PONTINHOS Ano LV, n.o 351, Outubro/Dezembro de 2014 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Educação, Cultura e Recreação Editada na Divisão de Pesquisa, Documentação e Informação Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1959 por Renato M. G. Malcher Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-240 Tel.: (55) (21) 3478-4458 E-mail: ~,pontinhos@ibc.~ gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.~ gov.br~,

Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito País Rico É País sem Pobreza

¨ I Diretora-Geral do IBC Maria Odete Santos Duarte Comissão Editorial Ana Paula Pacheco da Silva João Batista Alvarenga Leonardo Raja Gabaglia Revisão Victor Luiz da Silveira Colaboração Eduarda Bayma Milfont Marlene Maria da Cunha

Transcrição conforme as Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braille, MEC/SEESP, 2006. Distribuição gratuita consoante a Portaria Ministerial n.o 504, 17 de Setembro de 1949. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.~ brÿ?itemid=381~,

¨ III Sumário Seção Infantil Cantigas de Roda ::::::: 1 Trava-Línguas :::::::::: 5 Cordel :::::::::::::::::: 7 Histórias para Ler e Contar O Pato Poliglota :::::: 9 Nascer sabendo :::::::::: 11 Leio, logo escrevo :::::: 14 Seção Juvenil Quebra-Cuca :::::::::::: 17 Você Sabia? :::::::::::: 27 Vamos Rir? ::::::::::::: 37 Historiando Diretas já! ::::::::::::: 40 Leitura Interessante As três perguntas ::::::: 45 Cuidando do Corpo e da Mente Os jovens e as drogas ::: 53 Tome Nota Letras :::::::::::::::::: 60 Leio, logo escrevo :::::: 64 Espaço do Leitor ::::::: 65 Vocabulário ::::::::::::: 67 Seção Infantil Cantigas de Roda A barata diz que tem A barata diz que tem 7 saias de filó É mentira da barata, ela tem é uma só Ha, ha, ha, ho, ho, ho Ela tem é uma só Ha, ha, ha, ho, ho, ho Ela tem é uma só A barata diz que tem um sapato de fivela É mentira da barata, o sapato é da mãe dela Ha, ha, ha, ho, ho, ho O sapato é da mãe dela Ha, ha, ha, ho, ho, ho O sapato é da mãe dela A barata diz que tem um anel de formatura É mentira da barata, ela tem é casca dura Ha, ha, ha, ho, ho, ho Ela tem é casca dura Ha, ha, ha, ho, ho, ho Ela tem é casca dura A barata diz que tem Uma saia de cetim É mentira da barata, ela tem é de capim Ha, ha, ha, ho, ho, ho Ela tem é de capim Ha, ha, ha, ho, ho, ho Ela tem é de capim A barata diz que tem um sapato de veludo É mentira da barata, ela tem o pé peludo Ha, ha, ha, ho, ho, ho Ela tem o pé peludo Ha, ha, ha, ho, ho, ho Ela tem o pé peludo A barata diz que tem sete saias de balão, É mentira da barata, não tem não, nem dinheiro pra sabão Ha, ha, ha, ho, ho, ho Nem dinheiro pra sabão Ha, ha, ha, ho, ho, ho Nem dinheiro pra sabão A barata diz que tem um vestido de babado É mentira da barata, o vestido tá rasgado Ha, ha, ha, ho, ho, ho O vestido tá rasgado Ha, ha, ha, ho, ho, ho O vestido tá rasgado A barata sempre diz que viaja de avião, É mentira da barata, ela vai é de "busão" Ha, ha, ha, ho, ho, ho Ela vai é de "busão" Ha, ha, ha, ho, ho, ho Ela vai é de "busão" Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ vagalume.com.brÿsucessos-~ da-minha-escolinhaÿ~ a-barata-diz-que-tem.html~, Não atire o pau no gato Não atire o pau no gato (to) Porque isso (so) Não se faz (faz faz) Ô gatinho (nho) É nosso amigo (go) Não devemos maltratar Os Animais Miau!!! Fonte: ~,http:ÿÿletras.mus.~ brÿcantigas-popularesÿ~ 870902ÿ~, Lavar os dentes Um copo com água Uma escova e pasta Pra lavar os dentes É o que me basta Esfrego, esfrego, esfrego Muito esfregadinho

Com os dentes lavados Que rico cheirinho (Bis) Fonte: ~,http:ÿÿletras.mus.~ brÿcantigas-popularesÿ~ 989746ÿ~, :::::::::::::::::::::::: Trava-Línguas O original não se desoriginaliza. O original não se desoriginaliza. O original não se desoriginaliza. Se desoriginalizássemo-lo original não seria! Não sei se é fato ou se é fita, Não sei se é fita ou fato. O fato é que você me fita E fita mesmo de fato.

¨ O tempo perguntou ao tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que não tem tempo para dizer ao tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem. (Verbo Tagarelar no Futuro do Pretérito) Eu tagarelaria Tu tagarelarias Ele tagarelaria Nós tagarelaríamos Vós tagarelaríeis Eles tagarelariam Larga a tia, largatixa! Lagartixa, larga a tia!

Só no dia em que a sua tia Chamar a largatixa de lagartixa. Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ qdivertido.com.brÿ~ verfolclore.php?codigo=22~, :::::::::::::::::::::::: Cordel Navegantes da Literatura Meus queridos amiguinhos Venho aqui lhes convidar Pra divertida aventura Que agora vai começar Pelas páginas dos livros Vamos todos viajar Todo o conhecimento Nos livros nós encontramos E no navio da leitura Bem juntinhos navegamos Em busca desse tesouro De braços dados nós vamos

Nas letrinhas e figuras Vemos todo o universo Seja lá qual for a página Escrita em prosa ou verso Podemos seguir em frente Ou fazer caminho inverso Quem lê fica mais esperto Não vira cabeça dura Respeitando o aprendizado Com lealdade e bravura Torna-se o capitão Dessa nau literatura Vamos ler todos os dias Não há limites enfim A leitura é pra você E com certeza é pra mim Uma história que começa Mas que nunca chega ao fim Fonte: ~,http:ÿÿtarciocosta.~ com.brÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Histórias para Ler e Contar O Pato Poliglota A menina ficou muito alegre quando ganhou o cachorro de presente. Ela não suspeitava que ia dar confusão. Acontece que já havia um gato na casa. E os bichos juntos brigaram feito cão e gato. A menina não demorou a descobrir que o desentendimento entre os dois se devia ao fato de falarem línguas diferentes. Procurou um meio de modificar a situação. Quem procura, acha. Descobriu a Escola do Pato Poliglota, onde se ensinavam muitas línguas. O Pato Poliglota era capaz de conversar com os perus em glu-glu com rara perfeição. Falava o piu-piu tão bem com os pintinhos que Dona Galinha quis tomar umas lições e, assim, se entender ainda melhor com os filhos. O Pato Poliglota falava correntemente o quá-quá (sua língua original), o ron-ron, o miau, o au-au, o glu-glu, o piu-piu, o mé, além de se fazer entender em outras tantas línguas. Conversava com os sapos, em noites de serenata, como se fosse um deles. Muito estudioso, havia feito um curso na mesma escola da serra tico-tico, para poder papear com as cigarras. A menina matriculou cachorro e gato na Escola do Pato Poliglota. O resultado foi assombroso. Em pouco tempo o gato falava o au-au (com sotaque) e o cachorro falava o miau (um pouco rouco). Daí pra frente se entretinham em longos papos, a ponto de haver uma pontinha de ciúmes na menina. Ela, então, se matriculou também na Escola do Pato Poliglota, onde aprendeu as línguas dos seus dois amigos. Hoje -- que engraçado! -- cada qual pode falar sua própria língua sem problemas, pois os outros vão entender perfeitamente. Fonte: *O Pato Poliglota*. COELHO, Ronaldo Simões. São Paulo: Editora Ática S.A, 1994. :::::::::::::::::::::::: Nascer sabendo Eu ficava olhando as outras crianças e pensava que tinham nascido sabendo tudo: nadar, pular corda, escrever, ler, dançar. Acho que sou uma boboca, nariz de pipoca! Quando eu nasci, não sabia andar, não é? Só que era pequenininha e não ligava. Depois é que fiquei assim. Se não sabia uma coisa, pensava que era defeito meu. Um dia, estava pelejando para abotoar a blusa e consegui. Mamãe perguntou quem tinha me ajudado. Quando eu falei “vesti sozinha”, ela fez uma cara ótima. Papai fez uma cara igual, quando lhe pedi que batesse corda para mim. Ele batia, e eu entrava, e saía, e girava, e pulava num pé só, e dizia: “agora é de abacaxi”, “é de rei-rainha”, “é passa-zero”. Papai me olhava. Ficou espantado ao ver que meu irmão, menor do que eu, já fazia as mesmas coisas. Cá pra nós, eu também estava surpresa. Havia poucos dias que não sabia pular corda e, de tanto errar, estava acertando tudo, até mais de trinta vezes. É bom a gente não nascer sabendo. Como é gostoso aprender! Andar de bicicleta, nadar, tudo! Outro dia, aconteceu uma coisa engraçada. Há uma porção de livros aqui em casa. De uns eu gosto mais, de outros eu gosto menos. Dos que eu gosto, estou sempre pedindo pro papai e pra mamãe lerem para mim. Pois nesse dia eu é que li para eles. Vocês precisavam de ver a cara deles! Eu cheguei a bater palmas.

Sabem o que estou pensando? Mamãe é boboca, e o papai, nariz de pipoca. Fonte: *Nascer sabendo*. COELHO, Ronaldo Simões. São Paulo: FTD, 1999. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Leio, logo escrevo É com alegria que começamos a receber e selecionar textos dos alunos da primeira e da segunda fases do IBC. Esta nova coluna é uma parceria entre o Departamento de Educação e a Coordenação da Pontinhos e tem o objetivo de incentivar o prazer de escrever. Ela será dividida na Seção Infantil e na Juvenil. Quem disse que os leitores que não são alunos do Instituto estão de fora? Jamais! Vocês também podem enviar seus textos, que poderão ser selecionados e publicados na coluna Espaço do Leitor, seja na *Pontinhos* ou na *RBC*, conforme o conteúdo. Primeira fase Nome: Juliana Galdino Proença Data de nascimento: 16/01/2000 Local de nascimento: Rio de Janeiro, RJ Turma: 503 O meu aniversário No dia do meu aniversário eu fico muito feliz. É um dia especial. Eu gosto de ganhar muitas coisas. Quando as pessoas da minha família me dão parabéns, eu fico toda prosa. Isso é muito bom. É quase a mesma coisa quando é o dia das crianças. Além disso eu gosto de brincar, festa surpresa, entre outras coisas. Nome: Giovana Pereira Ferreira Costa Data de nascimento: 29/04/2004 Local do nascimento: Rio de Janeiro, RJ Turma: 201 Meu cachorro Bidu O nome do meu cachorro é Bidu. O meu cachorrinho veio para a minha casa muito pequeno. Ele é um cachorrinho muito levado, inteligente, carinhoso e sapeca. Quando eu e minha mãe chegamos em casa, ele faz muita festa e fica muito feliz. Ele não gosta de ficar sozinho; quando ele fica muito tempo

sozinho, ele faz muita besteira e minha mãe fica brava. Eu defendo muito o meu cão. O Bidu é meu herói. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Seção Juvenil Quebra-Cuca Caça-palavras Desafio 1 Localize as seguintes palavras: manga, tatu, lobo, foca, cama, futebol, TV, gaivota, raio, papel, jaqueta, pneu, secador, transporte e oceano. Lembre-se de que a busca pode ser tanto na vertical quanto na horizontal.

khhfcmnzturrpyq rgqsstskrbsozqb zdpxqgffawvlhgc buxlcsqenmwsogx nfpapeldshmjcuc spnxukldpayveuf rcevmgoaovpdazu lauokfbbrogcngt nmpexoohtwbooae tatvfcsoejsmkib wmqfiasecadorvo hcbnrjixzkhfhol ldbuuauhsfznktu gemvhqtatuqvsav nzaacupfapqdqoj rwnrzelagccraio trgfrtxkzkisywv rkahuajawrnweyr Desafio 2 Localize as seguintes capitais brasileiras: Aracaju, Natal, Belém, Cuiabá,

Salvador, Brasília, Goiânia, Teresina, Vitória, Palmas, Maceió, Manaus, Macapá, Recife e Curitiba. Lembre-se de que a busca deve ser feita na horizontal, vertical e diagonal (nas duas direções). Em tinta, os caça-palavras sempre se apresentam em caixa alta; se fizéssemos assim em Braille, o jogo não só sairia do formato como também perderia toda a graça. Por isso, são transcritos com letras minúsculas.

fjktkyvngzwarsb teqrpiubhlnvoeo qhcgtrecifeuleu ucuóiecamylénka jprtztpfwfmwgsi ciianiseretfzpq azteacosyuxdori apisvuchlglvxhs iebamihlwousaxl lsalnaegoiâniaa ívnvmbcamanaust snxanáqasamlapa ashdhivdpukumtn rjnozzxufávaoua bysrhaaracajuks :::::::::::::::::::::::: Jogo dos erros de português Qual a forma correta? 1) Iogurte ou iorgute? Resposta: Iogurte. 2) Lantejola ou lantejoula? Resposta: Lantejoula. 3) Crescente ou crecente? Resposta: Crescente.

4) Mortandela ou mortadela? Resposta: Mortadela. 5) Rinxa ou rixa? Resposta: Rixa. 6) Descaso ou discaso? Resposta: Descaso. 7) Feicho ou fecho? Resposta: Fecho. 8) Salchicha ou salsicha? Resposta: Salsicha. 9) Tráfego aéreo ou tráfico aéreo? Resposta: Tráfego aéreo. 10) Esteriótipo ou estereótipo? Resposta: Estereótipo. 11) Disjuntor ou dijuntor? Resposta: Disjuntor. 12) Acumputura ou acupun- tura? Resposta: Acupuntura. 13) Vossa Eminência ou Vossa Iminência? Resposta: Vossa Eminência.

14) Retificar o motor ou ratificar o motor? Resposta: Retificar o motor. 15) Quadricípide ou quadricípite? Resposta: Quadricípite. Fonte: ~,http:ÿÿ~ educarparacrescer.abril.~ com.brÿcomo-se-escreveÿ~ index.shtml~, Jogo do hífen 1) Tio-avô ou tio avô? Resposta: Tio-avô. Usa-se o hífen quando duas palavras com identidade e significado próprios se juntam e formam um terceiro significado. 2) Guarda-noturno ou guarda noturno? Resposta: Guarda-noturno. Usa-se o hífen quando duas palavras com identidade e

significado próprios se juntam e formam um terceiro significado. 3) Conta gotas ou conta- -gotas? Resposta: Conta-gotas. Usa-se o hífen quando duas palavras com identidade e significado próprios se juntam e formam um terceiro significado. 4) Bem me quer ou bem-me-quer? Resposta: Bem-me-quer. Usa-se o hífen em todos os nomes compostos de espécies de animais e vegetais. Atenção: Exceto quando denominam espécies vegetais e animais ou em casos consagrados, as locuções não são escritas com hífen. Exemplo: Mão de obra, dia a dia, café da manhã, pé de moleque. Cheque as exceções nos dicionários atualizados conforme o novo Acordo Ortográfico. Exceção: Quando se perde a noção de que a palavra é composta por duas outras, não há hífen. Exemplo: Paraquedas, paraquedista, paraquedismo, passatempo, rodapé. 5) Mal-intencionado ou mal intencionado? Resposta: Mal-intencionado. Usa-se o hífen se o primeiro elemento de uma palavra composta for "mal" e o segundo se iniciar com uma vogal ou com a letra h. Caso contrário, o prefixo "mal" deve se unir ao segundo elemento numa única palavra, como no caso de malvisto, malquisto e malcheiroso. 6) Bem-afortunado ou bem afortunado? Resposta: Bem-afortunado. Usa-se o hífen sempre que o prefixo "bem" formar com o segundo elemento um adjetivo ou substantivo. Atenção: Se o segundo elemento for um derivado de "fazer" ou "querer", não se usa hífen e os componentes se juntam. Exemplo: Benfeito, benfeitor, benfazejo, benfeitoria, benquerer, benquisto, benquerença, etc. 7) Pseudo organizado ou pseudo-organizado? Resposta: Pseudo-organizado. Usa-se o hífen quando o primeiro elemento terminar com a mesma vogal com que o segundo elemento se inicia. Exceção: Nas palavras compostas formadas pelos prefixos "re, pre, pro" e "co", os elementos se juntam. Não se usa o hífen mesmo quando há o encontro de vogais iguais. Exemplo: Coordenar, reescrever, cooptar, preexistência, reencontrar, proativo etc. 8) Seminconsciente ou semi-inconsciente? Resposta: Semi-inconsciente. Usa-se o hífen quando o primeiro elemento terminar com a mesma vogal com que o segundo elemento se inicia. Exceção: Nas palavras compostas formadas pelos prefixos "re, pre, pro" e "co", os elementos se juntam. Não se usa o hífen mesmo quando há o encontro de vogais iguais. Exemplo: Coordenar, reescrever, cooptar, preexistência, reencontrar, proativo etc. 9) Interresistente ou inter-resistente? Resposta: Inter-resistente. Usa-se o hífen quando o primeiro elemento for "hiper,

inter" e "super" e o segundo começar com a letra r. Fonte: ~,http:ÿÿ~ educarparacrescer.abril.~ com.brÿregras-hifenÿ~ index.shtml~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Você Sabia? Conheça os dinossauros que habitaram o Brasil (Parte II) *Staurikosaurus pricei* Foi um dos primeiros dinossauros e o primeiro a ser descrito no Brasil, em 1970. O estauricossauro era um pequeno terópode, com 1 metro de altura e 2,5 metros de comprimento, que viveu no Brasil durante o período Triássico, cerca de 227 milhões de anos atrás. Carnívoro, ele pesava apenas 30 quilos. Os fósseis do dinossauro foram encontrados no Rio Grande do Sul (RS), em Santa Maria. O nome *Staurikosaurus* significa “lagarto cruzeiro do sul”, em referência à constelação de estrelas de nome homônimo, enquanto o nome da espécie, *pricei*, homenageia o paleontólogo brasileiro que o descobriu no ano de 1936: Llewellyn Ivor Price. *Saturnalia tupiniquim* Esse dinossauro viveu no período Triássico, cerca de 225 milhões de anos atrás. Provavelmente carnívoro, ele media 70 centímetros de altura e 2 metros de comprimento, e pesava 50 quilos. Seus fósseis foram encontrados no RS, na cidade de Santa Maria. No entanto, novas descobertas foram feitas, durante o período de carnaval, que deu origem ao nome da espécie, descrita em 1999. Acredita-se que o Carnaval tenha origem na festa do solstício do inverno romano, Saturno, enquanto a palavra tupiniquim veio do português e guarani. As características misturadas de sauropodomorpha e terópode, além da sua natureza primitiva, tornam difícil classificar o *Saturnalia*. *Amazonsaurus maranhensis* O *Amazonsaurus* pertence à superfamília de saurópodes, chamada *Diplodocoidea*, e viveu na América do Sul há 100 milhões de anos, no período Cretáceo. Com 3 metros de altura e 10 metros de comprimento, esse dinossauro herbívoro pesava cerca de 10 toneladas. O *Amazonsaurus maranhensis* foi descrito em 2003, e o nome lembra a região onde os fósseis foram encontrados, na Região Amazônica, no Maranhão. *Gondwanatitan faustoi* O *Gondwanatitan faustoi* é um dinossauro saurópode que viveu no período Cretáceo, há 70 milhões de anos. O dinossauro herbívoro pesava 10 toneladas e tinha em torno de 2 metros de altura e 8 metros de comprimento. O “Titã de Gondwana” recebeu esse nome por ter vivido no continente cretáceo Gondwana (que engloba os continentes atuais da América do Sul, África, Antártica, Austrália, Índia e Madagascar). Como de costume, o nome da espécie, descrita em 1999, faz referência a um dos coletores dos fósseis, o paleontólogo do Museu Nacional, Fausto Cunha. Os fósseis foram encontrados na região de Álvares Machado, São Paulo. *Pycnonemosaurus nevesi* O *Pycnonemosaurus* é um dinossauro carnívoro que viveu na Chapada dos Guimarães, no período Cretáceo, há 70 milhões de anos. Seu tamanho estimado é de 3,5 metros de altura e 9 metros de comprimento, e o peso de 2 toneladas. O *Pycnonemosaurus* provavelmente se alimentava de dinossauros maiores que ele, como o *Maxakalisaurus*, saurópode que viveu na mesma região. A espécie foi descrita em 2002 e o nome, da palavra pycnos (do Grego, denso, grosso) e nemus (do Latim, vegetação, floresta), fazem referência a Mato Grosso, local onde os fósseis foram encontrados. *Irritator challengeri* O *Irritator*, do grupo *Spinosauridae*, viveu no período Cretáceo, há 100 milhões de anos. Com 3 metros de altura e 8 metros de comprimento, esse dinossauro carnívoro pesava cerca de 2 toneladas. O nome “irritante” foi dado em 1996 e se refere à dificuldade de recuperar o único fóssil conhecido, um crânio de cerca de 80 centímetros que havia sido vendido ilegalmente, e alterado, por traficantes de fósseis. Já o nome da espécie, *challengeri*, faz referência ao personagem do professor Challenger, criado pelo escritor Arthur Conan Doyle, no romance “O Mundo Perdido”.

*Angaturama limai* Esse dinossauro do grupo *Spinosauridae* viveu no período Cretáceo, há 110 milhões de anos. Com 2,5 metros de altura, 6 metros de comprimento e cerca de 700 quilos, esse carnívoro teve parte do seu crânio encontrado em rochas sedimentares na Chapada do Araripe, no Ceará. A palavra *Angaturama*, na cultura tupi, significa espírito protetor. Identificado em 1996, semanas depois do *Irritator challengeri*, o *Angaturama limai* é considerado hoje, por alguns autores, como sendo da mesma espécie do *Irritator challengeri*. Se isso for comprovado, o nome *Irritator Challengeri* terá prioridade, pois foi registrado antes.

*Santanaraptor placidus* O *Santanaraptor placidus* foi um dinossauro pequeno que viveu 110 milhões de anos atrás, no período Cretáceo. Esse dinossauro carnívoro de apenas 80 centímetros de altura, 2 metros de comprimento e pesando 20 quilos é considerado um parente distante do famoso *Tyrannosaurus rex* americano. O nome dado ao dinossauro, em 1999, faz referência à Formação Santana, na região da Bacia do Araripe, no Ceará, onde foi encontrado o fóssil. Por ser um predador, surgiu o *raptor*, do latim, e, por fim, o nome específico, *placidus*, é uma homenagem ao Professor Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri (CE).

*Teyuwasu barberenai* O *Teyuwasu barberenai* viveu no período Triássico, há 223 milhões de anos. O tamanho estimado desse dinossauro bípede é de 60 centímetros de altura, 1,5 metro de comprimento e peso de 5 quilos. Seus fósseis foram encontrados no Rio Grande do Sul, nos anos de 1938 e 1942, mas só em 1999 que ele foi identificado. O nome do gênero (Teyuwasu), em tupi- -guarani, significa lagarto grande, e o da espécie (barberenai) é uma homenagem ao paleontólogo gaúcho M. C. Barberena. *Guaibasaurus candelariensis* *Guaibassauro* é um gênero de dinossauro basal que viveu no período Triássico, há 225 milhões de anos. Carnívoro, ele tinha 80 centímetros de altura, 1,8 metro de comprimento e pesava 75 quilos. O nome foi dado em homenagem ao Rio Guaíba, devido ao Projeto Pró-Guaíba, que dá apoio científico à pesquisa de fósseis do período Triássico. Já o nome específico, *candelariensis*, faz referência à cidade de Candelária, no Rio Grande do Sul, que fica próxima do local onde os fósseis foram encontrados. A espécie foi identificada em 1999. *Mirischia asymmetrica* O *Mirischia asymmetrica* é um dinossauro carnívoro de apenas 50 centímetros de altura e cerca de 2 metros de comprimento. Ele viveu no período Cretáceo, há 110 milhões de anos. A espécie encontrada no Araripe, Ceará,

e apresentada em 2004, ainda é pouca conhecida. Fonte: ~,http:ÿÿnoticias.~ terra.com.brÿeducacaoÿ~ dinossauros-do-brasilÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vamos Rir? Era uma vez, numa terra muito distante, uma princesa linda, independente e cheia de autoestima. Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico. Então, a rã pulou para o seu colo e disse: -- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco, e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre. Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã *sautée*, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma: -- Eu, hein?... Nem morta! Luiz Fernando Veríssimo Fonte: ~,http:ÿÿpensador.~ uol.com.brÿtextos{-para{-~ levantar{-auto{-estimaÿ~, Pedrinho e a mãe sobem no ônibus. Ao ler a placa avisando que menores de 10 anos não pagam passagem, a mulher cochicha: -- Pedrinho, se o cobrador perguntar, diga que tem 10 anos, tá?! E não dá outra: -- Quantos anos você tem, menino? -- Dez -- responde Pedrinho. -- E quando você faz 11? -- Quando eu descer do ônibus. O que é, o que é? A semelhança entre o trem e uma pessoa direita? R: Os dois andam na linha. O prato favorito dos gulosos? R: O prato cheio. O bicho que não é caro? R: Barata. O tipo de cachorro que não morde e não late? R: O cachorro-quente. A parte do corpo mais importante para o poeta? R: A veia poética. A semelhança entre o folião e o sapo? R: Ambos adoram pular. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Historiando Diretas já! Em 1983, o governo militar estava nas últimas. Aumentavam a inflação, a recessão e o desemprego. A moratória e os acordos com o FMI paralisaram a economia. As forças democráticas do país se lançaram, então, num grande movimento para apressar a redemocratização: a campanha das Diretas já. No segundo semestre de 1983, as oposições se uniram e promoveram grandes comícios pela aprovação da Emenda Dante de Oliveira, que restabelecia o voto direto para presidente da República (as eleições para governador já tinham sido restabelecidas). Em um desses comícios, na cidade do Rio de Janeiro, um milhão de pessoas foi à Candelária exigir o voto direto. No último comício, em 16 de abril de 1984, na cidade de São Paulo, o número chegou a um milhão e meio de manifestantes. A campanha foi o maior movimento cívico e popular da história do país, havendo registro de quase 40 comícios, de norte a sul do Brasil. Mas aprovar uma emenda constitucional não era tarefa fácil; não bastava obter maioria simples, eram necessários dois terços dos votos do plenário. A emenda conseguiu a maioria, mas acabou derrotada, frustrando enormemente a sociedade brasileira. Mas os números da votação não deixavam dúvida: o regime militar tinha se tornado extremamente impopular e não teria como se manter por muito tempo. A partir daí, os partidos políticos de oposição passaram a conduzir a transição para a democracia. O PMDB lançou Tancredo Neves para a sucessão presidencial. O PDS lançou a candidatura do empresário Paulo Maluf, ex-governador do estado de São Paulo, que não contava com o apoio do general Figueiredo. Muitos parlamentares do partido do governo tomaram a decisão de apoiar o candidato do PMDB, abandonando o regime. Assim, formou-se uma chapa denominada de Aliança Democrática, com Tancredo Neves para presidente e José Sarney como vice-presidente. Em 15 de janeiro de 1985, Tancredo foi eleito no

Colégio Eleitoral. A ditadura estava derrotada. Nova República Na noite de 14 de março de 1985, véspera da posse, ocorreu uma tragédia. Tancredo foi acometido de uma misteriosa doença, cuja causa não foi informada de imediato, o que deu margem a diversos rumores, inclusive o de que ele teria sido vítima de um atentado. O impasse não era fácil de resolver, pois, no impedimento de Tancredo, e tendo expirado o mandato de Figueiredo, a presidência devia ser assumida pelo presidente da Câmara, Ulysses Guimarães. Se assumisse a presidência, e no caso de falecimento de Tancredo, a função constitucional de Ulysses seria a de convocar novas eleições. Que tipo de eleições ele convocaria? Eleições diretas não podia convocar sem a aprovação de uma emenda constitucional. Eleições indiretas? Dificilmente. Com grande prudência, Ulysses articulou a posse do vice-presidente eleito, que substituiu um presidente que sequer havia sido empossado no cargo. Na verdade, Ulysses Guimarães quis garantir que a redemocratização não corresse risco e por isso trabalhou para empossar Sarney. Começava assim a chamada Nova República, que despertava grandes esperanças na população brasileira. Tancredo Neves faleceu no dia 21 de abril, dia de Tiradentes, de uma infecção causada por crise aguda no aparelho digestório.

Esta é a versão oficial de sua morte. Fonte: VAINFAS, Ronaldo *et al. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI*, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Leitura Interessante As três perguntas Era uma vez um menino chamado Nikolai, que, às vezes, não sabia muito bem como agir. -- Quero ser uma boa pessoa -- ele dizia aos amigos --, mas nem sempre sei a melhor maneira de fazer isso. Os amigos de Nikolai o entendiam e queriam ajudá-lo. -- Se eu conseguisse encontrar as respostas para minhas três perguntas -- Nikolai continuava --, eu sempre saberia o que fazer. Qual é o melhor momento para fazer as coisas? Quem é mais importante? Qual é a coisa certa a ser feita? Os amigos de Nikolai refletiram sobre a primeira pergunta. Então Sônia, a garça, falou: -- Para saber o melhor momento de fazer as coisas, é preciso planejar com antecedência. Gogol, o macaco, que andava procurando entre as folhas alguma coisa para comer, disse: -- Você saberá quando fazer as coisas se observar e prestar muita atenção. Pushkin, o cachorro, que estava descansando, revirou-se e disse: -- Você não pode prestar atenção em tudo sozinho. Precisa de companheiros para vigiar e ajudá-lo a resolver quando fazer as coisas. Por exemplo: Gogol, um coco vai cair na sua cabeça. Nikolai pensou por um instante. Depois fez sua segunda pergunta: -- Quem é mais importante? -- Quem está mais perto do céu -- disse Sônia, rodopiando rumo ao céu. -- Quem sabe curar os doentes -- disse Gogol, esfregando o cocoruto machucado. -- Quem faz as leis -- rosnou Pushkin. Nikolai pensou um pouco mais. Depois fez a terceira pergunta: -- Qual é a coisa certa a ser feita? -- Voar -- disse Sônia. -- Divertir-se o tempo todo -- riu Gogol. -- Brigar -- latiu Pushkin na mesma hora. O menino refletiu longamente. Gostava de seus amigos. Sabia que todos tentavam fazer o possível para ajudá-lo a responder a suas perguntas. Mas suas respostas não pareciam corretas. Então, teve uma ideia. “Já sei”, ele pensou. “Vou perguntar a Leo, a tartaruga. Ela já viveu muito tempo. Com certeza sabe responder às minhas perguntas.” Nikolai subiu ao alto da montanha, onde a velha tartaruga morava sozinha. Ao chegar, o menino encontrou-a cavoucando um jardim. A tartaruga era muito velha, e cavoucar era um serviço difícil para ela. -- Tenho três perguntas para responder e vim pedir sua ajuda -- disse Nikolai. -- Qual é o melhor momento para fazer as coisas? Quem é mais importante? Qual é a coisa certa a ser feita? Leo ouviu com atenção e

sorriu. Depois continuou cavoucando. -- Você deve estar cansada -- disse Nikolai, finalmente. -- Deixe-me ajudá-la. A tartaruga agradeceu e lhe entregou a pá. E, como aquele trabalho era mais fácil para o menino do que para uma velha tartaruga, Nikolai cavoucou até todas as covas estarem prontas. No entanto, assim que ele terminou, soprou uma ventania e a chuva despencou das nuvens escuras. Enquanto caminhavam às pressas para se abrigar na casa da tartaruga, Nikolai ouviu um grito de socorro. O menino desceu correndo por uma trilha e encontrou uma panda, com a perna machucada por uma árvore que tinha caído. Com todo o cuidado, Nikolai levou a panda até a casa de Leo e, com um pedaço de bambu, fez uma tala para a perna dela. A tempestade continuava, batendo nas portas e janelas. A panda acordou. -- Onde estou? -- perguntou. -- Onde está minha filha? O menino saiu correndo. O rugido da tempestade era ensurdecedor. Lutando contra o vendaval e a chuva, ele avançava pela floresta. Lá encontrou a filhinha da panda, deitada no chão, tremendo de frio. A pequena panda estava encharcada e assustada, mas viva. Nikolai levou-a para a casa da tartaruga, enxugou-a e a aqueceu. Então, colocou-a nos braços da mãe. Ao ver o que Nikolai tinha feito, a tartaruga sorriu. Na manhã seguinte, o sol estava quente, os passarinhos cantavam e tudo no mundo ia bem. A perna da panda tinha melhorado e ela agradeceu a Nikolai por ajudá-la e por salvar sua filhinha da tempestade. Naquele instante, Sônia, Gogol e Pushkin chegaram para ver como iam as coisas. Nikolai sentia uma paz muito grande em seu interior. Tinha amigos maravilhosos. Tinha salvado a panda e sua filhinha da tempestade. Mas também estava decepcionado, pois não havia encontrado as respostas que procurava. Então perguntou novamente a Leo. A velha tartaruga olhou para o menino. -- Muito bem, você encontrou a resposta para suas perguntas! -- ela disse. -- Como assim? -- perguntou o menino. -- Ontem, se você não tivesse ficado para me ajudar a cavoucar o jardim, não teria ouvido os gritos da panda pedindo socorro. Portanto, o melhor momento foi aquele em que você me ajudou a cavoucar o jardim. Naquele momento, quem foi mais importante fui eu, e a coisa mais certa a se fazer foi me ajudar. Depois, quando você encontrou a panda machucada, o momento mais importante foi aquele em que você tratou da perna dela e salvou sua filhinha. Quem era mais importante era a panda e sua filha. E a coisa mais importante a fazer foi cuidar delas e salvá-las. Então, lembre-se de que há só um momento mais importante, e esse momento é agora. Quem é mais importante é quem está com você. E a coisa mais certa a ser feita é fazer o bem a quem está a seu lado. Isso responde, querido menino, às perguntas sobre o que é mais impor-

tante no mundo. Por isso estamos aqui. Fonte: *As três perguntas: baseado numa história de Leon Tolstoi*. MUTH, Jon J. São Paulo: Martins Fontes, 2004. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Cuidando do Corpo e da Mente Os jovens e as drogas A adolescência é uma fase do desenvolvimento humano em que ocorrem muitas mudanças; é uma fase conflituosa da vida devido às transformações físicas e emocionais vividas. Surge a curiosidade, os questionamentos, a vontade de conhecer, de experimentar o novo mesmo sabendo dos riscos, e um sentimento de ser capaz de tomar as próprias decisões. É o momento em que o adolescente procura sua identidade, não mais se baseando nas orientações dos pais, mas também nas relações que constrói principalmente com o grupo de amigos. Para a grande maioria dos jovens, ter experiências novas (lugares, músicas, amigos e também drogas) não necessariamente trará problemas permanentes, e muitos se tornarão adultos saudáveis. Mas há jovens que passam a ter problemas a partir dessas experiências e, por conta disso, a adolescência é um período de risco para o envolvimento com as drogas. Ao menos em parte, os riscos podem ser atribuídos às próprias características da adolescência tais como: necessidade de aceitação pelo grupo de amigos; desejo de experimentar comportamentos vistos como “de adultos”; sensação de onipotência (“comigo isso não acontece”); grandes mudanças comportamentais, gerando insegurança; aumento da impulsividade. A curiosidade natural dos adolescentes é um dos fatores de maior influência na experimentação de álcool e outras drogas, assim como a opinião dos amigos. Essa curiosidade o faz buscar novas sensações e prazeres: o adolescente vive o presente e, em sua busca por realizações imediatas, o efeito das drogas vai ao encontro disto, proporcionando prazer imediato. O modismo é outro aspecto importante relacionado ao uso de substâncias entre adolescentes, pois reflete a tendência do momento, e os adolescentes são particularmente vulneráveis a estas influências. Afinal, estão saindo da infância e começando a sentir o prazer da liberdade nas pequenas coisas, desde a escolha de suas próprias roupas e atividades de lazer, até a definição de qual será seu estilo. O papel da família na formação do adolescente A família, por sua vez, pode atuar como um fator de risco ou protetor para o uso de substâncias psicoativas. Filhos de dependentes de álcool e drogas apresentam risco quatro vezes maior de também se tornarem dependentes. Mas o desenvolvimento da dependência irá depender da interação de aspectos genéticos, de características de personalidade e de fatores ambientais, que poderão ser protetores ou até mesmo de risco para o uso de drogas. É de fundamental importância o papel da família na formação do adolescente. É função da família fazer com que a criança aprenda a lidar com limites e frustrações. Crianças que crescem em um ambiente com limites e regras claras geralmente são mais seguras e sabem o que podem e o que não podem fazer. Quando se deparam com um limite, sabem lidar com a frustração. Crianças criadas sem regras claras buscam testar os limites dentro de casa, adotando um comportamento desafiador com os pais e, posteriormente, ao entrar na adolescência, repetem esse mesmo comportamento desafiador fora de casa. Além disso, por não estarem acostumados a regras e limites, não aceitam quando estes lhe são impostos. Alguns estudiosos afirmam que adolescentes desafiadores e que não sabem lidar com frustrações, apresentam maior risco para o uso de drogas. Por outro lado, o monitoramento por parte dos pais, e um bom relacionamento entre eles, é um importante fator de proteção em relação ao uso de drogas. Fatores internos Dentre os fatores internos que podem facilitar o uso de álcool e drogas pelos adolescentes destacam-se: insatisfação, insegurança e sintomas depressivos. Os jovens precisam sentir que são bons em alguma atividade, sendo que este destaque representará sua identidade e sua função dentro do grupo. O adolescente que não consegue se destacar, seja nos esportes, nos estudos, nos relacionamentos sociais, dentre outros, ou que se sente inseguro quanto ao seu desempenho, pode buscar nas drogas a sua identificação, além de ser empurrado para experimentar atividades nas quais ele se sinta mais seguro. Os sintomas depressivos na adolescência são por um lado normais, em virtude das grandes mudanças biológicas e psíquicas, mas muitas vezes podem apresentar fator de risco. O jovem que está triste, ansioso ou desanimado pode buscar atividades ou coisas que o ajudem a se sentir melhor. Neste sentido, as drogas podem proporcionar, de forma imediata, uma melhora ou alívio a esses sintomas. Quanto mais impulsivo e menos tolerante à frustração for o adolescente, maior será esse risco. Fonte: ~,www.oestadoce.~ com.brÿnoticiaÿos-jovens-~ e-drogas~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Tome Nota Letras É o estudo da língua portuguesa e de idiomas estrangeiros e de suas respectivas literaturas. O profissional de Letras pesquisa e ensina o português e idiomas estrangeiros e a literatura brasileira e de outros povos. Em geral, ele se especializa em uma língua moderna, como inglês, espanhol, francês e alemão, mas também pode dedicar-se a línguas clássicas, como latim e grego. Essa é uma área em que é preciso estudar sempre, a fim de manter o domínio dos idiomas e estar atualizado com as novas expressões idiomáticas. O principal campo de trabalho para o licenciado está nas escolas de ensinos fundamental e médio ou de idiomas. Mas também há espaço em editoras, para fazer a preparação de originais e para revisar e traduzir textos, e nas áreas de interpretação e secretariado bilíngue. Mercado de trabalho “Há grande procura pelo aperfeiçoamento do aprendizado em língua portuguesa, em suas modalidades oral e escrita, bem como pela aprendizagem de línguas estrangeiras em geral”, diz Adriana Nogueira Accioly Nóbrega, coordenadora do curso na PUC-Rio. Isso aquece o mercado. Escolas, públicas e privadas, são os principais empregadores do licenciado. E o ensino do espanhol já é oferecido por muitas escolas desde o ensino fundamental. Estão aquecidas, também, a produção de texto técnico e acadêmico e a tradução para legendagem de filmes e *softwares*. As regiões Sul e Sudeste concentram as maiores oportunidades, mas o Norte, Nordeste e Centro- -Oeste carecem de um número grande de profissionais. Salário inicial: R$1.567,00 é o piso para o magistério, por 40 horas semanais (fonte: MEC) Curso Análise literária, produção de textos, tradução e pesquisa sobre a evolução e o uso dos idiomas ocupam boa parte da carga horária. Entre as matérias teóricas estão teoria literária, semântica e fonologia, além de língua portuguesa e literaturas portuguesa e brasileira. Em algumas universidades, o aluno opta logo no vestibular por um ou mais idiomas; em outras, ele escolhe após o ciclo básico. Há escolas que oferecem as duas formações, a de bacharel e a de licenciado -- titulação obrigatória para dar aulas. Essa última exige o estágio obrigatório. O que você pode fazer Carreira acadêmica -- Realizar pesquisas em áreas como estudos literários. Editoração -- Trabalhar na preparação de textos, da seleção dos originais à tradução e padronização. Ensino -- Lecionar em classes de ensinos fundamental, médio e superior (este, com pós-graduação) ou em escolas de idiomas em empresas, treinar a fluência de funcionários em idiomas estrangeiros. Revisão -- Fazer a revisão ortográfica e gramatical de textos. Tradução -- Verter textos do português para línguas

estrangeiras, ou vice-versa, em editoras, agências de publicidade. Fonte: ~,http:ÿÿ~ guiadoestudante.abril.~ com.brÿprofissoesÿciencias-~ humanas-sociaisÿletras-~ 686491.shtml~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Leio, logo escrevo Como já mencionamos na Seção Infantil, aqui estão os primeiros textos dos alunos da segunda fase do IBC. Segunda fase Nome: João Marcos Isaías de Souza Data de nascimento: 11/02/1999 Local de nascimento: Campinas-SP Turma: 702 A vida Vida, o que essa palavra significa? Vida é a alegria, é a paz Vida é amor. Uns vivem a vida em perigo Outros vivem a vida na calma A vida é corrida, muitas coisas para fazer E pouco tempo pra correr. A vida de cada um é importante, Por isso, vamos viver a vida enquanto ainda a temos; Porque ela é uma só... õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Espaço do Leitor O Natal de Paulinho Paulinho estava feliz da vida! Havia sido aprovado; a família estava toda reunida

para o Natal e a virada do ano. Ele havia ganhado muitos brinquedos e coisas gostosas, porém o brinquedo de que mais gostou foi um cavalinho de pau. No dia 24 de dezembro, à noite, foi com os pais visitar um orfanato e encontrou um menino chamado Renato aos soluços. Cheio de compaixão perguntou-lhe: -- Por que você chora tanto? Renato lhe respondeu: -- Sou um pobre órfão. Até agora não ganhei nenhum presente de Natal e nem sei se vou ganhar. -- Ganhou sim, meu amiguinho. Está lá em casa o seu presente. Voltou à casa, pegou o cavalinho de pau, levou-o ao orfanato e o entregou a Renato, que não coube em si de tanto contentamento. Maior foi a alegria de Paulinho por fazer feliz o menino. Como Paulinho, aprendamos que ser feliz é fazer feliz a alguém. Se praticarmos o bem com amor, será grande a paz interior. É dando que se recebe. Paulinho não pensou só em si mesmo, deixou que o amor falasse mais alto. Colaboração da leitora Luzia Paulinelli – Bambuí-MG õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vocabulário -- A Acometido: adj. Que apresenta ou sofre os sintomas ou efeitos de uma doença. Acupuntura: s. f. Med. Terapia chinesa mundialmente conhecida que consiste em inserir agulhas muito finas em pontos precisos do paciente. Articulou: v. Combinou, coordenou medidas com alguém para determinado fim. Asquerosa: adj. Nojenta, repugnante. Assombroso: adj. Espantoso, assustador. -- B Bacharel: s. m. Aquele que concluiu os estudos em uma faculdade ou universidade. Bilíngue: adj. Relativo a quem domina duas línguas. Bípede: adj. Relativo ao animal que se desloca utilizando dois pés. Bravura: s. f. Coragem, valentia. -- C Cavoucar: v. Abrir buracos, cavar. Cocoruto: s. m. Alto ou topo da cabeça.

Comícios: s. m. pl. Reuniões de cidadãos, geralmente ao ar livre, para discutir assuntos eleitorais, políticos ou de interesse geral. Contemplava: v. Olhava com atenção, admirava. Crise aguda no aparelho digestório: dor abdominal intensa, de início repentino, que pode ser causada por uma doença infecciosa do aparelho digestório. -- D Descaso: s. m. Falta de atenção ou de cuidado, desprezo. Desoriginaliza: v. Perde a originalidade, deixa de ser original. Desentendimento: s. m. Falta de entendimento, compreensão ou acordo. Dinossauro basal: Paleont. Dinossauro que dá origem a outras espécies. Disjuntor: s. m. Interruptor que controla a liberação da energia elétrica. -- E Empossado: adj. Relativo a quem tomou posse de um cargo. Engloba: v. Inclui, envolve, abrange. Ensurdecedor: adj. Que faz ensurdecer, muito barulhento. Estereótipo: s. m. Ideia, conceito ou modelo que se estabelece como padrão. Entretinham: v. Distraiam, divertiam. Expirado: v. Fig. Terminado, finalizado, encerrado. -- F FMI: Sigla de Fundo Monetário Internacional, fundo que presta assistência a economias em dificuldade.

Fonologia: s. f. Parte da Gramática que estuda os sons da fala (fonemas). Folião: s. m. Quem gosta de folias, festas, farras. -- H Homônimo: adj. Que tem o mesmo nome. -- I Impopular: adj. Que não é popular; que desagrada ao povo. Inter-resistente: adj. Fís. Referente à alavanca cuja resistência fica entre o ponto de apoio (fulcro) e a força aplicada. -- L Lantejoula: s. f. Pequeno círculo brilhante que serve para enfeitar roupas. Legendagem: s. f. Conjunto de legendas de programa ou filme.

Locuções: s. f. pl. Gram. Conjunto de palavras equivalente a uma só, em nível de sentido e de função gramatical. -- M Modalidades: s. f. pl. Diferentes modos ou tipos. Modismo: s. m. Aquilo que está na moda e, portanto, é passageiro, efêmero. Moratória: s. f. Adiamento do prazo de vencimento de uma dívida. -- N Nau: s. f. Embarcação de grande porte e de longo curso. -- O Onipotência: s. f. Poder absoluto. -- P Papear: v. Bater papo, conversar. Pelejando: v. Lutando, insistindo, esforçando-se. Período Cretáceo: Paleont. Período da Era Mesozóica, quando surgiram os primeiros mamíferos e plantas. Período Triássico: Paleont. Período da Era Mesozóica, caracterizado pela presença dos grandes sáurios (lagartos), aquáticos e terrestres. Poliglota: adj. Relativo àquele que fala várias línguas. PMDB: Sigla de Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Prosa: s. f. Nome que se dá à forma de um texto escrito em parágrafos. Pseudo-organizado: adj. Que não é verdadeiramente organizado.

-- Q Quadricípite: s. m. Anat. Músculo da parte anterior da coxa que, acima, se divide em quatro partes que se unem abaixo por um tendão comum. -- R Ratificar: v. Confirmar, validar, autenticar. Recessão: s. f. Econ. Redução do índice de crescimento econômico em um ou vários países, acarretando a queda de produção e, consequentemente, o desemprego. Redemocratização: s. f. Ação de tornar novamente democrático. Retificar: v. Mec. Desmontar, limpar e remontar um motor, ajustando ou substituindo peças. Rixa: s. f. Disputa, briga. Rugido: s. m. Fig. Som grave e áspero, estrondo. -- S Saurópodes: s. m. pl. Grandes dinossauros quadrúpedes e herbívoros dos períodos Jurássico e Cretáceo. Sauropodomorpha: s. m. Paleont. Grupo de dinossauros herbívoros com pescoço longo, e que se tornaram os maiores dos animais que já caminharam sobre a Terra. *Sautée*: adj. Em culinária, diz-se do alimento que é ligeiramente frito, que salta na frigideira. Sedimentares: adj. pl. Geol. Rochas produzidas por deposição de sedimentos, isto é, lama, partículas e restos de animais e vegetais. Semântica: s. f. Estudo dos significados das palavras de uma língua. Semi-inconsciente: adj. Quase inconsciente.

*Softwares*: s. m. pl. Inform. Parte lógica do computador, programas. Substâncias psicoativas: Med. Substâncias químicas que agem principalmente no sistema nervoso central. -- T Tagarelar: v. Falar em excesso, geralmente sobre assuntos pouco importantes. Teoria literária: consiste no estudo de todo o processo que envolve as obras literárias, isto é, o autor, o leitor e o texto literário. Terópode: s. m. Grupo de dinossauros bípedes, carnívoros e onívoros, que utilizavam as patas anteriores para capturar, dominar e matar suas presas. Tupiniquim: s 2g. Referente a quem nasceu ou habita o Brasil.

-- V Vendaval: s. m. Vento forte, de tempestade. Veia poética: Expressão referente à inspiração para escrever poesia. Vossa Eminência: pron. Pronome de tratamento referente a cardeais, isto é, bispos conselheiros e colaboradores do Papa. Vulneráveis: adj. pl. Que têm poucas defesas, fracos. Verter: v. Traduzir. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra Transcrição: Diogo Silva Müller Dunley Revisão: João Batista Alvarenga e Chyene Kelen