õieieieieieieieieieieieieieieo õ o õ PONTINHOS o õ o õ Ano XLIX -- n.o 331 o õ Abril-Junho de 2009 o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral do IBC o õ Sra. Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador de Pontinhos o õ Prof. Renato o õ M. G. Malcher o õ Responsável por o õ Pontinhos o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca, Rio de Janeiro, o õ RJ -- Brasil o õ 22290-240 o õ Tel.: (21) 3478-4457 o õ o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Seção Infantil A Vovó Conta Histórias: A Estrela Falante ::: 1 A Borboleta e a Chama ::::::::::::::::: 6 O Cisne :::::::::::::: 8 Divertimentos: O que É, o que É? ::: 10 Só Rindo ::::::::::::: 12 Vamos Aprender: Os Picos mais Altos do Mundo :::::::::::::: 14 Para Você Recitar: O Bife ::::::::::::::: 15 Zoologando: O Leão ::::::::::::::: 16 Historiando: O Elefante ::::::::::: 17 Seção Juvenil Narrando a História: Os Incas ::::::::::::: 21 Joana D'Arc ::::::::: 25 Na época da Corte :::: 28 A Importância dos Pés ::::::::::::::::::: 30 Conhecendo nossos Escritores: João Cabral de Melo Neto :::::::::::::::::: 31 Aperto de Mão :::::::::: 34 Sábia Natureza ::::::::: 34 Nosso Brasil: Cidades Históricas ::: 36 A História do Circo ::::::::::::::::: 40 Curiosidades :::::::::::: 43 Vinho -- A Bebida das Elites :::::::::::::::: 47 Ecoando: Cuidado com o Desperdício ::::::::::: 49 Vida Nova ao Imperador ::::::::::::: 51 Ameno e Instrutivo: A Origem do Espelho ::::::::::::::: 53 O Rosto do Faraó :::::: 53 É Útil Saber: Seu Primeiro Livro ::::::::::::::::: 55 Santa Sara: Cigana Escrava ::::::::::::::: 56 Nem Tudo ::::::::::::: 59 Alô! Alô! :::::::::::: 59 O Dicionário Esclarece ::::::::::::: 60 Fontes de Pesquisa ::::: 62 Ao Leitor :::::::::::::: 62 ¨ :::::::::: Seção Infantil A Vovó Conta Histórias A Estrela Falante Paulo Marcio Bernardo da Silva Era uma vez um menino chamado José, filho de um pescador e morador de uma casa modesta perto da praia do Fundão. Lá moravam ele, o pai, a mãe, dois irmãos e uma irmã, ela ainda bem pequenina. A família era muito pobre, e o pouco que o pai ganhava pescando quase não dava para eles viverem. Usavam roupas doadas e ganhavam ainda mais umas coisinhas, entre elas brinquedos já usados e alguns alimentos. Assim iam passando os dias e as noites de suas vidas. Na casa onde moravam não havia luz elétrica; a água para beber tinha que ser apanhada em latas e baldes, tarefa que era feita por João e Miguel, seus dois irmãos mais velhos. A ocupação de José era apanhar gravetos na praia para a sua mãe cozinhar. Todos tinham que ajudar, pois a família era grande e o dinheiro era pouco para os gastos da casa. Um dia, já bem perto de escurecer, José saiu para cumprir a sua missão -- achar gravetos -- mas demorou em achá-los do jeito que sua mãe gostava; e então anoiteceu. A lua já estava bem alta e José, com uns poucos gravetos, caminhava pela praia quando viu uma caixa de madeira que veio trazida pelo mar. Ela ainda balançava nas últimas ondas, quando foi apanhado pelas mãozinhas pequenas do menino José. Como todo garoto de sua idade, oito anos, José, com curiosidade, sentou-se na areia, pegou a caixa e tentou abri-la. Ela estava difícil de ser aberta, parecia ter um segredo que José não conhecia. O tempo foi passando e ele continuava tentando abrir para descobrir o que havia na caixa. Mas quem tenta, um dia consegue, e José também conseguiu. Logo que a caixa se abriu, dela saiu muita luz. Era a luz de pequenas estrelas aprisionadas naquela caixa de madeira trazida pelas ondas do mar. Libertas e contentes, José ouviu uma voz dizendo: -- Sou uma estrela cadente e falante! Obrigado por ter nos soltado! Olhe lá no céu, a lua está sozinha, sem a nossa companhia! Foi um homem muito mau que, visitando o universo, nos fez prisioneiras, e se não fosse você, o céu ficaria essa noite sem a nossa claridade. -- Mas você sendo um bom menino e tendo um bom coração, merece das estrelas um presente! Naquele exato momento, as estrelas se apressaram em ir iluminar o céu, ficando somente a estrela cadente e falante, que lhe deu o que prometera. No fundo da caixa havia uma pedra tão brilhante quanto a luz das estrelas. Era um diamante, lindo e valioso. E já se despedindo, a estrelinha ainda lhe pediu e aconselhou: -- Não conte essa história para ninguém, pois eles não vão acreditar em você. Diga apenas, que você encontrou a pedra na areia da praia. Leve esse diamante para casa, pois ele será útil para você e toda a sua família. Com ele vendido, seus pais poderão criar você e seus irmãos com todo o conforto e muito carinho. E indo na direção do céu ela ainda falou: -- Não deixe nunca de acreditar em Deus e “estude, estude muito” para ser um grande astronauta ou astrólogo famoso! Assim, José foi feliz para a sua casa e mostrou a pedra preciosa aos seus pais, que lhe perguntaram onde ele havia conseguido o diamante. E José explicou: -- Eu estava apanhando os gravetos para mamãe, e como estava muito difícil, eu pedi a Deus que me ajudasse a mudar as nossas vidas e Ele me mostrou essa pedra que achei perdida na areia. Pai, você sempre falou que Deus existe, agora eu sei, Ele é uma estrela! Com o diamante vendido, eles foram felizes para sempre! ¨ ***

A Borboleta e a Chama Uma borboleta multicor estava voando na escuridão da noite quando viu, ao longe, uma luz. Imediatamente voou naquela direção e, ao se aproximar da chama, pôs-se a rodeá-la, olhando-a maravilhada. Como era bonita! Não satisfeita em admirá-la, a borboleta resolveu fazer o mesmo que fazia com as flores perfumadas. Afastou-se e em seguida voou em direção à chama e passou rente a ela. Viu-se subitamente caída, estonteada pela luz e muito surpresa ao verificar que as pontas de suas asas estavam chamuscadas. -- Que aconteceu comigo? Pensou ela. Mas não conseguiu entender. Era impossível crer que uma coisa tão bonita quanto uma chama pudesse causar-lhe algum mal. E assim, depois de juntar um pouco as forças, sacudiu as asas e levantou vôo novamente. Rodou em círculo e, mais uma vez, dirigiu-se para a chama pretendendo pousar nela. E imediatamente caiu queimada no óleo que alimentava a brilhante e pequenina chama. -- Maldita luz, murmurou a borboleta agonizante, -- pensei que ia encontrar em você a felicidade e em vez disso encontrei a morte. Arrependo-me desse tolo desejo, pois compreendi, tarde demais para minha infelicidade, o quanto você é perigosa. -- Pobre borboleta, respondeu a chama, eu não sou o sol, como você tolamente pensou. Sou apenas uma luz. E aqueles que não conseguem aproximar-se de mim com cautela são queimados. Esta fábula é dedicada àqueles que, como a borboleta, são atraídos pelos prazeres mundanos, ignorando a verdade. Então, quando percebem o que perderam, já é tarde demais. ¨*** O Cisne O cisne arqueou seu pescoço flexível em direção à água e mirou longamente seu reflexo. Compreendeu o motivo de seu cansaço e do frio que invadia seu corpo, fazendo-o tremer como se fosse inverno. Soube, com absoluta certeza, que sua hora era chegada e que devia preparar-se para a morte. Suas penas ainda eram tão alvas como em seu primeiro dia de vida. As estações do ano e o tempo haviam passado sem deixar marca alguma em sua plumagem branca como a neve. Agora podia partir; sua vida terminaria em plena beleza. Endireitando seu lindo pescoço, nadou lenta e majestosamente em direção a um salgueiro sob o qual habituara-se a descansar quando fazia calor. Anoitecia, e o pôr-do-sol coloria de vermelho e roxo as águas do lago. No grande silêncio que caía em torno, o cisne pôs-se a cantar. Jamais, até então, encontrara tons tão cheios de amor pela natureza, pela beleza do céu, da água e da terra. Sua doce canção atravessou os ares com um leve toque de melancolia até, finalmente, sumir, lenta, muito lentamente, com os últimos raios de luz no horizonte. -- É o cisne, disseram os peixes, os pássaros e todos os animais dos bosques e dos prados. Profundamente emocionados, disseram: -- O cisne está morrendo. ¨ :::::::::

Divertimentos O que É, o que É? 1. Tenho uma coisa, mas não tenho outra coisa que gostaria de ter para não ter o que tenho. O que são elas? R.: Fome e alimento. 2. Qual é a chave que abre ao homem todas as portas do mundo? R.: Pensamento. 3. O que permanece quente, mesmo sob a mais fria temperatura? R.: A pimenta. 4. Você me vê na rua e me deixa na rua. Eu entro em todas as casas e sou “tocada” de cada uma delas. O que sou? R.: Poeira. 5. É um deputado todo improvisado. Em sua tribuna, sem eloqüência, repete tudo sem consciência. O que é? R.: Papagaio. 6. Quando é que um limão se torna em nada? R.: Quando se faz limonada. 7. Qual o pé que as pessoas adoram morder? R.: Pé-de-moleque. 8. Qual o fogo que não se apaga com água? R.: O fogo da paixão. 9. Que tipo de cão está sempre com febre? R.: Cachorro-quente. 10. Dois irmãos estão brincando numa gangorra: quando um sobe, o outro desce. Quem são? R.: Pratos da balança. 11. O que é que só quando se mata é que se fica contente? R.: A Fome. 12. O que é que só deixa as pessoas bem se bater? R.: O coração. 13. Qual a chave que não pode abrir nenhuma porta? R.: A chave de braço. 14. O que se coloca no meio do pudim? R.: A letra D. 15. Quem é que só trabalha levando tapa? R.: A peteca. 16. O que aquela emocionada menina falou para o Papai Noel, depois que recebeu seu presente? R.: Você não existe! 17. Qual o pé que vive levantando poeira? R.: Pé de vento. 18. O que é que todo dente tem na frente? R.: A letra D. 19. Qual o cavalo que pode nadar, mas não pode usar ferraduras? R.: O cavalo-marinho. 20. O que é que não é goleiro mas vive no meio do gol? R.: Letra O. ¨*** Só Rindo Piada no médico Joãozinho foi com seu amigo ao médico. Chegaram assustados ao consultório e, depois de alguns minutos em silêncio, o médico virou-se e perguntou: -- E então? O que vocês têm? O que aconteceu? Joãozinho deu um suspiro e respondeu: -- Doutor, a gente estava brincando e eu... acabei... engolindo uma bolinha de gude! -- Hum, sei... E o seu amigo? Engoliu uma bolinha de gude também? Joãozinho olhou para o amigo e respondeu: -- Não... Ele só está esperando. A bolinha era dele! Criança I O professor de matemática pergunta ao aluno: -- Se você tivesse sete dólares num bolso e sete dólares no outro, o que teria? -- As calças de outra pessoa, professor! Criança II -- Quem sugeriu que você viesse aqui? Perguntou o dentista ao menino no consultório. -- Um amigo meu -- respondeu o garoto. Depois de arrancar um dente aqui ele ficou três semanas sem ir à escola. Duas galinhas conversam: -- Ontem tive uma febre altíssima. -- Como sabe? -- De manhã botei um ovo cozido. ¨:::::::::: Vamos Aprender Os picos mais altos do mundo. 1. Everest, no Nepal, com 8.846 m. 2. K-2, no Paquistão, com 8.611 m. 3. Cachenjunga, no Nepal, com 8.598 m. 4. Aconcágua, na Argentina, com 6.959 m. 5. Ojos Del Salado, na Argentina, com 6.863 m. 6. Misti, no Peru, com 6.800 m. 7. Mc Kinley, no Alasca, com 6.194 m. 8. Logan, no Canadá, com 6.050 m. 9. Pico Norte, no Alasca, com 5.904 m. 10. Kilimanjaro, na Tanzânia, com 5.895 m. ¨:::::::::: Para você Recitar O Bife José Paulo Paes Onde é que está meu bife? Fugiu do açougue sumiu da cozinha no prato não acho quem sabe me diga: será que meu bife está noutra barriga? Meu bife era a cavalo: um ovo estalado com batata frita. Porém me lembrei: sendo bife a cavalo fugiu no galope não vou mais achá-lo. ¨:::::::::: Zoologando O Leão Carolina Martins Peterson -- 11 anos Eu sou um animal, Mas pode me chamar de rei, Reinar é o meu lema, Ensino tudo que sei. Cabelos longos e loiros, Sempre a balançar, Ao cabeleireiro eu vou, Para deles cuidar. O que falo é uma ordem, Senão solto um rugidão,

Mandar, mandar, mandar, Eu sou o leão. ¨:::::::::: Historiando O Elefante O grande elefante possui, por natureza, qualidades que são muito raras entre os homens: honestidade, prudência e justiça. Os elefantes são religiosos e o demonstram cada vez que surge a lua nova. À guisa de cerimonial de recepção, dirigem-se para o rio e banham-se demoradamente. Quando ficam doentes, deitam-se no chão, apanham flores e grama com a tromba e atiram-nas para o alto, em direção ao céu, como se estivessem fazendo uma oferenda aos deuses. Quando os elefantes velhos perdem as presas, enterram- -nas. Geralmente os elefantes usam uma das presas para arrancar raízes para se alimentarem, e a outra apenas para lutar. Quando se vêem cercados por caçadores e percebem que estão cansados demais para continuar resistindo, batem com as presas em troncos de árvores até partirem-nas. Eles sabem que os homens matam-nos apenas por causa das presas, e dessa maneira conseguem salvar suas próprias vidas. São misericordiosos para com suas vítimas e prevêem todos os perigos. Uma vez um elefante encontrou um homem sozinho, perdido na floresta. Aproximou-se dele, convidando-o evidentemente a segui-lo, e dessa maneira ajudou-o a encontrar o caminho perdido. Em outra ocasião viu apenas pegadas humanas e, temendo uma cilada, parou, ofegante, e mostrou as marcas aos companheiros. Prosseguiram todos juntos, encostados uns nos outros, muito cautelosamente. Geralmente vivem em manadas. O mais velho sempre anda na frente e o segundo em idade fica no último lugar. Têm muito pudor e só se acasalam à noite, escondidos. Em seguida voltam para junto da manada, depois de se banharem no rio. Jamais lutam para conseguir um acasalamento, como fazem tantos animais, e são delicados para com os mais fracos. Se encontram um bando ou rebanho de outros animais, abrem caminho com as trombas a fim de não incomodarem os outros. E não reagem, a menos que sejam provocados. Uma vez um elefante caiu num buraco. Todos os companheiros da manada começaram a atirar galhos e pedras para dentro, a fim de elevar o fundo do buraco e ajudar o elefante preso a sair. Quando ouvem guinchos de porcos, sentem medo e fogem desordenadamente, machucando mais os próprios companheiros que os inimigos. Gostam muito de rios e passeiam constantemente nas proximidades deles. Porém, como são muito pesados, não conseguem nadar. Comem pedras, mas seu alimento preferido é o tronco das árvores. Detestam ratos. As moscas, por outro lado, são atraídas por seu cheiro. Mas quando os elefantes sentem as moscas pousadas sobre eles, enrugam o couro e matam-nas todas. Se tiverem que atravessar um rio, fazem os filhotes irem para mais baixo, e os adultos ficam enfileirados, formando com seus corpos enormes uma barreira que impede a correnteza de arrastar os filhotes. O dragão, um lagarto alado, é o inimigo do elefante. Ataca arrastando-se por baixo da barriga do elefante. Com o rabo ele prende os pés do paquiderme. Com as asas e os ferrões agarra-se em torno do corpo do elefante. Porém, ao cair, o elefante esmaga o dragão. E assim, ao morrer, vinga-se de seu assassino. ¨:::::::::: Seção Juvenil Narrando a História Os Incas Há quase 700 anos, quando se fixaram no vale de Cuzco, os incas eram um povo modesto. Quase nômades, viviam de um lado para o outro, ficando um tempo no lugar que oferecia mais chance de sobrevivência. Ninguém sabe direito de onde vieram. Como não conheciam a escrita, não deixaram nenhum documento que explicasse isso. Uns dizem que migraram da Bolívia, e outros que vieram do espaço, o que não se pode levar a sério. Pouco a pouco, acostumaram-se a viver no vale de Cuzco. Aprenderam agricultura, construíram a sua cidadezinha e aí começaram os problemas. A disputa de territórios e do poder na região levou-os a entrar em guerra com os povos vizinhos. Isso tudo aconteceu lá pelo ano de 1400 e tal. O chefe dos incas, na época, chamava-se Pachucutec. E foi com ele que os incas iniciaram suas conquistas, primeiro dominando os vizinhos da serra, depois tomando o litoral. É verdade que os incas foram muito ajuizados na sua dominação. Tão ajuizados que alguns disseram que era o império da “felicidade organizada”. Em todas as regiões dominadas, os incas cuidavam para que ninguém passasse fome. Eles não tiravam a terra das comunidades, não tiravam o poder dos chefes locais, nem proibiam as pessoas de terem os deuses que quisessem. A vida dos povos submetidos não piorou com a chegada dos incas, e tudo permaneceu quase como antes. Eu disse quase... Como bons conquistadores, os incas passaram a exigir impostos das comunidades vencidas. Exigiam certas quantidades de milho ou batatas, lhamas, tecidos e outras coisas que variavam conforme as possibilidades da comunidade. A forma mais comum de cobrar o imposto era fazer com que camponeses trabalhassem nas terras dos incas ou na construção de grandes obras pelo império. Com isso, os incas deixaram de trabalhar a terra e passaram a viver como administradores, coletores de impostos, arquitetos, deixando o trabalho pesado para os povos dominados. Mas nem por isso deixaram de cuidar para que todos vivessem bem. As terras cultivadas para a subsistência das famílias camponesas não eram tocadas. Se algum temporal ou seca arruinasse as colheitas, os incas providenciavam para que nada faltasse à comunidade. Os homens adultos eram chamados a trabalhar para os incas, poupando-se mulheres, crianças e velhos, e todos tinham direito a uma vida digna, pudessem ou não trabalhar na terra. O trabalho, que se chamava mita entre os incas, era assim uma ocasião feliz. Quando os camponeses iam trabalhar para os incas, faziam uma verdadeira festa. Bailavam, cantavam, tocavam. ¨ *** Joana D'Arc -- Nasceu em Domrémy, na França, em 1412, filha de Jacques D'Arc e Isabelle Romée, simples camponeses. Nunca aprendeu a ler ou escrever, como era comum entre os jovens daquela época. Extremamente piedosa, Joana afirmava ouvir vozes divinas que lhe ordenavam libertar Orléans do jugo inglês. Apoiada na crença do povo, conseguiu chegar à presença do rei Carlos VII, em Chinnon, no dia 23 de fevereiro de 1429. Anunciou-lhe que sua missão era fazer sa- grá-lo e coroá-lo rei da França, em Reims. Após submetê-la a alguns testes, Carlos VII ordenou que lhe fornecessem equipamento militar e uma espada. Inicialmente os comandantes franceses relutavam em obedecê-la. Entretanto, quando perceberam que tudo dava certo quando seguiam suas ordens, decidiram acompanhá-la. Em 1429, à frente do exército real, Joana penetrou em Orléans, e no dia 8 de maio os ingleses levantaram o cerco daquela cidade. Joana, sempre à frente de seu fiel exército e empunhando um estandarte em que ostentava a flor-de-lis, obteve, ainda, quatro outras vitórias: Jargeau, Meuny, Beaugency e Patay. Conquistou a cidade de Reims, onde finalmente Carlos foi coroado rei da França. Com a coroação de Carlos VII, acabou a missão de Joana. Parou de ouvir vozes e queria voltar à sua terra natal, Domrémy, mas o rei não a deixou partir. Joana tentou ainda um ataque contra Paris, em mãos dos ingleses. A investida não logrou êxito e Joana foi gravemente ferida. Retornando à batalha, foi capturada pelos borguinhões -- aliados franceses da Inglaterra -- em Compiègne, em maio de 1430. Vendida aos ingleses por 16 mil francos, Joana foi julgada como bruxa e herética, e continuou afirmando, até o fim, que suas visões e vozes eram de origem divina. Foi condenada à morte na fogueira, e a sentença foi cumprida em 30 de maio de 1431, na praça da cidade de Rouen, sendo suas cinzas jogadas no Rio Sena. Em 1456 ela foi inocentada pelo papa Calisto III, e em 1909 foi beatificada por Pio X, sendo canonizada, em 1920, pelo Papa Bento XV. O dia de sua morte é celebrado em toda a França. Joana D'Arc, santa da Igreja Católica, exemplo de mulher guerreira, heroína nacional da França, símbolo da luta pela liberdade! ¨ *** Na época da Corte -- no século XIX, o Rio passou por mudanças importantes, tanto na aparência, como na função da cidade. Quando foi fundado, em 1565, pelos portugueses, o Rio teve a função de proteger o litoral contra novas invasões e marcar a posse da terra para Portugal. No século XIX, a cidade passou a ser a moradia da corte portuguesa, que se mudou da Europa para cá. Passou a ter a função de capital do Reino Português. Depois que o Brasil ficou independente de Portugal, em 1822, o Rio continuou a ser a capital da Monarquia Brasileira. É por isso que passou a ser chamado de “Corte”, quer dizer, o lugar onde ficava o Rei, ou o Imperador, e as pessoas que viviam em torno dele. Em 1808, o Príncipe que governava Portugal -- Dom João -- não chegou sozinho ao Rio de Janeiro. Ele trouxe muita gente: a rainha de Portugal -- sua mãe --, ministros, auxiliares, oficiais: 14 mil pessoas que estavam acostumadas a viver com luxo numa cidade maior. Essa gente precisava de casas boas para morar, a família real precisava de um palácio para morar e outro para governar... E o pessoal da corte portuguesa tomou muitas casas, colocando uma plaquinha com as iniciais PR, que queriam dizer: Príncipe Regente. O povo, que já fazia piadas, dizia que PR significava: “Ponha-se na rua”! A cidade foi preparada para suas novas funções. Foram construídos prédios e criadas repartições como o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a Biblioteca Pública, a Imprensa Régia, o Teatro Real, a Escola de Medicina, o Jardim Botânico e outros. ¨:::::::::: A Importância dos Pés Carlos Gutemberg Os pés têm extrema importância para os seres humanos, pois formam a base de sustentação de todo o corpo. Estimativas da Associação Americana de Pedicuros apontam que, aos 50 anos de idade, uma pessoa normal, sem maiores tendências esportivas, já caminhou cerca de 120 mil quilômetros, o suficiente para dar quase dez voltas em torno da Terra. Apesar de todo o desgaste que se dá nos pés durante a vida, muitas vezes eles não recebem os cuidados necessários e são acometidos por inúmeras doenças, que causam dor, desconforto e até deformidades. ¨:::::::::: Conhecendo nossos Escritores João Cabral de Melo Neto Silvio Croffi Nascido em 1920 no Recife, João Cabral de Melo Neto passou metade da vida no exterior, mas diz que gosta mesmo é de seu apartamento na praia do Flamengo, no Rio. O poeta -- que constrói paisagens a partir da linguagem e em cuja obra as viagens e o deslocamento têm enorme importância -- é membro da Academia Brasileira de Letras desde 1968 e, em 1989, lançou "Sevilha Andando", livro dedicado a sua mulher, Marly. Sua poesia, uma das mais importantes da língua portuguesa, muitas vezes se refere ao espaço geográfico-social do Nordeste e, em outras, à Espanha. Mas o poeta maior João Cabral prefere ser chamado de embaixador: “Poeta no Brasil tem sentido pejorativo”. Diplomata que nunca esteve nos EUA, o escritor serviu na Espanha e, também, na Inglaterra, França, Suíça, Senegal, Equador, Honduras, Portugal e Paraguai. "Sevilha Andando" é seu 19º livro de poesias. Sua carreira literária começou com a coletânea de poemas "Pedra do Sono" -- 1942 -- e tomou vulto com "O Engenheiro" -- 1945 --, que deu origem ao epíteto "Geração de 1945". Fascínio por Sevilha -- Produzido com o Canal Sur de Sevilha, "Duas Águas" -- nome herdado de uma coletânea de poemas de 1956, que inclui "Morte e Vida Severina", foi gravado no Recife, em Olinda, na Zona da Mata, no Rio e na Espanha -- mais especificamente em Barcelona e em Sevilha, sua cidade preferida. Encantado pela força da personalidade do sevilhano, João Cabral -- que se define como triste e melancólico -- costuma dizer que “viajar é chegar e ficar”. E foi assim, morando na Espanha como diplomata nos anos 40 e 50, que o escritor adquiriu a “a fascinação gratuita pela Andaluzia”. Esse encantamento em ritmo de flamenco se traduz em "Sevilha Andando", que recupera sua memória das velhas ruas da cidade. A obra, de 1989, teve origem quando, diplomata na ativa, o poeta descobriu, no Arquivo das Índias, vários documentos sobre o Brasil. ¨ ::::::::::

Aperto de Mão Na Antigüidade, as pessoas estendiam a mão para mostrar que não estavam armadas. Num período em que era comum portar algum objeto para se defender, o gesto significava uma senha de paz, de franqueza e de amizade entre as pessoas. O primeiro registro de que se tem notícia dessa forma de cumprimento está nos hieróglifos egípcios. ¨:::::::::: Sábia Natureza Mônica Ribeiro Quase todos os animais constroem ninhos. Da mesma forma que a arquitetura projeta os mais diversos modelos de casa, a natureza é sábia em relação à morada dos bichos. Os pingüins envolvem seus ovos numa prega de pele no abdômen, mantendo-os a salvo do frio e de predadores. O ninho de um filhote de canguru é o marsúpio, uma bolsa no ventre da mãe. Ele nasce apenas parcialmente formado e se desenvolve nesse compartimento aberto. O mesmo acontece com o coala, cujo filhote permanece na bolsa e, ao sair, ganha um novo lar: é transportado nas costas da mãe por um ano. Os ninhos mais visíveis na natureza são os das aves. Por mais diversificados que sejam, atendem sempre ao mesmo objetivo: proporcionar calor, aconchego e proteção. O veterinário Tarcísio Cianciardi, de São Paulo, lembra que quanto maior o perigo em relação aos predadores, maior é o cuidado ao edificar suas moradas. Existem espécies curiosas, como o calao, cujo macho veda a fêmea e o filhote no interior de um tronco de árvore, deixando apenas um pequeno orifício para que se alimentem e respirem. Depois de um tempo, os filhotes saem crescidos e a fêmea rejuvenescida, pois nesse período ela troca todas as penas. Outro caso interessante é o pássaro-alfaiate, da Índia, que cose duas folhas vivas para formar o ninho. Ele perfura a borda das folhas e em seguida as une com nós independentes feitos de fibras vegetais. O processo torna o ninho imperceptível. ¨:::::::::: Nosso Brasil Cidades Históricas Um referencial na história do Brasil colonial, Sergipe tem em São Cristóvão -- quarta cidade mais antiga do Brasil -- as outras são Salvador, Rio de Janeiro e João Pessoa -- e em Laranjeiras exemplos raros de preservação no Brasil. Lá estão monumentos e objetos que remontam à colonização portuguesa. Fundada por Cristóvão de Barros em 1º de janeiro de 1590, São Cristóvão guarda um fantástico patrimônio de arte sacra. O museu instalado na Igreja e Convento de São Francisco, por exemplo, é considerado o terceiro mais importante do Brasil em número e qualidade de peças expostas. Nas salas estão abrigadas peças de valor inestimável, como turíbulos, um Santo do Pau Oco em cedro -- imagem no tamanho de um homem, com o interior escavado, onde eram escondidos ouro e pedras preciosas contrabandeadas para Portugal -- além de imagens e mobiliário típicos do período colonial. No roteiro dos museus, está também o dos Ex-Votos na Igreja e Convento do Carmo. Ali, vive-se o simbolismo da cultura nordestina e a força da fé. São cabelos naturais, cabeças, pés, mãos e pernas de madeira e cera, representando graças alcançadas e promessas honradas. A cidade tem sete igrejas, como a de Nossa Senhora da Vitória, construída em 1608, o primeiro monumento tombado de Sergipe. Na Praça de São Francisco, além do Museu de Arte Sacra, estão outros dois importantes monumentos: a Casa da Misericórdia, o primeiro hospital da província de Sergipe; e o Museu Histórico, antigo palácio provincial. A arquitetura de São Cristóvão simboliza o projeto português para as cidades da época, em dois planos: cidade alta -- com sede do poder civil e religioso -- e cidade baixa, local das fábricas, do porto e da população mais humilde. O casario guarda, nas fachadas e nos telhados, a divisão social do Brasil Colônia, com os telhados representando, em suas beiradas, cada grupo de poder. Considerada o “Berço da Cultura Negra de Sergipe”, a cidade de Laranjeiras teve a colonização iniciada pelos jesuítas no século XVI e é um centro de intensa religiosidade. Duas igrejas se destacam: a de Comandaroba, com o subsolo em pedra calcária entrecortado por túneis que guardam mistérios da época; e a do Sagrado Coração de Jesus, cuja construção, no século XVII, é atribuída aos jesuítas. A Igreja do Sagrado Coração de Jesus possui ainda uma raridade: um órgão alemão em tubos feito no século XIX. Na cidade está o único museu do Brasil dedicado ao negro, o Afro-Brasileiro, que tem um completo acervo de peças do período da escravidão. ¨:::::::::: A História do Circo 4000 a.C. -- Pinturas rupestres descobertas na China, em que aparecem acrobatas, contorcionistas e equilibristas, mostram que as artes circenses podem ter sido inventadas pelos chineses. 2500 a.C. -- Pinturas de malabaristas e paradistas também foram encontradas nas pirâmides do Egito. Aliás, a profissão de domador surgiu no Egito, para atender à mania dos faraós, que adoravam exibir animais ferozes em seus desfiles militares. 1500 a.C. -- Na Índia, há milhares de anos, números de contorção e saltos fazem parte de espetáculos sagrados. 300 a.C. -- Na Grécia, as paradas e os números de força eram modalidades olímpicas e os sátiros, os primeiros palhaços, já faziam o povo gargalhar. Século XVIII -- O Circo, como o conhecemos -- um espetáculo pago, em volta de um picadeiro onde se apresentam artistas com diversas habilidades -- é uma invenção recente. Foi criado por Philip Astley, um jovem suboficial inglês, perito cavaleiro, na Londres de 1770. Ele descobriu que, se ficasse de pé sobre seu cavalo, enquanto o animal galopava em círculos, a força centrífuga o ajudaria a manter o equilíbrio. Estava criado o picadeiro. O nome Circo foi utilizado pela primeira vez em 1782 por outro inglês, Charles Hughes, que criou o Circo Real. Séculos XIX e XX -- Rapidamente as companhias circenses se espalharam pela Europa e América, e logo foram adotadas pelas numerosas famílias de saltimbancos, que há séculos se apresentavam em feiras e quermesses. Eles trouxeram os animais selvagens e domesticados, os números de variedades, o trapézio, a corda bamba, a música, o drama e a comédia, formatando um tipo de espetáculo que se desenvolveu plenamente até a metade do século XX, quando sua popularidade começou a sofrer a feroz concorrência de outras formas mais modernas de comunicação de massa. Anos 80 até hoje -- a partir dos anos 80, também o circo começou a mudar, através de companhias inovadoras como o Cirque Du Soleil, assimilando justamente as técnicas e a tecnologia originárias dos grandes shows multimídia. Assim, o circo está voltando a ser um espetáculo vigoroso, dinâmico, grandioso e antenado com seu tempo. ¨:::::::::: Curiosidades Qual é a maior árvore do mundo? É uma sequóia-gigante, *Sequoiadendron giganteum* -- chamada General Sherman, que se encontra no Parque Nacional das Sequóias, na Califórnia, EUA. Possui altura de 83,82 metros, diâmetro de 11,1 metros, circunferência de 31,3 metros, e sua casca pode chegar a 61 centímetros de espessura. Qual é o maior palácio do mundo? De acordo com o *Guinness Book*, o Livro dos Recordes, o Palácio Imperial em Pequim, na China, é o maior do mundo, com uma área total de 72 hectares. Qual é a maior tartaruga do mundo? O maior exemplar é uma tartaruga de Galápagos -- Geochelone elephantopos -- chamada Goliath. Ela vive na Flórida desde 1960, mede 1,35 metro de comprimento por 1,02 metro de largura e pesa 385 quilos. Qual é o animal mais rápido e o mais lento que existe? O mamífero mais lento de que se tem registro é o Aí, ou bicho preguiça-de-três-dedos, *Bradypus tridactylus*, que vive na região tropical da América do Sul. No chão, ele desenvolve velocidade média de 1,8 a 2,4 metros por minuto, ou cerca de 0,16 km por hora. Nas árvores ele acelera e chega a 0,27 quilômetro por hora. O falcão-peregrino -- *Falco peregrinus* -- é o animal mais rápido do mundo: atinge de 200 a 270 km/hora. Qual é o maior inseto do mundo? O maior inseto do mundo vive na floresta amazônica e é o besouro *Titanus giganteus* -- que chega a 22 centímetros e 70 gramas. Insetos deste tamanho somente se desenvolvem em florestas tropicais, onde há fartura de alimentos e clima propício. Quem inventou a tesoura? A tesoura surgiu na Europa há mais de 5 mil anos. No início eram duas lâminas unidas por uma mola. Até o século XVI as tesouras eram feitas à mão e representavam um objeto sofisticado e todo decorado. O uso doméstico e rotineiro desse acessório começou no século XVI, quando a novidade ganhou popularidade por seu preço mais acessível e fabricação industrial. Qual era o nome completo de D. Pedro I? O nome completo de D. Pedro (1798-1834), era Pedro de Alcântara Francisco Antonio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. ¨:::::::::: Diversão e Arte Ir ao Coliseu para ver lutas de gladiadores ou de humanos contra leões era a moda da época! Corridas de bigas, trigas ou quadrigas também faziam sucesso. Como a quadriga, de quatro cavalos, sempre acabava em morte, ela era a preferida, por mais que pareça assustador. Os gregos curtiam bater papo na praça, ver peças de teatro e disputar a Olimpíada. Era um momento de paz entre as cidades. O voto feminino O primeiro país a conceder o direito de voto às mulheres foi a Nova Zelândia em 1893. No Brasil, a igualdade de votos só foi concedida em 1933. ¨:::::::::: Vinho -- A Bebida das Elites De bebida das elites na Mesopotâmia, o vinho se popularizou na Grécia e Roma antigas. Porém era clara a divisão social "etílica". Nas festas gregas, por exemplo, vinhos de qualidades distintas eram servidos aos convidados, dependendo do *status* de cada um deles. A bebida chegou até mesmo a decidir alianças de guerra. Conforme relata Standage, em 424 a.C., durante a Guerra do Peloponeso, tropas espartanas chegaram pouco antes da época da colheita a Acanto. A cidade da Macedônia, produtora de vinho, era aliada de Atenas. Temendo por suas uvas, os moradores realizaram uma votação e aliaram-se a Esparta, só para poder fazer as colheitas tranqüilamente. Mesmo depois da queda do Império Romano, o vinho manteve-se como bebida oficial -- principalmente graças à forte associação com o Cristianismo. "Certamente as bebidas mais importantes em diversas civilizações foram as cervejas de cereais e o vinho de uva", atesta Henrique Carneiro. "Devido à expansão do cristianismo, que faz do uso do vinho parte essencial de sua liturgia, essa bebida acompanhou a cristianização de amplas regiões do planeta", diz. ¨ ::::::::::

Ecoando Cuidado com o Desperdício Use válvulas de descarga que não desperdiçam água. Não use o vaso sanitário como lixeira. Ao lavar as mãos, escovar os dentes ou fazer a barba, feche a torneira e só abra na hora do enxágüe. No banho, desligue o chuveiro para se ensaboar e lavar os cabelos. Na cozinha, limpe bem os restos de alimentos de pratos e panelas antes de começar a lavar. Deixe a louça de molho na água para amolecer a sujeira e, só então, ensaboe, com a torneira fechada. Só abra a torneira para enxaguar. Para lavar roupa, deixe as peças de molho num balde ou bacia, antes de lavar, e use a mesma água para esfregar a roupa com sabão. Use a máquina de lavar somente com a capacidade máxima. Reaproveite a água da máquina de lavar para limpar banheiros e quintais. Para limpar a casa, use um balde com água para medir e controlar a quantidade de água para a lavagem do piso ou outros lugares. Não use a mangueira. Não lave a calçada com mangueira: é um desperdício enorme de água! Use a vassoura. Para sujeiras difíceis de sair na calçada, use um pano ou uma esponja velha. Use um balde com água e panos para lavar o carro. Regue as plantas, de preferência no final da tarde, pois assim ela evapora menos e a planta aproveita melhor. Use um regador. Dica de economia: Economize energia determinando dias certos para lavar roupa; um é

só para vestuário e outro para toalhas e roupa de cama. ¨:::::::::: Vida nova ao Imperador Fica pronta réplica da coroa de Dom Pedro II -- Com 31 centímetros de altura, 20,5 centímentros de diâmetro e quase 2 quilos de ouro esverdeado, ouro cinzelado, 639 diamantes e 77 pérolas, a coroa de Dom Pedro II é considerada a relíquia histórica de maior valor material das Américas, e símbolo da única realeza americana de todos os tempos. Obra de Carlos Marin, ourives da Casa Imperial, a peça ficou pronta em 8 de julho de 1841 para a coroação do jovem imperador, então com 15 anos. Para confecção da peça e de outras insígnias da ocasião, várias jóias da família imperial foram desmanchadas -- em especial, a coroa de Dom Pedro I, de onde vieram os brilhantes e as pérolas. Com a proclamação da República, a coroa foi guardada no Tesouro Nacional e, em 1943, transferida para o Museu Imperial, em Petrópolis -- RJ -- de onde, por questões de segurança, nunca mais saiu. Em novembro, porém, a joalheria Amsterdam Sauner finalizou a produção de uma réplica perfeita, com pedras semipreciosas brasileiras, ao custo de 1,5 milhão de reais. A idéia é levar a peça a uma série de exposições, dentro e fora do país. "A coroa de Dom Pedro II é o objeto-símbolo da monarquia brasileira", conclui Maurício Ferreira, museólogo, bacharel em história e mestre em museus pela State University of New York -- Suny -- por Matheus Bürger. ¨:::::::::: Ameno e Instrutivo A Origem do Espelho Os antigos egípcios já conheciam o espelho, feito de bronze polido com areia, que não refletia imagens muito nítidas. Isso ocorria na chamada Idade do Bronze, 300 a.C. Os espelhos de vidro, ancestrais dos espelhos de hoje, começaram a ser feitos em Veneza, no ano de 1300, por um artesão desconhecido. Cobria-se o lado de trás do vidro com mercúrio e estanho. Hoje, a parte posterior do vidro usado para a fabricação de espelhos é coberta com uma fina camada de prata ou alumínio. ¨:::::::::: O Rosto do Faraó É uma das múmias mais famosas do mundo. Todo mundo já ouviu falar em Tutancâmon. Mas até hoje, desde que foi descoberta, há 85 anos, ela só tinha sido vista por 50 pessoas. A grande novidade aí está: no início desta semana, o rosto de Tutancâmon foi exibido ao público pela primeira vez na História. Segundo o chefe do Supremo Conselho de Antigüidades do Egito, Zahi Hawass, os restos de Tutancâmon estão sendo expostos para serem protegidos do calor e da umidade causados pelo grande número de turistas que visitam sua tumba, no Vale dos Reis, em Luxor, no Egito. Os restos mortais foram retirados do sarcófago de pedra e colocados em uma urna transparente e climatizada. Tutancâmon virou rei aos 9 anos de idade e governou o Egito de 1333 a 1324 a.C. Ele foi um faraó menino, que morreu há mais de 3 mil anos, aos 19 anos. As causas da sua morte não são certas, mas alguns cientistas dizem que ele teria sido atingido por uma flecha no crânio. Outros afirmam ainda que ele foi assassinado porque tentou trazer o politeísmo -- crença em vários deuses -- de volta para o Egito. A múmia de Tutancâmon ficou famosa porque sua tumba estava intacta quando foi descoberta, em 1922. O corpo mumificado estava coberto de amuletos e jóias e protegido por uma máscara de ouro. Em 2005, os cientistas reconstruíram o rosto do faraó por computador. ¨:::::::::: É Útil Saber Seu Primeiro Livro Adriana Barsotti Matheus de Souza Barra Teixeira não sabia ler nem escrever quando escreveu seu primeiro livro. Sim, é isso mesmo. Ele criou a "A Ilha dos dragões" durante um banho de banheira quando tinha 5 anos. Enquanto o menino inventava a história, sua mãe gravava. No ano seguinte, "A ilha dos Dragões" virou livro pela Global Editora e garantiu a entrada de Matheus no *Guinness*, o livro dos recordes, como o mais jovem autor já publicado em todo o mundo. Matheus hoje tem 9 anos. Bisneto da poetisa Cecília Meirelles, ele ainda não sabe se vai seguir a carreira de escritor, mas já está escrevendo dois novos livros. "Dia do Livro -- 18 de abril" ¨*** Santa Sara: Cigana Escrava Laerte Vargas Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéa e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remo e sem provisões. Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e chorar. Sara, então, retirou o diklô, lenço, da cabeça, chamou por Kristesko -- Jesus Cristo -- e prometeu que, se todos se salvassem, ela se tornaria escrava de Jesus e jamais andaria com a cabeça descoberta, em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca, sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje tão querida Sainte-Marie- -de-La-Mer, na França. Sara cumpriu a promessa até o final de seus dias; sua história e milagres a fizeram padroeira universal do povo cigano, sendo festejada todos os anos na cerimônia conhecida por “Dalto chucar diklô” -- Te darei um bonito lenço. Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar: muitas mulheres que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Sainte-Marie- de-La-Mer, no sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam a seus pés como oferenda um diklô -- lenço --, o mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova de que muitas ciganas receberam essa graça. "Dia de Santa Sara -- 23 de maio" ¨ ***

Nem Tudo Maria Dinorah do Prado Nem tudo o que busco é flor. Nem tudo o que encontro, luz. Nem tudo o que amo é céu. Nem tudo o que crio, cor. Mas tudo o que encontro é busca e tudo o que busco, amor. "Dia dos Namorados -- 12 de junho" ¨*** Alô! Alô! Você já experimentou arranjar duas latinhas vazias, fazer um buraquinho no fundo de cada uma e amarrar um barbante bem comprido passando por dentro de cada buraquinho? E, depois, falar dentro de uma lata enquanto seu amigo escuta lá longe, com a outra lata no ouvido? Alexander Graham Bell foi quem inventou, em 1876, o telefone, com a voz sendo transmitida através de fios. Hoje, com o telefone celular, nem mais os fios são necessários. "Dia da telefonista -- 21 de junho" ¨:::::::::: O Dicionário Esclarece à guisa -- à maneira de. à mercê -- em virtude de; ao sabor de. apoio logístico -- apoio militar ao transporte e suprimento das tropas em operações. bigas, trigas e quadrigas -- antigos carros de combate puxados por dois, três ou quatro cavalos. cautela -- precaução; cuidado para evitar um mal. dessalinizador -- que faz perder o sal ou o sabor salgado. herética -- contrária à religião; herege. imperceptível -- que não se pode distinguir; insignificante. jugo -- submissão; opressão. migram -- mudam ou passam de um lugar para outro. monopólio -- posse; direito ou privilégio exclusivo. pejorativo -- sentido torpe; inconveniente ou desagradável. pinturas rupestres -- pinturas desenhadas nas rochas. prudência -- qualidade de quem age com comedimento. pudor -- sentimento de timidez; de vergonha. sátiros -- figuras mitológicas, libidinosas e devassas. subsistência -- necessário para sustentar a vida. turíbulos -- vasos em que se queimam incenso nos templos ¨:::::::::: Fontes de Pesquisa Agência Unipres Internacional Jornal do Brasil Jornal O Dia Jornal O Globo Livro Cantiga de Estrela Livro de Fábulas e Lendas Revista Aventura na História Revista Caminhos da Terra Revista Nacional Geográfica Revista Seleções Revista Sendas Revista Superinteressante Revista Viaje Bem ¨:::::::::: Ao Leitor Solicitamos aos leitores de Pontinhos abaixo mencionados que nos enviem seus endereços completos, para evitar que suas revistas voltem. Favor verificar se estão retidas no correio. Josevan Barbosa Fernandes Lara Liane Varisco Mendes Bezerra Edson de Souza Pia Sílvia Augusta Ferreira da Silva Instituto de Olhos de Belo Horizonte ¨::::::::::