa: 300 g de farinha de trigo; 30 g de manteiga; 200 g de iogurte grego; 10 g de sal. Ingredientes para o recheio: 100 g de queijo muçarela ralado; 100 g de espinafre; 100 g de tomate cereja cortado ao meio; 50 g de cebola; 3 ovos batidos; 100 ml de iogurte grego; 10 g de sal; 5 g de pimenta do reino. Modo de fazer: Em uma tigela, misture a farinha de trigo, o sal, a manteiga e o iogurte até formar uma massa homogênea. Abra a massa em uma forma de removível de 24 cm de diâmetro, espalhe o queijo, a cebola, o espinafre e decore com os tomatinhos. Misture os ovos batidos, o iogurte, o sal, a pimenta do reino e despeje sobre o recheio. Leve ao forno médio, preaquecido, por 30 minutos. Retire e sirva em seguida. Creme delicioso Ingredientes: 1 lata de leite condensado; 1 litro de leite; 3 ovos; 3 colheres (sopa) de amido de milho; 3 colheres (sopa) de açúcar. Modo de fazer: faça no fogo, um creme utilizando o amido de milho, as gemas, o leite condensado e o leite. Bata as claras em neve, misturando o açúcar, fazendo um suspiro. Faça também uma calda como se fosse para pudim. Forre um refratário com a calda e coloque por cima o creme e por último o suspiro. Leve ao forno até que o suspiro esteja no ponto.

Biscoito amanteigado Ingredientes: uma caixa de fécula de batata; meça na caixa da fécula meia caixa de açúcar e uma caixa de farinha de trigo; 2 tabletes de margarina. Modo de fazer: misture todos os ingredientes e faça bolinhas com a massa. Depois, amasse as bolinhas com o garfo, fazendo marcas nelas. Ponha no tabuleiro e leve ao forno até que a parte inferior dos biscoitos esteja sequinha. Não é preciso untar o tabuleiro. Pasta de ervas Ingredientes: 200 g de creme *cheese* (sem sabor); duas colheres (sopa) de leite; salsa; cebolinha; alho; orégano e manjericão a gosto.

Pique a salsa, a cebolinha e o manjericão. Amasse o alho. Misture tudo com uma colher. Pasta grega 200 g de creme *cheese* (sem sabor); duas colheres (sopa) de leite; 150 g de azeitona preta picada; 1 tomate pequeno, sem semente, picado; 2 colheres (sopa) de orégano. Basta misturar os ingredientes com a colher. Pasta de alho Ingredientes: 8 dentes de alho; meia ricota; 1 tablete de margarina; 1 lata de creme de leite sem soro; 1 colher (sopa) de água. Bater no liquidificador. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Humor Tolerância zero Lunga com uma galinha E a faca pra cortar, Seu vizinho perguntou: -- Oh! Seu Lunga, vai matar? Com essa pergunta burra, disse: -- Não, vou dar uma surra, Logo depois vou soltar. Lunga, indo a um enterro, Encontrou Zeca Passivo. -- Seu Lunga, pra onde vai? -- Ao enterro de Biu Ivo. -- E Seu Biu Ivo morreu? -- Não, isso é engano seu. Vão enterrar ele vivo! Lunga fez uma viagem Pra cidade de Belém. E quando voltou pra casa Ouviu essa de alguém:

-- Oh! Seu Lunga, já chegou? -- Eu não, você se enganou. Chego semana que vem! Na porta do elevador, Esperando ele chegar, Seu Lunga escutou um besta, Pro seu lado perguntar: --Vai subir nesse momento? -- Não, que meu apartamento Vai descer pra me pegar. Se encontrar com Seu Lunga Converse, mas com cuidado, Pois ele pode ser grosso, Mesmo sendo educado. Eu já fiz o meu papel, Escrevendo este cordel, Pra você ficar ligado! Fonte: ~,http:ÿÿculturanordestina.~ blogspot.com.brÿ2009ÿ08ÿ~ seu-lunga-tolerancia-zero.~ html~,

O médico atende um velhinho milionário que tinha começado a usar um revolucionário aparelho de audição. Pergunta ao velhinho: -- E aí, seu Almeida, está gostando do aparelho? O velho responde com um sorriso maroto: -- É muito bom. Não entendendo muito a expressão irônica da resposta, o médico pergunta: -- Sua família gostou? Então, entremeio a gargalhadas, ele responde: -- Ainda não contei para ninguém... mas já mudei meu testamento três vezes. Joãozinho não tinha feito o dever de casa e a mãe dele pergunta: -- Joãozinho, por que você não fez o dever de casa? E Joãozinho responde:

-- Ora, mãe, porque moramos em um apartamento! -- Doutor, como eu faço para emagrecer? -- Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. -- Quantas vezes, doutor? -- Todas as vezes que lhe oferecerem comida. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Espaço do Leitor Caro leitor, Comunicamos que, devido a obras no prédio em que funciona a DIB (Divisão de Imprensa Braille), estamos impossibilitados, temporariamente, de atender sugestões ou solicitações via telefone. As mesmas continuam sendo recebidas via e-mail: ~,rbc@ibc.gov.br~,.

Assim que a obra for concluída, comunicaremos neste espaço. Um forte abraço! Coordenação das Revistas em Braille :::::::::::::::::::::::: Atendendo à sugestão de um de nossos leitores, apresentaremos, neste espaço, símbolos matemáticos e químicos com o objetivo de esclarecer possíveis dúvidas. Muitas pessoas deixaram de estudar há bastante tempo e não tiveram acesso à nova simbologia que entrou em vigor no final dos anos noventa.

O símbolo *é* significa apenas um referencial. Símbolos matemáticos: Mais é+ Menos é- Vezes é" Dividido por éÿ Igual a é= Diferente de é¬= Maior que éo Menor que éõ Por cento é_} õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra Transcrição: Gregório Brandão Revisão Braille: Jessica Medina e João Batista Alvarenga.