õieieieieieieieieieieieieieieo õ o õ PONTINHOS o õ o õ Ano LII -- n.o 325 o õ Setembro-Dezembro o õ de 2007 o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral o õ do IBC o õ Sr.a Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador de Pontinhos o õ Prof. Renato o õ M. G. Malcher o õ Responsável por o õ Pontinhos o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca, Rio de Janeiro, o õ RJ -- Brasil o õ 22290-240 o õ tel: (0xx21) 3478-4457 o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Seção Infantil A Vovó Conta Histórias: O Sapateiro e os Anõezinhos :::::::::::: 1 O Pavão e a deusa Juno :::::::::::::::::: 4 A Vitória Régia ::::: 5 Divertimentos: O que É, o que É? ::: 6 Só Rindo ::::: 9 Vamos Aprender: A Melancia ::::::::::: 10 Para você Recitar: Cachorrinho Ma- landro ::::::::::::::::: 11 Zoologando: O Vaga-Lume ::::::::: 12 Historiando: Muiraquitã :::::::::::: 13 Seção Juvenil Narrando a História: A China Manda Fogo :::::::::::::::::: 14 Prevenir é mais Impor- tante que Remediar :::: 16 Conhecendo nossos Escritores: Antonio Gonçalves Dias :::::::::::::::::: 17 Mir, uma Escola no Espaço :::::::::::::::: 18 O Oráculo de Delfos ::: 21 Não custa Saber :::::::: 23 Nosso Brasil: Os Segredos de Olinda :::::::::::::::: 25 Será o Pai da Mona Lisa o Inventor do Carro? :::::::::::::::: 28 Curiosidades: Casos Inusitados ::::: 30 Leshan, onde Buda é o Maior ::::::::::::::::: 32 Ecoando: Um Problema chamado Coiote :::::::::::::::: 33 Um Carrilhão ::::::::: 37 A Rede de Dormir :::: 38 Conhecendo o Mundo: A Obra Inacabada de Ludwig II ::::::::::: 39 O Grande Faraó :::::::: 43 A Simbologia de alguns Bichos :::::::::::::::: 44 Ameno e Instrutivo: Como Surgem os Bichos das Frutas :::::::::::: 46 Junior era Apelido dos Jovens :::::::::::::::: 47 Edison Começa de Novo :::::::::::::::::: 48 É Útil Saber: A Amazônia ::::::::::: 49 Mar de Coisa Boa :::: 51 Homenagem a Rui Barbosa ::::::::::::::: 53 A Origem do Bom Velhinho :::::::::::::: 54 O Dicionário Esclarece ::::::::::::: 55 Fontes de Pesquisa ::::: 57 Ao Leitor :::::::::::::: 58 ¨ :::::::::: Seção Infantil A Vovó Conta Histórias O Sapateiro e os Anõezinhos Era uma vez um sapateiro que, apesar do muito que trabalhava, foi aos poucos se tornando tão pobre que um dia nem mais couro tinha para fazer sapatos. Só lhe restava um pedaço. Aprontou-o de noite, a fim de começar o seu último par de sapatos na manhã seguinte e foi dormir, depois de dizer as suas orações. Quando se levantou, pela manhã, qual não foi o seu espanto ao encontrar o par de sapatos já feitos! O pobre homem ficou sem saber o que pensar e muito admirado da perfeição do serviço. Nisto apareceu um freguês que gostou muito do par de sapatos e comprou-os, pagando mais que de costume. Em vista disso, o sapateiro pôde comprar couro para fazer mais dois pares. Cortou-os e deixou-os acertados para começar na manhã seguinte. Mas, ao levantar-se pela manhã deu com os dois pares já prontos sobre a mesa. E não precisou andar em procura de fregueses, pois logo apareceram dois, que lhe compraram os sapatos, fornecendo-lhe assim meios para adquirir couro para quatro pares. Como das outras duas vezes, ao levantar-se no terceiro dia o sapateiro deu com o serviço já feito. E assim continuou ele: cortava o couro e pela manhã encontrava pronto o trabalho, de modo que aos poucos voltou a ser o que era antes e mais ainda, pois se tornou muito rico. Uma noite, em vésperas do Natal, tendo preparado o couro como de costume, disse à mulher: -- Estou com vontade de passar a noite em claro para ver quem nos está ajudando tanto. E se assim disse, melhor o fez. A mulher acendeu uma candeia no quarto e escondeu-se com o marido atrás de uma cesta de roupas, num canto da sala. Logo que deu meia- -noite, dois anõezinhos entraram e sentaram-se sobre a mesa, pondo-se a trabalhar rapidamente e sem o menor barulho. O sapateiro ficou sem poder acreditar no que via. Os anões só pararam depois do serviço pronto; saíram, então, com a mesma cautela com que haviam entrado. Na manhã seguinte, a mulher disse ao sapateiro: -- Já que os anões nos fizeram ricos, temos agora de mostrar-lhes que somos gratos. Andam completamente nus e devem sentir frio, os coitadinhos. Vou fazer-lhes dois ternos de roupa e dois pares de meias. Você poderá também arranjar um par de sapatos para cada um deles. ¨*** O Pavão e a deusa Juno Certo dia, o Pavão foi queixar-se à deusa Juno: -- Tenho uma plumagem maravilhosa, mas a minha voz não se compara com a do Rouxinol. Por que não me concedes uma voz igual à dele? A deusa recusou, mas o Pavão insistiu: -- Sou a tua ave favorita. Por que não me dás o que te peço? Já um pouco aborrecida com a conversa, a deusa respondeu-lhe: -- Deves agradecer o muito que já tens. Não podes ser o melhor em tudo! Moral da história: Aproveita bem as tuas qua-

lidades e não invejes as dos outros. ¨*** Vitória Régia Os pajés tupis-guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu. Ela, querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que esta a visse. E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista. A lua, quis recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente, daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", que é a planta Vitória Régia, Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas. ¨:::::::::: Divertimentos O que É, o que É? 1. O que está no meio da ostra? R: A letra T. 2. Quem é que é famosa, vive cercada de baixinhos e não é a Xuxa? R: A Branca de Neve. 3. O que é que tem na cabeça, mas não é cabelo; tem no poço, mas não é água? R: Ç. 4. Diferente do ditado, quem seria considerado o pior cego? R: Aquele que não aprendeu braille. 5. Qual é a melhor coisa para se colocar em tortas? R: A boca. 6. O que é que eu não tenho, todos têm dois e você tem um? R: A letra o. 7. Por que as mães cangurus odeiam dias chuvosos? R: Porque as crianças ficam brincando dentro de casa. 8. O que é que tem na árvore, no futebol, no chapéu e na casa? R: A copa. 9. O que é um pontinho vermelho pulando na feira? R: Um caqui-pererê. 10. O que é que você dá sem saber e se soubesse não daria? R: Um tropeção. 11. Qual é o estado que sonha em ser um carro? R: Sergipe. 12. O que o filhote de porco-espinho disse para o cáctus? R: “Não é a mamãe”. 13. Qual é o animal que tem um carro em cima da cabeça? R: O macaco. 14. Na água nasce, mas se colocado na água desaparece. O que é? R: O sal. 15. O que o cavalo e o navio têm em comum? R: O casco. 16. Qual é a semelhança entre um livro de matemática e um sujeito cheio de dívidas? R: Ambos têm problemas para resolver. 17. O que é que tem oito pés? R: Quatro pessoas. 18. O que é? São sete irmãos, cinco foram à feira e dois não. R: A semana. 19. O que faz um homem sério virar a cabeça? R: O pescoço. 20. Qual é a semelhança entre a sogra e a onça pintada? R: Todos defendem, mas ninguém leva pra casa. 21. O que é que se pode encontrar debaixo do tapete de um manicômio? R: Um doido varrido. ¨*** Só Rindo Num *shopping* lotado, o garoto perdido, se vira para um dos seguranças: -- Seu guarda, o senhor não viu uma mulher passar por aqui sem um garotinho como eu? A mãe chama o Joãozinho e lhe dá a maior bronca: -- Por que você jogou pedra no menino da outra rua? -- Ora, mãe, foi ele que começou. E a mãe: Por que você não me chamou? -- Pra quê? A senhora não acerta uma... -- Pai, você tem uns trocados para dar para um pobre velho que está gritando na rua? -- Tenho, filho. E o que é que ele diz? -- Olha o sorvete gelado! Picolés deliciosos! ¨:::::::::: Vamos Aprender A Melancia No antigo Egito, a melancia era considerada uma fruta de grande importância. Se ela não existisse, os egípcios sofreriam mais, nas épocas de seca. Rica em água, a fruta sempre foi considerada uma preciosa fonte de hidratação. Com isso, sua popularidade espalhou-se ao redor do mundo. Além disso, ela tem uma função digestiva. Por isso, garotada, vamos aproveitar e comer muita melancia. ¨:::::::::: Para você Recitar Cachorrinho Malandro Maria Dinorah Mal eu me ponho na rua com praça no pensamento, meu cachorrinho delira seu rabo de cata-vento Fica todo tremelique, fica todo alvoroçado, rosna risos, late esperas, faz voltas, pula dobrado E quando rola uma bola, ele é grande torcedor, exibindo no pescoço uma fita tricolor. Meu cachorrinho malandro, Sem raça nem tradição, é capaz de grandes lances e de um monte de afeição. ¨:::::::::: Zoologando O Vaga-Lume Você já reparou naquele bichinho que vive piscando de noite? Você sabe por que os vaga-lumes piscam? A vaga-lume fêmea pisca para avisar ao macho que ele pode se aproximar dela para o acasalamento. O pisca-pisca também serve para espantar os inimigos porque toda vez que a luz pisca se produz uma substância tóxica no corpo do vaga-lume. Está vendo como os animais podem

se comunicar pela linguagem do pisca-pisca? ¨:::::::::: Historiando Muiraquitã O muiraquitã é um amuleto famoso feito pelas Amazonas que, como vocês já devem saber, são mulheres guerreiras que vivem nas proximidades do Rio Amazonas. Elas trabalham muito. Caçam, pescam, fazem cerâmica, redes, enfeites de pena. Trabalham na roça. Fazem armas. O amuleto é uma raridade e os próprios índios dizem que não sabem como fabricá-lo. Falam que o muiraquitã vem de um lugar muito distante, da terra das mulheres sem marido -- as Amazonas --. Em um enorme lago -- Jaci-Uaruá -- no mês de abril de todos os anos, quando a lua cheia aparece, as Amazonas mergulham no lago e do fundo trazem um punhado de barro. Com este barro modelam figuras: peixes, rãs, tartarugas. O amuleto é furado para ser usado no pescoço. O barro tem de ser modelado depressa, ainda debaixo da água, porque o luar faz endurecer o limo verde. Nesta mesma noite elas recebem a visita dos homens de uma tribo vizinha. É a noite nupcial. Só os índios que já lhes deram uma filha, recebem o muiraquitã. Os que lhes deram um filho, terão que levar o menino para a sua aldeia porque entre as Amazonas só vivem mulheres. ¨:::::::::: Seção Juvenil Narrando a História A China manda Fogo Os alquimistas chineses descobriram a fórmula da pólvora -- salitre, enxofre e carvão vegetal -- no século IX. O grande surto das armas de fogo ocorreu no começo do século XII, quando a dinastia Sung foi assediada pelos tártaros do reino Jurchen Jin da Manchúria oriental. Nos 200 anos seguintes, quando os jins conquistaram o norte da China e foram derrubados, por sua vez, pelos mongóis, houve uma corrida armamentista entre defensores e invasores. Lança-chamas de bambu evoluíram para armas com cano de metal. Granadas incendiárias de papel, deram lugar a bombas de ferro que derrubavam muros de pedra. Quando a tecnologia da pólvora chegou à Europa, usada pela primeira vez em 1324 no cerco de Metz, hoje na França, o efeito foi explosivo. Uma vez que somente os reis podiam ter grande número de mosquetes e canhões, o poder da nobreza declinou. Estados centralizados, com exércitos permanentes, substituíram os feudos. As armas de fogo deram aos colonizadores uma grande vantagem sobre os povos nativos. A vulgarização dessas armas acabou nivelando as forças, dando vez a uma era de revoluções, guerras mundiais, levantes de guerrilhas e ataques terroristas. ¨ *** Prevenir É mais importante que Remediar! O médico Albert Sabin dedicou muitos anos de sua vida ao estudo de uma doença grave causada por vírus, a poliomielite ou paralisia infantil. Depois de muitos anos de pesquisa, obteve uma vacina administrada por via oral. Com esta descoberta, Sabin atingiu seu objetivo: livrar milhões de crianças desta doença que atrofia, deforma e leva ao sofrimento. Além de Albert Sabin, outros homens dedicaram suas vidas a pesquisas relacionadas à saúde, como Alexander Fleming, Oswaldo Cruz, Louis Pasteur, Vital Brazil, Robert Koch, Edward Jenner, Adolfo Lutz, Emilio Ribas, etc. ¨::::::::: Conhecendo nossos Escritores Antonio Gonçalves Dias Antônio Gonçalves Dias (1823-1864) nasceu em Jatobá, no Maranhão, e foi estudioso desde cedo. Aprendeu Latim, Francês e Filosofia, o que lhe permitiu sonhar com estudos na Europa. O pai, comerciante português, mandou-o para Coimbra, como era hábito à época. Gonçalves Dias escreveu, em Portugal, "Canção do Exílio", que o notabilizaria no futuro. Fez diversas viagens ao exterior. Já doente, voltou à Europa para ser operado e faleceu no dia 3 de novembro de 1864, vítima de naufrágio. Obras: "Primeiros Cantos" (1847); "Sextilhas de Frei Antão" (1849); "Os Cantos e o Dicionário de Língua Tupi" (1857). Tradutor de "A Noiva de Messina", da obra de Schiller. ¨:::::::::: Mir, uma Escola no Espaço Era uma vez uma escola chamada Mir. Uma escola que ficava no espaço, girando em torno da Terra, a quase 400 quilômetros de distância. Dizem que ela era uma estação espacial. E era mesmo. Mas era mais do que isso: era também uma escola como nenhuma outra, onde se estudava como viver e sobreviver no espaço. Pensa que é fácil viver no espaço? É difícil demais. Lá, a força da gravidade é bem menor do que aqui na Terra. Nossos músculos e ossos ficam fracos, o corpo todo sofre mudanças. Por isso, a gente precisa aprender a se acostumar e a se adaptar ao novo ambiente. Isso é tão importante para o homem ir adiante na conquista do espaço que por essa escola passaram 104 alunos, os astronautas, vindos de vários países, principalmente da Rússia e dos Estados Unidos. Por sorte, a Mir, construída para durar cinco anos, conseguiu durar quinze, quer dizer, três vezes mais. Depois de desativada, o que sobrou da estação espacial foi lançado no Oceano Pacífico, na madrugada de 23 de março de 2001. Ao longo desses anos, deu para aprender muita coisa. Um dos astronautas, o russo Valeri Paliakov, bateu o recorde de permanência no espaço. Ficou 483 dias na Mir sem voltar à Terra -- mais de 14 meses. Outro russo, Serguei Addeiev, esteve tres vezes na Mir e, ao todo, passou lá nada menos do que 746 dias -- quase 25 meses. Hoje, ninguém sabe mais do que eles como viver no espaço. E para que serve todo este conhecimento e esta experiência? Serve para preparar a viagem de pessoas a Marte, que pode acontecer nos próximos 20 anos. Os cientistas calculam que a viagem de ida e volta a Marte, vai durar, pelo menos, um ano e meio, se tudo correr bem. Os astronautas precisam estar treinados para agüentar o cansaço, as alterações no organismo, as dores de cabeça, os enjôos, a monotonia, a impaciência, a saudade da família e dos amigos, a vontade de voltar para casa. Eles têm de ser alegres e bem-humorados, capazes de enfrentar qualquer dificuldade com calma, segurança e conhecimento do assunto. Não podem, de jeito nenhum, ser individualistas, egoístas, chatos e ranzinzas. Não podem pensar só em si e nos seus problemas e interesses pessoais. Devem gostar de ajudar os outros e de estar junto dos colegas nas horas boas e nas horas ruins. Devem estar sempre prontos a se arriscar pelos outros. Era uma vez uma escola chamada Mir, onde aprendemos que as duras e longas viagens espaciais são só para pessoas cheias de bondade e companheirismo. Pode haver coisa mais bonita? ¨:::::::::: O Oráculo de Delfos Conta a lenda que um pastor, ao conduzir seu rebanho pelas encostas do Monte Parnaso, na região central da Grécia, foi atraído por um vapor que, misteriosamente, era expelido de uma fenda aberta na terra. Aspirando aquela fumaça, ele começou a pronunciar profecias incompreensíveis. Assim, foi descoberto, na cidade de Delfos, o poder mágico que permitia às pessoas, aconselhar sobre o futuro. Os oráculos, advinhos capazes de fazer as previsões, eram mulheres -- chamadas de pítias -- que viviam reclusas. Nos dias marcados para fazer as profecias, determinados pelos sacerdotes, a pítia sentava-se no interior do Templo de Apolo e, em transe provocado pelo vapor que subia da terra, respondia às perguntas dos reis e dos homens comuns que peregrinavam aos milhares até Delfos. As respostas, que seriam dadas pelo próprio deus Apolo por meio do oráculo, eram geralmente ambíguas e, não raro, mal compreendidas. Um rei chamado Cresus certa vez foi a Delfos saber se poderia atacar os persas. A resposta parecia ser simples: depois que ele atravessasse um rio, veria a destruição de um reino poderoso. Animado com a resposta, reuniu seu exército e, em marcha à Pérsia, cruzou um grande rio, de onde pôde ver arruinado o seu próprio reino. ¨::::::::: Não custa Saber Há palavras cujas pronúncias são idêntica; entretanto, elas têm grafias e significados próprios. Veja: Sessão -- Houve graves revelações na sessão da Câmara -- reunião. Seção -- Durante o tumulto, a seção de importados foi saqueada -- departamento, divisão. Cessão -- O parlamentar fez a cessão de 10 minutos do seu tempo de fala para o companheiro de partido -- ato de ceder. Comprimento ou Cumprimento? Se há palavras que têm identidade na pronúncia, como sessão, seção e cessão, há outras que são apenas muito parecidas, como comprimento e cumprimento. Cuidado para não usar uma pela outra! Veja: Comprimento -- extensão, medida. Cumprimento -- saudação. Outros pares de palavras oferecem a mesma dúvida, devido à sua semelhança formal, como é o caso de tráfego (trânsito) e tráfico (negócio desonesto) ou de soar (produzir som) e suar (transpirar), por exemplo. ¨:::::::::: Nosso Brasil Os Segredos de Olinda Olinda já sabe há mais tempo o que é conviver com a preservação da História. Desde 1982, a chamada Cidade Alta foi declarada, pela UNESCO, Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade. Desde então não se mexe em uma pedra sem pedir autorização. Assim, caminhar sobre seus paralelepípedos irregulares é quase uma viagem ao tem- po em que ela era sede da Capitania de Pernambuco. As ruas estreitas e tortas, cortadas por pequenos becos, formam um labirinto que a cada esquina revela uma fachada mais singela, uma igreja mais bonita ou uma vista fantástica. Aliás, conta-se que foi por causa de um desses alumbramentos que a cidade ganhou o nome. Ao subir em uma de suas sete colinas, o fidalgo português Duarte Coelho teria gerado a famosa frase: “Oh, linda situação para construir uma vila”. Mas o que há de melhor na cidade, está quase sempre fora do alcance dos olhos. Os quintais. Cada sobrado de Olinda tem uns cinco metros de frente por uns cinqüenta de fundo. Resultado: por trás das paredes seculares estão os mais frondosos pomares urbanos da terra. Há mangueiras, cajazeiras, pitangueiras e o diabo. A única maneira de conhecê-los é bater na porta e pedir licença. Provavelmente, o dono vai convidá-lo a entrar pois vai querer mostrar alguma obra feita por ele. Afinal, metade dos habitantes da Cidade Alta nasceu artista. Metade se tornou. A maioria dos ateliês está tão escondida quanto os quintais. Sem plaquinha de identificação. Sem nada. Naquele casarão da Rua do Amparo pode estar uma rendeira; no sobradinho da Rua São Bento, um escultor que transforma a casca de cajá na mais bela miniatura da cidade; na Ladeira da Misericórdia, uma artesã de brinquedinhos de criança que faz rói-róis mais barulhentos que reco-recos. E assim vai. Há duas casas em Olinda nas quais a parada é obrigatória: o Espaço Tiridá e a oficina de Sílvio Botelho. A primeira é um museu do mamulengo, espécie de marionete bem-humorada. Como nas comédias italianas, as figuras populares vivem improvisadamente as situações cotidianas. O mamulengueiro, artista que faz os bonecos e lhes dá vida com as mãos, mãos molengas, segue um tom que é, ao mesmo tempo, debochado e trágico. Diversão garantida. Na segunda parada, estão expostos os famosos bonecos gigantes do Carnaval de Olinda. Ali está o primeiro deles: O Homem da Meia- -Noite que, mesmo de papel-machê, pesa 48 quilos. Diz a lenda que a escultura é levada ladeira acima, ladeira abaixo, pelo mesmo olindense, Cidinho, desde que surgiu em 1932. Ali também ficam os companheiros do boneco -- a Mulher do Meio-Dia, a Menina e o Menino da Tarde, o João Travolta, a Nordestina, entre outros. ¨:::::::::: Será o Pai da Monalisa o Inventor do Carro? Adriana Barsotti Você já deve ter estudado na escola que Leonardo da Vinci pintou o quadro mais famoso do mundo, a Monalisa. Mas você sabia que, além de pintor, ele foi um talentoso escultor, engenheiro e arquiteto? Da Vinci fez mais de 4 mil desenhos durante os 67 anos em que viveu. Alguns deles revelaram importantes descobertas: entre elas, o ventilador de manivela, a ponte giratória e o helicóptero movido a energia humana. Ele desenhou o projeto do primeiro helicóptero e do primeiro submarino. Agora, quase 500 anos depois de sua morte, especialistas italianos acham que ele pode ter sido também o inventor do automóvel. O museu de História da Ciência de Florença, na Itália, exibiu um carro baseado em desenhos de Da Vinci. O carro idealizado pelo artista, funciona im- pulsionado por molas. Ele seria o primeiro automóvel com autopropulsão já criado. Palavra difícil, né? Significa que ele conseguia se mexer sozinho, sem depender de qualquer impulso vindo de fora. Os desenhos de carros de Da Vinci já são pesquisados há bastante tempo. Um deles chegou a ser batizado de “o Fiat de Leonardo”. Mas só agora os especialistas conseguiram montá-lo corretamente. Antes, eles confundiam o volante do automóvel com o motor, que só agora descobriram ser movido a molas. ¨:::::::::: Curiosidades Casos Inusitados Nas casas de jogos clandestinas da Inglaterra do século XVIII, havia funcionários especialmente contratados para engolir dados, caso a polícia chegasse. Antes de 1800, os sapatos para os pés direito e esquerdo eram iguais. No reinado de Jorge III, o exército britânico gastava 6.500 toneladas de amido por ano. O produto era usado na fabricação de cola, que mantinha a peruca dos soldados no lugar. A marca Mitsubishi significa três diamantes. O menor alfabeto do mundo é o dos Rotokas, da Ilha Bougainville, na Papua, Nova Guiné, só possui 11 letras. Cem mil casamentos são realizados durante o ano em Las Vegas. Na Grécia, as noivas escrevem na sola dos sapatos, os nomes das amigas solteiras. Ao apagar o primeiro nome, este será o da próxima amiga a se casar. O ar que sai do nariz de uma pessoa, ao espirrar, pode chegar a uma média de 160 quilômetros por hora. ¨ ::::::::::

Leshan, Onde o Buda É o Maior Situada na província chinesa de Sichuan, no centro da China, a região de Leshan é uma das mais belas do país, com rios caudalosos e vegetação rica e colorida. Mas ficou famosa graças a uma obra humana. Trata-se da maior reprodução de Buda já esculpida. A estátua foi iniciada no século VIII d.C. e levou 90 anos para ser finalizada. Diz a lenda que foi concebida por um monge de nome Haitong. Sua intenção era acalmar as águas, que causavam inundações, afundavam barcos e matavam muitas pessoas. Com 71 metros de altura, quase duas vezes o tamanho do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, é o maior Buda do mundo. Somente a cabeça de pedra mede pouco mais de 14 metros, e a envergadura dos ombros tem o dobro, 28 metros. A obra é tão majestosa que foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1996. E ganhou ainda mais destaque quando outro Buda gigante, o de Bamian, no Afeganistão, foi destruído pelo governo talibã em 2001. Agora, o governo chinês luta contra um problema que ele mesmo criou. A instalação de indústrias de papel nas margens do Rio Qingyi está gerando uma torrente de dejetos industriais que seguem correnteza abaixo, criando uma névoa malcheirosa nas águas em torno da estátua gigante de Buda. É um golpe duro no turismo ainda embrionário, que tende a crescer com a abertura do país aos estrangeiros. ¨ ::::::::::

Ecoando Um Problema Chamado Coiote Ana Maria Machado A gente sempre vê filme de bangue-bangue passado lá no oeste americano. Pois esta história aconteceu por lá, de verdade, bem naquele tempo mesmo. Só que não tem diligência nem índio. Mas tem tiro. E tem um monte de bichos. Pra começar, tem vários rebanhos de ovelhas. É que esta história é justamente do tempo em que os criadores de ovelhas começaram a instalar os seus rebanhos no faroeste. A terra era rica, os pastores eram bons, as ovelhas se desenvolviam. Tudo ia bem. Mas os criadores ainda queriam mais. Achavam que não podiam ter problema nenhum. E tinham. Um problema chamado coiote. É que por ali havia muito coiote, que é uma espécie de lobo. E coiote, além de gostar muito de uivar para a lua, é bicho que come carne. E volta e meia tinha coiote caçando ovelha. Os criadores, furiosos, fizeram uma reunião: -- Precisamos acabar com isso! -- Um prêmio para quem matar coiote! E assim fizeram. Quem trouxesse uma pele de coiote ganhava um prêmio. Saiu todo mundo dando tiro. Bang! Bang! De olho no prêmio. Mataram tanto coiote que, no fim, não tinha mais nenhum por ali. Os donos das ovelhas fizeram uma festa, com música e quadrilha. Aquilo era uma maravilha! E lá fora, no campo, começou outra festa, sem banda nem dança. Uma festa de comilança. Sem coiote para acabar com eles, vieram para o banquete todos os bichinhos da vizinhança. Coelho, marmota, rato. Comeram folha, flor, raiz, tudo o que havia naquele mato. E aí aconteceu o que ninguém tinha imaginado: quanto mais os bichos comiam, mais cresciam, mais tinham filhotes que também comiam. E acabaram virando uma praga pior do que os coiotes. Tanto comiam que acabaram com o capim. O pasto ficou pelado, ruim. Sem pasto, como é que ovelha come? Os rebanhos começaram a diminuir e se acabar, de fome. Os criadores ficaram desesperados. Mas não adiantava desesperar. O remédio era esperar. Até que o tempo corresse e novos coiotes aparecessem. Mas levaria anos até que isso acontecesse. Eles tiveram que desistir e agüentar o prejuízo. Mas até hoje não se sabe se aprenderam a ter juízo e a saber que bicho que existe é porque é muito preciso. E quando um deixa de existir, muitos outros vão sumir. ¨:::::::::: Um Carrilhão Um carrilhão é um relógio grande que bate cada quinze minutos com sons diferentes. É muito bonito ouvi-lo bater, principalmente na hora certa, quando todos os seus sinos tocam! Utilizando sinos bem afinados, os fabricantes de relógios dos edifícios públicos imaginaram um mecanismo de pequenos martelos que batem nos sinos, dando as horas. O carrilhão de Westminster, em Londres, serviu de modelo a muitos relógios do mundo. Os ingleses o chamam carinhosamente de Big Ben -- o Grande Bem. Há carrilhões, como o de Bruxelas, Bélgica, que não são automáticos. Neles, os sineiros rivalizam em talento, tocando árias clássicas que se espalham pela cidade... ¨:::::::::: A Rede de Dormir Os nortistas adoram dormir em rede, os outros brasileiros não têm esse hábito. Mas todos nós gostamos de descansar e brincar numa rede! Ini -- “aquilo em que se dorme” -- era como os índios chamavam a rede de dormir, assim batizada por Pero Vaz de Caminha, em 1500. Os colonizadores adotaram a rede e a espalharam pelo mundo. Para nossos antepassados, a rede era muito mais que um leito. Levada no ombro dos escravos, sinhazinha ia nela à missa; o senhor nela partia para pequenas viagens ou o defunto pobre nela seguia para sua última morada... Nomes carinhosos lhe foram dados: mãe-véia, maciota, tipóia, vasilha de dormir. ¨:::::::::: Conhecendo o Mundo A obra Inacabada de Ludwig II Há quem escreva contos de fadas, mas raríssimos são aqueles que têm o poder de transformá-los em realidade. O rei Ludwig II, que reinou na Baviera, sul da Alemanha, de 1864 a 1886, não tinha o dom de fazer abóbora virar carruagem, mas ergueu um castelo que bem poderia guardar o sono da Bela Adorme- cida. Considerado pelo poeta francês Paul Verlaine como o “único verdadeiro rei do século XIX”, Ludwig II en- cheu seu reino de obras grandiosas. Os súditos o chamavam de “Rei dos Contos de Fadas” e tinham três bons motivos para isso: o Castelo de Neuschwanstein -- no qual Walt Disney teria se inspirado para criar o castelo de “A Bela Adormecida”; o Palácio de Herrenchiemsee -- réplica inacabada de Versalhes; e o Linderhof, palacete digno de um fã de Luís XIV da França, monarca absolutista em quem se espelhava. Os estilos desses castelos são diferentes, mas todos levam o seu quinhão de sonho. Perto da fronteira da Alemanha com a Áustria, os três fazem parte dos programas turísticos da Baviera. Paisagem de cartão-postal -- O Neuschwanstein é o mais conhecido dos três castelos. Cartão-postal da Alemanha, fica em Schwangau, próximo ao final da Estrada Romântica, rota turística que se estende da cidade de Würzburg a Füssen, a apenas cinco quilômetros do castelo. Erguido no alto de um penhasco de 965 metros de altura, na beira do desfiladeiro de Pöllat, foi o primeiro a ser construído por Ludwig II. De suas torres, se tem uma vista panorâmica para os lagos Alp e Schwann. Quando começou a fazer o castelo, em 1869, o rei sonhava recriar um cenário que lembrasse o tempo dos cavaleiros medievais. As óperas “Lohengrin” e “Tannhäuser”, compostas por seu amigo Richard Wagner e que contam parte da mitologia alemã, serviram de inspiração. Há, inclusive, aposentos que remetem diretamente a essas obras, como a falsa gruta com estalactites artificiais, que fica no terceiro andar, uma referência à “Tannhäuser”. A versão alemã de Versalhes -- Réplica inacabada do Palácio de Versalhes, o Herrenchiemsee fica numa ilha do Chiemsee, o maior lago da região da Baviera. No mais suntuoso de seus castelos, Ludwig II morou apenas uma semana. A obra, iniciada em 1878, estendeu-se até 1885 e consumiu 20 milhões de marcos, deixando o rei na ruína. A construção do palácio dá bem a medida da admiração de Ludwig II por Luís XIV. Decorado por artistas de Munique, o interior é uma re- criação do original francês. O maior destaque é a Sala dos Espelhos, cópia fiel da existente em Versalhes. Nela são realizados concertos à luz de candelabros no verão. Com 98 metros de comprimento, a sala ocupa toda a parte da frente que dá para um jardim não menos imponente. O quarto de dormir, outro destaque, é mais rico do que o do palácio francês. Na ala sul, existe

um museu que guarda objetos que pertenceram a Ludwig II. ¨:::::::::: O Grande Faraó Tudo na vida de Ramsés II é opulento: viveu até os 90 anos -- 67 deles governando o Egito --, venceu batalhas, construiu uma capital. E ainda manteve oito mulheres oficiais e uma centena de amantes. No começo do seu reinado, partiu para Qadesh, cidade que demarcava o limite entre os impérios egípcio e hitita, enfrentou sozinho 2.500 bigas inimigas e saiu vivo -- “com a ajuda de Amon-Rá”. Ramsés ainda fundou uma nova capital ao norte do Egito, Pi- -Ramsés, cobriu o seu país e a Núbia -- atual Sudão -- de monumentos aos deuses e estabeleceu uma paz no reino de cerca de 50 anos. O mais bem-sucedido faraó entre os deuses vivos teve tempo de ter oito rainhas -- das quais Nefertari era a preferida --, mais de uma centena de esposas secundárias e concubinas e quase 200 filhos. Se não bastasse, a biografia de Ramsés II tem espaço também para controvérsias: é considerado por alguns pesquisadores como o faraó do Êxodo, a libertação dos hebreus relatada na Bíblia. ¨:::::::::: A Simbologia de alguns Bichos Tartaruga -- Para os índios norte-americanos é o animal mais antigo da Terra. Ela alerta para a necessidade de preservar o planeta e respeitar o fluxo de dar e receber. Seu casco simboliza proteção, indicando que as pessoas devem aprender a se defender e a respeitar os próprios sentimentos. Urso -- Ele busca o mel, que representa a “doçura da vida”, e hiberna no inverno. Sua força está em alternar longos períodos de introspecção com tempos felizes de caçadas e brincadeiras. Sapo -- Simboliza purificação: sua afinidade com a água, mostra que as pessoas devem valorizar suas lágrimas, pois elas lavam e purificam a alma. Lobo -- Ele tem os sentidos aguçados e sempre retorna ao seu clã para ensinar o que aprendeu. Por isso, estimula o professor que existe dentro de cada pessoa. Cobra -- Com suas trocas de pele, a cobra é a representação do eterno ciclo de morte e renascimento, e indica que algo está sendo -- ou deve ser -- transformado. Coruja -- Ela enxerga à noite e está associada à magia -- Atenas, a deusa grega da sabedoria, tinha uma coruja de estimação que lhe revelava verdades ocultas. Na tradição norte-americana, a coruja mora no Leste, o lugar da iluminação. Diz que é preciso abandonar as ilusões e ver a realidade. ¨:::::::::: Ameno e Instrutivo Como Surgem os Bichos das Frutas Os bichos de goiaba, pêssego, manga, laranja e outras frutas nascem dentro delas. As fêmeas adultas de um tipo de mosca -- a mosca-das- -frutas -- perfuram as cascas das frutas maduras e depositam os ovos que se transformam em larvas. Estas se alimentam ali dentro, até deixarem o interior das frutas para cair no chão. “Se ingeridas, as larvas não produzem nenhum efeito patológico para o ser humano”. No entanto, elas são responsáveis pela má qualidade das frutas, que ficam impróprias para o consumo. ¨ *** Júnior era apelido dos jovens? -- Por que o filho que herda o nome do pai é chamado de júnior? A origem da palavra é latina. *Iuvenis* significa jovem e *iunior*, que depois se transformou em júnior, quer dizer o mais jovem. Mas, entre os romanos da Antigüidade, a palavra era pouco usada como hoje. “O costume era o sujeito ter o primeiro nome, depois o sobrenome, que indicava o clã ao qual pertencia”, conta o filólogo Bruno Fregni Basseto, da Universidade de São Paulo. “E, por último, o cognome, um apelido que salientava alguma característica pessoal.” Assim, Caius Julius Caesar significava Caius, do clã Julius, mais Caesar, imperador. Mesmo que pai e filho tivessem prenome e sobrenome iguais, o cognome os diferenciava. Só a partir do século X o cognome caiu em desuso e o termo júnior passou a diferenciar uma geração de outra. ¨:::::::::: Edison Começa de Novo Thomas Edison perdeu dois milhões de dólares em equipamentos e todos os registros do trabalho de muitos anos, quando seus laboratórios foram consumidos pelo fogo em 1914. Charles, seu filho, foi encontrá-lo em pé, próximo ao incêndio, seus cabelos brancos desgrenhados pelo vento do inverno. Seu coração condoeu-se de seu idoso pai. Ao ver Charles, Edison gritou-lhe: -- Onde é que está sua mãe? Traga-a até aqui. Ela nunca terá oportunidade de ver uma coisa assim, por mais que ela viva. Na manhã seguinte, caminhando por entre as cinzas de suas esperanças e sonhos, Edison, aos 67 anos de idade, dizia: -- Há uma grande vantagem no desastre: todos os nossos erros foram queimados. Graças a Deus, podemos começar outra vez! ¨ :::::::::: É útil saber A Amazônia É uma floresta que acompanha o rio Amazonas e a maior parte dela fica na região Norte do nosso País. Seu clima é úmido e quente. A floresta Amazônica tem árvores com mais de 40 metros de altura. Das árvores pendem grossos cipós e seus galhos são cheios de epífitas, como orquídeas e bromélias. Nos troncos se enrolam inúmeras trepadeiras. Como a maioria das árvores é grande, o interior da floresta é escuro; por causa disso, há muito pouca vegetação rasteira e, conseqüentemente, não há também grandes animais herbívoros, como antas e veados, que comem esse tipo de planta. Como não há herbívoros, também não existem certos carnívoros, que se alimentam desses herbívoros. A floresta Amazônica é povoada por animais capazes de trepar em árvores ou voar. São macacos, lagartos, onças e jaguatiricas, pássaros, araras, papagaios, cobras e muitos insetos. O solo é coberto por folhas secas, ramos, restos e fezes de animais que se decompõem, formando o humo, que é o adubo natural para as plantas. Em- baixo dessa camada de humo, a maior parte do solo é muito pobre, formada quase só de areia. Assim, a destruição da vegetação nativa, em grandes áreas, poderá tornar a floresta num deserto, além de mudar também o clima, as chuvas e os ventos da região. "Dia da Amazônia -- 5 de setembro" ¨*** Mar de Coisa Boa Mais da metade do nosso planeta -- 70 por cento -- é formada por água. A oceanografia, que estuda oceanos e mares, nos ajuda a conhecer melhor essas partes do mundo, dá informações confiáveis para a navegação marítima e indicações seguras sobre como utilizar melhor esses recursos naturais. O mar é uma fonte de riqueza para as nações. Dele é retirado o sal usado para temperar os alimentos. No mar encontramos grandes reservas de minerais, como o petróleo e substâncias usadas na fabricação de remédios. Na área da alimentação, os produtos de origem marinha atraem as pessoas por causa do seu sabor. Por exemplo, balas, doces e conservas feitos de algas marinhas. Muitos países exploram bastante essas riquezas. Alguns até são conhecidos pelos produtos que extraem do mar -- já ouviu falar no bacalhau da Noruega? O Brasil também é muito privilegiado. Além das imensas reservas de petróleo na sua costa marítima, tem um dos maiores e mais belos litorais do mundo. As praias brasileiras são lindas e devem ser preservadas. Somos nós que temos de conservá-las, não jogando nem permitindo que ou- tros joguem lixo em suas areias ou águas. Afinal, como diz o provérbio, “sabendo usar, não vai faltar”. E, para quem não sabe, o mar tem um dia especial: 12 de outubro, que é também o Dia da Criança. Será coincidência? "Dia do mar -- 12 de outubro" ¨*** Homenagem a Rui Barbosa O Dia da Cultura foi instituído em homenagem ao estadista e jurista brasileiro Rui Barbosa de Oliveira, nascido em 5 de novembro de 1849, na Bahia. Rui Barbosa, além de destacar-se na vida pública nacional, participou como sócio-fundador da Academia Brasileira de Letras, foi um grande orador e defensor do abolicionismo e deixou muitas obras escritas. Morreu a 1o. de março de 1923. "Dia da Cultura -- 5 de novembro" ¨*** A origem do bom Velhinho Como Surgiu a Lenda do Papai Noel? O personagem Papai Noel foi inspirado em São Nicolau, bispo católico que viveu no século IV na cidade de Mira, onde hoje é a Turquia. Era um homem de extrema bondade, que exerceu a caridade e difundiu o culto pelo Oriente. São Nicolau teria salvado três meninas da prostituição ao jogar, pela chaminé da lareira da casa delas, três sacos de ouro. O dinheiro teria feito o pai das garotas desistir da idéia de vendê- -las, pois assim poderia pagar o dote -- quantia exigida pelos noivos para consumar o casamento. "Natal -- 25 de dezembro" ¨:::::::::: O Dicionário Esclarece afrescos -- pinturas executadas sobre revestimentos frescos de paredes e tetos aglomerou-se -- agrupou-se alquimistas -- químicos da Idade Média que procuraram uma fórmula secreta para transformar os metais em ouro árias -- peças de música para uma só voz bigas -- carros romanos de duas rodas atrelado a dois cavalos birote -- penteado feminino em que os cabelos ficam no alto da cabeça; cocó candeia -- recipiente de lata ou outro material, abastecido com óleo ou querosene, no qual se embebe um barbante torcido caudalosos -- que levam água em abundância -- rios abundantes cautela -- precaução concubina -- mulher que vive com um homem sem ser casada com ele controversas -- polêmicas; contestações deboche -- zombaria dejetos -- excrementos embrião -- designa uma das primeiras fases do desenvolvimento de um feto embrionário -- relativo ou pertencente a embrião estalactites -- precipitações minerais alongados que se formam no teto das cavernas ou subterrâneos feudos -- terras concedidas a um vassalo que prestava obediência ao rei frondosos -- que têm amplas ramagens hidratação -- tratar com água limo -- lama; lodo maviosidade -- suavidade; brandura mosquetes -- armas de fogo semelhantes a espingardas notabilizaria -- sobressairia réplica -- exemplar de uma obra de arte ou de um objeto que não é o original sacrário -- onde se guardam objetos sagrados salitre -- qualquer substância salina súditos -- vassalos que dependem da vontade de outra pessoa surto -- impulso repentino ¨:::::::::: Fontes de Pesquisa Jornal do Brasil Jornal O Dia Jornal O Fluminense Jornal O Globo Livro Fábulas de Esopo Livro O Livro do MEC Livro Viajando Através da História Revista Caminhos da Terra Revista Coquetel Revista National Geographic Revista História Revista Próxima Viagem Revista Planeta Revista Seleções Revista Superinteressante ¨:::::::::: Ao Leitor Solicitamos aos leitores de Pontinhos abaixo mencionados, que nos enviem seus endereços completos, para evitar que suas revistas voltem. Favor verificar se estão retidas no correio. Angela Vigolo Associação dos Deficientes Visuais de Canoas -- RS Associações Macaense de Apoio aos Cegos -- RJ Bolívar Augusto Borges CAP -- CE Rua Idelfonso Albano CAP -- travessa Cel. Costa Marques -- MT Carolina Cardoso Centro de Apoio Pedagógi- co -- PI Cremildes Duarte Ramos Elisabete Costa Silva Faculdade de Pato Branco -- PR Francisco Luiz de Souza Hermógenes da Silva Itamar Freire Amorim Joanete Rosa Pereira Joaquim de Jesus Julieta Paula dos Santos Coelho Lucia Mara Formighieri Lucio Silveira Onésio Geraldo da Silva Osvaldo Sel Silvania Maria de Lucena Túlia Esteves ¨