PONTINHOS Ano LV, n.o 350, Julho/Setembro de 2014 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Trimestral de Educação, Cultura e Recreação Editada na Divisão de Pesquisa, Documentação e Informação Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1959 por Renato M. G. Malcher Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro-RJ CEP: 22290-240 Tel.: (55) (21) 3478-4458 E-mail: ~,pontinhos@ibc.~ gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.~ gov.br~,

Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito

¨ I Diretora-Geral do IBC Maria Odete Santos Duarte Comissão Editorial Ana Paula Pacheco da Silva João Batista Alvarenga Leonardo Raja Gabaglia Maria Cecília Guimarães Coelho Vitor Alberto da Silva Marques Colaboração Daniele de Souza Pereira Eduarda Bayma Milfont Marlene Maria da Cunha Maria Salete Semitela de Alvarenga Paulo Felicíssimo Ferreira

Transcrição conforme as Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braille, MEC/SEESP, 2006. Distribuição gratuita consoante a Portaria Ministerial n.o 504, 17 de Setembro de 1949. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.~ brÿ?itemid=381~,

¨ III Sumário Seção Infantil Cantigas de roda :::::::: 1 Trava-línguas ::::::::::: 4 Cordel :::::::::::::::::: 6 Histórias para Ler e Contar Frei João sem Cuidados :::::::::::::: 11 As dicas de Higeia ::::: 14 Seção Juvenil Quebra-Cuca :::::::::::: 18 Você Sabia? :::::::::::: 27 Vamos Rir? ::::::::::::: 42 Historiando A inconfidente de saias :::::::::::::::::: 46

Leitura Interessante A pedra no caminho :::::: 55 Cuidando do Corpo e da Mente *Bullying e cyberbullying*: como não sofrer com isso :::::::: 60 Tome Nota Como driblar a insegurança no primeiro emprego? ::::::::::::::: 65 Espaço do Leitor ::::::: 72 Vocabulário ::::::::::::: 73 Seção Infantil Cantigas de roda Capelinha de melão Capelinha de melão É de São João, É de cravo, é de rosa, É de manjericão. São João está dormindo Não acorda, não! Acordai, acordai, Acordai, João! Pula a fogueira Pula a fogueira, Iaiá! Pula a fogueira, Ioiô! Cuidado para não se queimar... Olha que a fogueira Já queimou o meu amor. Nesta noite de festança, Todos caem na dança, Alegrando o coração

Foguetes, cantos e troca Na cidade e na roça, Em louvor a São João. Nesta noite de folguedo, Todos brincam sem medo A soltar seu pistolão Morena, flor do sertão, Quero saber se tu és Dona do meu coração. Isto é lá com Santo Antônio Eu pedi, numa oração, Ao querido São João Que me desse um matrimônio. São João disse que não! São João disse que não! “Isto é lá com Santo Antônio!” Eu pedi, numa oração, Ao querido São João Que me desse um matrimônio! “Matrimônio! Matrimônio! Isto é lá com Santo Antônio!” Implorei a São João

Desse, ao menos, um cartão Que eu levava a Santo Antônio. São João ficou zangado São João só dá cartão Com direito a batizado. Implorei a São João Desse, ao menos, um cartão Que eu levava a Santo Antônio. “Matrimônio! Matrimônio! Isso é lá com Santo Antônio!” São João, não me atendendo, A São Pedro fui correndo Nos portões do paraíso, Disse o velho num sorriso: “Minha gente, eu sou chaveiro! Nunca fui casamenteiro!” São João, não me atendendo, A São Pedro fui correndo Nos portões do paraíso,

“Matrimônio! Matrimônio! Isso é lá com Santo Antônio!” Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ qdivertido.com.brÿ~ verpesquisa.php?codigo=8~, :::::::::::::::::::::::: Trava-línguas Menino que muda muito muda muito de repente, pois sempre que a gente muda o mundo muda com a gente. A aranha arranha a rata, a rata arranha a aranha e a aranha e a rata arranham a ratazana. Olha o sapo dentro do saco, saco com o sapo dentro, o sapo batendo papo, e o saco soltando vento.

O rato roeu a roupa do rei da Rússia, e a rainha raivosa resolveu remendar. Um ninho de carrapatos, cheio de carrapatinhos. Qual o bom carrapateador que o descarrapateará? Gato escondido com rabo de fora, está mais escondido do que rabo escondido com gato de fora. Fonte: *Revista Ciência Hoje das Crianças* -- maio de 2014. ::::::::::::::::::::::::

Cordel Independência do Brasil O Brasil fazia parte do reinado português, isso foi há muito tempo imaginem só, vocês… Portugal nos explorava, levava nossas riquezas, pra suprir necessidades, vindas lá da realeza. Nossa aristocracia começou um movimento, pra livrar nosso Brasil do imposto sofrimento. Nosso príncipe regente, o D. Pedro, tão famoso quis romper com Portugal, tendo sido corajoso! No riacho Ipiranga, deu um grito muito forte, levantando sua espada: “Independência ou Morte!” E então estava feito o Brasil virou nação e D. Pedro virou rei depois da coroação! Foi em 7 de setembro, que D. Pedro declarou o Brasil independente e a história perdurou. Por isso, comemoramos exaltando o Brasil viva o nosso país nossa pátria, mãe gentil! Fonte: ~,http:ÿÿ~ marianebigio.comÿ2012ÿ09ÿ~ 03ÿcordel-infantil-sobre-~ a-independencia-do-brasilÿ~, Lampião, lá do Sertão! Bem no meio da Caatinga E não falo do “fedô”! Pois entendam que esse nome (Seu menino, seu “dotô”) é dado à vegetação que cresce lá no Sertão, onde a história se passô E foi em Serra Talhada, Num canto desse Sertão, Que nasceu um cangaceiro O seu nome: Lampião. Para uns, muito malvado Para outros, um irmão. Ele era muito brabo, Tinha muita atitude Alguns dizem, hoje em dia, Que ele era o Robin Hood, Roubava do povo rico, Dava a quem só tinha um tico De dinheiro e de saúde. Ou talvez fosse um pirata, Mas não navegava não Ele tinha um olho só, Também era Capitão: Comandava o seu bando Com muita satisfação. O cabra era tão raivoso, Que se um pedacinho entrava De comida entre os dentes E muito lhe incomodava, Ele pegava um facão E fazia uma extração, Que nem o dente sobrava! E esse homem tão temido Também tinha sentimento! Um dia, se apaixonou E pediu em casamento A tal Maria Bonita Que lhe deu consentimento. Ela também era braba E andava no seu bando, Demonstrou que a mulher Também tem força lutando e seguiu o seu marido mundo afora, caminhando. Entre uma batalha e outra, Lampião se divertia Gostava duma sanfona E dançava com Maria, Seu bando fazia festa Até o raiar do dia.

¨ Ele dançava forró Xaxado e também baião, Gostava era das cantigas Das noites de São João. Numa noite de Luar Bem cansado de fugir, Da polícia que jamais Cansou de o perseguir Lampião olhou pro céu, Cantou antes de dormir: "Olha pro Céu, meu Amor. Vê como ele está lindo… Olha pra aquele balão multicor Que lá no céu vai sumindo.” E assim, adormeceu Junto da sua Maria, A polícia os encontrou Logo cedo, no outro dia. Foi cantando uma cantiga Sobre o céu do seu rincão Que se despediu da vida O temido Lampião, Que faz parte da história e hoje vive na memória de quem é da região. E é cantando esta canção, que eu encerro a poesia de uma história que falou de tristeza e alegria vamos continuar no xote me despeço com o mote: Adeus, até outro dia! Fonte: ~,http:ÿÿ~ marianebigio.comÿtagÿ~ cordel-infantilÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Histórias para Ler e Contar Frei João sem Cuidados Frei João era um frade muito caridoso e simples, que não se envolvia com os negócios dos outros nem se preocupava com assuntos alheios à sua pessoa. Como dava muitas esmolas, era estimado por toda a gente que o chamava “Frei João sem Cuidados”. Ora, uma vez o rei passou pela terra na qual morava Frei João e, sabendo da tranquilidade em que vivia o frade, mandou um criado dizer a ele que no outro dia viesse procurá-lo para responder a três perguntas: -- Onde é o meio do mundo? -- Quanto pesa a lua? -- Em que pensa o rei? O frade ficou desesperado sem atinar com a explicação e passou a noite estudando e chorando. Pela manhã, um pastor que trabalhava para o rei veio vê-lo e, sabendo do caso, ofereceu-se para substituí-lo. Frei João aceitou, e o pastor, vestido de frade, foi aonde estava o rei na hora combinada. Sua Majestade, cercado de seus amigos, perguntou: -- Onde é o meio do mundo? -- O meio do mundo fica onde está meu rei, senhor. -- Por quê? -- O mundo, sendo redondo, qualquer lugar é o meio! -- Bem respondido. Quanto pesa a lua? -- Quatro quartos do seu peso. -- Respondeu bem. Em que estou pensando? -- O rei, meu senhor, está pensando que eu sou Frei João sem Cuidados, e sou apenas o seu pastor! O rei achou muita graça no desembaraço do pastor, recompensou-o e deixou Frei João sem Cuidados em paz. Fonte: ~,http:ÿÿ~ bancodashistorias.blogspot.~ com.brÿ2011ÿ09ÿfrei-joao-~ sem-cuidados.html~, :::::::::::::::::::::::: As dicas de Higeia Era adorada na antiga Grécia: Higeia, a deusa da saúde, para quem a higiene era uma importante virtude. Muitos ao seu templo iam e escutavam, com atenção, as instruções que ela dava e sua correta execução. Muitas das várias dicas que Higeia a todos dava, deveriam ser ouvidas atentamente e praticadas diariamente. Combater as bactérias com higiene e cuidado, nos mantém fortes e sadios sem pegar nem um resfriado. Todo dia de manhã, e até antes de jantar, tome um banho caprichado para o seu corpo limpar. Além de saúde e vigor, temos que reconhecer que um banho bem gostoso nos dá um grande prazer! Para esfregar as suas costas, uma escova é o ideal, e cantar debaixo d'água, traz uma alegria sem igual. É importante tomar banho, mas temos sempre que lembrar que a água é um bem esgotável e não se deve desperdiçar. Diariamente, depois de comer, os dentes devemos escovar. E é muito importante repetir novamente, antes de dormir. Usando creme dental e um pouco de habilidade, escove dentes e gengiva sem pressa e com suavidade. E sempre antes de comer as mãos devemos lavar, com água e bastante sabão... Que agradável sensação! Existem numerosas bactérias que causam muitas doenças, e o seu corpo se contagia se você não auxilia. Comer muitas frutas, deve ser um hábito diário que dará força e alegria e a dieta será mais sadia. As frutas contêm vitaminas e deliciosos sabores. São doces, ácidas, suculentas e possuem variadas cores. Também é muito importante deixar a casa ventilar. Com ar fresco e renovado, é mais agradável respirar. Agrada aos vírus e às bactérias, viver em lugares fechados, e dentro de casa, sua presença pode causar inúmeras doenças. A água é um bem essencial, sem o qual não podemos viver. Se não sabe se é potável, melhor ferver, antes de beber. Não se arrisque em beber, água de qualquer origem. Se for filtrada ou mineral, nunca vai fazer nenhum mal. Finalmente, não se esqueça de pôr o corpo em movimento: pule, dance, faça esportes e não pare nem um momento. Não é conveniente ficar muito tempo no computador. É mais saudável brincar com um amigo agitador. Vamos terminar esta história, sabendo muito de higiene, de saudável alimentação e adequada ventilação. Anote tudo que foi dito e não esqueça jamais: todas essas dicas vão ser sempre essenciais. Fonte: *Higiene e saúde -- As dicas de Higeia*. STRZALKOWSKA, Malgorzata. São Paulo: Editora Salvat do Brasil, 2011. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Seção Juvenil Quebra-Cuca Caça-palavras Desafio 1: Localize as seguintes palavras: padaria, atletismo, Dubai (nome próprio), breu, interior, vermelho, sapato, dentista, Portugal (nome próprio), entregador, cozinha, dia, ema, teclado, Peru (nome próprio) e basquete. As palavras estão dispostas na horizontal e na vertical. taainteriorobab ltmvahysapatoya ellwirncwvxvxsi denzarwpadariak btjjnyharzfurdv oiidentistaojjz vsentregadorvip omfnodiayjisxtb bobtecladooxrae fshkzibreukcibi cwperuglyexwiau phccrentcmcczsn pdoufgnnsahuqqp puzvkwcfelixjus sbitxkxcivyefeh fanjycehxfrnsto fihnvermelhoseo ixaportugaluorh ::::::::::::::::::::::::

Desafio 2: Localize as palavras relacionadas ao futebol: zagueiro, estádio, bola, técnico, caneta, várzea, chuteira, gol, acréscimos, jogo, capitão, trave, quadra, treino, toque, bandeira, seleção e gandula. Lembre-se de que a busca deve ser feita horizontal (nas duas direções) e verticalmente (nos dois sentidos). As demais estarão na diagonal, nos dois sentidos: concentração, time, lançamento, reserva, gaveta, rede, área, letra, clube, lateral, tática e juiz.

seezagueirooxiy oidátseeszãepau bocincétmçjlgtr oaaezrávaiaigeu lchuteirantasnj amhlwltbçrveras jogoánbaeeraico adjgermdtvfojlm ctlcqeeaaáoãeli clnantravettxac douttreinorikrs caobxezdcampcdé toqueariednabar seleçãoaugocjuc gandulasljjebqa :::::::::::::::::::::::: Jogo da acentuação Qual a forma correta? 1) Ambigüidade ou ambiguidade Resposta: Ambiguidade. O trema foi abolido de todas as palavras da língua portuguesa. Essa marcação servia para destacar a pronúncia do *u* nas combinações: *gue*, *gui*, *que* e *qui*. Exceção: o trema foi mantido em nomes próprios estrangeiros, como Bündchen e Müller, e suas derivações, como mülleriano. 2) Vêem ou veem Resposta: Veem. Agora, os hiatos *oo*, *ee* não são mais acentuados. Atenção: O acento circunflexo continua valendo para sinalizar o plural dos verbos ter, vir e seus derivados: têm, vêm, retêm, intervêm. 3) Pêra ou pera Resposta: Pera. Usado para diferenciar palavras iguais com significados distintos, o acento diferencial foi abolido nestes casos: para (verbo e preposição), pelo (substantivo e preposição), polo (substantivo e preposição), pera (substantivo e preposição). Exceção: é mantido nas palavras pôde (verbo poder no passado) e pôr (verbo). Uso facultativo: Nos casos das palavras dêmos (subjuntivo e passado de dar) e fôrma (substantivo ou verbo). 4) Ateia ou atéia Resposta: Ateia. Paroxítonas que possuem ditongos abertos não devem mais ser acentuadas. Obs.: é chamado de ditongo o encontro de uma vogal e uma semivogal na mesma sílaba. 5) Redarguem ou redargúem Resposta: Redarguem. A letra *u* não é mais acentuada nas sílabas *gue*, *gui*, *que* e *qui*, em tempos verbais.

6) Rês ou res Resposta: Rês. Todos os monossílabos tônicos terminados em a(s), e(s), o(s) são acentuados. Fonte: ~,http:ÿÿ~ educarparacrescer.abril.~ com.brÿjogo-das-palavrasÿ~ index.shtml~, Jogo dos erros de português Qual a forma correta de escrever? 1) O time de basquete empatou em 3 a 3. 2) O time de basquete empatou por 3 a 3. Resposta: Opção 2). A preposição que deve suceder empatar é *por*. Dica: A mesma regra vale para os verbos ganhar (ganha-se por 3 pontos) e perder (perde-se por 3 pontos). 3) Ela abusou da bebida e entrou em coma alcoólica. 4) Ela abusou da bebida e entrou em coma alcoólico. Resposta: Opção 4). O substantivo *coma* é masculino, portanto o adjetivo segue a variação de gênero. 5) Ele sempre intermedeia os negócios da empresa. 6) Ele sempre intermedia os negócios da empresa. Resposta: Opção 5). O verbo intermediar conjuga-se como odiar. Neste exemplo, trata-se da terceira pessoa do singular do presente: ele odeia; logo, ele intermedeia. Dica: A mesma regra vale para os verbos mediar, remediar, ansiar, incendiar. Ex.: Eu anseio por boas oportunidades profissionais.

7) Nossos bates-papos varavam a madrugada. 8) Nossos bate-papos varavam a madrugada. Resposta: Opção 8). Quando o primeiro elemento de uma palavra composta for verbo, somente o segundo sofrerá variação e irá para o plural. 9) Não sei onde deixei meu óculos. 10) Não sei onde deixei meus óculos. Resposta: Opção 10). Óculos é substantivo plural; portanto, o correto é dizermos os *meus óculos*, respeitando a concordância de número. Fonte: ~,http:ÿÿ~ educarparacrescer.abril.~ com.brÿ100-errosÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Você Sabia? Maior dinossauro já descoberto é achado na Argentina Ossos fossilizados de um dinossauro, que se acredita ser a maior criatura que já andou na Terra, foram desenterrados na Argentina, dizem paleontólogos. Ao medir o comprimento e a circunferência do maior fêmur (osso da coxa) encontrado, os cientistas estimaram que o dinossauro tinha 40 metros de comprimento e 20 metros de altura -- quando esticava o pescoço. Com 77 toneladas, seria tão pesado quanto 14 elefantes africanos e sete toneladas mais pesado que o recordista anterior, o *Argentinosaurus*, também encontrado na Patagônia. Os cientistas acreditam que seja uma nova espécie de titanossauro -- enormes herbívoros que datam do período Cretáceo. Um trabalhador agrícola local tropeçou em seus restos no deserto perto de La Flecha, cerca de 250 quilômetros a oeste de Trelew, Patagônia. Os paleontólogos acharam cerca de 150 ossos no total. Os fósseis foram escavados, em seguida, por uma equipe do Museu de Paleontologia Egidio Feruglio, liderada por José Luis Carballido e Diego Pol. Eles desenterraram partes dos esqueletos de sete dinossauros -- cerca de 150 ossos no total -- tudo em "condição notável". Uma equipe de filmagem da unidade de História Natural da *BBC* capturou o momento em que os cientistas perceberam exatamente o quão grande era a sua descoberta. "Dado o tamanho desses ossos, o novo dinossauro é o maior animal conhecido que andou na Terra", os pesquisadores disseram à *BBC News*. "Com o pescoço esticado, ele tinha cerca de 20 metros de altura -- o equivalente a um edifício de sete andares", acrescentaram. Este herbívoro gigante viveu nas florestas da Patagônia entre 95 e 100 milhões de anos atrás, acreditam os cientistas, com base na idade das rochas em que foram encontrados os ossos. Mas, apesar de sua magnitude, ainda não tem um nome. "Ele terá um nome que descreva sua magnificência e em homenagem à região e aos proprietários rurais que nos alertaram sobre a descoberta", disseram os pesquisadores. Houve muitos candidatos anteriores ao título de "maior dinossauro do mundo". O último pretendente ao trono foi o *Argentinosaurus*, um tipo similar de saurópode. Originalmente, pensou-se que ele pesava 100 toneladas; mais tarde, porém, a estimativa foi revisada para cerca de 70 toneladas. É complicado estimar o peso dos dinossauros -- há mais de uma técnica e, em geral, os cálculos se baseiam em esqueletos incompletos. O peso do *Argentinosaurus* foi estimado a partir de somente alguns ossos; mas, no caso da nova descoberta, os pesquisadores tinham dezenas deles para trabalhar, tornando-os mais confiantes em sua estimativa. Paul Barrett, especialista em dinossauros do Museu de História Natural de Londres, concorda que a nova espécie é "realmente uma criatura grande". Ele advertiu, porém, que é difícil ter certeza de seu tamanho preciso, pois as estimativas são feitas com informações incompletas. Dinossauros do Brasil (Parte I) Conheça os dinossauros que habitaram o Brasil, onde viveram as principais espécies Milhões de anos atrás, dinossauros ocupavam a Terra. Muitos fósseis já foram encontrados no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Ceará e no Maranhão. Mas o número de espécies descritas ainda é pequeno, se comparado a países como a Argentina, que possui mais de 100 espécies identificadas, enquanto o Brasil tem apenas 21 oficialmente reconhecidas. "O número de espécies seria bem maior caso os fósseis de dinossauros brasileiros não fossem tão fragmentários, o que impede um estudo adequado", afirma Rafael Matos Lindoso, doutorando em Geologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo o paleontólogo Alexander Kellner, pesquisador do Museu Nacional da UFRJ, há também uma espécie normalmente tida como dinossauro, que passou a ser classificada como pré-dinossauro -- o *Sacisaurus agudoensis*. Existem ainda duas espécies questionáveis, cujo material coletado não serve para referência -- o *Spondylosoma absconditum* e o *Antarctosaurus brasiliensis*. Conheça agora os dinossauros que habitaram o Brasil. São apresentados com seus nomes científicos, composto por duas palavras. A primeira identifica o gênero, e a segunda, a espécie, que diferencia animais pertencentes a um mesmo gênero. *Pampadromaeus barberenai* O *Pampadromaeus barberenai* é membro da linhagem dos sauropodomorfos, grupo com hábitos tipicamente herbívoros, devido ao pescoço longo. Entretanto o *Pampadromaeus* tinha apenas 50 centímetros de altura, 1,2 metro de comprimento e pesava em torno de 15 quilos. Além disso, seus hábitos alimentares podem classificá-lo como onívoro. A estimativa é de que o dinossauro tenha vivido há 228 milhões de anos, no período Triássico, o que faria dele o dinossauro brasileiro mais antigo. Mas ainda não há confirmação. O nome da espécie, identificada em 2011, faz referência à paisagem local do RS, Pampa, enquanto *dromeus*, em grego, significa corredor. Os fósseis do "corredor dos pampas" foram encontrados na região Central do Rio Grande do Sul. *Tapuiasaurus macedoi* O *Tapuiasaurus macedoi* foi uma espécie de dinossauro saurópode herbívoro, que viveu na região Sudeste do Brasil, no período Cretáceo Inferior, há 120 milhões de anos. Esse gigante pescoçudo pesava 20 toneladas e tinha cerca de 4 metros de altura e 13 metros de comprimento. Seus fósseis, incluindo um crânio quase completo, foram encontrados em Minas Gerais. O nome científico do tapuiassauro faz referência aos índios que viviam no interior do Brasil, na época do descobrimento, e eram chamados na linguagem Gê de "tapuias". Já o nome da espécie presta homenagem a Ubirajara Alves Macedo, um dos pioneiros a descobrir os depósitos fossilíferos da região de Coração de Jesus. O *Tapuiasaurus macedoi* foi descrito em 2011. *Aeolosaurus maximus* O *Aeolosaurus* é um gênero conhecido que viveu no período Cretáceo, e esses animais foram primeiramente encontrados na região patagônica da Argentina. No entanto, esse novo dinossauro, provavelmente herbívoro, identificado em 2011, comprova a presença de titanossauros desse grupo em terras brasileiras. Os fósseis foram encontrados no interior do estado de São Paulo, na cidade de Monte Alto. O *Aeolosaurus maximus*, que recebeu esse nome devido ao seu tamanho, seria apenas uma nova espécie dentro do gênero *Aeolosaurus*. *Oxalaia quilombensis* O espinossaurídeo *Oxalaia quilombensis* é o maior dinossauro carnívoro já encontrado no Brasil. Ele viveu no período Cretáceo, há 95 milhões de anos, e tinha 4,5 metros de altura, cerca de 14 metros de comprimento e pesava 7 toneladas. O nome *Oxalaia* é uma homenagem a Oxalá, divindade africana, e *quilombensis* faz referência aos quilombos que existiam na Ilha de Cajual, no Maranhão, onde os fósseis foram encontrados. A espécie foi identificada em 2011.

*Adamantisaurus mezzalirai* O *Adamantisaurus mezzalirai* é um novo gênero de titanossauro, do grupo de saurópodes (dinossauros herbívoros de pescoço longo). Ele viveu no período Cretáceo, há 70 milhões de anos, na região que hoje compreende a América do Sul. Esse herbívoro pesava 12 toneladas e tinha 4 metros de altura e 15 metros de comprimento. A espécie foi descrita em 2006, e o nome do gênero surgiu devido à Formação Adamantina, no Estado de São Paulo, onde o fóssil foi encontrado. Já o nome da espécie, *mezzalirai*, homenageia o geólogo paulistano Sérgio Mezzalira, que descobriu esses fósseis.

*Maxakalisaurus topai* O Maxacalissauro pertence à família dos titanossauros e viveu na América do Sul no período Cretáceo, há 80 milhões de anos. O dinossauro herbívoro pesava 9 toneladas e tinha 4 metros de altura e 13 metros de comprimento. A espécie foi descrita em 2006, e o nome científico *Maxakalisaurus* é uma homenagem à tribo indígena Maxakalis, que vive no Estado de Minas Gerais, embora um tanto distante do local onde foram encontrados os fósseis. *Uberabatitan ribeiroi* O *Uberabatitan ribeiroi* é o maior dinossauro herbívoro brasileiro já encontrado. Esse saurópode titanossauro viveu no período Cretáceo, há 65 milhões de anos. Ele pesava cerca de 16 toneladas e tinha de 4 a 6 metros de altura e até 20 metros de comprimento. Descrito em 2006, seus fósseis foram encontrados em Minas Gerais, na região de Uberaba, que inspira o nome do dinossauro, junto com o "titan", de titanossauro. Enquanto o nome da espécie faz referência a Luiz Carlos Borges Ribeiro, diretor do Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price, que apoiou os trabalhos. *Baurutitan britoi* Esse dinossauro herbívoro viveu no período Cretáceo, há 70 milhões de anos, e pertence ao grupo de titanossauros. Com 4 metros de altura e 12 metros de comprimento, o *Baurutitan britoi* pesava 30 toneladas. Os fósseis foram encontrados em Uberaba, no estado de Minas Gerais, e a espécie foi descrita em 2005. O nome do dinossauro refere-se à formação geológica de Bauru, que pertence à região de Peirópolis, além de prestar uma homenagem ao professor Ignacio Machado Brito, grande nome da paleontologia brasileira. *Trigonosaurus princei* Pertencente ao grupo de titanossauros, o *Trigonosaurus pricei* era um herbívoro de 30 toneladas, 4 metros de altura e 12 metros de comprimento. Ele viveu no período Cretáceo, há 70 milhões de anos, provavelmente na região que se estende de Minas Gerais até a Bolívia. Os fósseis foram encontrados no bairro de Peirópolis, na cidade mineira de Uberaba, e a espécie foi descrita em 2005. *Unaysaurus tolentinoi* O *Unaysaurus* é um Prossaurópode que viveu no período Triássico, cerca de 225 milhões de anos atrás, tornando-se um dos dinossauros brasileiros mais antigos. Herbívoro, ele pesava 70 quilos e media 70 centímetros de altura e 2 metros de comprimento. A espécie, descrita em 2004, teve seus fósseis descobertos no Rio Grande do Sul, no Sítio Paleontológico de Água Negra, o que deu origem ao nome do dinossauro. Em tupi, unay significa "água negra", e saurus significa "lagarto"; *tolentinoi* home-

nageia o descobridor do fóssil, Tolentino Marafiga. Fontes: ~,http:ÿÿnoticias.~ terra.com.brÿcienciaÿ~ pesquisaÿmaior-dinossauro-~ ja-descoberto-e-achado-na-~ argentina,df9c7ceeb1b~ 06410VgnVCM4000009bcc~ eb0aRCRD.html~, ~,http:ÿÿnoticias.terra.com.~ brÿeducacaoÿdinossauros-do-~ brasilÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vamos Rir? Joãozinho, assustado, pergunta: -- Professora, alguém pode ser castigado por algo que não fez? -- Não, Joãozinho, nunca!!! -- Eba!!! Tô livre, não fiz a lição de casa... -- Nossa, Joãozinho, como suas notas estão baixas!!! -- É pra combinar com seu salário, fessora... O professor irritado Irritado com seus alunos, o professor lançou um desafio: -- Aquele que se julgar burro, faça o favor de ficar de pé. Todo mundo continuou sentado. Alguns minutos depois, Joãozinho se levanta. -- Quer dizer que você se julga burro? -- Perguntou o professor, indignado. -- Bem, para dizer a verdade, não! Mas fiquei com pena de ver o senhor aí, em pé, sozinho!!!

Técnicos num carro Quatro técnicos estão dentro de um carro. Aí, de repente, ele pifa. Cada um resolve, então, dar o seu diagnóstico. Técnico em mecânica: -- A caixa de câmbio deve ter estourado. Técnico em química: -- Não concordo. O problema está na composição do combustível. Técnico em eletricidade: -- Nada disso! É a bateria que está descarregada. Técnico em informática: -- E se a gente entrasse e saísse de novo? O que é, o que é: A gente leva para a mesa, corta e não come? R: O baralho. Há no pé, auxilia o pedreiro a construir a casa e também nasce na terra? R: A planta. Você dá sem saber e, se soubesse, não daria? R: Um tropeção. Você nunca pode comer no lanche? R: O almoço e o jantar. São todos irmãos, moram na mesma rua, mas, se um erra a casa, os demais também erram a sua? R: Os botões de uma camisa. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Historiando A inconfidente de saias A história da única mulher que participou da Inconfidência Mineira Única mulher envolvida na rebelião, Hipólita de Melo foi condenada por Lisboa e chegou a perder seus bens em Minas Gerais A imagem dos envolvidos na Inconfidência Mineira não deixa dúvidas: eram grandes homens comprometidos em libertar o Brasil de Portugal, e instaurar um regime baseado nos princípios republicanos dos Estados Unidos. Mas eles tinham companhia, uma doce companhia. Hipólita Jacinta Teixeira de Melo foi uma figura importante no movimento. No início, ajudou na comunicação entre os inconfidentes, arriscando-se a distribuir cartas e comunicados. Mais tarde, com os principais líderes presos, ela tentou organizar uma articulação com militares mineiros, para levar a revolução adiante. Hipólita nasceu em 1748, em Prados, interior de Minas. Educada, culta e de personalidade forte, casou-se com Francisco Antônio de Oliveira Lopes, companheiro do alferes Joaquim José da Silva Xavier. Seu marido era membro ativo do grupo de Tiradentes (a afinidade entre os dois nasceu quando serviam no Regimento dos Dragões de Minas, em Vila Rica). Hipólita tinha pleno conhecimento e apoiava o movimento. O que não existe, segundo seus biógrafos, é uma imagem da inconfidente. A família da garota marcava presença na política mineira. Seu pai, Pedro Teixeira de Carvalho, era um rico minerador e capitão-mor da Vila de São José Del Rey, atual cidade de Tiradentes. Ele deixou toda a sua fortuna para a filha, inclusive a Fazenda da Ponta do Morro, onde Hipólita continuou a morar com Francisco depois de casada. A fazenda tornou-se uma “célula” dos inconfidentes graças à sua localização estratégica: ficava próxima à Estrada Real, facilitando a comunicação entre os conjurados das cidades próximas, como São João Del Rey, Prados e a capital da província, Vila Rica. “Transformaram sua casa em ponto de encontro de outros descontentes. Ali compareciam os heróis da Inconfidência Mineira. Só não sabiam que, entre eles, um sobrinho (por afinidade) de Francisco Antônio, chamado Joaquim Silvério dos Reis, viria a ser um delator, um traidor, pois não lhe conheciam a falta de caráter” -- diz o historiador Ronaldo Simões Coelho, no livro "Hipólita -- A Mulher Inconfidente". “Hipólita foi a única mulher que participou da Inconfidência”, diz o historiador André Figueiredo Rodrigues, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e autor do estudo "A Mulher na Inconfidência Mineira", que disseca o período dos acontecimentos de 1789. Segundo ele, as informações do período são escassas, mas dois episódios comprovam a participação efetiva de Hipólita. O primeiro é uma carta escrita a Francisco Antônio, em maio de 1789, alertando que o líder Tiradentes e o traidor Joaquim Silvério dos Reis encontravam-se presos no Rio de Janeiro, por causa dos planos da revolução, delatados por Silvério dos Reis ao governo português. “Na carta, ela pediu para o marido agir com cautela, mas sem se furtar ou esquecer de que ele fazia parte de um grupo de revoltosos que lutava por ideais de melhoria das condições de vida e trabalho em Minas Gerais”, diz Rodrigues. Levante Outros inconfidentes também foram alertados por Hipólita, para que procurassem proteção. Por meio do compadre Vitoriano Veloso, que morava em um povoado próximo chamado Bichinho, ela enviou uma mensagem ao padre Carlos Correia de Toledo e Melo, vigário da Comarca do Rio das Mortes, um dos principais líderes dos inconfidentes. "Dou-vos parte, com certeza, de que se acham presos, no Rio de Janeiro, Joaquim Silvério dos Reis e o alferes Tiradentes, para que vos sirva ou se ponham em cautela; e quem não é capaz para as coisas, não se meta nelas; e mais vale morrer com honra que viver com desonra", escreveu Hipólita. No que dependesse da senhora pradense, a história do Brasil poderia, inclusive, ter tomado um rumo totalmente diferente. Vitoriano Veloso também levou, a mando da comadre, uma mensagem ao tenente-coronel Francisco de Paula Andrade, em Vila Rica, para que iniciasse o levante revolucionário imediatamente, e organizasse uma reação em toda a região das Minas, a partir da cidade do Serro, próxima de Diamantina. Outro episódio importante, que demonstra o envolvimento de Hipólita, foi o fato de proibir o marido de entregar ao então governador de Minas, o Visconde de Barbacena, uma carta-denúncia, delatando o movimento. A carta, que seria entregue pessoalmente por Francisco Antônio, para tentar diminuir sua pena por participar da Conjuração Mineira, foi queimada por Hipólita, que também destruiu outros documentos que pudessem delatar os revolucionários. Mesmo assim, ela tentou de tudo para salvar o marido, preso e enviado ao Rio de Janeiro junto com os outros inconfidentes. Durante o processo, mandou confeccionar um cacho de bananas de ouro maciço, em tamanho natural, ofertado à rainha de Portugal, dona Maria I, para obter o perdão do cônjuge. A oferenda, porém, jamais chegou ao destino, pois foi interceptada pelo Visconde de Barbacena. Preso, Francisco Antônio e os outros conjurados foram degredados para a África, onde morreram. Tiradentes foi o único a receber a pena de morte, e Vitoriano, que era negro e alfaiate, foi açoitado. Apesar de os autos da devassa registrarem apenas o julgamento e as penas dos integrantes masculinos da conjuração, Hipólita sofreu os efeitos da derrota dos inconfidentes. Durante anos, lutou para reaver os seus bens, confiscados pela Coroa. “Após a prisão dos inconfidentes e do início de repressão contra as famílias, dona Hipólita não escapou das punições impostas pela Coroa portuguesa”, diz Figueiredo Rodrigues. Acusada de participar do movimento, ela perdeu todos os bens. Inconformada, escreveu ao secretário do Ultramar, dom Rodrigo de Sousa Coutinho, em Lisboa, solicitando a restituição de boa parte do patrimônio sequestrado em Minas Gerais, alegando ser herança paterna. “A estratégia deu certo, pois ela conseguiu recuperar a fazenda Ponta do Morro, onde morava, e alguns bens, como objetos de casa e de mineração, móveis e escravos” -- diz o historiador Rodrigues. “A luta pela posse dos seus bens mostra o quanto Hipólita era corajosa e quebra a imagem da sociedade patriarcal, em que as mulheres eram submissas e se restringiam aos afazeres domésticos”, diz o historiador Elias Feitosa. “É possível, inclusive, que possa ter havido uma estratégia para a troca de mensagens sem provocar a desconfiança da Coroa. Quem iria suspeitar de uma mulher,

participando de uma revolução?” Fonte: ~,http:ÿÿ~ guiadoestudante.abril.com.~ brÿaventuras-historiaÿ~ inconfidente-saias-~ historia-unica-mulher-~ participou-inconfidencia-~ mineira-779271.shtml~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Leitura Interessante A pedra no caminho Conta-se a seguinte lenda: um rei, que viveu há muitos anos num país para lá dos mares, era muito sábio e não poupava esforços para inculcar bons hábitos nos seus súditos. Frequentemente, fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo se destinava a ensinar o povo a ser trabalhador e prudente. -- Nada de bom pode vir a uma nação -- dizia ele -- cujo povo reclama e espera que outros resolvam os seus problemas. Deus concede os seus dons a quem trata dos problemas por conta própria. Uma noite, enquanto todos dormiam, pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois, foi esconder-se atrás de uma cerca e esperou para ver o que acontecia. Primeiro, veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes, que ele levava para a moagem. -- Onde já se viu tamanho descuido? -- disse ele contrariado, enquanto desviava a sua parelha e contornava a pedra. -- Por que motivo esses preguiçosos não mandam retirar a pedra da estrada? E continuou a reclamar sobre a inutilidade dos outros, sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra. Logo depois, surgiu a cantar, um jovem soldado. A longa pluma do seu quepe ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia-lhe à cintura. Ele pensava na extraordinária coragem que revelaria na guerra. O soldado não viu a pedra, mas tropeçou nela e estatelou-se no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou na espada e enfureceu-se com os preguiçosos que, insensatamente, haviam deixado uma pedra enorme na estrada. Também ele se afastou então, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra. Assim correu o dia. Todos os que por ali passavam, reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém lhe tocava. Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro passou por lá. Era muito trabalhadora e estava cansada, pois, desde cedo, andara ocupada no moinho. Mas falou consigo: "Já está quase a escurecer e de noite, alguém pode tropeçar nesta pedra e ferir-se gravemente. Vou tirá-la do caminho.” E tentou arrastar, dali, a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra. Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres: "Esta caixa pertence a quem retirar a pedra." Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro. A filha do moleiro foi para casa com o coração cheio de alegria. Quando o fazendeiro, o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local onde se encontrava a pedra. Revolveram, com os pés, o pó da estrada, na esperança de encontrarem um pedaço de ouro. -- Meus amigos -- disse o rei -- com frequência, encontramos obstáculos e fardos no nosso caminho. Podemos, se assim preferirmos, reclamar alto enquanto nos desviamos deles, ou podemos retirá-los e descobrir o que eles significam. A decepção é, normalmente, o preço da preguiça. Então, o sábio rei montou no seu cavalo e, dando, deli-

cadamente, as boas-noites, retirou-se. Fonte: ~,http:ÿÿhumanizar.~ wordpress.comÿcategoryÿ~ reflexao-para-~ adolescentesÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Cuidando do Corpo e da Mente *Bullying e cyberbullying*: como não sofrer com isso Você já deve ter visto um amigo virando a piada da turma e, sem perceber, deu risada da situação. Achar graça da piada de alguém faz essa pessoa ganhar fama de engraçado, certo? O problema é quando o alvo da piada não gosta nadinha dessa situação e, por timidez ou medo, fica isolado e quieto. Nesse caso, a brincadeira perde a graça e a piada vira *bullying*. E você, que deu risada, acaba se transformando em plateia de algo muito desnecessário. Valentão sem noção O *bullying*, que vem do termo inglês "bully" e significa brigão, é sempre praticado por alguém que precisa se mostrar forte para todo mundo. Só que, na cabeça desse garoto ou dessa menina, o jeito mais fácil de parecer superior é humilhando e ofendendo os mais tímidos que não têm coragem de revidar os ataques. Tem como evitar? Se você é super na sua e jamais teria coragem de revidar o *bullying*, procure não se isolar no colégio. Existe sempre uma galera que tem mais a ver com você e que o curte, do jeitinho que é. Fique perto deles. Tem como acabar com isso? Por mais que você sinta vergonha e medo de reclamar, o seu silêncio só piora a situação. Fale com seus pais, com um professor ou mesmo com o diretor. Coloque na sua cabeça que ninguém no mundo tem o direito de o pôr para baixo. O ato de sofrer *bullying* pode piorar seu desempenho nos estudos e deixar a vida sofrida. Pense bem. “Uma menina da minha sala não era muito bonita e sempre ficava quieta. O pessoal a apelidou de $"Fiona$", sempre a zoavam. Até que um dia, no recreio, deram um tapa no rosto dela. Mas aí, eu e minhas amigas fomos ajudá-la. Mesmo assim, até hoje, essa menina se isola. Ela mal abre a boca.” (Luana, Contagem, MG)

Saia da plateia É mais fácil rir quando você vê alguém chamando um colega por um apelido muito feio, do que tomar partido e defendê-lo, não é? Mas pare para pensar: e se você estivesse no lugar desse amigo que vive de cabeça baixa? Por isso, vale a pena olhar feio para o valentão/valentona que pratica o esporte de humilhar quem é mais quietinho. Quando o *bullying* é praticado por um amigo seu: provavelmente sua turma toda percebe que o que essa pessoa faz é errado. Então, que tal criar coragem e dar um toque nela? Diga-lhe que pôr os outros para baixo não é, nem nunca vai ser, algo bacana. Não tenha medo. “Tornar-se cúmplice fortalece o agressor”, explica a psicóloga Maria Tereza Maldonado. Quando o *bullying* é praticado contra um amigo seu: incentive a pessoa a procurar ajuda de algum responsável (tanto no colégio, quanto em casa). Se você vir que ela tem vergonha de fazer isso, converse você mesmo com um professor, o que não pode é deixar para lá. “É desse silêncio que se valem os agressores. Por isso, nada de ficar quietinho”, aconselha a psicóloga Maria Irene Maluf. “Os meninos da minha sala adoram zoar um garoto do 2º ano. Até comida já esfregaram no rosto dele. O pior é que a direção do colégio não faz nada em relação a isso. E, que eu saiba, ninguém foi avisar à

direção.” (Caroline, Carapicuíba, SP). Fonte: ~,http:ÿÿtodateen.~ uol.com.brÿpapo-bffÿ~ bullying-e-cyber-bullying-~ como-nao-sofrer-com-issoÿ~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Tome Nota Como driblar a insegurança no primeiro emprego? É muito comum sentirmos insegurança quando temos de enfrentar a experiência do primeiro emprego. Nessa hora, é preciso não ter medo de errar, afinal, o momento é um aprendizado e se soubermos retirar proveito, ganharemos uma tremenda bagagem pessoal e profissional. Ao mesmo tempo em que a inexperiência pode provocar vergonha de se expor, se você for uma pessoa ponderada, saberá reverter a situação, ou seja, vai lembrar que está ali para aprender. Portanto, é preciso se expor: Perguntar, questionar, estar a par de tudo que está ao seu alcance. Ser comunicativo, não deixar que nenhuma dúvida o acompanhe até o final do expediente. Para quem já ouviu brincadeiras de mau gosto (muito comum por sinal) por parte dos mais velhos, que não perdem uma oportunidade de lembrar da sua condição de "novato", é bom ficar sabendo que essas pessoas ou são mal informadas ou estão fora de moda. Hoje em dia, a empresa produtiva e competitiva, trata os estagiários e recém-contratados como se fossem a menina de seus olhos. O investimento em treinamentos, nesses perfis de empregados, é hoje uma das armas das companhias para formar profissionais que, futuramente, exerçam postos de diretores e gerentes. Então, lembre-se: a sua vontade de aprender e seu interesse é o que vale. A insegurança e o medo não são nada interessantes aos olhos de seu chefe. Para nos orientar melhor sobre esse momento delicado, conversamos com o professor Hélio Roberto Deliberador, coordenador da clínica de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP): P: Como o recém-empregado deve agir no ambiente de trabalho para sentir-se bem? R: É preciso ser capaz de olhar, avaliar, participar e reconhecer o ambiente e as possibilidades de contribuição para que se torne um local melhor. É preciso observar muito e tentar descobrir como lidar, de maneira amigável e prazerosa, com os colegas de trabalho, e nunca se esquecer de manter a humildade. P: O que fazer para perder o medo e tomar decisões no novo trabalho? R: Existe o que chamo de "Um Deus" que protege os iniciantes, o próprio nome já diz. Você começou agora e é necessário ser capaz de ter iniciativas e superar esse medo, porque é permitido errar. O erro é um acerto que ainda não aconteceu, se você souber compartilhar com os outros essa situação, sem medo ou vergonha. Todos nós somos eternos aprendizes. P: Qual a melhor atitude para conquistar o respeito dos novos amigos de trabalho? R: Usar sempre a sabedoria e lembrar que dependemos de muitas coisas para estarmos bem. Nunca impor suas ideias, sem querer ouvir os outros. Não ser autoritário e não fingir ter uma personalidade que não é a sua. P: O que devemos fazer, quando ainda não estamos seguros se, realmente, escolhemos e estamos trabalhando na carreira certa? R: Devemos reunir o maior número de informações possíveis acerca das possibilidades existentes, dialogar com pessoas que convivem concretamente com estas realidades, olhar para nós mesmos e perceber, quais das nossas habilidades mais gostamos. Receber ajuda de profissionais, também é importante. Existem os orientadores que ajudam a nos conhecermos melhor. Para quem está em dúvida sobre o que realmente o satisfaz, é preciso descobrir nas mais variadas conjunturas do dia a dia. P: Até que ponto devemos nos render às convenções sociais para nos darmos bem? Como devemos lidar com nossos defeitos, aceitando-os ou tentando modificá-los? R: Fazendo os dois movimentos, pois a aceitação é muito importante. A capacidade de mudança também é muito importante para conseguir "melhorar" nossos defeitos e ampliar as virtudes. A possibilidade de mudança é algo muito humano, desde que tenhamos os estilos adequados. Fazemos mudanças extremamente significativas na vida, a qualquer tempo. Por exemplo, uma pessoa de 60 anos de idade é capaz de sentir e agir como um adolescente apaixonado. Frente a um contato afetivo, abrir-se a esta circunstância, mudar ou manter o que essencialmente tem dentro de si. Como já dizia Raul Seixas, “somos uma metamorfose ambulante”, nós somos nossas origens, e criamos novas características diante de novas pessoas e novas convenções. P: O que é ser flexível no ambiente de trabalho? R: É ser capaz de perceber os outros e as situações, estar atento e aberto a tudo. Estar disposto a olhar, aprender, ver, escutar e dialogar. P: Quando aparece algum desafio no trabalho, e não sabemos se vamos conseguir superá-lo, é melhor esperar sermos mais experientes ou ir em frente, sabendo que podemos errar? R: Ir em frente, sabendo que o erro é a realização que está se preparando. Ninguém nasceu sabendo. Errar é a possibilidade de vir a acertar no momento seguinte, desde que a pessoa seja capaz de aprender com o erro e sempre compartilhar com quem possa ajudar a corrigi-lo. Nós somos seres sociais, e viver junto, em organização, é a condição humana que nos caracteriza. Fonte: ~,http:ÿÿcarreiras.~ empregos.com.brÿcarreiraÿ~ administracaoÿgeÿbuscaÿ~ dilemasÿ160903-~ inseguranca{-primeiro{-~ emprego.shtm~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Espaço do Leitor Na edição n.o 348 de *Pontinhos*, o peixe Fritz engoliu um relógio. Pedimos, então, aos leitores ideias que ajudassem Fritz a se livrar do relógio. O texto escolhido foi o seguinte: "Então, o peixe Fritz deveria nadar muito rápido para frente, sem parar. Ele nadou tão rápido, mas tão rápido, que a bateria acabou. A namorada dele ficou muito feliz, pois ele conseguiu acabar com o tiquetaque, e todos viveram felizes para sempre." Turma 201 -- 1ª Fase do Ensino Fundamental do Instituto Benjamin Constant. Professora: Raffaela. Alunos: Arthur Cardoso, Giovana Pereira, Gustavo Lima, Isadora Conceição, Luany Melo, Maria Paula dos Santos, Pedro Henrique Pinto, Robert Santiago. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Vocabulário -- A Açoitado: Particípio do verbo açoitar; chicoteado, espancado.

Advertir: v. Chamar a atenção de. Alferes: s. m. 2n. Antigo posto militar do Exército, logo abaixo de tenente. Alheio: adj. O que não lhe diz respeito. Ambiguidade: s. f. Falta de clareza provocada por duplicidade de sentido de uma palavra ou frase. Aristocracia: s. f. Forma de governo exercida por uma minoria nobre ou de classe social privilegiada. Atinar: v. Descobrir pelo raciocínio; perceber, compreender. Autos da devassa: Conjunto das peças de um processo de investigação judicial. -- B Breu: s. m. Escuridão, trevas.

-- C Caixa de câmbio: Conjunto de engrenagens que permitem a variação adequada das marchas de um veículo. Cangaceiro: s. m. Bandido do sertão nordestino. Carnívoro: adj. Que se alimenta de carne. Circunferência: s. f. A medida do contorno mais ou menos circular. Conjuntura: s. f. Situação, circunstância. Contrariado: adj. Insatisfeito, aborrecido. Conveniente: adj. 2g. Proveitoso. Cúmplice: adj. Conivente. Cretáceo: adj. Período da Era Mesozoica, quando surgiram os primeiros mamíferos e plantas. *Cyberbullying*: *Bullying* virtual; qualquer tipo de violência (difamação, ameaça ou intimidação) praticada através de mensagens enviadas pela internet ou por celulares. -- D Degredado: Particípio do verbo degradar; expulso de um país, por ser considerado um criminoso. Delator: s. m. Aquele que acusa, denuncia. Desembaraço: s. m. Ausência de constrangimento, de timidez. Diagnóstico: s. m. Conhecimento de algo percebido por certos sinais. Dissecar: v. Analisar, examinar minuciosamente. Distinto: adj. Diferente. Divindade: s. f. Estado ou a qualidade de ser divino; Deus. -- E Escassa: adj. Pouca, insuficiente.

Essencial: adj. 2g. Fundamental, indispensável. Estimado: Particípio do verbo estimar; querido, respeitado. Estimativa: s. f. Avaliação. -- F Fêmur: s. m. Único osso da coxa. Folguedo: s. m. Divertimento, folia, brincadeira. Fóssil: s. m. Resto de seres vivos que habitaram a Terra em épocas remotas. Frade: s. m. Membro de uma ordem religiosa que vive em convento. -- H Herbívoro: adj. Que se alimenta de vegetais. -- I Inculcar: v. Fazer gravar ou assimilar algo na consciência de alguém. Insensatamente: adv. De modo inconsequente ou imprudente. -- L Levante: s. m. Ação coletiva de insurgência contra a ordem ou a autoridade estabelecida. Linhagem: s. f. Linha de parentesco. -- M Magnitude: s. f. Grandeza, tamanho. Moagem: s. f. Ação de moer sementes. Moleiro: s. m. Aquele que trabalha em moinho. Mote: s. m. Sentença breve para o desenvolvimento ou resumo de um poema. -- O Onívoro: adj. Que se alimenta de carnes e vegetais.

-- P Paleontólogo: s. m. Especialista em Paleontologia, que estuda os fósseis animais e vegetais. Parelha: s. f. Par de animais para puxar veículos. Ponderada: adj. Equilibrada, sensata. Prudente: adj. 2g. Cauteloso. -- Q Quepe: s. m. Boné com viseira, uma peça do uniforme militar. Quilombo: s. m. Esconderijo de escravos fugitivos. -- R Redarguir: v. Replicar, argumentar. Rês: s. f. Qualquer quadrúpede usado na alimentação humana.

Rincão: s. m. Local bem protegido, rodeado de matas ou rios; recanto. -- S Saurópodes: s. m. pl. Grandes dinossauros quadrúpedes e herbívoros dos períodos Jurássico e Cretáceo. Suculenta: adj. Que tem bom aspecto e desperta o apetite. Súdito: s. m. Subordinado, servo. Suprir: v. Satisfazer ou cobrir necessidades. -- T Tática: s. f. Meio utilizado para sair-se bem em determinada situação (disputa, jogo, etc.). Triássico: adj. Período da Era Mesozoica, caracterizado pela presença dos grandes sáurios (lagartos), aquáticos e terrestres. -- V Varar: v. Atravessar (período de tempo); passar. Várzea: s. f. Campo de futebol situado em terreno baldio e usado por times de amadores. Vigor: s. m. Força, vitalidade, energia. -- Z Zoar: v. Tirar sarro de alguém, debochar. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra Transcrição: Fernanda Hélen Souza de Figueiredo Revisão: João Batista Alvarenga