õieieieieieieieieieieieieieieo õ o õ PONTINHOS o õ o õ Ano XLIX -- n.o 328 o õ Julho-Setembro de 2008 o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral do IBC o õ Sr.a Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador de Pontinhos o õ Prof. Renato o õ M. G. Malcher o õ Responsável por o õ Pontinhos o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca, Rio de Janeiro, o õ RJ -- Brasil o õ 22290-240 o õ tel.: (21) 3478-4457 o õ o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Seção Infantil A Vovó Conta Histórias: O Chulé :::::::::::::: 1 A Navalha :::::::::::: 4 O Pessegueiro :::::::: 6 Divertimentos: O que É, o que É? ::: 8 Só Rindo ::::::::::::: 11 Vamos Aprender ::::::::: 14 Para você Recitar: Pantanal :::::::::::::: 16 Zoologando: Pavãozinho-do-Pará ::: 18 Historiando: O Desafio do Labi- rinto :::::::::::::::::: 20 Seção Juvenil Narrando a História: Mistério Maia :::::::: 24 O Profeta da Ciên- cia :::::::::::::::::::: 26 Conhecendo nossos Escritores: Raul Pompéia ::::::::: 30 Assim se Entorta a Humanidade :::::::::::: 31 Max das Pipas :::::::::: 32 Não custa Saber: Cacófatos ::::::::::::: 37 Conversa de Mão Du- pla :::::::::::::::::::: 38 Universidade de Oxford :::::::::::::::: 40 Nosso Brasil: As Esquinas do Brasil :::::::::::::::: 41 As Três Coisas :::::::: 43 Guerra por um Balde :::: 44 Curiosidades :::::::::::: 45 Dito e Feito ::::::::::: 48 Conhecendo o Temor ::::: 51 Ecoando: O Bicho Homem ::::::: 52 Uma Invenção Gelada ::: 54 Trabalha... ::::::::::::: 58 Conhecendo o Mundo: Uma Ilha Medieval ::: 59 O Relógio de Santos Dumont :::::::::::::::: 60 Como Fazíamos sem Cabide :::::::::::::::: 63 Ameno e Instrutivo: O Segredo Está na Glândula :::::::::::::: 65 Quem Desenhou a Bandei- ra do Brasil :::::::::: 66 No Limite :::::::::::::: 67 É Útil Saber: Anita ::::::::::::::::: 70 O Cordel ::::::::::::: 72 Primavera ::::::::::::: 74 O Dicionário Esclarece ::::::::::::: 75 Fontes de Pesquisa ::::: 76 Ao Leitor :::::::::::::: 77 :::::::::: Seção Infantil A Vovó Conta Histórias O Chulé Márcia Clayton O Chulé nasceu, se formou, mas só perceberam que existia, quando já estava grande. Ele vivia no escurinho de um tênis, apertadinho entre os dedos do pé, sufocado, sem poder se expressar. Até que um dia, quando um menino, que se chamava Douglas, Lucas ou Joãozinho, tirou o calçado. Todo mundo, de repente, notou o Chulé. -- Mas que chulé! Disse a mãe, que era Maria, Luciana ou Isabel. E o Chulé, solto, livre, correndo pela sala, suspirou feliz. -- Mas que cheiro medonho! -- Continuou a mãe, e saiu à caça do tênis do menino. E como o Chulé pertencia ao mundo invisível, que não era bem visto aqui na Terra, a mãe foi logo reclamando: -- Vá tomar um banho, lave bem os pés e ponha um talco entre os dedos. E, nunca mais calce um tênis sem meia. Ouviu bem? Não sei por que as mães sempre acham que os filhos escutam mal. E lá se foi o Douglas, ou o Lucas, ou era o Joãozinho? tomar banho. E o Chulé, que era um ser curioso, também. Só que o Chulé tinha se esquecido que não gostava nem um pouco de água. E quando o menino ia botar o pé na água, ele saiu correndo e foi se esconder no tênis do garoto. E lá ficou a pensar. Se não gostavam dele naquela casa, iria se mudar. Mas pra casa de outro menino que gostasse de chutar bola, correr e subir em árvore. Mesmo sensível que era, não verteu uma só lágrima. Saltou para fora do tênis e se mudou para o vizinho, como num passe de mágica. O vizinho se chamava Marcelo, Alfredo ou Pedrinho. A mãe, Regina, Cláudia ou Margarida. Um dia, depois que o garoto voltou da escola e tirou o calçado na sala, escutou no noticiário da TV: “Cientistas ingleses descobrem a causa do mau cheiro nos pés. A bactéria *Micrococus Sedentarius* é o que vulgarmente chamamos de chulé”. E o Chulé, de peito aberto, um só mau cheiro pela casa, sorriu, triunfante. Finalmente, outras pessoas além dele, percebiam sua importância. Não era mais um mero e reles chulé. Havia se tornado, e anunciado em cadeia nacional, a famosa bactéria: *Micrococus Sedentarius*. ¨*** Apólogo A Navalha Era uma vez uma navalha de excelente qualidade, que morava numa barbearia. Um dia em que a loja estava vazia ela resolveu dar uma voltinha. Soltou-se do cabo e saiu para apreciar o lindo dia de primavera. Quando a navalha viu o reflexo do sol em si mesma, ficou surpresa e encantada. A lâmina de aço lançava uma luz tão brilhante que, subitamente, com excessivo orgulho, a navalha disse a si mesma: -- E eu vou para aquela loja de onde acabei de fugir? É claro que não! Os deuses não podem querer que uma beleza tal como a minha seja desonrada desta maneira. Seria loucura ficar aqui cortando as barbas ensaboadas daqueles camponeses, repetindo sem cessar a mesma tarefa mecânica! Será que minha beleza foi realmente feita para um trabalho desses? Certamente não! Vou esconder-me num local secreto e passar o resto da vida em paz. E em seguida foi procurar um esconderijo onde ninguém a visse. Passaram-se meses. Um dia a navalha teve vontade de respirar ar fresco. Saiu cautelosamente de seu refúgio e olhou para si mesma. Ai, que acontecera? A lâmina estava horrorosa, parecendo uma serra enferrujada, e não refletia mais a luz do sol. A navalha ficou muito arrependida pelo que havia feito, e lamentou amargamente a irreparável perda, dizendo: -- Oh, como teria sido melhor se eu tivesse conservado em forma a minha linda lâmina, cortando barbas ensaboadas! Minha superfície teria permanecido brilhante e minha borda afiada! Agora aqui estou eu, toda corroída e coberta de uma horrível ferrugem! E não há nada a fazer! O triste fim da navalha é o mesmo que sucede às pessoas inteligentes que preferem ser preguiçosas a usar seus talentos. Essas pessoas, assim como a navalha, perdem o brilho e a parte afiada de seu intelecto, sendo logo corroídas pela ferrugem da ignorância. ¨*** O Pessegueiro Um pessegueiro olhou para a castanheira a seu lado e invejou os galhos carregados de sua companheira. -- Por que esta árvore dá tantos frutos -- pensou ele -- e eu produzo tão poucos? Isto não é justo. Vou tentar fazer o mesmo. -- Não tente, disse-lhe um jovem pé de ameixas que lera o pensamento do pessegueiro. -- Você não reparou na grossura dos galhos da castanheira? Não vê o tamanho do tronco? Cada um de nós deve dar aquilo de que é capaz. Pense em produzir bons pêssegos. O importante é a qualidade, e não a quantidade. Porém o pessegueiro, cego de inveja, não lhe deu ouvidos. Pediu a suas raízes que sugassem mais alimento do solo, que seus veios transportassem mais seiva, que seus ramos dessem mais flores e que as flores se transformassem em frutas até que, ao chegar a época da colheita, ele estivesse carregado de cima a baixo. Mas quando os pêssegos amadureceram, seu peso aumentou, e os galhos não conseguiram sustentá-los. O tronco também não agüentou aqueles galhos tão carregados de frutas. Com um gemido, o pessegueiro curvou-se. Então, num grande estrondo, o tronco quebrou e caiu. E os pêssegos apodreceram ao pé da castanheira. ¨:::::::::: Divertimentos O que É, o que É? 1. Quais os números consangüíneos? R: Os números primos. 2. Qual é o mês mais curto? R: Maio -- quatro letras. 3. Quem é que acusa o gordo mas, quando ele emagrece, é o primeiro a lhe fazer justiça? R: A balança. 4. O que é que o anão tem que o cão também tem? R: O til. 5. Quais os pares que estão sempre no carrossel? R: RR e SS. 6. O que é que significa a palavra suculento? R: É um suco que demora muito. 7. Como você pode escrever ratoeira com quatro letras? R: Gato 8. A amiga do merceeiro, a fortuna do dentista, o orgulho do orador e a armadilha do imbecil. R: A boca. 9. Qual é o dente que nenhum dentista pode obturar? R: O dente do pente. 10. Como é que se retira uma pessoa que cai no poço? R: Completamente molhada. 11. Qual é a pêra mais difícil de ser alcançada? R: Peralta. 12. Como se chama um árabe que enriqueceu produzindo leite? R: Milk Sheik. 13. O que come o canibal que gosta de repetir? R: Gêmeos. 14. O que é que você tem, o Papa tem e todos os peixes têm? R: Nome. 15. Se você está nadando no oceano e um crocodilo ataca, que faz você? R: Nada, não há crocodilos no oceano. 16. O que é cheio de furos mas mesmo assim retém água? R: Esponja. 17. Qual a flor que o burro usa? R: Cravo -- na ferradura. 18. O que é que tem centro mas não tem começo nem fim? R: O círculo. 19. O que é que bate no seu rosto e você não enxerga? R: O vento. 20. Como você pode nomear dez animais africanos em dez segundos?

R: Nove leões e um hipopótamo. ¨*** Só Rindo Um rapaz possuía dois passarinhos: um que cantava demais e outro que não cantava nada... Certo dia, esse rapaz resolveu vendê-los em uma feira; colocou-os expostos para que todos os vissem e então um dos passarinhos começou a cantar sem parar, enquanto o outro ficava constantemente calado. Um senhor chegou para o rapaz e perguntou: -- Quanto custa as avezinhas, meu jovem? O rapaz respondeu: -- Esse que tá cantando custa 50 reais e o calado custa 100... O senhor estranhou: -- Ué! Por que o passarinho que tá calado custa mais do que o que está cantando? -- Porque o que tá calado é o compositor. Cadê o meu lápis? Em uma sala de pré-primário, um garotinho reclama: -- Pofessola, eu não tem lápis! -- Não é assim que se fala Joãozinho -- corrige ela, pacientemente -- O correto é “Eu não TENHO lápis”, “Tu não TENS lápis”, “Ele não TEM lápis”, “Nós não TEMOS lápis”, “Vós não TENDES lápis” e “Eles não TÊM lápis”... entendeu? -- Não! -- responde o garotinho, já todo confuso... -- Ora bolas! Tem mágico aqui? Onde foram parar todos esses lápis? Férias na sala de aula No colégio, a professora fala para a turma: -- Hoje, a aula será sobre versos e rimas. Mariazinha, diga um verso. E a Mariazinha: -- Eu tenho uma coisa que é só minha: o coração da minha mãezinha. -- Muito bem. Agora você, Joãozinho. E Joãozinho: -- Eu fui à praia de água funda, a maré estava baixa e molhou minha canela. -- Ué, que besteira é essa, menino? O seu verso não rimou. -- Não rimou porque a maré estava baixa, se a maré estivesse alta... Joãozinho Final de ano, Joãozinho resolve escrever uma carta para o Papai Noel: -- Querido Papai Noel, fui um bom menino durante todo o ano. Gostaria de ganhar uma bicicleta. O menino olha para o texto e, insatisfeito, amassa a folha e escreve novamente: -- Papai Noel, fui um bom menino durante a última semana. Por favor, mande-me uma bicicleta. Novamente Joãozinho não se satisfaz. Pensa, vai até o presépio, pega o Menino Jesus, tranca-o em uma gaveta e volta a escrever: -- Virgem Maria, seqüestrei seu filho. Se quiser vê-lo novamente, mande-me uma bicicleta. ¨:::::::::: Vamos Aprender Numere a 2ª Coluna de acordo com a 1ª. 1. Espanha 2. França 3. Suíça 4. Itália 5. Índia 6. Portugal 7. África do Sul 8. México 9. Argentina 10. Iraque 1. Calcutá 2. Bariloche 3. Pretória 4. Nice 5. Bagdá 6. Acapulco 7. Genebra 8. Porto 9. Sevilha 10. Veneza Resposta: 1 -- 5 2 -- 9 3 -- 7 4 -- 2 5 -- 10 6 -- 8 7 -- 3 8 -- 6 9 -- 1 10 -- 4 ¨ ::::::::::

Para Você Recitar Pantanal Márcia Glória R. Dominguez Certo dia um repórter Visitou o Pantanal E o dentuço jacaré Quis sair no seu jornal. E ele tentou convencer O repórter experiente -- Veja o meu sorriso largo! Posso fazer comercial De qualquer pasta de dente. E num ziguezague a jibóia Tomou logo a sua frente -- Eu só tenho dois dentões Mas um bafo diferente! Calma, calma pessoal! Gritou logo o tuiuiú O destaque será meu Conhecido pra chuchu! A arara azul e vermelha Pára então para escutar Disse logo: -- A capa é minha! Em beleza vou arrazar. A capivara molhada Retorcendo seu bigode Saiu chacoalhando da água E foi conversar com o bode. Andando bem devagar Surge então o jabuti Junto com um tatu bola, dizendo: -- Estamos aqui! O repórter ficou tonto De tanto olhar para os lados E num instante se viu Por todos os bichos cercado. Como quem nada queria Eis que surge o tamanduá E Deus me livre do abraço Que ele quiser me dar! E quando deram uma chance Pro repórter se explicar Pediu ele à bicharada Para se organizar. E como se fosse um time Bem juntinhos com alegria Ele pôde tirar Uma bela fotografia! ¨ ::::::::::

Zoologando Pavãozinho-do-Pará O pavãozinho-do-pará habita as margens dos rios da bacia amazônica, preferindo os trechos mais florestados, assim como cursos d'água da bacia pré-amazônica. Tem as asas grandes e a cabeça relativamente pequena. Macho e fêmea têm a mesma coloração de plumagem, que é muito bonita, permitindo que a ave se confunda com o ambiente, evitando assim seus predadores. Pousa em galhos ou troncos caídos na água, ou mesmo no solo enlameado, onde encontra a sua alimentação, que é formada por insetos, pequenos anfíbios, peixinhos e alguns crustáceos. Sua vocalização mais comum é um trinado melancólico de baixa tonalidade, mas ele tem ainda mais três vocalizações. Quando o pavãozinho-do-pará está assustado ou irritado, ergue as asas e expande a cauda, duplicando o seu tamanho aparente e exibindo lindos desenhos alares que lembram muito os “olhos” das asas das mariposas. Ao mesmo tempo, ele sibila quase como as serpentes. Costuma efetuar um movimento suave de vaivém lateral, algumas vezes só com as partes posteriores do corpo, mantendo as pernas e a cabeça fixas. O pavãozinho-do-pará, que pertence à ordem Gruiformes, família *Eurypigidae*, é uma ave discreta, encontrada aos pares ou isoladamente. Não é considerado arisco, embora sua timidez dificulte sua localização. O vôo, sempre executado a pouca altura, lembra o vôo de uma garça pequena. A época reprodutiva vai de começos de maio até agosto. O ninho, situado nos galhos de árvores, nunca no solo, tem a forma de uma tigela rasa, feita de fibras e raízes, cimentadas com lama. A postura é de dois ovos de cor amarelada, manchados de preto e marrom- -escuro. A incubação, de que o casal cuida junto, dura até 27 dias. Os filhotes nascem emplumados, de olhos abertos e capazes de se locomoverem, o que fariam se o ninho não fosse em árvores. São alimentados pelos pais no bico e permanecem até 25 dias no ninho. ¨:::::::::: Historiando O Desafio do Labirinto Na Grécia Antiga, diz a lenda, existiu um ser assim: o Minotauro, besta feroz, com cabeça de touro e corpo de homem, aprisionado no labirinto de Creta. Na antigüidade grega, os deuses eram muito vingativos. Para aplacar a fome do monstro, o rei Minos, ao vencer os atenienses, condenou-os a enviar a cada ano 14 adolescentes -- sete rapazes e sete donzelas -- que serviriam de banquete para o Minotauro. Decidido a salvar esses jovens, Teseu -- que era filho de Egeu, rei de Atenas -- encheu-se de coragem e partiu para Creta, disposto a enfrentar o monstro. Chegando lá, apaixonou-se por Ariadne, a filha do rei Minos. A jovem também gostou de Teseu e, para ajudá-lo em sua tarefa de liquidar a fera, deu-lhe uma espada e um novelo de linha. Ele deveria usar o fio para marcar seu trajeto entre as veredas escuras e embaraçadas do labirinto, de modo a poder encontrar a saída após matar o Minotauro. Teseu cumpriu a sua missão e, graças ao fio de Ariadne, escapou do labirinto. Quem construiu o labirinto descrito pela mitologia grega, uma espécie de palácio-prisão, foi Dédalo, por encomenda do rei Minos, que precisava de um lugar especial e seguro para prender seu monstro de estimação. A invenção de Dédalo, porém, não se restringe à mitologia grega. A idéia do labirinto até hoje nos desafia. Como imaginar um lugar que não oferece um percurso único, mas infinitas possibilidades, dependendo do rumo que vai tomando o caminhante? Um lugar em que uma vereda vai dar em outra vereda e, assim, sucessivamente, fazendo com que o visitante, ao pensar que encontrou a saída, na verdade possa dar com a cara em uma parede? O labirinto é uma construção que não tem um centro, é um caminho que não conduz a lugar algum. Na Idade Média, algumas destas construções enigmáticas foram erguidas junto a cate- drais com objetivos religiosos. Sobreviveu até hoje o Labirinto da Catedral de Notre-Dame de Chartres, na França. O labirinto também tem inspirado artistas plásticos, filósofos e escritores. O inventor do labirinto -- O arquiteto grego Dédalo era conhecido por sua inventividade. Quando deu por acabada a intrincada construção que serviria de lar ao Minotauro, com seus corredores que pareciam não ter começo nem fim, foi impedido de partir, pelo rei Minos, que o aprisionou numa torre, junto com Ícaro, seu filho. Dédalo pôs para funcionar sua imaginação e teve a idéia de construir enormes asas, para fugir pelo ar. Com a ajuda do seu filho, foi catando penas, que ia modelando com cera até formar dois pares de asas. Estudou o movimento dos pássaros e orientou Ícaro para o vôo: nem muito baixo, perto do mar, para que a umidade não estragasse as asas, nem muito alto, perto do Sol, para que o calor não as derretesse. Chegou a hora da fuga. Dédalo prendeu as asas ao ombro de seu filho e fez o mesmo com o seu par. Ao movimentar os braços e ver que planava como as aves, Ícaro foi tomado por uma tal felicidade que se esqueceu dos conselhos do pai. Aproximou-se inadvertidamente do Sol e, como previra Dédalo, queimou as asas, despencando no mar e morrendo afogado. ¨:::::::::: Seção Juvenil Narrando a História Mistério Maia É difícil precisar a data do surgimento dos maias. Há cerca de 3000 anos, segundo presumem arqueólogos, eles teriam ocupado as florestas da Guatemala, do Belize, de Honduras, de El Salvador e da Península de Yucatan, no México. O auge da cultura maia, porém, aconteceu entre os anos 300 a.C. e 900 d.C., quando era intensa -- e rica -- a atividade dos astrônomos, astrólogos, arquitetos, matemáticos e agricultores. Conhecedores das ciências, os maias determinaram com precisão o ano solar, de 365 dias, dominavam a matemática e previam eclipses. Em seus relatos de viagem, os colonizadores compararam a sabedoria daquela gente, aos povos gregos, romanos e egípcios. Nos períodos áureos, os maias ergueram nas selvas de Petén cidades como Tikal e El Mirador, repletas de templos, pirâmides, acrópolis e esculturas. Por volta do ano 900 d.C., começaram a declinar. A razão ainda hoje é um mistério. Várias hipóteses especulam o que teria acontecido: conflitos internos, exaustão da fertilidade do solo e epidemias. Naquela época, a região de Petén foi abandonada e o povo maia espalhou-se pelo sul do México e pelas montanhas da Guatemala, formando novas etnias como os toltecas, os cakchiquels, os quichés e os tzutuhils, entre outros. ¨ *** O Profeta da Ciência -- Há 100 anos morreu Júlio Verne, o escritor que antecipou invenções como a bomba atômica e os satélites artificiais. O ano é 1839. Um garoto francês de 11 anos, foge de casa e embarca sorrateiramente em um navio, com a intenção de conhecer o mundo. Mas o pai do menino consegue resgatá-lo da embarcação, antes que ela chegue ao mar aberto, rumo à Índia. O sonho do pequeno Júlio Verne jamais se concretizaria. Mas, alguns anos mais tarde, ao escrever uma série de livros, ele faria milhares de leitores empreenderem a viagem que nunca pôde realizar. E os levaria tão longe quanto a Lua. Uma jornada que é lembrada até hoje, exatos cem anos depois da sua morte, ocorrida em março de 1905, devido a complicações causadas pela diabetes. Júlio Verne nasceu em janeiro de 1828 em Nantes, oeste da França, e se formou advogado em Paris com apenas 22 anos, profissão que mal exerceu. O gosto pela poesia e pela arte o levou a trabalhar como secretário do Teatro Lírico de Paris, onde a veia artística aflorou. Antes de tornar-se um dos escritores mais lidos em todo o mundo, com obras traduzidas para praticamente todos os idiomas cultos, ele tentou a carreira musical e escreveu peças de teatro. A incerta trajetória de escritor, sofreu uma guinada quando, em 1862, um dos editores mais influentes de Paris, chamado Pierre Jules Hetzel, apostou em seu valor. O sucesso veio no ano seguinte, com "Cinco Semanas em Balão", que já havia sido recusado por mais de uma dezena de editores. Hetzel passaria a encorajar Júlio Verne a escrever outras obras na mesma linha: “romances geográficos de aventura”, que abusavam da imaginação e do fantástico, com descrições de maravilhas científicas que ainda não existiam. Depois da glória inicial, Verne lançou grandes sucessos, como "Viagem ao Centro da Terra" em 1864, "Da Terra à Lua", em 1865, "Vinte Mil Léguas Submarinas", em 1869, "A Volta ao Mundo em 80 Dias", em 1872 e a "Ilha Misteriosa", em 1874. Curioso é que o autor que levou seus leitores a viajar por terras distantes, mal deixou seu país. A bordo de seu iate, o Saint-Michel, Júlio Verne preferia viagens rápidas, indo no máximo até a Inglaterra e à Escócia. Bem diferente de personagens seus como o Capitão Nemo, que em "Vinte Mil Léguas Submarinas" cruzou os mares a bordo do Nautilus, uma espécie de submarino elétrico. A embarcação subaquática do Capitão Nemo foi só uma das criações humanas do século XX antecipadas pelo escritor francês. Antenado com as inovações científicas do final do século anterior, ele abusou da imaginação e descreveu invenções que surgiriam dezenas de anos mais tarde, como a escada-rolante, a televisão, o míssil teleguiado, o veículo anfíbio e muitas outras. ¨:::::::::: Conhecendo Nossos Escritores Raul Pompéia Raul d'Ávila Pompéia, (1863-1895), fluminense, de Angra dos Reis, foi romancista, contista, cronista, jornalista, funcionário público e professor. Estudou, interno, no Colégio Abílio, na cidade do Rio de Janeiro. A dolorosa experiência lá vivida serviria de tema para o romance que o tornou famoso, "O Ateneu", em 1888. Começou a escrever desde cedo, mas sua obra é pequena. Foi muito desdenhado e criticado. Suicidou-se com um tiro. Obras principais: "Microscópios", em 1821; "As Jóias da Coroa", em 1882; "Can- ções sem Metro", em 1888 e "Alma Morta, em 1888. ¨:::::::::: Assim se Entorta a Humanidade Entre oito e cinco milhões de anos atrás, um suposto ancestral comum do homem e do chimpanzé vivia de quatro. Sua coluna era um tubo rígido, que não sustentava o corpo -- servia apenas de elo entre os membros superiores e inferiores. Há quatro milhões de anos, porém, ele libertou as patas dianteiras do chão. Tornava-se o *Australopithecus afarensis*. Como? Curvando a ponta inferior da coluna, em- pinando as nádegas. Este hominídeo mal sabia caminhar direito só com os membros inferiores -- andava com os pés para fora. Já faz um milhão e meio de anos que as vértebras deram uma nova empinada, estufando o peito. Desse jeito, conseguiram erguer completamente o tronco. Surgia o Homo erectus. O homem ficou de pé. Em 1995, 80 por cento da população mundial tem dor nas costas. Nesses mais de um milhão de anos, o ser humano ainda não se adaptou a ser bípede. Ele até agüenta essa postura por duas ou três décadas. Depois dos trinta, a si- tuação pode se tornar cada vez mais insuportável. ¨:::::::::: Max das Pipas Anna Luíza Guimarães Um menino grande. Essa é a primeira impressão que o engenheiro Max Cardoso, de 51 anos, passa, quando está na praça próxima a sua casa, em Bangu, soltando pipas, rodeado de crianças. Há 18 anos, em um ato de coragem, Max abandonou o trabalho estável como projetista em uma grande empresa, e também o sobrenome, para virar o Max das Pipas, como é chamado por todos na vizinhança. O *hobby* acaba de render-lhe um campeonato mundial. E a brincadeira deu certo. A família toda ajuda na microempresa, que conta com o patrocínio do material para a fabricação das pipas mais exóticas, que levaram Max a festivais na França, Alemanha, Inglaterra e Índia. -- Nós vivemos bem financeiramente com as oficinas. Até sou chamado para dar palestras em empresas grandes -- orgulha-se o pipeiro, que já foi convidado a contar sua experiência na Coca-Cola, como exemplo de empreendedorismo. Há um mês, Max voltou de um festival de pipas na cidade de Ah-medabad, na Índia, uma das experiências mais emocionantes de seu trabalho. -- Vi uma cidade inteira soltando pipas. Elas saíam até da janela de hospitais -- narrou. -- O dia do festival é feriado por lá, quase sagrado para eles. Com uma pipa-centopéia de 100 metros, que bailava nos céus ao som de uma música indiana que falava de dança, Max foi o campeão Mundial de 2008 na Índia, concorrendo com 55 países. -- Nem sabia o que a música queria dizer, mas reparei na grande empolgação do público. Todos aplaudiam e dançavam no ritmo da pipa e da música. Para eles, era como se aquele momento fosse realizado por deuses -- explicou Max, que se tornou celebridade na pequena cidade indiana, e mal podia sair do hotel. -- Aqui no Brasil, as pipas foram marginalizadas por causa do cerol e seus perigos. Mas as pessoas precisam entender que este é um festival de beleza e arte, e não um campeonato perigoso. Para o pipeiro, o melhor lugar para soltar pipas no Rio é o Aterro do Flamengo, onde em 12 de outubro de 1986 ganhou seu primeiro troféu, com uma pipa que levou seis meses para ficar pronta. -- Ela reproduzia a primeira bandeira do nosso país. Nela, estava representado o Brasil Império, com um ramo de café e a coroa portuguesa -- lembra, orgulhoso. Max das Pipas promove 42 festivais por ano na cidade. Os eventos chegam a reunir 30 mil pessoas e contam com

jurados experientes no ramo, além de muitas crianças. ¨ :::::::::: Santos Dumont utilizou-se das pipas para alçar vôos bem mais altos. Além de ajudar Santos Dumont numa das invenções mais importantes do mundo, o milenar brinquedo auxiliou em diversas outras descobertas. Em 1749, o escocês Alexandre Wilsom usou vários termômetros presos em uma pipa para medir a temperatura do ar nas alturas. Três anos depois, Benjamin Franklin, inventor do pára-raio, usou uma pipa de pano para provar a existência de eletricidade estática nas nuvens em dias de chuva. Em 1883, o inglês Douglas Archibald prendeu um anemômetro -- medidor de vento -- a uma linha de pipa e mediu a velocidade do mesmo quando o papagaio estava a 360 metros de altura. Em 1901, o italiano Guglielmo Marconi usou uma pipa para erguer uma antena e fazer a primeira transmissão radiofônica. A história dos papagaios é cheia de lendas pelo mundo. Em alguns países ele é sagrado e sinônimo de muita magia, beleza e encantamento. ¨:::::::::: Não custa Saber Cacófato -- Som impróprio formado através da junção das sílabas de duas palavras, gerando um sentido equívoco e até obsceno. Exemplos: Vez passada -- boca dela -- dormir já -- por cada -- nunca gostei -- ela tinha -- por razões -- o time já -- marca gol -- conforme já -- como ela -- como herdeira -- paraninfo de -- bafo de -- vi ela -- já nela -- desculpe então -- havia dado -- uma mão. Substitua sempre uma das palavras para impedir cacófato. Ex.: “Nunca gostei” por “Jamais gostei”. ¨:::::::::: Conversa de Mão Dupla ... “Meu Deus, isto fala”, disse, do telefone, Dom Pedro II em 1876. Logo ele teria um aparelho em seu gabinete. O primeiro telefonema, em 10 de março de 1876, foi de mão única: “Sr. Watson! Venha cá! Preciso do senhor!”. A invenção de Alexander Graham Bell mudaria a comunicação de mão dupla para sempre. Professor de fisiologia vocal na Universidade de Boston, Bell, um escocês de 29 anos, sonhara por dez anos em enviar falas pelo fio. Estava trabalhando num protótipo de um telégrafo melhor, quando descobriu o que possibilitaria a invenção do telefone: as vibrações do som, numa membrana semelhante a um tambor, podiam traduzir-se em ondas ele- tromagnéticas. Ajudado pelo assistente técnico Thomas Watson, Bell descobriu a maneira de transmitir aquelas ondas a um receptor e reconvertê-las em som. A companhia da qual foi co-fundador, a Bell Telephone, é hoje a {a{t&{t, uma das maiores empresas do mundo. Em 1876, quando patenteou o telefone, Alexander Graham Bell (1847-1922) estava certo de que poderia transmitir sons entre dois lugares distantes, mas ainda não fora capaz de retransmitir a fala humana. Diz a lenda que, três dias depois da concessão da patente, ele derramou ácido de bateria na roupa quando trabalhava perto de um transmissor em seu laboratório. Seu grito chamando o assistente tornou- -se a primeira transmissão telefônica da voz humana. Bell, escocês de nascimento, deixou o avanço de sua invenção para outros e concentrou energias noutra paixão: criar aparelhos para surdos, inclusive para sua esposa, Mabel. ¨:::::::::: Universidade de Oxford É uma das duas famosas universidades inglesas, fundada há mais de 700 anos. Sua rival é a Universidade de Cambridge. A famosa universidade inglesa de Oxford é composta de 31 “colégios”, freqüentados por dez mil alunos. Fundada em 1163; o colégio atual mais antigo é o University College, fundado em 1243. Grande número de políticos e escritores famosos estudaram em Oxford. Anualmente, alunos das duas universidades disputam um campeonato de remo. Antigos alunos de Oxford costumam pronunciar o inglês de maneira peculiar, exibindo aos outros a formação oxfordiana. ¨:::::::::: Nosso Brasil As Esquinas do Brasil Norte -- Monte Caburaí, Roraima -- Isolado com seus 1456 metros de altura, o monte é um mistério. Não se tem notícia de quem tenha estado em seu topo, onde fica a nascente do rio Ailã, precisa fronteira entre Brasil e Guiana. A vegetação, densa em sua volta, é rala no topo do monte. A subida ainda é dificultada por paredões de pedra. Sul -- Arroio Chuí, Rio Grande do Sul -- Pode-se dizer que o extremo sul do país é um lugar sem nacionalidade definida. Só uma avenida separa a pequena cidade brasileira de Chuí da uruguaia Chuy. Os dois povos circulam livremente por ambos os lados. Sete quilômetros rumo ao mar, fica o Arroio Chuí, a barra do pequeno rio que separa os dois países pela costa. Leste -- Ponta do Seixas, Paraíba -- Essa singela e acessível praia de areia fina e águas calmas, é mais que o extremo leste do Brasil: é o ponto mais oriental de todo o continente americano, do Canadá ao Chile. Uma curiosidade: a praia vizinha, Cabo Branco, detinha o título, mas a erosão do mar destruiu suas falésias. Oeste -- Nascente do rio Moa, Serra de Contamana, Acre -- Nas florestas do Acre, a nascente faz divisa com o Peru e fica na área do Parque Nacional da Serra do Divisor. Assim como o monte Caburaí, é um lugar deserto. Cruzeiro do Sul, a cidade mais próxima, fica inatingível durante o período de chuvas, outubro a junho, pela BR-364, estrada que seria o primeiro trecho do caminho brasileiro para atingir o Oceano Pacífico pelo interior do continente. ¨:::::::::: As Três Coisas Chen Ziqin perguntou ao filho de Confúcio: -- Teu pai te ensina algo que não sabemos? O outro respondeu: -- Não. Uma vez, quando eu estava sozinho, ele perguntou se eu lia poesias. Respondi que não, e ele mandou que lesse algumas, porque abrem na alma o caminho da inspiração divina. Outra vez ele me perguntou se eu praticava os rituais de adoração de Deus. Respondi que não, e ele mandou fazer isto, pois o ato de adorar faria com que entendesse a mim mesmo. Mas nunca ficou me vigiando para ver se eu lhe obedecia. Quando Chen Ziqin retirou-se, disse para si mesmo: -- Fiz uma pergunta, e obtive três respostas. Aprendi algo sobre as poesias. Aprendi algo sobre os rituais de adoração. E aprendi que um homem honesto nunca fica vigiando a honestidade dos outros. ¨:::::::::: Guerra por um Balde Esse conflito inusitado ocorreu na Itália, quando as tropas da província de Módena invadiram a vizinha Bolonha em 1325 a fim de roubar-lhes um simples balde de carvalho. O episódio, no entanto, desencadeou uma reação imediata e violenta por parte dos bolonheses, que se mobilizaram diante do assalto, com o intuito de recuperar o utensílio roubado a qualquer custo. Diante da imprevista resistência, a disputa acabou estendendo-se por mais de doze anos, com um saldo de milhares de mortes. Depois de muitas batalhas, somente em 1337 é que os soldados invasores conseguiram vencer a disputa e finalmente carregar o desejado butim de guerra para casa. Três séculos depois, o escritor Alessandro Tassoni, (1565-1635) satirizou o fato em um poema intitulado "La Secchia Rapita" -- O Balde Roubado --, publicado em 1622. Atualmente o balde é parte do acervo do museu da catedral de Módena. ¨::::::::: Curiosidades Nada de brindar na Hungria -- Comemorar uma data ou ocasião especial fazendo tim-tim com as taças, pode dar problema na Hungria. Afinal, este era um gesto repetido diversas vezes pelos membros das tropas austríacas e russas durante a invasão de Budapeste, em 1849. Só que, naqueles tem- pos, a saudação não tinha nada de festivo. Na verdade, eles a faziam antes de fuzilar um cidadão húngaro. ¨ *** O caratê veio da Índia -- Ao contrário do que diz a crença geral, o caratê não é uma arte marcial japonesa. Sua origem deu-se na Índia, muitos séculos atrás. Seus ensinamentos foram aos poucos se espalhando pela Ásia e chegaram ao Japão apenas muito tempo depois. ¨ *** Quando e quem inventou a agulha de costurar? -- Desde a era paleozóica -- idade da pedra -- o homem cultiva o hábito de costurar suas roupas feitas com o couro de animais. Para isso fazia buracos grandes no couro para depois costurá-lo com um objeto de osso. Era parecido com as atuais agulhas de crochê. A agulha que conhecemos hoje foi criada na Idade Média e moldada em ferro. ¨ *** Por que um livro de mapas é chamado de Atlas? -- O termo vem do nome de um personagem da mitologia grega. Como punição por lutar contra os deuses, Atlas foi forçado a carregar o globo terrestre nos ombros. Esta cena passou a ilustrar vários livros de mapas da Antigüidade. Com o tempo, esses livros ficaram popularmente conhecidos como Atlas. ¨ *** O mais forte de todos os animais -- O besouro-rinoceronte vive na América do Sul e é o mais forte de todos os animais. Este inseto sur- preendente, pode erguer oitocentas e cinqüenta vezes seu próprio peso! Para se ter uma idéia, se você fosse tão forte quanto esse besouro, poderia levantar três elefantes -- um peso equivalente a doze toneladas! ¨::::::::: Dito e Feito “Cair a ficha” A expressão é relativamente nova, mas já não faz sentido. Usada para descrever o momento em que conseguimos entender alguma coisa, “cair a ficha” pode soar natural para quem usou orelhão público até os anos 90. Mas, para as gerações acostumadas com o celular, sua origem talvez não seja tão clara. Os primeiros telefones públicos, da década de 1930, funcionavam com moedas de 400 réis. A instabilidade da moeda, porém, fez com que a Telebrás, em 1970, criasse fichas exclusivas para os orelhões. A tal ficha só caía após a ligação se completar e a conexão ser estabelecida. Está aí a origem da frase, embora não haja registro de quando ela foi usada pela primeira vez. A criação dos cartões telefônicos, em 1992, aposentou as fichas. “Queimar o filme” A tecnologia também deixou a frase obsoleta. Quando você destrói a reputação de alguém, costumamos dizer que você “queimou o filme” dessa pessoa. Ou seja, denegriu a imagem do infeliz. Assim, como “cair a ficha”, “queimar o filme” é uma gíria atual, mas que já não faz sentido devido aos avanços da tecnologia. Até bem pouco tempo, quando se ia tirar ou revelar uma fotografia, era preciso tomar cuidado para não expor o filme a um excesso de luz. Isso queimaria e destruiria a imagem da foto. Por isso nasceu “queimar o filme” de alguém -- também não se sabe quando exatamente o termo começou a ser usado. Quando em 1990 a Kodak lançou a primeira câmera digital comercialmente disponível, ela deu o pontapé inicial para acabar com a queimação de filme. Atualmente, poucas pessoas ainda conseguem queimar um filme -- a Kodak anunciou inclusive no começo do ano a interrupção da fabricação deles. A maioria “deleta o arquivo”. ¨ ::::::::::

Conhecendo o Temor Em certo país, existiu, faz muito tempo, um homem que suscitava a admiração geral por sua indiscutível valentia. Nada nem ninguém o detinha ante o perigo, qualquer que fosse. Sempre transpunha os obstáculos -- homens ou feras -- que se opunham ao avanço de seus pés invictos. Era respeitado e, ao mesmo tempo, temido. Não obstante sua admirável condição, numa oportunidade, ante o assombro de todos, foi visto abatido e triste. Nesse dia, alguém que costumava conversar com ele, perguntou-lhe com incontida curiosidade: -- Meu amigo, pode dizer-me o que lhe aconteceu? Não é possível supor que... O valente, elevando com firmeza o olhar para dar mais vigor a suas palavras, interrompendo-o, respondeu-lhe num tom de amargura: -- Tenho lutado e vencido sempre. Jamais conheci o temor, você bem sabe, nem perigo algum me deteve. Mas hoje conheci alguém a quem temo: o único homem que realmente me inspirou medo. -- E quem é esse homem que pôde inquietá-lo, o maior de todos os valentes? O grande batalhador, abaixando a cabeça, respondeu: -- Eu mesmo. ¨:::::::::: Ecoando O Bicho Homem Carolina Foreis, 14 anos É tão bela a natureza... Vem o homem, e estraga sua beleza É tão lindo, tão acolhedor nosso mar Por que o homem insiste em maltratá-lo? Os animais silvestres, nas matas, que são o seu lugar Os homens só pensam em engaiolá-los Animais presos em jaula de zoológico Não me parece lógico Experimente enjaular-se numa prisão Como ficaria seu coração? O mar... Quando verde... Lindo demais Como é triste vê-lo com manchas negras colossais Por vezes, a natureza se revolta, se rebela E quando zangada se revela, explode sua ira em maremotos, tornados, que deixam os homens desesperados Um vulcão, quando entra em erupção, é porque a terra já se cansou de tanta poluição e se rebela... Mostra como está triste seu coração Após promover queimadas, que deixam uma triste aridez, o homem se queixa de que a terra está seca esquece o que fez Desastres ecológicos... Não são nada lógicos Vamos respeitar a natureza, cuidando de sua beleza... ¨:::::::::: Uma Invenção Gelada Inês Amorim Sorvete é bom em qualquer época do ano, não é mesmo? Mas é principalmente no calor do verão que ficamos com água na boca só de pensar numa delícia dessas. Curiosamente, ele não foi inventado durante a estação mais quente do ano, e sim numa época de frio. Há diferentes versões para a origem do sorvete. Mas em uma coisa os pesquisadores concordam: os primeiros sorvetes surgiram há mais de três mil anos, na China. Era uma espécie de raspadinha: os chineses pegavam neve fresquinha e a misturavam com uma pasta de leite de arroz, frutas e mel. Os europeus, só conheceram o sorvete séculos depois, graças a Alexandre, o Grande. Durante sua conquista do Oriente, há 2.300 anos, ele experimentou o sorvete, e adorou! Ao voltar para a Europa, o rei da Macedônia levou com ele uma mistura de salada de frutas e mel, que deveria ser guardada em potes de barro enterrados no chão e mantidos frios com a neve. Durante muito tempo, as pessoas dependiam da neve para tomar sorvete, pois ainda não sabiam fazer gelo! O imperador romano Nero, que viveu há 1.900 anos, era outro fã de sorvete: mandava escravos irem às montanhas buscar neve, que era usada para congelar uma mistura de mel e polpa de frutas. Bem depois, no século XIV, Marco Pólo voltou do Oriente com uma receita na bagagem: de sorvete feito com água, parecido com os sorbets de hoje. Sorbets são sorvetes feitos geralmente de fruta, com água e não com leite como o de chocolate, por exemplo. Os sorvetes cremosos como conhecemos hoje, teriam surgido no século XVII. Carlos I, da Inglaterra, teria pago uma fortuna a seu cozinheiro para que ele mantivesse em segredo a receita que inventara, para que o sorvete fosse uma comida apenas de reis! Mas o segredo não durou e caiu logo na boca do povo... Ainda bem, né? O sorvete só chegou ao Brasil em 1835, quando um navio trouxe 270 toneladas de gelo para o Rio de Janeiro. Dois comerciantes compraram o gelo para fazer sorvetes de fruta. Como eles tinham que ser comidos assim que ficassem prontos, as sorveterias anunciavam a hora em que eles seriam vendidos. Para evitar que o gelo derretesse, ele era envolto em serragem -- pó de madeira -- e enterrado em buracos bem fundos, onde a temperatura era menor. Assim, chegava a durar meses. A primeira sorveteria do mundo foi aberta em 1660, em Paris, na França. Há duas versões para a criação da casquinha: uns dizem que surgiu em 1896, na Itália; outros, em 1904, nos Estados Unidos. Já o picolé, foi inventado no início do século XX, na Itália. O *Sundae* surgiu no início do século XX, nos Estados Unidos, e era vendido aos domingos. A palavra vem de *Sunday* que quer dizer domingo em inglês. Os americanos são os maiores consumidores de sorvete do mundo: cada um toma 22 litros de sorvete por ano! O Brasil está em 13º lugar: 3 litros de sorvete durante o ano. ¨:::::::::: Trabalha... A semente valiosa que não ajudas, pode perder-se. A árvore tenra que não proteges, permanece exposta à destruição. A fonte que não amparas, poderá secar. A água que não distribuis, forma pântanos. O fruto não aproveitado, apodrece. A terra boa que não defendes, é asfixiada pela erva inútil. A enxada que não utilizas, cria ferrugem. As flores que não cultivas, nem sempre se repetem. O amigo que não conservas, foge do teu caminho. A medicação que não respeitas na dosagem e na oportunidade que lhe dizem respeito, não te beneficia o campo orgânico. Assim também é a Graça Divina. ¨:::::::::: Conhecendo o Mundo Uma Ilha Medieval Com uma população de 18 mil pessoas, 4 mil burros, 26 mesquitas e um velho trator, a Ilha de Lamu, na costa nordeste do Quênia, é o retrato mais bem-acabado de uma comunidade árabe medieval, parada no tempo, em território africano. Politicamente pertencente ao país, Lamu, com suas vielas estreitas e antigas construções de pedra de coral, é misteriosa, exótica e instigante como era Zanzibar -- que fica a poucas centenas de quilômetros ao sul -- antes de ser invadida por carros, eletrodomésticos e outras trivialidades do mundo moderno. Aqui as pessoas vestem-se como há seis séculos, navegam em veleiros ancestrais chamados *dhows* e seguem, estritamente, os preceitos do Corão. A principal atividade da ilha, que foi um centro de comércio de escravos em seus dias de ouro, é o cultivo de cocos e mangas. ¨:::::::::: O Relógio de Santos Dumont Ninguém sabe, ninguém viu o objeto feito por Cartier para o pai da aviação. No início do século XX, aviadores de vários países corriam contra o tempo para tirar suas máquinas do chão durante o maior período possível para bater novos recordes. Um desses pioneiros foi, como todos já sabem, Alberto Santos Dumont. Polêmicas com os irmãos Wright à parte, Dumont sentia falta de um instrumento que registrasse com precisão o tempo de suas façanhas aéreas e que pudesse ser consultado rapidamente durante os vôos. Afinal, os relógios de bolso, muito usados na época, não eram nada práticos para os pilotos. Em 1901, após o vôo histórico sobre Paris em que contornou a Torre Eiffel com seu dirigível, em 8 de agosto, Dumont pediu ao amigo Louis Cartier -- so- brenome que deu origem à famosa grife de jóias e relógios -- que desenhasse um modelo de pulso especialmente para ele. Um protótipo foi entregue ao brasileiro entre 1904 e 1908 e, três anos depois, o modelo passou a ser vendido para ou- tros clientes. A coleção tinha o nome do homenageado -- Santos -- e foi relançada em 1978. Ao contrário do que muitos pensam, a peça de Cartier não foi o primeiro relógio de pulso fabricado. Modelos semelhantes já eram comercializados no fim do século XIX pela empresa suíça Patek Philippe. Depois da morte do aviador, em 1932, seus objetos foram doados para vários museus. Entre eles estava outro relógio antigo, este de bolso, que foi retirado em 1970 do Museu da Aeronáutica, em São Paulo, pelo so- brinho-neto de Dumont, Alberto Villares. Ele levou a peça para Paris, onde foi fotografada pela Cartier para o relançamento da marca Santos, e a devolveu ao museu. Na década de 1980, o objeto foi roubado do local, segundo Marcos Villares Filho, sobrinho-bisneto de Dumont. Mas, e aquele relógio encomendado a Louis Cartier? Esse está desaparecido. Ninguém -- nem a família, nem pesquisadores -- sabem o que aconteceu com ele. ¨:::::::::: Como Fazíamos sem Cabide O cabide tem mais de quatro mil anos, mas continua com a mesma carinha. Na primeira imagem que se conhece do acessório, ele está nas mãos da deusa Atena, grafado numa ânfora de 250 a.C. -- e é bem parecido com o que a gente tem em casa. Hieróglifos extraídos de um sarcófago de 2000 a.C., atualmente em exposição no Museu do Cairo, já faziam referência ao objeto, presente no cotidiano das rainhas e dos reis egípcios. O uso do cabide, no entanto, era diferente. A idéia não era manter a roupa pendurada, facilitando a escolha. Eles eram usados apenas como um recurso para ajudar a preservar as túnicas, cerzidas em tecidos muito delicados, como a seda. Dispostos na vertical e em local ventilado, os trajes acabavam durando mais. Durante a Idade Média, porém, os cabides desapareceram. Como a moda era usar uma roupa que mais parecia um camisolão de lã, linho ou algodão, que não precisava de cuidados especiais, tudo era mantido em arcas. Segundo o historiador Philippe Ariès em "A História da Vida Privada", a situação só começaria a mudar a partir do século XIV, quando os móveis ganham um caráter mais permanente. Aos poucos, os baús passaram a ser tidos como objetos de arte até o momento em que, finalmente, cederiam lugar ao guarda-roupa, com suas prateleiras e suportes para pendurar. Daí à popularização dos cabides, porém, foi uma longa jornada. Em 1903, o canadense Albert Parkhouse inventou o modelo mais popular já produzido até então. Segundo o Museu do Cabide, o Departamento de Patentes Americano registrou cerca de 200 versões de penduradores na primeira década do século XX: para camisas, saias, casacos, modelos dobráveis e mais toda a sorte de variações que as necessidades puderam sugerir. ¨:::::::::: Ameno e Instrutivo O Segredo está na Glândula Por que as aves aquáticas não Afundam? -- Todas as aves, menos as emas, têm uma glândula localizada na região do uropígio, na parte de trás do animal, próxima à cauda, que se chama uropigiana ou glândula de óleo. Essa glândula é mais desenvolvida nas aves aquáticas, como patos e gansos. É por causa dela que as aves aquáticas não afundam. Elas usam o bico para espalhar o óleo produzido pela glândula uropigiana nas penas. Dessa forma, essas aves criam uma camada que impermeabiliza seu corpo e evita que o animal se molhe. Não é à toa que parecem estar sempre com as penas brilhantes e secas. ¨ *** Quem Desenhou a bandeira do Brasil -- A bandeira foi desenhada por Décio Vilares e projetada em 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos. Ela é inspirada na bandeira do Império, com a esfera azul-celeste e a frase "Ordem e Progresso" no lugar da coroa imperial. ¨ ::::::::::

No Limite Muitas coisas sem explicação acontecem na vida da gente. Às vezes servem para testar os nossos limites e nos fazer crescer. Em setembro do ano passado, eu fiz uma travessia oceânica de 375 quilômetros entre Fernando de Noronha e Natal, numa prancha de *windsurfe*. O velejador Flávio Jardim, que planejou a expedição comigo, foi mordido por um cão pastor alemão na véspera da nossa partida e teve de desistir. Decidi, então, ir sozinho, porque não queria jogar no lixo a preparação de dois meses velejando e simulando situações em alto-mar. Resolvi partir, sem saber que seriam as piores horas na minha vida. Redistribuí os equipamentos de duas mochilas em uma só. Levei o GPS e o telefone por satélite, mas deixei o repelente eletromagnético de tubarões. Afinal, um biólogo havia me garantido que um espeto seria suficiente para espantar os animais. O dia amanheceu em condições favoráveis para velejar. Decidi não olhar para trás. O vento forte logo me levou para o mar aberto muito agitado. Para vencer o medo, usei a estratégia de velejar uma hora e ver como me sentia. Assim fui levando. Apesar do protetor, o sol castigava cada vez mais a minha testa, os ombros, a boca e os braços. Mesmo sem fome, comi uma barra de cereais, que logo vomitei. Nada parava no estômago. Nem água. Nessas condições tive de tomar outra decisão. Continuar ou parar. Entardecia, o pessoal do monitoramento em terra precisava saber se acionava a Marinha, pois os resgates cessam à noite. Contrariando minha pró- pria previsão, continuei. A noite sem lua aumentou ainda mais o sentimento de solidão. Dormir numa prancha de 70 centímetros de largura, não é das tarefas mais fáceis. Apesar disso, nenhuma parte do meu corpo ficou n'água. O medo dos tubarões era maior que o desconforto. Outros medos estavam comigo. A mochila pesava mais que o previsto. Se eu dormisse para valer, ela poderia cair no mar e me levar junto para o fundo. Nos breves cochilos, sonhava que estava perdido no meio do mar. Pior era acordar dos pesadelos e ver que eu estava mesmo! Quando amanheceu, eu ainda estava a 200 quilômetros do continente. Velejei três horas ininterruptas, cruzando com tubarões, que, felizmente estavam mais interessados nos cardumes à minha volta. Meus pés, a virilha e as mãos estavam em carne viva. Outro pro- blema era a mente confusa de sono, que dava a sensação de desmaio a qualquer momento. Depois de 31 horas superando os meus próprios limites físicos e mentais, cheguei à praia de Ponta Negra, em Natal. Tinha feito a maior travessia oceânica de *windsurfe*, sem acompanhamento de barco. Nem sequer aproveitei a recepção preparada para mim. Segui para o hospital para tomar soro, curar a insolação e as retinas queimadas pelo sol. Apesar das dores, nunca pensei que seria tão bom voltar à civilização. ¨:::::::::: É Útil Saber Anita Quando tinha 11 anos, Anita foi reclamar com a mãe. -- Não consigo ter amigas. Como sou muito ciumenta, elas se afastam. A mãe estava cuidando de pintinhos recém-nascidos, e Anita pegou um deles, que logo tentou fugir. Quanto mais a menina apertava-o na mão, mais o pintinho se debatia. A mãe comentou: -- Experimente pegá-lo com suavidade. Anita obedeceu. Abriu as mãos, e o pintinho parou de se debater. Começou a afagá-lo, e ele aninhou-se entre seus dedos. -- Os seres humanos também são assim, disse a mãe. -- Se você quer prendê-los de qualquer jeito, eles escapam. Mas se for doce com eles, irão permanecer sempre ao seu lado. "Dia da Amizade -- 20 de julho" ¨*** O Cordel Foi e continua sendo uma das formas mais autênticas de comunicação nas pequenas cidades da região nordeste. Assim que um fato relevante acontece -- como a vitória do Brasil em uma Copa do Mundo, a morte de alguém famoso, uma grande enchente ou mesmo um caso de adultério --, os cordelistas produzem um relato extra-oficial, popular e poético dos fatos. Em poucas horas o livreto é impresso, ilustrado e colocado à venda nas feiras, pendurado em cordões. Daí vem o nome: literatura de cordel. O leitor, no entanto, se refere ao livreto como "folheto", "foieto", ou "verso de feira". A origem do cordel remonta à Idade Média na Europa, quando, nas praças, os trovadores divulgavam velhas histórias, especialmente os romances de cavalaria que contavam as epopéias do rei Carlos Magno e dos Doze Pares de França ou de Amadis de Gaula. Narrativas de amor, guerra, heroísmo, viagens e conquistas marítimas, além dos fatos mais recentes do dia-a- -dia, eram os temas preferidos do público. Por volta dos séculos XVI e XVII, trazidas para o Brasil na bagagem dos colonos portugueses, as histórias eram decoradas por quem sabia ler, transmitidas de forma oral e enriquecidas pela memória do povo. Os folhetos de cordel possuem um número variável de páginas: 8, 16, 32 ou 48. Os dois primeiros tipos são geralmente destinados a contar algo ocorrido na região, os chamados versos noticiosos. Os mais longos são os romances, que narram histórias de ficção ou da carochinha. "Dia do Cordel -- 2 de agosto" ¨*** Primavera A primavera está chegando, mais uma vez. No nosso hemisférico, ela começa no dia 22 de setembro e vamos perceber que a temperatura aumenta aos poucos, as noites passam a ter a mesma duração dos dias, as plantas ficam mais verdes e as cigarras começam a cantar. Como sabemos, o que determina as estações do ano é a posição em que o Sol se encontra em relação à Terra. Como no início da primavera, o eixo da Terra nem se dirige nem se afasta do Sol, os raios solares caem perpendicularmente ao equador -- a linha imaginária que divide a Terra -- fazendo com que os dois hemisférios da Terra recebam a mesma luz. "Começo da Primavera -- 22 de setembro" ¨:::::::::: O Dicionário Esclarece alares -- que se assemelham a asas; içarem-se; levantarem-se; dar asas; elevarem-se aljava -- coldre ou estojo em que se metiam as setas características -- que são próprias de uma pessoa ou coisa contexto -- encadeamento de idéias; composição; enredo cortesia -- respeito; educação; gentileza; delicadeza; polidez densa -- compacta; apertada estritamente -- exatamente; rigorosamente; precisamente imprevista -- repentina; súbita predadores -- que destroem outros violentamente sibila -- som agudo e prolongado; assobio sorrateiramente -- que faz as coias às escondidas; manhosamente veredas -- caminhos estreitos ¨:::::::::: Fontes de Pesquisa Jornal do Saara Jornal Folha de São Paulo Jornal O Dia Jornal O Globo Livro Storia della Letteratura Italiana Revista Caminhos da Terra Revista Ciência Hoje -- das Crianças Revista Coquetel Revista Criptojóia Revista dos Curiosos Revista Geográfica Universal Revista Saúde Revista Superinteressante Revista Viva ¨ ::::::::::

Ao Leitor Solicitamos aos leitores de Pontinhos abaixo mencionados, que nos enviem seus endereços completos, para evitar que suas revistas voltem. Favor verificar se estão retidas no correio. Adriana Valom Fillipeto AMAADEVI -- Associação dos Mestres, Alunos e Amigos dos Deficientes Visuais APDEVI -- Associação de Pais e Amigos do Deficientes Visuais Arilucia Paula de Oliveira Associação Colatinense de e para Portadores de Deficiência Visual Associação de Cegos do Sul da Bahia Biblioteca C. E. Broad Dijair Gama Ferro Francisco Eduardo P. de Castro Gabriel dos Santos Gilzete Maria Magalhães Novaes Janete Pereira Leite José Carlos dos Santos José de Arimateia Lauro Jung Luciana Catalão de Albuquerque Maria das Graças Domiciano Nercina Aparecida Olegário Ortiz Odair Rodrigues Sales Renata Yele dos Santos Quintiliano Ricelli Santos da Costa Rosângela Fátima Brito de Carvalho ¨ ::::::::::