õieieieieieieieieieieieieieieo õ o õ PONTINHOS o õ o õ Ano LI -- n.o 323 o õ Janeiro-Abril de 2007 o õ Instituto o õ Benjamin Constant o õ Diretora-Geral o õ do IBC o õ Sr.a Érica Deslandes o õ Magno Oliveira o õ Fundador de Pontinhos o õ Prof. Renato o õ M. G. Malcher o õ Responsável por o õ Pontinhos o õ Kate Q. Costa o õ Imprensa Braille o õ do IBC o õ Av. Pasteur, 350-368 o õ Urca, Rio de Janeiro, o õ RJ -- Brasil o õ 22290-240 o õ tel: (0xx21) 3478-4457 o õ o õ Brasil um País de Todos o õ*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o Sumário Seção Infantil A Vovó Conta Histórias: A Lagartixa de Olhos Tristes ::::::::::::::: 1 A Galinha dos Ovos de Ouro ::::::::::::::: 4 O Canto da Flauta Mágica :::::::::::::::: 5 Divertimentos: O que É, o que É? ::: 9 Só Rindo ::::::::::::: 11 Vamos Aprender: Substantivo Cole- tivo ::::::::::::::::::: 14 Para você Recitar: Vontades :::::::::::::: 15 Zoologando: Ave Gigante :::::::::: 17 Historiando: Sherazade ::::::::::::: 17 Seção Juvenil Narrando a História: A Incrível Tribo das Mulheres Guerreiras :::::::::::: 21 Os Cossacos :::::::::: 26 Conhecendo nossos Escritores :::::::::::: 27 Rainha em Flor ::::::::: 30 Os Biscoitos Rou- bados :::::::::::::::::: 32 Não custa Saber :::::::: 34 O Mausoléu de Mausolus :::::::::::::: 35 Afinação à Moda Chinesa ::::::::::::::: 36 Onde os Bichos Mandam :::::::::::::::: 37 Nosso Brasil: São João Del Rei ::: 40 O Primeiro Romance :::: 41 Quando Surgiu o Pão ::: 43 Curiosidades :::::::::::: 44 Como é Escolhido o Ganhador de um Prêmio Nobel ::::::::::::::::: 46 Sonho de Herói ::::::::: 47 Ecoando: Quem é Reciclado sem- pre Reaparece ::::::::: 49 A Legião Estran- geira :::::::::::::::::: 51 A História do Tênis ::: 53 Conhecendo o Mundo: Egito ::::::::::::::::: 54 O Mofo que Salva :::::: 56 O Louvre ::::::::::::::: 57 Ameno e Instrutivo: Abelhas ::::::::::::::: 59 Índia -- Loucos por Casamentos :::::::::::: 60 Uma Picada no Braço ::: 62 É Útil Saber: História de Amor ::::: 63 Rei Momo ::::::::::::: 69 Artesanato :::::::::::: 70 Ladainha :::::::::::::: 71 O Dicionário Esclarece ::::::::::::: 73 Fontes de Pesquisa ::::: 75 ¨ :::::::::: Seção Infantil A Vovó Conta Histórias A Lagartixa de Olhos Tristes Maria Alice Meyer Era uma vez uma lagartixa bem branquinha, de olhos pretinhos, que procurava um lugar para morar. Ela andava e andava e andava... sempre procurando um lugar para morar. Um dia ela encontrou uma enorme pedra e pensou que embaixo daquela pedra seria um bom lugar para morar. Quando ia entrando... ela viu um olho, um outro olho, e uma voz grossa disse: -- Aqui não, aqui moro eu! Era o sapo, que morava em- baixo daquela pedra. E ela continuou andando e andando e andando... até que viu uma fresta num muro e pensou que ali seria um bom lugar pra morar. Quando ia entrando... ela viu uma perna, outra perna, outra perna, outra perna, outra perna, outra perna, e uma voz fininha disse: -- Aqui não, aqui moro eu! Era a aranha, que morava naquela fresta do muro. E a lagartixa foi andando e andando e andando... até que viu um arbusto cheio de folhagens e pensou que ali seria um bom lugar para morar. Quando ia entrando... ela viu que ali moravam: uma joaninha, um tatu-bolinha, um gafanhoto, um grilo, um louva-deus, uma taturana, uma minhoca, várias formigas, uma borboleta, uma centopéia. Enfim, tinha tanta gente morando ali que realmente não havia lugar para mais ninguém. E a lagartixa continuou andando e andando e andando... Já triste, com lágrimas escorrendo pelos olhos, porque todos tinham um lugar para morar, menos ela. E continuou andando e andando e andando... até que encontrou um menino. Quando o menino viu aquela lagartixa branquinha, com lágrimas nos olhos, ele a pegou com todo cuidado, colocou-a na palma da mão; com o dedo agradou sua cabecinha, e perguntou: -- Por que você está chorando? -- Porque todos têm um lugar para morar, menos eu, respondeu a lagartixa entre lá- grimas e soluços. -- Não seja por isso, venha morar comigo, convidou o menino. E assim começou uma grande amizade entre o menino e a lagartixa. A todos os lugares onde ele ia, levava a lagartixa: à escola, ao clube, à casa do vovô, passear na pracinha. Só quando ele ia à aula de natação, é claro, ela ficava num cantinho e não entrava na piscina porque, afinal, todo mundo sabe que lagartixa não sabe nadar. ¨ *** A Galinha dos Ovos de Ouro O ouro sempre despertou a cobiça dos homens. Uma antiga fábula grega de Esopo conta que um camponês de uma aldeia pobre encontrou, certo dia no galinheiro, um ovo de ouro. Espantado e feliz, ao mesmo tempo, guardou aquela preciosidade. No dia seguinte, achou outro ovo de ouro e, assim, sucessivamente, todos os dias. Finalmente, descobriu que uma de suas galinhas -- e só essa -- botava toda manhã um ovo de ouro. A princípio o camponês ficou muito feliz: ele, que nada tinha, podia agora comprar alimentos e muitas outras coisas com o dinheiro da venda dos ovos. Mas um dia o camponês pensou: “Ora, se esta galinha bota todo dia um ovo assim, então ela deve estar com a barriga cheia de ouro. Por que esperar tanto tempo para colher todos os ovos que ela vai botar? No dia seguinte, ele matou a galinha e abriu-lhe a barriga; então teve a triste sur- presa de ver que, por dentro, ela era igual a todas as galinhas. A grande lição que nos mostra esta fábula é que o ambicioso demais acaba perdendo tudo. ¨ *** O Canto da Flauta Mágica Leonardo Boff Havia, na tribo, um jovem que tocava flauta maravilhosamente. Apelidaram-no até de Catuboré, que significa “a flauta mágica”. Não era bonito, nem tinha especial charme. Mas por causa dos sons melodiosos de sua flauta, era cobiçado por quase todas as meninas casadoiras. No entanto, somente a simpática Mainá conseguira conquistar seu coração. Marcaram o casamento para a primavera, quando na mata florescem as quaresmeiras roxas e amarelas e os fedegosos se enchem de vermelho. Mas aconteceu uma tragédia. Certo dia, Catuboré, o “flauta mágica”, saiu para a pesca num lago, distante da maloca. Escureceu e ele nada de chegar. Mainá e suas amigas passaram a noite em claro, com o coração apertado de preocupação e de maus pressentimentos. No dia seguinte, a tribo inteira se mobilizou, procurando-o por todos os caminhos. Finalmente, não muito distante do lago, encontraram o “flauta mágica” morto e enrijecido, ao pé de uma grande árvore. Logo entenderam: uma serpente venenosa lhe havia picado mortalmente a perna. Todos choraram copiosamente, de modo especial Mainá e as moças que tanto apreciavam os sons maviosos de sua flauta. Mas como estavam distantes da maloca e quase todos estavam ali presentes, resolveram enterrar Catuboré ali mesmo, ao pé da árvore que assistira à sua morte. Mainá, quando a saudade batia mais forte, vinha com suas amigas chorar sobre a sepultura do amado. Passaram-se várias semanas e a saudade e as lágrimas não diminuíam. A alma de Catuboré, vendo a tristeza da namorada, não conseguia também ficar em paz. Chorava junto e lastimava o seu infortúnio. Pediu, então, ao espírito da mata que o transformasse num pássaro, mesmo que fosse pequenino e feio, contanto que fosse cantador, capaz de consolar Mainá. E foi transformado, então, no uirapuru. Ele é parecido com Catuboré, pois não tem especial beleza, mas canta como ninguém na floresta, num som semelhante ao da sua flauta. Hoje, tanto tempo depois, o uirapuru continua a cantar, embora apenas ocasionalmente. Mas quando entoa seu canto belo e triste, todos os animais se sentem atraídos uns pelos outros, começam a namorar e a se beijar. Os demais passarinhos, que também cantam e gorjeiam, respeitosos e atentos, se calam completamente. Só se escuta a voz dolente do uirapuru, consolando sua amada. ¨ :::::::::: Divertimentos O que É, o que É? 1. Qual a semelhança entre um carro a álcool e o goleiro do seu time? R: Ambos, quando você precisa, não pegam. 2. O que tem dente e não tem cabeça? R: O pente. 3. O que ontem era amanhã e amanhã será ontem? R: Hoje. 4. O que tem na água e no sal, mas não tem no tempero? R: A letra *a*. 5. Por que a sala de aula se parece com o mar? R: Porque os professores navegam, os alunos bóiam e as notas afundam. 6. Qual a ferramenta que já se foi? R: A foice. 7. Qual a parte do corpo que mais coça? R: A unha. 8. O que é que não tem cabelo na cabeça mas, quando envelhece, acaba ficando careca? R: O pneu. 9. O que é que sempre cai, mas nunca se machuca? R: A chuva. 10. O que é que tem 5.000 olhos, 6.693 pernas e 528 bocas? R: Não sei, mas deve ser muito feio. 11. Que lugar da casa tem sempre pressa? R: O corredor. 12. Quem é o rei das geladeiras? R: O "Reiquejão". 13. O que é que está em cima de nós? R: O acento agudo. 14. Como se faz para ouvir um monte de piadas? R: É só carregar um saco de pintinhos. 15. Como as baratas se comunicam umas com as outras? R: Via "EMBARATEL". 16. Qual a palavra de sete letras que, se tirarmos cinco, ainda ficam onze? R: Abacaxi. Se tirarmos Abaca, sobra XI, onze em números romanos. 17. O que é um pontinho vermelho no meio da porta? R: Um olho mágico com conjuntivite. 18. O que é surdo e mudo mas conta tudo? R: O livro. 19. O que é que está sempre na nossa frente? R: O futuro. 20. O que faz um homem sério virar a cabeça? R: O pescoço. ¨ *** Só Rindo Na sala de aula: A professora pede a Juquinha: -- Resolva esse problema: “Ela olha a janela”. Quem é o sujeito? -- O sujeito é “ela”. -- Correto. Agora: “Há uma mulher olhando pela janela”. Isso é singular ou plural? Juquinha responde: -- Ah, essa é muito fácil, professora. Isso é singular! -- Muito bem, meu querido. Agora vamos mais uma vez. “Há várias mulheres olhando pela janela”. E agora, o que é isso? -- Isso só pode ser falta de roupa no tanque para ser lavada! Toma! O pai conversa com o filho adolescente sobre o futuro, pois acha que o garoto não vai dar muito certo na vida: -- Estou muito preocupado com você. Não estuda direito, não quer trabalhar, dorme quase o dia todo. O que você quer da vida? Por acaso sabe o que Abraham Lincoln fazia quando tinha a sua idade? -- Olha, papai, o que ele fazia na minha idade eu não sei, mas na escola eu aprendi que ele já era presidente dos Estados Unidos quando tinha os mesmos anos que você tem hoje... Pesado demais: Um sujeito segue um caminhão e nota comportamento estranho no motorista. Toda vez que pára num sinal vermelho, ele desce da cabine e bate com uma vara na parte externa da carroceria. O sujeito começa a achar que o motorista é maluco e fala: -- Desculpe, mas queria perguntar uma coisa: por que a cada sinal você fica batendo na carroceria? Sem parar de dar pancadas, ele explica: -- Meu caminhão só transporta quatro toneladas, e peguei um frete de oito toneladas de pombos. Para aliviar o peso, tenho que manter metade deles voando. ¨:::::::::: Vamos Aprender Substantivos Coletivos As meninas formaram uma equipe. Observe o substantivo equipe. Esta palavra está dando nome a um grupo, a um conjunto. Equipe é um substantivo coletivo, porque é uma palavra que, mesmo no singular, indica um conjunto de seres da mesma espécie. Coletivos: Letras -- alfabeto Peixes -- cardume Crianças de escola -- turma Ilhas -- arquipélago Livros -- biblioteca Abelhas -- enxame Aviões -- esquadrilha Filhotes -- ninhada Pessoas -- população Índios -- tribo Bananas ou uvas -- cacho ¨ :::::::::: Para você Recitar Vontades Lívia vivia dizendo que queria ser cegonha, zebra, peixe, borboleta, abelha, gata ou passarinho. Coruja não, que é muito feia e, coitada, nem dorme direito. Girafa não, que é muito grande e só tem pinta, carne, osso e aquele imenso, imenso pescoço. Um dia, Lívia sonhou que virou sabiá. Muito bonita era, mas como sofria! Toda noite e todo dia, pulando pra lá e pra cá, fechadinha na gaiola, sem poder voar. Lívia acordou chorando. E abriu a goela, gritando pra mãe que era duro ser bicho e agora queria ser só ela. ¨ :::::::::: Zoologando Ave Gigante A maior ave do mundo é o avestruz, que chega a medir 2,10 metros de altura e vive nas savanas africanas. O avestruz é um ótimo corredor, mas com a evolução da espécie perdeu a capacidade de voar. Pode chegar a uma velocidade de até 60 km por hora. Um ovo de avestruz equivale aproximadamente a 25 ovos de galinha. ¨:::::::::: Historiando Sherazade Tapetes voadores, Aladim, Ali-Babá e os 40 ladrões, sultões, monstros, gênios, lutas e intrigas, tudo envolvido num clima de magia, beleza e mistério. Então é hora de conhecer “As mil e uma noites”, livro que reúne as histórias mais deslumbrantes do mundo árabe. Tudo começa com a história do rei Shariar. Ele descobre que está sendo traído pela esposa, que tem um amante e, enfurecido, mata os dois. Depois, toma uma decisão terrível: cada noite, vai se casar com uma nova mulher e, na manhã seguinte, ordenar sua execução, para nunca mais ser traído. Ele faz isso durante três anos, causando medo e lamentações no reino. Um dia, a filha mais velha do primeiro-ministro do rei, a bela e sábia Sherazade, diz ao pai que tem um plano para acabar com essa barbaridade. Mas para isso, ela precisa se casar com o rei. O pai tenta convencê-la a desistir da idéia, mas Sherazade estava decidida. Na noite do casamento, sua irmã mais nova, Duniazade, faz o que Sherazade pedira. Vai até o quarto dos recém- -casados e, chorando, pede para ouvir uma das fabulosas aventuras que ela conhece. Sherazade começa a narrar uma intrigante história que cativa a atenção do rei, mas não tem tempo de acabar antes do amanhecer. Curioso para saber o fim do conto, o rei lhe concede mais um dia de vida. Mal sabe ele que essa seria a primeira de mil e uma noites... As histórias de Sherazade, uma ainda mais envolvente que a outra, são sempre interrompidas na parte mais interessante. Assim, dia após dia, sua morte é adiada. Você deve estar pensando que Sherazade tinha um baita repertório de histórias para contar, né? Bem, por mais fértil que fosse sua imaginação, seria impossível inventar tanta coisa. Na verdade, a forma como Sherazade aprendeu todos esses contos, explica outro mistério da obra: ela não tem autor! Parece estranho, mas a explicação é simples: as histórias de “As mil e uma noites” eram contadas de uma pessoa para outra e estavam na boca do povo. Ninguém sabe quem as inventou; fazem parte da tradição oral do povo árabe, com seus contadores de histórias que reuniam multidões nas ruas e mercados. Não se sabe ao certo quando os contos foram passados para o papel. A primeira versão do livro, “Mil contos”, surgiu na Pérsia (atual Irã), onde se passa a história de Sherazade por volta do século X. O nome que conhecemos só veio depois, com os árabes. Supersticiosos, eles acreditavam que números redondos atraíam coisas ruins. Passaram o nome então para “As mil e uma noites”. Porém, como o original do livro nunca foi encontrado, há versões diferentes para a história de Sherazade. O final, no entanto, é sempre o mesmo... A estratégia de Sherazade funcionou. Na milésima noite, ela mostrou ao rei Shariar os filhos que tinham tido durante aquele tempo e lhe pediu que poupasse a sua vida. Tendo deixado para trás o rancor, Shariar fez o que já tinha decidido em seu coração: reinar com Sherazade ao seu lado até o fim de seus dias. ¨ :::::::::: Seção Juvenil A Incrível Tribo das Mulheres Guerreiras Belas mulheres guerreiras, armadas de espadas, machados e escudos. Lendas? Novas descobertas arqueológicas mostram que as amazonas podem ter realmente existido. Perto da cidade russa de Pokrovka, foram encontradas tumbas com ossadas femininas ao lado de armamentos, provando que uma tribo de lutadores habitou a região antes do nascimento de Cristo. Com estrutura óssea larga e cabeças alongadas, as guerreiras eram bastante musculosas e fariam a festa em qualquer academia de halterofilismo. Os arqueólogos ficaram surpresos ao encontrarem em sete túmulos grandes ossadas femininas ao lado de espadas de ferro, pontas de setas de bronze e pedras para afiar as armas. Os objetos pessoais foram enterrados junto aos corpos devido à crença de que, após a morte, elas poderiam precisar dos artefatos usados em vida. Os pesquisadores concluíram que as mulheres guerreavam na defesa do território ao lado dos homens da tribo. As mulheres guerreiras faziam parte de uma das diversas tribos sauromatas, nômades que conquistaram as estepes da Eurásia no começo da Idade do Ferro. A descoberta dessas amazonas revela pela primeira vez o verdadeiro status dos nômades que viveram no primeiro milênio a.C. Até agora, acreditava-se que os sauromatas eram compostos unicamente por homens, que cruzavam as estepes dominando tribos mais fracas. Depois de analisar os restos de uma menina de aproximadamente 14 anos, os cientistas concluíram que a guerreira tinha uma grande intimidade com cavalgadas e poderia ter morrido de infecção depois que uma seta atingiu uma de suas pernas. Elas também desempenhavam tarefas domésticas e espirituais. Preparavam os alimentos, confeccionavam roupas e acessórios e cuidavam dos maridos e filhos. A prova disso é que foram encontrados colares de pedras parecidos com corais, além de braceletes de bronze e ornamentos luxuosos. Mas, se a rotina era ameaçada, pegavam em armas e lutavam bravamente ao lado dos maridos. Para cada duas mulheres, havia três homens. Papel importante tinham também as sacerdotisas, que freqüentemente promoviam rituais para retirar espíritos do mal dos corpos dos doentes. Usavam espelhos de bronze e amuletos, que foram igualmente encontrados nas tumbas no norte do mar Cáspio, onde era realizada a maioria dos cultos. Pesquisadores não acreditam que a tribo dos sauromatas fosse formada somente por conquistadores ou saqueadores. Eles só apelavam para as guerras quando se sentiam ameaçados. Mesmo com a seriedade do estudo, um grupo de pesquisadores diz que as mulheres de Pokrovka não poderiam ter inspirado o mito das amazonas. Isso porque, segundo as lendas gregas, elas viviam a oeste; além disso, o tipo físico era totalmente diferente e as guerreiras russas possuíam costumes bem diversos daqueles das gregas. As amazonas teriam habitado as bordas do mar Negro. Faziam questão de dispensar aos filhos um tratamento nada cordial! Eles eram enviados aos pais ou então imediatamente mortos. As filhas recebiam desde cedo os primeiros ensinamentos da arte guerreira. Entre as providências iniciais estava queimar o seio direito para facilitar o uso do arco. Depois, elas aprendiam a montar e a caçar. A lenda diz que as amazonas eram belíssimas, apesar da força física, e impiedosas com os inimigos. Viviam em comunidade e possuíam uma líder que regia toda a vida na aldeia. ¨*** Os Cossacos Eles eram membros de tribos nômades que se instalaram no sudoeste da Rússia, entre o mar Negro e o mar Cáspio, a partir do século XV. A palavra vem do russo *kozak*, que, por sua vez, vem do turco kazak, cujo significado é “homem livre”. Os cossacos eram geralmente camponeses que queriam fugir dos impostos, do serviço militar ou de contratos de servidão. As comunidades eram organizadas em democracias militares e lutavam para defender suas fronteiras ou ajudar outras regiões a se defender. Com o passar do tempo, o governo russo reduziu sua autonomia e elas se transformaram em regimentos militares. No século XIX, os cossacos desempenharam papel im- portante na expansão russa. ¨*** Conhecendo nossos Escritores Cecéu, o Poeta dos Escravos É difícil fazer versos? Bem, fazer poesia só é difícil para quem não nasceu poeta. Mas Cecéu nasceu poeta, viveu poeta e morreu poeta. Quem é Cecéu? Geralmente os poetas não são conhecidos pelos seus apelidos, mas eles também os têm, uma vez que são gente igualzinha a todos nós. Apenas sentem a vida de um jeito diferente. Nós, quando nos acontece alguma coisa de bom, cantamos, pulamos de alegria, batemos palmas. Quando nos acontece alguma coisa ruim, ficamos tristes, chegamos até a chorar. Com os poetas é diferente. Em lugar de pular ou de chorar, eles fazem poesia. Poesia alegre ou triste, dependendo da ocasião. Pensam em versos, choram em versos, sonham em versos. Cecéu, isto é, Antônio Frederico de Castro Alves, era um moço como outro qualquer. Gostava de desenhar, gostava de caçar, gostava principalmente de seus semelhantes. Por isso, não compreendia a razão de haver escravos no Brasil e, desde criança, fazia versos contra a escravidão. Nasceu na Bahia, em 14 de março de 1847, na Fazenda das Cabeceiras, cidade de Muritiba. Seu avô era descendente de bandeirantes e seu pai foi um grande médico. Deles herdou o seu temperamento lutador. Era um lutador que, em vez de arco, flecha, lança ou espingarda, lutava com os versos. E como seus versos feriam! No Ginásio Baiano, em Salvador, Castro Alves foi colega de Rui Barbosa, com quem mais tarde voltou a encontrar-se nos bancos da Faculdade de Direito de São Paulo, porque Cecéu estudou para advogado, primeiro em Recife, depois em São Paulo. Mas sua saúde era muito fraca. Teve de abandonar os estudos, depois de um acidente. Cecéu saíra para caçar no lugar onde hoje é o bairro do Brás, em São Paulo, e ao pular um córrego, sua espingarda, que levava a tiracolo carregada, e com o cano para baixo, subitamente disparou, atingindo em cheio o calcanhar de seu pé esquerdo. Este, infelizmente, teve que ser amputado. Daí para a frente sua saúde piorou. Voltou à Bahia com muita dificuldade, pois estava sem dinheiro. Seu pai morreu e sua família ficou na miséria. Foi ajudado por amigos que, porém, não podiam curá-lo. Era tarde demais. E assim, aos 24 anos de idade, exatamente às três e meia da tarde de 6 de julho de 1871, Cecéu morria. Mas Cecéu morreu como nascera e como vivera: morreu como um poeta. Ele se foi, mas suas poesias ficaram para sempre e jamais hão de morrer. Dezessete anos depois da morte de Cecéu, terminava a escravidão. As estrofes de “O Navio Negreiro” e “Vozes d'África”, os dois grandes poemas de Cecéu, finalmente tinham sido ouvidas e compreendidas. ¨::::::::: Rainha em Flor A maior flor aquática das Américas, a vitória-régia abre suas pétalas cor-de-rosa sobre as imensas e legendárias folhas verdes. O diâmetro das folhas maiores chega a 1,8 metro e das flores, até 30 centímetros! Uma única planta pode ocupar até 15 metros quadrados na superfície de lagos e meandros calmos de rios. Algumas espécies de aves, como o cafezinho, utilizam tais folhas como base para seus ninhos. O período de florescimento é longo, perdurando até dezembro. Um besouro do gênero *Cyclocephala* é seu polinizador e a planta o aprisiona para garantir a eficiência do serviço: a flor nova é branca, abre ao pôr-do-sol e exala um odor de melão, atraindo o besouro. Ele entra e a flor se fecha durante toda a noite, mantendo seu refém repleto de pólen. No dia seguinte a flor já se abre rosada, madura, e os besouros são liberados. As sementes produzidas são grandes como ervilhas e servem de alimento para juritis e pequenos roedores. Algumas etnias indígenas também as incluem no cardápio, estouradas feito pipoca. As vitórias-régias ocorrem na Amazônia e no Pantanal, incluindo a parte além da fronteira com o Paraguai. ¨:::::::::: Os Biscoitos Roubados Certo dia, uma jovem estava à espera de seu vôo na sala de embarque de um aeroporto. Como deveria esperar por muitas horas, resolveu comprar um livro para matar o tempo. Também comprou um pacote de biscoitos. Procurou, então, numa parte reservada do aeroporto, uma poltrona, para descansar e ler em paz. Um homem sentou-se ao lado dela. Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem também pegou um. Ela se sentiu indignada, mas não disse nada. Pensou para si mesma: “Mas que cara de pau. Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse...” A cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um. Aquilo a deixava tão indignada que ela não conseguia reagir. Restava apenas um biscoito e ela pensou: “O que será que o abusado vai fazer agora?” Então, o homem dividiu o biscoito, ao meio, deixando a ou- tra metade para ela. Aquilo a deixou irada e bufando de raiva. Ela pegou seu livro e suas coisas e dirigiu-se ao embarque. Quando se acomodou confortavelmente em seu assento, notou, surpresa, que seu pacote de biscoitos estava dentro da bolsa, e intacto. Sentiu muita vergonha, pois quem estava errada era ela, e já não havia tempo para pedir desculpas. O homem tinha dividido seus biscoitos sem ficar indignado, ao passo que isto a deixara muito transtornada. Em nossas vidas, por vezes, estamos comendo os biscoitos dos outros, e não temos a consciência de que quem está errado somos nós. ¨:::::::::: Não custa Saber “Há” e “a”, nas expressões de tempo. Veja: *Não o vejo há cinco meses*. (há -- verbo “haver” -- tempo transcorrido). Daqui a cinco meses eles chegarão da viagem. (a -- preposição -- tempo futuro). "Vossa Senhoria foi( ou fostes?) coerente com seus (ou vossos?) princípios". Todos os pronomes de tratamento em que ocorre a forma “Vossa” fazem com que verbos e pronomes se flexionem na terceira pessoa: "Vossa Senhoria foi coerente com seus princípios..." ¨:::::::::: O Mausoléu de Mausolus A palavra “mausoléu” surgiu com o soberano Mausolus, rei da Cária, parte do império persa e atual sudoeste da Turquia. Pouco antes de morrer, ele mandou construir um monumento fúnebre para si mesmo. A obra só foi terminada depois de sua morte, em 353 a.C., sob o comando de sua mulher, Artemisa. Com quatro andares e dezenas de colunas e esculturas de mármore, foi considerada uma das sete maravilhas do mundo, recebendo o nome da cidade onde foi erguido. Mausoléu de Halicarnasso. ¨:::::::::: Afinação à Moda Chinesa Não é só pela aparência ou pela cultura que os chineses e os vietnamitas se diferenciam dos povos ocidentais. A psicóloga americana Diana Deustch, da Universidade da Califórnia, descobriu que eles também ouvem de maneira especial. Possuem o que os especialistas chamam de ouvido absoluto -- ou seja, podem identificar a vibração exata de uma nota musical, enquanto o que quase todo mundo faz é comparar uma nota com outra. No Ocidente, somente um em cada 10 mil indivíduos tem uma audição assim; na China e no Vietnã, mais da metade da população tem. Deustsch lembra que, nesses países, o significado das palavras muda conforme a entonação com que ela é pronunciada. “Então, chineses e vietnamitas podem ter ouvido bom porque isso os ajuda a entender uns aos outros”, conclui a pesquisadora. ¨:::::::::: Onde os Bichos Mandam Mauro Schwartz Se você nunca ouviu falar de Botsuana, não se preocupe. Muito provavelmente, a maioria dos seus amigos também não. O que é uma pena, porque esse país do Centro-Sul africano é um dos lugares mais selvagens do mundo. Em nenhum outro canto pode-se dar de cara com tantos animais no seu próprio habitat quanto no delta do Rio Okavango, por exemplo, no norte de Botsuana, quase fronteira com a Namíbia. A região é um milagre da natureza pois, diferente dos deltas tradicionais, que deságuam no mar, o do Okavango morre em pleno deserto do Kalahari, criando um enorme oásis numa das áreas mais inóspitas do planeta -- de dia faz um calorão danado; à noite, um frio de rachar. É graças a essa fartura de água que tantos animais vivem na região. E também porque, há vinte anos, a caça é proibida no país. E, assim, os animais podem viver tranqüilamente por lá. São manadas de elefantes, bandos de leões, zebras, gazelas, girafas, flamingos, jacarés e muitos outros bichos. Tantos que os *lodges* ou confortáveis hotéis que imitam acampamentos do delta não têm muros nem cercas, para não impedir o vai-e-vem dos animais. Os hóspedes são instruídos para não sair das suas barracas que são seguras e tão aconchegantes quanto os melhores quartos de hotel, depois que escurece, pois corre-se o risco de dar de cara com um leão faminto. Quem vai a Botsuana precisa ter em mente que aquelas terras pertencem aos bichos, não aos homens! Mas, isso não significa que seja perigoso -- muito pelo contrário. Os safáris de jipe, por exemplo, são seguríssimos e neles chega-se tão perto dos leões que quase dá para sentir o bafo quente das feras. Para saber se há animais nas redondezas, os guias farejam o ar ou colocam o ouvido no chão, como nos filmes do Tarzan -- e à noite eles são capazes de diferenciar um tigre de um leopardo somente pelo brilho dos olhos. Se você duvida, vá até Okavango. Você vai ver uma África que quase não existe mais. ¨ ::::::::::

Nosso Brasil São João del Rei Antigo centro minerador, São João del Rei tem a região central preservada e suas igrejas, casarões e museus guardam obras de grande valor artístico e histórico. A melhor maneira de conhecê-las é caminhando. Vale a pena visitar a Capela do Bonfim, onde ficava a forca; a Ponte da Cadeia (1789), antigo ponto de compra de escravos; a Igreja Nossa Senhora do Carmo, com um Cristo inacabado e peças de Aleijadinho; o Pelourinho (1812); o Museu de Arte Sacra com imagens religiosas em ouro e prata do século XVIII; o Solar Guadalupe, antigo Mosteiro São José, do século XIX; e o Memorial Tancredo Neves, com todos os documentos do ex-presidente. Peças de estanho são tradicionais na cidade e podem ser encontradas nas lojas do Centro. No Museu do Estanho John Somers estão peças recuperadas do navio holandês Utrecht, naufragado em 1648. Para conhecer a região, nada melhor que um passeio a bordo da Maria Fumaça até a cidade de Tiradentes, num trajeto de 13 quilômetros, percorridos em 35 minutos, através da Serra de São José e margeando o Rio das Mortes. ¨:::::::::: O Primeiro Romance A História de Genji, uma das obras-primas da literatura japonesa, é a primeira narrativa longa de ficção do mundo. Sua autora, Murasaki Shikibu, passou boa parte da vida na corte imperial de Kioto, onde era a figura central de um grupo de mulheres brilhantes que competiam por *status* usando de habilidades literárias. Seu romance, completado por volta de 1008, tem por tema a vida animada da corte, com suas muitas intrigas políticas e amorosas. Centenas de personagens habitam o livro, mas no centro está um elegante príncipe conhecido como “o cintilante Genji”. A forte visão feminina da história, sua simpatia pela situação das mulheres na corte, a sutileza da linguagem e os toques psicológicos penetrantes, foram elementos narrativos totalmente novos. A História de Genji é surpreendentemente moderna. Traduzida para outras línguas há pouco tempo, tornou-se uma das contribuições mestras à literatura mundial. Sua influência foi enorme. No Japão, a história continua a ser a fonte principal de enredos para o cinema e para os teatros "Nô e Kabuki". Em todo o mundo ocidental, qualquer discussão séria sobre a estrutura, forma e intenções do romance, gênero literário mais característico do milênio, tem de levar em conta a bela obra de Murasaki. ¨:::::::::: Quando Surgiu o Pão Esse alimento nasceu com a própria agricultura, há cerca de 12 mil anos, quando começaram a ser cultivadas as plantas com grãos. Os pães mais antigos provavelmente eram feitos de cevada, o primeiro cereal a ser plantado pelo homem. Os primeiros povos sumérios, na Babilônia, já tinham pão. Inicialmente seco e duro, ele passou a ser cozido após a invenção da cerâmica em 3000 a.C. Mais tarde, em 1800 a.C., os egípcios descobriram como torná-lo mais macio e saboroso. Perceberam que, depois de um certo tempo, a massa umedecida liberava gases, tornando o pão mais poroso. Fizeram um teste: misturaram parte dessa massa fermentada com uma outra fresca. Ela também fermentou. Assim, aprenderam a controlar o processo e a fazer o pão levedado ou fermentado, técnica utilizada até hoje. ¨:::::::::: Curiosidades Perdidos no Tempo As pessoas da ilha de Kiribati têm muita dificuldade para saber em que dia estão, visto que a linha internacional de mudança de dia atravessa a ilha ao meio. Para acabar com essa confusão, criaram uma lei para afastar a linha imaginária para leste, de modo que não atravesse a ilha. ¨ ***

Como Surgiu o Cheque Bancário No século XVIII, na Inglaterra, eram os ourives que negociavam barras de ouro e prata, bem como moedas de todos os países da Europa. Não havia casas de câmbio. Por isso, os mercadores adquiriram o costume de guardar o lucro de suas transações com os ourives. Os cambistas, então, entregavam recibos aos negociantes. Não tardou para que os recibos de depósito começassem a circular livremente, como meio de pagamento. Era o início do cheque bancário, coberto por um depósito à vista. Os bancos ingleses, principalmente o Banco da Inglaterra, fundado em 1694, logo adotaram a idéia e disciplinaram o uso do cheque entre 1759 e 1772. Começava a nascer o moderno sistema bancário. ¨:::::::::: Como é Escolhido o Ganhador de um Prêmio Nobel Uma fundação sediada em Estocolmo administra os fundos deixados pelo químico sueco Alfred Nobel (1833- -1896) e distribui anualmente os prêmios. O próprio Nobel estipulou quais seriam as categorias: Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e Paz. Em 1969 foi criada mais uma, a de Economia, mas esse não é considerado um verdadeiro Prêmio Nobel, só uma homenagem à memória do químico. Quatro instituições cuidam da eleição. Três são suecas: a Academia Real de Ciências (Física, Química e Economia), o Instituto Real Médico-Cirúgico de Karolinska (Fisiologia ou Medicina) e a Academia Sueca (Literatura). O Parlamento norueguês escolhe o premiado da Paz. Cada uma das instituições cria um comitê com três a cinco integrantes, pesquisadores de destaque na área, que envia cartas a milhares de cientistas do mundo todo pedindo indicações. “Nós mandamos cerca de 3 mil consultas todo ano”, conta Anders Barany, secretário do Comitê de Física. “Mas só um décimo delas é respondido.” Com base nas indicações que chegam até 10 de fevereiro, os comitês escolhem os vencedores, cujos nomes são divulgados no dia 10 de outubro. Os critérios usados são secretos. Cada prêmio consiste de uma medalha de ouro, um diploma e 950 mil dólares, entregues em 10 de dezembro. ¨ ::::::::::

Sonho de Herói Murilo Araujo Com um galho de bambu verde e dois ramos de palmeira eu hei de fazer um dia o meu cavalo -- com asas! Subirei nele, com o vento, lá bem alto, de carreira, por sobre o arvoredo e as casas. Voarei, roçando o mato, as copas em flor das árvores, como se cruzasse o mar... e até sobre o mar de fato passarei nas nuvens pálidas muito acima das montanhas, das cidades, das cachoeiras, mais alto que a chuva, no ar! E irei até às estrelas, ilhas dos rios de além, ilhas de pedras divinas, de ribeiras diamantinas com palmas, conchas, coquinhos nas suas praias também... praias de pérola e de ouro aonde nunca foi ninguém... ¨:::::::::: Ecoando Quem É Reciclado sempre Reaparece Pilhas -- As inocentes pilhas que você usa no seu *walkman*, bem como as baterias usadas nos telefones celulares, são fabricadas com metal pesado, como mercúrio, que pode causar problemas respiratórios e danos ao sistema nervoso central das pessoas. Pense assim: se você jogar as pilhas no lixo, junto com restos de comida, tudo isso pode ir junto para uma prensa e há o perigo de desse material vazar para a natureza, causando danos ao meio ambiente e, por tabela, ao ser humano. Nada a ver, não é? Plástico -- É o material usado em garrafas de refrigerantes ou água. O acúmulo de lixo plástico pode causar inundações e custar a vida de inúmeras pessoas. Reciclado, porém, ele pode virar corda, tapete, forro e até mesmo material para conter encostas. Latas -- Quando se pensa na embalagem de cervejas e refrigerantes, que é feita de alumínio, um material que pode ser bastante nocivo ao meio ambiente, o legal é que o alumínio é totalmente reciclável, o que faz com que assim se economize bauxita, o mineral do qual ele é produzido. Uma lata, por exemplo, pode ser quase toda reaproveitada, perdendo-se apenas a tinta. Papel -- Precisa dizer por que ele deve ser reciclado? Reciclar papel é evitar a morte de árvores no mundo todo. Sacolas, envelopes, agendas, pastas, capas de CDs e até mesmo luminárias podem ser feitas a partir de papel reci- clado. ¨:::::::::: A Legião Estrangeira Trata-se de uma tropa de voluntários de todas as nacionalidades, etnias e credos, reunidos para servir à França. Ela foi criada em 1831, durante o reinado de Luís Felipe (1830-1848). Naquela época, auge da Revolução Industrial, várias potências européias -- principalmente França e Inglaterra -- disputavam a Ásia e a África. Havia enorme interesse em dominar essas regiões, para obter matéria-prima para as indústrias, produzir alimentos e abrir mercado para os produtos europeus. A criação da Legião Estrangeira surgiu nesse contexto. Em 1830, os franceses capturaram a fortaleza de Argel, iniciando a ocupação da Argélia sob forte oposição da população nativa, que organizou várias revoltas. Assim, no ano seguinte, Luís Felipe fundava a Legião, para defender os interesses franceses na África. A sede foi instalada em Sidi-bel- -Abbès, no norte da Argélia, e lá permaneceu até a independência da colônia, em 1962, quando foi transferida para Aubagne a cerca de 15 quilômetros de Marselha, sul da França. O fato de não se exigirem documentos nem investigar o passado dos candidatos deu à tropa uma aura romântica. Várias figuras famosas integraram a Legião, entre elas o compositor americano Cole Porter (1893- -1964). Ainda hoje, ela permanece uma unidade ativa de soldados profissionais especialmente treinados, somando em torno de 8 mil homens de várias nacionalidades -- in- clusive brasileiros. ¨:::::::::: A História do Tênis Começou com o desenvolvimento da borracha. Durante muitos séculos, os nativos das Américas Central e do Sul utilizaram a goma que escorria da casca de certas árvores para cobrir e proteger a sola dos pés. No final do século XVIII, um viajante inglês gostou dos protetores e recolheu várias amostras da goma e dos produtos que os nativos faziam. Ele mostrou para o químico Joseph Priestley, que descobriu que a goma era capaz de apagar marcas de lápis se esfregada no papel. Cinqüenta anos depois, muitas coisas foram fabricadas com a borracha, como recipientes à prova d'água. Em 1820 surge uma capa de borracha que, esticada sobre os sapatos, protegia contra a umidade. O primeiro tênis de lona, cadarço e solado de borracha vulcanizada apareceu em 1868 em Connecticut, EUA, onde eram vendidos somente por catálogos exclusivos. ¨:::::::::: Conhecendo o Mundo Egito Está situado na África, entre o mar Vermelho, o Sudão e a Líbia, numa área de 1 milhão de quilômetros quadrados, dos quais somente 35 quilômetros quadrados são habitáveis. Mais de 95 por cento do seu território é constituído de desertos quase totalmente desabitados. A grande bacia hidrográfica do Egito é a do rio Nilo, que percorre mais de 6.500 quilômetros quadrados, para atravessar os desertos africanos e chegar ao mar Mediterrâneo. A aridez climática regional, condiciona a vida do rio e dos homens, através da História. As fortes amplitudes térmicas -- superiores a 40 graus centígrados -- o vento quente e seco e a falta de chuvas caracterizam o país, que é totalmente dominado pelo deserto. A vegetação natural é escassa, quando não inexistente. Somente nos poucos locais de concentração de água, há condições da existência de vida animal. Isto ocorre no vale do Nilo e nos poucos oásis, que correspondem a três quartos da superfície total do país. Apenas os litorais do delta e do mar Vermelho são mais úmidos, graças à influência do Mediterrâneo e das monções do NE. Desde a Antigüidade que, quando as águas do Nilo baixam, deixam uma espécie de húmus que fertiliza as suas margens e permite ao povo egípcio plantar e colher com relativa abundância. Por isso se diz que “o Egito é uma dádiva do Nilo”. ¨:::::::::: O Mofo que Salva Vem do mofo comum! O maior agente curativo desta guerra!, proclamava o anúncio na edição de *Life*, de 14 de agosto de 1944. Durante 2.500 anos, usaram-se bolores para combater infecções. Seus efeitos, porém, eram imprevisíveis, às vezes tóxicos. Isso até 1928, quando o médico escocês Alexander Fleming notou que uma pequena quantidade de mofo que crescera numa cultura de estafilococos destruíra as bactérias. Mais tarde, ele deu ao extrato do bolor, o nome de penicilina. Só no começo da década de 1940, depois que outros cientistas refinaram o potente antibiótico, os grandes laboratórios farmacêuticos iniciaram sua produção em massa. A descoberta casual de Fleming revolucionou o tratamento de infecções antes consideradas incuráveis: pneumonia, escarlatina, febre reumática, sífilis, tétano, gangrena. O “milagre” da penicilina levou a seu uso excessivo, o que favoreceu os micróbios. Recentemente, surgiram tipos invulneráveis de “superbactérias” -- o que Fleming já previra em 1945. ¨:::::::::: O Louvre A “Cidade-Luz” desperta a alma romântica e artística de todos que a visitam -- De Carlos V, Francisco I, Catarina de Medici e Henrique IV até Luis XIV, Napoleão e ainda François Mitterand, os governantes franceses acrescentaram, decoraram, demoliram e reconstruíram as galerias do palácio. O finado presidente foi o último a alterar o palácio, ao encomendar a controvertida entrada de vidro em forma de pirâmide -- desenhada por I. M. Pei -- que hoje adorna o pátio emoldurado por chafarizes. A exposição permanente, que foi enriquecida ao longo dos anos e agora tem cerca de 300 mil obras de arte, começou no século XVI com a coleção real de arte, sob Francisco I. Essa coleção tinha apenas doze quadros, mas incluía a Mona Lisa de da Vinci, hoje colocada no primeiro andar do museu, na galeria Devon. Pensa-se em criar um salão para alojar apenas esse enigmático quadro. Com suas muitas galerias, o Louvre é um museu que se "saboreia" melhor devagar, como os bons vinhos franceses. O acervo é dividido em sete seções e contém espetaculares obras de arte de todo o mundo -- de antigüidades egípcias, gregas, romanas e dos tempos dos etruscos até esculturas, pinturas e desenhos dos mestres modernos. Mas o Louvre, naturalmente, não é a única sede das obras de arte da cidade: Paris tem mais de cem museus, e seria preciso uma vida inteira para visitar todos eles. ¨:::::::::: Ameno e Instrutivo Abelhas Por que a Abelha Morre ao Picar uma Pessoa? -- A abelha operária, encarregada pela natureza da proteção da colméia até com a própria vida, tem um ferrão com pequenas farpas, o que impede que seja retirado facilmente. Depois de dar uma ferroada, a abelha tenta escapar voando. No entanto, por causa das farpas, a parte posterior do abdômen, onde se localiza o ferrão, fica presa e a abelha morre. Como ali também se localizam os nervos da glândula de veneno, este continua a ser instilado na ferida, mesmo depois da partida do inseto. Quando o ferrão é usado contra outros insetos, a abelha não morre, porque ela pode retirar as farpas das vítimas. ¨:::::::::: Índia: Loucos por Casamentos As cerimônias de casamento sempre foram importantes na Índia. Os parentes da noiva gastam fortunas, às vezes, assumindo dívidas enormes, em festas que duram dias, marcadas em datas definidas por astrólogos. Em vilarejos do Rajastão, no noroeste do país, contratam-se meninos para iluminar as procissões ma- trimoniais -- eles acompanham o cortejo segurando candelabros, ligados por longos fios a geradores portáteis. O surto desenvolvimentista da economia indiana, provocou um aumento nos gastos com as festas de casamento, que totalizam bilhões de dólares por ano e proporcionam empregos essenciais para indianos de todas as classes sociais e econômicas. Essas tendências inovadoras não significam, por um lado, o abandono de práticas tradicionais. Nas áreas rurais mais pobres, casamentos arranjados entre crianças, continuam a ocorrer em segredo, embora exista, desde 1929, uma legislação que estabelece a idade mínima: 18 anos, no caso

das mulheres, e 21 anos no dos homens. ¨:::::::::: Uma Picada no Braço A erradicação de uma das piores pestes, remonta a uma vaca. A varíola deixava bexigas e cegueira, e no seu auge, no século XVIII, matou 60 milhões de europeus, em sua maioria crianças. A variolização, uma prática de 2 mil anos que consistia em inocular os pacientes com variedades da doença, era tão bizarra -- e mortal -- que chegava a ser pior que a própria moléstia. Na China, os médicos amassavam cascas de feridas de varíola e as sopravam nas narinas de pessoas saudáveis, sujeitando-as a outras infecções. Entra em cena Edward Jenner, um clínico geral do interior da Inglaterra. Confiando na crença popular de que a varíola bovina imunizava as pessoas contra a moléstia, Jenner extraiu soro infectado das pústulas de uma vaca leiteira de Gloucestershire no dia 14 de maio de 1796 e inoculou uma pequena quantidade num menino de 8 anos. Sete semanas depois, Jenner injetou varíola no menino. Seu sistema imunológico resistiu e estava criada a ciência da imunologia. Vacinas contra hepatite, difteria, pólio e sarampo revolucionaram a saúde pública e criaram uma das primeiras cicatrizes de vacina. A palavra deriva do latim *vaccinus*, que significa “da vaca”. ¨:::::::::: É Útil Saber História de Amor Ele quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento. Chovia forte e já era noite. Mas percebeu que ela precisava de ajuda. Assim parou seu carro e se aproximou. O carro dela cheirava a tinta, de tão novinho. Ele iria aprontar alguma? Ele não parecia seguro, parecia pobre e faminto. E pôde ver que ela estava com muito medo e disse: -- Eu estou aqui para ajudar, madame; não se preocupe. Por que não espera no carro onde está quentinho? A propósito, meu nome é Renato. Bem, todo o problema dela era um pneu furado, mas, para uma senhora de idade avançada era ruim o bastante. Renato abaixou-se, colocou o macaco, levantou o carro e já estava trocando o pneu. Mas ficou um tanto sujo e ainda feriu uma das mãos. Enquanto apertava as porcas da roda, ela abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era de São Paulo e que só estava de passagem por ali e que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda. Renato apenas sorriu enquanto se levantava... Ela perguntou quanto devia. Qualquer quantia teria sido muito pouco para ela. Já tinha imaginado todas as terríveis coisas que poderiam ter acontecido se Renato não tivesse parado e ajudado. Renato não pensava em dinheiro, aquilo não era um trabalho para ele. Gostava de ajudar quando alguém tinha necessidade e Deus já lhe havia ajudado bastante. Este era seu modo de viver, e nunca lhe ocorrera agir de outro modo. E respondeu: -- Se realmente quiser me pagar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para aquela pessoa a ajuda de que ela precisar. E acrescentou: e lembre-se de mim. Esperou até que ela saísse com o carro e também se foi. Tinha sido um dia frio e deprimente, mas ele se sentia bem, indo para casa, desaparecendo no crepúsculo. Alguns quilômetros adiante, a senhora parou seu carro num pequeno restaurante. Entrou para comer alguma coisa. Era um restaurante muito simples, e tudo ali era estranho para ela. A garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para que pudesse esfregar e secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um doce sorriso, um sorriso que, mesmo com os pés doendo por um dia inteiro de trabalho, não pôde apagar. A senhora notou que a garçonete estava com quase oito meses de gravidez, mas não deixou a tensão e as dores mudarem sua atitude. A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, podia tratar tão bem a um estranho. Então se lembrou de Renato. Depois que terminou a sua refeição, e enquanto a garçonete buscava troco para a nota de cem reais, a senhora se retirou. Já havia partido quando a garçonete voltou. Queria saber onde a senhora poderia ter ido quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha mais 4 notas de cem reais. Existiam lágrimas em seus olhos quando leu o que a senhora escrevera. Dizia: -- Você não me deve nada; eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou hoje e, da mesma forma, estou-lhe ajudando. Se você realmente quiser me reembolsar por este dinheiro, não deixe este círculo de amor terminar com você, ajude alguém. Bem, havia mesas para limpar, açucareiros para encher, pessoas para servir, e a garçonete voltou ao trabalho. Aquela noite, quando foi para casa cansada e deitou-se na cama, seu marido já estava dormindo e ela ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito. Como pôde aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam disto? Com o bebê que estava para nascer no próximo mês, como estava difícil! Ficou pensando na bênção que havia recebido, deu um grande sorriso, agradeceu a Deus e virou-se para o preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo macio e sussurrou: Tudo ficará bem; eu te amo, Renato! "Dia da Gratidão -- 6 de janeiro" ¨*** Rei Momo Figura símbolo do carnaval, Momo é personagem da mitologia grega. Deus da irreverência e do delírio, filho do Sono e da Noite, era encarregado de fiscalizar as ações humanas e divinas. Foi expulso do Olimpo por criticar e ridicularizar os outros deuses. No carnaval brasileiro, o Rei Momo aparece em 1933, no Rio de Janeiro, lançado pelo jornal "A Noite". A partir de 1967, a eleição do Rei Momo carioca, antes indicado por entidades carnavalescas e pela imprensa, passou a ser um concurso oficial. Uma das exigências aos candidatos era que pesassem mais de 100 quilos. "Carnaval -- data móvel" ¨ ***

Artesanato O artesanato é uma atividade que se caracteriza pela manufatura de objetos para os mais diversos fins, e é realizado segundo critérios artísticos ou estéticos. O artesanato foi a base ou o início da indústria no mundo em que vivemos. Podemos afirmar, sem dúvida alguma, que a indústria nasceu no momento em que o homem primitivo conseguiu fazer o primeiro machado de pedra ou a primeira vasilha de barro. Nessa indústria manufatureira, os objetos eram feitos com as mãos; foi a única conhecida pelo homem até dois séculos atrás. Como o comércio naquela época era limitado, cada um produzia tudo o que necessitava dentro de sua moradia. Por isso é que na, Idade Média, a indústria era familiar; possuíam um mestre, trabalhavam os membros da família, oficiais, aprendizes que a ela se reuniam. Surgem então as Corporações ou Associações de mestres que seguiam o mesmo ofício. Assim, cada objeto produzido era trabalhado pelo artesão, e não feito pelo maquinismo que se preocupa em produzir quantidades enormes de objetos em séries. Atualmente, o artesanato nas regiões e, conseqüentemente, nos estados do Brasil, recebe inúmeros incentivos e se aprimora como fonte de recursos para promoção do bem-estar tanto individual quanto de ordem familiar. "Dia do Artesão -- 19 de março" ¨*** Ladainha Ricardo Cassiano Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome de ilha de Vera Cruz. Ilha cheia de graça Ilha cheia de pássaros Ilha cheia de luz. Ilha verde onde havia mulheres morenas e nuas anhangás a sonhar com histórias de luas e cantos bárbaros de pajés em poracés batendo os pés. Depois mudaram-lhe o nome pra Terra de Santa Cruz. Terra cheia de graça Terra cheia de pássaros Terra cheia de luz. A grande Terra girassol onde havia guerreiro de tanga e onças ruivas deitadas à sombra das árvores mosqueadas de sol. Mas como houvesse em abundância certa madeira cor de sangue cor de brasa. e como o fogo da manhã selvagem fosse um brasido no carvão noturno da paisagem e como a Terra fosse de árvores vermelhas e se houvesse mostrado assaz gentil, deram-lhe o nome de Brasil. Brasil cheio de graça Brasil cheio de pássaros Brasil cheio de luz. "Dia do Descobrimento do Brasil -- 22 de abril" ¨:::::::::: O Dicionário Esclarece abdicar -- renunciar voluntariamente; desistir de atiçando -- instigando; avivando; ateando (fogo) atrofiados -- não desenvolvidos bolores -- mofos; bafios bafio -- cheiro típico da umidade e ausência de renovação de ar; bolor cobiçado -- desejado coerente -- conseqüente; de acordo córregos -- riachos empecilho -- impedimento; obstáculo enrijecidos -- endurecidos eremitas -- pessoas que vivem no ermo por penitência erradicação -- eliminação escassa -- pouca estafilococos -- bactérias de formas arredondadas que se agrupam em cachos ficção -- coisa imaginária; fantasia; criação fresta -- abertura estreita inocular -- inserir; introduzir nômades -- povos que vagueiam sem residência fixa ourives -- aqueles que trabalham com ouro pretensão -- vontade pústulas -- tumores inflamados tártaros -- naturais ou habitantes da Tartária ¨ ::::::::::

Fontes de Pesquisa Jornal da Urca Jornal do Brasil Jornal O Dia Jornal O Fluminense Jornal O Globo Livro "Antologia Poética para a Infância e a Juventude" Livro "Viajando Através da História" Revista Caminhos da Terra Revista Diário da Terra Revista Expressions Revista National Geographic Revista Nosso Amiguinho Revista Superinteressante Revista Veja Revista Viagem e Turismo Revista Viagem ¨:::::::::: Ao Leitor Solicitamos aos leitores de Pontinhos que nos enviem seus endereços completos, para evitar que suas revistas voltem. Favor verificar se estão retidas no correio. Alexandre Cassiano de Andrade Alexandre Ferreira Braga Alexandre M. Nogueira Neto Anderson Ortega Antonio Silvério de Souza Carlos Roberto Poubel Cenáculo Protetor dos Cegos Centro Municipal de Atendimento aos Deficientes Visuais Cristian Siqueira dos Santos Escola Municipal Hercílio do Espírito Santo FUNDAPI -- Fundação Piracicabana para o Desenvolvimento da Criança e do Adolescente Geise Cristina da Silva José Carlos da Silva Lucia Mara Formigheri Margarida Maria R. de Castro Sandra Aurélia Galvão Sandra Regina de Carvalho Damião