Comissão editorial Claudia Lucia Lessa Paschoal Vitor Alberto da Silva Marques Maria Cecília Guimarães Coelho Ana Paula Pacheco da Silva Leonardo Raja Gabaglia Colaboração Ana Paula Souza Almeida Sandra Lucia Diniz Ribeiro Revista quadrimestral publicada conforme Lei n.o 9.610, de 19/02/1998 e Normas técnicas para produção de textos em Braille, MEC/SEESP, 2006. Arquivo da revista disponível para impressão em Braille em: ~,http:ÿÿwww.ibc.gov.brÿ?~ itemid=381~,
¨ I
Sumário
SEÇÃO INFANTIL
SEÇÃO JUVENIL
NARRANDO A HISTÓRIA
Como era a higiene no
palácio de Versalhes
no século 17? :::::::::::: 45
LEITURA INTERESSANTE
Nosso cérebro chegou ao
limite :::::::::::::::::::: 53
NOSSO BRASIL
D. Pedro III o
Imperador que não
existiu ::::::::::::::::::: 58
CONHECENDO O MUNDO
Tesouros da tribo :::::::::: 64
TESTE
Você se dá bem com seus
pais? ::::::::::::::::::::: 73
<1>
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
Fonte: PAES, José Paulo. *Põem as palavras para brincar*. São Paulo: Ática, 2005. P. 1
CURIOSIDADES
Ai, que frio!
• Pele: é só dar uma bobeada e ela fica ressecada! O problema é consequência da diminuição na produção da gordura que recobre todo o nosso corpo. No inverno, as glândulas sebáceas responsáveis por formar esse manto protetor trabalham devagar, quase parando. Para ajudar, o pouco de substância gordurosa que elas ainda fazem acaba sendo removido durante o banho, por causa do tempo prolongado que passamos debaixo da água quente. E tem mais: como sentimos menos sede e, consequentemente, bebemos menos água, corremos o risco de ficar desidratadas. E aí já viu: não há pele macia que resista!
• Nariz: já reparou como fica mais difícil respirar no friozão? Isso porque o nariz tem de trabalhar dobrado nessa época do ano. Além de puxar e filtrar o ar (por meio dos pelos), ele ainda precisa aquecer o ventinho que chega carregando o oxigênio, antes de mandá-lo para o interior do corpo. Daí, como o ar é mais frio no inverno, leva mais tempo para deixá-lo na temperatura ideal.
• Boca: tem coisa mais divertida do que produzir aquele vaporzinho d'água, uma espécie de nuvem de gotas bem pequenas que sai pela boca, nos dias frios? O que acontece é que, durante o ano todo, os pulmões expelem um vapor quentinho pela respiração. Mas ele passa batido nas demais estações. Já no inverno, por causa do frio, esse vapor se condensa do lado de fora da boca, gerando partículas um pouco mais densas, que a gente consegue ver.
<6>
• Barriga: uma fome louca toma conta de você nos dias frios? Não pense que é a única! Segundo os especialistas, estamos liberadas para consumir algumas calorias a mais do que o normal durante todo o inverno. Acontece o seguinte: com as temperaturas baixas, o nosso organismo também queima as gordurinhas mais rapidamente, para nos manter aquecidas. Quando a temperatura está em cerca de 10°C, por exemplo, a queima calórica aumenta quase 30%. Nessas condições, estaríamos liberadas para ingerir por volta de 20% a mais de calorias, todo santo dia.
• Xixi: você já se perguntou por que vamos ao banheiro toda hora, se normalmente tomamos menos água no inverno? Pois saiba que a mudança é uma resposta do corpo às circunstâncias do ambiente. Pensa: se transpiramos menos, por onde vão sair os resíduos que não servem mais ao organismo e que só podem ser eliminados quando diluídos em água? Se você respondeu que é pela urina, está coberta de razão!
Tira-dúvidas
batimentos cardíacos e pode, sim, ser fatal.
Por que os cobertores esquentam?
Primeiro, uma novidade: cobertores não esquentam coisíssima nenhuma. Quem faz todo o trabalho é o nosso organismo, que produz calor sem parar. O cobertor, a manta ou o edredom só impedem que esse calor se dissipe no ambiente, mantendo-o bem juntinho do corpo.
Clima pesado
Predador dominou os mares por 20 milhões de anos, mas não resistiu ao resfriamento do planeta.
Restos imortais
O esqueleto dos tubarões é feito de cartilagem, que se deteriora facilmente. O que sobra para os arqueólogos são os pedaços mais duros, como a parte central da medula. Pela contagem dos anéis marcados nos discos que formam a medula, dá para estimar o tempo de vida do megalodon.
Máquina de matar
A boca do megalodon tinha cinco fileiras de dentes afiados e serrilhados, que estraçalhavam a carne da presa. Com um modelo computadorizado da cabeça do gigante, pesquisadores australianos
estimaram a força da mordida entre 11 e 18 toneladas, suficiente para esmagar um carro.
<10>
Tratamento dentário
Remontar a mandíbula com dentes fossilizados é a principal forma de calcular as dimensões do animal. De acordo com uma fórmula criada por pesquisadores norte-americanos, um dente de 16,5 cm seria compatível com um tubarão de 15,6 m de comprimento, equivalente a quatro carros enfileirados.
A maior mandíbula reconstituída de megalodon mede 3,35 m de largura por 2,74 m de altura.
Hora da janta
As presas favoritas eram
baleias -- pequenas (como o
Cetotherium) ou bem maiores que ele próprio. Segundo Venâncio Guedes de Azevedo, do Instituto Oceanográfico da USP, o método de ataque do bichão consistia em comer as nadadeiras da presa e depois esperar que ela enfraquecesse.
Tamanho documentado
O megalodon se parecia com o tubarão-branco, mas com focinho curto, olhos fundos e barbatanas largas. Media entre 12 e 16 m, da cabeça à cauda, mas algumas estimativas indicam um gigante de até 20 m. Para comparar, o tubarão-branco mede apenas 6 m, equivalente ao tamanho de um filhote de megalodon.
Os espanta-tubarões
A escassez de comida e a concorrência com predadores de grande porte, como a orca (8 m) e a baleia-azul (30 m) -- que também atacavam seus filhotes -- deram início à extinção dos megalodons. O esfriamento do planeta, há cerca de 2,5 milhões de anos, teria vitimado os últimos animais
da espécie, que viviam melhor em águas mais quentes.
o uso e por isso faz um barulhinho na hora da aplicação.
Roll-on: As embalagens são pequenas e cabem no nécessaire com facilidade. A textura do produto é cremosa e não faz nenhum barulho na hora da aplicação.
Preço
Aerossol: Embalagens de 100 g custam em média a partir de R$8,90.
Roll-on: Embalagens de 80 g têm preço a partir de R$3,60.
Duração
Aerossol: Apesar de ter uma fórmula antitranspirante, a aplicação em forma de gás não permite misturas de ingredientes muito sofisticados, pelo gás ser inflamável. Ou seja, a duração do produto fica comprometida.
Roll-on: Tem na fórmula o zircônio, um ingrediente que superpotencializa a ação antitranspirante. Ele tem uma duração maior, pois o produto forma uma película protetora nas axilas e é liberado de pouquinho ao longo do dia.
Manchas na roupa
Aerossol: O aerossol espalha partículas na aplicação e, por isso, às vezes, aparece na axila um pó branco -- que não mancha. É só passar um pouco de água que some tudo na mesma hora.
Roll-on: Se for aplicado em excesso e formar uma camada grossa de creme sobre a pele, pode manchar a roupa.
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Higiene
Aerossol: Como a aplicação é feita à distância da axila, o produto não corre o risco de ser contaminado por bactérias.
Roll-on: O atrito entre o frasco e a axila pode contaminar o produto com bactérias e prejudicar a eficácia do desodorante.
Agressão à pele
Aerossol: Pode causar irritação em peles muito sensíveis, já que os jatos secos do produto têm grande quantidade de álcool e micropartículas de talco, que podem entupir e inflamar as glândulas da axila.
Roll-on: A fórmula em creme costuma ter ingredientes que hidratam as axilas, que não irritam peles sensíveis e recém-depiladas. Evite versões com álcool.
Meio ambiente
Aerossol: Um dos componentes do desodorante aerossol é o clorofluorcarbono (CFC). Esse gás com nome superestranho destrói as moléculas que formam a camada de ozônio e contribui para a elevação da temperatura na Terra.
Roll-on: O gás CFC (clorofluorcarbono) não faz parte da composição do desodorante roll-on, ou seja, a fórmula não
é prejudicial para o meio ambiente.
Fonte: FERRARI, Sarah. Aerossol *versus* Roll-on. [s.l]: Guia dos curiosos, 2009. Disponível em:
~,http:ÿÿatrevidinha.uol.com.~
brÿatrevidinhaÿbeleza-idolosÿ~
85ÿartigo214759-1.asp~,
Acesso em 29 fev. 2012.
Para se livrar de vez dessas chatinhas, o dermatologista
Fernando Bezerra fez uma listinha com dicas que vão deixar sua pele lisinha como bumbum de nenê!
5. Fuja de receitas caseiras. Nem sempre elas dão certo com todos os tipos de pele e podem desencadear uma alergia que vão deixar sua pele ainda pior!
6. Uma limpeza de pele malfeita pode prejudicar seu rosto para sempre! Por isso, sempre vá a profissionais de sua confiança. O ideal é procurar um dermatologista.
7. Meninas com pele negra devem ter os mesmos cuidados, porém este tipo de pele é mais resistente ao aparecimento de infecções. Fique ligada!
<14>
Curiosidades:
• Passar pasta de dente no rosto realmente seca espinha, mas não é legal usar por ter substâncias químicas que não são ideais para a pele. Vale a pena investir em géis secativos para as situações de emergência.
• Teoricamente, comer chocolate pode influenciar o aumento da acne, mas somente em grandes quantidades. O ideal é ter uma alimentação balanceada e evitar comidas gordurosas, como doces e frituras.
• Pele com acne não é sinal de pele suja, apesar do aspecto gorduroso que fica na pele. Existem diversos fatores que causam espinhas, como problemas hormonais, que não estão relacionados à sujeira.
• Acne não é contagiosa.
• Espremer as espinhas não ajuda a acabar com a acne. Segundo o Dr. Fernando Bezerra, espremer as espinhas só traz cicatrizes que vão durar a vida toda.
• É possível tratar as cicatrizes de acne com tratamentos que estimulam a renovação da epiderme, como *peelings*, mas esses tratamentos costumam ser bem caros. O ideal é sempre evitar que as marquinhas surjam.
• Cuidado: se você tiver espinhas em grande quantidade, é melhor procurar um dermatologista. Você pode estar com uma alteração hormonal mais grave e precisar de tratamento com remédios. A rede pública de saúde conta com profissionais que atendem à população gratuitamente.
Tribos digitais
• Centauros
Usam a tecnologia exclusivamente para a vida profissional e preferem conversar pessoalmente com amigos e família. Não fazem questão de ter o
<16>
último modelo de telefone. E não acham problema algum ter um celular pré-pago. O importante mesmo é ter controle sobre gastos. Fora do trabalho não são de ficar navegando: usam a internet apenas para o necessário. Em sua maioria são mulheres de 34 a 55 anos, moradoras da
Europa, Austrália e Nova
Zelândia.
• Caubóis do espaço
São os mais imprevisíveis. Trocam de telefone celular e de provedor de internet frequentemente. Algumas vezes para se adaptar a novos modelos de aparelho, outras para encontrar planos mais baratos. Não usam a tecnologia para expandir a rede profissional ou pessoal, mas de forma pragmática, para solucionar problemas urgentes. Em sua maioria são homens
com mais de 55 anos. Encontrados especialmente na América do
Norte.
HISTORIANDO
são apenas para o alto comando da esquadra.
14 de março, sábado
Hoje vimos terra! Eram as ilhas Canárias. Ouvi o piloto dizer que isso
significa que estávamos já a 1.500 quilômetros da Europa. A frota passou
pertinho da costa, mas não paramos. Logo depois, enfrentamos a primeira
calmaria da viagem. De repente, os ventos pararam de soprar e as velas
ficaram imóveis. A velocidade caiu para 2 nós, ou seja, quatro quilômetros por
hora. De noite, Cabral mandou chamar alguns dos comandantes dos outros
barcos para decidirem o que fazer. Eu e os demais grumetes fomos chamados
também. Ficamos segurando as tochas de fogo para iluminar enquanto eles
estudavam as cartas náuticas e pensavam num jeito de contornar a situação.
Já tinham
resolvido dormir quando o vento voltou. Lá vamos nós de novo!
17 de março, terça-feira
Cabral não está bem de saúde. Sente tremores e dor de cabeça. Muita
gente está doente no barco. Também com tanta sujeira, ratos e baratas... Isso
para não falar dos piolhos. Nós, os grumetes, estamos sempre limpando tudo,
mas pouco adianta. A água para beber fica guardada em barris de madeira e
está sempre contaminada. Os marujos passam mais tempo no banheiro do que
cuidando do barco.
22 de março, domingo
Depois de vários dias navegando, vimos terra mais uma vez. Eram as
Ilhas de Cabo Verde. A marujada se animou, mas Cabral não deu ordem para
descer do navio. Ele melhorou, mas anda misterioso. O bom de ser grumete é
<19>
que ninguém presta atenção na gente. Foi por isso que ouvi uma conversa de
Cabral com o piloto ontem à noite. Ele disse que há terras virgens mais adiante
e que o verdadeiro motivo da viagem é esse e não as Índias. Chamou o tal
lugar de Terra dos Papagaios. Pediu que o piloto guardasse segredo e que a
partir de agora navegasse no rumo sudoeste.
23 de março, segunda-feira
Hoje pela manhã aconteceu um grande mistério. A nau de Vasco de
Ataíde desapareceu sem nenhum motivo para isso. O mar estava calmo e o sol
brilhava. Como pode uma embarcação desaparecer assim da vista de todo
mundo? Nela estavam 150 homens. Os marinheiros do Capitânia estão
assustados. Já falam que isso foi coisa de alguma serpente do mar gigante ou
algum outro monstro. Muitos acham que o melhor é voltar a Portugal. À noite,
Cabral chamou seus comandantes, que vieram em botes até o Capitânia. Nós
ficamos iluminando a reunião enquanto o escrivão Pero Vaz de Caminha
anotava tudo. Eles desistiram de procurar por Vasco Ataíde. Amanhã seguiremos adiante.
1º de abril, quarta-feira
Há vários dias que só vemos céu e mar. Todos começam a se aborrecer
e muitos ficam enjoados. Pior que os frades franciscanos proíbem os jogos a
bordo e mandam os marinheiros jogarem seus baralhos no mar. Também estão
proibidos os livros de aventuras do rei Arthur e os cavaleiros da Távola
Redonda. Como tenho trabalho de sobra, nem vejo o tempo passar. Será que
vamos mesmo achar a tal de Terra dos Papagaios?
21 de abril, terça-feira
Depois de tantos dias no mar, vimos os primeiros sinais de terra. Eram
plantas que boiavam com as ondas e que os marinheiros chamam de botelho e
de rabo-de-asno. Depois disso, todos os passageiros do Capitânia ganharam um
novo ânimo. Já faz 45 dias que estamos nesse barco e ninguém aguenta
mais.
<20>
22 de abril, quarta-feira
Hoje, a primeira coisa que vimos foi um bando de aves chamadas de
fura-buchos. Olhando para os seus bicos finos e pontudos, não duvidei que
fossem capazes de furar os nossos e cobri a barriga com as mãos. De repente,
alguém gritou a todo pulmão: "Terra à vista!" Corremos todos para o convés
e vimos surgir na linha do horizonte um monte arredondado. Em homenagem à
Páscoa, que tinha acontecido dias atrás, Cabral batizou o monte de Pascoal.
Não é que ele tinha mesmo razão? Havia
uma terra desconhecida ao sul do Equador...
23 de abril, quinta-feira
Hoje de manhãzinha ancoramos perto da foz de um rio. Cabral deu
ordem para que o comandante Nicolau Coelho fosse fazer o reconhecimento
da terra. Mal ele pisou o solo, apareceram alguns habitantes do lugar. Eram
homens morenos e andavam nus. Estavam armados de arcos e flechas, mas
foram muito gentis. Presentearam o comandante com colares de conta e
cocares de penas. Estou gostando daqui. Decidi enterrar
esse diário na areia antes de seguirmos viagem. Queria muito contar nossa aventura. Quem sabe alguém leia essas páginas no futuro?
::::::::::::::::::::::::
O que é um grumete?
Durante a época das grandes navegações, muitas crianças trabalhavam
nos navios portugueses como grumetes. Era assim que os aprendizes de
marinheiro eram chamados. Vinham de famílias pobres e faziam o trabalho
pesado do navio. Costumavam ser maltratados pela tripulação e recebiam
duros castigos por qualquer motivo.
SEÇÃO JUVENIL
NARRANDO HISTÓRIAS
!:::::::::::::::::::::::::::::ÿ
l Até mesmo Luis XIV _
l fugia do banho, se _
l lavando apenas quando _
l o médico recomendava. _
l Ele se limpava com um _
l pano com água, álcool _
l ou saliva. _
h:::::::::::::::::::::::::::::j
• Banho familiar: Para ser considerado limpo, bastava lavar as mãos e o rosto. O banho de corpo inteiro era realizado quando muito, uma vez por ano. Nessa ocasião, a família inteira se banhava no mesmo barril e com a mesma água -- começando pelo pai, que era seguido pela mulher e pelos filhos, do mais velho ao mais novo.
<22>
• Bafo de onça: Sem escova de dente ou pasta, as pessoas costumavam esfregar dentes e gengivas com panos, utilizando
misturas de ervas para amenizar o mau hálito. Enxaguar a boca com água gelada ajudava a liberar o muco; mastigar aipo ou casca de cidra cortava o bafo e almíscar e folhas de louro funcionavam como antisséptico.
• Esponja de imundice: As roupas só eram trocadas quando estavam muito sujas e infestadas de pulgas, percevejos e traças. Eram feitas de linho, que absorvia o sebo junto com a transpiração, deixando o corpo purificado. Portanto, trocando de roupa, não era necessário tomar banho. Limpar as partes expostas (face, pescoço, mãos e braços) já era suficiente.
• Sai, fedor: Tanto em
Versalhes como nas casas comuns, os quartos eram varridos com uma espécie de vassoura de bambu, que só tirava o grosso da sujeira. Eram sempre úmidos e
com cheiro de suor e a roupa de cama raramente era trocada. Para amenizar o cheiro, substâncias odoríficas eram queimadas antes da hora de dormir.
• Lá vai água!: As necessidades fisiológicas, feitas em penicos que ficavam nos quartos, eram constantemente despejadas pelas janelas, podendo atingir qualquer desavisado que passasse no local na hora errada. A limpeza íntima era feita com folhas de sabugo de milho ou com a mão mesmo.
• Madeixas sebosas: Fios oleosos eram sinônimos de cabelos saudáveis e brilhantes, por isso ninguém tinha o costume de lavar a cabeça. A infestação de piolhos era frequente e caçar os bichos na cabeça do outro era quase como um passatempo familiar. Em ocasiões especiais, os
cortesãos e a realeza utilizavam perucas para dar uma aparência de limpeza.
• Faz no chão mesmo: Quartos com banheiros, fossas e sistemas de drenagem não eram comuns até o século 19. As pessoas faziam as necessidades em qualquer canto da rua e, no Palácio de Versalhes, não era diferente: os corredores e os jardins eram verdadeiros depósitos de dejetos.
• Produzidas no *make*: Se hoje a indústria de cosméticos fatura milhões é graças às mulheres fedidas daquela época. No final do século 16, surge o
<23>
pó de arroz, que servia para mascarar as imperfeições do rosto -- incluindo feridas causadas pela falta de higiene. Esponjas perfumadas eram colocadas nas axilas e nas partes íntimas e
pastas de ervas eram aplicadas
sobre a pele para mascarar o mau cheiro.
!::::::::::::::::::::::::::::::ÿ
l Para dar a luz, as camas _
l eram forradas com lençóis _
l velhos e sujos. Na época,_
l cerca de um terço das _
l crianças morria antes de _
l completar um ano. _
h::::::::::::::::::::::::::::::j
LEITURA INTERESSANTE
do aos que vinham sendo realizados
nos últimos anos, não deixa margem para muitas dúvidas.
Se evoluísse ainda mais, nosso sistema nervoso passaria a consumir
energia e oxigênio a tal ponto que atrapalharia o funcionamento do resto do
organismo -- e isso nunca vai acontecer porque nos inviabilizaria como
espécie. Depois de uma longa evolução, que faz de nós mais inteligentes do
que os seres humanos da Antiguidade, nos últimos 200 anos chegamos ao
limite da inteligência.
O cérebro humano tem a capacidade de nos tornar altamente adaptáveis
a situações e ambientes. Ele nos ajuda a sobreviver em lugares hostis e de
mudanças bruscas. Também nos permite fazer planos, resolver problemas e
pensar estrategicamente. Para dar conta dessas tarefas, ele mantém uma
vasta rede de neurônios.
A sintonia deste sistema é mantida por centenas de
células, que ficam localizadas em diferentes lugares
do cérebro e oscilam de forma
sincronizada. Ao longo do tempo, essas células responsáveis pela
sincronia da rede cerebral foram surgindo em nódulos intermediários, que
garantem que a informação chegue a todos os pontos do corpo sem distorções.
Tal evolução nos permitiu aumentar a velocidade das conexões, pensar mais
rápido ou lembrar mais coisas sem fazer crescer demais o consumo
energético. Mas até isso tem um limite.
<25>
Depois de uma tarefa escolar muito difícil, uma leitura árdua ou um jogo
de memória complexo, você não se sente cansado? É natural. Este processo
cerebral demanda uma grande quantidade de energia e oxigênio. É impossível
otimizá-lo a ponto de zerar o consumo energético. E existe um
nível em que não é mais funcional alimentar o cérebro. Afinal, o organismo também precisa
realizar outras tarefas vitais, como digestão e respiração.
Existe no nosso corpo uma espécie de balança comercial de energia. O
custo mínimo não nos deixa muito inteligentes, enquanto que o investimento
máximo custa caro demais para o organismo. Em nossa história evolutiva,
caminhamos para melhorar nossas conexões cerebrais, mas há um momento
em que o custo para manter o sistema nervoso causaria uma pane nos outros
órgãos.
Ou seja: chegamos a um ponto em que ser ainda mais esperto significa
ter um organismo que vai funcionar mal. A evolução de nossa inteligência tinha
um preço que, até agora, valia a pena pagar. Essa situação mudou. Vamos
nos manter no nível atual, que já é bastante alto.
NOSSO BRASIL
Nascido no Rio de Janeiro, em 1866, Pedro Augusto era o
primeiro filho da princesa
Leopoldina, a filha mais nova de D. Pedro II. O imperador tinha
muita afeição por esse neto, o mais parecido fisicamente com ele, e depositava
enorme esperança de que o menino o substituísse no futuro. Para tanto,
orientava-o e verificava pessoalmente sua educação. "D. Pedro II, até o fim da
vida, amparou o neto que adorava. Ele era um rapaz belíssimo, adorado pelo
povo do Rio de
Janeiro, que fazia fila à porta de sua casa para vê-lo entrar e
sair a cavalo", diz a historiadora Mary Del Priori, autora do livro *O Príncipe
Maldito*, da Editora Objetiva, que conta a história de Pedro Augusto e do Brasil
da época.
Nascimento inesperado
O neto predileto do imperador cresceu cercado de carinho e
expectativas. Afinal, somente se a filha mais velha de D. Pedro II, Isabel, sua
tia, tivesse um menino, Pedro Augusto teria a coroa ameaçada. Isso porque,
pela ordem de sucessão, o filho de
Isabel é quem deveria ser o terceiro
imperador do Brasil. A princesa, porém, ainda não tinha um herdeiro, mesmo
estando casada há dez anos com o Conde D'Eu.
<27>
A história, porém, mudou com o anúncio da gravidez de Isabel. Depois
de muito tempo casada, ela teve, finalmente, um filho, que representava uma
grande ameaça aos sonhos de Pedro Augusto. Mesmo à sombra do primo,
porém, o neto predileto de D. Pedro II cresceu com fortes expectativas de, no
futuro, governar o Brasil. Tanto é que foi educado nos melhores colégios e se
formou em engenharia.
Já adulto, Pedro Augusto começou a se envolver com assuntos políticos,
mantendo a esperança de herdar o trono. Ele era inteligente e admirado por
todos. Mas o Brasil passava por grandes mudanças. O país estava dividido.
Fatos como a abolição da escravidão e a ideia de que o Brasil não devia mais
ser comandado por um imperador -- e sim por representantes eleitos pelo povo,
transformando-se numa República -- ameaçavam e aumentavam a pressão
sobre a família imperial.
Doente e esquecido
Em 1889, de fato, a República acabou sendo instaurada no
Brasil, apesar de muitos conflitos. Com isso, a família imperial teve que partir para a
Europa. Junto com ela, seguiu Pedro
Augusto, o "quase" terceiro imperador do
Brasil. Em meio a tantos acontecimentos, ele adoeceu e enlouqueceu. De volta
à Áustria, após longos tratamentos na Europa, foi internado em um manicômio,
onde morreu, em 1934, aos 68 anos, longe do sonho de um dia ser o terceiro
imperador do Brasil.
Por que será, porém, que o neto preferido de D. Pedro II quase não é
mencionado quando o assunto é a época em que o Brasil foi um império? "A
história explica a razão: os monarquistas -- isto é, as pessoas que defendiam
que o Brasil devia continuar a ser uma monarquia, sendo governado por um
imperador -- nunca quiseram que viessem à tona as tensões dentro da família
imperial. Como falar em Pedro Augusto é falar de loucura e traição, no
entender de alguns, isso mancharia a ideia de uma família impecável, sem
ódios ou outros sentimentos comuns às famílias normais", conta Mary Del
Priori.
De fato, a história de Pedro Augusto é diferente da maioria dos contos
de fadas, em que príncipes e princesas vivem felizes para sempre. Mas
conhecê-la, ainda mais às vésperas de mais um aniversário da proclamação da
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República, é algo importante. Afinal, se ele tivesse realizado o seu sonho,
certamente você gostaria de saber quem foi o terceiro imperador do Brasil, não
é?
CONHECENDO O MUNDO
Tesouros da tribo
Ô, lá em casa!
As casas dos índios, chamadas de ocas, são feitas de pau a pique. Elas
são construídas apenas com taipas, uma mistura de barro sustentado por
pedaços de madeira, e depois são cobertas com palhas ou folhas grandes de
árvores, como as da palmeira. E as moradias são coletivas, ou seja, todo
mundo mora junto, como uma grande família, e divide tudo: as redes pra
dormir, o lugar de brincar, a cozinha... Os únicos objetos pessoais são os
instrumentos de trabalho, como arcos, flechas e machados. Pense nisso antes
de reclamar de dividir o quarto com sua irmã.
Emprego pra quê?
Acredita que não existe essa história de emprego, chefe, nem de salário
na sociedade indígena?
Eles trabalham, sim, mas de um jeito diferente. Na
verdade, eles dividem as tarefas diárias de acordo com o sexo e a idade. As
mulheres, por exemplo, cozinham, fazem as panelas com barro e argila,
cuidam das crianças, plantam e colhem os alimentos e também são
responsáveis por pintar os corpos dos homens. Já os homens vão à caça,
pescam e, quando têm algum ritual, eles é que dançam, enquanto elas cantam.
Já os curumins, os indiozinhos, acompanham os pais nos trabalhos e vão
aprendendo sobre as suas responsabilidades desde muito cedo.
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Trabalho NOTA 10
Para ajudá-la a fazer com vontade o seu trabalho sobre os índios e
garantir um notão, existem vários sites de pesquisa que oferecem muitas
informações interessantes e são superconfiáveis:
• Outra opção é fazer um videozinho e filmar os participantes apresentando uma espécie de telejornal, em que o assunto é o Dia do Índio.
• Tocar trechos de músicas indígenas, antes da apresentação, também é uma boa ideia de quebrar o gelo e chamar a atenção da galera para o que você vai mostrar.
TESTE
Você se dá bem com seus pais?
Sair para almoçar com meus
pais é ...
a) Uma maneira formidável de passar o dia.
b) Uma ótima oportunidade de comer bem.
c) Um tédio total.
d) Trágico, uma tortura, tormento puro.
Para você seus pais são...
a) Dois amigos.
b) Seus pais mesmo.
c) Dois antiquados.
d) Duas pessoas que você procura evitar sempre que possível.
Se os seus pais convidam você para sair com eles você responde:
a) "Dez, estou nessa!"
<33>
b) "Não posso, tenho muitas lições para fazer." (uma mentirinha inocente)
c) "Vocês estão brincando, né?"
d) "Nunca!"
No aniversário do seu pai ou da sua mãe você ...
a) Passa um bom tempo tentando encontrar o presente ideal.
b) Compra alguma coisa de última hora.
c) Não tem muito dinheiro, então nada de presente.
d) Faz de conta que esqueceu.
Se você está com um problema, o que você faz?
a) A primeira coisa é pedir um conselho para seus pais.
b) Você fala com seus amigos e também com seus pais.
c) Você não fala dessas coisas com eles.
d) Você faz de tudo para que seus pais não fiquem sabendo.
Seu perfil
Se você tem mais respostas "A":
Velejando em águas tranquilas!
Você e seus pais se dão muito bem. Você se diverte quando estão
juntos e tem plena confiança neles. Você sempre tem muitos assuntos para
conversar e sempre dão boas risadas: você é uma felizarda! Mais cedo ou mais
tarde, porém vocês vão acabar enfrentando "mau tempo" e, como você não
está acostumada com isso, pode acabar se magoando além da conta. Mas não
se preocupe, uma relação como a de vocês sobrevive até mesmo a um
maremoto.
Se você tem mais respostas "B":
Ligue os motores!
Tirando alguns pequenos conflitos de vez em quando, você e seus pais
se dão bem. No fundo, você gostaria de se sentir mais à vontade para
compartilhar a sua vida com eles. Por causa disso, às vezes, você não
<35>
consegue realmente trocar ideias e dizer o que pensa para eles. Você quer ter
uma relação mais espontânea com seus pais, uma relação sem problemas.
Bem, você tem olhado o tanque de combustível? Quanto tempo você tem
passado com eles ultimamente? Se você dedicar mais tempo e energia à sua
relação com seus pais, logo você vai ver que ela vai crescer e se desenvolver a
todo vapor!
Se você tem mais respostas "C":
Pegue os remos e ... força!
A sua relação com seus pais
está definitivamente à deriva.
Existem duas explicações possíveis. Ou você mesma está sacudindo o barco e enchendo-o
de água ao ser inflexível, ou seus pais tem que soltar a âncora e se
modernizar. Quase sempre, a causa é uma combinação dessas duas
explicações. Talvez eles não sejam modernos e de mente aberta, mas talvez
você também esteja exagerando. Não critique tanto seus pais: aceite-os como
são e pare de nadar contra a maré. A vida vai ficar muito mais fácil se você
aprender a acompanhar a corrente.
Se você tem mais respostas "D":
Salve-se quem puder!
Vocês brigam o tempo todo. Você e sua família estão em águas
turbulentas. O vento e a tempestade estão arrastando vocês para o fundo, e
você precisa de um colete salva-vidas agora mesmo! Todos enfrentamos mau
tempo de vez em quando, mas esse temporal que tomou conta de sua casa
está ficando insuportável. Será que você não está ficando mareada também?
Chegou a hora de traçar um novo rumo: afinal de contas, vocês estão todos no
mesmo barco. Se ele afundar, todos afundam juntos. Vocês vão ter que se
esforçar para não naufragar, mas pode apostar que vale a pena.
Fonte: *RECREIO ONLINE. Você sabia... Páscoa*. São Paulo: Abril: 2012.
Disponível em: ~,http:ÿÿwww.recreio.com.brÿ~
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Acesso em: 16 abr. 2012
Em períodos específicos do ano, estamos acostumadas a perceber
sempre o mesmo tipo de clima, que é justamente o que marca as quatro
estações. Lá por janeiro, no verão, normalmente faz um calor danado. Já em
março, refresca, por causa da chegada do outono. Em junho, dá-lhe inverno e
a gente só não vira sorvete porque se enche de roupas. Depois, logo em
setembro, as coisas começam a mudar novamente e, com a primavera, um sol
ainda meio tímido e preguiçoso dá o ar da graça. A explicação para as
diferenças de temperatura, ao longo do ano, é bastante fácil de entender: como
você sabe, a Terra gira em torno do Sol. E a gente gira com ela. Então, quando
o lado do planeta em que moramos fica mais perto do astro rei, sentimos
aquele calorzinho gostoso. Porém, quando começamos a ficar um pouco mais
distantes, já bate um frio de rachar! E é sempre assim: quando um polo da
Terra está em pleno verão, o outro está mergulhado no mais rigoroso inverno.
Tudo culpa dos movimentos do nosso planeta, que, assim como você, não para
quieto um minuto!
E tudo muda
Quando a temperatura cai, o nosso organismo, que é uma máquina pra lá de inteligente, ajusta todas as suas funções para dar conta de nos manter aquecidas. Veja só alguns exemplos do que está acontecendo aí do lado de dentro do seu corpo, agorinha mesmo:
A empresa americana de pesquisa *Amdocs* entrevistou 4.700 homens e mulheres de 14 países para saber como eles usavam redes sociais e *gadgets*. A pedido da instituição, o antropólogo italiano Massimiliano Mollona, atualmente professor do *Goldsmiths College*, em Londres, analisou as respostas. Ele descobriu que a forma com que nos comportamos com nossos *gadgets* e mundos virtuais se tornou uma espécie de distintivo digital que nos divide em 3 principais tribos: centauros, ciborgues e caubóis do espaço. As diferenças variam especialmente de acordo com sexo, idade e lugar onde se vive. "Eu me defino como um centauro. Uso a tecnologia como uma ferramenta e não faço questão de estar antenado com todas as novidades.", diz Mollona. Conheça cada uma das comunidades e descubra qual é a sua.
Cada um do seu jeito
Confira os 3 perfis de consumidores de web e gadgets.
• Ciborgues
Adoram celular. Usam o aparelho o tempo todo, seja para resolver problemas de trabalho ou contatar familiares e amigos. Preferem modelos recém-lançados e com o maior número possível de recursos, em especial um bom acesso a
internet. Quando estão online, navegam por mídias sociais e se divertem com joguinhos. Em geral, são homens de 18 a 34 anos que vivem na América Latina e países emergentes da Ásia, como Cingapura, Vietnã e Tailândia.
Um antigo diário foi encontrado enterrado na areia da praia. Pertenceu a
um garoto chamado Martim [saiba mais sobre ele no final dessa matéria], um
grumete (descubra o que é isso no final desta matéria) de 11 anos que fazia
parte da esquadra de Pedro
Álvares Cabral. Leia e descubra como foi essa
viagem.
8 de março de 1500, domingo
Lisboa está em festa. A cidade inteira veio ao porto da praia do Restelo
para assistir a partida da nossa esquadra. É a maior de todas que já saiu daqui de
Portugal. São 3 caravelas e 10 naus e mais de 1.500 passageiros. Para um
simples grumete, até que tive sorte. Estou na Capitânia, a nau de Pedro
Álvares Cabral, o comandante da frota. Ele é um nobre. O rei Dom Manuel veio
em pessoa despedir-se dele. Daqui do convés do navio posso ver o povo lá
embaixo cantando e dançando ao som das gaitas e dos pandeiros. É bonito,
mas não vejo a hora de partir! Sei que a viagem vai ser longa, mas quem não
gosta de uma aventura?
9 de março, segunda-feira
Até que enfim, zarpamos. Nosso destino são as Índias para buscar
cravo, canela, pimenta e outras especiarias. Não tive tempo nem de respirar.
Mal o navio desatracou, já me deram um balde e um escovão. Passei o dia
esfregando todo o convés. Vida dura a de um grumete! Acabava de limpar e já
estava tudo sujo de novo. Também, com tanta gente nesse navio! Aqui tem
passageiros de todos os tipos, portugueses, árabes, indianos, soldados,
astrônomos, frades franciscanos e até alguns degredados mal-encarados que
só vão fazer a viagem de ida. Ainda bem!
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12 de março, quinta-feira
Até aqui tudo ótimo. Não encontramos nenhum desses monstros do mar
que os marinheiros tanto falam. Navegamos a uma velocidade de 4,8 nós, o
que equivale a 11 quilômetros por hora. As nossas embarcações são as mais
modernas e mais velozes do mundo. Os espanhóis e os ingleses devem estar
morrendo de inveja. A única coisa que não está legal é ouvir minha barriga
roncando de fome. Não aguento mais comer biscoito. É tudo o que me dão. Se
pelo menos eles não fossem tão duros! E pensar que bem aqui ao lado está a
nave de mantimentos! Lá dentro tem galinhas-d'Angola, batata, bacalhau...
Mas essas delícias
Na época, os cuidados com a limpeza eram precários na Europa. Até
mesmo o Palácio de
Versalhes tinha a fama de ser imundo habitado por
moradores que não tinham higiene. Sem saneamento básico, a população vivia
em meio a sujeira e animais peçonhentos. E essa condição também foi uma
das causadoras da pandemia de peste bubônica, ou Peste Negra, como ficou
conhecida. Anteriormente, a doença, transmitida pela picada de pulga, dizimou
um terço da população europeia, entre realeza e plebe, no século 14. Antes
considerada um castigo de Deus, a peste
trouxe o conceito de higiene pessoal
ao mundo e, a passos lentos, mudou hábitos até formar as pessoas limpas e cheirosas que conhecemos hoje.
Nossa espécie passou os últimos 150 mil anos melhorando o cérebro.
Foi o que garantiu que fossem criadas as pirâmides, ônibus espaciais, tratados
de filosofia, computadores. Mas uma pesquisa recém-publicada por uma
equipe da Universidade de
Cambridge, com base em um mapeamento de
centenas de pessoas, reforçou uma tese recorrente na neurociência: a de que
nossa inteligência chegou a seu limite. Os estudos ainda devem prosseguir
para confirmá-la, mas este trabalho, soma-
Ele era o neto preferido de D. Pedro II e forte candidato ao trono
brasileiro. Até que certos acontecimentos destruíram o seu sonho de ser
imperador do Brasil, como a proclamação da República, realizada em 15 de
novembro de 1889. Desde então, esquecido, esse personagem da História
pouco aparece nos livros sobre a família imperial. Para quem ainda não o
conhece, porém, apresentamos Pedro de Alcântara Augusto Luís Maria Rafael
Gonzaga de Saxe-Coburgo e Bragança: o -- ufa! -- "quase" terceiro imperador
do Brasil.
Todo mês de abril é a mesma coisa: na escola, nos programas de TV,
na internet e em mais uma porção de lugares, os índios passam a ser assunto
quase que obrigatório. Afinal, o dia 19 é a data especialmente reservada no
calendário para comemorar a existência desse povo, que já estava aqui
quando os portugueses chegaram e "descobriram" o Brasil. Mesmo com o
passar dos anos, muitas tribos ainda mantêm vivos seus costumes e seus
rituais, que são pra lá de interessantes. Hoje em dia, muitos índios têm até
acesso à tecnologia: assistem a novelas, escrevem em blogs, trocam e-mails
com gente de todo canto e até batem papo no celular. E ainda usam toda essa
tecnologia para divulgar a cultura do seu povo. Legal, né?
Pai de todos
Você já deve ter ouvido falar que toda nação indígena tem um pajé,
certo? Pois bem: ele é tipo o pai de todos, o membro mais velho da família e a
quem todos respeitam pela sua sabedoria. O pajé é, ao mesmo tempo, o
médico e o líder religioso, que ensina as tradições para as crianças e realiza as
cerimônias de casamento, por exemplo. Pajé, na verdade, é um termo da
língua tupi. Outros povos até usam nomes diferentes para designar esse líder.
Na tribo dos maraguás, o pajé é conhecido como *malyli* e, entre os saretés, é o
*painy*.
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Ele é o cara!
O cacique é outra figura importante entre os indígenas e é como se
fosse o presidente, o líder que toma as decisões e que é muito respeitado por
todos. Do mesmo modo que o pajé, em cada tribo ele recebe um nome
diferente. Na língua dos maraguás, por exemplo, o cacique é conhecido como
*tuxawa*. Ah! E tem mais: uma vez
*tuxawa*, sempre *tuxawa*. Isso porque, nas
nações indígenas, não rola essa história de votação.
Ele só será substituído no
posto quando bater as botas. Ou quando virar estrela. Ou quando for dessa
para melhor, como queira.