Revista Brasileira para Cegos Ano LXXV, n.o 545, abril/junho de 2017 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Informação e Cultura Editada e Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1942 pelo Prof. José Espínola Veiga Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-240 Tel.: (55) (21) 3478-4457 E-mail: ~,rbc@ibc.gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.~ gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito

Diretor-Geral do IBC João Ricardo Melo Figueiredo Comissão Editorial Daniele de Souza Pereira João Batista Alvarenga Leonardo Raja Gabaglia Raffaela de Menezes Lupetina Regina Celia Caropreso Revisão Equipe de Adaptação da Divisão de Imprensa Braille-DIB Paulo Felicíssimo Ferreira Colaboração Carla Maria de Souza Silvia Maria Silva dos Santos

¨ I Transcrição autorizada pela alínea *d*, inciso I, art. 46, da Lei n.o 9.610 de 19/02/1998. Distribuição gratuita segundo a Portaria Ministerial n.o 504, 17 de setembro de 1949. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ publicacoesÿrevistas~,

¨ III Sumário Editorial ::::::::::::::: 1 A fábula da corrupção :::::::::::::: 5 A intolerância e a discriminação :::::::::: 16 Deficiente visual se forma no IFPB com pesquisa sobre balança sonora ::::::::::::::::: 26 Amor, respeito e liberdade :::::::::::::: 31 Tirinhas :::::::::::::::: 34 Pensamentos ::::::::::::: 39 No Mundo das Artes A origem do forró :::::: 41 Jorge Amado :::::::::::: 48 Maravilhas do Mundo Linhas de Nazca :::::::: 52 Nossa Casa ::::::::::::: 54 Vida e Saúde ::::::::::: 58 Culinária ::::::::::::::: 65 Humor ::::::::::::::::::: 71 Espaço do Leitor ::::::: 73 Editorial "Primeiro levaram os negros; Mas não me importei com isso: Eu não era negro! Em seguida levaram alguns operários; Mas não me importei com isso: Eu também não era operário! Depois prenderam os miseráveis; Mas não me importei com isso, Porque eu não sou miserável! Depois agarraram uns desempregados; Mas, como tenho meu emprego, Também não me importei! Agora estão me levando; Mas já é tarde!

Como eu não me importei com ninguém, Ninguém se importa comigo!" Bertold Brecht ê1898- -1956ã. Os versos deste grande poeta, dramaturgo e contista alemão, tão singelos quanto profundos, induzem-nos a refletir sobre quatro aspectos: Individualismo -- É certo que a individualidade, característica inerente a todo ser humano, desperta, em cada um de nós, a vontade de lutar pela satisfação das necessidades e a concretização das ex- pectativas que temos. Qual pessoa com deficiência de mobilidade não gostaria, por exemplo, de calçadas mais acessíveis? No entanto, quando levada ao extremo, esta qualidade se torna negativa, pois o individualismo, par do egoísmo, convence o indivíduo de sua autossuficiência, pelo que julga não dever a pessoa alguma o apoio que todos lhe devem. Daí o último verso do poema: "Ninguém se importa comigo!" Participação -- A melhor maneira de garantir seus direitos e cumprir seus deveres. Quem se omite ou fica indiferente deixa de contribuir com os valores pessoais e delega a outros as escolhas que deveriam ser suas. Se o seu vizinho espanca um familiar indefeso e você percebe, seria justo com o incapaz sua atitude de não se envolver para protegê-lo? Empatia -- É a capacidade de se colocar na situação do outro, buscando sentir o que, supõe, ele sinta. Será que as pessoas que praticam "bullying" aceitariam as mesmas brincadeiras ou agressões? Solidariedade -- Todos nós precisamos uns dos outros, pois temos pontos fortes e de fragilidade. Unidos, somos muito melhores e mais resistentes. Um tijolo só nada constrói; mas, da união de vários, pode surgir uma construção forte, firme e protetora. Somos todos um tanto responsáveis uns pelos outros. A vida com indiferença é como a do personagem-narrador do poema. Por isso, ao final de cada dia, cabe-nos, sempre, uma pergunta: Preocupei-me com mais alguém além de mim, hoje? Comissão Editorial

Vocabulário Delegar: v. Transferir. Inerente: adj. Próprio. Singelo: adj. Simples. Revisado por Paulo Felicíssimo Ferreira õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo A fábula da corrupção João era um bom homem e um honesto comerciante E, na estrada onde vivia, passavam muitos viajantes. Tirava seu sustento de um pequeno mercadinho E, com este negócio, prosperava devagarinho. João era dono de um cão, Bom companheiro e que afugentava qualquer ladrão; Também tinha um gato,

Muito esperto e um ótimo caçador de ratos. Mas, mesmo com toda vigilância do gato de João, Sempre sumia um pedaço de queijo ou naco de pão. Apesar da harmonia entre todos os moradores, Nada podia evitar os pequenos furtos dos roedores. Ah! Eu já ia me esquecendo do jumento, Que servia de montaria quando João buscava mantimentos. Antes de cada viagem, João sempre pedia Que o cão e o gato cuidassem daquela humilde moradia, Pois todos eles sabiam que dependiam do armazém; E os bichos prometiam que ficaria tudo bem. Um dia caiu de uma carroça um ratão que vinha da cidade

E se juntou aos outros ratos, sem fazer amizade. Foi logo reclamando da pouca comida E dizendo que a toca era fria e fedida. Os ratos botaram a culpa no gato miserável, Por não terem mais comida nem uma toca confortável. Eles acharam que aquele ratão forasteiro Sabia das coisas, por conhecer o mundo inteiro, Mas o ratão mentia para parecer importante: Ele só conhecia os esgotos da cidade grande! O ratão tinha um truque, que chamava de "jeitinho", E disse que, com ele, conseguia tudo rapidinho; Então saiu da toca e foi conversar com o gato: Todos ficaram admirados com a bravura daquele ato. Até o gato ficou surpreso quando viu o ratão, Que chamou o felino pra perto, fazendo um gesto com a mão; O gato, desconfiado, quis saber a intenção do bicho; O ratão, na orelha do gato, falou num cochicho: -- Você cuida de uma comida que não é sua, seu tonto! Por que não fazemos um acordo e... pronto?! O ratão voltou com muita comida pra dentro da toca; Os ratos comeram tudo antes de saberem qual foi a troca. Depois da festa, o ratão disse qual era o trato: Eles teriam mais comida sempre que dessem um ratinho ao gato

"É o preço!", disse o ratão, E se seguiu uma enorme discussão: Um dos ratos ficou muito bravo E disse que não aceitava aquele conchavo! Não era justo! Não era ético! Não era direito! Pro seu azar, só ele pensava daquele jeito: Foi jogado porta afora e rapidamente engolido. Assim, o acordo entre as partes foi cumprido: O chefe dos ratos agora era o ratão, Pois foi dele a ideia da combinação. O gato ficou orgulhoso da sua malandragem E foi até a casa do cão pra contar vantagem;

Mas o cão quis tirar proveito da situação E propôs um acordo pra não contar nada pro patrão. Ele estava cansado de sempre comer chouriço E achava que merecia mais pelos seus serviços. Como nunca entrava na casa, só vigiava do lado de fora; Mandou o gato trazer comida pra ele a partir de agora. Só que, pra isso, o gato teria que roubar do João E, pra não ser desmascarado, fez a vontade do cão. Quando o João voltou da sua jornada, Não percebeu a nova rotina da bicharada. Os ratos iam até a despensa pegar comida sem preocupação;

O gato ganhava um rato e levava escondido o lanche do cão; João ficou espantado com a rapidez com que acabaram os alimentos E teve que ir até a cidade buscar mais mantimentos. Enquanto isso, os ratos se mudaram para perto do fogão, E o gato passou a ganhar dois ratos no novo acordo com o ratão; O cão, quando soube, não quis ficar pra trás E pediu pra aumentar sua parte um pouco mais. João não era muito inteligente, Mas percebeu que tinha algo diferente: As mercadorias foram acabando, Mesmo sem ter muita gente comprando! E, toda vez que voltava de viagem, Sempre tinha um erro na sua contagem; Por isso, ia à cidade mais vezes do que gostaria E, levando menos dinheiro, trazia menos mercadoria. Foi perdendo clientes, por deixar o mercadinho fechado Ou, quando estava aberto, o que queriam já tinha acabado Quanto mais os ratos comiam, mais a toca esvaziava; O gato queria mais ratos porque o combinado já não bastava. O cão, por sua vez, comia mais do que podia E passou a desejar uma coisa que só aos homens pertencia: Chamou o gato e pediu, bem faceiro, O que nenhum animal queria – dinheiro. O gato não gostou daquilo, Mas ficou com medo do cão E passou a roubar o caixa Bem embaixo do nariz do João. O cão não sabia direito pra que o dinheiro servia; Então ele enterrava tudo o que o gato trazia. João, ficando mais pobre e desgostoso da vida, Perdeu noites de sono, mas não achava saída. Decidiu vender a casa e pegar a estrada; Conseguiu quitar as dívidas, mas ficou sem nada. Sem poder sustentar os bichos, abandonou o cão e o gato, Que ficaram pra trás junto com o ratão, o último rato. João subiu no jumento e seguiu viagem: Era o único bicho sem custo, pois só comia pastagem. Os três, sem saberem pra onde ir, ficaram ao relento, Mas o gato era o único que sentia um arrependimento. O ratão partiu primeiro se embrenhando no mato; O cão lembrou do dinheiro e disse adeus ao gato; Com o que guardou, achou que não passaria fome ou frio; Só que, quando chegou no esconderijo, o buraco estava vazio. Como não tinha dono, o cão foi pego pela carrocinha; E o gato aprendeu a dividir comida na casa de uma velhinha; O ratão, em outro armazém, foi botar em prática seu plano, Mas encontrou um gato honesto e virou almoço do bichano. João abriu outro negócio, com novos animais de estimação; Como ele conseguiu dinheiro? O jumento tem uma explicação: Na estrada, assim que partiram, o jumento falou baixinho Que viu tudo que os bichos aprontavam, mas não quis meter o focinho. Agora estava arrependido de ter ficado calado E queria mostrar pro João onde o dinheiro estava enterrado: Não era muito o que o cão escondeu, mas João não teve medo de começar de novo; Só teria mais cuidado da próxima vez e aconselhava isso ao povo. Fonte: ~,https:ÿÿwww.youtube.comÿ~ watch?v=a8423f6Aw1A~, O curta-metragem de 8 minutos é uma realização da Controladoria-Geral da União em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) Vocabulário Conchavo: s. m. Combinação, acordo, ajuste. Revisado por Paulo Felicíssimo Ferreira :::::::::::::::::::::::: A intolerância e a discriminação Se alguém perguntar sobre sua identidade, é bem provável que você mostre sua Carteira de Identidade, pois lá existem informações que são únicas e que o identificam, diferenciando-o, ao mesmo tempo, dos demais. Todavia, há uma série de informações que revelam coisas a seu respeito e que não estão lá contidas. Por exemplo: lá não consta sua orientação sexual, profissão, religião, endereço, grau de instrução, classe social ou clubes e associações dos quais você participa. Todas essas informações sinalizam a sua participação ou não em determinados grupos sociais, constituídos a partir de várias características, como idade, gênero (masculino, feminino), orientação sexual, profissão, religião, lugar de moradia, grau de instrução, entre outros. Nosso engajamento no mundo depende não apenas do que somos, de nossos valores e de nossas ações, mas também de nossa interação com os outros, que são muitas vezes diferentes de nós, com valores e ações de que, eventualmente, não gostamos. Como você reage ao encontro com pessoas que possuem características físicas e culturais diferentes das suas? Embora sejam seres da mesma espécie, muitas vezes, na história da humanidade, encontramos situações em que alguns humanos subjugam, dominam e eliminam outros, sob as mais diferentes motivações. Os “outros”, não fazendo parte do mesmo grupo, são considerados diferentes e, como tais, não detinham o mesmo direito e condição de existência. As diferenças estavam centradas em alguns traços físicos secundários e, sobretudo, em seus traços culturais ou pessoais, expressando os mais diferentes costumes e hábitos. A intolerância é uma constante na nossa história. Temos pessoas que não toleram outras em função de diferenças políticas, religiosas, econômicas, étnicas, sociais e culturais em geral. A palavra discriminação, em si, não tem nenhuma conotação positiva ou negativa. Significa simplesmente fazer distinção ou caracterizar, apontar aquelas características ou qualidades que identificam alguma coisa, ou um animal, ou uma pessoa, ou um grupo social, diferenciando-os de outros. No entanto, tradicionalmente, temos usado discriminação num uso sociológico, significando uma discriminação negativa, ou seja, uma distinção que nega a alguns os direitos e a dignidade que são oferecidos ou garantidos a outros. Assim temos, por exemplo: discriminação racial ou étnica; cultural; religiosa; de gênero; de orientação sexual; etária; econômica; instrucional; de condição física e geográfica. É possível vivenciar a alteridade? É comum dizermos que somos diferentes uns dos outros e que, portanto, não somos iguais, mas parece que essa não é a melhor forma de usar esses conceitos. Um conceito não é o contrário do outro. Podemos ser diferentes e iguais ao mesmo tempo. O que isso quer dizer? Uma pessoa será sempre diferente de ou- tra, pois somos seres singulares, todavia somos seres iguais, no sentido de que não há justificativa para uns terem privilégios em detrimento de outros, ou seja, não somos idênticos uns aos outros, mas nossas diferenças não justificam injustiças e discriminações negativas. Uma segunda reflexão é que também poderíamos usar os conceitos de igualdade e desigualdade para falar das condições de acesso aos bens e serviços colocados à disposição da sociedade. Nesse sentido, podemos dizer que teremos de dar tratamento desigual às pessoas que possuem condições desiguais ou necessidades especiais para que elas tenham respeitados seus direitos. Uma pessoa que é cadeirante precisa ter um tratamento em ônibus, em edifícios, em atendimentos diversos diferente daquele que é dado às pessoas sem necessidades especiais, pois, para ter acesso em igualdade com os demais, é necessário que existam condições especiais de acesso, permanência e mobilidade. A partir dessas reflexões, podemos propor a alteridade como uma postura que é o inverso da intolerância, ou seja, como um valor positivo no processo de construção das relações com qualquer “outro” diferente de nós. Somos, em alguma medida, diferentes de qualquer outra pessoa, pois, mesmo sendo de uma classe social, herdeiro de uma cultura, morador de uma mesma cidade ou bairro, somos a expressão de uma singularidade. O que significa isso? Que apesar dos aspectos que me fazem pertencer a um ou outro grupo e que formam a minha identidade, sou também uma experiência única na existência. Nunca, na história da humanidade, houve ou haverá alguém como eu, idêntico a mim. A alteridade é justamente esse comportamento, essa atitude de reconhecimento da singularidade do outro e reconhecimento da dignidade de sua existência como ela se dá. Ele não é melhor e nem pior que eu mesmo, apenas diferente. Além desse reconhecimento da diferença, acrescente-se o reconhecimento de que, como minha experiência de vida é sempre finita e limitada, a convivência com o diferente contribui no enriquecimento de minha experiência de vida. Muda-se a postura: de uma visão do outro como um estranho que me ameaça, passa-se a uma visão do outro como um diferente que contribui para minha identidade. Quanto à convivência com pessoas de diferentes idades, é necessária uma postura de compreensão de que todos os coetâneos, ou seja, os que vivem em uma mesma época, mesmo sendo de gerações diferentes, podem conviver e enfrentar seus conflitos, valorizando a contribuição da experiência dos mais velhos e a novidade que pode emergir dos mais novos. Nos últimos anos, tem crescido a compreensão de que o “outro”, com o qual nossa postura deva ser de alteridade, não se restringe aos seres humanos. A alteridade deve alcançar os animais, os vegetais e a natureza como um todo (água, terra e ar). Se pensarmos que nossas ações no mundo têm consequências em nossas vidas, cada um de nós também se constitui em um outro de nós mesmos. A poluição que geramos acaba por prejudicar a qualidade da vida de todos, incluindo as nossas. Assim, o conceito de alteridade atualmente pode abranger toda nossa vida no planeta de tal modo que o que ocorre em qualquer parte do mundo, no sentido de proteger e promover a vida ou, ao contrário, de

destruir, deve ser objeto de nosso pensar e agir. Fonte: ~,http:ÿÿcejarj.~ cecierj.edu.brÿpdfÿ~ Ci%C3%{a{ancias{-~ Humanas{-Unidada%202{-~ Filosofia.pdf~, Vocabulário Detrimento: s. m. Qualquer prejuízo ou dano material ou moral sofrido por alguém ou algo. Discriminação instrucional: Quando a discriminação ocorre em função do nível de instrução ou escolaridade. Discriminação geográfica: Quando a discriminação relaciona-se a quem tem origem em determinada região, cidade ou estado. Emergir: v. Aparecer, manifestar-se.

Engajamento: s. m. Envolvimento, participação ativa. Subjugar: v. Dominar pela força. Secundário: adj. Que é de menor importância. Singular: adj. Único, especial. :::::::::::::::::::::::: Deficiente visual se forma no IFPB com pesquisa sobre balança sonora Leonardo Xavier é o primeiro deficiente visual a se formar em um curso superior no IFPB Esforço e dedicação. Foi com esses elementos que Leonardo Xavier Lopes Daniel, estudante de licenciatura em Química, tornou-se o primeiro deficiente visual a se formar em um curso superior no Instituto Federal da Paraíba (IFPB). Após perder a visão, ainda no ensino médio, Leonardo prestou vestibular e foi aprovado em primeiro lugar. Em seu trabalho de conclusão de curso (TCC), ele apresentou uma pesquisa sobre uma balança sonora, instrumento que ajudou nas aulas práticas em laboratório. Leonardo diz que, na época em que perdeu a visão, pensou em desistir dos estudos. Contudo, foi o incentivo da família que deu forças para que ele conseguisse concluir os estudos e realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Quando saiu o resultado, vi que eu fiquei em primeiro lugar nas cotas, aí fiquei preocupado com a quantidade de cadeira de cálculos que iria ter que pegar, mas entrei para o curso”, afirmou. Apesar da abertura à inclusão, no início da graduação, houve certa preocupação dos professores do IFPB em relação às questões de segurança no manuseio de substâncias químicas nas aulas práticas ministradas em laboratório. De acordo com a instituição, até o quinto período, o aluno não conseguia ter autonomia nas disciplinas práticas, fazia apenas atividades complementares, como anotação de pesos, medidas e resultados. Balança sonora Foi durante as aulas da disciplina de Prática Profissional, com o professor Sérgio Santos, que a falta de vivência prática de Leonardo começou a mudar. O docente desenvolveu uma balança mecânica de escala tríplice, composta por recursos sonoros capazes de auxiliar o aluno na pesagem de substâncias. O instrumento deu autonomia para o aluno e serviu de modelo pedagógico para a turma, de acordo com o professor. “Aqueles que não acreditavam que era possível ensinar química a um deficiente visual se deram conta de que era só querer e buscar alternativas para as limitações técnicas. Nos aspectos humano, de respeito, pedagógico, foi excelente”, disse Santos. O projeto da balança adap- tada ganhou uma metodologia de utilização por deficientes visuais, pesquisa que virou tema do TCC de Leonardo. Agora, o próximo passo dele é ajudar outros alunos. “As escolas onde fiz o ensino médio possuíam laboratórios de química, mas eu só ouvia falar. Espero que, a partir desse modelo, outros deficientes visuais ou pessoas com baixa visão consigam ter autonomia em algumas atividades realizadas no laboratório.” Inspiração para inclusão A partir da experiência em sala de aula com o Leonardo, alguns estudantes se interes- saram pela capacitação na área de inclusão. É o caso da Lilian Mamedes, que fez o curso de transcrição de textos em Braille. A estudante trabalha dando apoio a estudantes deficientes visuais no campus de João Pessoa. “A experi- ência que vivenciamos em sala de aula sobre inclusão foi incrível. A partir daí, eu busquei estudar sobre o assunto”, disse Lilian. Ainda conforme a estudante, há uma grande variedade de possibilidades para trabalhar a inclusão no ambiente acadêmico. “Percebi que existem muitas ferramentas pedagógicas que podem ser trabalhadas com o deficiente visual e não é muito complicado, basta só ter boa vontade e disposição”, completou. Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ jornaldaparaiba.com.brÿ~ vida{-urbanaÿnoticiaÿ~ 183813{-deficiente-visual-~ se-forma-no-ifpb-com-~ pesquisa-sobre-balanca-~ sonora~, :::::::::::::::::::::::: Amor, respeito e liberdade Aquilo que existe em mim, e faz parte de mim, pode por mim ser transformado. Aquilo que é do outro, e faz parte do outro, só pode ser transformado pelo outro; e será compreendido e aceito por mim dentro dos meus limites.

Posso falar ao outro como me sinto em relação ao que ele faz ou diz. Mas não tenho o poder de controlar o que ele faz ou diz. Não posso afirmar: “aquilo que você fez ou disse me feriu". Eu é que me feri com aquilo que o outro fez ou disse. Sou dono das minhas emoções, sensações e sentimentos. Sou dono das minhas atitudes, pensamentos e palavras. Não é coerente dizer que fiz algo com alguém só porque alguém fez outra coisa comigo primeiro. Agindo assim sou apenas resposta e eco. É mais valioso optar por agir ao invés de apenas reagir. É mais sensato perceber que sou senhor das minhas ações, e se faço ou fiz algo sou o grande responsável por isso. Reconheço que as rédeas do meu destino estão em minhas mãos. E me recuso a segurar as rédeas do destino do outro. Busco o amor em sua mais bela expressão. E por isso abro mão de querer ter o controle sobre a vida do outro. Quero amar com liberdade. Quero amar com plenitude. Quero amar antes de tudo porque é bom amar. Kau Mascarenhas Fonte: ~,http:ÿÿ~ kaumascarenhas.blogspot.~ com.brÿsearch?q=%22amor,~ +respeito+e+liberdade%22~, :::::::::::::::::::::::: Tirinhas A tira de jornal ou tirinha, como é mais conhecida, é um gênero textual que surgiu nos Estados Unidos devido à falta de espaço nos jornais para a publicação de passatempos. O nome "tirinha" remete ao formato do texto, que parece um "recorte" de jornal. Estrutura-se em enunciados curtos e traz um conteúdo em que predomina a crítica, com humor, a modos de comportamento, valores, sentimentos, destacando-se, portanto, nessa composição, códigos verbais e não-verbais. Mafalda Autor: Quino (1932), Argentina. Tirinha em três quadrinhos Quadrinho 1 -- Enquanto conversa com Felipe, Mafalda segura um carrinho de brinquedo, por uma cordinha. O pai da menina os observa. Mafalda: “Era melhor começar de novo para ver se dá certo.” Felipe: “Também acho.” Quadrinho 2 -- O pai, sorridente, se aproxima e pergunta: “Do que vocês estão brincando?” As crianças se olham intrigadas. Quadrinho 3 -- Mafalda responde: “De nada, estamos falando da humanidade.” O pai fica surpreso. Tirinha em quatro quadrinhos Quadrinho 1 -- Manolito, de cueca e camisa, está de pé, em cima da cama, com um dos punhos fechado. Ele grita: “Estou cheio de escola! *Entenderam? Cheio!*” Quadrinho 2 -- O menino, agitando os braços, continua: “Então *Pronto!...* Não vou mais!” Quadrinho 3 -- Com o dedo em riste, prossegue: “*E não me venham com discursinhos porque não vão me convencer!*” Quadrinho 4 -- Já de uniforme, no colégio, contrariado, mão no peito, Manolito conversa com Mafalda: “Você tem que ver a oratória do chinelo da minha mãe.” Vocabulário Em riste: Erguido, levantado. Oratória: s. f. Arte de falar bem, de convencer pelas palavras. Tirinha em cinco quadrinhos Quadrinho 1 -- Mafalda está deitada, de barriga para cima, em um *puff* verde. Ao lado, há um globo terrestre. Ela pensa: “Quando eu crescer, eu vou trabalhar de intérprete da ONU.” Quadrinho 2 -- Feliz, ela começa a se levantar e continua pensando: “E quando um delegado disser ao outro: $"seu país é um nojo!$", vou traduzir: $"seu país é um encanto!$". E então ninguém vai poder brigar. É claro!” Quadrinho 3 -- Ajoelhada sobre o *puff*, de braços abertos, ainda feliz: “E os conflitos e as guerras vão acabar e o mundo vai estar salvo!” Quadrinho 4 -- Na mesma posição, olha séria para o globo terrestre. Quadrinho 5 -- Mafalda aponta para o globo e diz: “Isso se você me prometer que vai durar até eu crescer, viu?” Vocabulário *Puff* (pufe): s. m. Espécie de assento baixo, geralmente de forma circular e acolchoado. Tirinha em quatro quadrinhos Quadrinho 1 -- A mãe de Mafalda está sentada no sofá, com uma peça de roupa nas mãos. Mafalda chega e joga algumas moedas sobre uma mesinha ao lado do sofá e diz: “Tome, pensei em ficar com o troco da padaria para comprar bala, mas não consegui!” Quadrinho 2 -- Zangada, a menina continua: “E tudo por causa do bendito inquilino que começou a dizer que isso é muito feio, que não se faz e sei lá o quê!”

Quadrinho 3 -- A mãe pergunta: “Inquilino? Que inquilino?” Quadrinho 4 -- Consternada, mão no peito, Mafalda responde: “Esse que a gente tem aqui dentro.” Vocabulário Consternado: adj. Que sofreu grande desgosto; profundamente pesaroso ou comovido; desolado; magoado; triste. Adaptado e Revisado pela Comissão Editorial õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Pensamentos "Na vida não importa o que você esteja fazendo, faça sempre o seu melhor." Ayrton Senna (1960-1994) "No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz." Ayrton Senna "Há um grande desejo em mim de sempre melhorar. Melhorar é o que me faz feliz." Ayrton Senna "Não importa o tamanho da montanha, ela não pode tapar o sol." Provérbio chinês "Sem a oposição do vento, a pipa não consegue subir." Provérbio chinês "A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte." Mahatma Gandhi (1869-1948) Um velho índio disse a seu neto: -- Filho, há uma batalha entre dois lobos dentro de todos nós. Um é mau: a raiva, a inveja, a ganância, o ressentimento, a inferioridade, as mentiras e o ego. Outro é bom: a alegria, o amor, a esperança, a humildade, a bondade, a empatia e a verdade. O garoto pensou sobre aquilo e perguntou: -- Qual lobo ganha? Ao que o velho respondeu: -- Aquele que você alimenta. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo No Mundo das Artes A origem do forró O termo é uma derivação de forrobodó, que, segundo o *Dicionário Aurélio*, seria "arrasta-pé, farra, troça, confusão, desordem". Seguindo essa caracterização, o estudioso Câmara Cascudo definiu o forró como "baile reles, de segunda categoria". Uma outra designação, utilizada durante muito tempo, definia forró como uma corruptela de *For all* (para todos), bailes populares promovidos, segundo alguns, pelos americanos em suas bases no Nordeste durante a Segunda Guerra Mundial. Seja como for, o termo designa um tipo de baile popular nordestino, animado por sanfona pé de bode, de oito baixos, executando os diferentes ritmos locais, como o xaxado, o xamego, o xote, o baião e outros. A partir dos anos 50, o termo foi se divulgando cada vez mais através de uma série de gravações que faziam alusões a bailes de forró, como foi o caso de "Forró de Mané Vito", de Zé Dantas e Luiz Gonzaga, gravada em 1949 pelo Rei do Baião, que registraria ainda "Forró no escuro", de sua autoria em 1958. Jackson do Pandeiro gravou no mesmo ano "Forró em Limoeiro", de Edgar Ferreira. Na década de 50, com a grande migração de nordestinos para o Sudeste e também para a construção de Brasília, os bailes de forró foram se disseminando para outras regiões. Nos anos 70, os bailes de forró tornaram-se uma espécie de resistência para a chamada música brasileira autêntica, recebendo grande afluência de estudantes universitários. Nesse período, destacaram-se artistas como Dominguinhos, Anastácia, Abdias, Marinês e sua gente, Trio Nordestino, Genival Lacerda, Clemilda, Zé Gonzaga e outros. Nos anos 80, o forró conheceu um período de baixa, principalmente com a ascensão do movimento Rock Brasil entre a juventude. Na segunda metade dos anos 90, o forró conheceu um novo período de expansão com o surgimento de uma série de grupos e artistas cultores do gênero, incorporando novos elementos musicais como teclados. Nessa nova etapa, destacam-se, entre outros, Frank Aguiar, Mastruz com Leite, Magníficos, Cavalo de Pau, Catuaba com Amendoim, Mel com Terra, Calcinha Preta e outros grupos. Em fins dos anos 90, firmou-se uma nova vertente, conhecida como "Forró universitário", que teve como grupo precursor o Trio Virgulino, o primeiro a fazer shows para universitários, na época (ainda no início dos anos 1990) na USP, em São Paulo. Outros grupos bastante importantes desse movimento foram Forroçacana, Circuladô de Fulô, Rastapé, Arriba a Saia e Falamansa. Outro elemento que ajudou na propagação da nova onda do forró foi o filme "Eu Tu Eles", cuja música título "Esperando na janela", de Targino e Raimundinho do Acordeon, tornou-se um *hit* nacional, ajudando a propagar a figura do sanfoneiro Targino, que gravou a composição. No mesmo período, o cantor e compositor pernambucano Alceu Valença lançou o CD "Forró lunar", no qual gravou uma série de composições no gênero "forró pé de serra". O ritmo, que é cultuado fervorosamente em cidades nordestinas como Recife, Caruaru e Campina Grande, teve, em sua homenagem, nos festejos juninos da cidade de Recife, em 2005, um memorável encontro de 40 sanfoneiros tradicionais, que, juntos, puxaram um cordão pelas ruas, arrastando uma multidão, que dançava euforicamente. Entre os sanfoneiros, encontravam-se Terezinha do acordeom, Xico Bezerra e Chiquinha Gonzaga, irmã de Luiz Gonzaga. Esta última declarou, em entrevista ao jornal *O Globo*, durante o evento, "O Forró é para sempre, não acaba nunca". A artista, com quase oitenta anos, aproveitou a ocasião para defender o forró autêntico, segundo seu entendimento, executado apenas com zabumba, triângulo e sanfona. Nos anos 2000, desenvolveu-se também uma outra vertente do Forró, que já vinha se desenvolvendo desde os anos 1990 e que apresentou misturas com outros gêneros, como, por exemplo, o Calypso e o Axé. Foram introduzidas batidas mais aceleradas (em alguns casos até batidas eletrônicas) e outros instrumentos que tradicionalmente não faziam parte, como o teclado e a guitarra. Os nomes que mais se destacaram nesse segmento foram grupos como Aviões do

Forró, Garota Safada e Mastruz com Leite. Fonte: ~,http:ÿÿdicionariompb.com.~ brÿforroÿdados-artisticos~, Vocabulário Afluência: s. f. Movimento de pessoas em direção a um lugar. Ascensão: s. f. Ação ou resultado de ascender, de atingir ponto mais elevado. Corruptela: s. f. Forma errada de pronunciar ou escrever uma palavra. Cultor: adj. Que se dedica a determinado assunto ou pessoa. Precursor: adj. Que influencia outros no plano intelectual, tecnológico, literário ou artístico. :::::::::::::::::::::::: Jorge Amado Jorge Amado nasceu em 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul do estado da Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado. Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância. Fez os estudos secundários no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Nesse período, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes. Publicou seu primeiro romance, "O país do carnaval", em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano, publicou seu segundo romance, "Cacau". Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa. Em 1945, foi eleito membro da Assembleia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai. Leitora entusiasta de Jorge Amado, Zélia Gattai o conheceu em 1945 quando trabalharam juntos no movimento pela anistia dos presos políticos. A união do casal deu-se poucos meses depois. A partir de então, Zélia Gattai trabalhou ao lado do marido, passando a limpo, à máquina, seus originais e o auxiliando no processo de revisão. Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve de se exilar com a família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu em Praga, onde nasceu sua filha Paloma. De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23 da Academia Brasileira de Letras. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba em várias partes do Brasil. Seus livros foram traduzidos para 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em formato de audiolivro. Para a televisão, as principais obras adaptadas foram “Gabriela, cravo e canela”, “Tieta do Agreste”, “Teresa Batista cansada de guerra” e “Pastores da Noite”. Para o cinema: “Dona Flor e seus dois maridos”, “Capitães da areia” e “Tenda dos Milagres”. Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas, Rio Vermelho, no dia em que completaria 89 anos. Fonte: ~,www.jorgeamado.org.~ brÿ?page{-id=75~, Vocabulário Anistia: s. f. Perdão concedido por ato do poder público. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Maravilhas do Mundo Linhas de Nazca Os gigantescos desenhos gravados no solo do Deserto do Pampa, no Peru, testemunham a maestria de um antigo povo e guardam um dos maiores mistérios da humanidade: com que propósito foram criadas, já que só podem ser observadas do céu? Estendida por uma área de cerca de 500 kmâ2, do árido deserto do sul peruano, as linhas de Nazca são tão imensas que só revelam seus desenhos ao serem observadas do alto, sobrevoando a região. De perto, é impossível distinguir as formas de animais e plantas, construídas há mais de 2 mil anos pela antiga civilização de Nazca. O grande enigma gira em torno do que possa ter levado à criação dessa galeria de arte em pleno deserto -- principalmente quando o homem nem sonhava inventar o avião. Alguns estudos sugerem que as linhas formam um gigante mapa do sistema subterrâneo de água da região; outros, que os desenhos formam um calendário astronômico. Consideradas patrimônio mundial pela UNESCO desde 1994, elas foram descobertas em 1927, quando o piloto Toribio Mejia Xespe as avistou ao sobrevoar a região. São mais de 13 mil traços que formam 800 figuras, algumas delas se estendem por mais de 65 quilômetros. Adaptado de: *Maravilhas do Mundo*, editora Klick. ~,http:ÿÿrevistagalileu.~ globo.comÿCienciaÿnoticiaÿ~ 2015ÿ09ÿorigem-e-~ proposito-das-linhas-de-~ nazca-continuam-sendo-um-~ misterio.html~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Nossa Casa Traça: como acabar com esta praga As traças são um dos tipos mais comuns de pragas domésticas e urbanas. São fáceis de identificar: na fase jovem, aparecem como larvas dentro de casulos achatados que ficam grudados em armários e paredes. Quando adultas, viram insetos que medem cerca de 1,3 cm. Há basicamente três tipos de traças: as que danificam roupas, as que preferem papéis e livros e as que invadem embalagens de comida. Elas se alimentam de amido, açúcares e proteínas. Nas roupas, as traças buscam resíduos da escamação da pele, fios de cabelo e oleosidade do corpo. -- Elas vão aonde há mais transpiração e contato da pele com a peça de roupa. Por isso, o ponto mais comum dos furinhos na roupa é na área da barriga, em torno do umbigo, onde há contato forte com tecido e, por isso, a transpiração por lá também é grande -- explica o biólogo e mestre em saúde pública da Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (Aprag) Sérgio Bocalini. Esqueça os métodos caseiros, como usar extratos de cravo, lavanda, alecrim, entre outros. Segundo o especialista, só há um único método caseiro para acabar com traças: aspirar a casa, móveis e frestas de paredes. -- Estes insetos se abrigam em armários, rodapés, sancas de gesso e outros lugares que acumulam poeira e cabelo -- explica. Dicas Roupas -- O principal é não guardar as peças usadas de volta no guarda-roupa. Lave- -as e coloque para secar ao sol, pois o astro é um excelente germicida e consegue eliminar os ovos. Livros -- Periodicamente tire-os da estante e abra suas páginas. Limpe a estante ou armário e coloque-os novamente Alimentos -- Verifique a validade -- os que estão guardados há mais tempo são mais propensos. E o óbvio: no supermercado, fique sempre atento à integridade das embalagens. Se estiverem perfuradas, não compre. Ajuda Se mesmo com a aspiração e os cuidados acima as traças ainda aparecerem, é a hora de chamar um especialista. “Se o problema persistir, ou se a infestação for grande, é preciso contratar um dedetizador para aplicar inseticidas de controle”, indica Sérgio Bocalini. Os produtos químicos

não estão à venda para o consumidor, apenas para profissionais. Fonte: Jornal *Extra*, 25 de março de 2017. Vocabulário Sanca: s. f. Moldura ornamental, geralmente de gesso, que se coloca no encontro da parede com o teto. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vida e Saúde Enxaqueca: um problema sério Enxaqueca não é somente uma simples dor de cabeça. É um problema de saúde sério, que acomete mais de 30 milhões de brasileiros (3 mulheres para cada homem) e merece acompanhamento médico especializado. Isso porque quem sofre de enxaqueca perde dias de trabalho e momentos importantes da vida por conta das crises que duram de 4 a 72 horas. E o pior: muitos fazem uso abusivo de analgésicos, o que significa que tomam mais de dois comprimidos do medicamento por semana. Segundo a Dra. Célia Roesler, vice-coordenadora do Departamento Científico de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia, quem tem dores de cabeça constantes (mais de dois episódios numa única semana) deve procurar ajuda. O problema, conforme alerta a médica, é encontrar um especialista já que nem todo neurologista sabe indicar o tratamento adequado. Não é raro o paciente perambular de médico em médico, passar por consultas que não duram mais de 10 minutos, realizar diversos exames e no fim ainda ouvir: “Olha, você tem só uma dor de cabeça. Toma um analgésico que passa”. “Para identificar a enxaqueca é necessário analisar o histórico do paciente. É preciso ter uma conversa longa com ele para investigar tudo, hábitos alimentares, comportamentos, histórico familiar. Costumamos, inclusive, fornecer um diário da dor para que a pessoa escreva o dia e a hora em que teve a crise e tente identificar possíveis fatores desencadeantes, por isso as consultas tendem a durar mais de 50 minutos. Os exames, como tomografia e ressonância, quando solicitados, só servem para descartar doenças secundárias, como tumor e aneurisma”, explica a médica. Estima-se que as crises de enxaqueca comprometam 1,4% do total de anos de vida saudável do paciente. A dor de cabeça em geral é latejante e unilateral e pode mudar de lado. Dependendo da intensidade da crise, a pessoa pode ficar impossibilitada de realizar suas atividades habituais e, na fase crítica, desenvolver sintomas como intolerância à luz, aos ruídos e a odores, além de náusea e vômito. Movimentos bruscos do crânio e esforços físico e mental também podem agravar o sofrimento durante a fase aguda. “Náuseas e vômitos são frequentes porque durante a crise ocorre uma estase gástrica, ou seja, a digestão e a absorção do que foi ingerido são suspensas, por isso o paciente se sente enjoado”, completa a dra. Roesler. A dica fundamental para quem sofre desse problema é prestar atenção na alimentação. Queijos curados, molhos, vinho tinto, café e chocolates podem ser fatores desencadeantes da crise. Esses alimentos liberam substâncias inflamatórias que dilatam os vasos cerebrais e ajudam a desencadear a dor de cabeça. Além disso, fatores ambientais como luz, odores fortes e barulho alto também podem funcionar como gatilho para alguns pacientes. As oscilações hormonais pelas quais grande parte das mulheres passam durante a vida contribuem para desencadear as crises. “Durante a menstruação, por exemplo, o nível de estrogênio diminui. Com isso, os vasos sanguíneos se dilatam, ocasionando as dores”, comenta. A médica também alerta para o risco do uso de anticoncepcionais por pacientes que tenham enxaqueca com aura (fenômeno sensorial que antecede a dor) e sejam fumantes: “Esses fatores associados triplicam a probabilidade de derrame”.

Tratamento “Enxaqueca é igual incêndio. Você tem que tratar logo senão ela piora muito”, adverte a Dra. Célia. Ainda de acordo com a neurologista, existem pacientes que, pela falta de tratamento adequado, passam a ter crises diárias de dor. No entanto, é preciso cuidado: o abuso de analgésicos e o aumento progressivo das doses necessárias para alívio das crises podem resultar em um efeito rebote cujo resultado é o agravamento dos sintomas. Existem medicamentos específicos para os casos de dor recorrente. Na prática, o paciente tem que fazer um tratamento preventivo com remédios que diminuem a frequência e a intensidade das crises. Para os momentos de dor aguda, o médico pode indicar o uso de sumatriptana, droga que reverte a dilatação dos vasos e diminui a transmissão da dor, e de naproxeno, que diminui a inflamação. “Hoje, essas duas drogas podem ser encontradas em um único medicamento. Mas é essencial que o paciente procure a ajuda de um especialista. Se ele for a um neurologista, é importante ressaltar que sente dores de cabeça frequentes e perguntar se ele trata esse tipo de problema. Senão, peça que ele lhe indique um especialista”, finaliza. Além dos medicamentos, é importante praticar atividade física. Se você tem dores recorrentes, procure fazer ioga, pilates ou caminhada, pois esses exercícios liberam endor-

finas, que são ótimas aliadas no controle da dor. Fonte: ~,https:ÿÿ~ drauziovarella.com.brÿ~ mulher-2ÿenxaqueca-4ÿ~, Vocabulário Aneurisma: Dilatação permanente e localizada de uma artéria, geralmente causada por enfraquecimento da parede arterial. Efeito rebote: Retorno dos sintomas da mesma doença, causado pelo uso excessivo de um ou mais medicamentos. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Culinária Bobó de camarão Ingredientes: 1 kg de camarão médio descascado; 2 colheres de sopa de suco de limão; 1 kg de macaxeira (mandioca); 1 cebola média em rodelas; 2 cebolas médias raladas; 1 folha de louro; 2 vidros pequenos de leite de coco; 1 copo de leite; 2 colheres de sopa de azeite; 4 colheres de sopa de azeite de dendê; 1 dente de alho; 10 tomates bem maduros, aferventados e passados na peneira; meia xícara de chá de cebolinha verde picada; 3 ramos de coentro picados; 2 pimentões verdes picados; sal e pimenta-do-reino a gosto. Modo de preparo: Tempere os camarões com limão, sal e pimenta. Cozinhe a macaxeira em água e sal, com a cebola em rodelas e o louro. Quando estiver cozida, escorra a macaxeira e despreze o louro. Bata a macaxeira, o leite de coco e o leite no liquidificador até formar um creme grosso. Reserve. Refogue no azeite a cebola ralada e o alho amassado. Adicione o tomate passado na peneira, o coentro, a cebolinha e o pimentão. Quando ferver, junte o camarão e cozinhe por 5 minutos. Misture o creme de macaxeira, ferva por mais 5 minutos e adicione o azeite de dendê. Sirva bem quente, com arroz branco. Rendimento: 8 porções. Tempo de preparo: 1 hora. Fonte: ~,http:ÿÿ~ revistacasaejardim.globo.~ comÿCasa-e-Comidaÿ~ ReceitasÿPratos-~ principaisÿPeixe-e-frutos-~ do-marÿnoticiaÿ2014ÿ01ÿ~ bobo-de-camarao.html~, Creme de batata-baroa Ingredientes: 1 kg de batata-baroa; 1 copo de requeijão *light*; 1 linguiça calabresa picadinha; 1 unidade média de cebola picadinha; 2 dentes de alho amassados; sal a gosto. Modo de preparo: Cozinhe a batata-baroa em água e sal e bata no liquidificador com uma parte da água do cozimento. Reserve. Numa frigideira, refogue a cebola, o alho e depois acrescente a linguiça. Junte ao creme de batata reservado, acrescente o requeijão, misture bem e leve ao fogo para aquecer. Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ hortifruti.com.brÿ~ receitasÿsalgadosÿcreme-~ de-batata-baroaÿ~, Bolo de iogurte com limão *diet* Ingredientes: 1 pote de iogurte natural desnatado (use como medida para os demais ingredientes); meio copo de óleo; 1 copo de adoçante culinário; 2 copos de farinha de trigo; 3 ovos; 1 colher (sopa) de fermento em pó; casca ralada de 1 limão. Modo de preparo: Bata todos os ingredientes na batedeira e despeje numa forma de furo central com 18 cm de diâmetro, untada e enfarinhada. Leve ao forno moderado ê180}Cã preaquecido, por cerca de 30 minutos. Deixe amornar e desenforme. Fonte: ~,http:ÿÿreceitas.ig.~ com.brÿbolo-de-iogurte-com-~ limao-dietÿ50e5b8d~ 1053dab230e00002c.~ html~, Frango ao creme de milho Ingredientes: 1 peito de frango cozido e desfiado; azeite a gosto; meia cebola picada; 2 dentes de alho amassados; sal e pimenta-do- -reino a gosto; meio pote de requeijão; queijo ralado. Ingredientes para o creme: 1 lata de milho verde (sem água); 1 lata de leite; 1 colher de sopa de amido de milho; 1 tablete de caldo de galinha; 2 dentes de alho amassados; meia cebola picada; azeite a gosto; queijo ralado para polvilhar. Modo de preparo do frango: Em uma panela, refogue, no azeite, a cebola e o alho. Adicione o frango e tempere a gosto. Acrescente o requeijão. Modo de preparo do creme: Bata o milho, o leite, o amido de milho e o caldo de galinha no liquidificador. Em uma panela, refogue a cebola e o alho no azeite. Incorpore a mistura do liquidificador, mexendo até borbulhar. Montagem: Disponha o frango no refratário, por cima o creme de milho; cubra com queijo ralado e leve ao forno alto por cerca de 30 minutos, ou até dourar. Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ tudogostoso.com.brÿreceitaÿ~ 91302-frango-ao-creme-de-~ milho.html~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Humor Feche os olhos Joãozinho aproxima-se da cama do avô e pede: -- Vovô, feche os olhos, um pouquinho! -- Mas, por quê?! -- Porque a mamãe falou que, quando o senhor fechar os olhos, nós vamos ficar ricos! Um homem chega de viagem e se hospeda em uma pousada. Ao entrar no quarto, resolve escrever à esposa. Ao enviar a mensagem, troca um número, e esta vai para uma viúva que tinha acabado de sair do velório do marido. Ao ler, a viúva desmaia. A mensagem dizia: “Amor, cheguei em paz. Você vem na próxima semana. Já reservei seu lugar. Tô morrendo de saudades! Traz pouca roupa; aqui tá um calor infernal!” Ela: -- Amor, eu te traí! Ele: -- Eu também! Ela: -- Primeiro de abril! Ele: -- Vinte e dois de março! õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Espaço do Leitor Nota: A Comissão Editorial da RBC esclarece que as cartas dirigidas a esta seção, buscando correspondentes, oferecendo produtos e/ou serviços, são de inteira responsabilidade de seus remetentes, e qualquer contato deve ser mantido diretamente com eles. :::::::::::::::::::::::: Caro leitor, agora temos dois números para contato telefônico: (21) 3478-4457/ /4531. Um forte abraço! Coordenação das Revistas em Braille ::::::::::::::::::::::::

Sou Faustino Amarante Costa, pianista, e peço a algum músico que souber onde existam partituras em Braille para piano, ou que as tenha e possa emprestá-las, a gentileza de comunicar-se comigo. Endereço: Rua Vale do São Francisco, n.o 150 -- Coronel Fabriciano-MG -- CEP: 35171-182. Telefone: (31) 3846-4116. Olá! Sou Jorge Daniel, de Francisco Beltrão, Paraná, e venho, através deste espaço, divulgar o trabalho da nossa Central Esportiva. É um trabalho voltado para pessoas deficientes visuais ou não. Diariamente lhes enviamos *e-mails* com informações sobre esporte, que também postamos no meu perfil do *Facebook*. Para entrar em contato com a gente, basta enviar um *e-mail* para: ~,jorgehanoff@~ gmail.com~, ou nos procurar no *facebook* Jorge Daniel, cidade de Francisco Beltrão, Paraná. "Olá! meu nome é Silvana Martins. Tenho um *Twitter* e gostaria de conseguir seguidoras e amigas. Se vocês quiserem ser amigas minhas, por favor entrem em contato comigo pelo *Twitter*: ~,@silvanarubi2017~, e ficarei honrada em tê-las no meu *Twitter*. Desde já, meu muito obrigada!" õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra Transcrição: Thiago Teixeira Revisão Braille: João Batista Alvarenga e Carla Gomes