PONTINHOS Ano LIV, n.o 346, Maio/Agosto de 2013 Ministério da Educação Instituto Benjamin Constant Publicação Quadrimestral de Informação e Cultura Editada na Divisão de Pesquisa, Documentação e Informação Impressa na Divisão de Imprensa Braille Fundada em 1959 pelo Prof. Renato M. G. Malcher Av. Pasteur, 350/368 -- Urca Rio de Janeiro -- RJ CEP: 22290-240 Tel.: (55) (21) 3478-4458 E-mail: ~,pontinhos@ibc.gov.br~, Site: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.br~, Livros Impressos em Braille: uma Questão de Direito País Rico É País sem Pobreza

Diretora Geral do IBC Maria Odete Santos Duarte Comissão Editorial Ana Paula Pacheco da Silva João Batista Alvarenga Leonardo Raja Gabaglia Maria Cecília Guimarães Coelho Vitor Alberto da Silva Marques Colaboração Marlene Maria da Cunha Paula Rianelli Publicação e distribuição em Braille, conforme Lei n.o 9.610 de 19/02/1998 e Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braille, MEC/SEESP, 2006. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ~ ?itemid=381~,

¨ I Sumário Seção Infantil Histórias para Ler e Contar O cão e seu reflexo ::::::::: 1 O galo e a raposa ::::::::::: 2 Um asno em pele de leão ::::: 4 O leão e o mosquito ::::::::: 5 A galinha ruiva ::::::::::::: 6 Os brutos também amam ::::::: 9 Zinho, o detetive ::::::::::: 14 Curiosidades :::::::::::::::: 19 Linhas cruzadas ::::::::::::: 24 Seção Juvenil Cuidado com a cabeça :::::::: 27 Nosso velho amigo Sol :::::: 29 A água nunca para! :::::::::: 30 Como foi inventada a televisão ::::::::::::::::: 34 Vamos Rir? ::::::::::::::::: 40

Historiando O DNA do avião :::::::::::: 45 Leitura Interessante Coragem ::::::::::::::::::::: 55 Teste Que profissão tem tudo a ver com você? :::::::::::::::::: 58 Vocabulário ::::::::::::::::: 68 Seção Infantil Histórias para Ler e Contar O cão e seu reflexo Um cão estava se sentindo muito orgulhoso de si mesmo. Achara um enorme pedaço de carne e levava-o na boca, pretendendo devorá-lo em paz em algum lugar. Ele chegou a um curso de um rio e começou a cruzar a estreita ponte que o levava para o outro lado. De repente, parou e olhou para baixo. Na superfície da água, viu seu próprio reflexo brilhando. O cão não se deu conta que estava olhando para si mesmo. Julgou estar vendo outro cão com um pedaço de carne na boca. -- Opa! Aquele pedaço de carne é maior que o meu, -- pensou ele. -- Vou pegá-lo e correr. -- Dito e feito. Largou seu pedaço de carne para pegar o que estava na boca do outro cão. Naturalmente, seu pedaço caiu n'água e foi parar bem no fundo, deixando-o sem nada. Moral da história: Quem tudo quer tudo perde. Fonte: ~,http:ÿÿprofessorarayna.~ blogspot.com.brÿ2012ÿ05ÿ~ cao-e-seu-reflexo-um-cao-~ estava-se.html~, :::::::::::::::::::::::: O galo e a raposa O galo cacarejava em cima de uma árvore. Vendo-o ali, a raposa tratou de bolar uma estratégia para que ele descesse e fosse o prato principal de seu almoço. -- Você já ficou sabendo da grande novidade, galo? -- perguntou a raposa. -- Não. Que novidade é essa? -- Acaba de ser assinada uma proclamação de paz entre todos os bichos da terra, da água e do ar. De hoje em diante, ninguém persegue mais ninguém. No reino animal

haverá apenas paz, harmonia e amor. -- Isso parece inacreditável! -- comentou o galo. -- Vamos, desça da árvore que eu lhe darei mais detalhes sobre o assunto -- disse a raposa. O galo, que de bobo não tinha nada, desconfiou que tudo não passava de um estratagema da raposa. Então, fingiu estar vendo alguém se aproximando. -- Quem vem lá? Quem vem lá? -- perguntou a raposa curiosa. -- Uma matilha de cães de caça -- respondeu o galo. -- Bem... nesse caso é melhor eu me apressar -- desculpou-se a raposa. -- O que é isso, raposa? Você está com medo? Se a tal proclamação está mesmo em vigor, não há nada a temer. Os cães de caça não vão atacá-la como costumavam fazer. -- Talvez eles ainda não saibam da proclamação. Adeusinho! E lá se foi a raposa, com toda a pressa, em busca de uma outra presa para o seu almoço. Moral da história: é preciso ter cuidado com amizades repentinas. Fonte: ~,http:ÿÿmetaforas.com.~ brÿo-galo-e-a-raposa~, :::::::::::::::::::::::: Um asno em pele de leão Um asno, tendo colocado sobre seu corpo uma pele de leão, vagou pela floresta e divertia-se com o pavor dos animais que ia encontrando pelo seu caminho. Por fim encontrou uma raposa, e, ele tentou amedrontá-la também. Mas a raposa, tão logo escutou o som de sua voz, exclamou: -- Eu provavelmente teria me assustado, se antes não tivesse escutado seu zurro. Moral da história: um tolo pode se esconder com belas roupas, mas

suas palavras dirão a todos quem na verdade é. Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ portalsaofrancisco.com.brÿalfaÿ~ literatura-infantil-classicos-~ infantisÿasno-em-pele-de-leao.~ php~, :::::::::::::::::::::::: O leão e o mosquito Um leão ficou com raiva de um mosquito que não parava de zumbir ao redor de sua cabeça, mas o mosquito não deu a mínima. -- Você está achando que vou ficar com medo de você só porque você pensa que é rei? -- disse ele altivo, e em seguida voou para o leão e deu uma picada ardida no seu focinho. Indignado, o leão deu uma patada no mosquito, mas a única coisa que conseguiu foi arranhar-se com as próprias garras. O mosquito continuou picando o leão, que começou a urrar como um louco. No fim, exausto, enfurecido e coberto de feridas provocadas por seus próprios dentes e garras, o leão se rendeu. O mosquito foi embora zumbindo para contar a todo mundo que tinha vencido o leão, mas entrou direto numa teia de aranha. Ali o vencedor do rei dos animais encontrou seu triste fim, comido por uma aranha minúscula. Moral da história: muitas vezes o menor de nossos inimigos é o mais temível. Fonte: ~,http:ÿÿmetaforas.com.~ brÿo-leao-e-o-mosquito~, :::::::::::::::::::::::: A galinha ruiva Era uma vez uma galinha que morava com seus pintinhos numa fazenda. Um dia ela percebeu que o milho estava maduro, pronto para ser colhido e virar um bom alimento. A galinha ruiva teve a ideia de fazer um delicioso bolo de milho. Todos iam gostar! Era muito trabalho: ela precisava de bastante milho para o bolo. Quem podia ajudar a colher a espiga de milho no pé? Quem podia ajudar a debulhar todo aquele milho? Quem podia ajudar a moer o milho para fazer a farinha de milho para o bolo? Foi pensando nisso que a galinha ruiva encontrou seus amigos: -- Quem podia me ajudar a colher o milho para fazer um delicioso bolo de milho? -- Eu é que não, disse o gato. Estou com muito sono. -- Eu é que não, disse o cachorro. Estou ocupado. -- Eu é que não, disse o porco. Acabei de almoçar. -- Eu é que não, disse a vaca. Está na hora de brincar lá fora. Todo mundo disse não. Então, a galinha ruiva foi preparar tudo sozinha: colheu as espigas, debulhou o milho, moeu a farinha, preparou o bolo e colocou no forno. Quando o bolo ficou pronto... Aquele cheirinho bom de bolo foi fazendo os amigos se chegarem. Todos ficaram com água na boca. Então a galinha ruiva disse: -- Quem foi que me ajudou a colher o milho, preparar o milho, para fazer o bolo? Todos ficaram bem quietinhos (Ninguém tinha ajudado.) -- Então quem vai comer o delicioso bolo de milho sou eu e meus pintinhos, apenas. Vocês podem continuar a descansar olhando. E assim foi: a galinha e seus

pintinhos aproveitaram a festa, e nenhum dos preguiçosos foi convidado. Fonte: ~,http:ÿÿwww.qdivertido.~ com.brÿverconto.php?codigo=22~, :::::::::::::::::::::::: Os brutos também amam Era uma vez um casal de leões que viviam muito felizes na floresta. Já tinham tido vários filhos que cresceram e foram viver a sua vida. Agora tinham um filhote recém-nascido que era o seu encanto. O leão era lindo! Tinha o pelo farto e uma magnífica juba. A leoa não era tão bonita quanto ele. Seu pelo era mais raso e menos sedoso, mas o leão achava que ela era a leoa mais bonita da floresta. O leão era forte, orgulhoso, e tido como o Rei dos Animais, julgava-se superior a todos os outros que o temiam e respeitavam. A leoa era humilde. Amava o leão, admirava sua força e sua beleza, sentia-se protegida ao seu lado, mas achava que ele era muito rude com os animais mais fracos e dizia isso a ele que retrucava: -- Se Deus me fez mais belo e mais forte é porque queria que eu os dominasse, que eles rastejassem a meus pés. -- Ou será que você sendo o mais forte, devia proteger os outros? -- Imagine! Eu nasci para dominar e eles para serem dominados. Um dia, porém, ele saiu para dar uma volta enquanto ela ficava em casa cuidando do leãozinho e quando voltou encontrou-a presa em uma armadilha e o filhinho tinha desaparecido. Ficou desesperado! Não sabia se soltava a leoa ou se corria à procura do leãozinho, mas não sabia como fazer nem uma coisa nem outra. Na certa algum caçador prendera a leoa para poder capturar o filhote, que provavelmente seria vendido para um circo ou um zoológico. Ficaria conhecido e famoso, mas o leão não queria saber disso. Queria a companheira e o filhinho a seu lado. Usando sua prerrogativa de rei, convocou todos os bichos da redondeza e pediu ajuda. A primeira a se manifestar foi a formiga: -- Estou pronta a ajudar. Mas o leão expulsou-a: -- Sai já daqui! Você é um inseto miserável, não presta pra nada! Entretanto, um a um, todos os outros animais negaram-se a socorrer o leão. O macaco falou: -- Eu não vou fazer nada. Você sempre me desprezou. Bem feito! A onça disse: -- Eu não vou me meter nas encrencas dos outros. Chega as minhas. Arranje-se! A cobra também se esquivou: -- Você não dizia sempre que eu vivia rastejando? Agora é você que está se arrastando a nossos pés para pedir ajuda. E assim um a um, todos os súditos do rei leão negaram-se a auxiliá-lo e ele ficou muito aflito. Foi então que a leoa chegou perto dele e fez-lhe um carinho: -- Você!? Como conseguiu escapar da armadilha? -- Um ratinho me ajudou. -- Um rato? Que humilhação! Ficar devendo favor a um rato! Mas, como foi que o rato conseguiu soltá-la? -- Não foi bem um rato. Ele chamou seus amigos e todos juntos foram roendo a armadilha até conseguir fazer um buraco suficiente para eu sair. -- É incrível! Todos os animais tinham ido embora, menos a formiga que, aproximando-se da leoa, ofereceu-se mais uma vez: -- Eu posso ajudar. -- Como? -- Eu sei onde está o leãozinho. -- Pois então nos leve até lá. -- Eu vi quando os caçadores se abrigaram em uma tenda, lá perto do meu formigueiro, mas eles estão armados. Se vocês se aproximarem eles os matarão. Mas, não se incomodem que eu sei o que fazer. Foi rapidamente ao formigueiro e convocou milhares de formigas para acompanhá-la na emocionante aventura de salvar o filho do leão. Todas juntas invadiram a tenda onde os caçadores dormiam e rapidamente os cobriram de picadas. Acordaram aturdidos e saíram correndo, sentindo ferroadas pelo corpo todo e deixando o animalzinho roubado lá dentro. O leãozinho estava dormindo. Era muito pequeno e muito frágil para se defender e nem sabia ao

certo o que estava lhe acontecendo. Os leões que aguardavam à distância não perderam tempo, invadiram a tenda e saíram levando o filhinho. E a família leonina foi feliz para sempre. Moral da história: Ninguém é tão poderoso que nunca precisará de ajuda nem tão insignificante que não possa ajudar. Fonte: ~,http:ÿÿmscamp.~ wordpress.comÿ2008ÿ10ÿ14ÿ~ os-brutos-tambem-amam~, :::::::::::::::::::::::: Zinho, o detetive O Detetive Zinho estava em seu quarto arrumando suas coisas de detetive, quando ouviu um grito pavoroso: -- Aaaiiiii! Zinho saltou da cama, pegou sua lupa e seu chapéu, e abriu a porta do seu quarto. Daí ouviu o grito de novo: -- Aaaiiiii! Zinho quase se assustou. Mas aí lembrou-se que um verdadeiro detetive não se assusta. Engoliu o susto em seco e pegou um desentupidor de pia que estava no corredor. Com o desentupidor debaixo do braço ele se sentiu mais confiante para enfrentar aquela ameaça terrível. E pôs-se a investigar de onde viriam os gritos. -- Aaaiiiii! Era o grito pavoroso de novo. Zinho já estava no alto da escada quando decidiu pegar mais uma arma: entrou no quarto da mãe e saiu de lá com um sutiã na mão para usar como se fosse estilingue. Testou o suti-estilingue e... funcionava. Lançou uma bola de meia longe. A bola bateu no espelho do corredor, voltou e bateu na cabeça de Zinho, que ficou meio atordoado. O que mostrava que o suti-estilingue funcionava. -- Aaaiiiii! Quanto mais descia a escada mais pavoroso o grito ficava. E o detetive Zinho resolveu se armar de um tênis largado pelo irmão mais velho bem no pé da escada. O tênis estava muito sujo e Zinho fez a besteira de cheirar o tênis do irmão. -- Arrgghh! Que chulé! -- disse Zinho tapando o nariz. Era mais uma arma perfeita contra o que quer que fosse que estava causando aqueles gritos de medo. E por falar em grito: -- Aaaiiiii! Passando pelo banheiro no corredor o detetive Zinho entrou. Pelo barulho que fez deve ter derrubado um monte de coisas lá dentro. E saiu armado de papel higiênico (pra amarrar o inimigo), uma escova de dentes (caso ele esteja com mal-hálito) e um rodo (que podia ser usado como espada ou coisa assim). Carregado com todos esses apetrechos o detetive Zinho ouviu novamente: -- Aaaaaahhhhhh! O grito tinha ficado ainda mais pavoroso. E finalmente Zinho pôde identificar de onde vinha o grito: da cozinha. Aproximou-se com cuidado da porta da cozinha, que estava fechada. O detetive Zinho ainda se lembrou de pegar um espanador que estava numa mesinha perto da porta. Por um segundo ou dois hesitou. Devia mesmo entrar? Que terríveis perigos o aguardavam atrás daquela porta. -- Aaaaahhhhhhhh! Quando ouviu esse último grito não teve dúvidas: ele ia fazer o que tinha vindo fazer. E chutou a porta da cozinha com tanta força que ela se abriu estrondosamente. Pôde ver então sua irmã mais velha em cima de uma cadeira. A irmã olhava para o lado e deu mais um grito horripilante: -- Socoorroooo! Que terríveis monstros marcianos atacavam a cozinha querendo raptar sua irmã? Que perversos bandidos assaltavam a casa em busca dos doces que sua mãe tinha feito para o jantar? Que cruéis monstros sanguinários invadiam a casa prontos para sugar todo o leite da geladeira até a morte? O detetive Zinho tentou manter a calma. E reparou que sua irmã olhava para baixo. Estalou os dedos e concluiu brilhantemente: -- Ahá! O que está assustando minha irmã deve estar no chão! Então o detetive aproximou-se do ser maligno que estava causando todo esse terror em sua parente tão próxima. Armado com todos os objetos que pegou pela casa ele não tinha medo, não podia falhar. E foi então que ele chegou bem perto e pôde ver, ali no chão limpo da cozinha... uma barata. Fonte: ~,http:ÿÿbit.lyÿtbrjqq~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Curiosidades História do dia 5 de setembro -- Dia da Amazônia Todos costumam dizer que a Amazônia é o pulmão do mundo. Mas você sabe por que dizem isso? A Carol me contou que as pessoas falam isso simplesmente porque a Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do planeta e a mais rica em espécies vegetais e animais. A Amazônia corresponde a 30% da área da América do Sul, e abrange parte do território do Brasil, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Ufa! Mas ainda tem mais: o Rio Amazonas, com seus 6.868 km, é o principal rio da maior bacia hidrográfica do mundo e cruza todo o Norte do Brasil, e as árvores da Amazônia ainda limpam, renovam o ar e ajudam a regular a temperatura do planeta. Quanta coisa, não é mesmo? Infelizmente, mesmo sabendo disso tudo, muitas pessoas continuam devastando a floresta. Cortam árvores, contaminam os rios e matam os animais. A Carol organizou para o dia de hoje uma campanha legal para esclarecer os colegas da escola sobre a importância de proteger a Floresta Amazônica. Ela diz que preservar o "pulmão do mundo" é preservar a vida em nosso planeta! Que tal fazer o mesmo? Fonte: ~,http:ÿÿwww.~ omeninomaluquinho.com.brÿ~ PaginaHistoriaÿ~ PaginaAnterior.asp?da=~ 05092012~, Conheça a ariranha, um mamífero que vive nos rios da América do Sul Que bicho é? O nome ariranha vem do tupi "ari rana”, que quer dizer “parecido com irara (irara é um mamífero da mesma família da ariranha). E as aranhas nem chegam perto dessa história! Bicho sul-americano Ariranhas são mamíferos aquáticos que habitam áreas com rios pela América do Sul. No Brasil, são encontradas na Amazônia e no Pantanal (Mato Grosso do Sul). Só no mergulho Ela nada muito bem! E adora ficar em bancos de areia e em rios calmos, onde captura comida facilmente, como peixes, crustáceos, moluscos, roedores, aves aquáticas e até jacarés pequenos. Cheirinho especial É nojento e verdadeiro: para demarcar o território em que vive, ela lambuza o corpo com o próprio cocô e xixi. Assim, qualquer outro bicho sabe quem manda naquele lugar. Argh! Hora de comer Durante a caça, elas usam a boa visão para procurar comida. Olfato e audição bem apurados também ajudam a encontrar alimento nas águas escuras dos rios em que as ariranhas ficam. Sempre juntas Elas vivem em família, de cinco a oito animais, e emitem sons que parecem gritos. Para ter filhotes, os casais cavam tocas em barrancos. Com cerca de 3 meses, os bebês já nadam! Você sabia que: Em outros países da América do Sul, a ariranha é chamada de lobo de rio, lobo de gravata e onça-d'água? Entre as décadas de 1960 e 1970, as ariranhas quase foram extintas? Foi por causa da caça para usar a pele do bicho.

Ficha da ariranha Tamanho: até 2,2 metros de comprimento. Peso: até 34 quilos. Alimentação: caranguejos, peixes e outros pequenos vertebrados. Fonte: ~,http:ÿÿwww.recreio.com.~ brÿlicao-de-casa~, Como funciona a escada rolante Ela sobe e desce sem parar graças a um motor elétrico: ele fica escondido no alto da escada e faz os degraus (presos a uma corrente) irem de uma ponta a outra. Depois, os degraus fazem o caminho de volta pelo lado de dentro da escada, onde não os vemos. Em seguida, tudo recomeça. Fonte: *Revista Recreio* -- 9/5/2013

Existem câmeras fotográficas do tamanho de um grão de feijão? Sim, há até menores! A maioria é usada por médicos para nos analisar por dentro. Por exemplo: há aparelhos um pouco maiores do que comprimidos, que são engolidos por pacientes e viajam pelo sistema digestório, enviando as imagens para um receptor amarrado na cintura. Depois, ele sai com o cocô. Outros modelos são usados em brinquedos e até em espionagem! Fonte: *Revista Recreio* -- 9/5/2013 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Linhas cruzadas Já ouviu falar em telefone de copos ou de latas? Poucas décadas atrás, esta brincadeira divertia muito as crianças. Copos descartáveis ou latas interligadas por barbantes permitem uma comunicação nítida entre duas pessoas mesmo à distância. Agora, já pensou colocar mais copos ou latas nessa brincadeira? O resultado é a maior linha cruzada! Reúna os amigos e faça o teste. Você vai precisar de: õo Quatro copos descartáveis de plástico ou papelão; õo Rolo de barbante; õo Quatro clipes; õo Tesoura sem ponta; õo Lápis. Como fazer: Pegue os copos e com lápis faça um furo no fundo de cada um deles. Corte um pedaço de barbante pelo fundo de um dos copos e amarre um clipe nela. Pegue a outra ponta do barbante e faça o mesmo em outro copo. Faça mais um telefone de copos e chame, pelo menos, três amigos. Um amigo ficará do outro lado de uma das linhas falando com você, enquanto os outros dois usarão a outra linha para se comunicar. Faça o teste e veja como é divertido. Em seguida, faça com que as duas linhas de telefone fiquem bem esticadas e se toquem. Comece a falar e veja o que acontece. O que acontece? Além de um colega que está falando com você ouvi-lo bem, os outros dois também escutam a sua voz. Todos poderão ouvir uns aos outros desta maneira, em uma conversa com linhas cruzadas. Ao falar no copo o ar no interior dele vibra rapidamente para frente e para trás. A vibração se concentra em seu fundo e é transmitida para o barbante. Como há o contato entre os barbantes dos dois telefones, a vibração também é transmitida para o outro telefone de copos. É por isso que todos podem participar da conversa. Fonte: *Revista Ciência Hoje* -- dezembro 2011 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Seção Juvenil Cuidado com a cabeça De acordo com a Nasa (agência espacial norte-americana), existem cerca de 150 milhões de objetos perdidos na órbita do nosso planeta! São pedaços de foguetes, lixo jogado pelas estações espaciais, restos de satélites, combustível e até ferramentas. Objetos que já despencaram do céu: õo Até 1998, mais ou menos 60 janelas de ônibus espaciais voltaram à Terra. õo Em 1979, o laboratório Skylab, da Nasa, que pesava 77 toneladas, veio espaço abaixo! Ele quase se desintegrou ao entrar na atmosfera. Então, uma parte caiu no Oceano Índico, enquanto a outra foi parar na Austrália. õo Em março deste ano, uma esfera de metal (usada nos foguetes para manter o combustível em estado líquido) despencou no quintal de uma casa na cidade de Anapurus, no Maranhão. õo Em 2008, o Brasil devolveu aos Estados Unidos um pedaço de foguete norte-americano que caiu em Goiás. Ainda podem estar em órbita: õo Edward White, astronauta norte-americano, perdeu uma luva na primeira caminhada do homem no espaço, em 1965. õo Nos anos 1960, uma chave de parafuso foi perdida no espaço por um astronauta do projeto Gemini (da Nasa). õo Os astronautas da Nasa Michael Collins e Sunita Williams perderam máquinas fotográficas num passeio pelo espaço, na década de 1960. õo Em 2008, numa saída da Estação Espacial Internacional, a astronauta da Nasa Heide

Stefanyshyn-Piper perdeu uma bolsa de ferramentas. Fonte: *Revista Recreio* -- 9/5/2013 :::::::::::::::::::::::: Nosso velho amigo Sol Luminoso e redondo como uma bola, o Sol é uma estrela tão grande que cabem dentro dela a Terra, a Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão. Seu diâmetro é de 1.400.000 quilômetros e é a estrela mais próxima da Terra. O Sol é 1.300.000 vezes maior que a Terra, mas está tão longe que parece pequeno. É constituído por uma grande massa de gás muito quente que, no seu interior, chega a ter 20 bilhões de graus. Na superfície alcança “apenas” seis mil graus. No Sol, sempre fervente, existem abismos enormes que, vistos da Terra, assemelham-se a manchas escuras e, por isso, receberam o nome de “manchas solares”. Na superfície do Sol, ocorrem terríveis explosões vulcânicas, de onde se elevam chamas vermelhas como línguas, que atingem 600 mil quilômetros de altura. Estas erupções provocam distúrbios na Terra e muitos temporais e tempestades são provocadas por tais perturbações. Iluminando e esquentando a Terra, ajudando no crescimento dos animais e das plantas, o Sol, atrás daquela aparência tranquila, é um astro sempre agitado, sem um momento de sossego. Fonte: Jornal *O Fluminense* :::::::::::::::::::::::: A água nunca para! Chuvas acontecem o tempo todo ao redor do planeta e as águas dos rios e mares estão sempre ali. Tudo isso é possível graças ao ciclo da água. Embarque numa viagem para conhecer os caminhos desse líquido pela Terra! 1 -- Hora de Evaporar O calor do Sol aquece, todos os dias, os oceanos, rios e lagos da Terra. Isso faz com que a água evapore e suba para a atmosfera. As plantas também colaboram: buraquinhos na superfície das folhas liberam vapor d'água durante a transpiração vegetal. 2 -- O encontro das gotas Na atmosfera, o vapor d'água se condensa (passa do estado gasoso para o líquido) e cria gotas minúsculas de água, que formam as nuvens. Dentro da nuvem, as gotinhas colidem umas contra as outras e se unem, formando gotas cada vez maiores.

3 -- Cadê o guarda-chuva? Quando ficam bem pesadas, as gotas caem em forma de chuva. De acordo com o peso delas, as gotas podem formar desde um chuvisco (caindo a poucos quilômetros por hora) até um temporal (com água despencando a quase 30 quilômetros por hora!). 4 -- Escondida embaixo do solo A chuva pode cair sobre rios, oceanos e lagos, abastecendo-os, ou penetrar pelo solo e hidratar a terra, até chegar a locais por onde não há mais como passar. Nesse momento, a água se acumula em poros do solo e das rochas, formando lençóis freáticos a até centenas de metros de profundidade. 5 -- Lá vem o rio Se o lençol freático fica perto da superfície, forma-se uma área encharcada, um pântano, ou uma fonte que brota e pode originar um rio (que segue para os oceanos). A água subterrânea também flui pelo subsolo e escoa até encontrar o mar. 6 -- Ciclo fechado Aí, tudo começa de novo: parte da água dos rios, mares e lagos evapora, forma nuvens e lá vem chuva outra vez! No lugar da chuva, neve! Às vezes, em grandes altitudes, o vapor d'água do ar vira cristais de gelo, que caem como neve – desde que, no caminho até o chão, não passe por áreas acima de zero grau Celsius, que os fazem derreter e se transformar em chuva ou garoa. Fonte: *Revista Recreio* -- 9/5/2013 ::::::::::::::::::::::::

Como foi inventada a televisão? Ela não teve um único pai, muito pelo contrário: foi desenvolvida simultaneamente por diversos inventores. Os primeiros passos foram dados no final do século XIX quando se descobriu que a capacidade de conduzir energia elétrica de um elemento químico, o selênio, varia de acordo com a quantidade de luz que ele recebia. Em teoria, isso tornava possível transmitir, por correntes de eletricidade, imagens compostas de pontos de diferentes graus de luminosidade. A partir daí, um jovem estudante de engenharia, o alemão Gottlieb Nipkow, concebeu, ainda em 1884, o primeiro sistema de televisão. Segundo ele, uma espécie de câmera conteria um disco cheio de furos que giraria rapidamente. A imagem de um objeto colocado diante dessa câmera atravessaria os vários furinhos e se dividiria em pontos mais claros ou escuros, de acordo com o contorno do objeto. Esses sinais luminosos seriam então captados por átomos de selênio e transformados em eletricidade. Conectada a um aparelho receptor, a corrente elétrica acionaria uma lâmpada que acenderia e apagaria conforme os impulsos recebidos. Dentro do receptor, a luz intermitente da lâmpada passaria depois por um segundo disco perfurado, que rodaria na mesma velocidade da câmera. Ao atravessá-lo, a luz da lâmpada reproduziria na tela do aparelho receptor a imagem do objeto original. O projeto de Nipkow era brilhante, mas não chegou a sair do plano teórico. Colocá-lo na prática coube a outros inventores que, nas décadas seguintes, fizeram diversos experimentos baseados nas ideias de Nipkow, acrescentando novidades tecnológicas. Um dos primeiros a demonstrar um aparelho de TV para a comunidade científica foi o

engenheiro escocês John Baird, em 1926. Paralelamente a Baird, porém, outras máquinas foram desenvolvidas na década de 20, por nomes como os dos engenheiros Vladimir Zworykin (russo), Philo Farnsworth (americano) e Ernst Alexanderson (sueco). Somadas todas essas contribuições vindas de diferentes países, formou-se a televisão moderna, que, surpreendentemente, demorou a conquistar o público: dez anos após a demonstração de Baird, não havia mais do que 2 mil televisores no mundo. O grande “boom” aconteceria só após o final da Segunda Guerra Mundial. Em 1948, já havia mais de 350 mil aparelhos só nos Estados Unidos. Desde então a TV não parou mais de proliferar e se desenvolver, passando pelo aparelho em cores e por modelos portáteis, até chegar aos equipamentos digitais de hoje, com alta definição e telas de plasma. Do chuvisco ao plasma Os primeiros aparelhos eram grandes, com telas pequenas. Hoje é o contrário. 1926 -- Pioneiros Britânicos Em Londres, o engenheiro John Baird apresenta para colegas cientistas uma das primeiras aparições televisivas, com imagens de objetos em movimento. A tela não media mais de 8 por 6 centímetros. 1940 -- A vez da eletrônica Na década de 40, os antigos aparelhos eletromecânicos perdem espaço para os eletrônicos, que usam canhões de elétrons para redesenhar as imagens, oferecendo melhor resolução. Um exemplo é o modelo Zenith, fabricado nos Estados Unidos. 1951 -- Adeus ao preto e branco A CBS lança nos Estados Unidos a primeira TV colorida viável comercialmente. A qualidade era boa, mas o modelo, ainda mecânico, revelou-se incompatível com transmissão eletrônica em preto e branco. Três anos depois, em 1954, sairia a Westinghouse H-840{c{k15, a primeira TV eletrônica colorida. 1959 -- Menores e Melhores Surge no Japão a primeira TV totalmente transistorizada: a portátil Sony TV8-301. A substituição das válvulas por transmissores provocou uma incomparável revolução tecnológica, tornando os aparelhos eletrônicos menores e mais rápidos na hora de ligar. 2002 -- O Estado da Arte A TV do terceiro milênio transmite vídeo digital, livre de interferências e chiados, com alta definição de imagem. Seu formato é mais comprido, como uma tela de cinema. A última palavra é a tela de plasma, tão fina que parece um quadro para pendurar na parede.

Profetas de araque Quando a nova tecnologia foi demonstrada publicamente na Feira Mundial de Nova Iorque, em 1939, o jornal Times decretou: “A televisão nunca será competição séria para o rádio”, pois as pessoas têm que ficar sentadas com os olhos colados à tela e a família americana não tem tempo para isso. Em 1956, foi a vez da revista Times afirmar: “A TV em cores é o mais retumbante fracasso do ano.” Renato Domith Godinho Fonte: ~,http:ÿÿmundoestranho.~ abril.com.brÿmateriaÿ~ como-foi-inventada-a-televisão~, em 20/03/2013 õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vamos Rir? O beijo Uma honesta menina de sete anos admitiu calmamente a seus pais que Luís Miguel havia lhe dado um beijo depois da aula. -- E como aconteceu isso? Perguntou a mãe assustada. -- Não foi fácil, -- admitiu a pequena senhorita. -- Mas, três meninas me ajudaram a segurá-lo. Fonte: ~,http:ÿÿwww.piadasnet.~ comÿpiadas-de-criancas.htm~, Três loucos se encontraram no pátio do hospício. -- Muito prazer, eu sou Napoleão Bonaparte! -- apresenta-se o primeiro. -- Muito prazer -- diz o outro. -- Eu sou Jesus, o filho de Deus! E diz o terceiro:

-- Deixa de ser mentiroso, rapaz! Eu não tenho filho deste tamanho! Num exame de rotina, o médico do hospício pergunta para um dos seus pacientes: -- E então, Napoleão, o que foi que você inventou dessa vez? -- Eu inventei um objeto que permite que você veja através das paredes. -- É mesmo? -- pergunta o médico, cético. -- E como se chama esse objeto? -- Janela. Um açougueiro entra no escritório de um advogado e pergunta: -- Se um cachorro, solto na rua, entra num açougue e rouba um pedaço de carne, o dono da loja tem direito a reclamar o pagamento ao dono do cachorro? -- Sim, é claro -- responde o advogado. -- Então você me deve oito reais. Seu cachorro estava solto e roubou um filé da minha loja. Sem reclamar, o advogado preenche um cheque no valor de oito reais e entrega ao açougueiro. Alguns dias depois, o açougueiro recebe uma carta do advogado, cobrando cem reais pela consulta. O testamento Um advogado morre e pede em seu testamento que cada um de seus três sócios jogue cinquenta reais dentro de seu túmulo, na hora do enterro. O primeiro pensa muito, tira uma nota de cinquenta reais da carteira e a joga na cova. O segundo reluta bastante, mas também joga uma nota de cinquenta reais. O terceiro recolhe as duas notas de cinquenta e joga um cheque de cento e cinquenta reais na cova.

-- Quanto é dois mais dois? -- 72 -- responde ele. -- O doutor balança a cabeça como quem diz “Esse não tem mais jeito” e virando-se para o segundo, repete a pergunta: -- Quanto é dois mais dois? -- Terça-feira -- responde o segundo. Desanimado, o médico vira-se para o terceiro louco: -- Quanto é dois mais dois? -- É quatro, doutor! -- responde ele, com firmeza. -- Parabéns, você acertou! Como você chegou a essa conclusão? -- Foi fácil! Me baseei nas respostas dos meus amigos: 72 menos terça-feira dá 4! Fonte: ~,http:ÿÿwww.sosquimica.~ com.brÿpiadascurtas2.htm~, ::::::::::::::::::::::::

O que é, o que é? Nasce grande e morre pequeno? Resposta: O lápis. A gente tem e alguns põem no doce? Resposta: A canela. Cresce antes de nascer e ao nascer para de crescer? Resposta: O ovo. Quanto mais se perde mais se tem? Resposta: O sono. Quando uma parte a outra parte também e quando uma chega a outra chega também? Resposta: As pernas. Se corta para não faltar? Resposta: Despesas. Não se pode ver nunca mais? Resposta: O dia de ontem.

O que a máquina de somar disse para o contador? Resposta: Pode contar comigo. Tem um rabo, duas cabeças, quatro olhos e seis pés? Resposta: Um cavalo com um homem montado. Quanto mais se tem, menos se sabe o que fazer com ele? Resposta: O tempo. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo Historiando O DNA do avião -- Três pais e um avô Balões do padre Bartolomeu abriram caminho para a criação do avião, cuja primazia se divide entre Santos-Dumont e os irmãos Wright A aviação faz parte da alma brasileira. O Brasil possui a segunda maior frota de aeronaves de asas fixas e de helicópteros do mundo. Neste segmento, tem ainda a terceira maior indústria de aeronaves do planeta, a Embraer. No início do século XVIII, o padre paulista Bartolomeu Lourenço de Gusmão (1685-1724) descobriu o atalho que levaria ao triunfo do avião. Aliás, a primeira prova de invenção reconhecida como de um brasileiro é dele, por “fazer subir água a toda a distância e altura que se quiser levar”, como assinala o certificado de propriedade intelectual que lhe foi outorgado, em 23 de março de 1707, de um sistema de canalização de água potável instalado no seminário em que estudava, em Salvador, na Bahia. Padre Gusmão radicou-se em Lisboa, onde se dedicou a estudos matemáticos na busca da equação que lhe indicasse que o homem poderia voar por meio de um engenho. Encontrou a resposta na forma do aeróstato. Então, construiu um pequeno balão de papel inflado com ar quente. Em 1709, perante a Corte, no Paço Real, usando uma vela acesa na base como força de propulsão, fez uma demonstração bem-sucedida do engenho. Dois meses depois, no interior do palácio, usou outro artefato semelhante, mas ainda incapaz de transportar uma pessoa. O balão ascendeu livremente. Ao atingir o teto da sala, precipitou-se na direção das janelas do palácio, onde se enroscou nas cortinas, provocando um incêndio e o alvoroço na nobreza presente. O rei D. João V considerou o invento perigoso demais e proibiu o seu desenvolvimento e novas demonstrações práticas. Quando, em 1783, os matemáticos franceses Joseph e Étienne Montgolfier deram vida ao projeto do padre brasileiro e tiveram sucesso em um voo de balão diante da Corte de Luís XVI, Portugal se deu conta da importância daquela inovação. Chegou a exigir o reconhecimento pela autoria do invento, mas em vão. Desde então, os balões se desenvolveram e ganharam novas formas aerodinâmicas, inflados e impulsionados por hidrogênio. Em São Paulo, o filho de um rico produtor de café acompanhava com vivo interesse o progresso aeronáutico na Europa. Era Alberto Santos-Dumont (1873-1932), que desembarcaria em Paris em 1897 para fazer uma verdadeira revolução tecnológica nos céus da capital francesa. Financiador, construtor, operário e condutor de seus próprios engenhos voadores, desenvolveu novos modelos de balões e dirigíveis, concebeu avançados conceitos e componentes fundamentais à navegação aérea e arrebatou prêmios e homenagens por sua inventividade. Perseguindo a inovação, construiu um novo tipo de aeronave motorizada mais pesada que o ar. No dia 23 de outubro de 1906, realizou o primeiro voo com a aeronave que criara e batizara de 14-Bis. A viscondessa de Santa-Victória, amiga do inventor, escreveu sobre esse momento histórico: “Nós escutamos a buzina barulhenta do carro de Henrique [irmão de Santos-Dumont] à nossa porta. Era hoje que Alberto finalmente experimentaria seu curioso invento. Saímos apressadamente em direção ao $"Champ de Bagatelle$". Lá já existia enorme multidão esperando o grande momento. Fiquei acomodada no banco do $"Peugeot$", onde podia observar melhor a movimentação. Meu filho Affonso trouxe algumas garrafas de champanhe para comemorarmos e minha nora Zaira preparava umas torradinhas com geleias, pois saímos de casa ainda em jejum. Instantes se passaram e a multidão começou a gritar espantada. O aeroplano de Alberto, agora motorizado a gasolina, começava a se mover sozinho sem ajuda de ninguém e em poucos minutos tomou velocidade, subindo logo em seguida. Meus olhos não acreditavam no que viam”. Santos-Dumont confirmou a proeza no dia 12 de novembro, no mesmo local, ocasião em que o 14-BIS voou 220 metros, a 6 metros de altitude, em pouco menos de 22 segundos, com velocidade média de 37,4 km/h. No primeiro voo, percorrera 60 metros. Não se falou em outro assunto na Europa e no Brasil. As homenagens ao brasileiro voltaram a se suceder. Mas o clima festivo durou pouco. Ao tomar conhecimento do triunfo do brasileiro, nos Estados Unidos, os irmãos Orville e Wilbur Wright movimentaram-se em busca do que consideravam lhes pertencer por direito: o reconhecimento pela primazia do voo mecânico. Os irmãos americanos tinham projetado e construído três modelos de planador. Requereram a respectiva patente e, após os primeiros testes de voo, criaram um sistema de controle sobre três eixos, para facilitar as manobras dos planadores no ar. Usaram, inclusive, um túnel de vento (que já existia) para testar as asas. Em 1901, em Kitty Hawk, na Carolina do Norte, numa região litorânea com bons ventos para os testes, eles fizeram voar seu segundo planador, que teve desempenho pífio. No ano seguinte, construíram o terceiro modelo, com o qual alcançaram 152 metros em voo. Aperfeiçoado, nos voos seguintes cobriu 190 metros de distância. Em seguida construíram a *Flyer*, no qual o piloto conduzia a aeronave deitado de bruços na asa inferior do lado oposto do motor, para contrabalançar o peso. Para alçar voo, o aeroplano americano usava um carro mecânico lançador, acomodado sobre um monotrilho de madeira de 18,3 metros de comprimento para alavancar a decolagem, que subitamente parava ao fim da plataforma. Com o movimento de inércia e a força do motor, o *Flyer* se projetava no ar e prosseguia em voo. O primeiro teste foi desastroso. Na manhã de 17 de dezembro de 1903, o segundo voo, conduzido por Orville, percorreu 37 metros em 12 segundos. O último cobriu 260 metros em 59 segundos. Os salva-vidas de Kill Devil presenciaram os voos. Um deles, John Daniel, fotografou o teste. O mérito de inventores do avião coube, portanto, aos irmãos Wright. No entanto, o pioneirismo pela decolagem autônoma, sem auxílio de elementos externos -- procedimento que prevaleceu na aviação, em que a aeronave corre livremente numa pista, ganha velocidade e alça voo impulsionada por seus próprios motores -- pertence a Santos-Dumont. No Brasil, embora o reconhecimento oficial aos irmãos Wright fosse em geral contestado, também houve quem os defendesse. Em 1909, o almanaque humorístico *O Malho* publicou o artigo “A conquista do ar em 1908”, enaltecendo o trabalho dos dois aviadores americanos: “os Wright tiveram a calma inaudita de deixar que Santos-Dumont, Farman e Delagrange ganhassem fama universal de precursores da aviação, quando eles, desde 1905, já tinham construído o seu aparelho e feito voos maravilhosos. Continuaram a fazer experiências e a aperfeiçoar o aparelho secretamente, em silêncio, contentando-se em tirar fotografias e autenticá-las devidamente com as datas para reivindicarem mais tarde a prioridade." Sobre o sigilo das experiências que realizaram com o *Flyer*, outros inventores adotaram idêntico procedimento para seus experimentos. Santos-Dumont agiu assim. Em 1906, ao falar do 14-Bis, comentou: “A questão do aeroplano estava, havia já alguns anos, na ordem do dia; eu, porém, nunca tomava parte nas discussões, porque sempre acreditei que o inventor deve trabalhar em silêncio; as opiniões estranhas nunca produzem nada de bom." Em 1914, um tribunal de Justiça dos Estados Unidos considerou Orville e Wilbur Wright os primeiros a obterem sucesso com o avião, embora o processo não tenha se originado com essa finalidade, pois julgava a questão da propriedade intelectual do planador. Os brasileiros jamais aceitaram a primazia conferida aos americanos. Por aqui, até hoje, Alberto Santos-Dumont é considerado o “pai da aviação”. Fonte: *Revista História* -- Maio de 2013. õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Leitura Interessante Coragem Quando eu era pequena, achava que coragem era o sentimento que designava o ímpeto de fazer coisas perigosas, e por perigoso eu entendia, por exemplo, andar de tobogã, aquela rampa alta e ondulada em que a gente descia sentada sobre um saco de algodão ou coisa parecida. Por volta dos nove anos, decidi descer o tobogã, mas, na hora H, estando já lá em cima, amarelei. Faltou coragem. Assim como faltou também no dia em que meus pais resolveram ir até a Ilha dos Lobos, em Torres -- Rio Grande do Sul (RS), num barco de pescador. No momento de subir no barco, desisti. Foram meu pai, minha mãe, meu irmão, e eu retornei sozinha, caminhando pela praia, até a casa da vó. Muita coragem me faltou na infância: até para colar durante as provas ficava nervosa. Mentir para pai e mãe, nem pensar. Ir de bicicleta até ruas muito distantes de casa, não me atrevia. Travada desse jeito, desconfiava que meu futuro seria bem diferente do das minhas amigas. Até que cresci e segui medrosa para andar de helicóptero, escalar vulcões e descer corredeiras d'água. No entanto aos poucos fui descobrindo que mais importante do que ter coragem para aventuras de fim de semana, era ter coragem para aventuras mais definitivas, como a de mudar o rumo da minha vida se preciso fosse. Enfrentar helicópteros, vulcões, corredeiras e tobogãs exige apenas que tenhamos um bom relacionamento com a adrenalina. Coragem, mesmo, é preciso para viajar sozinha, terminar um casamento, trocar de profissão, abandonar um país que não atende nossos anseios, dizer não para propostas lucrativas porém vampirescas, optar por um caminho diferente, confiar mais na intuição do que em, arriscar-se a decepções para conhecer o que existe do outro lado da vida convencional. E, principalmente, coragem para enfrentar a própria solidão e descobrir o quanto ela fortalece o ser humano. Não subi no barco quando criança -- e não gosto de barcos até hoje. Vi minha família sair em expedição pelo mar, e voltei sozinha pela praia, uma criança ainda, caminhando em meio ao povo acreditando que era medrosa. Mas o que parecia medo era a coragem me dando as boas-vindas, me acompanhando naquele recuo solitário, quando aprendi que toda escolha requer ousadia. Marta Medeiros Fonte: Revista *O Globo* -- 1º de Julho de 2012 (texto condensado). õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Teste Que profissão tem tudo a ver com você? Seu jeito de ser e pensar pode revelar qual é a melhor área para seguir no futuro 1- Se pudesse arrumar um emprego hoje, gostaria de: a) Trabalhar num escritório e organizar as finanças da empresa. b) Fazer qualquer coisa relacionada à natureza ou aos animais. c) Só fazer trabalhos criativos. d) Participar de projetos sociais, comunitários e educacionais. e) Ter uma atividade corporal, como dança ou esporte. f) Estar em contato com a mídia. g) Trabalhar numa fábrica, no desenvolvimento de projetos. h) Trabalhar em clínicas e hospitais.

2- Qual é o seu grande sonho? a) Viajar e conhecer gente do mundo inteiro. b) Ajudar na preservação do meio ambiente. c) Ficar famoso depois de fazer uma obra maravilhosa. d) Acabar com a fome e a miséria nos países subdesenvolvidos. e) Fazer sucesso, ganhar um grande prêmio. f) Trabalhar para uma grande emissora ou editora. g) Projetar um robô. h) Ter orgulho ao ser chamado de "doutor" pelos pacientes. 3- Se pudesse escolher, você adoraria ler uma matéria sobre: a) Cursos no exterior. b) Animais de estimação ou meio ambiente. c) Coisas que se possam produzir, tipo "faça-você-mesmo". d) Curiosidades sobre figuras históricas. e) Expressão corporal.

f) O novo filme de Steven Spielberg. g) Tecnologia. h) Aparelhos ortodônticos. 4- O que é mais fácil para você? a) Negociar com qualquer pessoa tudo o que você quer, como aumento de mesada. b) Cuidar de plantas e animais. c) Transformar um ambiente triste em um lugar agradável e alegre. d) Apresentar um trabalho de escola e fazer todo mundo entender o assunto. e) Montar uma peça teatral ou uma coreografia. f) Escrever uma redação clara e bem feita. g) Resolver problemas complicados de Matemática. h) Ir a todas as aulas no laboratório da escola.

5- Na sua opinião, os melhores programas de tevê falam sobre qual assunto? a) Viagens. b) Natureza. c) Arte. d) Fatos históricos. e) Esportes ou dança. f) As últimas notícias do Brasil e do mundo. g) A descoberta do espaço. h) O corpo humano. 6- Na sua opinião, o que seria um ambiente de trabalho ideal? a) Um escritório moderno, cheio de computadores. b) Um lugar aberto, seja praia ou campo. c) O Museu do Louvre. d) Um colégio ou faculdade. e) Um ginásio de esportes. f) Um jornal ou uma emissora de televisão. g) Uma fábrica de aviões. h) Um hospital.

7- Qual dessas opções tem mais a ver com você? a) "Sou detalhista, gosto de planejar e organizar todos os trabalhos da escola." b) "Adoro fazer pesquisas, principalmente sobre a natureza." c) "Sou moderno e gosto de ser diferente." d) "Tenho muita paciência e adoro ensinar e aprender." e) "Eu me interesso por todos os tipos de manifestações culturais." f) "Eu me comunico muito bem com qualquer pessoa." g) "Adoro desafios e resolvo qualquer problema." h) "Sempre me preocupo com o bem-estar das pessoas." 8- Qual dessas opções tem mais a ver com você? a) Esclarecer sobre os direitos de mulheres e crianças que sofrem com a violência doméstica.

b) Fazer campanhas para a preservação da Mata Atlântica. c) Organizar grupos de grafiteiros para fazer arte nos muros. d) Alfabetizar adultos. e) Ensinar dança para jovens de comunidades carentes. f) Montar um jornal ou uma rádio comunitária. g) Ensinar jovens e adultos a usarem o computador. h) Cuidar de pessoas idosas. 9- Você acredita que: a) A igualdade de oportunidades e direitos é o que faz um país crescer e se desenvolver. b) Se não cuidarmos do planeta, a espécie humana poderá desaparecer rapidinho. c) Objetos bonitos enriquecem a vida. d) O caminho para o crescimento é o da escola. e) Sem arte o mundo seria chato. f) A propaganda é a alma do negócio; em todos os negócios.

g) Sem tecnologia, não há trabalho para todos. h) Logo irão descobrir a cura para a AIDS e o câncer. 10- Você vai para o exterior. Em que presta atenção no lugar? a) Na moeda local e em quanto ela vale em reais. b) Se a cidade é arborizada. c) Os tipos de construções e o formato dos prédios. d) Se há pessoas morando nas ruas. e) A programação cultural da cidade. f) Os jornais, revistas e programas de tevê locais. g) Se os carros são mais modernos que os daqui. h) Se há hospitais suficientes para a população. 11- Os assuntos mais atraentes, na sua opinião, estão relacionados a qual área? a) Negócios. b) Meio ambiente. c) Estética e beleza. d) Educação. e) Artes. f) Comunicação. g) Construção e invenções. h) Bem-estar. Maioria de A: Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Hotelaria, Relações Internacionais, Secretariado Executivo, Turismo. Maioria de B: Agronomia, Ecologia, Engenharia Agrícola, Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica, Engenharia Florestal, Engenharia de Horticultura, Engenharia de Pesca, Geofísica, Geografia, Medicina Veterinária, Oceanografia, Zootecnia. Maioria de C: Arquitetura e Urbanismo, Artes Plásticas, Desenho Industrial, Design de Interiores, Design Gráfico, Moda, Museologia.

Maioria de D: Ciências Sociais, Educação, Filosofia, História, Letras, Pedagogia, Psicologia, Psicopedagogia, Serviço Social, Teologia. Maioria de E: Artes Cênicas, Dança, Educação Física, Esporte, Música, Musicoterapia. Maioria de F: Audiovisual, Cinema e Vídeo, Fotografia, Jornalismo, Letras, Multimídia, Produção Cultural, Produção Editorial, Propaganda e Marketing, Publicidade, Rádio e TV, Relações Públicas, Tradução e Interpretação. Maioria de G: Astronomia, Biotecnologia, Ciências Aeronáuticas, Ciências da Computação, Engenharia Aeronáutica, Engenharia de Alimentos, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica, Engenharia Física, Engenharia Industrial, Engenharia de Materiais, Engenharia Mecânica, Engenharia Metalúrgica, Engenharia Naval, Engenharia de Produção, Engenharia Química, Engenharia Sanitária, Engenharia de Telecomunicações, Engenharia Têxtil, Estatística, Física, Matemática, Meteorologia. Maioria de H: Ciências Biológicas, Ciências Biomédicas, Enfermagem, Farmácia e Bioquímica, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Naturologia Aplicada, Nutrição, Psicologia, Odontologia, Química, Terapia Ocupacional. Veridiana Mercatelli Fonte: ~,http:ÿÿbiag.no.comunidades.netÿindex.php?pagina=1233445998~, õoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõoõo

Vocabulário Aeroplano: s. m. Avião. Aeróstato: s. m. Veículo mais leve que o ar, e ao qual o empuxo arquimediano fornece a força de sustentação. Há dois tipos de aeróstatos: balões e dirigíveis. Artefato: s. m. Feito com arte; qualquer objeto manufaturado; peça. Altivo: adj. Orgulhoso, brioso. Apetrechos: s. m. pl. Conjunto de coisas necessárias a certos usos. Asno: s. m. Mamífero menor que o cavalo e com orelhas compridas. Aturdidos: adj. m. pl. Atordoados, perturbados. Crustáceos: s. m. pl. Animais invertebrados, de origem marinha, de água doce e terrestre. Debulhar: v. t. Tirar da espiga os grãos do milho. Digestório: adj. Que tem o poder ou a propriedade de digerir.

Enaltecendo: Gerúndio do verbo enaltecer; elevando, glorificando. Estratagema: s. m. Artifício para enganar. Estratégia: Sentido figurado; habilidade, astúcia, esperteza. Hidrogênio: s. m. Elemento químico, gasoso, sem cor e sem cheiro. Combinado com o oxigênio, forma a água; é representado pela letra H na Tabela Periódica. Ímpeto: s. m. Movimento arrebatado; arrebatamento. Manifestação súbita e violenta. Inaudita: adj. f. Incomum, incrível, rara. Matilha: s. f. Coletivo de cães de caça ou lobos. Monotrilho: adj. Que só tem um trilho. S. m. Ferrovia que só utiliza um trilho de rolamento. Ortodônticos: adj. Relativo à ortodontia. Ortodontia: s. f. Ramo da odontologia que se ocupa da prevenção e correção dos defeitos de posição de dentes e problemas faciais associados. Pífio: adj. m. Fraco, incapaz. Prerrogativa: s. f. privilégio, regalia. Proclamação: s. f. Anunciação, explicação, declaração formal. Proliferar: v. i. Multiplicar-se rapidamente. Propulsão: s. f. Ato ou efeito de propulsar. O mecanismo ou sistema propulsor. Propulsão solar (astronomia) -- utilização da pressão de radiação do sol para o deslocamento de um veículo espacial. Retrucava: Do verbo retrucar (v. t. d. e i.); respondia imediatamente, revidava. Sedoso: adj. Macio, agradável ao tato como a seda. Zurro: s. m. a voz do burro, do jumento. õxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo Fim da Obra